Revista Rock Meeting #12

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Expediente Direção Geral Pei Fang Fon Fotografia Daniel Lima Pei Fang Fon Yzza Albuquerque Revisão Pei Fang Fon Yzza Albuquerque Capa Lucas Marques Pei Fang Fon Equipe Daniel Lima Jonas Sutareli Lucas Marques Pei Fang Fon Renato Tiengo Yzza Albuquerque Agradecimento Jonathan Canuto

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Editorial Um ano. São exatamente doze meses, trezentos e sessenta e cinco dias, cinquenta e duas semanas. 12. Este número pode representar muita coisa para alguém: aniversário; dia dos namorados; doze apóstolos bíblicos... Mas o que significa para nós, enquanto disseminadores da informação, é um tempo que passou muito rápido. Sabe aquele ditado, “Parece que foi ontem”? Pois bem, este é o sentimento que invade as mentes de todos da Equipe da Rock Meeting, quando pensamos sobre o início, a mudança de postura, comportamento. Foi ousado, ao mesmo tempo que foi necessário. “Tudo tem seu tempo”. E foi no tempo certo, ou não (depende da visão individual), que um meio de comunicação deu um novo gás para a cena local. Não é prepotência afirmar que fizemos isso. Se pararmos para analisar os fatos, da implantação da revista até o atual mês, muitos eventos aconteceram. Dois a nível internacional, sem mencionar a ampliação dos eventos locais. Muitos destes eventos estiveram registrados em nossas páginas, para que tenham a plena certeza que algo mudou. Ainda há muito que fazer, mas, para um começo, já está sendo o suficiente. Este gás que precisava já foi impulsionado, basta continuar... Continuar é o maior problema para qualquer desafio. Mas estamos enfrentando os obstáculos na certeza de que algo melhor está por vir. Um ano. Doze meses. Cinquenta e duas semanas. E muitas descobertas. Assim tem sido a nossa rotina. Muito obrigado!


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ร ndice Hellcife Attack - 05 MetalHeads - 07 World Metal - 09 Misantropia - 11 DarkTale - 17 Adrenaline - 22 Restropectiva RM - 27 Perfil RM - 31 Eu estava lรก- 33

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Por Lucas Marques

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a cena underground nordestina, a interatividade e cooperação entre as bandas é o que faz haver uma mobilidade nela. Os intercâmbios interestaduais são meios que proporcionam uma propagação maior da cena, uma forma de fazer com que as bandas saiam de seus ambientes comuns e se mostrem para outras pessoas, outros públicos. Esses eventos costumam dar certo, pois além de ajudar as bandas, satisfaz o público que busca algo novo. Um bom exemplo de sucesso desse tipo de evento foi o Hellcife Attack, realizado no dia 7 de agosto no Banga Bar, localizado no bairro histórico de Jaraguá. O show foi um intercâmbio organizado por bandas alagoanas, que trabalharam forte e trouxeram boas bandas pernambucanas para realizar uma bela festa, recheada de Hardcore, em nosso solo. O show começou com atrasos, algo já tradicional por aqui, mas nada que fizesse diminuir o ânimo da galera que compareceu. Outra coisa que chamou a atenção foi a frustração de alguns menores de idade, que tiveram de voltar para casa após saberem que era um show para maiores. A organização do evento já havia informado sobre isso em todas as suas divulgações, o que certamente não foi visto pelos que foram barrados na portaria. A primeira atração da noite foi a banda Side HC, que levou um repertório cheio de clássicos do Punk Rock nacional. A banda demorou um pouco

para começar o show. Ajustes dos instrumentos e o pouco público na hora causaram certo atraso, pois a banda esperava a chegada de mais gente para dar início à festa. Apesar de haver um pequeno público no espaço designado, havia muita gente do lado de fora da casa, já que era permitido o livre acesso e a saída das pessoas que teriam comprado os ingressos e portassem a pulseira do evento. Enquanto pouco Punks preenchiam o vazio da pista, a maioria dos que portavam as pulseiras de acesso lotava as escadarias do prédio histórico da Associação Comercial de Alagoas, que fica em frente ao Banga. Passado o atraso inicial, a banda sacou de seu repertório covers que iriam de Garotos Podres até Dead Fish. O grupo se destacou pelo seu som cru, deixando claras suas influências em suas músicas próprias, que puderam ser escutadas pelos poucos presentes. A segunda banda a se apresentar foi a recifense Vulvas em Transe, um grupo formado totalmente por garotas. As meninas da Vulvas em Transe mostraram que garotas também sabem fazer Rock and Roll muito bem. Seu som poderia ser definido como um Hardcore melódico que dialoga com algo mais pesado, um som trabalhado que, certamente, surpreendeu a muita gente que estava presente, deixando muito marmanjo boquiaberto. A Vulvas em Transe representou muito bem o seu estado, e com certeza não será esquecida pelo público alagoano.

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Em seguida, entrou a Dejetos, também de Pernambuco. A banda veio com seu Hardcore seco. Como a primeira banda, a Side HC, eles tocaram verdadeiros clássicos do Punk Rock tupiniquim, como “Anarquia OI!” e “Papai Noel”, dos já sitados Garotos Podres. Seu som carrega em suas letras um teor de protesto libertário, como uma verdadeira banda Punk deve ser. A Dejetos não deixou nada a desejar, e também representou muito bem a cena pernambucana. Após a Dejetos, quem marcou presença foi a banda alagoana Ênfase. A Ênfase faz um Hardcore melódico para ninguém botar defeito. Mandaram sons irados e uns covers bem conhecidos da galera, como da banda de Fortaleza Switch Stance. Certamente, Ênfase foi uma das bandas que mais agitaram a noite do Hellcife Attack. O público já estava bem presente a essa altura do show. Assim que terminou o show da Ênfase, boa parte do público se deslocou para fora do estabelecimento, voltando a ocupar as escadarias do prédio da Associação Comercial. Nesse momento, quem se apresentava era a banda alagoana Nookie, que tinha um repertório bem diversificado. Rolou até uma Jam com a galera presente. Eles tocaram Pitty, e fizeram até duas execuções de “Roots Bloody Roots”, do Sepultura, um momento bem dinâmico entre a banda e o público. Dando sequência à noite, a banda maceioense Reverter chegou cheia de energia, com suas letras que falam de coisas do cotidiano, da ética, de respeito e de amor. Com vocais rasgados um tanto peculiares e seus riffs marcantes, a Reverter tocou para um público um tanto reduzido, porém o mais ativo da noite, porque a energia que a banda transmitia para a galera presente foi algo único. Quem se apresentou depois foi a banda pernambucana Political Comedy. Nesse momento do show, havia menos de 15 pessoas para prestigiar a banda pernambucana. Mas isso não significou desânimo; a banda tocou como se a casa estivesse lotada. Quem estava presente, viu uma grande apresentação de uma grande banda, que levou entre muitas músicas, covers de grandes bandas do underground brasileiro, como Nitrominds. Quando a banda Dia 5 fechou a madrugada, infelizmente quase não havia mais público. O cansaço era aparente depois de muito trabalho, mas os músicos da Dia 5 tocaram para as últimas 10 pessoas presentes, e quando fizeram a sua tradicional cover de Jason, alguns ainda tinham energia para iniciar micro ciclepits. Ainda rolou música com participação especial do DJ Wysko, que tocou durante toda a noite entre uma banda e outra. O dia já tinha clareado quando o show acabou. O Hellcife Attack foi um bom exemplo de que a cooperação entre bandas é um bom negócio. Esperamos por mais shows assim.


A noite do Metalhead Daniel Lima O Metalheads aconteceu no dia 15 de agosto, e, como já se tornou costume, foi num domingo. Bandas que fazem covers invadiram novamente o Kfofo, e dessa vez, algumas bandas homenageadas foram o Black Sabbath, o Metallica e o Iron Maiden de épocas diferentes. Outro fato que já se tornou costume nos shows aqui em Maceió é o atraso para começar o evento. Mas dessa vez a culpa não foi da organização, foi da parte técnica do evento. Depois de mais de uma hora de atraso e ainda com um pequeno público, a banda Raiser subiu ao palco do Kfofo para iniciar as apresentações. Tocando covers que iam de Testament a Slayer e Ozzy Osbourne, Vitor detonou nos vocais, sempre chamando o público para cantar junto. Com o passar do show as pessoas foram chegando e enchendo o Kfofo. Só para sentir o clima, Raiser tocou “Raining Blood” (Slayer), “Mr. Crowley” (Ozzy Osbourne) e “Alone in the Dark” (Testament), além de duas músicas próprias. Um ótimo show que, infelizmente, teve seu tempo reduzido, por causa do atraso. A segunda banda a se apresentar foi a IMDY Project, que toca músicas do Iron Maiden na fase de Paul Di’Anno, o primeiro vocalista da Donzela. Com Daniel no vocal, a banda tocou clássicos que compõem os dois álbuns gravados com Paul à frente do Maiden. Algumas das músicas que fizeram o público cantar e agitar até o fim da apresentação foram “Remember Tomorrow”, “Prowler”, “Wrathchild” e “Killers”. Essas foram algumas das músicas que fizeram o público cantar e agitar até o fim da apresentação. A galera que frequenta os shows de Metal em Maceió gostam de Maiden e respondem as expectativas da banda. Esta foi apenas a primeira a fazer um tributo ao Iron Maiden naquela noite. Em seguida, veio a Powerslave, também tocando Iron Maiden. Mas dessa vez, Renato cantaria as músicas que ficaram imortalizadas no vocal de Bruce. Quem conhece o DVD do Iron Maiden no Rock in Rio, de 2001, sabe muito bem como é a primeira música que a Donzela toca. Da mesma maneira fez a Powerslave. O coral começa a cantar e cria-se um clima de suspense até que começa a introdução de “The Wicker Man”, e o público delira. Daí para frente, clássicos como “The Evil that Man Do”, “The Trooper”, e até a famosa baladinha intitulada “Wasting Love” fizeram parte do repertório. Maiden Maníacos cantavam todas as músicas como uma grande família, envolvidos em torno de uma única causa: o Iron Maiden. Para encerrar, tocaram a clássica “Hallowed Be Thy Name”. Um ótimo show que, assim como os anteriores e os que viriam, teve de ser reduzido por causa da falta de tempo. 07

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Dando continuidade às apresentações, foi a vez da Bloody Sabbath homenagear uma das bandas que mais dispensam apresentações: Black Sabbath. Uma boa parte do público já havia saído quando a banda começou a tocar, já que dia de domingo é um pouco complicado para alguns por conta do transporte público, que não é dos melhores e piora no final de semana. Apesar disso, a banda não se abateu e fez um show perfeito. Um repertório com

músicas que fizeram gerações se divertirem a base do que se pode chamar do bom, puro e velho Rock and Roll. “N.I.B.”, “War Pigs”, “Black Sabbath”, “Paranoid”, “Iron Man” e “Electric Funeral” estiveram presentes no set que não deixou nenhum fã da banda colocar defeito. Os fãs subiam ao palco, pulavam e faziam o show ficar mais animado, mostrando que os presentes estavam se divertindo. O show terminou ao som das palmas do público, satisfeito com o que acabara de ouvir. A banda Anesthesia, cover de Metallica, subiu ao palco perto das dez da noite. Havia bem menos gente no local, mas a galera ainda estava animada. O show começou com a música “Enter Sadman”, e em seguida veio uma enxurrada de canções que qualquer fã do Metallica cantaria sem maiores problemas. “Seek and Destroy”, “Welcome Home (Sanitarium)”, entre outras, fizeram parte do repertório dos caras. Luis Henrique e Cia. encerraram a festa fazendo o pequeno público cantar e não ficar parado. Não é fácil ser a última banda em nenhuma circunstância, e dia de domingo é pior ainda. Mesmo assim, a Anesthesia fechou bem a noite. Maceió está mostrando, cada vez mais, que o Rock local está se fortalecendo, com bandas que se interessam mais e mais em participar de eventos como esse. O Metalheads foi mais um dos vários shows que essa galera organizou, e como sempre, o público compareceu e prestigiou sem causar problemas, mostrando que os verdadeiros fãs de Metal não são violentos e baderneiros, como costumam dizer por aí. Aqueles que julgam são os que causam o verdadeiro caos na sociedade.

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BEHEMOTH: NERGAL COM LEUCEMIA Foi confirmado que o vocalista do Behemoth, Nergal, tem leucemia. De acordo com o que foi divulgado, o estágio da doença já é avançado, e o tratamento por quimioterapia não surtiria efeito. A única cura seria um transplante de medula óssea. A noiva de Nergal, Doda, já fez a doação da sua medula, mas ainda não se sabe se é compatível.

U2: Presidente da Rússia convida Bono para casa de verão

O governo russo divulgou que o líder do U2 foi convidado pelo presidente, Dmitri Medvedev, para a sua casa de verão. Localizada à beira do Mar Negro, a residência será palco de um encontro entre Bono, Medvedev e outros ativistas. Uma das pautas da reunião, que começa às 16h30, será as ações da ONG One, fundada por Bono.

BIG FOUR: DIVULGADAS CAPA E CONTRA-CAPA OFICIAIS DO DVD Foi divulgado pelo site oficial do Metallica a capa e a contra-capa do DVD do “The Big Four Live”, que conta com apresentações das quatro grandes bandas do Thrash Metal americano, Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax, no Festival Sonisphere, no dia 22 de junho deste ano, em Sofia, na Bulgária. O DVD está sendo ofertado em pré-venda na loja oficial do Metallica. Não deixe de conferir: http://store.metallica.com

IRON MAIDEN: RECIFE EM 2011? Segundo o Jornal Diário de Pernambuco, a área central da pista do Jóquei Clube de Recife voltará a receber grandes shows internacionais. O colunista João Alberto publicou uma nota dizendo que um contrato entre a produtora Raio Lazer e a administração do Jóquei Clube foi assinado ontem, inicialmente para três mega-espetáculos: Black Eyed Peas, no dia 17 de outubro de 2010, Amy Winehouse, no dia 17 de janeiro de 2011, e Iron Maiden, no dia 27 de março de 2011. O primeiro show já foi confirmado, e os outros

dois ainda estão em negociações, mas devem ser confirmados em breve. Ainda falando da banda, os caras mal lançaram o CD novo e já estão conquistando as posições mais altas nos rankings dos álbuns recém-lançados mais vendidos. À medida que são atualizadas as notícias sobre posições de álbuns novos nas paradas de vários países, o álbum “The Final Frontier”, 15° disco de estúdio do Iron Maiden, vem se mostrando um verdadeiro sucesso de vendas mundial. O álbum está em primeiro lugar em vários países, como Alemanha, Áustria, Finlândia, Suécia, Noruega e Canadá, segundo o site Allcharts.org.

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TARJA TURUNEN LANÇA NOVO VIDEOCLIPE No mês passado, a cantora Tarja Turunen (ex-Nightwish) liberou o vídeo de “I Feel Immortal”, single exclusivo para a Áustria, a Alemanha e a Suíça. Durante esta semana, outro vídeo foi disponibilizado para os fãs da cantora: o da música “Until My Last Breath”, mais um single do segundo álbum solo de Tarja. O álbum novo, “What Lies Beneath”, será lançado mundialmente no dia 6 de setembro deste ano.

ANGRA: NOVA TURNÊ COM STRATOVARIUS E HELLOWEEN? Em entrevista ao site Universo do Rock, Edu Falaschi, vocalista do Angra, quando perguntado se na nova turnê a banda estaria sozinha ou acompanhada de outros artistas, respondeu que o Angra recebeu um convite para participar da “The Seven Sinners World Tour”, junto ao Helloween e ao Stratovarius. “Recebemos o convite para

BON JOVI LANÇA NOVO GREATEST HITS O segundo volume da coletânea que reúne os maiores sucessos da carreira do Bon Jovi será lançado mundialmente em 9 de novembro pela Island Records. O Greatest Hits levará os fãs em uma viagem no tempo, através de canções que ficaram eternizadas na memória de milhões de ouvintes ao redor do mundo. A versão simples da coletânea contará com 16

CRADLE OF FILTH LIBERA MP3 GRATUITO DO NOVO ÁLBUM A banda de Black Metal Cradle of Filth está com o lançamento de seu novo álbum, “Darkly Darkly Venus Aversa”, programado para 22 de outubro. Os caras liberaram uma música como prévia do trabalho que está por vir, “Lilith Immaculate”. Para conferir, acesse: http://www.peaceville. com/cradleoffilth fazer apresentações junto com Stratovarius e Helloween”, afirmou Falaschi. “Seria um trio Power Metal. Estamos estudando, talvez aconteça. Andi Deris e Jens Johansson definem esta turnê como, ‘Uma grande festa do Power Metal’, e se realmente o Angra for confirmado, a festa só tende a crescer.” A turnê “The Seven Sinners World Tour” começa no dia 26 de novembro, na Áustria, e termina dia 12 de fevereiro do ano que vem, na Alemanha. As bandas farão mais de 40 shows.

canções que permaneceram por muito tempo no topo das paradas mundiais, como “Livin’ on a Prayer”, “Always”, It’s My Life” e “Wanted Dead or Alive”. Duas canções inéditas, incluindo o primeiro single, completam a seleção. Já o “Greatest Hits - The Ultimate Collection” será um CD duplo composto por 28 músicas. Trará o conteúdo descrito na versão anterior e um segundo disco com as favoritas dos fãs, incluindo “Bed of Roses”, “Blood on Blood”, “These Days” e “Keep the Faith”, além de duas novas faixas criadas exclusivamente para este projeto.

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Duas dĂŠcadas na ativa


Dezenove anos. É exatamente essa a quantidade de tempo que a banda Misantropia está na ativa. Quase duas décadas de muita luta e perseverança, tentando conscientizar aqueles que curtem um som diferenciado. E é exatamente por esse motivo que a Rock Meeting decidiu colocar os caras na capa da 12ª edição da revista, a edição que fecha o nosso primeiro ano de existência: porque, como eles, nós também queremos mudar algo para melhor. Dedique um pouco do seu tempo agora para conferir essa incrível entrevista, mesmo que você não goste de Punk Rock. É importante saber respeitar as diferenças. E o mais importante de tudo: conscientize-se. Participe. A mudança começa dentro de você. Daniel Lima | Renato Tiengo Fotos: Pei Fang Fon Inicialmente, agradecemos a participação de vocês na Rock Meeting. Comecem apresentando a atual formação da Misantropia e suas funções na banda.

Ives, na bateria, Júnior, no baixo, e Sandney, na guitarra e no vocal. Vocês acham que o movimento Punk, em Alagoas, é uma verdade, ou apenas está no imaginário de quem acredita ser Punk? Sandney - Acredito que tudo isso depende da forma que cada um enxerga o que é ser Punk. Enquanto movimento e grupo organizado, realmente não sei como andam as coisas por aqui, se hoje há algum MAP-AL ou coisa do tipo. Tenho conhecimento das ações do “Resistência Popular” (http://resistenciapopular-al. blogspot.com), mas creio que um grupo que agrega uma diversidade de pessoas não é necessariamente Punk. A minha visão de Punk é algo que vai além do visual, é uma questão de ideal e principalmente de postura, senso crítico e atitude. Há muitas pessoas que são bem mais Punks do que aqueles que andam de visual, com camisas de protesto e em grupos organizados e se crêem Punks. Na realidade, para mudarmos algo e provocarmos uma revolução, é necessário que nos revolucionemos diariamente. Apenas palavras ou visual não serão suficientes.

Ives - Eu em particular acho massa a organização de pessoas num movimento, grupo, coletivo, mas não vejo isso como uma obrigação ou necessidade para poder intitular de “o movimento”. Rótulos existem porque as pessoas têm a necessidade de identificação, mas não acho que isso seja determinante. Eu acredito que cada um tem a capacidade de construir tudo aquilo que acredita, independente de rótulos, estilos, conceitos. Não é à toa, “Do It Yourself”. A Misantropia não é uma banda recente no cenário alagoano. Contem para nós como foram o início, as dificuldades, mudanças de formação e o significado do nome da banda. Sandney - A banda surgiu como uma materialização do sonho de quatro pessoas Cedryck (guitarra), Júnior (baixo), Túlio Brito (bateria) e Sandney (vocal) -, que acreditavam ser possível mudar o mundo através da música. Já nos conhecíamos há um bom tempo, pois todos morávamos no Trapiche, sempre conversávamos sobre sons e coisas do tipo. A nossa afinidade musical e ideológica foi um elo muito forte e determinante para o surgimento da banda. Na época em que começamos, era difícil arrumar local para ensaiar, os instrumentos eram bem mais caros e os espaços para

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shows quase não existiam. Além disso, você encontrava resistência em casa e dentro dos próprios grupos organizados da época. Era normal as pessoas nos olharem de lado: os Punks nos olhavam de lado, os headbangers nos olhavam de lado, algumas bandas da época nos olhavam de lado. Como era um grupo muito fechado, não era fácil fazer amizades e conhecer as pessoas, mas com o tempo isso mudou um pouco e a desconfiança diminuiu muito. Nesses 19 anos de banda, passamos por quatro mudanças na formação: o Cedryck, que foi nosso primeiro guitarrista, saiu da banda em 1993; o Túlio, que substituiu o Cedryck, saiu da banda em 2000, e terminamos virando um trio, que foi quando eu assumi a guitarra; em 2003/2004, o Túlio Brito, baterista da banda, saiu, e logo depois entrou o Wagner, que no ano passado foi morar em São Paulo; então o Ives entrou na banda. Dessas mudanças, a mais traumática foi a saída do Túlio Brito, pois nós agimos de forma muito impulsiva e terminamos não conversando direito com ele, e simplesmente o informamos de que ele estava fora da banda. Felizmente, até hoje somos amigos, mas isso se deve muito à maturidade dele, que nos entendeu mesmo não tendo sido tratado como deveria. A palavra Misantropia significa aversão à sociedade. Enquanto banda e seus vários anos de estrada, quais situações vocês já presenciaram? Situações engraçadas ou não, que podem compartilhar conosco? Sandney - Sábado mesmo lembramos de uma situação que ao mesmo tempo foi chata e engraçada. Foi algo que aconteceu em um show na UESA. Na época, era muito difícil os eventos rolarem com bandas de Metal e de Hardcore. Esse evento contava com cerca de seis bandas, e nós éramos a única banda de HC. Terminamos escalados para encerrar o show. Cada banda tinha um tempo determinado para tocar. A banda que subiu antes da gente estourou o tempo, e o organizador do evento deu o toque dizendo que só iria rolar mais uma música. Bem, depois disso, a próxima música era sempre a última e o vocalista falava: “Daqui a pouco a Misantropia sobe para tocar”. Creio que eles tocaram umas cinco ou seis músicas. Depois de um tempo, a galera do MAP daqui que estava no evento se ligou que os caras passariam a noite toda falando isso, subiram no palco e começaram a desligar os equipamentos, falando que se nós não iríamos mais tocar, eles também não tocariam. Foi tudo tranquilo e sem briga, mas o show acabou ali e nós não tocamos. Já fazia algum tempo que a polícia estava no local informando que o evento não poderia rolar depois de uma determinada hora, e essa hora já estava chegando. Ives - Diversas viagens para tocar em outras cidades e estados, com amigos de outras bandas. Viagens regadas a muita cerveja, tocar com equipamentos de som péssimos. No meu primeiro show com a Misantropia no The Jungle, com a The Biggs, eu toquei super gripado, mas ainda assim foi muito irado. Meio ano já se passou. Algum projeto para esta metade 2010, visando o próximo ano? O que podem nos adiantar? Sandney - Nós pretendemos gravar algumas músicas novas que estamos fazendo e, posteriormente, gravá-las para liberar na internet. Fora isso, sempre temos aquela pretensão de tocar muito e em diversos lugares, mas precisamos nos organizar mais para que isso aconteça. Também estamos na correria com o pessoal da FVM para trazer a Karne Krua para Maceió. Será um evento que de alguma forma vai comemorar os nossos 19 anos de banda.

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“A minha visão de punk é algo que vai além do visual, é uma questão de ideal e principalmente de postura, senso crítico e atitude.”


Boa parte dos músicos escutam diversos estilos para compor a sua influência musical. O que, individualmente, a Misantropia escuta, fora do Rock, que serve como base ou inspiração e que, possivelmente, reflete no som que tocam? Sandney - Bem, eu escuto pouca coisa fora do Rock, mas posso citar como inspiração Zé Ramalho, Edson Gomes, Bob Marley e Racionais. São sons que me colocam para pensar. Ives - Eu ouço muita coisa. Sendo música boa, para mim está valendo! Além de Rock, ouço muito Jazz, Rap, Ragga, Eletrônico... Como se deu a entrada do Ives na banda? Mudou alguma coisa no som? Sandney - Quando o Wagner nos comunicou que iria morar em São Paulo e a nossa ficha caiu, o primeiro nome que veio à nossa cabeça foi o do Ives. Já nos conhecíamos há um bom tempo, e ele sempre foi um baterista que admiramos, tanto musicalmente, quanto como indivíduo. Ficou acertado que eu entraria em contato com ele. A conversa inicial rolou via MSN. Perguntei se ele ainda pretendia tocar em alguma banda, como ele estava, comentei que o Wagner iria morar em São Paulo e fiz o convite. Comentei sobre o salário que ele iria receber. (risos) Falei que em um mês eu entraria em contato para saber a resposta, e felizmente ele aceitou. A cada mudança na banda, quem entra sempre traz algo de novo e provoca mudanças positivas, da mesma forma que quem saiu também fez sua história com a banda e deixou sua marca, sua contribuição. No caso do Ives não é diferente. A gente percebe que o som está com uma pegada mais forte e mais agressiva, essa é a forma dele tocar. Ficamos extremamente preocupados em deixar claro que ele tocasse do jeito que sempre tocou, com a pegada dele, e que as 15

coisas iriam se encaixando. Estamos cada vez mais integrados e coesos, e isso reflete no som, nos ensaios e nos shows. Qual o foco Misantropia?

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Sandney - Eu creio que olhamos o mundo ao nosso redor e a forma como as coisas nos afetam. Criticamos aquilo que para nós está errado, expomos o que pensamos e no que acreditamos. Hoje, sabemos que nenhuma banda será capaz de mudar o mundo, mas acreditamos que podemos ajudar de alguma forma, fazendo as pessoas nos questionarem e se questionarem. Foi isso que várias bandas fizeram com a gente, nos colocaram para pensar e para olhar de forma mais crítica o que nos cerca e a nós mesmos. Esperamos que nossas letra causem esse mesmo efeito. Ives - No meu caso, as letras falam muito de como vejo as coisas da vida e a forma como o homem se autodestrói, evidenciando o jeito egoísta de como vivemos neste mundo caótico. Tipo o homem contra ele mesmo e os resultados que isso promove em nossa vida e na vida do próximo. Como foi o processo de gravação do primeiro CD? Há algum material que foi gravado antes do CD? Sandney - O processo de gravação do CD foi muito tranqüilo. Difícil mesmo foi nos organizarmos para gravá-lo. Foi necessário juntarmos dinheiro, passar um bom tempo só ensaiando, visando a gravação do CD. Quando entramos em estúdio, contamos com a grande ajuda do Dácio, o que facilitou o nosso trabalho e fez a coisa fluir tranquilamente. Também contamos com a ajuda do nosso amigo, Beto, e do Cachorrão, que fez a arte da capa. Antes desse CD, nós já tínhamos gravado as demos “Aversão à Sociedade” (DT - 1993), “Cenas Anarco Punks” (Coletânea LP - 1995), “Ao vivo em Aracaju” (DT - 1998), “Pedras no Caminho” (2001), “Minutos de Intolerância” (Coletânea CD - 2003) e “Simples e Direto” (DT - 2004). Só não tenho 100% de certeza dos anos de lançamento das Demo Tapes.

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Como é viver na cena underground isso vem dos amigos e daqueles que estão alagoana? Esperam algum próximos de mim e sabem da correria que é, reconhecimento nacional? já valeu. Sandney - Às vezes, é difícil, principalmente quando estamos em períodos que rolam poucos eventos e que a cena está um pouco mais devagar. Mas ao mesmo tempo, é muito gratificante para nós continuarmos fazendo algo que nos dá prazer. Superar as dificuldades e as barreiras que surgem, lutar pelo que você acredita, é sempre prazeroso e recompensador. É algo que me mantém vivo. De vez em quando, quebramos a cara, ficamos chateados com algo, nos decepcionamos com algumas pessoas, mas isso tudo é um processo de aprendizado. A questão do reconhecimento é algo que não nos norteia ou nos assombra. Fazemos o que gostamos, falamos o que pensamos e corremos atrás. Se alguém curte, ótimo; se não, pelo menos nós três curtimos. Lógico que desejamos tocar em diversos lugares, trocar ideias com o maior número possível de pessoas, e é bom saber que alguém curte o seu som, mas isso não é a essência da história. Ives - Se enxergar inserido num contexto não é algo simples. Seria mais fácil se eu não estivesse dentro da coisa, apesar de que também não ligo muito para essas questões do undeground (como também na questão “mainstream”). Reconhecimento é algo que é sempre bem-vindo, mas para mim, quando

Já tocaram fora do estado? Onde? Como foi a reação do público? Ives - Eu ainda não tive essa oportunidade, mas já viajei muito com os caras na época que tocava com o Contra. Lembro-me da viagem para Natal, e no dia do show da Misantropia a galera curtiu mesmo, muita energia. Sandney - Nós já tocamos em Natal (duas vezes), Aracaju (várias vezes), João Pessoa (uma vez), Recife (uma vez) e Canindé de São Francisco (uma vez). Tocar em outros estados é sempre muito bom, fazemos novas amizades, conhecemos novas bandas e sempre aproveitamos para beber um pouco. Normalmente, a reação do público é sempre muito boa e rola uma energia muito grande. Não lembro de uma viagem que não tenha valido a pena.

Alguma palavra final? Muito obrigado por esta entrevista. Sucesso! Ives - Valeu! Sandney - Nós só temos a agradecer pelo espaço aberto! Quero parabenizar a toda a equipe da revista pelo trabalho que estão desenvolvendo. Muita paz, saúde e anarquia.

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Será mesmo o fim, ou apenas o começo? Pei Fang Fon

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lgumas edições atrás, relatamos que uma das bandas representantes do Doom/Gothic Metal de Alagoas, a DarkTale, estava ensaiando para confeccionar seu próximo EP, sem nome definido. Pois bem, esta meta teve que ficar para depois. Há pouco mais de um mês, três dos sete integrantes da banda saíram por motivos distintos, e o que foi prometido para acontecer este ano já não está mais em primeiro plano. Próximo passo: encontrar um baterista, um baixista e um vocalista. Muito embora seja uma tarefa árdua que exija dedicação, tempo e paciência, ao que parece os problemas já estão sendo sanados. Mesmo se tratando de um assunto delicado, a Rock Meeting foi saber dos que ficaram na banda quais os motivos que levaram a essa ruptura de formação, mais uma vez, apesar de longo período juntos. Saiba agora, em uma entrevista exclusiva, como isso aconteceu e quais são os novos planos para este ano, ainda. Não perca uma linha sequer. 17

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Recentemente, a banda perdeu três integrantes. Como está sendo para vocês, administrar tais perdas? Quais os motivos que levaram a saída do trio? Any - A DarkTale já passou por várias formações, e é sempre muito triste a saída de qualquer integrante. Mas, particularmente, até agora essa foi a mais difícil, afinal, nós perdemos três integrantes importantíssimos de uma única vez, o que causou um desequilíbrio na banda, ainda mais quando estávamos com metas traçadas e prazos a serem cumpridos. Foi um balde de água fria. Mas eu prefiro uma casa destruída com a possibilidade de reconstruir bases sólidas, do que uma casa inteira e sem estabilidade. Quanto à saída dos meninos, foram motivos diversos, de questões pessoais a incompatibilidade de ideias. Eduardo Moraes - De todas as formações que tivemos, essa realmente foi a que mais marcou e a que mais durou. Também, foram quase 2 anos juntos, todo fim de semana... Foi chato de inicio, no momento do choque. Porém, agora aguardo ansioso por mais bons momentos com outros membros nessa jornada. Welton Cavalcante – Bem, é sempre ruim lidar com perdas. Todo o trabalho prévio de dedicação para que hava um entrosamento entre os membros, além de darmos às músicas antigas uma nova cara e trabalhar nas novas composições, é interrompido, e isso, de fato, é complicado. Desanimador, até. Mas são ossos do ofício. Temos que aceitar quando essas coisas acontecem. Mas estamos correndo atrás do prejuízo (com boas previsões, por sinal!). Entramos em contato com um pessoal, e agora vem a fase de testes. Espero que dê tudo certo. Quanto aos motivos que levaram à saída do antigo trio... Penso eu que por insatisfação, e até busca por novas oportunidades. Quem é músico sabe bem como é isso. De repente, você analisa a sua situação atual, não se sente muito satisfeito e vai buscar algo novo, diferente. Isso é importante. Todos passam por várias experiências até encontrar a sua “praia.” Com quase um EP completo para ser lançado, perder três integrantes foi um tombo muito forte. O que está por vir para a DarkTale? Any - Apenas um tombo, nada que nos impossibilite de levantar muito mais determinados a seguir em frente. Apesar da saída de uns, o vínculo construído durante os anos se solidificou ainda mais, já que quem continua na banda hoje está aqui porque realmente acredita nela, gosta do que toca, e isso é muito importante. O que está por vir é uma incógnita. O fato é que a DarkTale sempre foi um tanto metamórfica, e a cada metamorfose a gente volta com algo melhor para oferecer, falando tanto como banda, quanto como pessoa. Espero que desta vez não seja diferente. Eduardo Moraes - Acredito que percorremos apenas uma parte do caminho que escolhemos trilhar em meados de 2006, época em que me juntei à banda, e provavelmente ainda temos muito mais pela frente. Welton – A meu ver, isso é muito incerto, mas a gente sempre idealiza algo. Em relação à sonoridade, acho que vamos para uma fase mais “Doom”, e com um certo e conseqüente aumento de agressividade e depressão. Mas isso é só um chute, o futuro é imprevisível. Entretanto, o que vier, com certeza saberemos modelar bem.

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Nova formação à vista. O que podem nos adiantar como certo para esta “new era”? Any - “DarkTale IV took the river to the sky/One man less on board - human dreams/ Have sometimes cost their lives/All their lives dreaming” Não pude deixar de lembrar dessa música ao ler essa pergunta. Então, que as mudanças sejam bem-vindas. Eu realmente espero que essa formação venha para ficar. E falando por mim, vou me empenhar cada vez mais para sempre tentar dar o meu melhor no quesito vocal. Acredito que todos compartilhem do mesmo ideal. Vamos tentar, cada vez mais, melhorar a qualidade da banda, em geral. E fazer sempre o som que gostamos! Welton – Nosso fator surpresa já não é mais surpresa! (risos) Com o nosso novo vocalista, Rafael (vulgo Braga), conseguiremos explorar mais nos vocais, e isso vai nos abrir mais possibilidades de criação. Isso, para mim, é importante. É impossível não se perguntar, mas será esse o fim da DarkTale, ou apenas o começo dos novos rumos? Any - O Fim?! Contos Obscuros nunca têm um fim. Podem até adormecer... (risos) Mas falando sério, não temos a menor pretensão de por um ponto final na banda. Temos exclamações de expectativa até demais... Eu aposto no começo de novos rumores, no nascimento de novos contos. Eduardo Moraes - Até agora, o fim da DarkTale está totalmente fora dos planos; Por mais complicado que seja manter uma banda em Maceió, os poucos que o fazem, fazem porque realmente gostam. Talvez seja ousado demais dizer que seria o começo de um novo rumo, poderia gerar muita curiosidade e expectativa... Creio que o termo mais correto seja a continuação de todo um trabalho que vem sendo feito ao longo de quatro anos, e também uma forma de mostrar que os que já passaram pela banda contribuíram para elevá-la até certo ponto. E agora seguiremos desse mesmo ponto, mas com novos integrantes. Welton – Fim?! Jamais! A Darktale ainda tem muito a construir, além do que já deixou com o tempo! Acredito nesse novo recomeço, e confesso que tanto eu, como todos da banda, estamos empolgadíssimos para voltar aos estúdios e dar sequência ao nosso trabalho! Mesmo sendo difícil, há uma previsão para a volta de vocês aos palcos? Any - Espero que o mais rápido possível... (risos) Já ficamos tempo demais parados. Eduardo Moraes – Existia, até um mês atrás. (risos) Agora tudo depende do quão rápido será o entrosamento da banda com os novos integrantes, e também das oportunidades de show que conseguirmos. Talvez estaremos nos palcos mais rápido do que esperamos, talvez não. Welton – Por mim, o mais rápido possível! Mas isso vai depender da nossa dedicação.

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O que está sendo mais complicado nesta fase de transição? Compartilhem conosco. Any – Pessoalmente, ter que lidar com a ansiedade do novo e com o super imediatismo que me aflige... Como banda, ter que se entrosar novamente com todo mundo, “relapidar” músicas que já estavam prontas... Eduardo Moraes - Acho que se tem uma coisa que aprendemos ao longo desses anos, foi que nem tudo ocorre do jeito que gostaríamos, que nem todos têm as mesmas vontades e os mesmos desejos. Quem acompanha nossos shows desde o inicio da carreira, muitas vezes já se perguntou, “Quem é esse vocalista? Quem é esse baixista?” Mudanças sempre foram constantes. Pessoalmente, isso me deixou mais frio, a ponto de não sentir tanto o impacto dessas mudanças. Não que você não sinta falta das pessoas que por um tempo estiveram na banda, mas você se sente mais apto a mudar. O mais complicado no momento é encontrar pessoas que estejam dispostas a não só tocar na banda, mas que acreditem nela e queiram contribuir para um futuro longínquo de angústias e felicidades. Por que não? Welton – Com certeza, encontrar músicos! Mesmo com essas perdas, o que ficou entre os que saíram e os que permaneceram na banda? Welton – Amizades vêm e vão, e quanto mais forte o vínculo, maior a dor da perda. Isso é inevitável. Quanto ao pessoal que saiu, a amizade continua numa boa. Gosto muito dos caras, entendo bem o que eles estão passando. Aos que permaneceram, nosso vínculo só se fortalece. Nossa situação é prova disso. Bola pra frente. Any - Cada pessoa que passou pela DarkTale deixou a sua marca, deu sua contribuição e fez o melhor por ela. Com essa última formação, acredito que a identidade da banda ficou mais bem dewfinida. Lançamos a demo e amadurecemos musicalmente, cada um deu o seu melhor e ajudou no crescimento da DT. Ficaram os bons momentos que passamos juntos nesses quase dois anos. Ficou a saudade de se encontrar todo final de semana no estúdio. Ficou a amizade construída além-banda de alguns. Como já falei, a saída trouxe a solidificação do vínculo dos que ficaram. E é isso. The show must go on...



Num cenário hoje meio esquecido, a banda Adrenaline continua firme e forte. Ao saber do lançamento do material novo dos caras, procuramos por eles para uma breve conversa a respeito. Confiram algumas das curiosidades e informações que eles nos contaram. Por Jonas Sutareli

Fotos: Camila Almeida

Primeiramente, muito obrigado por esta entrevista! Comecem nos contando um pouco sobre a Adrenaline. Olá, pessoal! Somos a banda Adrenaline, e para nós é um prazer participar desta edição da Rock Meeting. A banda é formada por Léo Costa (vocais e gritos), Daniel Reis (guitarra), Aldo César (guitarra), Diego Lima (baixo e vocais), Luiz Gustavo (teclado e efeitos) e Lan Pereira (bateria).

O nome da banda é muito bom para representar o Rock. Vocês pensaram nisso ao escolhê-lo? Como surgiu a ideia? Olha, dar nome a banda é algo complicado de se fazer. Todos que têm banda, ou já tiveram, têm sempre essa dificuldade inicial de encontrar um nome legal, algo que chame a atenção e que seja impactante. Como a Adrenaline foi criada no intuito de ser um cover de Deftones, que é uma banda que nos influencia diretamente, resolvemos então criar algo em comum entre o nosso grupo e o Deftones. Resolvemos homenagear o primeiro álbum dos caras (que, para nós, é um dos melhores), que se chama “Adrenaline”. Todos na época concordaram, e desde então, decidimos permanecer com esse nome. Pensamos que seria um nome de fácil dicção, mas já passamos por algumas situações cômicas, como o povo nos chamando de “Adrelalila”, “Andrenaline”, “Adrenal”, “Adrenalina”... Mas nós sempre levamos na esportiva, e até hoje nos lembramos destes momentos. 22

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Quando vocês lançaram o primeiro EP, quais eram as expectativas? O que mudou de lá para cá? Muita coisa mudou. Éramos muito inexperientes, e o fato de estarmos dentro de um estúdio gravando era algo surreal. Pensamos que conseguiríamos um contrato com uma gravadora, enfim, todos aqueles planos que uma pessoa faz quando tem banda. Mas a afobação nos atrapalhou. Hoje, escutamos nosso EP, “Marionetes”, e ficamos felizes por ver o quanto amadurecemos. Ele foi gravado com pouco mais de um ano de existência da banda. Se fizermos uma comparação com o nosso novo trabalho, sem dúvidas veremos que a pegada mudou, a visão de trabalho mudou... Amadurecemos, musicalmente e profissionalmente falando. Quer dizer, por que não? Embora não sejamos remunerados, se não virmos de forma profissional, como teremos um trabalho que interesse tanto ao público, quanto a uma gravadora? A forma como encaramos esse novo trabalho foi completamente pensada. Ensaiamos durante muito tempo, tanto os instrumentais, quanto as linhas vocais. Mas as expectativas ainda são as mesmas de cinco anos atrás: fazer algo que nos orgulhe e que nos traga resultados. A rapaziada vai curtir!

Depois de tanto tempo, saiu o segundo EP. Como foi o processo criativo? Contem-nos a respeito. Há participações especiais no novo trabalho? Esse EP é o resultado das mudanças que a banda sofreu com o passar dos anos. O novo trabalho começou a ser feito no início do ano passado. Decidimos gravar novas músicas, e partimos para a ideia de fazer um material caseiro. Começamos o processo e a qualidade até que ficou razoável, mas logo vimos que era necessário investir em uma gravação de melhor qualidade. No início deste ano, começamos a planejar melhor como seria essa gravação. Recomeçamos as gravações em junho, no estúdio de um amigo nosso. Gravamos por horas. Ao todo, foram 22 horas de gravação. Levou mais ou menos um mês. Foram poucas sessões. O processo criativo fluiu bem. Escrevemos a maioria das músicas no estúdio mesmo. Chegávamos com uma ideia de riff, e íamos executando até algo sair. E foi assim que a músicas que estão nesse EP saíram. Ele contém seis músicas, ao total. Duas são bem antigas, uma, inclusive, é uma regravação do nosso primeiro lançamento, de 2005. Quanto às participações, contamos com a presença do Anderson, guitarrista da Abismo, no solo de uma das músicas que está na Demo, chamada “Por um Instante Longo”. E no EP, contamos com a participação nos vocais do Ellison Leão, baterista e vocalista da Pilgrims. Também devemos dar crédito ao nosso amigo Igor Calado, guitarrista da Mia Dolce Vendetta, por todo o apoio que ele nos deu.

Contem-nos um pouco sobre o processo de criação e gravação do EP. O processo foi muito divertido. Nossos amigos sempre estiveram nos acompanhando, foi bastante agradável fazer isso com o apoio deles. Um fato peculiar foi que, durante o período em que estávamos compondo e nos preparando para o processo caseiro de gravação, no ano passado, tivemos severas baixas na banda. Perdemos guitarristas e baixista. Achamos melhor parar os planos de gravação e fechar a nova formação. Mas sentimos bastante a saída dos nossos guitarristas Alex e Joseph, pois eles estavam na banda desde o início.

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Quais são as influências para o novo ep?

Os horizontes se abriram um pouco para nós. A Adrenaline ainda mantém a influência New Metal no som, até porque temos isso como característica, mas também usamos de influências mais modernas. Metal Progressivo, Metalcore, Hardcore Novaiorquino... Não que isso tenha influência direta no som, porque não tem. Mas ouvimos essas coisas, e temos de alguma forma como referência. Todos nós nos reciclamos de alguma forma nesses últimos anos. Mas é um consenso na banda que todos curtem algo mais progressivo, trabalhado. Estamos empregando isso nas novas canções. Aguardem o que está por vir!

Como foi o processo de reformulação da banda? Contem-nos como é o relacionamento entre vocês. De uns anos para cá, a banda praticamente se resumiu a reformulações. Houve bastante desgaste quanto a isso. Do início, continuam Léo Costa, Lan Pereira e o Luiz Gustavo, que entrou um pouco depois da formação inicial propriamente dita, mas é membro antigo. Como é normal acontecer em casos de longa relação, há conflitos, mas nada fora do comum. Temos discussões que levam a soluções. Nada que gere constrangimento ou rancor. O convívio da banda não se resume apenas à música... É geral! Tratamo-nos com amigos. Com os ex-integrantes, há relação de amizade, nada que abale o convívio! Existe consideração tanto deles como nossa. Eles sabem da importância que tiveram e têm para o grupo. Nosso convívio é harmonioso.

O que vocês esperam desse EP em termos de aceitação do público? Como qualquer músico, esperamos a melhor reação possível por parte de quem curte o nosso som. Afinal de contas, são seis anos de história. Podemos dizer que temos um público que se interessa pelo que tocamos. Mas não só queremos “agradar” a quem nos conhece, queremos alcançar algo maior. Não dá para se conformar... Queremos poder atingir mais pessoas.

Há quantos anos a Adrenaline existe?

Há pouco mais seis anos. A ideia surgiu porque o Lan Pereira, na época, tinha a ideia de criar um grupo cover de Deftones, já que naquela época não havia cover deles, só do Korn, do Rage Against the Machine, do Coal Chamber, do Slipknot... A Era conhecida como “gloriosa para o New Metal”. Depois de chamar alguns amigos, ele comentou com o Léo, em um dos shows gratuitos do Posto 7, sobre esse projeto. Eles tinham umas ideias semelhantes, só que antes de serem postas em prática, o cara que iria ser baixista teve de ir morar em Salvador por motivos profissionais. Ele foi substituído pelo Mabson Hugo. Daí começaram os ensaios, e de cara já tocamos no Orákulo como cover do Deftones. Tínhamos pouco mais de dois meses de banda. Assim, inicialmente, a banda foi composta por Léo Costa, Joseph Nobre, Alex Almeida, Mabson Hugo, Jerry (esse aí só fez um ensaio mesmo) e Lan Pereira.

O que vocês esperam nos próximos anos, entre shows, divulgação e afins?

Conseguimos algumas coisas. Acho que o fato de estarmos sendo entrevistados por vocês é um exemplo. É muito bom, depois de um show, ver os comentários sobre a apresentação. Neste ano, temos ouvido bastante que estamos melhorando a cada apresentação. Não que isso nos deixe vaidosos, mas ficamos orgulhosos do trabalho. Hoje funcionamos como uma família. Nos entendemos no palco. Conseguimos tocar fora

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da cidade, fora do estado. Isso é gratificante... Mas queremos muito mais. Queremos fazer uma

turnê pra lançar, de fato, nosso novo material. Queremos começar a fazer isso pelo Nordeste. Nos próximos anos, vamos continuar investindo no nosso som. Temos planos para fazer um CD só com músicas inéditas, inclusive já estamos trabalhando nisso. Ou seja, o nome Adrenaline pode voltar a esta revista para mais um lançamento! (risos) Vamos investir mais em mídia, queremos chegar o mais longe que pudermos. Música para nós é um grande hobbie, um prazer, mas levamos isso a sério, e queremos ser levados a sério. Um dos guitarristas, o Daniel, toca com uma guitarra de sete cordas. Musicalmente falando, há muitas diferenças EM fazer um som direto e pesado, com guitarras um pouco diferentes das outras? O Daniel é conhecido para quem tem um pouco mais de 20 anos de idade, aqui em Maceió. Ele era guitarrista da Dread, grande banda que tínhamos na cidade, no começo da cena New Metal. Musicalmente falando, tem, sim, diferença de timbre. Só que essa diferença ainda não está tão evidente. Estamos tocando com a mesma afinação que sempre tocamos. Ele se adequou ao som que fazíamos. Mas nas músicas novas, já é clara a diferença de timbre. Porque agora ele está escrevendo para a banda, e pode usar todos os recursos que a guitarra oferece.

Obrigado por esta entrevista, pessoal! Alguma consideração final? Sucesso!

Gostaríamos de agradecer pelo convite, e pela oportunidade de sermos entrevistados pela Rock Meeting. É um prazer falar para a galera que curte o nosso som. Esperamos que vocês gostem do nosso novo trabalho, pois ele foi feito com muito prazer. Esperamos corresponder à expectativa de quem já nos acompanha, e também conquistar o público que ainda não nos conhece. Podem ter certeza de que neste ano e em 2011, vocês ouvirão bastante o nosso nome. Estamos trabalhando por isso. Um abraço.



RETROSPECTIVA ROCK MEETING

UM ANO DE

Rock Meeting A

Rock Meeting entra em seu segundo ano de existência no mês que vem, e foi pensando nisso que resolvemos fazer uma pequena retrospectiva para avaliar a nossa evolução, desde a primeira edição da revista até o ponto em que estamos. Confira! Por Yzza Albuquerque

1ª edição A primeira edição da Rock Meeting, lançada no mês de setembro de 2009, é bem mais simples, se comparada às mais recentes. Ela tem apenas 16 páginas de recheio, e design padronizado. Algumas ideias desta edição continuam na revista até hoje. As colunas World Metal, Eu Estava Lá e Perfil RM ainda fazem parte da revista. Capa: DarkTale Também nesta edição: Matéria sobre o Metal Monsters Tribute, a antiga coluna Metal É a Lei, e Perfil RM com Allan Nogueira, vocalista da banda

2ª edição A segunda edição da Rock Meeting, de outubro de 2009, é a mais visualizada de todas as que lançamos até hoje. Tivemos a ideia de entrevistar nomes femininos do Rock local, e parece que a galera curtiu. Esta edição é tão curta quanto a anterior: apenas 16 páginas de recheio. Entretanto, algumas mudanças no design gráfico da revista já podem ser vistas. Capa: As Mulheres do Rock Também nesta edição: Review do Metal Monsters Tribute, Metal É a Lei, e

3ª edição A terceira edição da Rock Meeting, de novembro de 2009, é provavelmente a mais polêmica que já fizemos. Até hoje, a RM é mal vista por alguns por causa da escolha da capa. Ela é do mesmo tamanho das anteriores: 16 páginas. O recheio desta edição é quase inteiramente branco, contrastando com a primeira RM, que era toda preta. Capa: O Metal de Deus Também nesta edição: Perfil RM com Isaque Sales, da banda cristã de Death Metal Krig, de Minas Gerais. 27

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RETROSPECTIVA ROCK MEETING

4ª edição A quarta edição da Rock Meeting, lançada no mês de dezembro de 2009, foi a primeira que fizemos com um número maior de páginas: 26 de recheio, ao total. Duas matérias que merecem destaque são a retrospectiva que fizemos do ano de 2009, e um Especial Rock Meeting sobre as bandas Master, Predator e After Death, que se apresentariam em Maceió no mês seguinte. Capa: Sepultura: O Show do Ano Também nesta edição: Diário de bordo do show do AC/DC em São Paulo e Perfil RM com Almir Lopes, do Boteko do Rock.

5ª edição A quinta edição da Rock Meeting, lançada em janeiro de 2010, foi uma das maiores que já criamos. Fizemos um especial sobre música e internet, e introduzimos algumas bandas novas. Além disso, publicamos uma entrevista exclusiva de seis páginas com a banda Morcegos. Capa: Morcegos: 22 Anos de Puro Metal Também nesta edição: Especial Masters of Hate Tour, entrevista exclusiva com Mario Pastore, renomado vocalista brasileiro de Metal, e Perfil RM com Jackson Jonar, o famoso Caverna.

6ª edição A sexta edição da Rock Meeting, de fevereiro deste ano, voltou ao tamanho original de 16 páginas. Entretanto, muito pouco do design gráfico inicial permaneceu. Somente as colunas World Metal e Metal É a Lei se assemelham ao que eram na primeira edição. Capa: Goreslave: Metal ao Extremo Também nesta edição: Perfil RM com Dey Matos, diário de bordo do show do Metallica em São Paulo, Espaço Boteko com review do lançamento de 2008 da banda Canela Seca... & os Buchos de Candunda.

7ª edição A sétima Rock Meeting, de março de 2010, é a segunda mais vista até hoje, perdendo apenas para a segunda edição. Foi a primeira que lançamos sem a coluna Metal É a Lei. Uma matéria que merece destaque desta edição é a entrevista exclusiva que fizemos com a Dani Nolden, vocalista da banda de Heavy Metal Shadowside. Capa: Abismo: 10 Anos de Metal Também nesta edição: Rock Meeting é lançada em Recife, lançamento do selo Naipe em Maceió, Perfil RM com Leo Calheiros, vocalista da banda Varial.

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RETROSPECTIVA ROCK MEETING 8ª edição A oitava edição da Rock Meeting, de abril de 2010, foi uma das mais divertidas de fazer para a equipe da revista. Fomos até o centro de Maceió procurar por Lobão, figura ilustre da cena local, para uma entrevista. Também conseguimos entrevistar Douglas Jen, guitarrista da banda SupreMa, que se apresentou em Maceió junto ao Blaze Bayley, ex-vocalista do Iron Maiden. Capa: Lobão: Ele É o Cara! Também nesta edição: Diário de bordo do show do Megadeth em Recife, review da apresentação do P.O.D. também em Recife, e novidades da DarkTale.

9ª edição A nona edição da Rock Meeting, de maio deste ano, teve como tema um assunto bem chato: morte. Ronnie James Dio, um dos deuses do Metal, havia acabado de nos deixar. Dentro da equipe da revista também passávamos por maus bocados, por causa da perda de entes queridos. Esta edição saiu um pouco menor: 18 páginas de recheio, no total. Capa: Mastermind: O Retorno Também nesta edição: Espaço Boteko dedicado a Ronnie James Dio, Perfil RM com Anderson Ventura, da banda Escrupulo Douda, de Palmeira dos Índios.

10ª edição Para criar a décima edição da Rock Meeting, de junho de 2010, viajamos ao interior de Alagoas para acompanhar a cena de Rock por lá. Capa: O Interior Também É Underground Também nesta edição: Diário de bordo do show do UFO em Recife, entrevista exclusiva com a banda pernambucana Cangaço, reviews de vários shows locais, review do show da banda Dark Tranquillity em São Paulo, Perfil RM com Alan Huston, ex-vocalista da banda Mutação, anúncio da promoção “Reign in Metal e Rock Meeting Juntas”.

11ª edição A décima primeira edição da Rock Meeting, de julho deste ano, foi feita em ritmo de festa, já que julho é o mês mundial do Rock! Capa: Autopse Também nesta edição: Entrevista exclusiva com a banda pernambucana Pandemmy, review do show de comemoração dos 11 anos da Goreslave, resultado da promoção “Reign in Metal e Rock Meeting Juntas”, entrevista com o guitarrista alagoano Edu Silva e com a banda Morcegos, Perfil RM com Renato Tiengo.

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Perfil Rm O Perfil RM dessa edição traz para os seus leitores, Saulo Lessa, vocalista da banda Mia Dolce Vendetta. Conheça um pouco mais!

Apresente-se. Meu nome é Saulo Lessa Sarmento, tenho 21 anos, sou vocalista da Mia Dolce Vendetta, estou iniciando no ramo de tatuagem, e faço faculdade de Publicidade e Propaganda. Publicidade e tatuagem são a sua praia. O que te levou a fazer o curso e a tatuar? Publicidade e Propaganda é algo que sempre me agradou. Uma área que requer raciocínio e mente aberta para atender a diversas necessidades. Gosto de criar. Já a tatuagem, foi a ligação do útil ao agradável, afinal eu sou um grande admirador dessa arte, e sou totalmente adepto dela. Além do mais, ainda posso fazer uma renda em cima disso. Já ouvimos muitas coisas sobre os tatuadores. É verdade que não gostam de fazer florezinhas, estrelinhas e afins? Por quê? Não é questão de não gostar! Muito pelo contrário, é muito bom, porque é o mais procurado, consequentemente o rendimento financeiro é muito bom. O chato é que isso, na maioria das vezes, não te acrescenta nada... Não aprimora sua

técnica, tendo em vista que são desenhos padrões, que não necessitam de muita técnica (na maioria das vezes). Ou seja, não é um desafio. Quais os estilos musicais que você tem ouvido. Cite alguns exemplos. Grindcore, Splatter, Death Metal, Metalcore, Hardcore... E o bom e velho Grunge! Conte-nos um pouco mais sobre a Mia Dolce Vendetta! Qual o sentido do nome? Planos para a segunda metade de 2010? Quando chamei o Igor (guitarrista e amigo de infância) para montar um projeto, chegamos a um consenso de fazer algo que tivesse como referência a As Blood Runs Black. Mas, com a entrada do Diogo (baterista da Lammashta), a banda ganhou outra dimensão: mais peso, e uma temática mais agressiva. Então, somos uma banda de Metal. O nome vem de uma frase que me agrada muito. Como eu estava cansado de tudo ser em inglês, resolvi achar “minha doce vingança” em outra língua. Achei que o italiano fluiu bem, portanto, Mia Dolce Vendetta. Planos? Já gravamos o EP. Agora, é deixar rolar!

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Como surgiu o seu interesse pelo Rock?

é uma das maiores escolas do Hardcore no Brasil.

Quando eu passava pelo quarto do meu irmão, e o ouvia escutando o acústico do Nirvana (isso há uns 12 ou 13 anos atrás). Foi quando fui comprar meu primeiro CD de Rock, e comprei o “Smells Like Children”, do Marilyn Manson.

Esta pergunta já é clichê, mas qual seria o seu top 5 das músicas que considera a sua base musical? Comente cada uma delas, em poucas palavras.

Você já deve ter tocado em outras bandas. Comente um pouco sobre elas. Difícil, porque já toquei em muitas bandas. Já tive banda cover de Silverchair, já tive uma cover de Foo Fighters, de Grunge, e algumas de Hardcore. Mas me mantive mais tempo na Linear, que tocava constantemente em Maceió, mas sem pretensões maiores. Que experiências musicais você adquiriu no Espírito Santo? Você coloca em prática aqui no estado? No Espírito Santo, eu aprendi, acima de tudo, a respeitar todos os estilos do Rock. La eles se respeitam muito. Não é necessariamente experiência musical, mas tem um pouco a ver. Aprendi também lá que se você tiver uma banda de Hardcore, você é famoso! (risos) O ES

Hoje em dia...: August Burns Red – “Back Burner”, pela construção musical e pelo peso; Burden of a Day – “Remember”, por causa da melodia; Jonny Craig – “Istillfeelher part III”, pela vocalização; Suicide Silence – “Unanswered”, porque eu gosto muito mesmo! Para finalizar, Alagoas e Rock and Roll é uma boa combinação, ou apenas um sonho? Muito obrigado pela sua participação! Sucesso. É uma ótima combinação! As pessoas só precisam aprender a não visaram o topo passando por cima dos outros. Hoje em dia, não se monta uma banda para ser boa, mas sim para ser melhor do que aquela lá. Isso é horrível! Obrigado pelo espaço, e sucesso para vocês também! Parabéns pela iniciativa!


Eu estava lá O Manifesto Pró-Arte aconteceu no dia 14 de agosto no Teatro Linda Mascarenhas, e contou com as apresentações dos DJs Fr34k e Pedro Middori, além do artista instrumental J. Wellington e das bandas Duvet, Arcania, Endocrônica e Ophicina de Sonhos. Fotos de Manuel Henrique e Fininho.

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