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DE
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O U T U B RO
DE
20 1 7
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S ES C
A N DY WA R H O L / A N N A B E L N I C O LS O N G I L L E AT H E R L E Y / L I S R H O D E S R E G I N A VAT E R / R O Y L I C H T E N S T E I N S TA N VA N D E R B E E K / T U N G A VA L I E E X P O R T / F L U X F I L M A N T H O L O G Y
BELENZINHO
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SÃO OBRAS QUE AMPLIAM A CONCEPÇÃO SOBRE O CINEMA EXPERIMENTAL E SUAS FORMAS EXPANDIDAS DE CRIAÇÃO.
Fotogramas do filme “Hand Grenade”(1971), de Gill Eatherley Cortesia de Gill Eatherley e Lux, Londres Distribuição Lux - © Gill Eatherley
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DOS MEIOS ÀS SUAS LINGUAGENS
OLHAR EXPANDIDO
Se, por um lado, o avanço tecnológico em curso nos últimos séculos vem provocando a veloz diversificação dos aparatos de produção visual e sonora, por outro, o advento de meios como a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão, o vídeo e o computador não condiz com o surgimento imediato de suas respectivas linguagens. Isso denota que a criação de uma nova mídia não resulta, automaticamente, na instauração de seus vocabulários e sintaxes.
As filmeinstalações que fazem parte desta exposição foram criadas nas primeiras décadas da arte contemporânea, entre os anos 1960 e 1980, no entrecruzamento entre a experimentação estética e o dese nvolvimento das novas mídias.
Esse descompasso primordial exige que tais meios sejam amplamente explorados em suas possibilidades formais e simbólicas. Daí que, ao imaginar usos para essas tecnologias, as experimentações estéticas assumam centralidade nos processos de invenção de suas linguagens. Os artistas desempenham papel-chave nesse quesito, uma vez que suas pesquisas se concentram menos na utilização instrumental dos aparelhos tecnológicos do que na sondagem de suas propriedades constitutivas, concebendo novas situações perceptivas e comunicacionais a partir delas. Iluminados – Experiências Pioneiras em Cinema Expandido apresenta experimentos artísticos que fazem da invenção de linguagem uma empreitada dupla. Os criadores aqui reunidos lidam com a noção de cinema a partir de uma perspectiva ao mesmo tempo desconstrutiva e repropositiva. Historicamente situadas entre os anos 1960 e 80, suas investigações operam num meio
cuja linguagem vem sendo forjada desde fins do séc. XIX, quando das primeiras projeções de imagens em movimento. Rompendo com seus códigos, esses artistas tensionam e ampliam o fenômeno cinematográfico mediante interseções inusuais entre imagem, som, corpo, espaço e tempo. Suas equações combinam essas dimensões de diferentes maneiras. Ao fazê-lo, indagam a própria natureza da mídia com que trabalham, trazendo à tona espessuras frequentemente obscurecidas pelas formas narrativas lineares e pelos modos convencionais de exibição. Em sintonia com a ação cultural do Sesc, os construtos desses “iluminados” lançam fachos de luz não para nos conduzir a um suposto estado de esclarecimento, mas para perscrutarmos a matéria mesma dos recursos técnicos que nos auxiliam no imprescindível ato de fabular.
São obras no campo do cinema expandido, termo utilizado para tratar as muitas maneiras de trabalhar a linguagem audiovisual, ampliando-a e multiplicando-a para além do espaço da tela. Essa produção está na fronteira das diferentes disciplinas que tratam do campo de significação da imagem, jogando com as margens do código cinematográfico e dos dispositivos de projeção. Nestes trabalhos, os artistas são propositores de formas originais, não arbitrárias de criação, rompendo com o senso comum do uso da linguagem, experimentando com a técnica e a forma da imagem e do som. Ao ser projetado num espaço pelo qual o espectador circula livremente, o filme adquire uma escala ampliada, é combinado com outras imagens, é passível de ser associado a outros elementos sonoros e cenográficos. Recria a linguagem, propondo narrativas descontínuas, solicitando uma audiência apta a perceber outras formas de estímulos visuais e sonoros. Nesse contexto o cinema se revigora e instaura um outro regime para as imagens.
DANILO SANTOS DE MIRANDA
ROBERTO MOREIRA S. CRUZ
DIRETOR REGIONAL DO SESC SÃO PAULO
CURADOR
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1971
ANNABEL NICOLSON SLIDES 1 PROJETOR DE 16MM SEM ÁUDIO 8 MIN. [EXIBIÇÃO EM LOOPING]
Uma sequência contínua de fragmentos de películas de 8mm e 16mm, diapositivos (slides) e filme velado foram emendados pela artista, compondo uma longa e ininterrupta tira. Este material foi manipulado simulando o movimento da película, enquanto era registrado através da câmera, criando-se assim um novo filme passível de ser projetado. As imagens são em grande parte abstratas, com cores vibrantes pulsantes, sequências pintadas à mão, fragmentos figurativos reconhecíveis como o rosto de uma mulher, movendo-se freneticamente dentro e fora da moldura do quadro da película. Um filme feito à mão, cuja estrutura plástica e formal é resultado da manipulação do próprio substrato da imagem.
Fotograma do filme “Slides”(1971) de Annabel Nicolson. Cortesia de Annabel Nicolson e LUX, Londres. © Annabel Nicolson
Esta obra foi criada nos laboratórios da Film Co-op (London Film Makers Cooperative), em Londres, uma cooperativa fundada em 1966 por um grupo de cineastas independentes. Grande parte destes realizadores era oriunda das escolas de arte e se interessava, portanto, muito mais pelos aspectos materiais e formais da produção e projeção da imagem fílmica do que pelo seu apelo naturalista e narrativo. A Film Co-op se estabeleceu como um espaço para a prática do filme experimental, dispondo de infraestrutura de produção e promovendo mostras e festivais nos quais estes projetos eram difundidos.
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1973
VALIE EXPORT ADJUNCT DISLOCATIONS - DESLOCAMENTOS REUNIDOS 2 PROJEÇÕES EM 8MM 1 PROJEÇÃO EM 16MM EXIBIÇÃO EM VERSÃO DIGITAL
Valie Export realizou nas décadas de 1960 e 1970 inúmeras experiências com o cinema e a fotografia, relacionando o corpo, o espaço e a dimensão plástica da imagem. Nesse filme, a percepção do ambiente e da continuidade do movimento é captada por duas câmeras super-8, fixadas no peito e nas costas da artista. Uma terceira câmera documenta o deslocamento que a artista realiza no processo de captação das imagens, numa posição paralela e diametralmente oposta, movendo-se em espaços diversos. Uma obra em que o corpo e não o olhar é o agente da imagem, criando uma relação indissociável entre um e outro. O resultado final compõe a obra que exibe as três perspectivas, projetadas em paralelo, de modo que o processo da filmagem é apresentado ao lado da representação fílmica do ambiente. Adjunct = união do que é separado. Dislocations = distribuição espacial;
Exibição de “Adjunct Dislocations”(1973) © Sixpack Film Cortesia de Valie Export e Sixpack Film
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É CADA VEZ MAIS FREQUENTE A PRESENÇA DE TRABALHOS NO CONTEXTO DAS ARTES VISUAIS QUE UTILIZAM O CINEMA COMO FORMA DE EXPERIMENTAÇÃO, PROPONDO MODOS DE CRIAÇÃO QUE VÃO MUITO ALÉM DO CÓDIGO TRADICIONAL DO CINEMA COMERCIAL.
Valie Export durante a filmagem de “Adjunct Dislocations” (1973) Foto: Hermann Hendrich © Valie Export
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1966
ANDY WARHOL LUPE 2 PROJETORES 16MM COM ÁUDIO EXIBIÇÃO EM VERSÃO DIGITAL
Andy Warhol foi um dos mais profícuos cineastas da geração do cinema underground americano, na década de 1960. No seu ateliê em Nova Iorque, a Factory fabricava imagens a partir de exercícios de câmera e da encenação de artistas e performers com quem convivia rotineiramente. O cinema para ele era uma ferramenta de celebração desse ambiente contracultural e dionisíaco.
© The Andy Warhol Foundation for the Visual Arts, Inc. Coleção The Andy Warhol Museum, Pittsburgh Contribuição The Andy Warhol Foundation for the Visual Arts, Inc.
As dezenas de filmes e vídeos que realizou nessa época eram ensaios experimentais que adequavam as limitações de suas câmeras de super-8, 16mm e do portapack, primeiro equipamento de vídeo disponível no mercado, às possibilidades de criar imagens que dialogassem com o espírito coletivo e afetivo daqueles com quem convivia em seu estúdio. Uma dessas personalidades era Edie Sedgwick. Jovem, bonita e com estilo muito próprio, atuou em vários dos filmes de Warhol, de quem se tornou amiga e uma espécie de musa do desbunde daquela época. Nesta exposição o público confere um desses filmes, Lupe (1965), feito para dupla projeção e interpretado por Edie Sedgwick. Lupe foi uma atriz mexicana que fez carreira em Hollywood na década de 1940. Ela se suicidou ainda jovem. No filme Warhol e Edie recriam os instantes solitários da artista, representados simbolicamente na atmosfera blasé e nas cores esmaecidas da película 16mm.
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1971
GILL EATHERLEY HAND GRENADE - GRANADA DE MÃO 3 PROJETORES 16MM COM ÁUDIO 8 MIN. [EXIBIÇÃO EM LOOPING]
Este filme é resultado de um trabalhoso processo de elaboração das imagens, a partir da captura do movimento da luz de uma lanterna. A sucessiva sobreposição da película criou um imprevisível desenho de cores e formas abstratas compondo um sugestivo ritmo visual. Os primeiros registros da imagem se originaram dessa sensibilização da película, produzindo cerca de três minutos de linhas em preto e branco. A partir desse substrato de imagens, a artista criou em laboratório um novo contraste em preto e branco e o reimprimiu em filme colorido, usando filtros de cor que transformaram as linhas do desenho de luz em cores fortes. O filme é composto essencialmente de linhas e desenhos abstratos que se movimentam vertiginosamente. A artista ampliou a experiência da percepção visual das imagens, projetando a obra como uma filmeinstalação em três telas e sincronizado-as com a trilha sonora do grupo de rock experimental alemão NEU!.
Cortesia de Gill Eatherley e Lux, Londres Distribuição Lux - © Gill Eatherley
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1976
REGINA VATER ONSELHOS DE UMA LAGARTA - ADVICE FROM C A CATERPILLAR 2 PROJETORES SUPER-8 EXIBIÇÃO EM VERSÃO DIGITAL
Conselhos de uma lagarta (1976), é uma filmeinstalação montada de forma a relacionar duas telas dispostas em ângulo, uma em frente à outra. Numa tela, tem-se uma sucessão de imagens de pessoas filmadas em primeiro plano e olhando diretamente para a câmera. Numa outra, também olhando para a câmera, a própria artista é filmada em situações prosaicas – maquiada, despenteada, vestida para o trabalho etc. Intercaladas a essas imagens, a artista mostra anotações em inglês em uma agenda, que se referem ao texto de Alice no país das maravilhas de Lewis Caroll. Ao indagar na narração “Quem é você?”, a artista cria uma curiosa relação entre as imagens e o próprio espectador, que está inserido no campo da projeção, tornando-se também um personagem da narrativa.
Foto: Ivson Miranda Galeria Jaqueline Martins Coleção da artista
Regina é uma das primeiras artistas no Brasil a trabalhar em suas obras a integração entre o audiovisual e as instalações, tendo realizado posteriormente vários trabalhos em vídeo no decorrer dos anos 1980 - 1990.
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1971
ROY LICHTENSTEIN THREE LANDSCAPES - TRÊS PAISAGENS 3 PROJETORES 35MM SEM ÁUDIO 3 TELAS BACK PROJECTION EXIBIÇÃO EM VERSÃO DIGITAL
Uma obra pouco conhecida de Roy Lichtenstein, exibida em uma única ocasião em 1971 e só recentemente restaurada pelo Whitney Museum em seu formato 35mm original. Esta filmeinstalação é um exemplo excepcional da experimentação de Lichtenstein com a forma e a matéria da imagem, utilizando o dispositivo cinematográfico para representar e redimensionar a impressão visual sobre fenômenos da natureza. É possível perceber uma relação entre o filme e a série de colagens-paisagens realizadas por ele nos anos 1964 e 1965, nas quais utilizava um processo de criação com materiais heterogêneos: texturas plásticas e metálicas que refletiam a luz, gerando efeitos semelhantes aos raios de sol e aos das ondas no mar. Aqui no caso estes elementos são justapostos às imagens cinematográficas captadas da própria natureza, compondo paisagens sintetizadas como simulacros do real.
© Estate of Roy Lichtenstein/ AUTVIS, Brasil, 2017 Coleção Whitney Museum
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AS TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO DE IMAGENS AUMENTARAM NOSSA CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO E ESTIMULARAM NOVAS FORMAS DE FAZER CINEMA.
Desenho feito por Roy Lichtenstein para a elaboração da filmeinstalação “Three Landscapes” (1971) - Caneta hidrográfica laranja, grafite e caneta esferográfica sobre papel, 2 páginas, 27.7 x 21.3 cm cada. © Estate of Roy Lichtenstein/AUTVIS, Brasil, 2017
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1981
TUNGA ÃO 1 PROJETOR DE 16MM FILME EM LOOPING 12 HASTES 1 CANAL DE ÁUDIO
O cinema foi uma linguagem não muito frequente no repertório de Tunga, mas mesmo assim esta obra se insere integralmente no vocabulário estético do artista. Da mesma forma que a matéria plástica do aço, do vidro, da madeira, do cobre, da argila, tão frequente em suas esculturas e instalações, era moldada em formas simbólicas e orgânicas, representando questões filosóficas e antropológicas da cultura brasileira, a filmeinstalação ÃO cria uma transmutação entre a imagem, o som e o próprio dispositivo da projeção. No espaço da instalação o espectador assiste ao interminável plano-sequência, que exibe o percurso circular por dentro de um túnel sem saída. Este trajeto contínuo tem como trilha sonora um fragmento da canção Night and Day de Cole Porter, interpretada por Frank Sinatra, que repete também infindavelmente a frase que dá título à canção. Esta experiência visual e sonora também se estende para uma percepção física, para o próprio espaço da exibição, no qual a película de 16mm circula além do carretel do projetor, transformando a sala em cenário da representação.
Imagem da instalação ÃO, 1997 Doug Baz em Tunga 1977-97, Bard College, NY Cortesia da família do artista Tunga © Agnut Produções
A obra de Tunga transporta a percepção do espectador para uma dimensão sobrenatural, onírica. Cria outros significados para a imagem, o som e o próprio devaneio do corpo, presente numa mediação dos sentidos que se estabelece entre a experiência de ver, ouvir e estar.
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1975
LIS RHODES LIGHT MUSIC - MÚSICA DE LUZ 2 PROJETORES DE 16MM COM ÁUDIO
Constituída de duas projeções voltadas uma para a outra e em telas opostas, esta filmeinstalação estabelece uma relação direta entre a imagem e o som. Os feixes de luz que atravessam o espaço tornam-se formas etéreas escultóricas, sombrias e teatrais. O espectador está livre para circular entre as telas, envolvendo-se diretamente na instalação, transformando a projeção em um fenômeno coletivo, de sociabilidade. Neste trabalho a artista compôs um diagrama de desenhos que formam padrões abstratos de linhas pretas e brancas em cada um dos fotogramas. Esse diagrama foi impresso em toda a borda óptica da película de 16mm. À medida que as faixas de luz são projetadas, o que se vê e o que se ouve são representações exatas do que está indexado no filme. Forma-se uma relação direta entre o sonoro e o visual, um equivalente audiovisual concreto entre a banda sonora e os padrões gráficos da imagem que cintilam nas telas.
Light Music (1975) de Lis Rhodes. © Lis Rhodes e Tate Modern, London, 2014. Distribuição LUX
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1963-1965/2017
STAN VANDERBEEK MOVIE-DROME - FILME-DROMO 10 PROJETORES DE VÍDEO 3 PROJETORES 16MM 4 PROJETORES DE SLIDES 8 CANAIS DE ÁUDIO
Instalação que recupera as imagens do Movie-Drome de 1965 e recria o espaço de exibição em formato de cúpula de 180 graus, semelhante ao projeto original de VanDerBeek. Na época, as exibições utilizavam projetores de 16mm dispostos em superfícies giratórias, que permitiam mover o foco de luz em várias direções. Sem uma narrativa pré-definida ou uma orientação linear objetiva, estas imagens projetadas eram associadas a outras projeções de slides, efeitos de iluminação e de sons previamente gravados. Na versão atual, parte das imagens são exibidas em formato digital em combinação com as projeções em 16mm e diapositivos (slides), como concebido pelo artista originalmente.
Foto: Stefan Altenburger Photography, Zurich Cortesia do © Estate of Stan VanDerBeek
VanDerBeek se interessava essencialmente em propor formas experimentais de linguagem e comunicação, tendo inclusive publicado em 1965 o manifesto Culture Intercom, no qual ele utiliza a expressão cinema expandido, que se tornaria um conceito próprio de um gênero no campo do cinema e das artes visuais.
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“ME INTERESSO EM PESQUISAR NOVAS TÉCNICAS E MEIOS PARA O CINEMA EXPANDIDO SE CONSTITUIR COMO UMA FERRAMENTA MUNDIAL PARA A ARTE E EDUCAÇÃO”,
Stan VanDerBeek no quintal de sua casa em Stony Point, Nova Iorque, onde construiu o Movie-Drome em 1965. © The Estate of Stan VanDerBeek - Foto: Leonard Lipton
#2 DICK HIGGINS INVOCATION OF CANYONS AND BOULDERS (FOR STAN BRAKHAGE) - INVOCAÇÃO DE CÂNIONS E PEDREGULHOS (PARA STAN BRAKHAGE)
Dick Higgins, 1966, 20s, p&b, sem som | Boca, movimentos de mastigação
#3 GEORGE MACIUNAS END AFTER 9 - TERMINA DEPOIS DE 9 1966, 1min, p&b, sem som | Imagem com as palavras e o número do título, sem câmera.
#4 CHIEKO SHIOMI
FLUXFILM ANTHOLOGY 1962-1970
DISAPPEARING MUSIC FOR FACE - MÚSICA FUGAZ PARA ROSTO 1966, 11min15s, p&b, sem som | Transição de um sorriso para um não sorriso, filmado a 2000 quadros por segundo. A câmera mostra apenas o close de uma parte da boca.
35 FILMES EXPERIMENTAIS DE CURTA-METRAGEM. Realizada nos anos 1960 e compilada por George Maciunas (1931-1978), fundador do movimento Fluxus, a Fluxfilm Anthology é uma seleção composta por 35 curtas-metragens que variam de 10 segundos a 10 minutos de duração. Esses filmes, alguns dos quais feitos para serem em exibidos em looping, foram realizados como parte de happenings e performances no contexto da arte experimental produzida em Nova Iorque. Feitos por artistas como Wolf Vostell, Yoko Ono, Dick Higgins, Paul Sharits, entre outros, celebram a iconoclastia própria do movimento Fluxus. As sinopses foram escritas originalmente por George Maciunas. Filmes experimentais transferidos de formatos variados para suporte de vídeo. Distribuição Electronic Arts Intermix / © Anthology Film Archive
#5 JOHN CAVANAUGH BLINK - PISCAR 1966, 2min20s, p&b, sem som | Flicagem: alternância de quadros pretos e brancos
#6 JAMES RIDDLE 9 MINUTES - 9 MINUTOS 1966, 9min45s, p&b, sem som | Contador de tempo, em segundos e minutos.
#7
#12
GEORGE MACIUNAS
ROBERT WATTS
10 FEET - 10 PÉS
TRACE #23 - TRAÇO #23
1966, 23s, p&b, sem som | Números de fita métrica em película não revelada, 3 metros de comprimento. Sem câmera. Ao final de cada metro de filme aparecem os números 1, 2, e assim por diante, até 10.
1965, 3min, p&b, sem som | O filme começa com a imagem de uma linha de demarcação de uma quadra de tênis de cimento. Uma mão aponta para uma paisagem distante, em seguida, aparece o número 408 e, depois, o 409 pintado em um busto feminino. Uma mulher passa, insinuantemente, por entre as pernas e debaixo do braço, diferentes objetos de plástico em formato de banana e de salsicha. O filme termina com um ovo flutuando na água.
#8
#13
GEORGE MACIUNAS
ROBERT WATTS
1000 FRAMES - 1000 QUADROS
TRACE #24 - TRAÇO #24
1966, 43s, p&b, sem som | Números de 1 a 1000 em película não revelada.
1965, 4min20s, p&b, sem som | Sequências de imagens de raios-X de uma boca e garganta, comendo, salivando e falando.
#9
#14
YOKO ONO
YOKO ONO
EYE BLINK - PISCADA DE OLHO
ONE - UM
1966, 15s, p&b, sem som | Câmera de alta velocidade, 200 quadros por segundo. Imagem de um piscar de olhos.
1966, 5min, p&b, sem som | Câmera de alta velocidade, 2000 quadros por segundo. Fósforo pegando fogo.
#10
#15
GEORGE BRECHT
YOKO ONO
ENTRANCE TO EXIT - ENTRADA PARA A SAÍDA
EYE BLINK - PISCADA DE OLHO
1965, 7min, p&b | Transição suave e linear do branco para o preto, passando por tons cinza, produzidos no tanque de revelação. Desvanecimento da palavra ENTRADA escrita em fundo preto, na placa de uma porta. As letras surgem por alguns segundos e, depois, desaparecem lentamente, fundindo-se na cor branca. Após cinco minutos de desvanecimento da cor preta, a palavra SAÍDA surge, por alguns segundos, para também desaparecer dentro do branco.
1966, 35s, p&b, sem som | Provavelmente, igual ao Nº 9.
#11
#16
ROBERT WATTS
YOKO ONO
TRACE #22 - TRAÇO #22
FOUR - QUATRO
1965, 3min, p&b, sem som | O filme começa com uma fotografia de Marilyn Monroe e, em seguida, mostra um corpo feminino, filmado do umbigo para baixo, contorcendo-se sob camadas de papel celofane.
1967, 6min15s, p&b, sem som | Sequências mostrando os movimentos das nádegas de performers caminhando. Filmado a uma distância constante.
#17
#23
PIETER VANDERBECK
Wolf Vostell SUN IN YOUR HEAD (TELEVISION DECOLLAGE) - O SOL EM SUA CABEÇA (DE-COLAGEM DA
FIVE O’CLOCK IN THE MORNIING - CINCO HORAS DA MANHÃ 1966, 5min20s, p&b, sem som | Imagens de um punhado de pedras e castanhas caindo, filmadas com uma câmera de alta velocidade.
TELEVISÃO)
1963, 7min10s, p&b, sem som | Sequências de fotogramas de imagens de cinema ou televisão, com distorções periódicas. São imagens de aeronaves, homens e mulheres intercaladas por textos, tais como: “silêncio, gênio trabalhando” e “eu te amo”. O crédito final é: “Televisão, décollage, Colônia, 1963.”
#18
#24
JOE JONES
ALBERT FINE
SMOKING - FUMANDO
READYMADE - OBJETO PRONTO
1966, 5min10s, p&b | Imagens da fumaça de um cigarro filmadas com uma câmera de alta velocidade, 2000 quadros por segundo.
1966, 2min20s, p&b e cor, sem som | Tiras de teste de cor do tanque de revelação.
#19
#25
ERIK ANDERSEN
GEORGE LANDOW
OPUS 74
THE EVIL FAERIE - FADA DIABÓLICA
1966, 1min35s, p&b e cor | Exposição de fotogramas coloridos. Surgem diferentes imagens em cada fotograma, vários objetos em uma sala etc.
1966, 28s, p&b, sem som | Um homem no telhado fazendo gestos ondulantes com as mãos. O filme é precedido pela foto de um objeto em formato da letra ‘L’ em movimento. Ao final, surge a imagem breve de uma “menina Kodak”.
#20
#26
GEORGE MACIUNAS
PAUL SHARITS
ARTYPE - ARTE-TIPO
SEARS CATALOGUE 1-3 - CATÁLOGO DA SEARS 1-3
1966, 2min40s, p&b | Desenhos artísticos de símbolos e signos projetando loops. Padrões de pontos de impressão do tipo Benday. Pontos, linhas. telas, linhas onduladas, linhas paralelas e outras em película não revelada. Sem câmera.
1965, 28s, p&b, sem som | Páginas animadas de um catálogo da Sears.
#22
#27
JEFF PERKINS
PAUL SHARITS
SHOUT - GRITO
DOTS 1 & 2 - PONTOS 1 & 2
1966, 2min10s, p&b, sem som | Close de dois rostos gritando um para o outro.
1965, 35s, p&b, sem som | Projeção de um único plano de pontos animados na tela.
#28
#37
PAUL SHARITS
PETER KENNEDY E MIKE PARR
WRIST TRICK - TRUQUE DO PULSO
NO. 37
1965, 28s, p&b, sem som | Vários gestos sobrepostos de uma mão com uma lâmina de barbear.
1970, 1min30s, p&b, sem som | Rosto sendo desfocado por camadas de fitas adesivas entre ele e a câmera.
#29
#38
PAUL SHARITS
BEN VAUTIER
WORD MOVIE - FILME-PALAVRA
JE NE VOIS RIEN JE N’ENTENDS RIEN JE NE DIS RIEN - NÃO VEJO NADA, NÃO OUÇO
1966, 3min50s, p&b e cor | Plano único com animação de palavras.
NADA, FALO NADA
1966, 7min32s, p&b, sem som | Nada ver, ouvir e dizer. Ben está com a boca, os olhos e os ouvidos tapados.
#30
#39
ALBERT FINE
BEN VAUTIER
DANCE - DANÇA
LA TRAVERSÉE DU PORT DE NICE À LA NAGE - TRAVESSIA A NADO NO PORTO DE NICE
1966, 2min23s, p&b, sem som | Rosto sorridente. Martelando um tijolo. Close de um ouvido (em movimento?). Rosto se contraindo. Dançando em uma perna. Rolando, contorcendo-se no chão. Socando a parede.
1963, 3min15s, p&b, sem som | Ben atravessa uma baía do porto de Nice, nadando completamente vestido.
#31
#40
JOHN CALE
BEN VAUTIER
POLICE CAR - CARRO DE POLÍCIA
FAIRE UN EFFORT - FAZER UM ESFORÇO
1966, 1min17s, p&b e cor, sem som | Sequência subexposta das luzes intermitentes de um carro de polícia.
1969, 2min13s, p&b, sem som | Erguer e segurar uma cômoda.
#36
#41
PETER KENNEDY E MIKE PARR
BEN VAUTIER
NO. 36
REGARDEZ MOI CELA SUFFIIT - APENAS ME OBSERVE
1970, 2min30s, p&b | Imagem de pés caminhando nas bordas ao redor de todo plano.
1962, 6min48s, p&b, sem som | Sentado em um agradável passeio público com o seguinte cartaz: Observe-me: isso é tudo.
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MUITAS DESTAS OBRAS FORAM SUBESTIMADAS PELA PRÓPRIA HISTÓRIA DA ARTE, SÓ SENDO REDESCOBERTAS E RESTAURADAS RECENTEMENTE.
Fotogramas do filme “Light Music” de Lis Rhodes Distribuição Lux
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ILUMINADOS: QUESTÕES CURATORIAIS ILUMINADOS – Experiências Pioneiras em Cinema Expandido apresenta obras de filmeinstalações e multiprojeções dos artistas Andy Warhol, Annabel Nicolson, Regina Vater, Gill Eatherley, Lis Rhodes, Roy Lichtenstein, Stan VanDerBeek, Tunga, Valie Export e os filmes experimentais da FluxFilm Anthology. Trata-se de uma seleção de trabalhos que utilizam o cinema como forma de expressão artística, relacionando as possibilidades de explorar os recursos da imagem em movimento, da linguagem audiovisual e os diversos dispositivos de projeção elaborados pelos artistas naquele contexto embrionário da arte contemporânea (entre as décadas de 1960 e 1980). São obras de fundamental importância histórica por ampliarem a concepção sobre o cinema experimental e suas formas expandidas de criação, explorando aspectos formais e estruturais da linguagem audiovisual e utilizando dispositivos pouco usuais de exibição, como, por exemplo, projeções simultâneas em mais de uma tela. Nestes primeiros anos do século XXI, novamente pesquisadores e historiadores atentam para o uso da imagem em movimento por parte dos artistas no contexto das artes visuais. É cada vez mais frequente a presença de trabalhos que utilizam o cinema como forma de experimentação, propondo modos de criação que vão muito além do código tradicional do cinema comercial. O filme se instala nos museus e galerias, estimulando formas originais de exibição e fruição das imagens.
A expressão cinema expandido, termo mais comumente empregado para definir a produção audiovisual com tais características, é atribuída a Stan VanDerBeek em seu manifesto escrito em 1965. Culture: intercom and expanded cinema, a proposal and manifesto - Cultura: intercomunicação e cinema expandido: proposta de um manifesto, publicado em vários catálogos e antologias1 traduz as ideias desse artista a respeito de um novo conceito de cinema, que subvertia as limitações de uma única tela de projeção e solicitava uma recepção diferenciada por parte do espectador. Em seu projeto mais arrojado, o Movie-Drome, uma das obras emblemáticas que fazem parte desta exposição, VanDerBeek exibe multiprojeções no interior de uma grande cúpula de 180 graus, com um campo de visão horizontal circular de toda a extensão sobre a qual as imagens eram projetadas. O artista se interessava essencialmente em propor formas experimentais e, como ele mesmo afirmava, pesquisar novas técnicas e meios para o cinema expandido se constituir como uma ferramenta mundial para a arte e educação.2 Ao lado de VanDerBeek, Gene Youngblood foi pioneiro em elaborar uma reflexão a partir da perspectiva do cinema e suas correlações com as mídias contemporâneas. Seu mais célebre livro, Expanded Cinema3 - Cinema Expandido (1970), publicado numa época em que parte da revolução tecnológica das novas mídias ainda estava por se fazer, apresenta um vasto panorama das muitas formas como
a cultura e os meios de produção audiovisual expressaram uma mutação da subjetividade humana, no contexto que ele denominou de era paleocibernética. No prefácio dessa obra, o autor já anunciava que as tecnologias de produção de imagens aumentariam a capacidade de comunicação e que um novo cinema, como forma de linguagem, emergiria da fusão entre a sensibilidade estética e o desenvolvimento tecnológico. Essas experiências de cinema expandido apresentam características e situações particulares ao proporem arranjos audiovisuais a partir da conjugação plural de imagens. Ao serem exibidos em telas de proporções ampliadas, justapostos um ao lado do outro ou posicionados assimetricamente, e até mesmo projetados sobre outras superfícies, os filmes passam a associar os campos de combinação da imagem e do som com a disposição de sua projeção. São aspectos que determinam formas particulares de compor e exibir as imagens. Rompe-se com a obrigatoriedade de uma tela única e frontal, de um discurso audiovisual linear e sequencial. Na história do cinema, as questões relativas à narrativa audiovisual tiveram como referência o modelo instituído pela tradição do cinema clássico, operando a imagem através da sucessão contínua de um conjunto de planos e sequências, que determinam as noções de espacialidade e temporalidade no filme. Essa norma foi transgredida por movimentos e estilos que, no decorrer do século XX, propuseram outros modelos de elaboração para o discurso audiovisual. Na pluralidade de modos de trabalhar a imagem no contexto do cinema expandido, inserido no âmbito das tendências estilísticas que buscaram a inovação e outras formas originais de
expressão, a narratividade experimental é um dos elementos da linguagem cinematográfica que mais tem sido explorado pelos realizadores. Nessas condições, abrem-se possibilidades para se romper com a linearidade temporal da narrativa mais comumente realizada nos filmes para projeção em salas de cinema tradicionais. Na galeria ou no museu, o tempo de duração da exibição não segue a convenção do mercado institucionalizado do cinema. Contando com um espectador que transita livremente por esse espaço, sem uma previsão de quanto tempo durará a sua audiência, o cinema expandido implica a apresentação de filmes que podem não ter um tempo de duração padronizado, por sua ação dramática ou por uma história que transcorre com princípio, meio e fim. O filme pode, assim, ser elaborado para projeção em looping ou até mesmo para que seja assistido em parte, sem que isso comprometa a sua compreensão. A concepção curatorial de uma exposição como ILUMINADOS coloca desafios diante desse conjunto de manifestações artísticas próprias do cinema expandido, cuja especificidade está inserida em uma categoria bem delimitada, porém pouco pesquisada, no conjunto que intersecciona dados históricos do cinema e das artes visuais. Uma seara da produção artística audiovisual que dialoga com o próprio contexto histórico e estético do cinema moderno e contemporâneo e se relaciona intrinsecamente com o desenrolar das formas de expressão no campo da time based art. Este termo tem sido utilizado para definir o conjunto de especialidades que lidam com uma multiplicidade de formas artísticas que se baseiam na temporalidade como elemento
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essencial da linguagem. Um conceito-chave na arte produzida especificamente no campo do filme experimental, vídeo, instalações, som, multimídia, performance e cibernética. Além propriamente da proposição sobre a qual se assenta a curadoria, esta exposição apresenta também um desafio relativo à gestão de projetos culturais, pois exige um rigor metodológico na apresentação das obras e na sua inserção na prática museológica contemporânea. Há de se salientar que estes trabalhos de cinema expandido foram concebidos num período de ebulição cultural, em que as formas de expressão e manifestação passavam por transformações e se valiam de meios experimentais pouco usuais de elaboração e apresentação de seus resultados. Muitas destas obras foram concebidas e apresentadas de maneira efêmera, em happenings ou performances. Algumas delas foram exibidas uma única vez e ficaram, de certa forma, “esquecidas” ou “subestimadas” pela própria história da arte, só sendo redescobertas e restauradas recentemente. Trazê-las à luz de uma prática curatorial nos dias de hoje e compreendê-las no contexto próprio das expografias contemporâneas foi um dos desafios deste projeto. Portanto, nesta exposição, o visitante terá a oportunidade de apreciar, em suas configurações originais, obras que foram produzidas em formatos pouco usuais no campo do cinema experimental. Muitas delas restauradas recentemente, apresentadas em raríssimas oportunidades e certamente exibidas nesta ocasião pela primeira vez no Brasil. Em alguns casos, os filmes foram transferidos de seu formato em película para mídias digitais, opção sugerida pelos próprios museus e instituições detentoras dos direitos autorais,
como forma de adequação aos modos de exibição ininterrupta durante vários dias. Para a execução de ILUMINADOS, além dos projetores de vídeo, foram necessários 10 projetores 16mm, com um sistema de projeção em looping e uma diversidade de lentes que não existem mais disponíveis no mercado brasileiro. Esta logística necessária para a execução adequada das instalações destes trabalhos ressalta a necessidade de se refletir sobre a preservação de obras de arte criadas sobre plataformas que estão se tornando obsoletas e que necessitam de cuidados muito específicos de conservação e infraestrutura de difusão, para que possam ser mostradas em sua integridade num futuro próximo. Cada vez mais se torna um desafio a preservação e exibição de obras que utilizam dispositivos praticamente inexistentes no mercado audiovisual atual. A película como formato de produção e reprodução de imagens saiu de uso definitivamente e, por consequência, toda a cadeia produtiva migrou para o digital. Raramente se encontram disponíveis câmeras, projetores e películas. Permitir que obras históricas, produzidas cerca de quatro ou cinco décadas atrás, possam ser conservadas e difundidas publicamente tornou-se uma missão imperativa para as instituições museológicas e culturais que preservam esses acervos. ROBERTO MOREIRA S. CRUZ CURADOR
1- Conferir em BATTCOCK, Gregory (ed.). New american cinema: a critical anthology, Dutton, New York, 1967, p.173-179. 2- Citado em Movie-drome, Stony Point, NY, 1963–1965 (arquivo para download) sem a fonte em http://projectstanvanderbeek.com/ where/1.2/index.html. Acesso em 05 de março de 2010. 3- YOUNGBLOOD, Gene. Expanded Cinema, E.P. Dutton; New York, 1970.
Fotogramas do filme “Hand Grenade”(1971) de Gill Eatherley. Distribuição Lux
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M A PA DE LO C ALI Z AÇ ÃO As obras da exposição Iluminados - Experiências Pioneiras em Cinema Expandido podem ser conferidas em dois espaços do Sesc Belenzinho: o GALPÃO e o ESPAÇO EXPOSITIVO.
GALPÃO ROY LICHTENSTEIN......... Pag. 16 TUNGA................ Pag. 20
REGINA VATER........ Pag. 14 SESC - SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional Abram Szajman Diretor do Departamento Regional Danilo Santos de Miranda Superintendentes Técnico-Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social Ivan Giannini Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli
VALIE EXPORT........Pag. 06 ANNABEL NICOLSON............Pag. 04
ESPAÇO
GILL EATHERLEY.........Pag. 12
ANDY WARHOL......Pag. 10
Gerentes Artes Visuais e Tecnologia Juliana Braga de Mattos Adjunta Nilva Luz Assistente Juliana Okuda Campaneli Estudos e Desenvolvimento Marta Raquel Colabone Adjunto Iã Paulo Ribeiro Artes Gráficas Hélcio Magalhães Adjunta Karina Musumeci Assistentes Rogério Ianelli e Lourdes Teixeira Benedan
EXPOSITIVO
Sesc Belenzinho Gerente Marina Avilez Adjunto Fabio Luiz Vasconcelos Programação Salete dos Anjos [coordenação] Catia Leandro e Regina Marques [supervisão] Lilian Sales [produção] Vanessa Oliveira [educativo] Comunicação Ricardo Martins Infraestrutura Josué Cardoso Alimentação Roselaine Tavares da Silva Administrativo Marcelo de Jesus Serviços Edmilson Ferreira Lima
STAN VANDERBEEK...... Pag. 24
ILUMINADOS – EXPERIÊNCIAS PIONEIRAS EM CINEMA EXPANDIDO Curadoria Roberto Moreira S. Cruz Arquitetura Marta Bogéa e Tiago Guimarães Design Julio Dui Produção Executiva Com Tato Agência Sociocriativa – Claudia Taddei, Veridiana Aleixo, Nataly Aquino Assistência de Produção Julia Bac e Gustavo Berbel Projeto de Luz Grissel Piguillem Manganelli Coleções AGNUT, Anthology Film Archives, The Andy Warhol Museum, The Estate of Stan VanDerBeek, Whitney Museum of American Art Galerias Galeria Jaqueline Martins Distribuidoras Electronic Arts Intermix, Lux Distribution, Six Pack Film Execução do Projeto Expográfico Entre Produções Montagem Fina Gala Ação Educativa Thelma Löbel / Zebra 5 Assessoria de Imprensa Verbena Comunicação Transporte Immensum Seguro Affinité Projetores Analógicos KS Objectiv Equipamentos
FLUXFILM ANTHOLOGY....Pag. 28
LIS RHODES............Pag. 22
Citações: Páginas 1, 9, 19, 37, 45: Roberto Moreira S. Cruz. Citação: Página 27: Stan VanDerBeek
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O FILME SE INSTALA NOS MUSEUS E GALERIAS, ESTIMULANDO FORMAS ORIGINAIS DE EXIBIÇÃO E FRUIÇÃO DAS IMAGENS.
AGENDAMENTO DE VISITAS EDUCATIVAS Tel.: (11) 2076 9704 Terça a sexta, das 10h às 17h agendamento@belenzinho.sescsp.org.br
Sesc Belenzinho R. Padre Adelino, 1000 - Belenzinho, São Paulo - SP - 03303-000 Telefone: (11) 2076-9700 /sescbelenzinho
sescsp.org.br
© Gill Eatherley - Cortesia de Gill Eatherley e Lux, Londres
EXPOSIÇÃO ILUMINADOS 17 de agosto a 15 de outubro de 2017 Terça a sábado, das 10h às 21h Domingos e feriados, das 10h às 19h30