Revista dos Professores de Tecnologia em Produção Multimídia 4ª Edição | 2º Semestre 2014 Especial de Aniversário - 15 anos de Curso
Produção Gráfica Juliana Moraes Rodrigo Abdo
ORNI ORRI CO
IT IN
SUMÁRIO
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Evolução da Multimídia: Memórias de Professora.
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Multiplas Mídias, Todas Juntas e ao Mesmo Tempo.
Dagmar Gomes
Eduardo Bonini
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Mais Redes Menos Sociais: As Redes Sociais e a Não Relação Social.
Direito na Multimídia: Uma Breve Retrospectiva.
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Cultura Estética, Ética e Multimídia.
Angela Pintor
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No Meu Tempo...
Beatriz Pacheco
Simone Freitas
Fabrício Korasi
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Um Educador Diante das Transformações Tecnológicas.
Caudia Hadagh
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Há 15 Anos...
Rafael Dourado
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Quando iniciei como professora de Desenho no tecnólogo em Design de Multimídia, antigo nome do curso, em 2000, que ainda funcionava na rua Scipião, no bairro da Lapa, os alunos concebiam e produziam os seus projetos para CD-ROM. Na época, essa era a tecnologia emergente, responsável por armazenar e difundir conteúdos interativos diversos. O termo “queimar CD”, ou seja, gravar em CD, era muito comum. Passaram-se alguns poucos anos e já havia a discussão sobre o que fazer com todos esses CDs, pois os computadores, hardwares e softwares evoluíam com velocidade alucinante. Os CDs tornavam–se obsoletos com a mesma velocidade e as informações contidas neles perdiam-se e nem sempre era possível recuperá-las. Somava-se a essa questão o fato do grande acumulo de lixo que esses CDs provocavam. Eram pilhas e pilhas de CDs, sem nenhuma utilidade. Discutia-se, então, as possibilidades que a Internet oferecia para armazenar e difundir dados. Ainda não existia a ideia de compartilhamento de informações e armazenar conteúdos na “Nuvem”. Esses projetos e discussões pertenciam a um número muito restrito de estudiosos e especialistas na área. Lembro-me também, logo quando nos transferimos para o Centro Universitário Senac Campus Santo Amaro, em 2004, de observar um objeto, muito interessante, que um professor do curso trazia pendurado no pescoço. Perguntei-lhe do que se tratava e ele me informou que era um pen drive. Disse-me que aquele mente o disquete – lembram dele? – e o CD-ROM. Na época, achei o “brinquedo” muito caro e brinquei: – Quando custar R$100,00, eu compro um também! Faz alguns anos que eu não sei viver sem um pen drive com, no mínimo, quatro gigas de memória. Esses custam muito menos que cem reais. São pequenos, fáceis de carregar e de perder também! Mas, isso não é um problema se você lembrou-se de armazenar os seus dados na “nuvem”, que nossos alunos chamam, simplesmente, “drive”. É isso mesmo, todos podemos ter um drive virtual, compartilhar os nossos conteúdos e, se desejarmos, nossa vida, nas redes sociais. Por falar nelas, recentemente, decretaram a morte do Orkut. Lembro-me, dessa primeira “febre” de socialização virtual e das diversas comunidades. As mais divertidas eram aquelas que decretavam o ódio a algo, ou alguém! Não lembro os nomes, porque me mantive, razoavelmente, marginalizada das redes sociais. Não entrei no Orkut, não entrei no Facebook... E não pretendo entrar na próxima. Mas, e o CD-ROM? Qual foi o seu destino? O CD permanece sendo útil para armazenamento e transporte de dados. Por exemplo, quando os alunos do Bacharelado ou da pós-graduação do Senac entregam os TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso), solicita-se uma cópia digital gravada em CD-ROM. Incrível, mas, o CD ainda resiste!
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CULTURA ESTÉTICA, ÉTICA E MULTIMÍDIA
Prof. Angela Pintor dos Reis
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computadores, tablets e celulares que fazem de tudo – por vezes menos sua função principal de telefonar, mas acessam o facebook, “que é bem melhor” – proporcionaram um afastamento social e ao mesmo tempo reuniu, em um único aparelho, o maior número possível de pessoas. Distanciar para reunir – só como exemplo: Beautiful People, uma rede para pessoas de boa aparência buscarem parceiros, PrisionVoice, uma rede similar ao Facebook, mas para prisioneiros dos EUA e o Second Love, uma rede direcionada às pessoas que estão buscando um amante, sexo casual ou encontros duradouros, mas sempre como amante –, interessante que antigamente bastava dar uma desculpa ao cônjuge e ir a algum bar, balada, ou se valer da tradicional secretária.
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HÁ 15 ANOS... Prof. Rafael Beraldo Dourado
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REFERÊNCIAS
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UM EDUCADOR DIANTE DAS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS, de Profa. Claudia Coelho Hardagh BAIRON, Ségio; PETRY, Luís. Hipermídias: psicanálise e história da cultura. São Paulo: Ed.Mackenzie, 2000. BAKHTIN, Mikail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. HARDAGH, Cláudia. Redes Sociais Virtuais: Uma proposta de Escola Expandida, 2009. SANTAELLA, Lucia. Cultura das mídias, São Paulo, Experimento, 2000. SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas, ANPED, 2009. PIERCE, Charles Sanders. Semiótica. Trad. J. Teixeira Coelho. São Paulo: Perspectiva, 1977. VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
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