WORDS OF EDITOR
SPIRITBOX SUN KILLER
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. PEI FON @PE IFO N JORNALISTA, FOTÓGRAFA E DIREÇÃO GERAL DA ROCK MEETING
assados dois meses após o lançamento de 'Eternal Blue', dos canadenses do Spiritbox, o álbum ainda reverbera muito alto e claro. É assombroso, no melhor dos sentidos, o quanto esse début está sendo aceito. São tantas músicas boas que fica difícil selecionar apenas uma para colocar em uma playlist, mas resolvi destacar a música "Sun Killer". É incrível! Quando o álbum foi lançado por completo, peguei meu headphone e fui ouvir com mais atenção as canções que não conhecíamos ainda. "Sun Killer" abre a audição e prepara os ouvintes para
Foto: Alexander Bemis
o que está por vir. Ouso dizer que é o suprassumo de "Eternal Blue", pois apresenta cada detalhe que vai estar ao longo das 12 músicas do álbum. Com uma voz suave, inspirada pelas grandes vocalistas do Heavy Metal, Courtney LaPlante ganha o coração de todos que ouvem essa faixa. Quando você acha que vai terminar de uma maneira calma e serena, no minuto final você é surpreendido de uma forma que não há como dimensionar. Particularmente, já escutei várias vezes e é sempre uma surpresa. A música tem disso, perpetuar os bons sentimentos a cada audição futura.
. PEI FON @ P EI FON JORNALISTA, FOTÓGRAFA E DIREÇÃO GERAL DA ROCK MEETING
SUMÁRIO 2021
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75 06. PALE NOVO SINGLE "LITANY"
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13. STAIN THE CANVAS LETRAS QUE TOCAM O CORAÇÃO 39. AS EVERYTHING UNFOLDS "WITHIN EACH LIES THE OTHER" 67. VENUES LANÇA DÉBUT ALBUM "SOLACE" 75. AXTY OXIGENAÇÃO BRASILEIRA
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91. ACHROME "LEVAR A MÚSICA AO REDOR DO MUNDO"
DIR EÇÃO GER A L Pei Fon DIR EÇÃO EXECUTI VA Felipe da Matta COLA B OR A DOR E S Barbara Lopes Fernando Pires Gustavo Tozzi Kayomi Suzuki Marta Ayora Mauricio Melo Murilo da Rosa Rafael Andrade Uillian Vargas
CONTATO contato@rockmeeting.net
53 CURRENTS EXPOENTES DO METAL MODERNO
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INTERVIEW. PALE
“NOSSO OBJETIVO É NOS CONECTARMOS COM O OUVINTE”
PALE B Y G U S TA V O T O Z Z I PHOTOGRAPHY PROMOTION
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INTERVIEW. PALE
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ensando sempre em trazer novidades, a Rock Meeting conversou com a novíssima Pale. Vindos da Inglaterra, a banda é formada por Reece Banks (Vocal), Ryan Williams (Guitarra), Matt Kirkham (Baixo) e Tom Morris (Bateria). Pale é uma banda da qual todo fã da música pesada deveria ter na playlist. Por quê? Não precisa tecer muitas palavras, basta ouvir. A formação desse quarteto é bem recente, mas já são músicos que conhecem a cena e estiveram à frente de outras bandas. Hoje, com o Pale, esses caras sabem muito bem o caminho que quer trilhar. Abra a sua mente e conheça o Pale agora mesmo.
Pale surge em meados de 2020, lançando seu primeiro EP no início de 2021. Poderiam contar ao público como a banda se formou? Todos nós trabalhamos juntos em várias bandas e projetos nos últimos três ou quatro anos antes de formar o Pale. Todos nós compartilhamos o mesmo desejo de criar algo pessoal e único para nós, mas, ao mesmo tempo, criar algo com o qual tantas outras pessoas possam se relacionar.
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Ao prestar atenção no som de vocês é possível perceber uma ambientação sonora particular, variando do Post-Hardcore ao Rock Alternativo, com um tom emotivo nas composições. Quais são as principais influências da Pale e de seus membros? Todos nós temos gostos musicais muito diferentes dos quais extraímos nossas influências. Embora retiremos influência da música que ouvimos, eu diria que nossa principal influência não é uma banda ou artista em particular, mas a vida e as coisas que estão acontecendo ao nosso redor no mundo ou que estão nos afetando pessoalmente. Com o lançamento do single Absence (17.01.2021), a banda atingiu quase 40k em visualizações. Vocês esperavam alcançar tal marca já no primeiro single? De jeito nenhum! Ficamos incrivelmente impressionados com o apoio que recebemos, e não podemos agradecer a todos o suficiente por dedicarem seu tempo para ouvir nossa música, isso significa muito para todos nós. Em conexão com a pergunta anterior. A letra da música se encaixa perfeitamente no videoclipe de Absence ao mostrar momentos de solidão e angústia representados por
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Reece. Foi isso que a Pale buscou no processo de gravação do vídeo? Com certeza! Todo o conceito era capturar tanta emoção quanto pudéssemos em um sentido literal e metafórico. Nosso principal objetivo é nos conectarmos com o ouvinte e o telespectador, pois o que escrevemos é exatamente como nos sentimos, como tantos outros. Queremos que nossos videoclipes sejam parte integrante da experiência de ouvir nossa música. Quais são as expectativas de vocês quanto à repercussão do novo single Litany? Como foi o processo
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dessa composição? O processo de composição desse novo single foi longo. A maioria dos vocais foi escrita bem no início, pois tínhamos um tema específico em mente, mas o instrumental passou por várias reescritas e mudanças para capturar o tema e os sentimentos que buscávamos inicialmente. Como tantos outros na indústria, tivemos um momento particularmente difícil em colocar este novo single junto com a pandemia em andamento, no entanto, agora que queremos ser, pretendemos expandir ainda mais nossa história e realmente esperamos as pessoas podem se conectar com ele. Com exclusividade, a RM assistiu ao vídeo de “Litany”: em torno de um visual sombrio que explora uma vida abandonada pelo amor, como inicia a
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primeira estrofe da própria música, a explosão final é como se fosse um grito por (sentir) amor. Vocês concordam com essa interpretação? Gosto muito dessa interpretação! Sentimos que o vídeo e a faixa podem ter várias interpretações exclusivas para cada ouvinte e espectador. Estamos ansiosos para ver as impressões de outras pessoas sobre a música quando for lançada. É sempre bom ver como as pessoas gostaram da música e como se conectaram a ela. Absence e “Litany” já podem ser consideradas incluídas no próximo EP ou podemos aguardar um debut álbum? No momento, eles são apenas singles independentes e não temos planos para um EP ou um álbum. É algo que podemos fazer no futuro, mas agora gostaríamos que o foco principal fosse em cada música individual, ao invés de serem negligenciados em um EP. Dessa forma, sentimos que cada lançamento tem uma chance de se destacar e receberá a mesma quantidade de atenção aos detalhes no processo criativo também.
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Vocês já têm previsão de quando será o show de estreia? Estão muito ansiosos? É uma mistura para ser honesto. Definitivamente há sentimentos de ansiedade, pois é nossa estreia ao vivo e será a primeira vez que alguém ouvirá essas faixas ao vivo. Então, há também a expectativa de finalmente conseguir tocar essas músicas na frente de um público e ter a oportunidade de mostrar o cenário e as imagens ao vivo que criamos. Temos alguns planos para nossa estreia ao vivo em 2022 e estamos ansiosos para compartilhar mais sobre esse tópico em breve. Por fim, quais são as metas e projetos que podemos esperar de vocês? A Rock Meeting agradece por disponibilizarem seu tempo e torce por vocês! Em termos de objetivos, pretendemos que nossa música alcance um público mais amplo e esperamos nos conectar com o maior número possível de pessoas. Procuramos desenvolver o lançamento de Absence com este novo single e além para expandir os temas e ideias de Pale. Muito obrigado por conversar conosco e esperamos que goste do que temos reservado!
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“USAMOS A MÚSICA COMO UM MEIO DE COMUNICAR NOSSOS SENTIMENTOS”
STAIN THE CANVAS BY PEI FON PHOTOGRAPHY ARNAU RECTORET
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stava passeando pelos grupos nas redes sociais quando postaram uma notícia sobre o single de lançamento de uma banda italiana: Stain The Canvas. Anotei o nome, procurei o single e ouvi. Nessa primeira audição ganharam a atenção dessa que vos escreve. Formado por Bryan Marte (vocal), Lorenzo Accattoli (guitarra), Ricardo Cerolini (guitarra), Luca Giorgi (baixo) e Alessandro Bonetti (bateria), lançaram seu álbum de estreia, “God Made Hell”, em 2020, e já têm bons números para mostrar. Com uma aceitação muito boa logo de início, o quinteto italiano não está para brincadeiras, eles querem muito mostrar o que sabem. Pela primeira vez, o Stain The Canvas é entrevistado por uma mídia brasileira e nessa exclusividade, Rick, Bryan e H (Lorenzo) falam um pouco sobre esse álbum de estreia, retorno aos palcos, passado, presente e futuro. Confira agora mesmo essa entrevista especial. Com singles marcantes e com um número expressivo de plays, o Stain the Canvas é uma banda nova que se destaca no cenário da música pesada. Como tudo começou? Rick - A jornada do STC começou 4 anos atrás, quando eu, H (Lorenzo) e Luke
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nos mudamos para Milão para conhecer Bryan. Demos este grande passo em frente porque sentimos que era o único momento para iniciar um projeto real com objetivos reais. Nosso objetivo era começar a escrever música Metalcore e Bryan era o cantor perfeito para isso, então fizemos as malas. Vocês se apresentaram no mundo com “Like a God”. Com uma aceitação massiva dos fãs, fez com que vocês se destacassem. Em algum momento imaginavam ser abraçados pelo público dessa maneira? Rick - Quando “Like a God” foi lançado, não imaginávamos esse boom. Foi uma grande surpresa para todos nós. Acho que o sucesso do LAG depende de vários fatores e é muito difícil para mim mencioná-los todos. Com certeza o videoclipe na igreja azul é um desses! Curiosidade: no videoclipe ‘Like A God’ você pode ver nosso antigo baterista. E não, ele não é o Ale com cabelo comprido, pare de dizer isso! HAHA E vocês não ficaram parados e lançaram outros singles, “Anima” e “Hell Made Me”. Vocês creem que as suas músicas conectam os ouvintes pela proximidade que as letras têm do mundo real? Rick - Com certeza sim! As letras são uma parte essencial do processo criativo e esperamos que possam tocar o coração de nossos fãs. H escreveu todas as letras do GMH e todos nós as amamos. Ele é profunda-
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mente inspirado pela filosofia e literatura, especialmente de Platão, Svevo, Nietzsche, Freud. Os principais temas do nosso álbum de estreia são a alma e o comportamento humano, temas que toda pessoa enfrenta diariamente. Em 2020, vocês lançaram o debut álbum “God Made Hell”. Com mais de dois milhões de plays (e contando), qual a avaliação que fazem desse primeiro trabalho full lançado? Rick - Estamos muito felizes por isso e nunca esperávamos esses números, em particular porque o GMH foi lançado uma semana antes da pandemia global. Estamos surpresos com todo o apoio que os fãs nos deram e estamos muito orgulhosos do nosso primeiro bebê! Com o retorno dos shows presenciais, vocês estão podendo mostrar seu álbum de estreia. Como tem sido a recepção da galera? Bryan - Reiniciar os shows ao vivo foi uma lufada de ar fresco! Recentemente, participamos da “Music Resurrection Tour” na Europa, apoiando Elyne e Ankor. Não vamos mentir. A recuperação para shows ao vivo não foi imediata. A turnê foi ótima e todos os nossos fãs ficaram entusiasmados em nos ver. Foi uma loucura finalmente poder conhecer pessoas. Quando conheci o som de vocês foi através de “Anima”. Chamou a minha atenção à época e comecei a acompa-
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nhar o trabalho. Quão importante é planejar cada passo de uma banda? Bryan - Muito obrigado, Anima também é uma das nossas músicas favoritas. Planejar cada pequeno passo é essencial para uma banda, pois ajuda você a estar focado em cada prazo e bons resultados. Todos nós temos nosso trabalho dentro da banda e colocamos todos os nossos esforços para garantir que tudo dê certo. Sem dor sem ganho HAHA. Não podemos deixar de falar das novas músicas lançadas em 2021. “End” fala sobre a onda de desespero e pessimismo sobre o futuro causada pela pandemia. Como foi esse período para vocês? Qual o saldo após vivenciar isso de perto? Rick - A pandemia foi obviamente inesperada para todos nós. Por 20 anos rapazes ficaram reclusos em casa e não poder encontrar amigos e fazer shows tem sido tão deprimente. Felizmente, agora vemos a luz no fim do túnel. Reiniciar os ensaios juntos e conhecer os companheiros de banda não tem preço. Não poder fazer o que ama foi bastante difícil para todos nós durante a pandemia. “Overload.exe” resume esse sentimento, das incertezas à raiva. Qual a importância da música como mecanismo de ajuda em momentos difíceis? Bryan - A música influencia tanto os
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pensamentos quanto os hábitos das pessoas e, neste momento, é uma forma de se comunicar com as pessoas. Além disso, tem sido um medicamento essencial. A música para nós, neste contexto, tinha um peso diferente. Ao contrário do GMH, que tem um conceito específico, agora usamos a música como um meio de comunicar nossos sentimentos aos outros. “Condemned” é o mais novo single do STC. E existe uma retórica muito marcante de que todos estamos condenados... Ao quê? Fale um pouco sobre essa música. H – “Condemned” é uma crítica distópica a todos aqueles que tinham um ponto de vista positivista sobre a pandemia. Não conseguíamos entender como ser positivos enquanto somos impotentes, vendo nosso tempo desaparecer e, no pior dos casos, perder entes queridos. Neste cenário, não há luz no fim do túnel, e é isso que realmente sentimos enquanto trancados. Desconfiança, decepção e dor são os principais temas dessa música. Já são três músicas inéditas lançadas. Vocês pretendem lançar em EP ou já pode pensar no segundo álbum? Rick - Não podemos estragar muito aqui. Claro, haverá mais músicas em breve no próximo ano e estamos constantemente em estúdio gravando e produzindo novas músicas. Fique de olho em nossas páginas.
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A música que vocês fazem trazem elementos sonoros mais modernos e sinto que há uma inspiração bem marcante do Linkin Park. Como essas e outras ajudaram a construir a cena do metal moderno atual? Bryan - Certamente bandas lendárias de rock e metal moderno como o Linkin Park o trouxeram de volta ao mainstream para que qualquer um pudesse ouvir e se divertir. Você pode definitivamente notar a grande influência que eles tiveram em muitas bandas hoje em dia e assim aconteceu conosco, nós somos os caras da geração Y e o LP inspirou e moldou nosso som. Para finalizar a nossa conversa, ainda pretendem lançar mais singles ainda esse ano? Muito obrigada e sucesso para vocês. Se cuidem! Rick - Muito obrigado Pei e obrigado ao Rock Meeting pela entrevista! Espero falar novamente com você no futuro. Nova música está chegando, estamos trabalhando duro para fazer o melhor conteúdo STC de todos os tempos, como eu disse antes, não posso falar muito, mas convidamos a todos para ficarem de olho em nossa página do Instagram @stainthecanvasofficial ou Twitter @stainthecanvas para qualquer tipo de anúncio e talvez algum spoiler de bastidores.
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“ESTAMOS ESCREVENDO, CRIANDO E VISUALIZANDO TUDO O QUE ESTÁ POR VIR”
AS EVERYTHING UNFOLDS BY MURILO DA ROSA PHOTOGRAPHY PEARL COOK
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INTERVIEW. AS EVERYTHING UNFOLDS
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rente a um cenário caótico, podemos encontrar uma forma de nos libertarmos através da musicalidade agressiva e profunda. Versões brutais incrementados ao sofrimento de um ou mais indivíduos podem se tornar verdadeiras poesias para um coração em busca de alento. Com essa essência melancólica sobreposta a gritos de esperança e socorro, os ingleses do As Everything Unfolds expõem a identidade de uma legítima banda Metalcore, na qual a beleza emotiva se funde a frases e instrumentação visceral, criando uma atmosfera densa e protestante, conquistando o público por meio da veracidade e do apelo pelo que se é cantado. No lançamento de seu primeiro álbum, após o lançamento de incríveis e marcantes singles, a Rock Meeting aproveitou para trocar uma ideia com esses caras, que se mostraram experts na arte de comover e fazer o sangue dos ouvintes subir à cabeça. Confira a seguir como foi esse bate papo. Após 2 EPs consecutivos e o lançamento de vários singles, a banda está finalmente lançando com seu debut álbum nas principais plataformas de streaming. Após essa jornada, como vocês se sentem em ter chegado a essa nova etapa de
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suas carreiras? Foi um momento assustador, mas gratificante. Sinto que lançar um album de estreia hoje em dia é tão antecipado e essa expectativa pode criar tanta ansiedade sobre como será recebido, mas foi melhor do que poderíamos esperar! Foi uma alegria enorme e estou feliz por termos dado o passo em frente e estou animado com o que mais está por vir. Desde o início da carreira, com os EPs “Closure” e “Collide” e agora com o primeiro album, de que forma vocês percebem a interação do público durante essa trajetória até o Debut? Foi uma construção muito lenta com os EPs, nós pegamos fãs aqui e ali online, mas muitos de nossos fãs foram criados a partir dos shows que fazíamos e que faríamos sempre que podíamos, mas entre escola / universidade e trabalho foi difícil. Também não tínhamos gravadora e tudo o que fazíamos foi lançado por nós mesmos e tínhamos que aprender a fazer as coisas nós mesmos e às vezes não era perfeito! Nossos fãs permaneceram leais e sempre nos apoiaram e muitos deles estavam pedindo um álbum por um longo tempo. Vocês fazem parte de uma cena em que o Post-Hardcore aposta bastante também em elementos da música pop, como versos melódicos e riffs de guitarra clean. De que forma que vocês entendem que essas misturas podem aproximar o público a
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esse estilo musical? Usar elementos da música pop, fórmulas pop e apenas psicologia geral da música (usada em composições de música pop) é a melhor maneira de trazer pessoas que normalmente não gostariam de 'metal' ou 'pós-hardcore' para a esfera e vice-versa, como às vezes muitos fãs de 'metal' podem ter a mente bastante fechada. Esta banda adora fundir gêneros e estilos, todos nós ouvimos uma grande variedade de músicas e se conseguirmos que fãs de ambos os lados curtam, isso é uma vitória para nós! Com um total de 11 faixas, “Within Each Lies the Other” tem atingido importantes números de plays e visualizações 8 meses desde sua estreia. O que esse reconhecimento, por parte dos fãs e público em geral, significa para o grupo? É tão incrível, a resposta é tudo que poderíamos ter desejado e muito mais, e as pessoas estão empolgadas com o futuro da banda tanto quanto nós, o que é algo muito gratificante! A faixa que abre o album, “On The Inside”, já chegou à marca dos mais de 2 milhões plays no Spotify, sendo o destaque desse novo trabalho. Para o grupo, o que essa música em específico tem de tão especial para os fãs e público em geral? Quando estávamos escrevendo esta música, sabíamos que iria cair bem, era uma das favoritas da banda desde o início, é diver-
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tido, é cativante e é ótimo ao vivo para fazer a multidão ir. Quanto ao videoclipe de “On The Inside”, lançado em março deste ano, praticamente junto com o album, há uma temática em plano sequência, na qual os integrantes da banda são apresentados em diversos locais de um mesmo cenário, para no fim estarem juntos como banda. Como foi essa experiência? Foi divertido! Não tínhamos feito um vídeo dessa maneira antes, tínhamos que coreografar cada movimento que fazíamos e tínhamos que fazer isso em seções repetidamente até acertarmos, queríamos que parecesse um vídeo no estilo de uma cena, tanto quanto poderíamos. Antes de seu lançamento e inclusive, depois, o album teve uma divulgação bastante trabalhada na parte visual, com um total de quatro videoclipes que somam quase 1M de views no YouTube. De que forma se desenvolve essa sinergia entre imagem e música, tratando-se de “Within Each Lies The Other”? Durante o processo de gravação, estávamos jogando ideias no apartamento enquanto estávamos absortos na música, criamos esse tema coeso e queríamos segui-lo por toda a campanha e nos comprometer totalmente com ele. O tema era a carta do tarô mágico, mas mais ainda o
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significado por trás de seu significado vertical e descendente, que estava intimamente ligado ao conteúdo lírico, e a partir de então o nome "dentro de cada um está o outro" foi criado, o equilíbrio de si mesmo. Ao longo de alguns dos videoclipes, percebemos uma identidade padronizada, principalmente quanto a estética dos cenários e paleta de cores, dialogando com a cover do album. Mas além disso, há também uma interessante personagem que aparece mais de uma vez, coberto por um véu vermelho. Qual a ideia dessa figura? A figura pretende representar o mágico da carta do tarô mágico, uma figura para lembrar ao longo dos vídeos que é uma presença em todas as músicas e seus significados. Outra música com uma ótima repercussão é “Hiding From Myself”, uma das últimas tracks do album inclusive, e que já está com quase 1M de no Spotify. Com um refrão marcante e constantes modulações na voz e nos instrumentos, como foi o processo de composição dessa música? Na verdade, essa música foi escrita pouco depois de lançarmos ‘Closure’ e foi a música perfeita para preencher a lacuna entre as músicas mais antigas e as do novo álbum. Queríamos criar algo divertido, caótico e pesado com aqueles refrões cativantes que
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amamos, é definitivamente uma das músicas mais ambiciosas do álbum, as pessoas poderiam ter dito que tinha tantos elementos que soava como uma bagunça, mas em vez disso, as pessoas adoraram! Ao longo das faixas, o album passa por uma evolução em que a melodia fica mais densa e melancólica, de forma que os vocais limpos vão ganhando mais espaço e se expandem em refrões marcantes e potentes. Qual a ideia dessas modulações para a narrativa do album? Nós realmente queríamos levar você a uma jornada com o álbum, onde você fosse levado para os elementos mais sombrios e melancólicos conforme o álbum avança. No final, queríamos que a instrumentação realmente ocupasse um lugar secundário e se aquietasse, permitindo que os vocais tivessem uma sensação real de ambiência e profundidade antes que a onda de som voltasse para os refrões. Entre os assuntos abordados nesse album, temos temas delicados como depressão e solidão, mas também exibe uma importante posição de revolta e inconformidade, de forma a influenciar os ouvintes sobre essas atitudes. Para vocês, como a música pesada pode ajudar o público a superar questões semelhantes?
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A música sempre foi uma forma de escapismo para todos nesta banda, mas não apenas a música, a cena e as pessoas ao seu redor. Queríamos criar músicas com as quais as pessoas pudessem se relacionar, colocar suas próprias histórias nas canções, algumas juntas como um grupo e cantar com o coração, e espero fazer alguns amigos que eu sei que alguns de nossos fãs em nossa banda fizeram. Encontrar-se em shows se uma pessoa vai a um show sozinha e é tão adorável ver, e exatamente o que queríamos. Por fim, a banda chega finalmente com seu trabalho completo, dando de presente para os fãs uma obra comovente, energética e repleta de importantes reflexões. Com isso, o que mais podemos esperar para os próximos passos do grupo? Muito obrigado pela atenção de vocês e sigam com essa presença cativante! Continuamos a trabalhar o tempo todo, estamos escrevendo, criando e visualizando tudo o que está por vir e estamos ficando mais confiantes em nosso produto quanto mais crescemos, e não podemos agradecer a todos o suficiente pelo apoio!
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“DECIDIMOS DAR O NOSSO MELHOR”
VENUES BY PEI FON PHOTOGRAPHY VENERA RED
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xiste um mundo lá fora que é muito maior do que imaginamos, seja na cultura, seja nos costumes, seja na linguagem, seja na música. E nessa vibe de conhecer o que há de bom, fomos até a Alemanha, um celeiro de bandas e festivais famosos, nessa seara conhecemos o Venues. Atualmente formada por Lela (vocais limpos), Robin (scream), Constantin (guitarra), Valentin (guitarra) e Dennis (bateria), o quinteto alemão de Metal Moderno lança seu segundo álbum, “Solace”, pela Arising Empire. “Solace” foi produzido por Christoph Wieczorek (Annisokay) e é um álbum que reflete a maturidade desse grupo. A Rock Meeting teve a oportunidade de conversar com a vocalista Lela Gruber. Muito simpática, ela respondeu as nossas perguntas com bastante sinceridade e mostra paixão pelo que faz. Vindos da Alemanha, vocês já possuem dois álbuns e “Solace” sendo o mais recente. Nesses cincos de banda, qual a avaliação que fazem da caminhada que estão trilhando? Lela - Desde que entrei para a banda no início de 2019, só posso falar dos últimos três anos. Tem sido uma jornada incrível desde então. E eu acho que o Venues deu um grande passo com a mudança na formação. Poderia ter significado o fim para a banda, mas os caras tiraram o melhor proveito disso e pegaram o Valentin e eu como novos mem-
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Foto - Pia Böhl
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bros. Então, decidimos dar o nosso melhor e seguir em frente fazendo shows e trabalhando em coisas novas. Não sabíamos como trabalharíamos juntos no que diz respeito a composição e produção, mas se encaixou tão bem que estamos absolutamente felizes com o caminho que tomamos. Tomando como referência a fala de Robin ao dizer que, em 2020, a banda o ajudou a manter a sanidade. Qual a importância da música para manter a saúde mental?
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A música é absolutamente importante para manter a saúde mental. Trabalhar no “Solace” foi a única coisa que manteve cada um de nós em movimento durante os últimos dois anos, quando o mundo parecia ter parado. Essa pandemia contínua nos mostrou, mais uma vez, como somos sortudos por podermos escrever músicas juntos e criar algo que permanecerá. Mas não só a música é importante para a saúde mental. Acho que são todos os tipos de arte que realmente ajudam a lidar com as coisas. Não apenas criando, mas também consumindo.
O reflexo do amadurecimento Venues é “Solace”: mais pesado, mais melódico e envolvente. Com pouco tempo de lançado, já foi ouvido mais 650k vezes e continua contando. Vocês esperavam por uma resposta tão rápida? Claro, esperávamos um bom feedback. Mas ficamos muito curiosos porque os ouvintes ainda não ouviram minha voz. Substituir os vocais principais é uma grande coisa, então não sabíamos o que esperar. Poderíamos ter perdido alguns fãs, mas ganhamos muito, o que nos deixa muito orgulhosos e gratos. Isso
nos faz sentir que tomamos as decisões certas e nos mantém motivados, então começamos a trabalhar diretamente em coisas novas. Vocês foram preparando os fãs com o lançamento das músicas “Rite of Passage”, “Shifting Colors”, “Whydah Gally” e “Deceptive Faces”. Com muitas respostas positivas, como vocês lidam com essa receptividade? Estamos totalmente felizes com o feedback incrível que recebemos até agora. Então, como eu já disse, estamos trabalhando em coisas
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Foto - Ilona Gerasymova
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novas e esperamos que as pessoas gostem pelo menos tanto quanto gostam do nosso álbum atual. Isso realmente mantém nossas cabeças acima da água. Especialmente agora, quando não temos certeza se a turnê será possível no próximo ano. Os vídeos dessas músicas conquistam a atenção do espectador. Em parceria com o videomaker Marius Milinski, vocês mostram personalidade e apresentam suas músicas de uma maneira bem interessante. Como surgiu essa colaboração? Marius é um velho amigo da banda. Ele filmou todos os videoclipes que Venues já fez. Então, a banda estava trabalhando com ele há muitos anos. Foi fácil para nós escolhê-lo novamente para esse tipo de vídeo. Nós apenas sabíamos que queríamos criar algo especial e não apenas performance. Marius ouviu o álbum e teve a ideia de uma história engraçada e maluca de zumbis. Ficamos instantaneamente entusiasmados com isso, então decidimos deixar Marius escrever a história toda. “Whydah Gally” foi a primeira música que ouvi do Venues. Fiquei na expectativa de ouvir a voz de Lela e foi uma grata surpresa. Encaixa perfeitamente na proposta que a banda tem, a sensação é que ela sempre fez parte do grupo. Como vocês acharam
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ela? Foi um processo seletivo, indicação...? Eu conheci Constantin por alguns anos. Nós nos conhecemos em um show do Steel Panther onde eu tive a honra de cantar uma música com a banda no palco. Constantin estava na multidão e filmou minha performance com seu telefone celular. Depois do show, nós nos encontramos aleatoriamente em algum lugar da multidão e eu dei a ele meu número para que ele pudesse me enviar o vídeo. Alguns anos depois, vi que o ex-vocalista do Venues havia deixado a banda e Constantin e eu voltamos a entrar em contato. Ele me convidou para participar do ensaio e eu fui lá. Nós instantaneamente tocamos um set inteiro e parecia que isso se tornaria algo ótimo. Os caras me convidaram para entrar na banda e o que devo dizer? Eu aceitei ;) “Solace” contém 10 faixas que são ‘exorcismos de energias negativas’. Diante dessa perspectiva, vocês acreditam que a pandemia aflorou os nossos piores medos? Talvez não nossos piores medos, mas definitivamente alguns. Nunca pensamos que chegaria um momento em que não poderíamos nos encontrar na sala de ensaios ou mesmo sair de casa. Isso era novo para todos nós. E começamos a escrever
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músicas quando o primeiro bloqueio aqui na Alemanha nos atingiu. Felizmente, todos nós pudemos gravar em casa para que pudéssemos continuar a compor sem nos encontrarmos pessoalmente. Por um lado, isso foi muito estranho e realmente não parecia certo, mas por outro lado, como eu já disse, escrever músicas e trabalhar no álbum nos manteve ocupados e sãos. “Rites of Passage” tem uma letra bastante interessante, algumas destas frases refletem os diálogos que há nos relacionamentos. Vocês têm recebido feedback sobre essa questão relatada na canção? Tentamos manter nossas letras bem abertas para que cada ouvinte possa pegar o que precisa da música. Mas sim, Rite of Passage é sobre relacionamentos entre duas pessoas. Eu realmente espero que alguns de nossos fãs tenham encontrado consolo neste e sentiram que eles não estão sozinhos com seus sentimentos. 2022 já começa com o pé na estrada, vocês vão sair em turnê junto com os conterrâneos do Oceans. Qual a expectativa para esses shows? Em primeiro lugar, estamos absolutamente maravilhados com a turnê. Será nossa primeira turnê como co-headliners e estamos trabalhando em nosso show para
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trazer as músicas ao palco da melhor maneira possível. Finalmente temos a liberdade de criar o show como queremos que seja. Como tem sido esse retorno aos palcos? Como se sentiram ao voltar a reencontrar o público, sentir esse calor que vem dos fãs? Foi incrível. Nossa primeira vez de volta ao palco foi para um festival de streaming online. Isso foi um pouco estranho porque estávamos atuando na frente de câmeras em vez de pessoas reais. Então, você pode dizer que tivemos um começo suave para voltar aos shows ao vivo. Nosso primeiro festival real com um público real estava fora deste mundo. Estávamos absolutamente empolgados e nunca esquecerei o sentimento que tive quando nossos fãs se juntaram a nós e cantaram nossas músicas. Especialmente aqueles do novo álbum que nunca tocamos ao vivo antes. As redes sociais são uma bela ponte para estar próximo do fã e durante a pandemia foi uma ferramenta fundamental. Vocês têm contato com o público brasileiro, por exemplo? Mantemos contato com todos os nossos fãs em todo o mundo através das redes sociais. Eu acho incrível como você pode espalhar sua palavra facil-
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mente hoje em dia e como é fácil manter contato com as pessoas, mesmo que elas vivam do outro lado do planeta. Então, se você está lendo isso, fique à vontade para nos enviar uma mensagem no Instagram, Facebook etc. Ficamos felizes em ouvir nossos fãs e conversar com eles. Não importa de onde eles são ;) Para finalizar a nossa conversa, quais os planos do Venues para esse finalzinho de 2021. Muito obrigada e muito sucesso para vocês. Estamos saindo em turnê para abrir uma banda alemã chamada Emil Bulls. A turnê será apenas na Alemanha, mas mal podemos esperar para pegar a estrada novamente. Além disso, estamos trabalhando em novas músicas e planejando nosso show ao vivo para a turnê com o Oceans no início de 2022. Mal podemos esperar pelas próximas semanas e meses. Parece que vamos nos divertir muito!
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B Y S U Z U K I K AYO M I PHOTOGRAPHY SARAH HOLICK
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O Currents acabou sendo um veículo para todas as pessoas que queriam deixar a cena musical de Connecticut e chegar em algum lugar”. Nas palavras de Brian Wille fica um breve resumo do que representa o Currents para a cena musical. Com 10 anos de carreira e muita sinceridade envolvida, o quinteto americano já lançou três álbuns de estúdio e atualmente é formado por Brian Wille (vocal), Chris Wiseman (guitarra), Ryan Castaldi (guitarra), Matt Young (bateria) e Christian Pulgarin (baixo). Em entrevista exclusiva para o Brasil, a Rock Meeting conversou com o vocalista Brian. Ele foi bastante atencioso as nossas perguntas e não nos deu muitas pistas sobre os próximos passos, muito embora já adiantou que vem algo novo por aí. O Currents tem 10 anos de carreira, correto? Brian - 10 anos atrás a banda acabou de começar, com uma formação bem diferente e a banda começou a fazer shows locais, divulgando seu nome na cena local. Um dos integrantes fundadores,
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quando outras pessoas começaram a sair da banda, estava procurando outros integrantes de bandas de Connecticut que eram sérios e queriam levar o Currents para frente. O Currents acabou sendo um veículo para todas as pessoas que queriam deixar a cena musical de Connecticut e chegar em algum lugar. É uma coisa legal. E como você avalia esse progresso até agora? Todas as minhas expectativas foram atendidas e agora é apenas uma série de “o que mais pode ser feito”. Estamos todos entusiasmados com o futuro da banda. No começo o Currents estava tentando encontrar sua identidade como banda, como você acha que estava indo essa parte? Eu sinto como se tivéssemos redimido o que pensamos ser o nosso som. O que gostamos, o que achamos que outras pessoas gostam, e tentar equilibrar essas coisas. Acho que estamos em uma boa trajetória, tipo... Estamos muito empolgados com o que está acontecendo, sem dar nenhum spoiler agora, mas estamos muito empolgados, é tudo o que posso dizer. Algum dos integrantes diverge em pensamentos e ideias? Qualquer pessoa que estava na banda, sempre pensou tipo “Oh Matt é um ba-
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terista tão legal e este será seu primeiro álbum sendo capaz de mostrar o que ele pode fazer”. Estou muito animado para o Matt mostrar o que ele realmente pode fazer. Em geral, todos contribuem com ideias, Ryan lança algumas ideias principais aqui e ali, e às vezes acaba sendo uma música inteira. Chris está sempre em algo novo, algo animado. Então vocês realmente se dão bem quando criam algo para o Currents, certo? Absolutamente. Nem todo mundo está tão envolvido no processo criativo no que diz respeito à música, no mesmo nível que as outras pessoas, mas eu acho que é meio padrão. À medida que vamos adicionando as ideias e influências de outras pessoas, como por exemplo ter Christian na banda é incrível, eu acho que é uma energia tão legal, ele realmente traz muita empolgação. Quero escrever coisas que impressionem meus amigos mais próximos. E seu álbum de estreia, "The Place I Feel Safest", foi lançado em 2018, você acha que atingiu seus objetivos com esse lançamento? Acho que tudo meio que funcionou da maneira que deveria funcionar, não acho que mudaríamos nada. E o nome é interessante, "The Place I Feel Safest", você acha que é o lugar onde o Currents se sente seguro ou as
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outras pessoas se sentem seguras? Oh, muitas pessoas se sentem seguras nele, isso é certo. Eu acho que é um dos favoritos dos fãs, eu gosto muito de "The Place I Feel Safest" e é legal revisitar essas músicas. Tenha seu charme, sabe. E no ano passado todo mundo tinha novos lançamentos programados, turnês agendadas, mas a pandemia apenas adiou ou cancelou tudo. Quais você acha que são os lados positivo e negativo deste momento? Negativo no sentido de que poderíamos ter feito muitos shows para divulgar o álbum. O que é uma grande parte da divulgação do álbum para as pessoas. Mas fomos privados disso por causa da covid. No final das contas, ter aquela presença na internet durante a covid foi uma grande coisa, foi uma grande parte do crescimento da banda. Se tivéssemos a oportunidade de fazer mais turnês com essas músicas antes do lançamento do álbum e após ele ter sido lançado, talvez tivéssemos alcançado mais pessoas, talvez. Ainda assim, a reação está além das minhas expectativas. Mas isso é realmente comum, quando uma banda lança um álbum e eles querem sair em turnê. Eu meio que sinto que as músicas gravadas evoluem, ou mudam, depois que você as apresenta ao vivo, não é? Sim, você vem com seus toques pessoais. Você pensa “se eu mudar um pouco essa palavra, ela vai fluir um pouco melhor”.
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Às vezes digo algo diferente, mas nada muito louco. Às vezes eu ouço as pessoas falando, toda vez que vão no primeiro show da turnê, e no último, a música soa diferente, mais emocionante, sabe? Muitas bandas se familiarizam com as músicas, depois tocar elas ao vivo e ver elas se espalhando pelo mundo. Você pode gostar de uma música no disco, mas você toca ao vivo e ela simplesmente não bate da mesma forma para você ou para ninguém, sabe? E você fica tipo “ah, tudo bem”. É o que é, mas uma vez que você encontra as músicas que as pessoas ressoam em um show, isso é uma coisa emocionante. E você lançou o álbum "The Way It Ends" durante a pandemia, você acha que os sentimentos durante o lockdown interferem no resultado do álbum? Não sei, porque o álbum já havia sido lançado nessa época. Eu apenas ouço como qualquer outro álbum. Não acho que meus sentimentos mudaram com nenhuma música, ainda acho que as que gosto são as que gosto, e acho que todos têm a mesma ideia. Foi difícil trabalhar durante uma pandemia? Então, nós realmente não pegamos essa 64 // ROCK MEETING // NOVEMBRO. 2021
parte. Quando estávamos em casa, muitos de nós simplesmente voltamos para o trabalho doméstico comum. Todo mundo tem suas próprias coisas para fazer, mas não praticamos muito, já que cada um de nós estava fazendo suas próprias coisas. Estávamos planejando coisas para a banda, obviamente, mas você tem que manter a vida em movimento. Houve alguma restrição nos EUA que limitou suas atividades? Como não poder ir a um estúdio, não poder se reunir para falar sobre músicas futuras. Agora que você mencionou, houve momentos em que realmente queríamos praticar e ficar juntos, mas com a covid vem com muitas complicações. Pessoal e profissional. Não podia ter reuniões grandes em uma sala, e quando podíamos fazer isso, as pessoas ainda não se sentiam confortáveis com a ideia. Seja o que quer que mantenha todos seguros e confortáveis, isso é o mais importante. Muitas bandas mudaram para o modo online durante a covid, como fazer reuniões online, publicar vídeos. O Currents chegou a pensar nisso? Temos estado muito quietos online, para ser honesto. Nós postamos drops, e anúncios de turnê. O que eu acho é que agora é um bom momento para interagir com as pessoas online, você consegue res-
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ponder e falar com as pessoas, tentando fazer essa conexão. Mas espera quando vocês começaram a criar o "The Way It Ends"? Antes ou depois da pandemia? Foi antes da pandemia. Não tínhamos ideia de que a pandemia iria acontecer quando planejávamos lançar o álbum. Tínhamos dois singles lançados, tínhamos anunciado o lançamento e todos estavam esperando por isso, então não poderíamos simplesmente dizer “vamos atrasar o álbum até sei lá quando”, acho que isso é errado. E o que é engraçado é o título do álbum, o nome é meio assustador, “The Way It Ends”. Especialmente com tantas bandas se separando porque não tinham condições de continuar... É meio engraçado, porque olhe o título do álbum, é literalmente sobre o apocalipse. Poucos meses antes de seu lançamento, as coisas ficaram ruins. Tivemos um tempo para sentar-nos, pensar sobre isso, mas acabou do jeito que aconteceu. O título foi decidido antes, todas as artes foram feitas, tudo foi feito bem antes, e então tudo fechou. Acaba sendo tudo mera coincidência. É tão engraçado que o álbum seja como o fim de tudo, e de repente temos quase o fim de tudo. Como uma previsão. Mas como foi a sensação ao ver tudo sendo cancelado e fechando?
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Foi um pesadelo, porque você apenas olha e pensa "O que está acontecendo?" "Quando vai ficar normal de novo?" e ainda estamos aqui. E vocês pensaram em interromper atividades ou ficar totalmente online, streaming ao vivo e outras coisas? Pensamos nas transmissões ao vivo, vimos bandas fazendo essas performances interativas online. Do jeito que pensei que queríamos fazer, o orçamento não dava. Todo mundo está tentando manter as coisas funcionando, as ideias fluindo, mas não poderíamos fazer algo assim da maneira que queríamos. Eu vejo bandas que apenas fazem streams do Twitch de ensaios, ou apenas se sentam em uma sala e tocam, e soa muito bem. Eu acho que há uma maneira viável de você fazer isso sozinho, mas até que percebêssemos isso, nós já tínhamos decidido continuar como uma banda ao vivo. Em "The Way It Ends" você traz vocais limpos e tons mais sutis, mas também pode se tornar mais pesado e agressivo. Como você gerencia esse equilíbrio durante cada música? Eu não sei, muito disso sai da estrutura. Chris é um músico com formação clássica e geralmente o que ele faz é agitar as coisas do jeito que quer, com a estrutura. Olhamos para coisas como o primeiro refrão e cada parte tem um nome e um propósito. Acho que isso é útil e ajuda a estimular a criatividade de forma a manter as coisas dinâmicas e estimulantes. Você apenas tem que encontrar aquele equilíbrio que você acha que dá certo; se você gostar, é difícil pensar em como as outras pessoas se sentirão a respeito. Porque se
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você está confiante e animado, nada importa. Isso vem naturalmente, certo? Sim, exatamente. E geralmente, essas são as melhores ideias. É muito interessante ver como as bandas têm integrantes com formação clássica, o que é completamente oposto ao tipo de música que vocês fazem. Então, como é trabalhar com alguém com uma formação musical tão diferente? É um desafio para mim às vezes, porque sempre vou me preocupar se eu disser algo que não é "musicalmente correto", ele vai me dizer que está errado, mas ele não faz isso e é muito compreensivo. Ele tem muita experiência em trabalhar com bandas, e ele é simplesmente o cara mais tranquilo de todos. Eu envio a ele algo em que estou um pouco preocupado e ele me retorna com coisas construtivas. Então, ele sempre vem com conselhos construtivos para todos, como "não faça isso" ou "faça aquilo"? Sim, mas muito disso é apenas incentivo. Ele não vai ficar caçando probleminhas, a menos que ele sinta que precisa, mas se não fizer isso é ótimo. Ele tem um amplo conhecimento de música, acho que todos nós temos, mas ele tem um gosto muito extenso. Ele sempre escutou aquele disco, sempre checando coisas novas, músicas novas e muito mais. 68 // ROCK MEETING // NOVEMBRO. 2021
E você? Você busca por novos lançamentos ou vai apenas em busca de um tipo específico de música? Eu meio que escuto um tipo específico de música, normalmente ouço músicas mais descontraídas como o Circa Survive. Não tanto metal, eu acho que é uma coisa boa porque eu amo metal, e amo música alternativa, então quando estou criando eu gosto de trazer minhas influências para a banda, se eu puder é claro. Você quer dizer que os outros integrantes às vezes vêm e dizem “não, isso não vai funcionar”? Quero dizer, se alguém não gosta de algo, eles vão dizer. Acho que ninguém vai reprimir seus pensamentos e opiniões se algo não for bom. Confio que eles me avisarão quando algo não estiver bom. É interessante que você mencionou que escuta mais música descontraídas, porque às vezes as pessoas têm essa imagem de que bandas de Metalcore ou hardcore ouvem apenas esse mesmo tipo de música. Acho que muitas pessoas são assim, independentemente de admitirem ou não. Você pode apenas gostar de um gênero de música, mas mesmo as pessoas que ouvem música muito pesada também acabam ouvindo música mais
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leve, rock, canções pop ou até mesmo hip-hop. Todo mundo tem um gosto musical variado, o que é bastante comum hoje em dia. Muitas pessoas ouvem muitas coisas. Tenho a sensação de que ainda há pessoas que pensam: “Gosto de metal, então só posso ouvir metal”. Eu sinto que esse tipo de pessoa existe, mas também sinto que eles estão ficando para trás. Saia um pouco da sua concha, vá explorar. Sim, você precisa de uma pausa ou vai enjoar de tanto ouvir a mesma coisa sempre. Eu sinto que tenho essa pausa ouvindo “The Way It Ends” porque você tem músicas agressivas, mas também há um momento para respirar e curtir músicas mais sutis. Acho que é uma parte importante fazer um disco que funcione. Você não tem que fazer grandes avanços em qualquer direção, mas contanto que você mantenha as coisas em movimento, está tudo bem, só manter empolgante e interessante. O céu é o limite. Uma das músicas que me chamou a atenção é “A Flag to Wave”, que parece que você está procurando um significado. Fale mais sobre como foi trabalhar nessa música. Quando eu escrevia cada linha, pensava 70 // ROCK MEETING // NOVEMBRO. 2021
muitas coisas ao mesmo tempo. Eu acho que uma música vai tomar forma conforme você avança e escolhe diferentes tópicos para extrair significado, como inspiração. Quando eu escrevi senti, e ainda me sinto assim, que é sobre darmos um passo em direção ao mundo e sermos nossa própria entidade, por assim dizer. Tínhamos essa visão para "The Place I Feel Safest", mas não alcançamos isso, ainda estávamos aprendendo muito naquela época, estávamos tendo muitas oportunidades e as coisas simplesmente se ajustaram. Eu acho que esse álbum foi como se estivéssemos chutando a porta e entrando com tudo, tipo “Somos nós!”. Muitas de suas letras carregam muitos sentimentos, com os quais muitas pessoas podem se identifi-
car. Quão próximas essas letras estão de seus próprios sentimentos? Eu acho que de uma certa maneira quando eu penso sobre isso, todos estão procurando por algo que possam se apoiar e realmente acreditar nisso. Algumas pessoas perseguem a religião, mas as pessoas têm algo em si em que desejam se alinhar a algo. Uma forma significativa. Eu acho que isso é meio que minha própria busca por algo assim, e isso é uma coisa contínua para todos. Acho que seria legal ter algo em comum para que as pessoas pudessem aproveitar para fazer parte de algo. Isso é verdade, vemos muitos comentários em seus vídeos dizendo “Eu me identifico com isso”. Como você se sente com esses comentários?
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É incrível, quero dizer, se alguém ressoa ou se conecta com a nossa música, isso é ótimo. Eu acho que é o que mais sinto falta nas turnês. Me Conectar às pessoas, conversando com elas em shows. Algum encontro memorável que permaneceu com você até agora? Muitas tatuagens, o que é sempre incrível. Não é muito uma conexão, mas isso tem estado na minha mente recentemente, que é uma família que vem e tem seus filhos muito pequenos, e eles vão a muitos shows de metal. Eu não os vi no último show, eu sei que eles estavam lá, mas aquela família… sério. Qualquer família que traz seus filhos aos shows, eu acho muito legal. Isso é realmente muito legal! Mas também é assustador, porque shows de metal e hardcore normalmente têm mosh pits e tudo.
Sim, você tem que ficar seguro, colocar seus protetores de ouvido e tudo mais. Seu segundo álbum tem números impressionantes em serviços de streaming, uma das músicas tem mais de 5,5 milhões de reproduções. Vocês imaginaram chegar nesses números? Nah. Quero dizer, você define metas para si mesmo de uma certa forma, mas isso está muito além das minhas expectativas. E o Currents está indo muito bem, tocando em festivais e indo para a Europa fazer uma turnê com o Crystal Lake, como é a sensação? Ah meu Deus, está sempre nos sonhos e você imagina isso na sua cabeça. É legal. Lembro da última vez que não recebemos a oferta para ir para a Europa, e você fica pensando "isso seria tão legal" e então acontece. O choque cultural é legal, e como viajar era algo que eu não fazia muito antes da banda, então é uma ótima oportunidade de apenas experimentar as coisas. E estou tão animado para ver Crystal Lake novamente, eles são uma banda incrível e pessoas tão legais. E festivais? Você toca para muitas pessoas diferentes. Com certeza, nesses festivais, você tem uma diversidade de pessoas tão grande e que normalmente não vem nos seus shows normais. Não sei, é muito legal, além disso, você tem bandas diferentes. Você
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sempre pensa em “quem vai pegar seu set”. Você tem a chance de conhecer tantas pessoas, você pode ver velhos amigos, só de ver seu amigo passando é ótimo. Agora vocês estão voltando aos palcos, fazendo shows e se conectando com os fãs mais uma vez. Como você está lidando com isso? nervoso, animado? É uma mistura de sentimentos. De certa forma, traz alguma emoção, mas também sinto que estamos começando de novo. Só de passar por toda aquela coisa obscura na covid, parece uma espécie de despertar. Ainda fico nervoso antes de subir no palco. Antes eu não me importava, eu apenas subia e vamos lá, mas agora estou um pouco nervoso. Acho que é porque ficamos longe do palco por quase um ano e meio. E o que vem por aí para o Currents? Estamos apenas escrevendo, fazendo shows como podemos. Temos mais anúncios de turnê chegando, mas não podemos dizer muito. Estou definitivamente empolgado com a turnê pela Europa, Cascade foi anunciado como convidado. Mas, até agora, é isso o que posso dizer.
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BY MURILO DA ROSA PHOTOGRAPHY FELIPE HERVOSO
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ansiedade é um sentimento corrosivo, presente no cotidiano de muitos de nós. Porém, através do sofrimento que esse nos passa, podemos encontrar uma maneira de protestar, utilizando dessa entidade destrutiva para criar uma força de manifesto através do poder da música. Nascido em São Paulo e já alcançando reconhecimento internacional, a banda AXTY exibi o potencial técnico de seus integrantes sem vulgaridade ou prepotência, deixando claro que o importante é conversar com os demais, com quem escuta e compartilha desses mesmos sentimentos, alimentando a vontade de gritar e expressar tudo o que fica retraída em nossa mente e alma. Com a formação agora completa, acompanhando o destaque dos novos singles e o álbum que está a caminho, o pessoal da Rock Meeting trocou uma ideia com a galera dessa promissora banda de Progressive Metalcore, que por meio de sua autenticidade une elementos do rock pesado ao hip-hop e o trap. Confere aí como foi esse bate papo. O Metalcore acabou se tornando um dos estilos de música extrema com
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INTERVIEW. AXTY
maior propagação mundialmente, seja pela proximidade com o público ou pela identidade sonora. Para vocês, como foi a escolha desse subgênero em específico? Foi algo natural, pois temos como principais influências bandas dessa vertente do metal. Desde o surgimento da banda até hoje, buscamos criar músicas que sejam uma extensão daquilo que curtimos e admiramos, então acabamos orbitando ao redor desse subgênero. E além disso, vocês são totalmente independentes, ou seja, todos os planejamentos e produções da banda são por parte dos próprios integrantes. Como é manter uma atividade tão notória e constante por conta própria assim? É desafiador e muito gratificante, com vários acertos e erros. Fazer tudo por conta própria forçou um amadurecimento rápido, mas consome um tempo enorme também, então requer muita dedicação. 78 // ROCK MEETING // NOVEMBRO. 2021
Tratamos a banda como uma empresa, dividimos as tarefas internamente e todos da banda levam as responsabilidades muito a sério, sendo que para três integrantes é um trabalho em tempo integral, Felipe Hervoso, Felipi Grivol e Jonathas Peschiera, que inclusive criaram um negócio com os conhecimentos adquiridos ao longo desse processo: o Noiseforge Productions, produtora audiovisual e marketing digital direcionado para artistas e bandas independentes. Em sua identidade visual, vocês também trazem bastantes referências de outras bandas desse universo, nacionais e internacionais. Para vocês, de que forma o conceito visual do AXTY dialoga com os fãs? Da mesma forma que nossos fãs se identi-
ficam com nosso conceito visual, somos fãs de outras bandas desse universo e nos identificamos e buscamos uma identidade visual que é semelhante. Estamos sempre analisando o que nossos ídolos estão fazendo, como estão fazendo, e traduzindo isso para nossa realidade, sem violar os valores pessoais e mesclando tudo isso com os aspectos culturais e regionais que compartilhamos com nossos fãs. Após a consolidação do grupo como quinteto, vemos também uma construção de identidade muito mais ampla e autêntica, demonstrada em seus lançamentos mais recentes. Qual evolução vocês percebem no AXTY desde o início até agora? No início as músicas eram mais voltadas para o virtuosismo instrumental. Com o tempo, percebemos que o principal ponto de conexão do ouvinte com a música é a voz, o que está sendo cantado, a emoção que está sendo expressada. A partir daí, esse se tornou o foco. O ins-
trumental não deixa de ser importante, mas tem a função de criar a atmosfera, o cenário que irá viabilizar e direcionar essa expressão. O fato de aumentar o número de integrantes também aumenta o leque de influências, testamos elementos de outros gêneros musicais (pop, trap, hip-hop, deathcore etc.) em diferentes músicas, então houve evolução no processo criativo e em como incorporar esses elementos para trazer inovações na nossa sonoridade. O grupo já lançou dois playthrough com o baterista Gabriel Vacari e o vocalista Felipe Hervoso. Como esses materiais interagem com o público da banda? A ideia do playthrough é dar um foco maior no instrumento em questão, então o público que interage com esse conteúdo
INTERVIEW. AXTY
acaba sendo o de pessoas que também tocam o instrumento, ou que tem uma curiosidade maior pela execução das músicas. É uma forma de aproximar músico e público, sem a carga conceitual que os videoclipes oficiais têm. O quinteto já teve seu estilo musical comparado a grandes nomes do Metalcore internacionais, principalmente referente à qualidade técnica do grupo como um todo. Quais são as suas principais influências para as composições do AXTY? Nossas principais influências dentro do Metalcore são Bring Me The Horizon, Architects, Wage War, Dayseeker e Polaris. Os videoclipes também são bem expressivos, assim como as músicas
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em si. Em “What I’ve Become” e “Walk Away” vemos um contraste em relação à paleta de cores, em que um se aproxima mais de tons rosados e vivos, e no outro temos um filtro mais sombrio. Como essas versões conversam com as músicas específicas? Sempre definimos uma paleta para cada videoclipe e isso se estende para todas as artes relativas àquele lançamento, as cores ajudam a reforçar sentimentos e tentamos utilizar isso em nosso favor. Em ‘What I’ve Become’ a ideia foi contrapor motivos originalmente felizes (balões e brinquedos), com a sonoridade e temática triste da música. Utilizamos o contraste da cor rosa claro com o som pesado, pois normalmente bandas de metal utilizam paletas mais escuras,
focando no preto como representação da sonoridade do estilo, então quisemos fugir disso. Já em ‘Walk Away’ reforçamos as cores preto e dourado para enfatizar o luxo da locação onde gravamos. A letra fala sobre abandonar uma situação ou pessoa, então quisemos transmitir esse sentimento de querer ir embora, apesar da beleza e aparente perfeição do local. Mesmo inseridos no universo do Metalcore, a banda também utiliza bastante de elementos do Hip-Hop e Trap em suas músicas, dando uma cara ainda mais autêntica para suas músicas. Como surgiu a ideia de misturar tais elementos à essência de suas canções? Gostamos de ouvir esses estilos também e sempre buscamos inovar em nossa sono-
ridade, então resolvemos explorar com essa combinação. A repercussão foi muito boa, então é algo que devemos explorar novamente no futuro. Em 2020, vocês lançaram o single “Dark Eyes”, que conta com a participação de Scotty Overdose, que contribui à música com um verso hip-hop, agregando à pegada agressiva do som. De que forma surgiu essa parceria? Conhecemos o Scotty pelo Instagram, tratava-se de um artista em ascensão muito talentoso no nicho, com trabalhos já lançados, mas que ainda era acessível. Enviamos uma mensagem para ele com a ideia de participação e tudo fluiu da melhor maneira possível. O trecho dele em “Dark Eyes” ficou perfeito, deu uma roupagem nova ao som.
IINTERVIEW. N T E R V I E W . AMISSTIQ XTY
O single “What I’ve Become” até então é o que possui o maior número de plays na plataforma Spotify. Na letra, vocês trabalham bastante com questões delicadas e íntimas de todo e qualquer indivíduo. Quais os principais temas implícitos no discurso dessa música? A música trata de aceitação, superação e persistência. É sobre olhar para trás e entender que os traumas que aconteceram e que pareciam ser o fim do mundo na época, tiveram um desdobramento positivo e ajudaram a moldar quem somos hoje. É sobre lembrar que estamos vivos, apesar desses traumas, e que devemos seguir em frente sempre. Já no EP de “What I’ve Become”, temos uma introdução intitulada Look, que precede a música tema. Na sequência, temos a música ori82 // ROCK MEETING // NOVEMBRO. 2021
ginal e demais versões desta em diferentes estilos, como Unplugged, Lo-fi e instrumental. Qual foi a ideia de vocês em dar essas diferentes versões a essa música? Quisemos fazer um EP em torno dessa música, explorar outras possibilidades com ela. A ideia da intro já existia e dela surgiu a versão Lo-fi. A versão acústica era óbvia também, pois a música já lembra uma balada originalmente. Para completar o EP, incluímos também uma versão instrumental. Vocês fizeram uma campanha de lançamento de singles e EP. Com o caminho já trilhado, conhecemos “Helpless”, seu álbum debut. Acrescentando músicas mais pesadas, e tendo a participação de Mi Vieira (Gloria), como tem sido a repercussão?
A repercussão está muito boa! A música "Until We Die" entrou para duas playlists de curadoria oficial do Spotify (com isso tivemos 4 músicas do álbum que foram selecionadas para playlists oficiais) e o álbum já superou a marca de 600.000 streamings. Os feedbacks que recebemos são bem positivos e, apesar de ser um álbum heterogêneo (vamos do deathcore ao pop-punk nas músicas), a maioria das pessoas têm dito que gostou dele em sua totalidade. “(IN)s4n1ty” é de longe a faixa mais pesada do álbum “Helpless”. Com uma forte influência do nu metal, vocês trazem elementos modernos e dão o toque AXTY ao som. Fale um pouco sobre essa música. Essa música foi concebida com a premissa de ser intensa, direta, rápida e ter um groove acelerado e cativante, daqueles que é difícil ficar parado quando a gente ouve. Há fortes
influências do som do Wage War e juntamente com 'A Perfect Son', é uma das músicas onde mais usamos efeitos (glitches) diferentes na guitarra, explorando ao máximo os tipos de sons que podemos tirar do instrumento. Sobre o peso, trouxemos ele também para a letra, que é mais agressiva e uma das poucas do álbum que possui conteúdo rotulado como explícito. “Your Eyes” é uma canção bilíngue e conta com a participação de Mi Vieira (Gloria). Há muitas bandas que cantam em idiomas distintos e que dão certo. Como foi o processo para harmonizar português e inglês? O processo ocorreu de forma muito natural: definimos os trechos da música onde teríamos a participação do Mi e o deixamos totalmente à vontade para a criação das suas partes, que foi feita em dois encontros entre as bandas. Como a maior parte
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da carreira dele é composta por trabalhos em português, já imaginávamos que teríamos essa mescla de idiomas na música, mas não vemos isso como um problema. O resultado ficou ótimo e esperamos que com essa música nosso público (que é majoritariamente estrangeiro) conheça o Gloria e que os fãs do Gloria conheçam nosso trabalho.
Se a intenção é atingir o mercado internacional, é necessário fazer as músicas em inglês. Esse é o principal ponto. A comunicação também deve ser internacionalizada e as ações de marketing focadas nesse mercado. De resto é o mesmo que para o cenário nacional: focar em qualidade e ter persistência, saber que as coisas não acontecem do dia pra noite e que é preciso insistir.
A banda começou aqui no Brasil, em São Paulo, e hoje vocês já estão marcando presença em importantes playlists editoriais de plataformas de streaming como o Spotify. Alguma dica para inspirar demais artistas nacionais que queiram seguir caminhos parecidos?
Vocês foram selecionados como um dos artistas a participar no Top 10 Brasil para a segunda etapa do Vans Musician Wanted, junto com outros grandes nomes do nosso mercado do rock pesado e alternativo. Como é fazer parte de um evento tão importante assim?
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Fomos completamente pegos de surpresa! Fizemos a inscrição no evento, mas sem muitas esperanças de seleção, pois o evento cobre todo território nacional e para todos os estilos, não só o metal. Então foi uma alegria imensa receber a notícia de que estávamos no top10. Esse reconhecimento por parte de empresas que fomentam eventos musicais é muito importante pra cena e ajudou muito na divulgação do nosso trabalho. E agora, em dezembro de 2021, o AXTY vai abrir para o show do Gloria, junto com a banda Little Quake. Quais as expectativas para esse grande festival, junto de uma das bandas mais notórias do Metalcore brasileiro? Obrigado pela receptividade e
sucesso nessa nova jornada! Estamos super felizes e ansiosos! As expectativas são as melhores possíveis, fazer nosso show de estreia dividindo um evento com a maior banda de Metalcore do cenário nacional é a realização de um sonho e um atestado de que estamos no caminho certo, de que todo esforço e sacrifícios valem a pena. Somos muito gratos ao pessoal do Gloria, em especial ao Mi Vieira, que além de ser um músico incrível é um cara simples, que tem nos ajudado demais e que tem o coração do tamanho do mundo. Muito obrigado a todos vocês da Rock Meeting, pelo espaço e apoio que nos tem dado nesse início de carreira! Vocês fazem um ótimo trabalho e somos gratos pelos convites realizados. Um abraço, AXTY.
INTERVIEW. ACHROME
“LEVAR NOSSA MÚSICA AO REDOR DO MUNDO”
ACHROME BY MURILO DA ROSA PHOTOGRAPHY PROMOTION
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ARTICLE. ACHROME
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m momentos difíceis, às vezes a melhor saída é gritar, gritar e gritar mais um pouco. Deixar nosso espírito falar e nossa revolta rasgar as palavras. Como dito pelo pessoal da banda Achrome: “(...) mal podemos esperar para gritar nossas músicas junto com o público...”. E com essa energia que a banda de Progressive Metalcore aceitou trocar uma ideia com a Rock Meeting. Com o lançamento recente de dois singles e um álbum a caminho, o grupo nascido na Itália faz questão de abordar assuntos árduos e importantes em sinergia com o público. Letras profundas, versos envolventes e uma linha instrumental robusta e eletrizante, a Achrome fomenta a revolta dos ouvintes frente a inconformidades morais e conscientiza sobre temas delicados e tangíveis, por meio de vocais rasgados, riffs e linhas de bateria intensas, sucedidos por refrões marcantes e cativantes. Confere a seguir o bate papo que essa galera teve com a gente, aproveitando o hype que esses novos materiais deixaram a nós, fãs e ouvintes. Agora com a formação completa, o Achrome está retomando as atividades e se preparando para uma
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nova fase na carreira da banda. Quanto ao início, como foi para o vocês se tornarem a banda que são atualmente? Tem sido difícil nestes anos chegar ao ponto em que estamos agora, enfrentamos muitas situações difíceis, começamos do zero e depois de tantos sacrifícios e tanto esforço chegamos ao ponto em que estamos. Mas isso é apenas o começo para nós, continuamos a trabalhar duro para nos aprimorarmos e tentar levar nossa música ao redor do mundo. O grupo não realizou mais shows desde que a pandemia do COVID 19 começou. Mas agora, vocês já estão com agenda cheia, cada vez mais próximos de voltarem aos palcos. Qual a sensação de poder gritar junto com a plateia depois de tanto tempo? Não tivemos a chance de voltar a tocar ao vivo ainda, mas estamos ansiosos para voltar mais carregados do que nunca e mal podemos esperar para gritar nossas músicas jun-
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to com o público. Depois de quase dois anos parando de viver para a gente vai ser como da primeira vez. Voltar ao palco e sentir o calor do público são o principal objetivo deste ano. O Achrome é mais um pilar dentro da multiculturalidade representada e defendida pelo Metal internacional, principalmente o Metalcore. Para vocês, como é fazer parte dessa entidade mundo afora? Fazer parte dessa cena é um pouco como fazer parte de uma grande família. Sendo uma pequena realidade, você pode criar um bom vínculo com outras bandas e com seu público. Quanto ao aspecto técnico, desde que começamos a tocar o que nos fascinou nesse gênero é a mistura que se cria entre riffs pesados, gritos e refrões melódicos.
o posicionamento dos integrantes quanto a conflitos internos, tais como insegurança, incerteza e angústia, comuns no dia a dia de muitos. A banda busca atingir de que forma o público com sua proposta? Com nossas letras, procuramos expressar o que cada um de nós com certeza já passou pelo menos uma vez na vida, sempre buscando diferentes pontos de vista e fazendo com que quem lê os nossos textos se identifique com eles.
O primeiro EP de vocês se chama Inferno, conta com 5 excelentes tracks e já está completando 3 anos desde seu lançamento. Daquela época até então, qual evolução vocês sentem na musicalidade do Achrome? Com o passar do tempo, sempre experimentamos e escrevemos o que veio de dentro. Em termos de evolução com as novas canções, elevamos o nível tanto na busca por novos sons quanto na escrita, inspirando-nos em diferentes gêneros como pop, Trap e, claro, Metal.
Vocês estão com dois novos singles este ano, sendo “Bury Me (Let Me Sleep)” o mais recente a ser lançado. Nessa música, o grupo utiliza de trechos predominantemente melódicos, com alguns trechos mais agressivos, dando uma estética imersiva para a canção. Como foi o processo de construção desse single? Começamos com a ideia de criar uma peça melancólica, mas também agressiva, que descreveria totalmente os dois estados de espírito que esse período de pandemia nos causou. A nível técnico partimos com a ideia de criar uma peça que misturasse partes muito melódicas com breakdowns pesados e agressivos, mas ainda dirigida não só para quem ouve este gênero, mas também para quem sai pela primeira vez.
Nas letras está bastante presente
O single “Bury Me (Let Me Sleep)”
ARTICLE. ACHROME
também ganhou um videoclipe promovido pela Spaceuntravel. Dialogando com a canção, o clipe tem uma construção atmosférica que dá uma ideia de conforte em meio ao caos da nossa mente. Quais conceitos foram levados mais em consideração para a elaboração desse filme? O vídeo descreve uma situação de profunda solidão e depressão, causada por um momento histórico que nenhum de nós poderia ter previsto. O vídeo foi filmado com a ideia de trazer à tona o que cada um de nós já experimentou em si pelo menos uma vez na vida. Outro trabalho inédito é a música “Dropz”, mesclando o peso ao sentimentalismo implícito na canção. O principal tema a ser tratado nesse single é a luta constante contra a depressão de um indivíduo, mas além disso, quais outras mensagens fazem parte desse trabalho? A mensagem que queríamos lançar com Dropz era lutar contra a depressão sem a ajuda de drogas que não o salvam realmente dela, mas que a colocam em pausa por um curto período para então fazer você voltar ao estado em que estava. Para isso, o melhor é sempre buscar ajuda e cuidar por conta própria Forças para sair. Escolhemos
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um método de escrita mais agressivo para Dropz justamente para lançar esse tipo de mensagem da maneira mais adequada. O videoclipe de “Dropz” apresenta uma narrativa com dois personagens que são perseguidos constantemente por espectros sombrios e degradantes, sendo um deles o próprio peso da banda em si. Como foi transmitir a mensagem da música através do audiovisual? Com Dropz, pela primeira vez, experimentamos o uso de atores para transmitir totalmente nossa mensagem. Graças à sua experiência recriamos o cenário perfeito para Dropz, dando ao vídeo aquela sensação de ansiedade e solidão recriada pela cenografia em torno dos atores. Os drops pesados das músicas vem como um soco na cara da realidade, juntando-se a letras intensas e progressivas e utiliza também de efeitos cósmicos e eletrônicos, reforçando a autenticidade de seus materiais. Quais influências musicais e/ou pessoais contribuem com a identidade do Achrome? São muitas as bandas e gêneros musicais que nesses anos formaram nosso estilo, embora a cada música procuremos misturar vários gêneros. Certamente duas bandas que nos inspiraram desde o início são
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Bring me The Horizon e Architects. Vocês promovem o empoderamento alheio frente a esses sentimentos e aflições que perturbam o cotidiano de muitas pessoas, como uma mensagem para nos mantermos firmes e nunca abandonarmos a esperança. Para vocês, de que forma o Metalcore se tornou um meio de propagar esse ideal? Em nossa opinião, o grito pode transmitir plenamente aquela sensação de raiva, frustração e angústia que muitas pessoas tentam expressar e jogar fora, mas às vezes não têm força para isso. Graças a esse tipo de música eles podem desabafar. Com dois esmagadores singles inéditos e videoclipes provocantes, a banda retoma as atividades com sua identidade consolidada. O que mais vem por aí? Agradecemos muito pela receptividade e continuem com essa essência única! Estamos prestes a lançar um novo single que concebemos durante o período de quarentena, colocamos toda a frustração vivida naquele período e esperamos poder tocá-lo ao vivo o mais rápido possível. Obrigado pela oportunidade, foi um prazer para nós sermos entrevistados. Saudações do Achrome!
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