Diretrizes para terceirização de TIC
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Texto disponível na internet: << http://www.bundesrechnungshof.de/publications/booklets-guidance/ictguide.pdf >> Acesso em: Julho, 2008. Tradução por Susi Wayne Lopes (Sefti) Revisão por Sylvia Regina Caldas Ferreira Pinto (Arint)
Introdução
Com suas diretrizes para auditoria da terceirização das funções de TIC, a EFS alemã e as 16 cortes estaduais dão uma resposta às mudanças nas atividades governamentais. A importância de TIC para a eficiência e qualidade das atividades governamentais modernas provoca a adoção de um enfoque uniforme pelos órgãos de controle externo no complexo campo do uso de TIC, que não está livre de riscos e ainda é, até certo ponto, um novo campo de atividade dentro do governo.
Estas diretrizes
visam oferecer sugestões práticas, adotando uma nova abordagem no
desenvolvimento e implementação de auditorias em TIC.
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Tecnologia da Informação e Comunicação
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Conteúdo 1
Definição de Terceirização de TIC ................................................................................ 3
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Objetivos da Terceirização de TIC ................................................................................ 3
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Motivos para terceirização de TIC................................................................................. 3
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Pré-requisitos gerais para terceirização de TIC .............................................................. 4
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Pré-requisitos legais .................................................................................................... 4
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Prós e contras na terceirização de TIC .......................................................................... 5
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Critério de seleção para projetos de terceirização .......................................................... 6 7.1 Variantes da terceirização de TIC ............................................................................. 6 7.2 Seleção de áreas de TIC apropriadas para terceirização ............................................. 6
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Potencial dependência na parceria de terceirização de TIC ........................................ 100
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Preparação de contratos terceirizados e cláusulas a serem incluídas ........................... 100 9.1 Documentos formais para licitação ........................................................................ 100 9.2 Especificações ...................................................................................................... 122 9.3 Avaliação de propostas ........................................................................................ 133 9.4 Termos e condições a serem estipulados nos contratos .......................................... 133
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Avaliação retroativa de programa .......................................................................... 155
Os prós e contras da terceirização de TIC ....................................................................... 177
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Definição de Terceirização de TIC
“Terceirização” no campo da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) significa a contratação de provedores externos de serviço para realização de determinados processos ou funções de TIC, por um período de, no mínimo, um ano. Como regra, a terceirização de TIC implica a aquisição de serviços mediante pagamento ou pelo estabelecimento de acordo mútuo.
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Objetivos da Terceirização de TIC
A terceirização de TIC visa atingir os seguintes objetivos dentro do governo por meio da contratação de serviços prestados por fornecedores externos: 1. Melhoria do desempenho 2. Melhoria na relação custo-benefício 3. Aperfeiçoamento da comunicação 4. Fornecimento de melhores serviços aos clientes 5. Aperfeiçoamento das condições de trabalho
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Motivos para terceirização de TIC
A Terceirização de TIC não deve ser motivada apenas por situações de acúmulo de trabalho (escassez de funcionários qualificados e de recursos financeiros), mas principalmente por objetivos a longo prazo que devem ser considerados na lei orçamentária. Obs.: Na prática, os fatores e circunstâncias seguintes têm surgido como os motivos para terceirização de TIC: • a necessidade de compensar a escassez de funcionários qualificados da própria empresa, • a necessidade de adquirir habilidades em TIC • a necessidade de assegurar operações de TIC contínuas e organizadas e • insuficiência de recursos financeiros para equipamentos de TIC. Todavia, os aspectos seguintes devem ser considerados na lei orçamentária atual, se uma visão a longo prazo for adotada:
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• Aspectos de eficiência e economia, especialmente redução de custos e simplificação dos processos de negócio, • crescimento quantitativo e qualitativo do desempenho, • redução de riscos resultante da utilização de novas tecnologias, e • concentração da atividade da organização no seu centro de negócios.
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Pré-requisitos gerais para terceirização de TIC
Funções de TIC em departamentos governamentais e órgãos de nível federal ou estadual podem ser terceirizadas quando: • a terceirização melhorar o desempenho após a introdução de melhores práticas em processos de negócios internos, • regras e disposições legais e administrativas aplicáveis abonarem tais práticas • a supervisão e controle adequados do colaborador terceirizado de TIC forem assegurados. Projetos de terceirização de TIC devem ser planejados baseando-se em melhores práticas de TIC. Portanto, é aconselhável conduzir um estudo abrangente da organização e uma análise meticulosa da necessidade ininterrupta das funções realmente desempenhadas. Esse estudo deve analisar funções de TIC individuais, mas deve também tratar de processos de negócio. Como resultado, funções de TIC distintas e específicas devem ser identificadas e avaliadas como capazes de ser terceirizadas. A classificação seguinte pode ser utilizada: • capaz de ser terceirizada, • parcialmente capaz de ser terceirizada, • possibilidade de suporte externo e • impossibilidade de suporte externo.
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Pré-requisitos legais
Terceirizar funções e processos de TIC é admissível quando: • isso não desrespeita os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, • isso não prejudica o funcionamento do governo e • o governo não assume um risco incalculável de se tornar dependente de contratados particulares.
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Obs.: Em cada caso,
no entanto, em que um projeto de terceirização de TI parecer
conveniente, deve-se dar atenção aos limites legais segundo os quais uma transferência de funções para o setor privado é admissível. Esses limites são encontrados na Constituição que (explícita ou implicitamente) atribui algumas funções inerentemente governamentais exclusivamente ao governo federal, estadual ou local. Os seguintes parâmetros legais devem ser levados em conta ao se considerar a terceirização de TIC no âmbito do setor-público: 1.
Quando as funções de TIC a serem terceirizadas tiverem relação com direitos básicos
ou liberdades civis, a legislação já existente
que autoriza tal terceirização deve estar
adequada e pronta para ser utilizada ou então nova legislação
deve ter sido criada
recentemente. Providências devem ser tomadas para adequada proteção e controle. A autoridade contratante deve estipular termos contratuais para esse
fim e deve
supervisionar adequadamente seu cumprimento. 2. Em alguns campos de atividade nos quais a capacidade de ação do Estado não deve ser ameaçada e onde é necessário assegurar a capacidade do governo fornecimento dos serviços públicos essenciais, os
de garantir o
acertos a respeito de TIC são
indispensáveis planos de contingência que devem estar adequados e prontos a serem usados, permitindo departamentos governamentais ou agências a continuar suas atividades nos casos em que contratados falhem no desempenho de suas obrigações contratuais. Os acertos devem permitir que outro contratado ou mesmo a autoridade contratante retomem as atividades de TIC em um período de tempo razoavelmente curto. 3. Medidas devem ser tomadas para evitar que o governo se torne dependente, a uma proporção incalculável, de qualquer contratado. Quando as circunstâncias não deixarem alternativa para terceirização de certas funções de TIC aos contratados que têm um quase-monopólio, disposições contratuais devem assegurar direção e monitoração adequadas pela autoridade contratante.
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Prós e contras na terceirização de TIC
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A preparação e o exame minucioso das decisões sobre terceirização de TIC devem observar as seguintes áreas, que são diretamente afetadas pela utilização de TIC: pessoal, custos, financiamentos, relação custo-benefício, organização, resultados e tecnologia. Obs.: É aconselhável levar em conta os critérios expostos no Anexo I, sempre que se pensar num projeto de terceirização, e considerá-los vis-à-vis as circunstâncias individuais de cada caso.
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Critério de seleção para projetos de terceirização
Esse critério de seleção deveria levar em consideração as diversas características das funções de TIC e os processos de negócios a serem terceirizados, em termos de tempo, tecnologia, organização, peculiaridades das operações e contratados envolvidos. 7.1 Variantes da terceirização de TIC O principal critério para classificação das etapas da terceirização de TIC deve ser tempo, volume e peculiaridades das operações. Obs.: A terceirização parcial de funções e processos de TIC por um período de tempo indefinido é uma das variantes mais comuns da terceirização. 7.2 Seleção de áreas de TIC apropriadas para terceirização Áreas de TIC adequadas para terceirização podem ser identificadas por meio de vários sistemas de classificação baseados em catálogos de produtos, processos de negócios e catálogos de funções. Obs.: Áreas de TIC adequadas para terceirização podem ser identificadas por meio de vários sistemas de classificação. Alguns exemplos disso são dados abaixo. 1. Classificação de acordo com um catálogo de produtos do Manual de Contabilidade de Custo e Desempenho • Infra-estrutura de TIC e administração de sistemas − supervisão técnica de centros computacionais
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− questões de hardware e software, convites para licitação, aquisição e planejamento de implementação − estruturas e estratégias de TIC − concepção de requisitos técnicos para TIC − segurança de TIC e parâmetros de proteção de dados − apoio à configuração dos sistemas − documentação e manutenção de registros sobre administração de sistemas − identificação e planejamento de treinamento • Comunicação e equipamentos corporativos − requisitos de identificação e planejamento de equipamentos a longo prazo − definição de requisitos qualitativos, levando em consideração planos a longo prazo para − compra de hardware e software − implementação de procedimentos de licitação − implementação de aquisições − prestação de serviços de consultoria − organização de serviços de reparo • Aplicativos de TIC para operações específicas − execução de análises dos requisitos − planejamento de estruturas conceituais gerais − provas comparativas e testes de desempenho − planejamento de trabalhos de consultoria • Suporte ao usuário − instalação e suporte ao equipamento do usuário/configuração − organização de serviço de atendimento − diagnóstico e eliminação de erros/falhas − ajuda ao usuário − serviço de reparo − cursos de treinamento 2. Classificação com base nos processos • processo de planejamento e coordenação de TIC
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• processo de desenvolvimento de infra-estrutura • processo de desenvolvimento de aplicativos de TIC • processo de operação de TIC • processo de suporte ao usuário • processo de provimento de equipamentos para os locais de trabalho 3. Classificação baseada nos catálogos de funções de TIC (exemplos) Exemplo 1: de um Ministério Federal (enumerativo, baseado numa amostragem em bola de neve) Áreas de TIC e subtarefas
Transferência para outra entidade do governo ou terceirização
> Subtarefas
Recomendação
Decisão tomada pelo Ministério Federal
Comentário sobre a decisão tomada pelo Ministério
Infra-estrutura de TIC > administração de sistemas
Não
Não
> operação de rede completa
Não
Não
> gerenciamento de Rede Aplicações de TIC > aquisição e manutenção de dados > análise de conteúdo do banco de dados > desenvolvimento de aplicativos > manutenção > documentação > conceito da aplicação > interface da aplicação > processo de licitação > desenvolvimento do banco de dados Administração de TIC2
Sim
Não
Importância estratégica Importância estratégica, ineficiente Ineficiente
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Em aberto
Sim Sim Não Não Não Não
Em aberto Em aberto Não Não Não Não
Não
Não
Transferência de gestão interna Transferência de gestão interna
Função Função Função Função
principal principal principal principal
Importância estratégica e função inerentemente
2
Inclui: controle de TIC, administração do projeto, questões orçamentárias, segurança de TIC, garantia de qualidade, questões legais, treinamento de TIC, identificação das necessidades e tarefas secretariais. 8
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Atendimento ao Usuário
Não
governamental Importância estratégica, ineficiente
Não
Exemplo 2: Serviços de terceirização sob um contrato-base (framework contract) de terceirização de comunicação corporativa concluídos pelo
estado alemão de Baden-
Württemberg com um fornecedor de serviços: “O contratado deverá fornecer os seguintes serviços: − Acessórios de hardware, software padrão e substituição de itens, − instalação, integração/adaptação, teste. − Integração de aplicativos administrativos e aplicativos técnicos, − Entrega do sistema de comunicação corporativa em condição aceitável e pronto para ser utilizado, − Instruções iniciais aos usuários, − Treinamento, (se contratado especialmente para isso), informação ao usuário, − Operação do sistema de comunicação corporativa e de todos os processos auxiliares, − Linha direta, serviços de atendimento, − gerenciamento da configuração, problemas e mudanças, − atualização de hardware e software − administração de redes locais ou partes essenciais dela para a interface do sistema de administração de estado, − Sugestões sobre opções alternativas para mais desenvolvimento − Estratégias operacionais com vista especialmente para atingir e manter as melhores práticas vigentes − relatórios, − Migração para o sistema padrão de comunicação corporativa (incluindo operação de rede) em troca de taxas extras, − Migração de aplicativos técnicos (quando contratado especialmente para isso), − Harmonização e coordenação.”
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Potencial dependência na parceria de terceirização de TIC
Ao considerar a terceirização de tarefas de TIC, especial atenção deve ser dada ao fato que o conhecimento „interno‟ de TIC pode ser perdido ou não estar disponível quando necessário. Assim, a autoridade contratante se torna (parcialmente) dependente do conhecimento do contratado terceirizado. Portanto, a autoridade contratante deve providenciar treinamento adequado a seus próprios funcionários para assegurar sua independência. Obs.: A terceirização de tarefas de TIC põe em perigo o conhecimento interno de TIC de maneira que o conhecimento requerido pode não estar disponível quando necessário. A ausência de conhecimento profissional entre os funcionários da autoridade contratante reduz a habilidade da autoridade de exercer influência no desenvolvimento técnico de sua área de operações governamentais. Esse risco deveria ser neutralizado
por meio de treinamento bem direcionado, visando
salvaguardar a independência da autoridade contratante em relação ao colaborador terceirizado. Para garantir um nível adequado de independência, cuidados devem ser tomados para deixar os contratos de fornecedores externos de serviço em uma base competitiva e para criar condições para que haja alternativas de outros contratados que possam assumir toda a função terceirizada de TIC.
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Preparação de contratos terceirizados e cláusulas a serem incluídas
Para preparar os contratos de terceirização de TIC com seus termos e condições, os documentos da licitação devem ser planejados cuidadosa e detalhadamente e, nos vários métodos de especificação e tipos de contrato, procedimentos de recompensa devem ser considerados. 9.1 Documentos formais para licitação Antes de iniciar qualquer transação de terceirização de TIC, os âmbitos de responsabilidade e os termos e condições que precisam ser estipulados devem ser determinados e fixados nas especificações juntamente com as
disposições contratuais
sobre hardware, software e
serviços. 10
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Obs.: Os pontos listados abaixo devem ser levados em conta ao serem determinados os âmbitos de responsabilidade e os termos e condições: • Hardware - capacidade - capacidade da CPU - capacidade de armazenamento - segurança de TIC (disponibilidade, confidencialidade, integridade) - atualização e manutenção • Equipamento periférico (e.g. estações de vídeo, impressoras) - capacidade - segurança de TIC (disponibilidade, confidencialidade, integridade) - atualização e manutenção • Rede - capacidade da rede - segurança de TIC (disponibilidade, confidencialidade, integridade) - atualização e manutenção, p. ex. manutenção remota via linha de dados • Software de sistema - Instalação - atualização e manutenção - segurança de TIC (disponibilidade, confidencialidade, integridade) - procedimentos de diagnóstico em caso de erros/problemas - medidas para eliminar erros - monitoração e otimização da administração de sistemas, • Aplicativos (software padrão, software individual) - desenvolvimento, - instalação - tempos de instalação - tempos de resposta - segurança de TIC (disponibilidade, confidencialidade, integridade) - cópia de segurança, tempos de recuperação - proteção de dados (privacidade) 11
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- atualização e manutenção • Serviços - objetivos do serviço - tempos de funções ativas - tempos de resposta (p. ex. para serviços de atendimento ao usuário) 9.2 Especificações Qualquer convite para licitação deve ser endereçado ao maior número possível de licitantes, estipulando-se em termos gerais as especificações técnicas a serem terceirizadas. Obs.: Existem diferentes abordagens viáveis para definir os requisitos e os serviços a serem terceirizados: 1. Especificações funcionais Quando a autoridade contratante não tiver nenhuma idéia concreta sobre os produtos e processos de negócios, aos licitantes deve ser solicitado o oferecimento da solução e sua implementação. Exemplo: Quando os serviços de suporte ao usuário de TIC, em um departamento ou órgão, estiverem para ser terceirizados, os documentos da licitação informarão possíveis licitantes somente a respeito da área de TIC (p. ex.: hardware atual, software, número de usuários, tempos de suporte e de resposta). As propostas devem abranger: a) o tipo de suporte ao usuário (p. ex. suporte no local ou por telecomunicação, ou uma combinação de ambos) e b) sua implementação, isto é, os serviços específicos oferecidos pelo licitante. 2. Especificações baseadas em um ambiente, existente ou planejado, de TIC De acordo com essa abordagem, a autoridade contratante planejou uma solução e implementação concretas para o desempenho de uma função e especificou isso claramente
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nos documentos
da licitação. Os requisitos a serem contemplados na proposta estão
especificados em termos de uma configuração de TIC já determinada. Exemplos: Capacidades do centro computacional definidas com base em um determinado sistema operacional ou processo, suporte ao usuário de TIC com uma linha direta cujo contato pode ser feito por telefone ou email entre 7h às 19h. 3. Convites paralelos para licitação Sob essa abordagem centrada na realização de licitações, que visa identificar ao mesmo tempo a melhor solução técnica e a melhor relação custo-benefício no que se refere ao financiamento e à operação de uma função de TIC por meio de terceirização, a autoridade contratante deve permitir que os licitantes ofereçam diferentes soluções e deve avaliar as propostas de acordo com o que foi pedido. Com base em especificações distintas de software, hardware e serviços, propostas podem ser obtidas, por exemplo, para os seguintes componentes de licitação. a. Preço de compra para hardware e software b. Contratos de locação para hardware e software c. Remuneração por serviços d. Preço por atuação como contratado geral (Terceirização-TIC) 9.3 Avaliação de propostas As especificações técnicas requeridas, a abrangência e a qualidade dos serviços devem ser levados em consideração.
As propostas devem ser
avaliadas de acordo com os valores
apresentados e de acordo com o grau de conformidade com os requisitos especificados. As decisões em favor de uma abordagem contratante ou licitante em particular devem ser baseadas em avaliações de investimento e análises de valores de benefícios. Obs.: Convites paralelos para licitação requerem a avaliação de propostas alternativas que cubram várias necessidades de TIC. Eles podem ser descritos como modelos que compreendem, em proporções distintas, trabalho interno e serviços contratados (aquisições e serviços exclusivamente internos, operações mistas, terceirização completa). 9.4 Termos e condições a serem estipulados nos contratos
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Os termos e condições de um contrato sobre terceirização de serviços devem ser o mais claro possível, especialmente no que diz respeito às características seguintes: qualidade, garantias, mudanças nos preços e serviços fornecidos, penalidades por quebra de contrato, término de um contrato, relatório do contratado e procedimentos de coordenação. Obs.: Acerca do conteúdo e extensão de contraltos de terceirização, os itens subseqüentes devem ser estipulados em um contrato de terceirização de TIC (baseado em um modelo de contrato onde apropriado): • Características de qualidade (indicadores/parâmetros quantitativos) que definam os serviços a serem desempenhados pelo contratado, • Providências para monitoração do desempenho, métodos e prazos, relatório (obrigação do contratado mensurar os parâmetros e relatá-los), por exemplo, sobre incidência de falhas e volume de serviços utilizados, • Direitos de acesso a dados protegidos de dirigente, • garantias, • Soluções em caso de pouco ou nenhum desempenho ( extensão da responsabilidade, penalidades contratuais), • Providências para casos em que o volume de serviços fornecidos exceder ou não alcançar o volume inicialmente especificado, • Adaptação/modificação de desempenho acordado no contrato, para progresso técnico, revisões regulares, • critério para ajuste nos preços, • condições financeiras para aquisição de hardware ou software em caso de término extraordinário de contrato, • termo de contrato, • sigilo, • condições para prorrogação do prazo do contrato, • término, • acordo em caso de expiração do contrato, • administração/arbitragem de crise, • direito de acesso para auditoria por instituição de auditoria externa. Ademais, é imprescindível que as partes do contrato: 14
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• designem contatos e membros de comissões conjuntas, • definam e descrevam seus âmbitos de responsabilidade • definam claramente suas interfaces, • definam os canais para processos de tomada de decisão e • cheguem a um acordo em relação a deveres de cooperação e procedimentos de coordenação.
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Avaliação retroativa de programa
Avaliações de programa devem ser executadas ex post para verificar a consecução dos objetivos estabelecidos para o projeto de terceirização de TIC e
o cumprimento pelo
contratado das obrigações contratuais. Obs.: Como pré-requisito para avaliação ex post, os serviços e atividades realizados pelo colaborador terceirizado de TIC (contratado) devem ser registrados. Isso também fornecerá as bases para ajustar o âmbito de responsabilidades do contratado quando for o caso e para identificar meios de racionalizar o desempenho da missão interna. Para esses propósitos, metas de desempenho verificáveis devem ser especificadas, incluindo características como: • tempos de resposta, • qualidade, • flexibilidade de desempenho e • confiabilidade operacional das instalações técnicas ou sistemas de TIC que o contratado se comprometeu a operar. Baseado em um sistema de relatórios significativo, é também possível monitorar os resultados efetivos da terceirização nas práticas e procedimentos da autoridade contratante, p. ex.: • o custo-benefício da medida, • o aumento da produção interna, 15
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• a melhoria da qualidade e • reduções da carga
de trabalho da administração organizacional e de pessoal e
conseqüentes reduções de gastos. Os custos incorridos como pagamentos ao contratado devem ser comparados regularmente aos valores de mercado. Isso deve ser feito pela autoridade contratante ou pelo contratado com base em regras estabelecidas pela autoridade contratante. Quando os pagamentos ao contratado forem continuamente maiores que os valores de mercado identificados, a renegociação do preço deve ser iniciada ou o contratado deve ser substituído. O contrato deve prever isso. Outro método efetivo de avaliação de programa que pode ser utilizado é o processo de
benchmarking. Para utilizar esse método, os aspectos chave necessários devem ser identificados, atualizados regularmente e comparados entre outras organizações. Quando o desempenho da autoridade contratante não alcançar a média, as razões para isso devem ser encontradas e soluções devem ser tomadas. O contrato deve também estabelecer procedimentos para determinar as conseqüências de qualquer falha desse tipo.
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Os prós e contras da terceirização de TIC (áreas mais sujeitas a problemas/critérios para alcance de metas) A. Pessoal Prós
Contras
Evita problemas com recrutamento adequado Dependência do contratado. de funcionários qualificados. Reduz a dependência em relação a alguns Perda de especialistas específicos e de seus poucos
funcionários
com
conhecimento conhecimentos.
altamente especializado. Desafoga
os
especialistas
do
trabalho Aumento da necessidade de coordenação
rotineiro.
entre a autoridade contratante e o contratado.
Libera os Recursos Humanos para tarefas mais importantes. Melhora
o
aproveitamento
dos
recursos Problemas com a lei do servidor público.
humanos, p. ex.: concentração em negócios Potenciais conflitos com direitos estatutários centrais.
das
entidades
de
representação
dos
servidores. Reduz o pessoal de TIC, evita o aumento do Dependência do contratado. número
de
funcionários
e
situações
de
acúmulo de trabalho. O IVA3 pago (entrada de IVA) não é dedutível (parte das despesas com pessoal). B. Custos
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Imposto sobre o Valor Agregado. Isso inclui: linha direta, atendimento online, pré-
configuração em casos de gestão de projeto e produção.
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Prós
Contras
Reduz custos e aumenta a transparência dos Custos adicionais de transações (p. ex.: custo gastos, especialmente quando os gastos são para fazer e implementar o contrato) alocados/incluídos no orçamento da unidade usuária. Aumenta a consciência sobre os custos. Evita elevados gastos de capital esporádicos Risco de não utilização de recursos centrais (p. ex.: contratos-base (framework contracts)
com novas TIC.
vantajosos). Converte custos fixos em gastos que podem ser diretamente direcionados para „produtos‟. Facilita o planejamento, a condução e o monitoramento dos custos. Direciona com precisão os custos para as fontes. Recursos
alocados
/
Despesas
com
comunicação e coordenação. C. Relação custo-benefício /financiamento Prós
Contras
Evita elevados gastos de capital esporádicos com novas tecnologias da informação. Evita débitos excessivos ao se proceder a contratações e aquisições. Providências relativas a financiamento de acordo com os termos de contrato. Acelera os processos de negócios. Utiliza
completamente
o
potencial
de Perda de Know-how.
racionalização. D. Organização 18
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Prós
Contras
Simplifica os processos de compra de TIC.
Perda de contato com o mercado de TIC e de conhecimento sobre ele.
Evita a escassez de pessoal de TIC. Ocorre
a
concentração
nos
Dependência do contratado. negócios Perda de habilidades internas.
essenciais. E. Desempenho Prós
Contras
Aumenta a qualidade das operações de TIC Impossibilidade sem aumento de custos.
de
avaliação
da
relação
custo-qualidade em razão da perda de knowhow.
Reduz o tempo do ciclo de implementação de Redução da habilidade de conduzir projetos projetos de TIC e/ou o pagamento pelo uso de TIC e/ou o de hardware e software de TIC. Alta
flexibilidade
na
pagamento pelo uso de
equipamento.
disponibilidade
dos Perda geral de controle.
serviços de TIC.
Perda da visão geral.
Implementação de medidas de TI de acordo Redução com o cronograma.
da
habilidade
tempestivamente
a
para
responder
dificuldades
no
cumprimento de cronogramas. Acesso a competências especiais na área de Redução de habilidades internas. TIC
e
utilização
de
procedimentos
padronizados. Aplicação
de
métodos
modernos
de
desenvolvimento. Aceleração
dos processos de mudança de Perda de know-how.
TIC.
Inovação superior ao necessário.
Aceleração no ritmo de inovação. Transferência de Know-how
Dependência do contratado.
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Segurança de dados potencialmente alta, p. Dependência do contratado. ex.: devido à cópia de segurança dos centros computacionais do contratado. Gerenciamento organizado para que
para
da
informação
mais Oportunidade para que o contratado exerça
alcançar objetivos gerais do influência.
tomar
decisões
sobre
casos
individuais. F. Tecnologia Prós
Contras
Redução de riscos tecnológicos ao transferi-los Dependência do contratado. para o contratado em virtude dos termos de contrato. Aumento da disponibilidade de TIC. Aceleração do ritmo de inovação. Independe de implementação técnica.
Restrição à inovação. Dependência do contratado.
Possibilidade de redução dos inputs em Perda de competência. informação, coordenação e processos de tomada de decisão. Redução de inputs necessários, p. ex.: para Perda de know-how. reparação de erros, manutenção, introdução de novo release.
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