Editorial Organizar : ‘Dispor para funcionar; estabelecer com base. Pron. Constituir-se, formar-se. Tr. dir. Arranjar, ordenar, preparar’. Pois bem, organizar não é apenas juntar ideias, pensar sobre elas e concluir o pensamento para depois agir. Organizar é tudo o que já foi dito, mas com um detalhe: não basta concretizar uma vontade se a sua própria pessoa anda bagunçada. Organizar é ouvir o que o outro tem a dizer, principalmente. Organizar vai muito além do que já foi traçado, há sempre algo que deve ser resolvido que não se esperava, ai é preciso estar preparado e organizado para contornar a situação adversa. Organizar é dispor do seu tempo, de uma parte da sua vida para que o seu projeto saia conforme foi planejado. Poderíamos dar infinitas definições de ‘como organizar-se’, independente se for um evento ou uma vida. Um exemplo claro de que ‘aqui não houve uma organização ‘organizada’’ foi em um determinado evento em Maceió, onde todos, simplesmente todos, saíram prejudicados: banda, público e a própria (des)organização. A desorganização era imensa, a começar pela entrada daqueles que estavam pagando pelo serviço e não obtiveram o lazer que tanto buscavam. Depois a banda contratada, que saiu de sua cidade para transmitir o seu trabalho para um grupo específico, sendo interrompida por inúmeras vezes e tendo o seu ‘gran finale’: o encerramento ‘à força’. E depois àqueles que estavam apenas colaborando com o projeto do que tentou organizar alguma coisa. Infelizmente, existem estes contratempos que só nos fazem sentir mal e envergonhados. Sim, envergonhados devido a péssima conduta do (des)organizador em não ter ‘cumprido’ com a sua palavra de oferecer uma estrutura decente para que músicos e público pudessem interagir entre si. Não é só contratar a banda, armar o som e pronto. Existem uma série de fatores que devem ser seguidos e cumpridos para que um evento aconteça. O que deve ser feito por pessoas que conheçam esses trâmites. E se alguém que não conhece e quer organizar um evento, é interessante que vá em busca de como tudo funciona, pedir ajuda, assumir que é leigo e quer aprender. Perguntar e buscar conhecimento. É isso o que falta. Há pessoas que acreditam ser auto-suficientes. Mas ninguém consegue nada apenas por suas próprias forças. Não somos nada sozinhos.
Nesta Edição: 02 - Darth Jeder 04 - World Metal 07 - Oficina G3 09 - Capa: Never Say Die Juliet
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Expediente Direção Geral Pei Fang Fon Fotografia Pei Fang Fon Revisão Jonas Sutareli Pei Fang Fon Capa Lucas Marques Pei Fang Fon Equipe Daniel Lima Jonas Sutareli Lucas Marques Pei Fang Fon
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Agradecimentos C Design - Art of Canuto Polyana Mesquita Tadeu Salgado (Park Show)
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Jeder Janotti Jr. - Headbanger e professor da UFAL-UFPE
Heavy Metal - Modos de usar
Ao contrário do que parece, o Heavy Metal está além da visão rasteira dos supostos descolados, com cara de conteúdo que vivem por aí a falar da mal do que não conhecem. Aliás essa é uma atitude bastante preconceituosa. Pensando nisso, e na dureza das árduas tarefas do cotidiano (como estudar, educar os filhos, trabalhar, arrumar a casa), fiz este pequeno manual sobre os usos básicos do Heavy Metal.
1 - Heavy Metal serve para bater a cabeça sim, por isso somos chamados de headbangers. Mas ao contrário do que pensam os incautos, batemos a cabeça no ritmo, seguindo o andamento da música, deixando livre a imaginação. Afinal, até onde sei pensamos com o cérebro e com o corpo todo e não com a bunda como parecem acreditar os carnavalescos de plantão. 2 - Cantar sobre fadas, duendes e hobbits é uma maneira de exercer a livre imaginação. Acreditar que, apesar de difícil, a vida também tem momentos mágicos. Ficar sempre a ruminar sobre como é a vida é dura ou reclamar de tudo é no mínimo, falta de imaginação. 3 - Pensar que o mundo se restringe a Barbies e Kens é falta de imaginação grave. 4 - Não somos depressivos porque falamos sobre morte e demônios. Morrer e saber encarar o lado negro da existência humana é compreender a dinâmica da vida tal como os orientais já faziam há muito tempo através do yin yang. Afinal, todo carnaval tem seu fim. Já vi muita gente que nega a morte desabar quando ela se mostra próxima. 5 - Preto é uma cor que está sempre na moda, pois ela está além das variações da moda. Pena que tenho que evitá-la no calor do nordeste. Ainda bem que nos resta o branco. 6 - Na década de oitenta usávamos jeans, maquiagem e lantejoulas (era a época glam e depois foi a vez do thrash metal). Mas para alívio dos headbangers que vivem nos trópicos apareceu o Anthrax (não a bactéria , mas a banda) com suas bermudas de skatista! 02 Rock Meeting
7 - Baixo astral é alguém que acha que todos devem ouvir o mesmo som que ele ou ela, mesmo que estejam protegidos nas cabines de suas camionetes e coloquem o som na parte de trás. Isso é falta de cidadania. Quem se dedica a um gênero musical, ouve música no MP3 player e em casa é um “connoisseur”. Quem incomoda os outros é um mal educado! 8 - Não há nada de errado em dedicar-se a colecionar e valorizar um gênero musical como o Heavy Metal. Incomodar-se com isso é que eu não entendo! Nunca vi alguém ser incomodado por colecionar antigos discos de samba. 9 - Por falar em samba ainda não descobri quem é mais purista, o fã de samba de raiz ou o fã de Heavy Metal. 10 - Metal pesado é coisa de químico. Heavy Metal é coisa de quem gosta de música boa e pesada. 11 - Consuma Heavy Metal o quanto quiser, sem contraindicações. O único mal que ele pode te causar é depurar seu gosto musical. Aprendizado mais que necessário nos dias de hoje. 12 - No fim, vale a pena ter a possibilidade de viver a vida como uma jornada metálica, dura e combativa, criativa e pesada. Forró universitário e sertanejo universitário é coisa de analfabeto funcional, quer dizer musical! 13 - Restart é coisa de daltônico. Aquele guarda-roupas só pode ser algo de quem não sabe combinar o básico, quanto mais fazer música. Em caso de intoxicação use bastante preto e sonoridade Heavy Metal.
May the force be with you!!!! 03 Rock Meeting
Metallica: Master of Puppets é a melhor de todos os tempos
Symphony X: confirmada apresentação em Porto Alegre
Uma lista de 50 nomes traz o Top do Metal das músicas de todos os tempos. E ‘Master of Puppets’ do Metallica está no topo da lista que foi feita pelo site Gibson.com Top 5: 1. “Master of Puppets,” Metallica 2. “Ace of Spades,” Motörhead 3. “Crazy Train,” Ozzy Osbourne 4. “Iron Man,” Black Sabbath 5. “The Number of the Beast,” Iron Maiden
Destruction: tudo sobre o show da banda em São Paulo Os alemães do Destruction estão de volta ao Brasil. Eles se apresentam no dia 23 de abril, no Carioca Club, em São Paulo. Os ingressos já estão à venda. Confira o serviço completo:
SERVIÇO - DESTRUCTION Data: 23/4 – Sábado Abertura: Red Front Horário: 20h Local: Carioca Club Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 –
A banda norteamericana Symphony X, que passará pelo Brasil no mês de junho, confirmou mais uma apresentação no Brasil. O show acontecerá em Porto Alegre, no dia 7 de Junho, no Opinião Bar. A banda se apresentará também em São Paulo(04/06 - Via Funchal) e no Rio de Janeiro (05/06 - Fundição Progresso). Os shows fazem parte da turnê de divulgação do novo álbum “Iconoclast”. Mais informações sobre preços e setores serão divulgados em breve
Pinheiros – SP Informações: (11) 23593262 e (11) 7520-0721 http://www.negriconcerts. com.br INGRESSOS ANTECIPADOS Pista Estudante1º Lote: R$ 50,00 Pista 1º Lote: R$ 70,00 Camarote 1º Lote: R$ 100,00 PONTOS DE VENDA: Galeria do Rock - Paranoid: (11) 3221-5297 / Die Hard: (11) 3331-8253 Outros pontos de Venda: Metal CDS (Santo André) (11) 4994-7565 Venda online: http://www.ticketbrasil.com.br
Revamp em São Paulo: ingressos estão à venda
A Dark dimensions Produtora informou através do seu twitter, que já estão à venda os ingressos para o show da banda Revamp, que será realizado dia 2 de julho em São Paulo no Carioca Club.
Mais detalhes: Revamp Sábado, dia 2 de julho Horário: 20h Local: Carioca Club - Rua Cardeal Arcoverde 2899 Pinheiros Ingressos: 04 Rock Meeting
Pista 90,00 Camarote 150,00 Estudantes tem direito a meia entrada.
Skid Row: turnê sulamericana com Dokken e Warrant
Alice Cooper: confirmados shows no Brasil em maio e junho
W:O:A Metal Battle Brasil: definidas bandas da edição 2011
na análise do material de inscrição apresentado. Para as seletivas, as classificadas farão apresentação de shows com trinta minutos de duração, tocando material autoral. A banda vencedora da final da etapa nacional terá como premiação o direito de representar o Brasil no “W:O:A Metal Battle”, durante o festival “Wacken Open Air”, na cidade de Wacken, na Alemanha. O prêmio para a banda consiste de passagem aérea São Paulo-Hamburgo-São Paulo; hospedagem de 3 noites de hotel e 3 noites de acampamento, no período de realização do “Wacken Open Air 2011”; e translado Hamburgo-Wacken-Hamburgo. Confira a lista: http://www.metal-battle.com.br
F o i publicado no De acordo site oficial de com a Storm Blaze, a banda de Hard Rock Skid Alice Cooper: o Row fará uma turnê Sul-americana junto com lendário cantor fará três shows no Brasil no final de maio e começo as bandas DOKKEN e WARRANT. de junho. As apresentações acontecerão em Info: http://www.stormblaze.com.br/ Porto Alegre (dia 31/05, no Pepsi On Stage), em São Paulo (02/06, Credicard Hall) e em Curitiba (03/06, Master Hall).
Os eventos que abrigarão edição do “W:O:A Metal Battle-Brasil 2011” ocorrerão entre os dias 9 de abril e 31 de maio, com realização das seletivas regionais. A Final Nacional será realizada no dia 24 de junho dentro da programação do festival “Roça N’ Roll”, na cidade de Varginha (MG). As bandas que disputarão as seletivas regionais do ‘W:O:A Metal Battle-Brasil 2011’ foram escolhidas pela equipe da Roadie Crew com base
Saxon: Música do álbum novo aparece online
A música “Hammer Of The Gods”, do aguardado novo disco do Saxon já está disponível online. “Call To Arms” será o 19º álbum de estúdio do Saxon, que ainda continua sendo uma das maiores bandas de rock pesado de todos os tempos. Confira: http://www.youtube.com/watch?v=x dv3ZZ8IFSI&feature=player_embedded
05 Rock Meeting
Guns’n’roses: Confirmados no Rock in Rio
O Guns’n’roses estão oficialmente confirmados para a noite do dia 2 de outubro no Rock in Rio. As bandas já confirmadas são: Metallica, Angra, Motörhead, Sepultura, Tarja Turunen e Slipknot.
A guerra continua Por Jonas Sutareli (@Sutareli | jonas@rockmeeting.net ) Fotos: Pei Fang Fon (@poifang | peifang@rockmeeting.net)
Com empecilhos, o Oficina G3 executa poucas músicas e público é prejudicado
Era um sábado, 19 de março. O evento estava marcado para às 19h. Como de costume, todo show por aqui, no meio do rock and roll, acaba atrasando um pouco. Só que atrasar duas horas por falhas da organização, é quase imperdoável. Entrada caótica, confusa, num quase funil. Encerramento do show antes do previsto por falta de organização prévia, cancelamento das bandas de abertura pelo atraso. Mesmo com todos esses contratempos, a Oficina G3 subiu ao palco por volta das 21h. Após três anos sem dar as caras por aqui, os roqueiros cristãos mais famosos do Brasil apareceram novamente em Maceió, desta vez com seu novo trabalho, o premiado ‘Depois da Guerra’. O álbum ganhou o Grammy Latino de 2009 como o melhor disco de música cristã em língua portuguesa. O DDG (como foi carinhosamente apelidado) foi, sem dúvida, um excelente trabalho e talvez o melhor de toda a carreira da banda. Com a atual e excelente formação, tomaram o palco no terceiro sábado de março e ensandecendo a galera que compareceu em peso no Ginásio Cenecista Jorge Assunção, que estava lotado. 07 Rock Meeting
Com um show curto, por culpa da incompetência da organização, mas extremamente energizante, que não deixou ninguém parado, a Oficina G3 fez um setlist com músicas do DDG, o novo trabalho, a música “Até quando?” do disco “Humanos” e “De olhos fechados”, “Mais alto” e “Ver acontecer” do “Além do que os olhos podem ver”. Assim que eles entraram no palco e começaram a tocar, os mais agitados armaram logo um circle pit. Só que os rapazes da banda não são muito chegados a esta ideia, não querem que o pessoal se machuquem por acidente. Pediram 08 Rock Meeting
com muita educação para que parassem de fazer ‘rodinhas’ para não machucar ninguém. E o pessoal deu credibilidade e pararam e curtiram o show sem fazer mais rodinhas. Por enquanto. O show foi passando, cada música passava mais energia, a galera gostava, pulava, gritava e correspondiam a banda. Apesar de terem faltado algumas músicas das mais estimulantes na apresentação, não por culpa da banda e sim por culpa da organização, pode-se dizer que o show foi de uma ‘somzeira’ violenta. Então, nas duas últimas músicas, ‘Depois Da Guerra’ e ‘Até quando’, os rapazes agitados refizeram de novo o circle pit, que desta vez não foi pedido para ser interrompido, já que o show já estava para terminar. Após essas duas músicas enérgicas e completamente insanas, o fim do show, solos dos músicos, a galera gritando e o inesperado: Celso (guitarra base) e Jean (teclado) dão mosh e são segurados pelo público, finalizando em grande estilo. Esperamos contar com pessoas mais comprometidas na organização dos eventos. Pessoas que realmente saibam o que estão fazendo. O único contraponto deste show foi esse. Lamentável, nas palavras do próprio tecladista da banda, Jean Miranda, via twitter: “Infelizmente a organização destruiu o que poderia ser muito melhor”.
Por Jonas Sutareli (@Sutareli | jonas@rockmeeting.net) Fotos: Rafaela Kissy
Em mais uma investida no resgate do velho e do novo som em Alagoas, a Rock Meeting foi atrás dos meninos da Never Say Die Juliet e saber de seus projetos. Acompanhe!
Apresentem a banda. Nome e função de cada integrante. Felipe – Vocal; Thiago – Guitarra/vocal; Fred – Guitarra; Alex – Baixo/vocal; Rato Bateria O nome da banda de vocês é um tanto quanto extenso. Vejo isso sendo muito comum em bandas de Metalcore. Como surgiu o nome e como você vê esse fato comum de nomes bastante compostos em bandas deste gênero? No inicio da banda, como com todas as bandas, nos passamos por dificuldades em escolher o nome. Vários nomes foram sugeridos, até que pensamos em “Never Say Die”, que é uma expressão, significa ânimo. Na mesma época tínhamos acabado de conhecer uma garota chamada Juliet. Foi aí que que sugerimos o nome. Never Say Die Juliet, assim, “Ânimo Juliet”. Realmente, de uns anos para cá tornou-se meio que comum encontrar bandas com nomes extensos. Acho bem interessante. Acho que fica mais fácil encontrar um sentido num nome mais extenso, que criar algo em cima de uma palavra só. 09 Rock Meeting
O que vocês acham dessa mania dos fãs de abreviarem o nome das bandas com siglas ou até mesmo só dizerem parte do nome? Com vocês isso acontece como NSDJ ou apenas “Never Say”. Acho que já acostumamos com isso, tanto que até a gente se pega abreviando não só o nome de nossa banda, como o de outras. O ruim mesmo é quando fazem flyer de show (como já fizeram) e colocam só “Never Say”. Aí sim fica chato. Vocês já têm algum material lançado? Se não, tem pretensões de lançar algo? Alguma data prevista? Temos sim. Temos dois singles lançados em nosso purevolume (www.purevolume.com/ nsdj). O primeiro se chama “Can I Help You?”. O segundo é o som, também, do nosso clipe. Se chama “I wrote this song’s name but I don’t speak Esperanto” Quais são as principais influências da NSDJ? Como vocês lidam com as influências, na sonoridade de vocês? Somos influenciados por muitas bandas. Cada um de nós escuta algo diferente, que vai do pop mais leve ao rock mais pesado. Mas claro, temos algumas bandas que ouvimos em comum, e que nos influenciam bastante, como August Burns Red, Texas in July, As I Lay Dying, The Devil Wears Prada, We Came As Romans e muito mais. A banda já passou por reformulação de integrantes ou continua com a mesma formação desde o início? Há ou já houve conflitos? Contem como é a relação dos integrantes. Já sim. A primeira formação foi com Ítalo na guitarra e Fred no baixo. Logo mais, Ítalo saiu da banda, passando assim, o cargo de guitarrista para Fred. Logo precisamos de um baixista, e por um bom tempo quem quebrou o galho foi Lucas, um amigo da banda. Depois de um bom tempo nos ajudando, Lucas deu lugar ao nosso atual baixista, Alex, que com um ótimo desempenho preencheu a vaga. Também já tivemos um tecladista, Igor, que por já estar comprometido com outra banda teve de sair, mantendo assim a formação anterior e a, agora, atual. Há quantos anos a banda existe? De quem partiu a ideia de juntar os integrantes e formar a banda? Contem-nos a história de como tudo começou. A banda existe há três anos e alguns meses. A idéia foi do Ítalo (ex-guitarra) juntamente com Felipe e Thiago. Ítalo nos apresentou Rato, e conversamos bastante sobre o que tocar, e quem colocar no baixo. Logo depois conhecemos o Fred, com o grupo formado começaram os ensaios e assim a banda foi variando de repertório e covers até chegar à sua identidade. 10 Rock Meeting
A banda já atingiu seus objetivos? O que vocês esperam para a banda nesses próximos anos entre shows, divulgação e afins? Nosso objetivo nós conquistamos desde os primeiros shows. Nós tocamos para nos divertir, a banda é o nosso desafogo, nossa alegria, sempre que vamos tocar em um show e vemos o público se divertindo junto conosco já é extremamente gratificante, porém é lógico que todos tem suas ambições, gostaríamos muito de nos destacar no cenário nacional e viajar pelo país (pelo menos) divulgando nosso material. Como vocês veem o cenário para bandas de Metalcore atualmente, no estado de alagoas? E do rock em geral? Pode-se dizer que depois de passada a época do preconceito o metalcore tem crescido bastante em Alagoas. Algumas bandas como a “Contra” e “Renegades of Poisonville” deram início a essa nossa cara para a música em Alagoas e hoje nós temos um número bem elevado de bandas no estilo aqui no estado, bandas de qualidade, vale frisar. Vocês tem um vídeo clip lançado da música “I wrote this song's name but I don't speak Esperanto” (muito bem produzido, por sinal). Foi difícil fazer o clip? Contem-nos um pouco sobre o clip, de como foi a produção do clip e como inciou a ideia. Pra uma banda acredito que o primeiro sonho é ver a sua música gravada e logo em seguida ter seu próprio vídeo clipe. O clipe pra a gente não passava de um sonho, pois quando se fala em arte em Alagoas (no Brasil até) a dificuldade vira sinônimo. Porém tudo é superado com dedicação e o apoio de quem acredita na banda, no grupo. Graças a Deus nós contamos com o apoio da Body Fantasy Tattoo e da Novis Produções que nos apoiaram e fizeram esse nosso sonho virar realidade. Quanto à produção do clipe, o Gabriel Novis esteve à frente de tudo. Foram dois dias gravando e dois dias bem cansativos, diga-se de passagem. Porém com um resultado que nos satisfez muito e estamos todos muito felizes com tudo isso. Deixem uma mensagem livre. Gostaríamos de agradecer a Bode Fantasy que nos apóia e faz com que tudo se torne realidade, agradecer também aqueles que vão para os shows para nos prestigiar e a todos que de alguma forma gostam do que a gente faz. Também gostaríamos de agradecer a todos os organizadores de eventos que sempre estão lembrando-se da gente e gostaríamos de agradecer principalmente aqueles que nos criticam, eles nos fazem ver nossos próprios erros e melhorar onde for possível.
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A deusa do metal chegou a Brasília
No último dia da turnê ‘What Lies Beneath’ pelo Brasil, Tarja Turunen esbanjou simpatia, sorrisos e um português afiado na capital federal Texto e Fotos: Pei Fang Fon (@poifang | peifang@rockmeeting.net) www.flickr.com/poifang
Muitos esperavam pela chegada da cantora finlandesa, Tarja Turunen, em Brasília aos quinze dias do terceiro mês do ano de 2011. Foram apenas três shows no Brasil e os que estiveram presentes em São Paulo (12) e Rio de Janeiro (13) puderam constatar que ela não perdeu o jeito de cantar, mas que está cada vez mais embalada no seu projeto solo. Diferentemente das outras cidades, onde houve bandas de abertura, em Brasília a contemplação foi única, somente a cantora faria o show para os fãs enlouquecidos pela sua apresentação. O local foi o Clube do Rocha, não muito bem localizado, mas de estrutura ímpar que pôde acolher bem a voz lírica ao som pesado do heavy metal. O Show A espera não foi longa, bem na hora marcada o show começou. Em clima de suspense na música de abertura e com a iluminação baixa, os integrantes da banda foram tomando os seus lugares um por um. A cada entrada eram gritos e mais gritos saudando a chegada daquele momento que não seria esquecido. ‘Dark Star’ foi a música de abertura. Canção esta que está presente no seu mais recente trabalho, título de sua turnê, ‘What Lies Beneath’. Mike Terrana (bateria), Max Lilja (celo), Christian Kretschmar (teclado), Doug Wimbish (baixo) e Julian Barrett (guitarra) são os músicos que acompanham Tarja nesta turnê mundial. Quando Tarja desceu as escadas, direto do camarim para o palco, na introdução de ‘Dark Star’, arrancou os mais profundos urros de espanto, emoção, alegria e tantos sentimentos misturados numa única forma de ser: imaginar que aquela pessoa que tanto 14 Rock Meeting
se ouvia e via nos vídeos na internet realmente existira. Para a maioria seria a primeira vez a ver uma apresentação dela. Sorridente e carismática, ela executou bem a música e se preparava para ‘My Little Phoenix’ do seu primeiro álbum solo, ‘My Winter Storm’. Os fãs enlouquecidos respondiam as investidas da frontwoman com todo gás e não deixavam por menos. Era incrível o sorriso estampado no rosto dos que estavam sendo ‘esmagados’ na grade da pista premium, uma visão contempladora da deusa do metal. Sem mais espera, foram executadas, na sequência: ‘The Crying Moon’, ‘I Walk Alone’, ‘Falling Awake’, ‘I Feel Imortal’, ‘Little Lies’, ‘Underneath’ ‘Wishmaster’ (Nightwish Cover), ‘Higher Than Hope (Nightwish Cover)/We Are/Minor Heaven/ The Archives of lost dreams’ [Medley Acústico], ‘Ciaran’s Well’, ‘In for a Kill’, ‘Where Were You Last Night (Nightwish Cover)/Heaven Is a Place on Earth (Berlinda Carlisle Cover)/Living on a Prayer (Bon Jovi Cover) - [Medley], ‘Die Alive’ e ‘Until My Last Breath’. Covers Apesar de tudo o que aconteceu, num passado difícil de esquecer, Tarja executou três músicas de sua antiga banda, Nightwish, esta que a lançou na música e ditou o ritmo que hoje virou ‘moda’, apesar de que alguns pontos estão mudando em relação de ter apenas voz lírica como de Tarja Turunen. No entanto, é indiscutível que o som que o Nightwish concebeu junto com a solista é inigualável. Muitas outras bandas nasceram no mesmo período no boom do heavy metal com vocal lírico. 15 Rock Meeting
Within Temptation, Epica, After Forever entre outras, todas elas tinham um ponto em comum, mas nenhuma delas chegava perto do que Tarja Turunen executa até hoje e cada vez melhor. Em virtude da grande influência que a sua antiga banda ainda proporciona, Tarja cantou ‘Wishmaster’, clássico dos clássicos. Esta que fora tocada em todas as turnês que o Nightwish fez enquanto ela ainda liderava os vocais. ‘Higher Than Hope’ pouco executada e sem falar de ‘Where Were You Last Night’ nunca tocada, a não ser pela própria na sua atual situação. Quando elas foram tocadas a empolgação do público já era insana, mas a execução delas foi o ponto chave da apresentação. Para os ainda amantes do Nightwish foi um grande presente,
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pois pouquíssimos tiveram a honra de ver Tarja cantando com os seus antigos integrantes. No entanto, Tarja ainda precisa se libertar de vez do seu passado e construir o seu caminho, que está acontecendo. Para assim, deixar de ser cogitada como a ‘ex-vocalista do Nightwish’ e ter sua própria vida sendo lembrada como a cantora lírica Tarja Turunen.
O ponto máximo O ponto alto das apresentações da Tarja no Brasil (claro que a música era um dos motivos de ter levados centenas de fãs ao Clube do Rocha em Brasília), o que surpreendeu a todos, foi a comunicação que ela manteve durante toda a apresentação. Falando em bom português, com aquele sotaque de americano, a finlandesa 04 Rock Meeting
não deixou por menos. Fez muitos comentários, apresentou sua banda e aprendeu direitinho a dizer: ‘esta é a nossa última música’. Aprendeu rápido ela, não? Foi impactante quando ela chegou a dizer, no final de ‘Die Alive’: “Muito obrigada por esta linda noite, vou sentir muita falta de vocês, espero vê-los em breve”. E assim, como se a música tivesse uma relação direta com os dizeres dela, ela cantou ‘Until My Last Breath’. Enquanto se admirava a forma como ela se comunicava, a dor de ouvir e assistir a última música eram visíveis no rosto de cada fã presente, nas suas mais variadas feições e discordâncias. E ao som de ‘Tarja, Tarja’ – ela, emocionada, ao final do show em agradecimento falou apenas para o baixista, Doug Wimbish: ‘Great people’.
Olá leitores da Rock Meeting, depois de uma lacuna de quase um ano, a coluna Metal é a Lei tem o prazer de voltar às páginas dessa revista que virou referência, quando o assunto é heavy metal, em todo o nordeste. Assim como no Programa Metal é a Lei, que você pode escutar todos os domingos, às 21 horas, na Web Rádio Rock Freeday (www.rockfreeday.com. br), aqui vocês poderão encontrar as novidades sobre o que esta acontecendo na cena heavy metal brasileira.
Korzus está confirmado para o Rock in Rio O Korzus foi anunciado como uma das atrações do Rock in Rio. O grupo vai se apresentar no Palco Sunset e terá como convidados grandes ícones mundiais. A banda se apresenta em 25 de setembro, o Dia Metal, ao lado de Sepultura, Angra, Metallica, Slipknot, Motörhead e Coheed and Cambria (no Palco Mundo) tocando suas próprias músicas (do novo CD "Discipline of Hate") e clássicos e as mais famosas músicas das bandas convidadas.
Site: www.korzus.com.br Dynahead: disponibilizado o novo álbum na íntegra para audição
Os brasileiros do Dynahead postaram recentemente em sua página oficial no Facebook o seu novo álbum, "Youniverse", para audição na íntegra em streaming. O segundo álbum do Dynahead, tem previsão de lançamento nacional para o dia 28 de março via MS Metal Records, com distribuição da Voice Music, e já se encontra disponível em sua versão digital, via DigMetalWorld. Site: www.dynahead.com.br
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Thy Symphony lança álbum debut na Grécia A banda paulista de Symphonic Metal, Thy Symphony, anunciou recentemente o lançamento mundial de seu primeiro álbum de estúdio, intitulado “Harmonizing The World”. O material foi lançado pelo selo grego Sleaszy Rider Records, e terá uma distribuição abrangente no continente europeu, alcançando os seus principais mercados.
Site: www.myspace.com/thysymphony
Pastore: "The Price For The Human Sins" lançado no Japão O álbum "The Price for The Human Sins", do quarteto paulista Pastore, foi lançado no Japão pela Hydrant Music. Mário Pastore, vocalista da banda foi entrevistado pela revista Burrnn, a mais respeitada e antiga publicação de Metal/Hard rock naquele país. O CD resenhado nas páginas da revista teve 9 de 10 pontos! O novo baixista, Aléxis Gallucci, estreou ao vivo com a banda em 06/03/2011 no Manifesto Rock Bar. Site: www.myspace.com/bandapastore
Hibria assina contrato com a Wet Music A banda gaúcha Hibria, que está prestes a rumar para uma turnê no oriente no próximo mês de maio, acabou de assinar um importante contrato de lançamento do seu novo álbum, “Blind Ride”, no Brasil. O referido material será lançado no país neste mês de março através da gravadora Wet Music, que foi a responsável pelo lançamento dos últimos trabalhos das bandas Whitesnake, Mr.big, Black Label Society, entre outras. O novo trabalho da HIBRIA, “Blind Ride”, foi lançado no Japão no último dia 26 de janeiro, e foi mixado e masterizado no Machine Shop
Unearthly: grupo prepara novo álbum para 2011
Os cariocas do Unearthly preparam novo disco para este ano. "Flagellum Dei", que significa “Flagelo de Deus”, será o sexto álbum da banda e deve ser lançado no segundo semestre na Europa, Estados Unidos e Brasil pela gravadora européia Atmostfear Entertainment. O sucessor de “Age of Chaos” começa a ser gravado em junho no Hertz Studio, na Polônia. A produção fica ao cargo de Wojtek Slawek Wieslawski, que já trabalhou com Behemoth, Hate, Decapitated, Dies Irae, Vader, entre outros grupos de Metal Extremo. Site: www.myspace.com/unearthlycommando
Empürios: Luiz Freitag comenta final da produção do álbum de estreia O baixista da banda carioca Empüros, Luiz Freitag, soltou um depoimento oficial relatando ao público alguns dos principais detalhes sobre a produção do primeiro álbum de estúdio do grupo, “Cyclings”. Segundo o baixista, a produção do primeiro álbum tem sido um trabalho cuidadoso e muito prazeroso, gastando um ano de pré-produção, acertando os arranjos com muita calma e dedicação, sendo, certamente, um dos trabalhos mais árduos e criteriosos da carreira do músico. Em paralelo, a EMPÜRIOS está em negociação com selos no Brasil para o lançamento de “Cyclings”. Site: www.empurios.com
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Studios, marcando a estréia do baixista Benhur Lima que se juntou ao grupo após a turnê em suporte ao seu álbum anterior, “The Skull Collectors”. Site: www.hibria.com
Finitude lançando diário de gravação do seu debut A Finitude, banda de heavy metal original do Estado de Sergipe, está em fase de conclusão do seu debut, um álbum conceitual contendo 11 faixas, cujo título provisório é "Dissensio Homines Part I". Com intuito de que todos possam acompanhar todos os estágios da produção deste trabalho, a banda lançou um diário de gravação com textos explicativos e fotos desde as sessões de baterias até os vocais. Acessem http://www.finitudeonline.blogspot. com para terem acesso a todas as novidades desta produção.
Shadowside revela título de novo CD A banda brasileira Shadowside intitulou o seu próximo trabalho de “Inner Monster Out“. O terceiro disco da carreira do grupo foi produzido, mixado e masterizado por Fredrik Nordström, no Fredman Studio, em Gotemburgo, Suécia. Nordström é conhecido por já ter trabalhado com At The Gates, Arch Enemy, Dark Tranquillity, In Flames, Soilwork, Evergrey, Hammerfall, Bring Me The Horizon e muitos outros. Site: www.shadowside.ws
'a reunião de quatro amigos que gostam de estar juntos e tocar o mais rápido que conseguem' Por Pei Fang Fon (@poifang | peifang@rockmeeting.net) Fotos: Divulgação Acompanhe uma entrevista exclusiva com o Poney, vocalista da Violator. Inicialmente gostaria de agradecer a oportunidade de conceder um tempo para nós, da Rock Meeting, essa entrevista. E, por hora, quem é a Violator? Eu que gostaria de começar agradecendo por essa entrevista e sobretudo pelo apoio e interesse. Bem, não é exatamente "por hora", o Violator é permanentemente a reunião de quatro amigos que gostam de estar juntos e tocar o mais rápido que conseguem. Um monte de coisa legal aconteceu nesses últimos 10 anos, mas a essência continua essa e sempre vai ser. Sem grandes pretensões, apenas estar junto pra tocar Thrash. A banda é formada por Poney (baixo e gritaria), Capaça (guitarra), Cambito (guitarra) e Batera (obviamente, bateria). Para contextualizar um pouco, vocês são de Brasília e estão há anos na estrada. Como nasceu a banda? Isso, a gente é de Brasília e somos amigos de longa data. Eu conheço o Capaça há mais de vinte anos, só pra se ter uma ideia. Todos nós já éramos amigos antes mesmo de saber tocar, a amizade veio antes da banda. Eu penso que uma das razões para o surgimento da banda foi um pouco da nossa insatisfação com a cena underground que tínhamos acesso no final dos anos 90/começo dos 2000 aqui na nossa cidade. Eram os dias do "new metal" (alguém lembra?) e a gente detestava o fato de que tudo parecia ser produzido por moda ou status. Tudo parecia tão falso e superficial para nós que queríamos produzir alguma coisa mais sincera, radical e violenta. A gente encontrou tudo isso e muito mais em discos velhos de bandas como Kreator, Whiplash, Exodus vendidos em sebos por aqui. A espontaneidade Thrash era tudo que a gente queria, mas, ainda não conhecia. 21 Rock Meeting
2 cd's, 3 Splits, 1 EP e 1 Demo. O mais recente, ‘Annihilation Process’ (2010). Desde 2002 até hoje o que vocês podem dizer que mudou no som, na postura, nas letras das músicas que fazem? A proposta da banda sempre foi a mesma. Tá lá no nosso primeiro release, do comecinho de 2002: "fazer thrash metal cru com base na velha escola", ou algo do tipo. É claro que naquela época, a gente era muito menino e mal sabíamos como manejar instrumentos complexos como guitarras elétricas e baterias com pedal duplo (risos). Então, obviamente (e felizmente) creio que o Violator tem realizado um percurso constante de evolução. Sempre tentamos soar o mais agressivo e violento que conseguimos, provocar o máximo de insanidade e adrenalina por música, e acredito que o novo material é produto dessa nossa tentativa. Sei que nem todo mundo gosta, mas a gente sempre se interessou bastante sobre esse lado direto e anti-social do thrash, coisas como "Reign in Blood" e "Darkness Descends". Acho que poderia dizer a mesma coisa sobre as letras, apesar de que eu vejo o novo material como um salto maior nesse sentido. Sempre explicitamos preocupações políticas em todos os nossos materiais, (mesmo quando falávamos de guerra ou da nossa cena, por exemplo, sempre foi numa perspectiva mais crítica) mas acredito que o novo EP traz reflexões políticas mais profundas. É um caminho que eu, particularmente, acho bastante interessante, uma boa maneira de canalizar toda a raiva das músicas. Sobre a postura, tenho muito orgulho de dizer que mesmo depois de quase 10 anos e tantas coisas legais que aconteceram pro Violator, ninguém da banda nunca deixou qualquer deslumbre subir pra cabeça e agiu como um "rock star". Abominamos esse tipo de postura. A gente realmente se sente parte do underground, em que todos somos a cena e não deve haver espaço para ídolos, fãs ou qualquer besteira do tipo. Em falar do seu último álbum, uma música dele, recentemente, ganhou uma versão videografada. Contem-nos como foram as gravações de 'Futurephobia'? Foi tudo muito tranquilo. Nosso grande amigo Nicolas, um dos mais talentosos fotógrafos que já tive o prazer de conhecer, está começando a trabalhar com vídeos e se ofereceu para fazer o do Violator. A gente pirou na ideia e concebemos um projeto bastante simples, que combinasse com a postura "péno-chão" e sem teatro do Violator. Nos reunimos num final de tarde depois do trabalho pra fazer as imagens da rodoviária de Brasília e depois numa noite de sexta-feira no ME Estudio, do nosso camarada ED, que emprestou o estúdio de graça para filmarmos. Imprimi todos aqueles cartazes clandestinamente aqui no trabalho e acho que tocamos a música umas dez vezes. Tudo que a gente pediu pro Nicolas foi uma "edição 22 Rock Meeting
frenética", "tipo a do Napalm Death, véi" (risos). Fiquei muito satisfeito com o resultado, ainda mais por termos conseguido um produto com tanta qualidade trabalhando do jeito que a gente sempre acreditou, na base da amizade e com a ética "do-it-yourself". Ainda sobre o seu mais novo videoclipe, no Twitter tem sido bastante comentado e são respostas positivas de todos os cantos do país. Como tem sido para a banda receber esse feedback tão rápido? Dever cumprido? Pois é, também fiquei surpreso com a repercussão. Já foram 30 mil visualizações! Eu nem sei exatamente o que falar, só agradecer mesmo a todo mundo, por esse retorno incrível. Espero que esse seja um incentivo para que mais bandas da nossa cena produzam seus vídeos. Com o “baratemento” da tecnologia, isso está bem acessível agora. Em abril, vocês farão alguns shows ao lado da banda americana DRI. Inclusive, estarão nos palcos pernambucanos no April Pro Rock. Quais as expectativas da Violator para esses shows que estão por vir? Surreal demais isso daí! Eu mal imaginava ver um show do DRI ao vivo, quanto mais tocar com os caras, e três vezes ainda! Uma felicidade difícil de descrever, é o que eu posso dizer. O DRI é provavelmente uma das bandas mais importantes pra minha formação musical, uma das bandas mais significativas pra minha vida, eu diria. É sem dúvida um dos motivos por eu ter me afundado de um jeito sem volta nesse nosso subterrâneo. Uma das primeiras coisas que eu fiz quando completei 18 anos (pra não ter que pedir autorização pra minha mãe -- haha!) foi ir ao estúdio de tatuagem perto de casa e marcar para sempre na pele a plaquinha do DRI escrito "Thrash Zone". Aquele muleque nunca ia imaginar que faria alguns shows com o DRI alguns anos depois. E é claro, vai ser um prazer incrível poder voltar a Recife, o Nordeste é um dos melhores lugares pra se tocar no mundo! Recentemente vocês concederam uma entrevista para um site chinês. Como foi este contato? E qual foi a primeira impressão pelo fato da proposta vir de um país inimaginável para as tendências do Metal? Alguma dificuldade em virtude do idioma? A gente conheceu um thrasher chinês em um show que fizemos na Alemanha agora em 2010. Ele trabalha em uma companhia aérea internacional e desde então mantemos contato. Foi ele quem perguntou se gostaríamos de responder essa entrevista. Eu não conheço nada de metal ou hardcore 23 Rock Meeting
chinês, mas os nossos amigos do Acid Speech tiveram sua demo lançada por lá. Temos bastante contatos na Ásia, porque tocamos lá no Japão em 2009 e um grande amigo nosso, o Mikitoshi da RockStakk Records, faz uma excelente distribuição pelo continente. Sobre a entrevista, eu respondi tudo em inglês, então a única dificuldade com o idioma foi o fato de eu não conseguir ler uma palavra do que foi publicado após eu responder. (risos) espero que a gente possa voltar para a Ásia em breve para uma turnê maior.
quer é romper com elas! Viajando pelo mundo por tantos países e com bandas de tantos lugares a gente vê como as fronteiras são barreiras artificiais que só servem para segregar as pessoas e incitar ódio e discriminação. Os bangers, thrashers, punks não tem uma nação só. Essa é uma das coisas mais legais do underground, a gente pode pular todas essas barreiras (de classe, gênero, nacionalidade, etnia) encontrar pessoas que vem de lugares totalmente diferente de você mas que você se identifica totalmente.
Em breve, a Violator vai romper as barreiras das fronteiras brasileiras se apresentando em outros países. México, América Central, Chile. Como se sente neste momento em que vão representar o Brasil para os nossos irmãos latinos?
Fugindo um pouco de shows, banda, cd. Alguns dos integrantes adotaram uma postura alimentar não muito convencional. Sendo um deles o mais 'radical'. De que maneira o vegetarianismo entrou na vida de vocês e é uma bandeira que todos apoiam ou decisões a parte da ideologia da banda?
Não sei se eu me sinto exatamente "representando o Brasil", sabe? Eu sinto que temos uma identidade sul-america e latina muito forte (o Violator é originalmente formado por um chileno, um argentino e dois brasileiros) e a gente realmente não está muito interessado em fazer valer essas identidades nacionais, sabe? Eu acho que a gente
O vegetarianismo não é uma postura da Violator, mas de algumas pessoas da Violator. Eu (Poney) e o Batera não consumimos carne e eu também tento me abster o máximo possível de derivados, como leites e ovos.
Considero isso uma das mudanças mais positivas na minha vida e comecei a refletir sobre essas questões justamente com o antigo guitarrista do Violator, o Juanito, que hoje vive em Buenos Aires. Minhas motivações são basicamente éticas e políticas. Pelo sofrimento e objetificação que a indústria da carne promove aos animais e por toda a devastação que causa ao planeta. Na minha concepção, o vegetarianismo tem bastante a ver com todo o tipo de postura não-conformista que tentamos evocar com a Violator. De qualquer maneira, ainda assim considero uma postura pessoal e respeito totalmente as escolhas de quem prefere comer carne. Nada pior do que padres, independente da causa. O Capaça e o Cambito comem carne, mas convivem muito bem com a gente que não come. Eu acho isso uma das coisas mais legais da Violator, nós quatro somos muito diferentes entre si, e a amizade e o respeito está para além disso. Voltando para a temática música, além do Thrash, o que mais a Violator escuta. Cite alguns exemplos. Eu escuto basicamente de tudo dentro do rock. De Neil Young a Napalm Death, só pra ficar na letra "N" (risos). Ultimamente tenho escutado muito death metal sueco, punk hardcore da nova safra e doom/ sludge/stoner. Vou citar uma banda de cada um desses estilos que tem chamado minha atenção: Black Breath, Annihilation Time e Serpent Throne. Esta tem sido considerada por nossos entrevistados como a pior para ser respondida. Então, qual é o top 5 das músicas que influenciam no som da Violator? Explique em poucas palavras cada uma delas. Realmente essa é muito difícil. Ainda mais para eu falar em nome dos outros três caras. Aí vai minha tentativa: - Extreme Aggressions, Kreator: o nome já diz tudo, agressividade thrash em estado puro. Isso explodiu nossos ouvidos a primeira vez que ouvimos. - Eternal Nightmare, Vio-lence: Toda a empolgação que o thrash é capaz é capaz de promover está condensada nessa música. - Slaves of Pain, Sepultura: A banda que mostrou pra gente que quanto mais rápido melhor. - The Last Act of Defiance, Exodus: As palhetadas mais insanas e precisas da bay area, acho que essa música colocou o Capaça na trilha de querer fazer 25 Rock Meeting
riffs cada vez mais dementes. - Altar of Sacrifice, Slayer: A abordagem seca, direta e ao mesmo tempo completa, é simplesmente inacreditável. Sobre os lançamentos. Além do vídeo clipe que já está circulando na internet, vocês também lançaram um DVD ao vivo em Santiago, Chile. Sendo este show de 2007, quais os motivos de ofertar somente agora, três anos depois? O DVD é uma espécie de agradecimento e homenagem a todos os thrashers sulamericanos pelo apoio incondicional nesses anos todos. Inclusive, estamos vendendo ele por um preço bastante acessível, apenas “quinze lascas”. O vídeo é talvez o registro e maneira de celebrar a louca aventura de quando largamos nossas vidas em Brasília e passamos um semestre inteiro viajando com a Violator em 2007. Não há nenhuma superprodução de estúdio nesse material, apenas a captação da descarga de adrenalina que tentamos promover em cada show e da paixão que temos pelo Thrash Metal. Esse show do Chile, talvez tenha sido um dos melhores de nossas vidas e o que, consequentemente, melhor consegue captar o que foram aqueles dias intensos de 2007. Espero que as pessoas sintam ao menos uma fração do que sentimos. Para finalizar, 2011 começou. Planos, alguma turnê brasileira à vista? Deixe uma mensagem para os nossos leitores e convide-os para vê-los logo mais em Recife, no Abril Pro Rock. Sucesso! Por enquanto nenhuma turnê brasileira no gatilho. Gostaria muito de voltar para o Nordeste para umas turnês, como fizemos em 2004, 2005 e 2007. Esse é provavelmente o lugar mais legal do mundo para se fazer uma turnê. Infelizmente, como só temos um mês de férias por ano (todos possuem trabalhos regulares durante a semana) creio que em 2011 iremos para uma turnê no México e na América Central. Espero que dê certo. De qualquer maneira, temos vários shows marcados, com o DRI, Hirax e viagens pelo Brasil, inclusive algumas capitais que ainda não conhecemos, como Rio Branco e Porto Alegre. Bem, só queria agradecer a todo mundo que de alguma maneira apóia a Violator. Obrigado de verdade por todo o suporte. Mantenham o espírito underground! UFT!
Perfil RM
A perfilada do mês não poderia ser outra. Kedma Villar, que já foi capa, agora falando um pouco mais de suas experiências e curiosidades. Saiba mais sobre ela!
Apresente-se Em 1985, quando a Cidade do Rock foi apresentada ao mundo e visitada por grandes nomes da música mundial, eu (então com 12 anos) tive uma revelação: tinha nascido para o rock e o heavy metal tinha sido criado para mim. Vendo pela TV bandas lendárias como AC/DC e Iron Maiden, tive certeza que minha vida mudaria para sempre. Na infância, aprendi a tocar violão e manejar outros instrumentos. Com meu pai, aprendi a gostar de Muddy Water, Little Walter, Chuck Berry, Beatles e Raul. Em ’87, entrei para uma banda (Óstia Podre) como baixista, seguindo alguns amigos que compartilhavam da mesma febre. Comecei a tocar bateria e convidei mais duas amigas para formarem um trio feminino de thrash metal, Mortífera (citada na época pela Rock Brigade como a a primeira banda totalmente feminina no estilo). Depois de um hiato de sete anos dedicados à vida acadêmica e com a conclusão de meu mestrado, me mudei para Maceió e montei uma nova banda – CODE - que está na ativa até hoje. A banda é para diversão, afinal seus integrantes são quase quarentões, mas com o mesmo espírito adolescente e o mais importante, amam uma “porrada na orelha”. Já toquei em outras bandas, organizei vários shows, fui em tantos outros e patrocinei 26 Rock Meeting
alguns (como pessoa física mesmo). Sou apaixonada por música e arte, continuo me inquietando perante a oportunidade de participar e contribuir com essas áreas. Já escrevi resenhas de shows grandes e importantes como do Metallica no Parque Antárctica, artigos para fanzines, revistas eletrônicas (Whiplash, SkyHell.net,Rock Meeting) e também para mídia impressa especializada (como a Roadie Crew). Também já tive programa de rádio e TV no início dos anos 90 (Paraíba) e fui do Conselho Editorial de um caderno semanal encartado no O JORNAL (Alagoas), dedicado a crianças. Profissionalmente, sou engenharia elétrica e mestra em Engenharia Biomédica pela Universidade Federal de Campina Grande. Atualmente, sou diretora acadêmica de uma faculdade em Maceió. Além de me considerar uma dedicada esposa, mãe amorosa e excelente dona-de-casa – quando não estou tocando ou “drinking some fucking beers”. Conte-nos um pouco sobre o início de suas primeiras audições de rock. Qual foi a primeira banda de rock/metal que ouviu? Vi os shows do Rock in Rio I pela TV, porém quando ouvi peso, mais atentamente, pela primeira vez, foi na casa de amigos que me mostraram o “Killers” do Iron Maiden e “Show no Mercy” do Slayer. Me identifiquei de cara. Adorei. Acho que a sensação foi de revelação. Tão marcante que lembro de detalhes daquela tarde, de olhar cuidadosamente os vinis e gravar os refrões das músicas. Nunca mais parei de ouvir metal.
Mortífera: é minha banda do coração.
Na segunda edição da Rock Meeting, você nos contou sobre as suas aventuras em Campina Grande. Qual é a lembrança mais forte que tem desse período?
Fim de tarde e todo mundo ia correndo a passos largos para a praça no centro da cidade. Alguns já estavam lá desde o meiodia. A maioria vinha da escola, outros do “trampo” e outros de casa mesmo. Essa ávida correria era para trocar as mais diversas informações acerca de material, ouvir a nova demo de alguma banda ou simplesmente jogar papo fora e sonhar com a possibilidade, mais que remota, de um dia ver o show do Slayer. Independente do calor que fazia, o visual da galera era o mesmo: jeans extremamente justos enfiados em enormes canos longos brancos, camisetas com os ídolos da época, Death, Bathory, Kreator, Metallica, Anthrax, Possessed, Destruction (geralmente eram pintadas à mão, pois não se tinha acesso a catálogos com facilidade e sempre existia um artista na turma); um “jack” (jaqueta) com um enorme patch nas costas (um dos mais clássicos era o do Exodus, com os bizarros gêmeos bonded by blood); um sem número de bottons; cinto de balas e uma enorme cabeleira. Cada um chegava com alguma coisa nas mãos - fitas cassetes, vinis, pictures (LPs cujos covers eram fotos ou ilustrações), o último fanzine de Brasília ou de São Paulo, pôsteres, “flyers” de um milhão de bandas do Brasil ou do exterior, e claro, um tocafitas O cenário descrito acima se repetia diariamente e acontecia em Campina Grande, um dos lugares mais undergrounds da região, a Meca dos headbangers tabajaras, na longínqua e discriminada Paraíba. Mas poderia ser em qualquer outra cidadela do Nordeste, pois nele existia uma verdadeira legião de bangers. Todos por volta dos 15 a 20 anos. Então, ainda sobre o seu passado na Paraíba. O que representa a banda Mortífera para você? O que tirou de bom desta fase? É minha banda do coração. A Mortífera fez grande sucesso na região nordeste, tocando em várias cidades e contribuindo para mudar o cenário local, dominado pelo universo masculino. Acho que serviu principalmente para as meninas serem levadas a sério. Até então, a participação das garotas no Metal era no papel de groupies. O melhor dessa fase foi viajar e conhecer muita gente legal nos lugares onde tocamos. Amizades que ficaram até hoje. Atualmente, está se aventurando num site de relacionamentos, e criou a comunidade 'Metal Forces'. Muitos de seus amigos estão participando ativamente, como se sente ao reunir todos aqueles que conviveram contigo? O Metal Forces é uma mesa de bar virtual (como bem definiu minha amiga Elizângela, exMortífera). De repente, a rede nos possibilitou revisitar “a praça do centro da cidade” de forma virtual, pra fazer as mesmas coisas: falar sobre música e jogar conversa fora, como antigamente. Como a maioria dos membros do grupo não se falavam há tempos, todo mundo está empolgado, postando freneticamente. E os novos amigos adicionados ao grupo também gostam porque podem ter acesso a velhas bandas ou rir de fotos antigas. Muito legal. 27 Rock Meeting
o Rock não só em Alagoas, mas no mundo, se modificou com o passar do tempo. Quais as mudanças mais notórias na usa opinião da década de 80's até hoje? Musicalmente, há muita fusão de gêneros. O que mudou essencialmente foi a logística de divulgação de uma banda (o acesso às músicas é imediato), além das novas tecnologias de aparelhagem e gravação. Se hoje é difícil emplacar uma banda de som pesado, há 20 e poucos anos atrás, as dificuldades se multiplicavam ao infinito. Os problemas começavam com os equipamentos, era dificílimo alguém ter algum instrumento importado e os nacionais não eram apropriados ao peso que se queria obter, sem falar que tudo era muito caro. Não existiam estúdios para ensaio, então as bandas se dispunham a ensaiar nos lugares mais inóspitos, sempre com uma total desaprovação da vizinhança. Mas, como tudo era difícil, mais esperado, era muito mais valorizado. Hoje fazemos um download que descartamos rapidamente mediante um novo link e às vezes não damos o tempo necessário para a devida apreciação. Com o advento da tecnologia ficou mais fácil ter acesso às bandas novas e as já conhecidas. Antes do MP3 e toda tecnologia atual, como faziam para conhecer bandas novas? Noa anos 80, a internet só existia no Pentágono. Nos comunicávamos com o mundo através de cartas, mas no volume dos atuais e-mails. Recebíamos e enviávamos uma enorme quantidade de correspondências (uma média de 60 por dia), e como também não tínhamos grana, desenvolvemos vários métodos de reaproveitamento dos selos postais (vez ou outra, éramos chamados pela Agência Central dos Correios pra levar uns puxões de orelha). Os fanzines eram essenciais. E, assim, ficávamos a par das novidades do underground naquela época, é certo que a defasagem de tempo às vezes era de seis meses do lançamento de um disco ou de um show em vídeo-cassete, pois não haviam lojas especializadas, as skate/ 28 Rock Meeting
surf shops e que vez ou outra recebiam algum disco interessante. Por exemplo, para se comprar um LP importado (como o do Celtic Frost), se telefonava para alguma loja em São Paulo e fazia-se a encomenda, que nem sempre chegava inteira, isso depois de uns três meses do pedido. Ainda na música. Qual é o top 5 das músicas que você tem ouvido. Vou listar as cinco últimas que ouvi agora da minha playlist : 1- Onslaught – The Sound of Violence (novo trabalho da banda oitentista – muito bom!!!) 2- Destruction - Day of Reckoning (nova música do velho Destruction) 3- Trivium – Shattering The Skies Above (umas das melhores bandas atuais) 4- Motorhead – Born to Lose (do novo álbum de nosso anti-herói Lemmy) 5- Acid Witch - Sabbath of the undead – (stoner metal – baixei pra conhecer a banda – também gosto desse estilo) Saindo totalmente da música, certa vez saiu uma matéria, há algum tempo, sobre sua coleção de sapatos. Conta um pouco mais sobre essa mania. Essa história de mulher centopéia veio com a idade. Usei tênis e coturnos por toda a adolescência, mas me rendi ao fetiche dos saltos. Os sapatos me tornam mais feminina e dizem muito sobre minha personalidade e estado de espírito. São meus acessórios preferidos. Para finalizar, o que todos esperam saber: quando é que a Code vai se apresentar novamente? Sucesso e queremos vê-la nos palcos novamente! Boa pergunta! A Cruor nos convidou para tocarmos juntos no Bomber Bar em Recife. Acho que vai ser em Maio. Em Maceió, ainda não sabemos. Ia rolar um show que foi cancelado. Vamos torcer que seja o mais breve possível. Um grande abraço em todos os leitores da RM. Nos vemos batendo cabeça por aí!
Eu
Estava Lá
As fotos desta edição vai um pouco além das divisas de Alagoas. Na capital federal, a Rock Meeting foi representada por Pei Fang Fon que foi cobrir o show da cantora lírica Tarja Turunen, da turnê 'What Lies Beneath Brazil'. Fotos realizada no Clube do Rocha, em Brasília, no dia 15 de março de 2011. Mais fotos: www.flickr.com/poifang