Falar de povos tradicionais de matrizes africanas é falar de uma tradição milenar
Todos aqui sabem ou já ouvirão falar pelos seus avós, muitas vezes de uma maneira deturpada, porem, todos sabem que não é uma religião que nasceu ontem, mais que vem dos antepassados e que chegou ao Brasil junto com nossos irmãos, negros africanos, que ajudaram na construção do nosso país. Essa religião que veio com eles representava a fé no que eles cultuavam Foi essa fé que manteve eles vivos pra suporta os maus tratos, as torturas, e a angustia de terem sido arrancados de suas raízes para serem vendidos como mercadorias, como animais, pois eram avaliados pelas suas arcada dentaria como se comercializavam cavalos, porem, eles eram seres humanos como nós que tinha sonhos, desejos, vidas, almas e sangue correndo nas veias . Até hoje esse mesmo povo através dos seus descendentes sofre por ter uma fé, um modo diferente de adorar ao nosso Deus. Esse Deus que é igual ao Deus do católico, do protestante e do espírita. A única coisa que mudo é o idioma pelo qual esse Deus é chamado por se tratar de uma língua africana. Vivemos em um país laico, onde a constituição brasileira garante a todos a liberdade de expressão. Falar de matriz africana é falar do Brasil, pois a religião de matriz áfrica tem em sua cultura a natureza representada nos orixás. Exu, representando o movimento do universo; Ogum, o aço, o guerreiro incansável na luta pelo seu povo; Oxossi, o caçador que sai em busca de alimentar seu povo; Iemanjá, a rainha do mar, mãe de todos; Oxum, senhora dos rios e da fertilidade; Xangô, senhor da justiça; Oyá, senhora das tempestades, guerreira; Obaluaiyê, senhor da cura, da saúde, Oxumarê, o arco-íres; Ossain, orixá patrono das ervas (folhas); Iroko, o vento; Nanã, o barro orixá mais velho, Oxalá, a vida.
Sendo assim, qual o mau em respeita e cultuar a natureza que foi criada por Olorum, ou seja, na língua portuguesa Deus. Os africanos trouxeram ao Brasil muito mais do que religião, trouxeram sua culinária riquíssima, suas belas danças, suas musicas, sua dança em forma de arte – a capoeira que tem salvado os jovens das drogas por meio da sua cultura. Falar da cultura de matriz africana é simplesmente resumida em fé e perseverança, pois ate os dias de hoje somos alvos de descriminação por não ser o padrão por sermos diferentes por ser feliz com todo que conquistamos.
Muito obrigado
Jose Jackson dos santos Babalorixá – presidente da ASTUC – Associação Sergipana dos Terreiros Umbanda e Candomblé.