Rock Meeting Nº 120

Page 1



10 ANOS Setembro de 2019. Dez anos de Rock Meeting. Poderia ser nostálgica e contar como tudo aconteceu, fazer aquele apanhado histórico e contextualizar todo o percurso. Mas não irei fazer isso. Vou ficar no campo da realização. Quando a revista completou um ano de existência, pensava comigo se chegaria a dez. Muitos ‘se’ vieram e muitos deles foram realizados. A Rock Meeting não foi um sonho, nasceu de uma vontade simples de pôr em prática o que estava aprendendo na faculdade de jornalismo, onde as discussões sobre a digitalização da leitura estavam em curso. Por esta razão, por que não ter uma revista digital? Ainda lá atrás, questionava a vida útil da própria revista, imaginando que um dia eu teria que ‘entregar’ para alguém continuar esse projeto, supondo que, em algum momento da minha vida, ela seria maior do que eu. De fato, eu entreguei a revista para uma equipe dedicada e ela se tornou maior do que certa vez pensara. Em dez anos, pudemos acompanhar a mudança do consumo da música e da leitura. Foi bom, foi ruim? Toda mudança gera conflito. É bem verdade que a rapidez do consumo algo é impressionante, mas não significa que há qualidade. Para tanto, apostamos na edição mensal, mesmo que digital, pensando e trazendo conteúdo propositivo, nada superficial.

Somos uma revista digital sim, mas uma revista impressa sempre terá o seu charme. Assim como os CDs. Existe um prazer tátil e olfativo inigualável que só a mídia física proporciona. É a música materializada. Nesses dez anos, muitas pessoas estiveram presentes na revista. Quero agradecer a cada um deles que fizeram acontecer. Agradecer ainda mais aos que estão aqui, emprestando um pouco do seu talento, para atender a sua paixão, porque é só isso que pode explicar. Somos apaixonados pelo o que fazemos. Diante de tanta coisa que já publicamos, ouvir das bandas que os ajudamos, que aquela entrevista foi importante para eles, nos enche o coração e nos dá forças para continuar. E acredite, houve motivos para desistir. Existe uma cena bem tóxica de que não pode dar certo, não pode crescer, deveria se manter no marasmo. Ainda bem que não demos ouvidos e andamos pra frente. Hoje, dez anos depois, só vemos coisas boas. Conquistas. Equipe. Amigos. E muitas, mas muitas experiências boas que serão lembradas com o passar dos anos. Arrependimento? Talvez alguns. Mas nada supera a perseverança que tivemos. Com o sentimento de gratidão, seguimos. Muito obrigada leitor, bandas, assessores, produtores, designers, fotógrafos, repórteres. Pei Fon




86 12 78 08 - mETAL rEFLECTIONS A mudança do consumo

12 - Entrevista Paulo Baron

22 - MatÉria Rock & Game

28 - Live Concert As melhores fotos

62 - destaque Dream Theater

70 - Entrevista Skin Culture

70 74 - Estressadas Pontos importantes

78 - Entrevista Elvenking

84 - MatÉria Scream of Hate

86 - Entrevista Hellish War


DIREÇÃO GERAL Pei Fon CAPA Alcides Burn Jonathan Canuto

COLABORADORES Augusto Hunter Bárbara Lopes Bruno Sessa Edi Fortini Luiz Divine Marcos Garcia Marta Ayora Mauricio Melo Rafael Andrade Renata Pen Samantha Feehily

CONTATO contato@rockmeeting.net www.rockmeeting.net


O

s avanços tecnológicos do ser humano sempre causaram mudanças enormes em nossa forma de ver o mundo e interagir com o mesmo. E nesses 10 anos de Rock Meeting, um tempo curto se pensarmos em escalas temporais históricos, muita coisa mudou em termos de cenário, sendo que dois aspectos chamam a atenção: o enfraquecimento do consumo das mídias físicas, bem como a preferência por veículos de imprensa virtuais. Estamos em 2019, e em 2009, as peças desse jogo já estavam na mesa. Em termos de consumo musical, desde que o Napster surgiu em 1999 que a indústria musical sofreu seus primeiros abalos. Com o compartilhamento de músicas não autorizado, nem as gravadoras ou os artistas tinham controle do produto. Muitas vezes, um disco era lançado em um dia, e no outro, já se encontrava disponível na rede. Era baixar, ouvir e se divertir, sem pagar um centavo por

isso (a não ser pelo pacote de internet). Óbvio que artistas como Metallica, Madonna, Dr. Dre e outros entraram com ações legais contra o Napster, e mesmo com mudanças, o mal já estava feito: conforme a tecnologia de transferência de dados evoluía, o surgimento do site de compartilhamento de arquivos começou a aumentar, criando mais e mais problemas para músicos e gravadoras. A coisa deu uma brecada em 2010 e 2011, e a popularização das plataformas como iTunes, Spotify, Deezer e outros ajudou o público a consumir música, mas sem lesar tanto assim os músicos. Óbvio que mudanças ocorreram, as bandas passaram a tocar bem mais (o que acabou sendo um benefício para o Brasil, pois bandas que sempre ignoraram o país e a América Latina começaram a esticar suas turnês até aqui), e o tempo entre o lançamento (que normalmente não passava de dois anos) começou a ficar maior e maior. Existem bandas profissionais que, hoje em -8-


-9-


Foto: Consequence of Sounds

dia, passam quase cinco anos sem lançarem discos, quando não chegam a mais (o Metallica mesmo fez isso entre Death Magnetic e Hardwired... to Self Destruct, com oito anos entre ambos), além do fato de que os shows permitem a venda de artigos de merchandising. E é preciso lembrar que há aqueles que falam abertamente: as plataformas digitais não pagam aquilo que deveriam, e assim, o dinheiro das vendas digitais é pouco... Crítica: ao invés dos fãs gastarem dinheiro com material de bandas, preferem encher a cara... Existe uma parcela de fãs que defendem com unhas e dentes que o músico agora é mais livre e depende menos das gravadoras. Mas é preciso saber que uma banda lidar com questões de divulgação e distribuição não é algo simples, demanda esforço e dinheiro que, em geral, as gravadoras suprem. Basta perceberem que bandas de sucesso são

comuns nos anos 80 e 90, quando as grandes gravadoras botavam grana na gravação, produção, divulgação e distribuição dos discos; hoje em dia, qual seria uma banda que conseguiu sucesso com o atual esquema? Sinceramente, ainda nenhuma, pois os nomes que poderiam vir a mente são remanescentes dos anos 90 ou do início da década passada. A liberdade das gravadoras, hoje em dia, representa o apequenamento das bandas, mesmo com tudo funcionando para dar certo. As gravadoras diminuíram muito seus investimentos, e hoje, independentes em geral prensam 300 cópias físicas, pois até as fábricas abriram mão da quota mínima de 1000 CDs para poderem sobreviver de alguma forma. Há quem defenda o vinil, mas verdade seja dita: mesmo com muitos cortes de gasto, todo processo de confecção de um disco o encarece. Se um CD pronto saí a 2030 reais, um disco de vinil não sai menos de - 10 -


Foto: Variety

40 Reais, e isso é apenas um chute. Em termos de informação, os sites começaram a arranhar o império das revistas impressas na mesma época. É mais simples, pois não é preciso esperar um mês para ter notícias em mãos, e quase sempre defasadas. Agora, um simples clique leva o fã onde ele quiser. Óbvio que as revistas físicas ainda possuem um charme enorme, graças aos pôsteres e matérias especiais, mas muitos ainda preferem consumir informação em tempo real, por melhor que a matéria na revista seja. Desta forma, pequenos sites começaram a fervilhar por aí, dando cada vez mais uma diversidade de opções ao leitor, em que pese o fato que tem gente mais preocupada em saber a cor da cueca com que Lemmy foi cremado do que quando o Iron Maiden vai lançar disco novo. É, muita gente quer saber de notícias de fofocas e/ou desnecessárias do

que o mais importante. No geral, quem fazia a filtragem eram as revistas impressas, pois acredita-se que o espaço era pequeno para falar algo do estilo “Eddie usa cueca ou não embaixo das calças”... Tudo evolui, nós mesmos não somos os mesmos de 10 anos atrás. Mas é preciso preservar aquilo que realmente é bom, e ter a responsabilidade de saber quando estamos roubando um artista que gostamos, ou se queremos ler lixo ao invés de algo realmente digno de atenção. Existem aqueles que apregoam o fim das mídias e revistas em um futuro não muito distante. Não sei, não acredito tanto porque ainda existem colecionadores aos montes, mas com a mudança das gerações, podemos estar vendo realmente o fim de algo que, no fundo, sempre teve seu charme e que pode ser o sinal de um estilo musical que, em breve, será uma casa vazia... - 11 -


- 12 -


paulo baron “Apaixonado por tudo o que faz”, Paulo fala sobre sonhos e seu livro ‘Rocking All My Dreams’

Por Pei Fon| Foto Divulgação/Arquivo PESSOAL

- 13 -


Quem é o Paulo Baron fora do showbiz? Paulo Baron é um homem apaixonado por tudo o que faz. Principalmente a música que nunca consegue se separar de mim. Adoro estar com minha família, viajar, praia, qualquer praia me deixa feliz, adoro sol e calor. Gosto muito de andar de moto, pegar a estrada com minha Harley, escutando música, é um dos meus maiores prazeres. Além disso, tento ser um pai dedicado quando estou em casa, já que muitas vezes estou viajando. Tento ser o cara mais presente possível com minha filha. Sou

um fã apaixonado de música, que tenta nunca deixar de ser apaixonado por música. E entre meus outros hobbies, por incrível que pareça, é ir assistir shows, tanto de bandas que conheço quanto de novas bandas. Você foi aquele garoto, assim como todos, que sonhava em fazer algo e tornou isso realidade. Em que momento da sua vida isso ficou muito claro, de que iria acontecer o que havia idealizado? Sempre fui muito determinado nas coisas que - 14 -


quero. Eu sabia que meu mundo deveria ser no mundo da música. Descobri isso aos 14 anos. Só não sabia como isso ia acontecer, pois como músico sempre fui péssimo. Mas sempre fui um grande consumidor de música e a música sempre me fez vibrar. O dia que registrei minha empresa, Top Link Music, em Londres, Inglaterra, em meus 18 anos, foi o dia que decidi que isso era, de fato, pra mim. Muito engraçado, pois eu não tinha bandas, nada. Só tinha criado um logotipo e um nome, e tinha registrado a empresa. O resto fui construindo

com o passar do tempo. São 30 anos realizando seus sonhos, mas você já pensou de quantas pessoas você realizou? Tem alguma ideia disso? Incrível pensar nisso, pois quando você faz shows ou trabalha com artistas, você mexe com o sonho das pessoas, traz felicidade, sonhos. E leva bandas em lugares onde muitas pessoas nunca tinham visto uma banda de Rock. Sempre fui um cara, por ser latino americano, sempre acreditei na America Latina. Minha - 15 -


ideia sempre foi levar show em lugares difíceis e complicados. Isso aconteceu em vários países no mundo, dos mais de 50 que conheço, e em muitas cidades. Inclusive costumo falar que conheço o Brasil mais que muitos brasileiros. Pois eu levei shows onde antes ninguém tinha levado, de bandas internacionais. Nesse momento eu acho que quando você realiza esses sonhos, você mexe com emoções. Também sei e tenho consciência que ajudei muitas pessoas, no lado profissional. Dei oportunidade à muitas pessoas que hoje se tornaram, alguns deles, empresários de bandas e produtores famosos. Mas também fui ajudando no meu princípio, acredito que é um legado que você deixa para outras pessoas, para que a bola continue rolando. Tenho muito orgulho ter contribuído com muitos grandes profissionais a serem renomados mundialmente. Assim como ter dado oportunidade para bandas que ninguém conhecia. Em relação às bandas, você proporcionou uma experiência ímpar mostrando como a América Latina é. Quais reações dos músicos que mais chamaram atenção? Eu sinto muito orgulho da América Latina e por ser latino americano. E pelo fato das bandas terem acreditado em mim. Acredito em todos nós, como latinos, que buscamos sempre nos superar e ir em frente mesmo contra as adversidades. Admiro todos os músicos e produtores que tiveram que sair de baixo, de Cuba, México, Brasil, Guatemala, El Salvador, e que foram para EUA ou Inglaterra e triunfaram. Pois eles enfrentam muitas adversidades, tem que aprender a língua e ter uma renda. E essa força do latino americana é impar. Por isso, ter convencido muitos artistas a confiarem em mim, que poderiam ir aos lugares mais loucos do mundo, é uma coisa ao mesmo tempo mui-

to arriscada e prazerosa. Ter levado bandas a tocar em La Paz, Bolívia, quando todos tinham medo e preconceito, isso aconteceu. Levar estrangeiros para Manaus, que os estrangeiros achavam que era apenas mato. Ou então para El Salvador, onde pensavam que lá era só violência. E tornei Guatemala, Honduras e El Salvador rota do show business. E assim com várias outras cidades do interior, assim como no México, meu país, e no Brasil. Levei artistas em países onde era impossível chegar com um show, inclusive no Oriente Médio. Isso é - 16 -


uma coisa que me motiva e me deixa com muita vontade de continuar. Você fazer que um artista confie em você, que você fale “La Garantía Soy Yo”, e que o cara aceite esse risco, é fantástico.

alguns artistas distantes, apenas sendo um fã. Preciso sentir alguns artistas como inalcançáveis. Isso é muito importante. Ir a alguns festivais e shows, onde ninguém me conhece – coisa que eu te digo ser muito rara, sinceramente – tirar minha camisa, pular e curtir como fã, escutar e chorar junto com eles, faz parte de uma catarse interior minha, de renovação. Muitas vezes é difícil, pois tenho muito shows ao ano, trabalho muito, e encontrar tempo para isso é complicado. Sempre que viajo tento buscar shows na cidade, para eu

Você lançou “Rocking All My Dreams” que é uma síntese de um trabalho árduo, movido por sonho. Como manter essa chama acesa? Esse é o trabalho mais complicado: manter essa chama acessa. Para isso eu preciso deixar - 17 -


poder ir prestigiar. Inclusive, às vezes até mesmo bandas de bares. No prefácio do livro, Kiko Loureiro diz ‘o que ele sonha, ele executa’. Paulo, houve algum projeto que você viu que não dava certo? Sim, com certeza. Inclusive querer ter colocado o André de volta, em turnê com Angra, foi um dos projetos meus recentes e havia conversado com ele. E ele tinha sinalizado que teria gostado de fazer se fosse com a formação original. Foi algo que infelizmente nunca mais poderá acontecer. Houve outros projetos no passado que quis fazer e acabaram não dando certo. Eu creio que é muito importante você sempre querer projetos, mesmo que alguns não funcionem, e não se desmotivar com isso. Ainda sobre a pergunta acima, o que você está sonhando agora? Nesse momento estou sonhando com minhas férias, com praias que irei final do ano [risos]. Em termos de trabalho, estou com muita vontade de criar alguns projetos, que ainda não posso contar, pois acredito que se contar antes eles acabarão não se concretizando. Vocês vão descobrir com o passar do tempo [risos]. Alguns desses projetos você apostou muito e não teve o resultado esperado? Como você conduziu a situação? São coisas que fazem parte da vida, houve projetos que não tive o resultado esperado; há erros e acertos. Você, claro, faz tudo para que funcione, mas têm coisas que no decorrer da caminhada não funcionam. Mas considero isso como aprendizado, seja para melhorar ou saber que não são caminhos a se percorrer, e ir por outros caminhos. Faz parte do aprendizado do ser humano algumas coisas não darem certo. - 18 -


Lendo o release de seu livro, a primeira palavra para Paulo Baron é sonhar. A segunda é executar. O que estas duas ações representam? Para mim, não faz sentido você sonhar apenas para ficar no limbo. Se você sonha, você tem que executar e concretizar. Para isso são os sonhos, para conquistar ou criar algo. Não por ambição, mas por você mesmo sentir que está na vida fazendo algo que você gosta. Por menores que sejam seus sonhos, você tem que consegui-los. Se você toma uma cerveja barata, pois naquele momento só tinha dinheiro para comprar ela, e você sonha em tomar uma cerveja daquelas inglesas famosas. Você sonha com isso, e é importante concretizar. As pessoas que sonham e concretizam são muito mais felizes. E esse livro trata justamente disso: Que as pessoas acreditem em si mesmas, em seus sonhos e que eles podem se concretizar. Essa é a mensagem de todas as histórias de meu livro. Você fez cinema e dirigiu alguns clipes de bandas, imagino o quanto isso te ajuda a enxergar mais do que a banda. Como é essa relação das suas ideias com as dos músicos? Eu sou um cara, que para tornar meus sonhos realidade, preciso me envolver desde o princípio. Preciso entender a música e do que ela fala, para onde ela vai. Com essa percepção, com esse olhar cinematográfico meu, busco juntar isso e colocar o marketing. E pensando no que seria bacana. Isso me ajuda muito na parte do marketing emocional. E quando converso essas coisas com as bandas, eles sabem que tenho essa sensibilidade e me ouvem. E muitos deles acabam concordando com minhas ideias. Posso te falar de inúmeras bandas, das maiores. Às menores, que trouxeram - 19 -


ideias que aceitaram e acabou dando certo. Isso me deixa feliz, pois me faz sentir parte na história do Rock. Você já fez os shows de todas as bandas que você é fã? E como foi para você administrar a emoção com o trabalho vendo aquelas pessoas que só via nos shows? Sim. Na verdade, na Top Link Music tem uma regra que é cumprida 98%. Digo 98%, pois pode ter me escorregado em alguma, que não me lembro [risos]. A regra é fazer artistas que eu realmente gosto ou pessoas que gosto de me relacionar, até que diga o contrário. Mas a princípio muitas dessas bandas com as quais trabalhei eu gostava musicalmente, era fã. Mas eu mantive algumas bandas dessas que sou fã, sem trabalhar com eles, para manter meu espírito de fã. Um dia posso ir a um show sem ter um relacionamento emocional com eles. É muito difícil para mim não colocar o coração em tudo que faço. Sou passional e me envolvo emocionalmente no que faço. Mas no trabalho, graças a ter morado tantos anos em Inglaterra e Espanha, meu cérebro consegue dividir o profissional e o emocional. Na parte profissional sei que tenho que fazer as coisas com um europeu faria. E no emocional, tenho minha parte latina, mais humana. E acredito que essa mistura dá essa minha própria identidade com os artistas. Top 5. Quais os shows que você mais gostou de fazer? Fale um pouco sobre elas. Adorei trabalhar com Chuck Berry, por ser parte da história do Rock and Roll, me leva aos primórdios de tudo. Também Jerry Lee Lewis, pois vi o filme “Great Ball of Fire” e meu pai gostava muito dele, era o único artista de Rock - 20 -


que meu pai escutava, que ele colocava no carro. Ter trabalhado com ele foi trazer lembrança da época de infância com meus pais e as viagens de família. E por me sentir parte da criação do Rock, com um dos quatro grandes que o criaram. O Scorpions em Manaus, pela dificuldade de convencer a banda a tocar lá, por ter gravado o DVD, por ter envolvido o pessoal do Greenpeace, senti que estava fazendo a diferença. O show do Shaman, na gravação do DVD Ritualive, no Credicard Hall, eu criei as ideias malucas, bateria subindo e tudo. Foi minha ideia o DVD, e a consagração de uma ascensão meteórica; e também tivemos os convidados. E me sinto muito orgulhoso também de ter tornado possível que se reunissem os ex-integrantes de Angra e Shaman no evento dia 13 de Julho, Dia Mundial do Rock, em memória ao André Matos. Tem outros grandes shows muito importantes, mas como me pediu 5, aí estão. Para finalizar, o que você tem a falar para aqueles que sonham com algo e não sabe como realizar? Muito obrigada e parabéns pelos 30 anos de sucesso! Creio que se você sonha, tem também que ter a medida dos seus sonhos. Não quer dizer que não pode sonhar alto. É importante sonhar coisas que você pode conquistar a curta distância. Depois quando tenha atingido esse pequeno sonho, você passa a um sonho mediano. E depois para um de grande porte, e assim sucessivamente. O mais importante é nunca deixar de sonhar e correr atrás desses sonhos. Criem seus próprios sonhos, não tentem roubar o sonho dos outros, pois isso não é certo. Crie seus sonhos e os tornem realidade. Muito obrigado, curti muito a entrevista, perguntas que me fizeram lembrar muitas coisas agradáveis. Me diverti muito! Obrigado! - 21 -


- 22 -


rock metal game Há quem diga que o Rock/Metal não tem nada a ver com jogos. Vamos mostrar que tem e muito

Por Augusto HUNTER| Foto Divulgação

- 23 -


S

empre tive a impressão que, o mundo do Rock/Metal e o mundo dos games caminham lado a lado, mesmo quando a gente nem percebe isso. Eu sou um cara que ama jogar videogames e quando eu sei que, dentro dele tenho a chance de ouvir músicas e bandas que já curto, ah, tudo melhora. Então, vamos tentar te levar a uma jornada aonde temos jogos que unem essas duas paixões, um bom som e um bom jogo. Lógico que, temos a facilidade de ter o Spotify ou Deezer em algumas plataformas, fazendo com que você ouça a sua playlist predileta enquanto joga, não é isso, quero te levar a jogos que tenham o Rock ou mesmo o Metal na trilha sonora, ou mesmo como tema principal do jogo. Vamos lembrar que, antes do que temos hoje em dia em termos de jogos eletrônicos, várias bandas investiram em máquinas de pimball pra divulgar o seu trabalho, Beatles na década de 60, o próprio The Who, com o seu “The Who’s Tommy Pinball Wizard”, baseado na linda Opera Rock “Tommy”, lançado em 1994. Um grande clássico dos videogames ligados ao Rock é o clássico “Rock And Roll Racing”, jogo do Super Nintendo, lançado em 1993, que tinha em sua trilha sonora bandas como Black Sabbath, Deep Purple, Sttepenwolf e outras, correr e destruir seus inimigos ao som de Born To Be Wild era animal! De uns anos pra cá, como estamos em 2019, eu vou colocar de 19 anos pra cá, tentando ser beeeeem abrangente, tivemos tantos, mas tantos jogos legais que usaram o Rock ou Metal trilha sonora ou tema, como não citar o clássico e até hoje jogado GTA San Andreas e não chegar na Radio X ou mesmo na K-DST pra ouvir várias bandas detonando seus clássicos enquanto rodava por San Fierro, Las Venturas e Los Santos, quem nunca hein?? Tem o também de mundo aberto, mas não tão zo-

eiro Sleeping Dogs, aonde você é um policial infiltrado nas tríades Chinesas, também em um belo mundo aberto, é possível dirigir ouvindo a Roadrunner Records Radio, com bandas como Opeth, Dream Theater, Soulfly, Coal Chamber e outras bandas da gravadora e tinha a Sagittarius FM, com bandas mais clássicas ainda, imagina um rolé em Hong Kong ao som - 24 -


de Thin Lizzy, Deep Purple, Siouxsie And The Banshees e outros clássicos. Outra gente, como não se sentir o melhor guitarrista do mundo, no clássico Guitar Hero, juntar os amigos pra ficar tocando Judas Priest, Scorpions, ou mesmo sofrendo com Slayer e Dragonforce, quem nunca? E ainda tivemos o “concorrente” Rock Band, esse ain-

da era mais completo, pois você ainda investia uma graninha a mais, comprava bateria, baixo, guitarra e até microfone pra conectar ao console, ou mesmo ao PC e se sentir em uma banda, pode falar, divertido demais. Um jogo que, sempre que for falado sobre Games e Rock/Metal e não poderemos jamais esquecer é o lindo Brutal Legends, lan- 25 -


çando em 2009 pela Double Fine Productios e contava com Jack Black, sensacional, se você não o conhece ou mesmo nunca o jogou, corra atrás, pois é diversão mais do que garantida. Esse ano, teremos o lançamento de dois ótimos jogos, o primeiro virá no dia 25 de Outubro e é o já mega aclamado Call Of Duty, com o reboot do, também já clássico Modern Warfare e podemos ver, no trailer do seu vídeo revelação do modo Multiplayer(modo esse um clássico da série COD), tem trilha sonora com Metallica, Enter Sandman é usada na trilha e na mesma linha de Call Of Duty, o Black Ops II teve participação do Avenged Sevenfold, tendo música e até mesmo um show, no final do jogo da banda, toda digitalizada. Em novembro, lança Death Stranding, jogo do grande mestre Hideo Kojima e a trilha sonora foi do Apocalyptica, a música Cult foi muito bem usada no trailer com gameplay desse esperado título, que tem previsão de lançamento no dia 08 de novembro desse ano. Depois dessa curtinha viagem no tempo para ver os jogos que tiveram Rock ou Heavy Metal envolvidos, eu posso falar, tranquilamente, que eu sempre achei que os dois caminhos sempre andaram juntos, eu particularmente vejo isso, sabe porquê? Pode ser que muitos não concordem com o meu ponto de vista, mas ser Nerd e Headbanger(ou Metaleiro, seja lá como você prefira), sempre foi alvo de escárnio e bullying e era sempre no Metal e nos Games que, eu, encontrava o meu conforto, o meu local de resguardo, pode ser que esse seja um ponto de vista bem pessoal, pode ser sim, mas só sei de uma coisa, jogar não me fez uma pessoa violenta e ouvir Heavy Metal não me fez um desviado, como muitos ainda acham que somos, então meus amigos, continuem mandando ver e jogando muito, somos muito maiores do que qualquer preconceito. - 26 -


- 27 -


A Rock Meeting completa 10 anos e nossos fotรณgrafos retratam algumas de suas melhores imagens. as FOTOGRAFIAS sรฃo assinadas por Bruno Sessa, Edi Fortini, Marta Ayora, Mauricio Melo, Pei Fon e Rafael Andrade.

Marta Ayora @martaayorafOTOGRAFIA

- 28 -


- 29 -


Marta Ayora @martaayorafOTOGRAFIA

- 30 -


- 31 -


- 32 -


Marta Ayora @martaayorafOTOGRAFIA

- 33 -


- 34 -


mAURICIO mELO @Snapliveshots - 35 -


- 36 -


mAURICIO mELO @Snapliveshots

- 37 -


- 38 -


mAURICIO mELO @Snapliveshots

- 39 -


Pei Fon @PeifonPhotography - 40 -


- 41 -


Pei Fon @PeifonPhotography - 42 -


- 43 -


- 44 -


Pei Fon @PeifonPhotography - 45 -


- 46 -


Rafael Andrade @mfRafael

- 47 -


- 48 -


Rafael Andrade @mfRafael

- 49 -


Bruno sessa @punanyfotografia

- 50 -


- 51 -


Bruno sessa @punanyfotografia

- 52 -


- 53 -


Bruno sessa @punanyfotografia

- 54 -


- 55 -


eDI fORTINI @eDIfORTINIpHOTOGRAPHY

- 56 -


- 57 -


eDI fORTINI @eDIfORTINIpHOTOGRAPHY

- 58 -


- 59 -


eDI fORTINI @eDIfORTINIpHOTOGRAPHY

- 60 -


- 61 -


- 62 -


Dream Theater Dream Theater retorna ao Brasil com vรกrias cidades marcadas e um festival em Sรฃo Paulo

Por Augusto HUNTER| Foto Mark Maryanovich

- 63 -


O

Jordan, como foi trabalhar e gravar o ‘Distance Over Time’? Jordan Rudess: Foi um processo muito agradável gravar o ‘Distance Over Time’, todos nós decidimos ir a um local remoto no país e nos concentrar em nós mesmo, em nossos instrumentos, tocar e aconteceu que foi um período muito produtivo e divertido para todos.

Dream Theater é uma das principais bandas de Prog Metal do mundo e com anos e anos de carreira e agora estão retornando ao Brasil para uma tour incrível, tocando um de seus mais aclamados discos, o Metropolis Pt2: Scene From a Memory e ainda terão um festival com o seu nome em São Paulo. Conversamos com Jordan Rudess, tecladista da banda, sobre o novo disco, a vindoura tour de 20 anos do Scenes From A Memory, confiram a entrevista.

Esse seria um disco conceitual, ou quem complementasse algum outro? Não, esse não é um disco conceitual, todas - 64 -


as músicas têm sua própria identidade, nós temos o “The Astonishing” e o “Scenes From a Memory” e preferimos ir sem um conceito nesse disco.

passado, coisa que não posso responder. Jordan, nos conte qual a sua principal influência para quando você está escrevendo para o Dream Theater, o que faz você escrever? Então, eu estou sempre criando música, eu sou meio que, uma máquina criativa, estou sempre escrevendo uma música, ou mesmo fazendo algo mais visual, você sabe, eu fui contratado pelo Dream Theater anos atrás para ajudar na parte da composição, para estar no time de

Braço robótico segurando um crânio humano é a capa do disco, seria esse algum tipo de recado aos Humanos no futuro? Oh, essa é uma ótima pergunta ao artista, mas eu sei que ele estava tentando incorporar um tema clássico, algo tipo de ligação de futuro e - 65 -


criação da banda, sabe, é algo que eu amo fazer sabe, é minha onda, sabe? Agora, vamos falar da vindoura tour, ‘Scenes From a Memory’ na íntegra, ao vivo, como vocês chegaram a essa decisão? Nós vamos fazer “Scenes From a Memory” para comemorar seu aniversário, são 20 anos do disco e é o mais aclamado da banda, os fãs estão muito felizes por isso e é o principal motivo de estarmos tocando ele. Jordan, tem algum projeto que poderia acontecer, mas por algum motive isso nunca rolou? Olha, essa é uma pergunta interessante, hum, então, não sou de começar um projeto e não terminar, como acontece geralmente, mas tenho algumas músicas aqui no meu computador, algumas composições aqui, quem sabe um dia eu não as lanço. Legal, mas será que algumas dessas ideias poderiam se tornar alguma coisa? Então, eu tenho quase certeza que sim, é tudo uma questão de tempo. Scenes From a Memory nos conta a história de uma viagem de alguém em sua mente, terá algum tipo de produção diferenciada no palco? Sim, nós temos uma gama de novos vídeos para o ‘Scenes From a Memory’, criadas por um incrível artista que trabalhou conosco, seu nome é Wayne Joyner e ele fez um ótimo trabalho, o show está grandioso, teremos a música, todo a parte visual, iluminação, acho que vocês não têm noção da grandiosidade do que está por vir. Nessa tour vocês estão prometendo mais de 3 horas de show, poderemos es- 66 -


- 67 -


perar por muitos clássicos? Com certeza, vai ter muito de tudo, vai ser uma incrível noite!

das em nosso primeiro set, o segundo set inteiramente o ‘Scenes For a Memory’. Nessa tour vocês passarão por cinco cidades, alguma novidade para a banda? Não, já passamos por todas as cidades, então...

Você poderia nos adiantar alguma música? (risos) Ah não, deixa ser uma surpresa...

Como você pode analisar a atual cena do Metal Progressivo no mundo? Então, a cena nova está muito interessante, temos ótimas músicas rolando, incríveis músicos e eu sempre interessado em ouvir coisas

Só uma… (risos) Iremos tocar músicas do ‘Distance Over Time’ pela primeira vez e algumas coisas de nosso repertório e teremos coisas novas nunca toca- 68 -


novas, nós fizemos uma “Tour Festival” com ótimos nomes como Animals As Leaders, Tesseract e eu estou sempre de olho em novas bandas como Haken, tem uma banda instrumental nova, chamada Special Providence, tem uma banda Progressiva chamada Arch Echo, temos sempre que prestar atenção no que está acontecendo, tem muita coisa legal no mundo rolando. Jordan, você pode nos falar o maior desafio entre estar em estúdio e os shows? Estar em estúdio e ir ao vivo são coisas muito

diferentes, vários músicos preferem tocar ao vivo, outros preferem ficar em estúdio, é sempre muito diferente. No mais no que eu posso te falar é que quando você está tocando ao vivo a Estrada é seu pior desafio, todos os trajetos, entrar em ônibus e percorrer grandes trechos, estar em estúdio o desafio é ser paciente e focar no que você tem que fazer. Jordan, muito obrigado pelo seu tempo. Excelente, muito obrigado e até mais! - 69 -


Por SamantHA fEEHILY | Foto bANDA/dIVULGAÇÃO

A

banda paulista de metal moderno Skin Culture acaba de lançar o seu quinto álbum de estúdio, intitulado “Lazarus Eclipse”. O nome do álbum é uma metáfora para o renascimento da banda, que havia encerrado atividades em 2015 e teve seu retorno aos palcos no segundo semestre de 2018. O álbum foi produzido por Michel Oliveira, do Sputnik Studio (São Paulo) e contém 11 faixas, incluindo os já lançados singles “Selfie Kill” e “Fall On Knees”, este último tendo sido lançado uma semana antes do lançamento do álbum, junto com um clipe gravado no estúdio

Arte Filmes em Mogi das Cruzes-SP. O álbum foi disponibilizado no canal oficial da banda no Youtube e deve estar disponível logo em todas as demais plataformas digitais. Conversei com o Gabriel Morata, baixista da banda, sobre as novidades. Como foi a gravação do clipe? Foi muito divertido o dia da gravação, tudo fluiu muito bem! Fizemos tudo de forma otimizada e contamos com a filmagem do Lucas Calderaro da Monkey Imagens, o suporte do Douglas Silva, que já foi baterista do Skin Cul- 70 -


ture e hoje é um grande amigo da banda e eu fiz a direção e produção do clipe. Para mim ainda teve essa nova experiência como diretor e produtor do clipe, foi incrível. Antes da gravação foi uma correria pesada, pois estávamos também em fase final da produção do álbum, passamos um bom tempo buscando um local que se adequasse as exigências para gravar esse clipe e felizmente encontramos esse estúdio em Mogi das Cruzes, o Arte Filmes, quase que aos 45 do segundo tempo. Durante a concepção da ideia desse clipe, fizemos praticamente o roteiro de todos outros singles do

álbum, então podemos adiantar que teremos mais videoclipes para lançar do Lazarus Eclipse muito em breve! Você acha que os clipes ainda são a melhor forma de divulgação de som novo? Dou uma importância muito grande para a concepção visual e acredito que os videoclipes são a forma mais completa de se levar essa concepção do que a banda é visualmente, para o público. Música nunca é somente música, certo? Ela vem carregadas de significados e imagens que mesmo inconscientemente, faze- 71 -


mos em nossas mentes ao ouvirmos. Os videoclipes são importantes e complementares a arte, e além disso, fazem as músicas terem um alcance maior. Acredito que lançar um vídeo clipe é o que dá maior alcance, porém é importante também ter uma boa distribuição nas plataformas digitais, mídia física e tudo mais que estiver ao alcance da banda.

ferença na história do Skin Culture. Pensamos nele numa forma diferente, para ser além de um álbum de metal. Não que deixe de ser metal, longe disso! Mas o tempo todo, há elementos alternativos que vão além. Se você ouvir com atenção, vai conseguir identificar influencias de uma infinidade de estilos, como synth pop, hip hop, dubstep, punkrock, fusion, etc. Tem até uma surpresa ao final da última faixa do álbum, explorando e brincando exatamente com essa abrangência musical. Ainda na parte musical, buscamos deixá-lo completo no balanceamento das músicas, que possuem sempre muito peso e melodia, com grooves, solos, blast beats, breakdowns e sem perder a identidade do que é o Skin Culture. Na parte lírica, o Shucky olhou dessa vez para dentro. Não fala sobre “os problemas do mundo” como nos álbuns anteriores, mas sobre sentimentos, conflitos internos e situações que passamos que nos fazem superar nossos limites. São 11 sons extremamente sinceros e dá para perceber toda densidade que o álbum carrega nesse sentido.

Como anda a agenda de shows? Estamos em diversas negociações de shows, tanto pelos quatro cantos do Brasil, como por toda América do Sul. A agenda está aberta e se você quer o Skin Culture na sua cidade, na sua casa de show, é só entrar em contato! Acho que por sermos uma banda que sempre pensa na tour e não em shows individuais/pontuais, sempre corremos muito junto com os produtores, pra conseguir fazer tudo acontecer da melhor forma e levar o melhor show para o público! Qual a diferença do álbum novo? Acredito que esse é o álbum que faz toda a di- 72 -



E

xistem vários lugares no corpo de uma mulher que com apenas um simples toque, beijo ou massagem pode fazer com que ela sinta milhares de sensações boas. Claro que cada mulher tem o seu lugar favorito para ser tocada, mas alguns lugares que são comuns para quase todas as mulheres. Tocar uma mulher pode tanto deixar ela excitada quanto deixa-la relaxada, e isso pode até fazer para que aconteça outras coisas. Fiz uma lista para vocês, além de ter gravado um vídeo sobre sexo tântrico no meu canal, sobre alguns lugares que quase toda mulher gosta de ser tocada, e esperamos que essa matéria possa ajudar vocês na hora de fazer um carinho em alguma mulher. Confira então, a lista com 10 lugares do corpo da mulher que ao serem tocados, podem fazer com que elas sintam prazer, segurem a emoção:

Massagem nos pés Uma boa maneira de você agradar uma mulher e fazendo uma bela massagem nos seus pés. Deixar a garota de bom humor e relaxada vai ser muito bom deixar um clima mais agradável. Se você puder ainda usar alguns óleos especiais e uma música romântica, isso pode fazer com que a mulher relaxe mais ainda. Massagem nas mãos Lembre-se que o contato entre as mãos é o início de quase todo relacionamento, então manter esse contato é muito importante. Fazer massagem ou apenas acariciar, pode parecer besteira, mas algumas mulheres podem ter seu ponto quente nas mãos, podem sentir vontade de fazer outras coisas apenas pelo toque das mãos.


Samantha Feehily


Massagem na cintura A cintura é uma parte importante do corpo, centralizada, sensual e que toda garota gosta que toque, com a permissão dela é claro. Talvez a cintura seja o melhor caminho para tocar outras partes caso haja essa intenção, já que ele fica no meio do corpo. Beijar o abdômen O abdômen, assim como a cintura, é um ótimo lugar para fazer massagem e principalmente beijar. Se você tem problemas para deixar uma mulher excitada, dar beijos suaves na barriga pode ser uma boa dica. E obviamente, a partir do abdômen você pode partir para outras partes. Beijar a orelha A orelha é uma parte muito sensível do corpo, e dependendo do jeito que você beija essa parte da garota, isso pode até causar arrepios. Além dos beijos, dar uma cheirada e até uma mordida de leve na orelha pode fazer com que ela fique excitada e as vezes uma combinação de toques no corpo da mulher acaba gerando sensações incríveis para ela. Mas não babe muito, ok!? Massagem nas costas Quem não gosta de uma boa massagem nas costas, né? A maioria delas adoram, e se você fizer uma massagem bem feita, dando beijos suaves e passando um creme de pele, faz com que não apenas as mulheres fiquem excitadas, mas até os homens adoram ser tocados dessa maneira. Lábios Não é preciso beijar a mulher apenas na hora de cumprimentar ou na hora de dizer tchau.


Samantha Feehily

Os lábios podem liberar endorfina em nosso corpo, o centro do prazer do rosto pode enviar mensagens para o cérebro que acabam se espalhando por todo o corpo, além do beijo na boca ser uma sensação maravilhosa. Nuca A nuca é um lugar da mulher maravilhoso para se fazer massagem e beijar, além relaxar e de liberar uma tonelada de estresse. Depois da massagem e dos beijos suaves, um suspiro na nuca também pode ajudar na hora de deixa-la excitada. Coxas A coxa pode ser um dos lugares mais gostosos para se tocar de uma mulher. Essa região é muito sensível e fica muito perto do ponto mais quente do corpo da mulher, e quanto mais perto desse ponto mais a mulher vai se sentir excitada. O ponto mais quente E finalmente chegamos no lugar que dá mais prazer para as mulheres. O ponto mais quente da mulher tem mais de 8.000 terminações nervosas, cada mulher tem um clitóris diferente e gosta de ser tocada de um jeito específico, depende da sua sensibilidade. Uma dica é começar de um jeito bem delicado e fazer movimentos em círculo também é importante. Fazer com diferentes velocidades e pressões pode ser o caminho até você achar a maneira perfeita, e se você completar acariciando outras partes do corpo como o beijo na boca, também pode dar mais prazer ainda para a mulher. Use a sua imaginação e a toque, simples!


- 78 -


Elvenking A banda italiana retorna ao Brasil e faz show na 3º edição do Dark Dimensions Folk Festival

Por Renata Pen| Foto Andrea Falaschi

- 79 -


C

om passagem garantida para o Brasil, a banda italiana Elvenking é uma das atrações da 3º edição do Dark Dimensions Folk Festival e não poderíamos deixar passar. Conversamos com o Jakob, baixista da banda, que conta um pouco da trajetória do sexteto, o seu retorno ao país e outras cositas a mais. Acompanhe! Conta para a gente um pouquinho sobre o começo da banda. A banda foi formada em 1997 por Aydan (guitarra) e Damna (vocais), lançando a primeira demo em 2000 e o primeiro álbum “Heathenreel” em 2001, tendo assim contrato assinado pelo selo alemão AFM Records desde o começo. Depois de cinco álbuns, o Elvenking passou por mudanças importantes em sua formação em 2010-2011, e foi quando eu (Jacobi) me juntei a eles como baixista. Como vocês se conheceram? Os membros que fundaram a banda, eu acho que se conheceram de uma maneira bem tradicional, através de um anúncio em um jornal (bons anos 90). Quanto a mim, eu já havia encontrado com os caras algumas vezes quando minha banda abriu alguns dos shows deles, e ainda tenho alguns amigos em comum com Damna. Um dia estávamos apenas tomando um drink e ele me disse que estavam procurando por um novo baixista. Fiz o teste e rapidamente me juntei a eles como a última peça para a nova formação do Elvenking em 2011.

experimentações musicais na carreira. Os três primeiros álbuns foram uma mistura de Power Metal com elementos folclóricos, enquanto “The Scythe” apresentou um material mais extremo, e “Red Silent Tides” foi o oposto, foi mais melódico e mais popular. No final, nosso processo criativo voltou ao lugar onde nos sentimos mais confortáveis. Nosso projeto de 2014 “The Pagan Manifesto” é um álbum de volta as raízes, de um jeito redescobrimos uma maneira moderna em nossa mistura entre o metal melódico e a influência folclórica. Eu definiria “Secrets of the Magick Grimoire”,

As músicas mudaram muito desde o começo. Eu acho que os álbuns eram mais para o Hard Rock, mas agora o Folclórico é o espírito. O que acontece durante o processo criativo? Na verdade, o Elvenking passou por muitas - 80 -


Conte nos sobre as letras, instrumentos, roupas e maquiagem. Como vocês já devem saber, o nome do é “Reader of the Runes –Divination”, e será a primeira parte de um conceito de uma história. As canções e letras são ligadas umas nas outras, mas não podemos dizer muito agora. Quanto aos instrumentos, além da banda nós usamos bastante orquestra (ambas em um estilo clássico e moderno), mas não tenham medo amantes do folk, porque temos muitos instrumentos folclóricos e acústicos também.

lançado em 2017, seu lado obscuro, acho que um completa o outro. Quem virá para a América do Sul (membros da banda)? A formação para a turnê será Damna (vocais), Aydan e Rafael (guitarras), Lethien (violino) e eu Jacobi (no baixo). Nosso baterista Lancs será substituído nesta turnê por Symohn, que tocou em nossos álbuns “Era” e “The Pagan Manifesto”. O que tem de novo neste novo álbum? - 81 -


Como este convite aconteceu para virem ao Brasil? Nós já havíamos tocado no Brasil e Argentina com o Ensiferum em 2017, graças ao Marcos da Dark Dimensions Produções. Estes shows foram um grande sucesso para nós (pessoalmente uma das melhores memórias com a banda), então apenas mantemos o contato, e aqui estamos novamente. Agradecemos muito ao Marcos por acreditar na gente, de novo!

passeio? Claro que sim, se possível! Um dos aspectos mais legais sobre estar em turnê é poder ver lugares novos, novos países e gente nova (o que é diferente em apenas ser um turista). Infelizmente nós não temos sempre tempo para fazer isso, porque a agenda é sempre apertada...e eu temo que será o caso na turnê da América do Sul. Qual sua opinião sobre os fãs brasileiros? Os fãs brasileiros são incríveis! Na turnê de

Quando vocês viajam para outro pais vocês reservam um tempo para fazer - 82 -


está ouvindo suas músicas ou comprando seus álbuns? Quanto às vendas, nosso selo controla tudo e nós confiamos nele totalmente. Mas agora as bandas podem ter acesso às informações no serviço de streaming, eles podem te dar informações úteis sobre quem e onde os usuários estão. Nós sabemos que temos uma fanbase muito dedicada em países como Brasil, inclusive. E eu, pessoalmente estou muito otimista sobre nossa viagem. Então, vejo vocês em outubro! Saudações!

2017 em São Paulo, o público estava pegando fogo e isso é uma ótima lembrança. Além disso, algumas bandas brasileiras são adoradas na Europa. Não vejo a hora de poder estar de volta. Vocês gostariam de ter um Meet & Greet com os fãs? Se a agenda permitir, claro que sim! Mas se não, nós sempre tentamos conversar e beber juntos com eles depois do show. Como uma banda pode controlar quem - 83 -


Por SamantHA fEEHILY | Foto bANDA/dIVULGAÇÃO

B

anda Screams Of Hate teve seu início na cidade de Guarulhos/SP em 2002, onde cinco amigos que moravam na periferia se uniram para montar uma banda com influências nos generos Metal e Hardcore. Após diversas formações, em Março de 2011 começamos uma nova fase e formação que consolidou em nosso primeiro EP intitulado “Corrupted”, gravado no studio WSTF em São Paulo com o produtor Henrique Baboom, com cinco músicas abordando temas focado em Protestos Sociais e Comportamentos Humanos em geral para fazer com que as pessoas pensem em suas atitudes e no reflexo delas na sociedade.

Em 2016 e após nova mudança na formação, se tornando um quarteto, terminamos as gravações do debut-album intitulado “Neorganic” (traduzindo: uma nova forma orgânica de encarar a vida e seus desafios), que foi lançado em 07 de Setembro de 2016. As letras desse álbum refletem histórias reais vividas por seus integrantes, com foco em temas pessoais, comportamento, experiências e abrangendo também questões sociais. Link’s: 1st album- Neorganic - 2016 Ep - Corrupted - 2012 Facebook | Soundcloud | Youtube - 84 -



- 86 -


Hellish war Com cd novo na praça, a banda Hellish War conta um pouco do processo de gravação de “Wine of Gods”

Por Renata Pen| Foto Susi dos santos

- 87 -


Bill, como é poder se entregar totalmente ao Hellish War neste trabalho? Bil Martins: Obrigado pelo interesse e oportunidade de conversar com vocês. Para mim o comprometimento com a banda sempre foi o maior possível. No ‘Keep it Hellish’ eu não tive a oportunidade de criar muito, pois já estava quase tudo pronto quando cheguei, compus a letra de “Phantom Ship” com o J.R., fiz a linha de voz da mesma e fiz alguns ajustes nas outras músicas. Já no “Wine of Gods” pude compor, opinar mais e realmente colocar a minha

identidade sem descaracterizar o que a banda já vinha fazendo esses anos. Para mim isso é muito importante. Poder ter liberdade para colaborar e tentar fazer um trabalho de alto nível. Sobre as letras, a intenção é gerar um questionamento entre o bem e o mal? Bil: Não seguimos um conceito na hora de compor as letras para esse disco. No meu caso procurei escrever sobre temas que gosto e acho importante de serem falados e até discutidos. - 88 -


Não teve uma intenção propriamente dita nesse caso, mas curto quando as pessoas leem as letras e pensam sobre os assuntos ou vão pesquisar sobre determinada coisa contida nelas.

ser torturado e queimado vivo por ter nascido ruivo, ter uma mancha de nascença ou dizer que a Terra era redonda (risos). Claro que tinha muito mais coisa envolvida numa época em que a intolerância era brutal.

O que é ser vítima da ignorância? Bil: Nessa passagem em “Trial by Fire” a personagem está prestes a morrer condenada pela Santa Inquisição e ela está tentando entender o porquê dela estar passando por tudo aquilo. Ali o “ser vítima da ignorância” é bem no sentido literal. Imagine que você poderia

No Heavy Metal é muito comum usar história nas letras. O que os levou a falar sobre Napoleão, ou seja, sobre a Santa Inquisição? Bil: Eu particularmente amo História e sempre que posso escrevo sobre alguma passagem - 89 -


ou alguém importante historicamente. O assunto Inquisição sempre me interessou muito, assim como guerras e grandes líderes. Daniel Person: Já a letra da música “Devin” foi inspirada nas ruínas de um castelo de mesmo nome, localizado na Eslováquia, e que foi destruído por Napoleão. Eu vivi por pouco mais de um ano na Eslováquia no período entre 2015 e 2016, mais precisamente na cidade de Bratislava, capital do país, e visitei as ruínas de Devin muitas vezes durante este período! É um lugar de uma beleza natural incrível e carregado de muitas lendas. Fiquei muito

contente por este som ter entrado no álbum, pois essa música acaba sendo também uma homenagem ao país e a todos os amigos que fiz por lá, trago ótimas memórias desse período da minha vida. Vocês não lançam álbuns com frequência, mas quando bate a inspiração cada um arquiva sua ideia para então juntarem as ideias? Como funciona com vocês? Bil: No meu caso, como moro em outra cidade, acabo arquivando bastante coisa para mostrar - 90 -


Foi uma experiência muito legal e que gostaríamos de repetir no futuro. É o tipo de coisa que funciona para a gente, pois todos os membros do Hellish War são muito amigos - acho que não há como manter uma banda junto por muito tempo se não houver também uma boa afinidade pessoal. Como é tocar fora do país? O que trouxeram na bagagem (culturalmente e profissionalmente falando)? Bil: Para mim foi uma experiência ótima. Conhecer outros países, públicos, aprender como é o ritmo de uma turnê tocando quase todo dia e divulgar nossa arte não tem preço. O aprendizado é enorme. D. Person: Tenho ótimas lembranças das turnês que fizemos, é gratificante ver que a nossa música chegou a lugares tão distantes da nossa casa. Passamos por Alemanha, França, Polônia, Suíça, Bélgica e Holanda. Na Alemanha, fizemos shows até às segundas e terças-feiras, algo difícil de se imaginar no Brasil. E para um bom público! Foi muito legal poder dividir o palco por lá com bandas que eu pessoalmente curto bastante, como Omen e Wizard. Pretendemos voltar em breve! Qual foi a importância do PROAC neste projeto? D. Person: O Proac viabilizou o lançamento do álbum em condições perfeitas para a gente. Todo o mérito vai para a Som do Darma, nossos parceiros de muitos anos, que dedicaram muito tempo e esforço para que isso acontecesse. Foi possível contar com uma produção e divulgação de primeira linha, e em contrapartida já temos em nossa agenda os shows e oficinas musicais gratuitas acontecendo. Gostaria de agradecer a vocês da Rock Meeting pelo apoio de sempre e contem com a gente sempre que precisar! Muito obrigado!

depois. Mesmo assim durante as gravações eu acabei mandando várias ideias quase em tempo real para eles irem opinando. O restante da banda consegue ensaiar juntos com mais frequência para compor, mas também arquivam bastante material para somar em determinado momento. D. Person: Fizemos algo diferente dessa vez também: nos isolamos em uma chácara por alguns dias, somente a banda, para criar novas composições e finalizar algumas outras. “House on the Hill” e “Burning Wings” surgiram durante esses nossos dias de isolamento! - 91 -



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.