Em tempos de Copa, o brasileiro é miserável A Copa vem aí e com ela o ‘esquecimento’ do que estamos vivendo. Uma crise política, sem tamanho, e desordem em todos os lugares. Estamos sem rumo nesse mar de incertezas à espera de um futuro melhor. O espetáculo maior do futebol é o sonho de muitos garotos que desejam seguir nessa profissão, a diversão de quem acha que entende do esporte, e o artifício perfeito para o governo e políticos, cheios de falhas, mudar o foco dos nossos problemas por algumas semanas. Quase que tudo parece bem. É impressionante. Mas quando tudo acabar, os problemas voltam também, até porque nunca foram embora, estavam apenas no escanteio. Todos nós queremos viver melhor, viajar mais, tirar o melhor proveito da vida, além de trabalhar. Vários verbos no infinitivo podem definir os nossos desejos. O Brasil é um país belo, em muitos sentidos. Temos problemas que apenas nós podemos resolvê-los. Mas sinto que falta coragem. Há sempre algo que nos impede de fazer o que é preciso. Só sabemos reclamar, tentar impor nossas “opiniões” e difundir ódio, barbárie,
ajudando a alimentar um espetáculo de horror. Chega a ser ridículo o que vemos nas redes sociais... No meio do rock, comemoração de fim de banda. Onde já se viu? O brasileiro tem se comportado de forma miserável. Não na sua totalidade, claro. Mas parece cada vez mais difícil mudar as coisas. Tudo sendo desfeito por bobagens como políticos. Antigamente vivíamos muito bem tentando respeitar o outro com as suas diferenças. Convenhamos: o mundo seria muito chato se fosse igual, por isso é preciso que haja diferença. Só que o respeito deve vir junto. O desrespeito tem gerado muito mais do que uma discussão em rede social (antigamente era no bar, na casa dos amigos) – hoje se faz anonimamente, por trás de celular, no virtual. Vez ou outra, esse “desabafo, opinião ou piada” extravasa para o mundo real de modo violento e inconsequente. Não temos fórmulas, teorias ou qualquer coisa do tipo para mudar isso, só acreditamos que tudo permeia o respeito. A que ponto chegamos!
06 - Lapada - Fim de banda é para comemorar? 10 - Live - Saxon 16 - Live - Living Colour 22 - Live - Brujeria 28 - Live - Batushka 34 - Capa - Battle Beast 46 - Live - Angra 54 - Live - Primavera Sound 66 - Entrevista - Bluyus 78 - Review - Vídeo 86 - Skin - Orgasmo 92 - Entrevista - Amen Corner 96 - Live - Ozzy 104 - Matéria - Polemik HC
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DIREÇÃO GERAL Pei Fon CAPA Alcides Burn Jonathan Canuto
COLABORADORES Bruno Sessa Edi Fortini Marcos Garcia Marta Ayora Mauricio Melo Renata Pen Samantha Feehily
CONTATO contato@rockmeeting.net www.rockmeeting.net
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Facebook é uma excelente fonte de informação (e inspiração). Não há um mês em que as reações dos fãs de Metal me decepcionem (ironic mode on). Escreve estas linhas em uma tarde de domingo, após o feriadão de Corpus Christi de 2018. Basta dizer que duas bandas muito conhecidas anunciaram o fim de suas atividades: por aqui, o Matanza; lá fora, o Burzum. É claro que ninguém é obrigado a gostar das bandas, mas me pergunto qual o sentido nas comemorações que eu vi. Sim, muita gente comemorou o fim de ambas, e isso muito me preocupa. Especialmente no que tange a alienação dos fãs de Metal em relação aos fatores comerciais que cercam a música e impulsionam todo um setor da indústria do entretenimento. O Burzum é envolto em questões políticas. Tal qual Graveland e outros, é um gru-6-
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po (na realidade, uma “one man band”) perseguido pelo setor antifa no Metal. Concordo que convicções nazistas são algo degradante, mas particularmente, sou dos que ouvem a música e deixam a política para lá. Em geral, antifas são fanáticos, e como um touro ao ver a cor vermelha, só pensa em atacar, não em pensar por si mesmo e entender que quem ouve a banda pode nada a ter com a ideologia de Varg (mesmo porque, até onde me consta, as letras do grupo são focadas em paganismo nórdico). Aliás, ser antifa dentro do Metal é ser motivo de risadas, pois a liberdade de expressão é um direito de todos, mesmo que os antifas não gostem muito. Aliás, acho que são tão ditatoriais quanto a ideologia a qual se opõem. No caso do Matanza, a questão empresarial entra em cena com toda força. O grupo ganhou popularidade com seu trabalho e tem uma imensa legião de fãs no Brasil inteiro. Mas há algo interessante: o grupo tinha seu próprio festival, o Matanza Fest, e cansou de convidar bandas de Metal para integrarem o cast. Desta forma, parando, muitas bandas perdem a chance de alcançar um público maior. Além disso, quem já viu a banda ao vivo ou algum vídeo, já reparou nas camisas que o guitarrista Donida usa? Dark Funeral, Darkest Hate Warfront... Só bandas de Metal! O Matanza usou a fama que tinha para dar uma força a muitas bandas de Metal. -8-
Isso sem mencionar que o Matanza trouxe inúmeros fãs mais jovens que acabaram vindo para o Metal, e que como reza a tradição burra do gênero, eles viraram as costas à banda e passaram a falar mal. Cuspir no prato que se come é uma constante ridícula no Metal, sempre foi e sempre será. Nos 80, o Glam Metal foi porta de entrada para muitos, e depois, no radicalismo da época, fizemos isso (eu fiz, e tantos outros também); nos 90, foi o Grunge (se bem que eu não gostava, e continuo não gostando, mas deixo para lá, não me interessa porque falo do que eu gosto), e hoje, o Matanza e bandas de New Metal pagam a conta. Quando vão deixar de ser crianças? E agora, parando, quem irá ocupar o lugar deles? Em ambos os casos, me entristece ver o quanto o headbanger, seja antifa, protifa ou PATIFA, ou quando não gosta de uma banda, é capaz desse tipo de atitude contraproducente. Cresçam, aqui não é a sua sala de aula com seu professor doutrinador, e muitos de meus contemporâneos não são portadores de verdades absolutas. Nem eu o sou! Se pensarem, a perda do Matanza é triste para o Metal. Perdemos algo, e em termos de RJ, as coisas podem ficar ainda piores. Aprendam a pensar além do próprio umbigo, por favor! -9-
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Texto e Foto Bruno Sessa
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banda inglesa Saxon retornou ao Brasil para uma apresentação única, com ingressos esgotados, no Tropical Butantã, em São Paulo. A abertura ficou por conta do sexteto brasileiro Armored Dawn, formada pelos competentes músicos: Eduardo Parras (vocal), Timo Kaarkoski e Tiago de Moura (guitarras), Fernando Giovannetti (baixo), Rafael Dagostino (teclado) e Rodrigo Oliveira (bateria), fazendo o aquecimento para o grande público presente que já ocupava a casa de show, deixando-a intrafegável. O Armored Dawn vem se destacando cada vez mais com a sua sonoridade heavy metal e seu aspecto viking, divulgando seu recém lançamento “Barbarians in Black”, fizeram um show harmonioso, proporcionando atender bem a expectativa dos fãs que aguardavam pela banda principal. A lendária Saxon entrou no palco pontualmente, muito bem recepcionada pelos calorosos fãs, que ultrapassavam a marca de 2000 pessoas, em um Tropical Butantã completamente lotado. Biff Byford (vocal), Paul Quinn e Doug Scarratt (guitarras), Nibbs Carter (baixo) e Nigel Glockler (bateria) iniciaram - 12 -
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o show com a faixa homônima do álbum lançado neste ano, “Thunderbolt”, dando sequência para “Sacrifice” e a macabra “Nosferatu (The Vampires Waltz). O Saxon apresentou músicas de diversas fases de sua extensa carreira, passando por “Wheels of Steel” de 1980, “Denim and Leather” de 1981, com as músicas “And the Bands Played On”, “Never Surrender”, o clássico “Princess of the Night” e também “Power & the Glory de 1983, dando destaque para o frontman Peter Byford que representa o Saxon há 40 anos, com muita energia e vitalidade. Apresentada também nesta noite, uma das músicas do novo álbum, “They Played Rock And Roll” foi composta em homenagem ao Motörhead, após o falecimento do baterista Phil Taylor e o vocalista e baixista Lemmy Kilmister. Vale destacar também o cover do Christopher Cross, “Ride Like the Wind”, faixa de abertura do álbum “Destiny”, muito bem aceita pelo público. Com mais de duas horas de show, um repertório repleto de clássicos e por muitos já considerado o melhor show de 2018, o Saxon mostra o porque desde 1976, e agora com seu 22º álbum de estúdio, é uma banda notável e muito expoente do heavy metal mundial.
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Texto e Foto Bruno Sessa
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om mais de três décadas de existência, a banda americana Living Colour retornou ao Brasil na noite de sexta-feira (11), com sua fusão de funk e metal em uma apresentação intimista no Tropical Butantã, em São Paulo. Em sua atual formação, Corey Glover (vocal), Vernon Reid (guitarra), Will Calhoun (bateria) e Doug Wimbish (baixo), lançaram recentemente o álbum “Shade”, oito anos após o antecessor “The Chair in the Doorway”. A introdução contou com a agitada “Running with the Devil” do Van Halen, onde os integrantes aos poucos entravam no palco, saudando o público presente. Na sequência, para abertura do show, o cover de Robert Johnson “Preachin´Blues” e a frenética “Middle Man”. Além do já citado, o repertório contou com outros diversos covers: “Memories Can´t Wait” do Talking Heads, “Who Shot Ya? ”do The Notorious B.I.G., “Get Up (I Feel Like Being a) Sex Machine”, de James Brown, e também “Rock and Roll” do Led Zeppelin. A única música apresentada do novo - 18 -
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álbum foi a agitada “Freedom of Expression (F.O.X.)”, e obviamente, os maiores sucessos não ficaram de fora, a música que não deixa o ritmo cair “Type”, e a ganhadora do grammy em 1990, a mais esperada pelos fãs “Cult of Personality”. Destaque para o solo de bateria destruidor de Will Calhoun, que usou baquetas neon, fazendo uma bela apresentação visual. Após 30 anos de uma extensa carreira musical, Corey Glover continua com uma potência vocal e uma energia deslumbrante, fazendo com que o Living Colour ultrapasse barreiras com o seu gênero, que desde a década de 70 é um dos mais ouvidos no mundo inteiro. Seus competentes músicos demonstram com seus instrumentos uma qualidade sonora absurda, no andamento de um show que supera expectativas em profissionalismo e musicalidade.
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Texto e Foto Bruno Sessa
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Brujeria retornou ao Brasil para um encontro histórico junto com o Krisiun, na nova casa de shows, Espaço 555, no Centro de São Paulo, organizado pela Agência Sobcontrole. Com o cenário caótico pronto, o Krisiun, um dos maiores nomes da história do death metal brasileiro, iniciou o show que marca o encerramento da turnê do décimo álbum de estúdio “Forget in Fury”. Um show cru, mas muito bem executado fez a abertura da noite. O setlist composto por 12 músicas aqueceu bem o público que já lotava a estreante casa, com diversos agradecimentos do vocalista/ baixista Alex Camargo pelo apoio dos fãs na extensa trajetória da banda. Com um pouco mais de uma hora de show, o trio finalizou sua apresentação, que contou com as principais faixas: “Combustion Inferno”, “Blood of Lions”, “Kings of Killing”, e também um cover destruidor de “Ace of Spaces” do Motörhead. O visceral Brujeria regressou ao país dois anos após a polêmica turnê “F**** Donald Trump”, trazendo suas composições pesadas, cheias de referências com descaramento, satanismo, sexo, política e violência para o palco do Espaço 555.
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A performance devastadora se iniciou com uma criança de 6 anos com lenço no rosto entrando no palco para anunciar o grande show da noite. Foi com a inquieta “Cuiden a los niños” que o Brujeria surgiu no palco, gerando uma insanidade total que se instalou em cada canto da casa de show, ficando pequena para o caos generalizado repleto de rodas de pogo e moshs por todos os lados. Na sequência, foram tocadas as músicas: “La ley de plomo”, “El desmadre”, e “Colas de rata”. Como de costume, com os rostos cobertos por lenços, a formação desta turnê tem somente um integrante da formação original, o vocalista Juan Brujo, que vem acompanhado por El Sangrón (vocal), Hongo Jr. (bateria Nick Baker, Cradle of Filth, Dimmu Borgir), El Criminal (guitarra – Anton Reisenegger-Pentagram, Lock Up), e Patrick Jensen (baixista – The Haunted). O público não parou por nem um minuto e o repertório contou com músicas que passaram por todos os álbuns lançados pelo Brujeria desde 1993: “La Migra”, “Raza Odiada”, “Brujerizmo”, “Satongo”, e a música lançada em EP: “Viva Presidente Trump!”, que critica vigorosamente o presidente dos EUA e os atos propostos no seu governo. Encerrando a brutal apresentação, o Brujeria entra no palco empunhados de facões, dando abertura para atender aos pedidos dos fãs tocando a incessante “Matando Güeros”, e logo em seguida a cômica versão de Macarena que faz apologia a maconha: “Marijuana”. Uma noite de muito grindcore de qualidade, que explica o porquê a banda mexicana-norte americana sempre lotar seus shows em todas as suas passagens pelo Brasil, sendo referência na cena mundial e mantendo sempre suas raízes com um encaixe perfeito de cinismo e agressividade. - 26 -
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Texto e Foto Edi Fortini
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o dia 18 de maio, os poloneses do Batushka fizeram sua primeira apresentação no Brasil, no Fabrique Club, em São Paulo. Divulgando seu primeiro álbum lançado em 2015, “Litourgiya”, fãs encheram o local desde muito cedo, disputando acirradamente os ítens de merchandising que vieram junto com a banda. Muitos certamente não esperavam essa movimentação toda perante a banda, mas foi uma grata surpresa, o que demonstra também a competência em toda a produção que realizou o evento. Apesar de ainda recente, o Batushka permanece misterioso, com sua formação mantida em segredo, já que os integrantes se apresentam com uma túnica negra e uma máscara no rosto. Diversos fãs especulam acerca das reais identidades, com teorias de que são membros de outras bandas conhecidas do black metal europeu, porém até o momento o segredo permanece. O nome original do grupo no alfabeto cirílico Батюшка e significa “padre”, o título do álbum e refere ao conjunto de ritos de uma missa, assim como os títulos das canções (“Yekteníya” tradução de “ladainha” (preces litúrgicas em forma de curtas invocações a - 30 -
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Deus), porém a banda não se rotula como black metal e se diz ser algo além de termos que possam limitar suas canções. A turnê recente, denominada “Pilgrimage 2018”, teve início na Polônia, passou pela Escandinávia antes de embarcar para a América Latina, que contou com dez shows da banda, sendo o Brasil o primeiro da América Latina, antes de países como Argentina, Chile, Colômbia (com 3 datas!), dentre outros. Em São Paulo, o show contou com um pequeno atraso, mas que logo foi esquecido assim que os integrantes adentraram o palco - e que palco bem produzido! Com uma longa intro, o vocalista integra o cenário e manobra um incensário, que foi sentido pela casa inteira. As músicas de “Litourgiya” foram apresentadas em ordem, na íntegra e o show dura exatamente o tempo do álbum. Neste tempo os integrantes estão todos concentrados, não há interatividade verbal com a plateia, mas a troca de energia é intensa, como num verdadeiro ritual. É difícil descrever em palavras a sensação, mas o Batushka certamente está na lista de shows do ano. Para não dizer que não houve um único ponto fraco na noite, este se deu pela irresponsabilidade de muitos fãs que permaneceram o tempo todo com seus celulares levantados atrapalhando as outras pessoas do local e conversando o tempo todo. Esses fãs não entenderam a magia do ritual, que requer imersão total com a apresentação no palco.
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Texto e Fotos Pei Fon | Tradução Renata Pen
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m festival nos dá a oportunidade de conhecer muitas coisas boas. No 70000 Tons of Metal não poderia ser diferente. As bandas renomadas já estavam sendo anunciadas quando uma novata entrou no circuito. Falo da banda finlandesa Battle Beast. Uma banda rasoavelmente nova, porém com uma bela bagagem: doze anos de estrada, quatro full e uma animação no palco sem igual. A banda é formada por Noora Luohimo (vocal), Eero Sipilä (baixo), Janne Björkroth (teclado), Pyry Vikki (bateria), Juuso Soinio e Joona Björkroth (guitarras). Tive a oportunidade de trocar algumas palavras com a vocalista da banda, Noora Luohimo. Quem iniciou com as perguntas foi Noora, quis saber de onde viemos e logo começou a cantar “Garota de Ipanema”, música clássica da Bossa Nova. E cantou muito bem, vale ressaltar. Ela nos recebeu muitíssimo bem e preparou o clima super divertido e engraçado para a entrevista. A impressão que fica é que é uma pessoa que você gostaria de ter em seu ciclo de amizades. Quem sabe? Entre música, maquiagem, presente e futuro, leia o que conversei com Noora. - 36 -
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Conheci Battle Beast quando o 70k foi anunciado. Foi uma grande surpresa pra mim. Já faz mais de dez anos que a banda começou e isso foi quando a tecnologia (rede social) estava passando por mudanças. Que diferenças você pode notar até agora? Está mais fácil? Bem, estou nesta banda desde 2012, então eu acho que estou vivendo desde 2008 com as redes sociais. As pessoas sabem como usar e elas estão se desenvolvendo o tempo todo e deixando mais fácil o contato com os fãs eas pessoas que querem Battle Beast para seus festivais e tudo mais . Acho muito legal podermor ter recursors diferentes para contactar as pessoas. Sei lá, está ficando mais fácil, especialmente quando o Instagram apareceu, é um jeito mais rápido porque as pessoas podem ter fotos e videos instantaneamente. É a maneira que sinto , Instagram por exempl é como se você pudesse ter um blog ou um photo blogs , stories, não necessariamente sobre sua banda ou um artista, ou sobre o que você faz,fora do trabalho, então é muito legal. As pessoas realmente gostam de se conectar. Muitas meninas perguntam: “Você sabe alguma coisa sobre a maquiagem? Preciso saber sobre a maquiagem.” Eu normalmente faço estes videos de maquiagem no meu canal do youtube Noora Louhimo Oficial , você pode ir lá e se inscrever e ver o que eu tenho feito. Eu ativei a conta recentemente e há apenas um vídeo de tutorial de maquiagem até agora. Eu realmente gosto de fazer maquiagem e tutoriais para cabelo, sabe? Contar histórias sobre meu visual diferente, vestidos e fantasias para os shows. Então, vou fazendo algo para mostrar para as pessoas o que estou usando porque esse visual todo é muito importante para mim. E especialmente para o show business é muito mais importante - 39 -
porque as pessoas atualmente não têm comprado muitos cds, logo penso que é por deveras importante se esforçar no seu visual, também encantar, tudo que possa manter a chama do show business viva. É o realmente temos para conseguir bons shows. “Bringer of Pain” foi lançado em 2017 e logo estava entre os melhores na lista da Rock Meeting. Como tem sido o feedback do público sobre isso e quais foram os resultados? Bem, por enquanto ele é o melhor álbum para nós e fomos nomeados na Finlândia como o melhor álbum do ano na verdade. Nós ganhamos um prêmio chamado EMA. È realmente ótimo ser nomeado e ganhar. “Straight to the Heart” tem uma vibe incrível. Há algum personagem por trás dela? Ela foi escrita por nosso baixista na verdade, eu acho que foi uma boa ideia que a música te dá um bom sentimento, por isso decidimos em tê-la no começo do setlist. Temos feito isso desde o começo da turnê com este novo álbum e “Straight to the Heart” vai ser a primeira música. É isso que eu posso falar sobre nosso show. Gosto muito desta música! Brasil. O que você sabe sobre a cena brasileira? Deixando os clássicos um pouco de lado, como Sepultura e Angra, o que mais você conhece? Sinto muito. Eu não tenho nada na minha cabeça. Você tem alguma recomendação? Sim, Nervosa, elas tocam Thrash Metal, elas são incríveis. Krisiun which is Death Metal, eles tocam muito rápido, outra banda is Rebaellion que parecida com Vader. - 40 -
Parece familiar. Ok, Preciso ver isso. Nós brasileiros consideramos a Finlândia a terra do metal. Você concorda com isso? Como é a cena metal? Bem, eu acho que eu é bem legal quando podemos ver bandas de Heavy Metal sendo nacionalmente sendo premiadas, o que não acontece em todo país. É um bom exemplo do quanto as pessoas apreciam o Heavy Metal na Finlândia e está aumentando e não é uma tendência gostar do tipo de música na Finlândia, mas eu acho que não está crescendo de novo. Felizmente, para nós, claro, mas eu acho que é também porque hoje em dia bandas de Heavy Metal tem começado a ser influenciado pelo pop e combinar... Como o The Rasmus? Sim, e eu realmente gosto disso, sabe? Como cantora eu realmente gosto de misturar estilos e em nossa banda o lance é misturar as coisas e colocar no som de Battle Beast. Ainda falando sobre a cena. É possível viver somente de música na Finlândia ou vocês têm empregos ou projetos paralelos? Sim. Eu mesma sou musicista em período integral. Faço minhas próprias coisas, covers. Mas falando em Finlândia e, claro Battle Beast, você pode definitivamente viver como músico apenas. Também gostamos do nosso governo. Eles apoiam bandas que estão em um selo. Por exemplo se você está para sair em turnê, você pode solicitar um suporte para isso, então temos todo tipo de apoio vindo deles. É muito bom! Sei que não acontece isso em outros países. Estou realmente grata por ter nascido na Finlândia e posso ter um trabalho dos sonhos. Outros membros do Battle Beast também são musicistas em tempo integral e alguns fazem suas coisas pessoais, por exemplo: O guitarris- 41 -
ta é engenheiro em T.I.. E Pyry nosso baterista é um bombeiro, massagista, um modelo de homem. Sei lá, acho que ele só faz isso. Eu ensino canto, performance e como ser artista. Eu comecei este conceito recentemente. Chama se “Sing like a Beast”, é para passar conhecimento e ter workshops onde as pessoas aprendem como usar suas vozes e como se apresentar em um palco. É muito bom fazer isso e eu gosto de compartilhar todo o conhecimento que sei sobre a carreira de artista.
música é a melhor maneira para mostrar as pessoas seus sentimentos e falar sobre coisas de uma maneira mais fácil e aproximar as pessoas através da música, por exemplo, se há uma catástrofe ou uma crise no mundo ou até mesmo na sua própria vida, com a música as pessoas podem se unir por causa das mesmas causas. Eu acho que a música é a melhor maneira e todos entendem. Mesmo se você não não entende a letra e se a música está em qualquer língua você pode sentir.
Heavy Metal é político, gosta de críticas, fala sobre a pobreza, dor, medo e morte. È difícil falar sobre amor? Headbangers também amam? Não, nós somos todos amor. Eu acho que a
Noora, o que a levou a cantar? Qual foi sua inspiração e como você cuida da sua voz? Bem, isso é uma longa história (risos). Escreverei um livro um dia. Pra encurtar a história. - 42 -
Quando eu tinha 4 anos eu já sabia o que eu queria, ser uma artista e cantar, mas eu tentei coisas diferentes para me expressar . Eu costumava dançar e ir na aula de circo com meu irmão, mas eu acabei cantando e me apresentando, foi o melhor jeito de expressar a mim mesma e meus sentimentos. Eu tenho muita influência, na verdade Heavy Metal foi a última coisa que fiz como cantora. Eu gosto da minha primeira influência que foi Whitney Houston, Bonney Tyler e Areta Franklin. Comecei cantando Soul Music e Power Ballads e em algum ponto me familiarizei com o Blues e Jazz e senti uma conexão com o Blues e tudo veio dali. Janis Joplin é definitivamente minha grande influência. Pessoalmente, como cantora ela foi a primeira
vocalista que me mostrou que eu posso. Quando Heavy Metal veio pra minha vida, acho que quando eu tinha 16, a primeira música foi “The Trooper”, e Bruce Dickinson é o “Ultimate male idol” como artista para mim, assim como Dio. Os gritos de Rob Halford são... nossa! Tenho muitas influências. Meu objetivo é usar estas influências, claro, e combinar do meu jeito, cantando e mostrando isso tudo. Top 5 – Quais são as bandas novas que você acredita que vão fazer sucesso pelo mundo? Battle Beast? Ah, sim, claro! (risos). Nosso principal objetivo para conquistar o mundo e nós faremos isso enquanto estivermos respirando e sobre outras bandas, há uma japonesa chamada - 43 -
Gyze. Eles estavam em turnê conosco ano passado. Uns caras bem legais, cheios de amor... E acho que eles têm um grande futuro. O que mais? Eu não conheço bandas novas. Bem, eu gosto de Swallow the Sun, embora não seja uma banda nova, sempre vou amar o som deles e a coisa toda deles.
ção. A nova onda do Heavy Metal. Tem uma nova geração de jovens, bandas de rock que fazem o mesmo tipo de música que Led Zeppelin ou AC DC e eles fazem o mesmo. Os cantores cantam quase da mesma maneira ou muito próximo. Eu realmente gosto quando eles trazem esse old school para o presente. Eu acho que estamos num lugar seguro. O bom legado do Hard Rock e Heavy Metal continuarão e, por exemplo, nesse cruzeiro temos o cuidado nisso. Todos somos parte disso tudo.
Esta pergunta estou fazendo a todos. Slayer anunciou que vai se aposentar. Já pensou quem vai continuar essa geração? Black Sabath, AC DC e Motorhead , todos pararam. Nós vamos (risos). Tem um monte de bandas vindo ou já estão fazendo acontecer. Nós somos parte da próxima geração e estou muito feliz na verdade por fazer parte desta constru-
Obrigada. Por favor deixe seu recado para nossos leitores. Obrigada pela entrevista. Espero vê-los no Brasil. Agora terei que aprender algumas sentenças em português. - 44 -
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Texto Pei Fon | Foto Marta Ayora
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pós algumas mudanças na formação, houve quem ditasse a morte do Angra, apontando brigas, falhas e os erros por continuar com o novo projeto. Devido a essas mudanças, a banda paulistana passou por altos e baixos, soube se reinventar. Quando “Secret Garden” saiu, havia a desconfiança de como Fabio Lione iria soar. Mas sua voz caiu nas graças de todos, até de quem não era fã. Agora com “Omni”, a banda mudou novamente e segue na ousadia sonora. Quem imaginava ver Sandy cantar heavy metal? O Angra conseguiu esse feito. “Omni” foi lançado em fevereiro desse ano e os caras já caíram na estrada com uma penca de shows por vários lugares do mundo. A agenda está cheia, e com datas para o Brasil. Dentre elas, estivemos na apresentação que aconteceu em São Paulo, antes da gravação do DVD em julho. Show A expectativa para a primeira apresentação do novo trabalho era grande. Todos queriam saber como as novas músicas do Angra - 48 -
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iriam soar. Mas antes que isso pudesse acontecer, a banda Tuatha de Danann abriu os trabalhos. A banda de folk metal mostrou seus dotes, podemos até dizer que são os pioneiros nesse quesito. Com um setlist curto, eles fizeram o pessoal no Carioca Club dançar. Banger também dança, tá? O frio estava forte, a galera tava lá... Só faltou o hidromel e uma fogueira. Apesar dos poucos minutos no palco, ainda deu tempo para uma participação especial. Mayara Puertas, vocalista do Torture Squad, deu o ar dar graça para abrilhantar o show dos rapazes, finalizando a linda apresentação do Tuatha. Ficou o gostinho de quero mais. Sobre o show do Angra? Vamos lá. Pontualmente, a galera subiu ao palco. A mudança do local da apresentação foi em cima da hora, mas parece ter ajudado que mais fãs pudessem ir ao show. O Carioca Club é espaço já conhecido por receber os shows de Metal e, segundo a organização, deu sold out. A banda começou o show dentro da sua zona de conforto, com “Nothing to Say”, que foi cantada a plenos pulmões. Os caras ainda estavam tímidos no palco, aguardando o aquecimento necessário para se inserir naquele meio. “Travelers of Time” foi a primeira do “Omni” a ser executada. O engraçado é que fã que é fã já está com a música na ponta da língua. Geral cantando como se fosse um clássico. Não é a toa que o Angra é uma das maiores bandas brasileiras do segmento e, pela legião de fãs que tem, não seria difícil imaginar que os seus já soubessem cantar as novas músicas. E assim seguiram com “Angels and Demons”, “Newborn me”, “Time” e levantaram o astral do público com “Light of Transcendence”. “Acid Rain”, “Storm of Emotions” (a minha preferida do “Secret Garden”), e “Insania”, que foi muito legal de ouvir ao vivo. Hou- 50 -
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ve um breve descanso, menos do Bruno Valverde, que mostrou um pouco do que sabe no seu solo na bateria. O momento que “paga o ingresso” foi ver “Black Widow’s Web”, a música em que a Sandy participa junto com Alissa White-Gluz (Arch Enemy). Ok, não tinha a filha do Xororó, mas tinha Rafael Bittencourt. Ele cantando a parte da moça foi um tanto hilário, tirou risos da galera, inclusive dele mesmo, aquele risinho no canto da boca, mas ele cantou e não
poderia parar. Você pode estar de perguntando: quem fez o gutural da Alissa? Felipe? Não. Foi o próprio Fabio Lione. Pasmem! Você aí imaginando que ele só canta os vocais limpos, agudos, mostrando sua técnica dos tenores italianos, como faz no Rhapsody, precisava ver esse gutural de Lione. Impressionante! No dia da gravação do DVD do Angra, em julho, pode esperar por isso, caso Alissa não vá, lógico. O show continuou com “Upper Levels”, - 52 -
“Omni – Silence Inside”, “Ego Painted Grey”, “Lisbon”, “Magic Mirror”. Se você está num show do Angra, você já sabe, três músicas não podem faltar no setlist. Se não forem tocadas é porque o show não foi bom. “Rebirth” é uma delas, e deu uma levantada na moral de todos. Afinal, muita gente passou a ouvir o Angra com essa música. Mas se não foi ela, não tem problema. Certamente foi com “Carry On/Nova Era”. O que me chamou atenção foi ter circlepit no
Angra. Minha gente, nunca imaginei ver isso, mas aconteceu do meu lado. Adoro ver a roda se formando e povo se debatendo. O mais legal foi ver a expressão de alegria da galera; alegria que contagia, de verdade. Por fim, Rafael agradeceu a todos e fez um chamamento geral para que aqueles fãs, e muitos outros, estejam na gravação do novo DVD do Angra. E vai ter Sandy, sim! O Tom Brasil vai ficar abarrotado de gente nesse dia, não tenho dúvida! - 53 -
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Texto Ana Paula Soares & Mauricio Melo Fotos: Mauricio Melo (Snap Live Shots)
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alvez tenha faltado um ponto de interrogação no título, mas não queremos levar opiniões para o campo pessoal. Entendemos que o Primavera Sound é um festival pra lá de democrático e é com essa mentalidade que chegamos para fazer essa cobertura e com a mesma saímos do Parc del Fòrum após finalizarmos nossas atividades. A mesma reação de espanto que tivemos ao ver um artista de música minimalista que, em outras edições passaria bem longe do evento devido ao nível de exigência do mesmo, pode ter o público deste (artista) ao ver uma multidão vibrando com o Death/Black Metal do Watain, ou mesmo ao Hardcore de Dead Cross com Mike Patton e Dave Lombardo estremecendo as estruturas do recinto. Exatamente por esse nível de exigência de um público seleto, é que esperávamos mais do cartaz para a edição de 2018. Após 11 edições seguidas cobrindo o Primavera Sound Barcelona e vendo desfilar bandas históricas por seus palcos que, nestes onze anos passou de seis para treze cenários, números que valem para avaliar o crescimento do mesmo - contando - 56 -
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apenas com nossas participações - o que, em algum momento, poderia dar uma balançada. Sabemos que é difícil manter o ritmo e o nível alto sem sofrer algum arranhão. DIA 1 – 31/05 Porém, democraticamente, porque para muita gente o festival foi ótimo e porque gosto não se discute, focaremos no positivismo e pra lá dispararemos nossas vibes. Iniciamos com os escoceses do The Twilight Sad, banda que ficou conhecida por, recentemente abrirem alguns shows do The Cure, incluindo um show especial dos 40 anos de Robert Smith e companhia. Chamam atenção as expressões faciais do vocalista, vibrante com os riffs de guitarra e com suas próprias letras. Se fossem um pouco mais pop diríamos que possuem um quê de Coldplay, mas não é para tanto (no momento). Ainda que na programação figurassem nomes como Sparks e Warpaint, e devido à distancia que nos encontrávamos, decidimos por ir direto ao The War On Drugs que, já não é a primeira vez que visita o festival, mas dessa vez, com um pouco mais de uma década de carreira e cinco discos lançados (incluindo EPs), o sexteto americano fez um dos melhores shows do Primavera Sound e, talvez, tenha salvado o dia para o público que melhor faz o perfil do evento. Isso é, nada de luzes espetaculares, poses, chuva de papel picado ou seja lá o que for. Ali estava um grupo que se dedica a tocar boas músicas, riffs com efeitos Tremulos, Fuzz, Chorus com suas guitarras Gretsch Electromatic, diante de um fim de tarde inspirador. Poucos podiam imaginar quando os primeiros acordes de “In Chains” começaram a soar que ali estaria o brilho do dia. Só passamos a ver com nitidez quando “An Ocean In Between The Waves” que algo especial estava - 59 -
acontecendo, foi como se o público estivesse num universo paralelo e que Adam Granduciel, lídel do The War On Drugs fosse o grande maestro da trilha sonora, o que na verdade foi. Nota 10, merecido para uma banda que vem perseguindo um reconhecimento à altura numa estrada que parece infinita. Bjork atraiu olhares no palco principal do evento e logo depois o eterno mau humorado Nick Cave junto aos seus Bad Seeds também fez a festa da galera. O australiano é nome habitual no evento e não decepciona seu público fiel. Entre um palco e outro matamos curiosidade com o Rostam que tem em “Bike Dream” seu grande hit e em seguida o rapper Vince Staples. Assim como tudo na vida, o rap também mudou, já se foi o tempo das bases calcadas nos anos 70, aquele groove e tal. Hoje o rap é bem mais eletrônico e nesse gênero, Staples e A$AP ROCKY vem dominando o mercado, tendo por base a vibração do bom público que se acotovelava para cantar suas letras, recheadas de palavrões, é claro. DIA 2 – 01/06 A ideia era chegar cedo para conferir o show do Waxahatchee (nome difícil), mas como a banda faria um segundo show no domingo, dia do encerramento do festival, aceitamos o atraso e preferimos dizer que chegamos cedo para o The Breeders. A banda, com formação original, vem apresentando seu novo trabalho de estúdio, do qual apresentou “Wait in The Car” e a música que “All Nerve” que dá título ao disco, mas decidiu dar iniício com tiro certeiro e abriu o set com “New Year” do aclamado “Last Splash”. Outra que fez a cabeça do público foi “No Aloha” além da esperada e celebrada “Cannonball”. Cruzando o descampado até chegar no palco Seat, conferimos Father John Misty, músico que abando- 60 -
nou o badalado Fleet Foxes para sair em carreira solo e ao que tudo indica vai de vento em popa, isso é, para os fãs do folk. Em mais uma mudança de planos forçada, devido à distancia entre palcos e o curto espaço de tempo para o trajeto, trocamos o Mogwai pelo The National. Sim, cometemos esse crime, mas era isso ou nada. Nada contra o The National, até curtimos alguns hits e o show é bem sofisticado, alto nível, um verdadeiro top, mas depois de algum tempo cansa, ainda mais sabendo que visitam Barcelona com certa frequência. Matt Berninger deixou claro que a camisa laranja que usava sob seu luxuoso terno era por campanha ao desarmamento. Dentre as mais aclamadas, não cabe dúvida que “Bloodbuzz Ohio” saiu vencedora. Algo que foi habitual nesta edição do Primavera Sound foi a confirmação de bandas de última hora, como foi o caso de Los Planetas e Skepta. No caso do Ride, a confirmação chegou dois dias antes e foi muito bem acolhido no palco Hidden Stage, que exatamente é conhecido por ter shows secretos. A grande vantagem destes shows, e que combina perfeitamente com um festival deste porte, é ver bandas míticas com setlists curtos e diretos. Sendo assim, os britânicos abriram com “Lannoy Point” e “Charm Assault” duas pérolas do último disco, Weather Diaries. “Seagull” e “Leaving Them All Behind” criando toda uma atmosfera que somente uma banda como essa pode proporcionar. Camadas de distorção, Andy Bell desfilando suas Rickenbacker 330 ao lado de Mark Gardener incrementando o som com uma linda Gretsch deixando o público com um largo sorriso na face. A posição do palco proporciona uma visão espetacular do ambiemte e Mark demorou a perceber que ao lado esquerdo, além do Mediterrâneo, havia uma multidão vibrando no gramado. Para completar, uma linda lua se posicionava no - 61 -
horizonte com um forte reflexo no já mencionado Mar Mediterrâneo e “Drive Blind” ecoou de maneira magistral.
mos em assistir um dia e só um evento como o Primavera Sound pode proporcionar. É claro que o destaque, no que diz presença de palco, fica com Gail Greenwood, ex-baixista do L7 e Throwing Muses. Ainda flagramos Rachel Goswell, vocalista do Slowdive, assistindo ao show ao lado da mesa de som. E foi exatamente no trajeto que, após o Belly, conferimos de perto o Slowdive, lançando o autointitulado álbum, primeiro em 22 anos, e abrindo o set com “Slomo” pertencente ao mesmo. Tocaram também clássicos como “Catch The Breeze” e “Crazy For You” para delírio da legião de fãs. Não assistimos
DIA 3 – 02/06 Terceiro e último dia de festival no formato grande, ou seja, no recinto Parc del Fòrum. Passamos rapidamente pelo palco Mango para conferir o Car Seat Headrest que tem lá seu público. De lá seguimos para o Hidden Stage aonde a banda Belly (mais um grupo clássico resgatado) se apresentou e não se decepcionou. Típica banda que nem sonháva-
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a Slowdive por completo porque o dever nos chamava. Watain baixou no festival com a missão de manter a veia destruidora que tem o mesmo. Pelo mesmo palco já passaram, OFF!, Mayhem, Napalm Death, Trash Talk, além de Slayer e Motörhead pelos palcos principais do Primavera. Antes mesmo do show começar, o temor tomava conta dos fotógrafos devido a informação de que a banda joga sangue no público, fato confirmado, mas quando já havíamos deixado o fosso. Alguns profissionais mais assombrados deixaram suas posições correndo, tadinhos. Para não dizer que teve de
tudo, faltaram as chamas e tochas no palco. O resto estava lá, sangue, cruzes, luzes vermelhas, caras pintadas, braceletes de espinhos e engana-se quem acha que no festival indie ninguém conhecia o Watain ou mesmo não há público para o mesmo. Tinha uma galera com a letra de “Nuclear Alchemy” e “Devil’s Blood” na ponta da língua. Show porradaço, quebra ossos e que deixou a galera com sede, logo saciada com Dead Cross de Mike Patton e Dave Lombardo. Detalhes do Dead Cross deixaremos para a próxima publicação, já que dentro de duas semanas estaremos embarcando para o Hellfest. A verdade é que o Arctic Monke-
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ys tocou no mesmo horário do Dead Cross e exatamente por defender vários interesses ao mesmo tempo, resolvemos jogar com as possibilidades e fomos ao palco Mango conferir os Monkeys. A banda liderada por Alex Turner é, há muito, uma das mais pedidas e aguardadas do evento. A expectativa ao redor da mesma foi enorme e nisso, o Primavera cumpriu sua parte. Trouxe a banda com um disco fresco no mercado e, talvez aí, algo tenha saído do roteiro. Entendemos que para um grupo, que acaba de lançar um disco, o mesmo queira apresentar para os fãs suas novas criações. Isso será válido quando, no próximo mês de outubro,
o quarteto visite Barcelona para oficialmente apresentar o disco, o fã compra entrada e quer exclusivamente assisti-los e aceita a tudo o que tocarem. Porém, ao estar num festival, aonde pessoas querem festa, querem hit, querem sucesso, êxito e top 10 e mais, o tempo é limitado e a banda toca nada mais nada menos do que metade de seu disco recém lançado, considerando que é um disco de músicas lenta, com piano e teclados a dar com pau, num recinto aberto aonde as músicas com guitarras já eram difíceis de se escutar (sim o som estava extremamente baixo) e as músicas de pianos eram inaudíveis a 40 metros de distância. O quarteto levantou o público com “Brainstorm”, “I Bet
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You Look Good on Dance Floor”, “R U Mine” e outras quantas plugadas que, como foi dito antes, o clima tem que ser de festa e o show dinâmico porque assim pedia a ocasião. Se o disco é bom ou ruim, se é bom para os críticos e o fã mais seleto, isso não importa, mas com menos de uma hora de apresentação e muita gente arredou pé, era hora de buscar outro palco, outro artista que conectasse mais com o perfil do público que o evento recebeu este ano. Quer dizer que o show foi ruim? Não, o show não foi ruim, mas deveria ter sido épico pela expectativa gerada em torno da participação da banda no evento, o que acabou não acontecendo.
Como foi dito antes, a organização cumpriu com algumas de suas metas. Trouxe Bjork e Arctic Monkeys além de um punhado de bons artistas que habituais ou não, mantém o motor funcionando. Agora resta avaliar e esperar o ano que vem, que venham mais guitarras. Para finalizar, sabe aquele segundo show do Waxahatchee que ficamos de assistir no domingo, dia do encerramento com apresentações gratuitas no centro da cidade? Caiu um pé d’agua absurdo e não deu nem para sair de casa. Não se pode ganhar todas.
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Texto Rômel Santos | Foto Banda/Divulgação
C
om uma trajetória respeitável no cenário do rock de São José dos Campos-SP, tendo passagens por várias bandas, se formar na Faculdade de música, o cantor, compositor e guitarrista Alex Bluyus criou o projeto Bluyus, estreando com o EP “Pés na Areia” (2011). Agora contanto com Euclides Carneiro (baixo) e Ricardo Costa (bateria), ousou com o lançamento dos álbuns de estreia “#Rock” e o ao vivo “Bluyus nos Estúdios Showlivre”, além da gravação do show realizado no Teatro do Sesi, em SJC, para lançar em DVD. Conversamos com Alex sobre estes projetos e muito mais! Alex, você tem uma longa trajetória na música, com princípio entre o final dos anos 80 e início dos 90. Conte-nos sobre o começo na música, formação pela Faculdade de Música, bandas as quais integrou até fundar o Bluyus. Alex Bluyus: Iniciei na música através dos amigos da rua onde moro, pois alguns tocavam violão. Comcei a tocar aos 13 anos. Na Faculdade tive a oportunidade de aprender a ler - 68 -
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e escrever música. Aprendi Harmonia a quatro vozes, entendi melhor o papel da melodia e percebi que a música que move os sentimentos independe do quanto a gente sabe tocar. Fiz parte de várias bandas. A primeira foi formada na escola em 1984, o Ânsia. Tocávamos músicas próprias. Entre 1986 e 1988, não me recordo, fiz parte da banda Noiser Gate. Tocávamos Heavy Metal em inglês, só autorais. Aqui tem uma matéria da nossa Demo – Lonely Walker. Em 1989 formei o Scavenger, com o baixista e o baterista da própria Noiser Gate. Esses dois (Luciano - bateria e Eduardo - baixo, faziam parte do Ânsia). Em 1991, entrei para o Gestalt e fiquei na banda até dezembro de 2011. Gravei com a Gestalt um Vinil em 1993 – Scombrus - , um CD em 1996 – Musicanativa –, no estúdio BeBop onde o Miranda produzia o primeiro trabalho do Raimundos. Na época, eu não conhecia nem o Miranda e nem o Raimundos. Ainda Gestalt, eu sugeri montarmos uma banda paralela, Novos Eléctricos. Gravamos um CD que nunca foi lançado e então resolvi sair. Comecei tudo de novo do zero. Tive que aprender a cantar e voltei a trabalhar nas minhas músicas. Nesse novo caminho encontrei Fred Semensato que ouviu meu trabalho e resolveu produzir. Criamos o CD “Pés na areia”. Eu cantei, toquei guitarra e violão e escrevi arranjos de orquestra e teclados. O resto foi tudo o Fred que gravou. Na hora de prensar o CD, eu não tinha banda e por isso não tinha nome de banda. Fred sugeriu colocar meu sobrenome. Tá feito!
chegou até eles? Ambos contribuem no processo de composição? Essa capa (Pés na areia) é uma foto tirada enquanto eu gravava o clipe da música de trabalho, “Sem água”. Nessa época eu estava sozinho gravando com o produtor e ele sugeriu o nome. A capa do Showlivre eu não sabia da existência, eles fizeram essa capa. A foto que mandei pra divulgação foi com nós três. Conheço o Ricardo desde 1991. Em 2013, fiz o convite pra ele entrar na banda e ele aceitou. O Euclides já havia tocado com o Ricardo e por isso rolou o convite, isso foi em 2014. Desde
Na capa do EP “Pés na Areia” (2011) e do álbum ao vivo “Bluyus no Estúdio Showlivre” (2017) não deixa claro se Bluyus é uma banda ou seu projeto solo. De qualquer forma você conta com os ótimos músicos Ricardo Costa (bateria) e Euclides Bittencourt (baixo). Como - 70 -
das com referências a nomes como Rita Lee, Barão Vermelho, Raul Seixas, Titãs, Paralamas do Sucesso, Lobão e Ira! Comente sobre a influência desses artistas em sua vida. Quando cheguei com as primeiras músicas pro Fred Semensato ouvir, eu tinha uma demo gravada em casa. Fiz tudo, bateria-baixo-teclas (FruitLoops), guitarras direto no computador (Cubase) e voz. Ele ouviu e me retornou dizendo – Cara suas músicas são legais, mas você está vivendo na década de 80, posso mudar tudo? Sim, eu respondi. Em “#Rock” eu tentei
então estamos juntos. Eu chego com a composição crua e então começamos a ensaiar e a música vai se transformando. O que você ouve no CD é o resultado de muitos ensaios e ajustes. A contribuição dos dois na banda acontece nos ensaios, com ideias novas em cima do esqueleto da melodia que já criei. Estamos em evolução, quando eles entraram eu já tinha muita coisa pronta. O próximo trabalho com certeza vai ter muito mais vindo dos dois. A sonoridade da Bluyus remete ao rock brasileiro praticado em décadas passa- 71 -
“#Rock” (2017) tem um som excelente, você assina a produção? Fale um pouco sobre o processo de gravação e a parceria com a Showlivre para lançamento e distribuição do álbum em todas as plataformas digitais. Muito obrigado, ficamos muito felizes de saber que você ouviu e gostou do resultado do nosso trabalho. Posso dizer que assino a produção, mas tive ajuda da banda também. O papel do produtor não é transformar a banda
ser mais atual, já que não teve a produção do Fred, nós produzimos. Nós sempre tentamos chegar em um som mais acessível ao público. A música “Bússola”, por exemplo, teve mais de quatro versões até chegar nesse ponto. Esses artistas são fonte de inspiração pra mim, não só esses, Cartola-Zé Ramalho-Fagner, e muitos outros brasileiros que eu cresci ouvindo por influência da minha mãe. Acredito no conteúdo da letra, quero pensar e entrar na letra. Ou a letra me move ou não rola! - 72 -
fazer, por isso a simplicidade da bateria (não sou baterista) e gravei o baixo no lugar do Euclides. O resto foi como todas as outras. O Fábio Alba, engenheiro de som do Oversonic, criou todos os Backing Vocals. Enquanto eu gravava a voz ele ia criando os backs. Eu saía pra ouvir o que tinha gravado e ele dizia – Agora grava isso aqui! E vinha com a linha do back. A mixagem foi feita por Fred Semensato, o produtor do “Pés na areia”. A masterização foi feita por Paulo Pollon do Estúdio PSP de Guarulhos. Depois de gravarmos o programa ShowLivre, o Clemente me disse que ali também era uma distribuidora. Tudo o que fizemos foi assinar um contrato e a distribuição era deles. Eles não participaram em nada no processo do trabalho “#Rock”. Aliás, “#Rock” é um título simples, interessante e bem curioso. Tem a ver com as mídias sociais? Explique pra nós qual o objetivo. Sim #Rock tem a ver com o mundo digital. Esse CD já teve outro nome – Dois Mundos. Depois de estudar um pouco de marketing digital e Music Business entendi que a arte é um produto, independente da qualidade. O artista precisa entender que pra viver de arte é preciso vender a arte. E como podemos transformar algo que vem da alma em produto sem tirar suas características? Difícil né? Eu sei. Tive que estudar e entender como fazer isso. O nome “Dois Mundos” não tem procura na Internet, já “#Rock”, tem de cem mil a um milhão de procura por mês. Isso quer dizer que estou em uma avenida movimentada com o meu produto. E eu gosto do nome, é o estilo que tocamos.
em algo novo, é entender o que a banda é e tirar o melhor que ela tem. Por isso, primeiro chegamos a um som como banda, e só depois eu pude entender onde deveríamos chegar na produção. Depois de estarmos com onze músicas prontas, marquei um ensaio gravado aqui no estúdio Oversonic e isso acabou resultando na gravação do CD. O CD tem doze músicas, tínhamos onze prontas, a décima segunda eu tinha pré-produzida no GarageBand, a “Nada Mais”. Eu expliquei o que o batera precisava
Antes mesmo do debut, o Bluyus lançou um álbum ao vivo gravado nos estúdios Showlivre.com. O que achou da experi- 73 -
ência? Na verdade o CD #Rock já tinha sido lançado, aproveitamos o Showlivre pra fazer o lançamento. Gratificante. A experiência do Showlivre foi gratificante. Nós entendemos que somos capazes. Com essa apresentação conseguimos outros trabalhos. Conseguimos o Sesi, onde foi gravado o DVD, e o Sesc. Os dois viram a apresentação do ShowLivre e nos convidaram. O videoclipe “Todo Amor”, disponível no canal YouTube, traz ótimas imagens de um show realizado no Teatro do Sesi em São José dos Campos-SP, e sugere que em breve haverá um lançamento de DVD. Fale mais sobre o projeto! Sim, estamos trabalhando pra esse lançamento. Primeiro estamos divulgando a faixa de trabalho do CD #Rock, a música “Todo amor”. Pretendemos lançar esse DVD em agosto desse ano. Já estamos vendo um local aqui em SJCampos pra fazermos essa festa. Vamos registrar tudo. Vocês já estão convidados, falo sério, seria uma honra pra nós! O Top 5 Rock Meeting é uma pergunta tradicional em nossas entrevistas. Sendo a primeira vez do Bluyus em nossas páginas, faça um top 5 das bandas ou músicos que influenciam seu gosto musical e comente sobre cada um. 1 - Van Halen - Mesmo antes de saber o que era a banda eu já curtia o som. Com mais ou menos 13 anos de idade, eu ouvi “Eruption” no tape de um carro que estava parado em uma padaria perto de casa. Fiquei pirado, loucura! Depois ouvi “Jump” no rádio do carro de meu pai. Sempre esperava pra ouvir de novo no rádio. Até que em 1984 fui em uma festa de um amigo e ele tinha comprado o vinil do Van Halen que acabara de sair. Lembro da intro 1984 no “Talo” rolando na festa, foi muito louco. Van Halen com David Lee Roth é perfeição. - 74 -
Cada vez que ouço esse disco é como se eu lesse um livro. Harmonia, melodia, solos, tudo o que envolve a música está de acordo. 2 – Led Zeppelin - Com 15 anos de idade mais ou menos, eu saí com minha mãe pra comprar o vinil de “Stairway to Heaven”. Cheguei na loja e não sabia o nome da banda. Vi um cabeludo olhando os vinis e fui direto perguntando: O vinil de Stairway, onde está? O cara foi direto no lugar e me entregou o LP. Eu ouvi milhares de vezes. Hoje minha preferida é “When the Levee Breaks”. Tenho todos os vinis. Todos da banda são incríveis. Melhor banda de todos os tempos. 3 – Jimi Hendrix - Pra mim o melhor interprete de tudo o que ele criou ou gravou. O cara realmente era um artista. Desde o visual até cada nota que ele dava. Ele realmente se entregava ao instrumento. O melhor groove que já ouvi. Suas letras são excelentes e as músicas também. Controle total da guitarra. A música do Hendrix entra na alma, não tem como não percebê-lo, mesmo quem não curte sabe que o cara é bom. Adoro “Castles made of sand”. O melhor em tudo o que faz. 4 – Rolling Stones - O primeiro vinil que saí pra comprar foi um vinil dos Stones. Pra minha sorte, o vendedor da loja quis me empurrar um vinil caro. Meu pai não gostou muito do valor, mas eu adorei o vinil. Era “Exile on main Street”! Levou um tempo pra eu me acostumar com a sonoridade, mas cada vez que eu ouvia curtia mais. Eu devia ter uns treze anos. A música que mais gosto do vinil é “Loving Cup”. Acho a interpretação de Charlie Watts uma obra prima, não só em “Loving Cup”, mas em todo álbum. Jagger não existiria sem Keith e Keith não existiria sem Jagger. O casamento perfeito do rock. 5 – Ace Frehley - Eu adoro Kiss, uma das bandas que mais ouço. Eles são os Beatles com o volume no máximo. Mas Ace Frehley é de- 75 -
mais. Sou vidrado em suas músicas e no jeito dele colocar as notas em seus solos. Além disso ele é “o cara” dos rifes! Uma de suas músicas que mais ouço hoje em dia é “Inside the Vortex”! Nesse disco seus solos são perfeitos, Space Invader. Quando os quatro do Kiss lançaram seu discos solos o de Ace foi o melhor. Tenho esse vinil e não troco por nada. Um dos guitarristas mais sinceros que já ouvi.
esse novo trabalho pra conseguirmos shows. Queremos divulgar bastante, achar nosso público e vender o nosso show. O nosso foco agora é colocar nosso produto no mercado. Estranho né? Dizer que nosso som é um produto. Mas é assim que temos que pensar, levou muito tempo pra chegarmos a essa conclusão. A arte é um produto e o artista precisa vendê-la pra conseguir viver do que ele gosta. É isso pessoal! Queremos agradecer do fundo do nosso coração, estamos muito felizes pelo convite pra essa entrevista. Estaremos sempre a disposição. Muito obrigado mesmo, e muito sucesso pra nós! Grande abraço!
Além do DVD ao vivo, quais os próximos passos da Bluyus em 2018? Shows? Lançamento de singles? Os próximos passos estão focados em divulgar - 76 -
Memoriam - The Silent Vigil
Marcos Garcia é formado em Física pela UFF/RJ, Mestre e Doutor em Geofísica pelo ON/MCTIC/RJ. Headbanger desde 1983, é redator-chefe do Metal Samsara, colaborador da Rock Meeting, Metal Temple (Europa) e The Black Planet (Europa). Tem apreço pelos bangers e bandas mais jovens, respeitando o passado, esperando o futuro, mas sempre com a mente no presente.
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St Madness - BloodLustCapades
Marcos Garcia é formado em Física pela UFF/RJ, Mestre e Doutor em Geofísica pelo ON/MCTIC/RJ. Headbanger desde 1983, é redator-chefe do Metal Samsara, colaborador da Rock Meeting, Metal Temple (Europa) e The Black Planet (Europa). Tem apreço pelos bangers e bandas mais jovens, respeitando o passado, esperando o futuro, mas sempre com a mente no presente.
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Foto: Ana Oliveira
Still Living - Ymmit
Marcos Garcia é formado em Física pela UFF/RJ, Mestre e Doutor em Geofísica pelo ON/MCTIC/RJ. Headbanger desde 1983, é redator-chefe do Metal Samsara, colaborador da Rock Meeting, Metal Temple (Europa) e The Black Planet (Europa). Tem apreço pelos bangers e bandas mais jovens, respeitando o passado, esperando o futuro, mas sempre com a mente no presente.
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Barril de Polvora - Selftitle
Marcos Garcia é formado em Física pela UFF/RJ, Mestre e Doutor em Geofísica pelo ON/MCTIC/RJ. Headbanger desde 1983, é redator-chefe do Metal Samsara, colaborador da Rock Meeting, Metal Temple (Europa) e The Black Planet (Europa). Tem apreço pelos bangers e bandas mais jovens, respeitando o passado, esperando o futuro, mas sempre com a mente no presente.
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Michael Schenker - Fest
Marcos Garcia é formado em Física pela UFF/RJ, Mestre e Doutor em Geofísica pelo ON/MCTIC/RJ. Headbanger desde 1983, é redator-chefe do Metal Samsara, colaborador da Rock Meeting, Metal Temple (Europa) e The Black Planet (Europa). Tem apreço pelos bangers e bandas mais jovens, respeitando o passado, esperando o futuro, mas sempre com a mente no presente.
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Funeratus - Accept the Death
Marcos Garcia é formado em Física pela UFF/RJ, Mestre e Doutor em Geofísica pelo ON/MCTIC/RJ. Headbanger desde 1983, é redator-chefe do Metal Samsara, colaborador da Rock Meeting, Metal Temple (Europa) e The Black Planet (Europa). Tem apreço pelos bangers e bandas mais jovens, respeitando o passado, esperando o futuro, mas sempre com a mente no presente.
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Foto: Dennis Andrate
Dysnomia - Anagnorisis
Marcos Garcia é formado em Física pela UFF/RJ, Mestre e Doutor em Geofísica pelo ON/MCTIC/RJ. Headbanger desde 1983, é redator-chefe do Metal Samsara, colaborador da Rock Meeting, Metal Temple (Europa) e The Black Planet (Europa). Tem apreço pelos bangers e bandas mais jovens, respeitando o passado, esperando o futuro, mas sempre com a mente no presente.
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The Dead Daises - Burn it down
Marcos Garcia é formado em Física pela UFF/RJ, Mestre e Doutor em Geofísica pelo ON/MCTIC/RJ. Headbanger desde 1983, é redator-chefe do Metal Samsara, colaborador da Rock Meeting, Metal Temple (Europa) e The Black Planet (Europa). Tem apreço pelos bangers e bandas mais jovens, respeitando o passado, esperando o futuro, mas sempre com a mente no presente.
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Por Samantha Feehily (Wonder Girls )
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ês dos namorados, nada mais justo do que poder falar de mais um assunto tabu no mundo feminino (e masculino!). Ver estrelas, subir pelas paredes, revirar os olhos de prazer. Nos filmes e nas revistas, chegar ao orgasmo não só parece algo fácil, como também parece uma experiência extracorpórea. De fato, “chegar lá” significa perder o controle do corpo por alguns minutos. Mas a técnica requer prática e bastante habilidade. Nada que um pouco de diálogo com o(a) parceiro(a), conhecimento do próprio corpo e uma mente desprovida de preconceitos entre quatro paredes não possa resolver. No entanto, a despeito da revolução sexual e de todas as conquistas femininas das últimas décadas, muitas mulheres ainda sofrem para decifrar os enigmas do prazer. Sexo prazeroso começa bem antes da
cama: quando se agrada a mulher desejada. Existem aquelas que conseguem ter orgasmo sem nem tocar no parceiro, só com as fantasias. O prazer máximo não se restringe aos órgãos genitais. É uma sensação que toma o corpo todo e começa no cérebro, pelo desejo estimulado pelos órgãos dos sentidos e pela imaginação. O que ajuda mesmo é o quanto a mulher está entregue à relação, relaxada. Quanto mais ela se desligar do mundo externo, mais facilmente chegará lá. Um terço das brasileiras nunca atingiu o orgasmo por penetração nem por auto estimulação, outro um terço alcança o vaginal e o clitoridiano, e um terço restante não consegue sentir esse ápice dentro da vagina. Embora não se sintam satisfeitas, a grande maioria não fala a seus parceiros. - 86 -
Samantha Feehily
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“O orgasmo não é tão tabu para mim, eu sempre ‘chego lá com um bom oral no meio da transa e se estiver sozinha, um vibrador clitoriano resolve meu problema”, diz a criadora de felinos e modelo Wonder Girsl, Pathy Vamp, de 37 anos. As mulheres de hoje se envolvem com diversas coisas, o que dificulta se desligarem no sexo. O orgasmo acontecerá quando ela estiver descansada e envolvida, é consequência de se concentrar nas carícias que está recebendo e fazendo.
O buraco é mais embaixo
Tratada muitas vezes como uma questão secundária, a dificuldade de chegar ao orgasmo pode até parecer uma coisa à toa, mas é preciso ficar atenta, pois, a longo prazo, pode comprometer o bem estar da mulher, sua autoestima e a relação com o(a) parceiro(a). É importante observar a frequência com o a qual se atinge o clímax. “Se a mulher percebe que em um período de seis meses não atingiu o orgasmo nenhuma vez, ou poucas vezes, deve procurar ajuda, pois pode estar com um quadro de anorgasmia, uma disfunção sexual”, explica a psicóloga especialista em sexualidade, Juliana Bonetti. De acordo com Juliana, ser feliz no sexo não é só uma questão de prazer, é uma questão que também traz benefícios à saúde feminina. “O ato sexual regula hormônios variados ligados ao bem-estar, entre eles a dopamina, a ocitocina, o cortisol, o estrogênio e a testosterona. Manter uma vida sexual regular pode rejuvenescer a aparência devido ao aumento do nível de estrogênio”, observa. “ “Acho que primeira coisa é a gente se conhecer, eu falo a parte de anatomia mesmo, no caso e as sensações. É um tabu falar - 88 -
MagĂŞ Mariotto
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de masturbação, ainda mais para mulheres, mas é tão necessário! Só se conhecendo, se tocando (literalmente! Rs) pra você conseguir falar pro seu parceiro do que você gosta, como gosta e tudo mais. Particularmente, se eu estou com a cabeça em outro lugar nunca rola... Então, é entrar no clima (fazer o clima também, né?), falar do que você gosta e aproveitar. O cara vai sacar, vai sentir que você tá curtindo e só alegria”, diz Magê Mariotto, modelo Wonder Girls e assistente de RH. Confira os fatores psicológicos ligados à questão. Histórico pessoal e familiar: mulheres que vêm de uma educação muito rígida, que prega que o sexo é uma coisa suja, podem ter maiores dificuldades na cama. “Ela já começa a relação achando que está fazendo algo errado, ainda que inconscientemente. Ela não se permite se entregar a essas sensações”. Falta de diálogo: se para a mulher já é difícil conhecer o próprio corpo, para o homem é mais ainda. Por isso, conversar sobre as preferências é fundamental. “Ter uma vida sexual e satisfatória significa ambos estarem bem e felizes. Para tanto, é importante que mantenham um bom canal de comunicação e entendimento íntimo e sexual”, ressalta Juliana. Perfil controlador: mulheres que têm o hábito de controlar tudo também podem ter dificuldade durante a relação sexual. No sexo, é preciso se deixar levar pelas sensações e pelas fantasias, e algumas mulheres não conseguem sair da realidade. Falta de confiança no parceiro: outro empecilho neste sentido é a desconfiança – se a mulher não está 100% segura com o parceiro, a dificuldade em se entregar é muito maior. O orgasmo é a perda do controle, você sai um pouco de si. Algumas mulheres têm - 90 -
dificuldade de se entregar a isso quando não confiam plenamente no parceiro. Desconhecimento do próprio corpo: a mulher que não se toca, não se conhece, não sabe que região do corpo dá prazer. Transferir toda a responsabilidade para o parceiro: a mulher é responsável pelo seu prazer. Muitas vezes ela deixa na mão do homem e ele não conhece tanto assim a mulher, por isso é importante que ela se conheça para ensinar o parceiro. Tem que existir parceria, conversar sobre a sexualidade principalmente. Fazer sexo só para agradar o parceiro: muitas mulheres ainda fazem sexo para satisfazer a vontade do homem unicamente, e não ela própria. Muitos ejaculam rápido, outros, não se dedicam às preliminares. Isso tudo contribui para que a vida sexual da mulher não seja satisfatória.
Path Vamp
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Texto Edi Fortini | Foto Banda/Divulgação
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Amen Corner é uma banda paranaense e tem quase 30 anos de estrada. É um dos nomes mais reconhecidos do cenário de música extrema, tendo lançado mais de 10 álbuns, além de outros trabalhos. A banda recentemente mudou de formação e agora conta com Sucoth Benoth nos vocais, Murmúrio nas guitarras, Tenebrae Aarseth na bateria e com o Coveiro no baixo (como músico de apoio) e agora conta com uma musicista (Tenebrae).
Batemos um papo com eles recentemente aproveitando a divulgação da banda no lineup da 12ª. edição do Setembro Negro Festival, que vai rolar em São Paulo nos dias 29 e 30 de setembro. O Amen Corner tem quase 30 anos de carreira no metal nacional. Isso é para poucos! Parabéns pelo legado! O que mudou pra vocês nesses 30 anos? Quais as principais mudanças que o mundo - 92 -
outras o pessoal fica mais em casa. Quais são os planos da banda para o futuro? Podemos contar com mais 30 anos de banda ainda pela frente? Temos muitos planos, muita coisa pra fazer ainda, estamos pra gravar nosso novo CD esse ano, e queremos fazer tour de lançamento pelo Brasil e exterior, e claro 30 anos a mais de música eu não sei, porém, mais uns 20 anos acho que conseguimos dar conta! Vocês estão relançando alguns cds antigos. Como está sendo esse trabalho? Os fãs estão aceitando bem os relançamentos? Muito importante os relançamentos, porque uma que eles vêm a um preço justo e outra, como são materiais lançados há muitos anos, muita gente nova não tem esses CDs, daí a importância dos relançamentos!! Recentemente houve uma mudança na formação e agora vocês contam com uma baterista. Como foi esse processo? O que a Tenebrae trouxe de novo para a banda? Bem verdade, houve mudanças com relação a baterista e a baixista, a Tenebrae que por sinal é minha esposa já vinha treinando há alguns anos as músicas e quando surgiu a oportunidade, firmamos ela como membro do Amen Corner. O que ela traz de novo é a energia, peso e força na bateria além da questão ideológica compatível com a banda.
musical trouxe nessas décadas? Obrigado! Verdade, são quase 30 anos de lutas pelo underground e no underground, olha, muita coisa mudou. Coisas boas como a internet que surgiu e facilitou as comunicações e aproximou mais o mundo através de redes sociais, etc... Os pontos fracos, são: as quedas nas vendas de materiais como CD’s, e também os shows já que não enchem tanto como antigamente, as pessoas eram mais fanáticas e hoje devido aos downloads, Youtube, entre
Como tem sido a aceitação dos fãs para a Tenebrae? Já rolou algum tipo de discriminação ou os fãs assimilam numa boa, como deveria ser? Por enquanto não houve nenhum tipo de preconceito, acredito que não tem nada a ver, - 93 -
hoje as mulheres estão até mais presentes no Metal do que antigamente. Vocês citam como influência bandas clássicas como Venom, Bathory, Hellhammer, etc. Vocês têm ouvido coisas mais recentes? O que recomendam? O pior é que não mudamos, continuamos ouvindo as mesmas coisas, mas claro que tem muita coisa boa no Metal, como Enthroned, Carpatian Forest, Venom Inc, etc. Como é a cena musical extrema aí em Curitiba? Temos boas bandas aqui em Curitiba, sempre tivemos uma cena musical legal, de tempos em tempos, ela se renova e quando parece que vai acabar ela ressurge com força! Vocês estarão em setembro aqui em SP pro Festival Setembro Negro. Como rolou o convite? O que esperam no fest? O convite surgiu através do Edu da Tumba Records e que toca na banda Nervochaos, ele convidou e nós aceitamos, pois esse foi um convite irrecusável, é um puta festival com bandas muito poderosas! Será grandioso e é uma grande honra tocarmos no festival. Nos conte um pouco sobre a atual agenda de shows de vocês. Tem muita coisa agendada? Ou estão na fase de planejamento para material novo? As duas coisas, estamos renascendo com a nova formação, mas renascendo no campo de batalha, ao mesmo tempo em que estamos compondo novas músicas para o novo CD, estamos com a agenda para o segundo semestre lotada. Muitas novidades estão surgindo. Aguardem! Esse espaço agora é pra vocês falarem com a galera que nos lê. Deixe seu recado! Um grande prazer e uma honra responder a essa entrevista e poder esclarecer muitos pontos da banda, um grande abraço a todos os nossos seguidores e nos vemos em breve por aí a fora! E nossos agradecimentos à Revista Rock Meeting pelo apoio! Hail 666! - 94 -
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Texto Renata Pen | Foto Marta Ayora
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pesar da produção ter vetado as credenciais de acesso, a imprensa não deixou de contribuir com a cena metal (uns até usando desenho, já que não houve fotógrafos e outros se recusaram a escrever qualquer linha sobre o evento). Estivemos lá, apesar deste impedimento, para contar como foi o show do príncipe das trevas, em São Paulo. Mais uma vez em solo brasileiro, Ozzy Osbourne estremeceu a capital paulista no dia 13 de maio, no Allianz Parque, com a passagem da “Farewell Tour”. A vontade era tanta de registrar esta memorável data que compramos nossos ingressos e seguimos para o estádio. As vendas pareciam bem mornas durante todo o tempo. Várias promoções rolaram, inclusive foi necessária a mudança de alguns setores devido a baixa venda de ingressos. Em São Paulo isso não aconteceu. A cidade provou, mais uma vez, ser a cidade do rock. As vendas estavam a todo vapor até o último minuto. Isso refletiu-se dentro do estádio, onde 40 mil pessoas lotavam o local esperando ver o ídolo, ícone do rock internacional. Celebrando 50 anos de carreira, Ozzy - 98 -
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passará por quatro cidades brasileiras, encerrando a passagem pelo Brasil dia 20 de maio, no Rio de Janeiro. Na parte de dentro do estádio aconteceram várias atividades especiais para os fãs brincarem e também ganharem alguns brindes. Havia ainda a lojinha com o merchan oficial para quem quisesse comprar camisetas ou bonés. Ozzy visivelmente não é o mesmo de antigamente, mas continua sendo absurdamente incrível e imperdível. Ele não dominou o palco como foi há dois anos quando esteve com o Black Sabbath. Desta vez ele ficou mais em seu pedestal. Apesar disso, Ozzy demonstra carisma e presença inabaláveis. A banda que o acompanhou para esta despedida (é, mais uma despedida) estava composta por: Zakky Wylde (guitarra), Blasko (baixo), Tommy Clufetos (bateria) e Adam Wakeman (teclado). O palco estava incrível com aquela cruz enorme e um monte de amplificadores. Os telões refletiam as imagens do show deixando-o, ainda maior. Zakk fez um espetáculo a parte com seus solos detonadores. Ele até desceu do palco para desespero dos fãs que estavam na primeira fila. O repertório foi uma chuva de clássicos. Naquela noite todos saíram satisfeitos apesar de ter sido um show de curta duração. Os presentes avaliaram a apresentação como digna, como é sempre esperado de Ozzy Osbourne. O público cantava as canções, uma por uma, enquanto Ozzy fazia suas gracinhas como mostrar o traseiro e levantar a blusa.
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Setlist 1 Bark to the Moon 2 Mr. Crowley 3 I don’t know 4 Faires Wear Boots (Black Sabbath) 5 Suicide Sulution 6 No More Tears 7 Road to Nowhere 8 War Pigs(Black Sabbath) 9 Miracle Man /Crazy babies/Desire/Perry Mason - Zakk solo 10 Drum - Tommy solo 11 Flying High again (tour Debut) 12 Shot in the Dark 13I don´t want to change the World 14 Crazy Train BIS: 15 Mama, I´m coming Home 16 Paranoid
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Texto Samantha Feehily | Foto Banda/Divulga;รกo
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banda Polemik lança seu primeiro EP, mais pesado do que nunca, o CD HC do Caos é pedrada atrás de pedrada e reúne 10 faixas autorais. O trio integra o cenário underground londrinense com seu hardcore ácido e com músicas de protesto com aquele grito desesperador que o caos do cotidiano nos fornece. Com a gravação do seu primeiro EP gravado em Londrina, produzido no estúdio High Voltage, a banda vai cair na estrada e divulgar seu primeiro trabalho profissional. Formada em 1993, no cenário Skate dos anos 90 pelo guitarrista e vocalista Li, e por Menel e Anderson em Santa Catarina, surge com o intuito de criar um som que tivesse influências do punk rock com hardcore. A Polemik manteve sua formação original até 1998, ano em que seus integrantes deixam o projeto em stand by para estudar e trabalhar. Então, mais de vinte anos depois agora em Londrina, eis que o projeto é retomado
mas com uma cara nova: de uma reunião de amigos semanal na garagem de casa, Li (Elisandro Gomes) vê a possibilidade da Polemik ressurgir! Novamente lado a lado com a cena skateboarding, sk8 não para. Com influências que vão de Cirpress hill, Haouse of pain, Public Enemy, Body Count, até Exodus, Napalm Death, Anti-Cimex, Bad Religion, Pennywise, The Exploited a nacionais como Garotos podres, Colera, Olho seco, Lobotomia, Ratos de Porão, Mx, Sepultura, e por ai vai, a banda agora conta com integrantes de peso na Cena underground... Elisandro Gomes (baixo e vocal), Scarelli (guitarra) e Mau (bateria), traz em suas letras cantadas em português, uma mistura de crítica- característica do punk rock - com um humor irônico, aliado a um som porrada e pesado! As últimas atividades da banda incluem uma sequência de shows no circuito underground Londrinense, Campinas e São Paulo. - 105 -