Diário do Pará
Diário do Pará
12 UMA NOVA HISTÓRIA
DOMINGO Belém-PA, 23/11/2008
DOMINGO Belém-PA, 23/11/2008
A TRAJETÓRIA DO DIÁRIO
Um jornal sempre envolvido com o futuro LUIZ FLÁVIO
N
aquela segundafeira de 1982 a população que acordou mais cedo, como de costume, deparou-se nas ruas com uma novidade que mudaria definitivamente a história da imprensa escrita no Estado. Circulava naquele dia o primeiro exemplar do DIÁRIO DO PARÁ. Criado pelo jornalista Laércio Barbalho, o DIÁRIO DO PARÁ surgiu num momento político delicado. A missão era levar às ruas um jornal que lu-
1982
Já nos seus primórdios, a missão era levar às ruas um jornal que lutasse contra o Regime Militar e a favor da redemocratização do Brasil. Mais que isso, o DIÁRIO também inovava na forma e no conteúdo.
tasse contra as dificuldades impostas pelo Regime Militar. E a eleição de Jader Barbalho para o governo do Estado, dentro de uma acirrada campanha eleitoral, surgia como uma saída contra a ditadura. A manchete – “Eleição limpa” - revela um jornal que nasce sob o signo da luta em duas frentes: a política, comprometido com a redemocratização do país, e a jornalística, inovadora na forma e no conteúdo.
O panfleto – ainda mal impresso - de 1982, instrumento do PMDB contra a ditadura militar e da campanha vitoriosa de Jader Barbalho ao governo do Estado, figura hoje entre os mais modernos jornais impressos em todo o Norte e Nordeste do país, líder inconteste de mercado, o que demonstra o sucesso entre leitores e anunciantes. No dia 17 de agosto de 1982 circulava nas ruas o número
1997
zero do DIÁRIO, uma edição experimental, que serviu para os ajustes necessários à definição de um modelo que duraria dois anos. A edição que marca a data oficial de aniversário chegou na casa dos paraenses cinco dias depois: trazia uma entrevista do desembargador Nelson Amorim, então presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ao repórter Francisco Alencar. Naqueles tempos, o jornal
2001
era impresso na sede da Mundurucus, em uma Marinoni muito rodada. Hoje, o parque gráfico do DIÁRIO ocupa todo o prédio da rua Gaspar Viana, enquanto a redação está na sede da Rede Brasil Amazônia (RBA), na Almirante Barroso. Os equipamentos ultrapassados dos primeiros tempos davam um tom de heroísmo aos funcionários do parque gráfico, que trabalhavam em dobro, para fazer um produto
com a qualidade exigida pelo público. As máquinas de linotipo vieram de São Paulo e o método de impressão a quente - o chamado “chumbão” - funcionou durante 17 meses. Foram 418 edições do jornal antes de ser desativado, em 1984. O DIÁRIO foi o pioneiro do sistema o!-set no Estado. A fotocomposição acelerou o processo de impressão e modernizou o mercado. O posicionamento firme, a favor dos interesses do cidadão e da informação, conquistou os leitores.E o jornal mantém o compromisso do primeiro editorial, que dizia: “Chegamos para ficar”.
2002
Vocé é a peça-chave desta nova história Você começa hoje a participar de uma nova história: aquela que você está construindo com o DIÁRIO DO PARÁ. Sim, estreamos hoje nosso novo projeto gráfico e editorial, e queremos compartilhar com você a origem e a história do nosso jornal. Esse futuro começou a ser feito a partir do trabalho de uma grande equipe: a dos funcionários do DIÁRIO, que colaboraram para a maior mudança em nossos 26 anos de jornalismo. Nas próximas páginas revelaremos os segredos deste projeto, para que você, nosso leitor, o tome como seu. Afinal, é para você que tudo isto se fez. É por você que mudamos mais uma vez.
2002 17/08/1982 “Eleição Limpa” – “Ao povo do Pará, neste primeiro dia da nossa existência, a nossa saudação cordial e a nossa mensagem de fé e de esperança nos gloriosos destinos da gente paraense. Chegamos para ficar. E para lutar. E para vencer. Sempre com o povo, pelo povo e para o povo”. Assim terminava o editorial de primeira página da primeira edição do jornal, de 17 de agosto de 1982. 14/08/1997 Desabamento do Raimundo Farias - O DIÁRIO marca presença na cobertura do desabamento do
2002
2005
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Capas contam a história do Diário do Pará Edifício Raimundo Farias, em 13/08/1987, que se transformou na maior tragédia da construção civil no Estado. O prédio, de 12 andares, desmoronou e atingiu três casas próximas. Mais de 40 pessoas, entre operários foram soterrados.
Terroristas suicidas seqüestram quatro aviões comerciais e os transformam em armas demolidoras. Uma das aeronaves se chocou contra o World Trade Center, símbolo de Nova York. O mundo pára vara ver as imagens e custa a acreditar no que vê.
12/09/2001 Tragédia do WTC – No dia 11/09/2001 o terror atacou o coração dos Estados Unidos e deixou o mundo em choque.
1/07/2002 Brasil Pentacampeão do Mundo – O Brasil vence a Alemanha por 2x0 na final e conquista, de forma inédita, o
pentacampeonato mundial de futebol em Yokohama (Japão), no dia 30/07/2002. A imagem do capitão Cafu erguendo a taça da Fifa correu o mundo e foi estampada na capa do DIÁRIO. 13/10/2002 Edição do Círio 100% colorida – No Círio de 13/10/2002, pela primeira vez na história da imprensa paraense um jornal sai às ruas totalmente a cores - e com
número recorde de 160 páginas. A edição do DIÁRIO marcou a inauguração oficial do novo parque gráfico do jornal na Gaspar Viana.
ex-ministro José Serra (PSDB). 13/02/2005 Assassinato de Dorothy Stang - Irmã Dorothy Stang, ícone internacional na luta pela terra, é assassinada, com sete tiros, aos 73 anos de idade, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu. Seu nome vira ícone dos conflitos agrários no Brasil.
28/10/2002 Lula eleito presidente do Brasil – Após 22 anos de existência do partido e três derrotas, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito, em 27/10/2002, presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado por Fernando Henrique Cardoso, o
21/04/2006 CAOS – No dia 2º de abril de 2006 Belém pára graças a uma chuva torrencial. Canais transbordaram e ruas e casas ficaram inundadas. O trânsito entrou em colapso. A edição premiou uma das maiores coberturas já feitas pelo jornal.
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O DIÁRIO EM NÚMEROS ENTREVISTA - JADER BARBALHO FILHO
11 EVERALDO NASCIMENTO
FRANK SIQUEIRA siqueira-paxingu@uol.com.br
O
novo DIÁRIO, que hoje chega às bancas e às mãos dos seus milhares de leitores, em todo o Estado do Pará, não é apenas uma inovação em projeto gráfico. É também isso, mas é sobretudo uma melhora evolutiva na linha editorial, acrescentando elementos para a satisfação do público. Esse projeto, segundo Jader Barbalho Filho, diretor-presidente do DIÁRIO DO PARÁ, tem como principal mérito organizar melhor o jornal, em conteúdo e design gráfico. De acordo com Jader Filho, o ano de 2008 foi o que registrou o maior volume de investimentos no jornal desde a sua fundação, há 26 anos. “Nós esperamos que isso se traduza em resultados ainda melhores em 2009”, afirma o presidente do DIÁRIO, acenando com a expectativa de um crescimento substancial no ano que vem e a conseqüente elevação dos índices de leitura. Para alcançar esse objetivo, ele revela, sem entrar em detalhes, que mais novidades virão durante o ano de 2009, quando o jornal deverá oferecer novos benefícios e vantagens para os seus leitores. Confiante nesta fase que se inicia, Jader Filho não se deixa abater – muito pelo contrário – nem mesmo diante da crise que hoje assombra os mercados do mundo inteiro e já começa a causar transtornos à economia brasileira. “Acho que precisamos acreditar sempre”, diz ele, acrescentando que, ao se falar em crise e dificuldades, deve-se ter em mente, ao mesmo tempo, o espírito de superação. “Eu entendo que é nos momentos de dificuldade que devemos ter a preocupação de investir. Se nos encolhemos, se nos amedrontamos, a sensação clara que me fica é de que as coisas tendem a se tornar ainda mais difíceis”, afirma. A receita correta para enfrentar as adversidades do momento, segundo ele, deve ter, portanto, uma fórmula inversa. “Nós temos que investir, acreditar no mercado e trazer novidades para aproximar ainda mais o jornal dos seus leitores e anunciantes”. De certa forma antecipando-se aos fatos, foi exatamente isso o que fez a direção do DIÁRIO DO PARÁ ao conceber e colocar em prática o projeto
Tiragem
40 60
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É nos momentos de dificuldade que devemos investir. Se nos encolhemos e nos amedrontamos, a sensação que me fica é de que as coisas tendem a se tornar ainda mais difíceis”
mil exemplares (semanais)
mil exemplares (aos domingos) Redação 12. Após o término do trabalho da edição, a matéria segue para a revisão de texto. 13. A página é enviada à gráfica. 14. O jornal é impresso e distribuído. 15. A matéria é lida pelo leitor.
PERFIL
Acreditar e evoluir sempre Jader não se deixa abater pela crise que assombra o mundo. Acostumado a vencer desafios, ele prega o espírito de superação
“O DIÁRIO teve do mercado a sustentação de que precisava” O diretor-presidente do DIÁRIO DO PARÁ informa que mais novidades virão em 2009, quando o jornal trará novos benefícios e vantagens para os leitores e anunciantes, responsáveis por seu crescimento cujo resultado está chegando hoje às mãos dos leitores. Para isso ele foi buscar o que há de melhor no mercado em todo o mundo, recorrendo ao trabalho de profissionais e empresas com histórico de sucesso e excelente conceito dentro e fora do Brasil – as empresas de consultoria Garcia Media, responsável pelo projeto gráfico e editorial, e Hansted Consulting, de marketing e conteúdo. As mudanças no projeto gráfico e de conteúdo editorial, segundo Jader, fazem parte de um esforço permanente para cada vez mais profissionalizar o DIÁRIO DO PARÁ. Ele considera que o jornal deve se manter em evolução contínua e antenado com as profundas transformações a que está exposta a sociedade humana, num mundo globalizado onde
as distâncias se encurtam e as informações têm circulação instantânea. Esta, segundo Jader Filho, é a síntese do novo DIÁRIO, um projeto que é, ao mesmo tempo, uma retribuição ao leitor e ao anunciante que sustentaram o seu crescimento e o guindaram à liderança no Estado do Pará. Quando assumiu a presidência do DIÁRIO DO PARÁ, em 2002, Jader Barbalho Filho encontrou pela frente uma série de desafios que precisariam ser superados. Os principais deles, conforme revela o próprio Jader Filho, representados pelas persistentes dificuldades econômico-financeiras que acompanhavam o jornal desde a sua fundação, em 1982. “Nós tivemos que transformar as dificuldades em pontos
positivos. Como se diz na linguagem popular, tivemos que fazer do limão uma limonada”, afirma o diretor-presidente do DIÁRIO, destacando o fato de que o jornal, naquela fase mais crítica, não pôde contar com um centavo de verbas públicas, dada a hostilidade política que lhe devotavam abertamente os governantes da época. Para Jader Filho, é hoje reconfortante perceber, num olhar para o passado, que o mercado deu a sustentação de que o DIÁRIO precisava para sobreviver e com isso lhe permitiu chegar ao ponto em que hoje se encontra. “O jornal cresceu em momento de dificuldades, forjado na luta diária pela sobrevivência. Com isso ele ganhou a solidez necessária para se consolidar como líder do mercado”, acrescenta.
Quando assumiu o comando do jornal, em 2002 – dois anos antes do falecimento de seu fundador, o avô Laércio Barbalho –, Jader Filho já havia se credenciado internamente para a função. Em 1997, com apenas 21 anos, ele havia sido admitido na empresa com a incumbência de organizar a distribuição, ponto nevrálgico de qualquer veículo impresso e, no caso específico do DIÁRIO, um gargalo crônico que de há muito vinha asfixiando o jornal. Nos dois casos ele foi bem sucedido. Os problemas da distribuição foram eliminados e a circulação do jornal passou a ganhar fluidez e desenvoltura, o que veio também facilitar a trajetória ascendente que ele passou a percorrer a partir daí. O próprio Jader Filho, porém,
VENCENDO DESAFIOS Jader Barbalho Filho nasceu em Belém, em 20 de junho de 1976. Em 1997, com apenas 21 anos, ingressou na empresa da família com a difícil missão de organizar a circulação do jornal, na época um dos gargalos que asfixiavam o DIÁRIO DO PARÁ. Cumprida missão, um novo e instigante desafio o esperava. Em 2002, já formado em Administração de Empresas, assumiu a presidência do DIÁRIO. A trajetória ascendente do jornal a partir daí, num crescimento que o conduziu à liderança no mercado paraense, traduz por si só a eficiência do seu desempenho como administrador.
rechaça a tese de soluções definitivas. “Nada numa empresa grande está pronto e acabado, porque isso gera acomodação. Nós temos que estar sempre evoluindo e melhorando”, acrescenta. Na presidência, o evidente acerto de sua gestão está expresso em números. Em 1998, quando ele ingressou no jornal, o DIÁRIO DO PARÁ detinha uma parcela de apenas 4% do mercado local de jornais, enquanto o principal concorrente nadava de braçadas com 98%. Em 2006, apenas quatro anos depois de ele haver assumido o comando da empresa, o DIÁRIO já havia assumido a liderança, com 66%, colocando-se numa posição de vanguarda que o credencia hoje como o maior jornal do Norte do Brasil e o quinto maior das Regiões Norte e Nordeste, de acordo com levantamentos do Ibope.
10
10. As melhores fotos produzidas são escolhidas pelo editor de fotografia, que disponibiliza o material para os editores de texto.
42 repórteres (apuração de matérias) 15 fotógrafos (imagens dos fatos) 16 editores de texto (adequam tamanho e forma ao espaço no jornal) 02 editores fotográficos (escolha de fotos para matérias) 02 assistentes de edição (produção de pautas e das equipes nas ruas) 10 paginadores (arte e finalização das páginas) 04 revisores (revisam textos e estrutura das páginas) 11 estagiários (produção de pautas e entrevistas na redação) Parque gráfico - O jornal possui três rotativas 1 DGM, a mais moderna, usada para impressão do jornal, e duas 2 Harrys V15, que pertencem ao DIÁRIO desde as primeiras edições.
11. A página onde está a matéria passa por arte finalização, feita pelos paginadores. Ganha efeitos visuais e infográficos para facilitar a leitura.
- Cinco torres de impressão e 36 unidades de impressão - em janeiro serão 40. Cada unidade imprime uma cor em cada página.
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- O DIÁRIO possui sistema de impressão ultra-violeta para papéis especiais. Para as outras páginas a tinta é normal. - Conta com três CTP (Computer to Place), que dispensa o uso de fotolito na hora de passar a página para a chapa que é introduzida na rotativa para a impressão. - A gráfica do DIÁRIO, localizada na rua Gaspar Vianna, possui 42 funcionários. Eles atuam nas áreas de manutenção das rotativas, préimpressão e impressão.
ENTREVISTA - CAMILO CENTENO
Um fato raro na imprensa, dentro e fora do Brasil FRANK SIQUEIRA siqueira-paxingu@uol.com.br
C
onstitui fato raro na história da imprensa, dentro e fora do Brasil, um jornal sair em apenas dez anos do papel de mero figurante para uma posição de líder inconteste do mercado. Mudar o curso da história de uma empresa, em tão curto espaço de tempo, é sempre uma grande dificuldade. Não é nada fácil, como reconhece Camilo Centeno, diretor geral do Grupo RBA, sair de um patamar humilhante, em que o opositor tinha 98%, para chegar ao fim de apenas oito anos a uma confortável posição de lide-
rança, com 66% do mercado. O DIÁRIO DO PARÁ conseguiu essa proeza. “Fácil, de fato, não é. Porém, mais difícil ainda é manter essa liderança, e esse passa a ser a partir de agora o nosso grande desafio. Temos muito trabalho pela frente”, diz Centeno, que completa com uma revelação em tom que é ao mesmo tempo de confidência e desabafo. Para ele, o que mais deixa satisfeitos e confiantes a direção e os funcionários do jornal é o sentimento de que todo o esforço valeu a pena. “Nós crescemos justamente numa fase em que o jornal foi mais perseguido pelos governantes da época”, acrescenta. Segundo Centeno, nesses oito anos de crescimento acelerado, o DIÁRIO teve contra si, durante a maior parte do tempo, a má vontade e a postura muitas vezes hostil dos governos federal e do Estado, e da Prefeitura de Belém. “Nós
ROGÉRIO UCHOA
Em apenas 10 anos, o DIÁRIO saiu do papel de mero figurante para o de líder inconteste do mercado
História de superação Camilo Centeno, diretor geral da RBA, lembra que o jornal cresceu mais justamente quando foi perseguido e boicotado
fomos muitas vezes literalmente boicotados e colocados à margem de todas as verbas publicitárias”, acrescenta. Nesse tempo, de acordo com Centeno, as verbas de publicidade foram todas carreadas para o concorrente direto, numa tentativa – afinal inútil
– de barrar o crescimento do DIÁRIO e de asfixiá-lo financeiramente. “Apesar de tudo isso, nós conseguimos não apenas sobreviver, mas crescer, o que nos fortalece a têmpera e nos dá solidez empresarial”, afirma, acrescentando que foi esse o maior
desafio enfrentado desde 1998 pelo jornal. Para Centeno, esse extraordinário crescimento experimentado pelo DIÁRIO, em apenas uma década, teve fases distintas e se deveu a diversos fatores. A fase inicial, segundo ele, pode ser caracterizada como um tempo de arrumação da casa, depois de um longo período de grandes e persistentes dificuldades. Nessa rearrumação geral se criou uma nova cultura na empresa. A seguir veio a fase de ascensão, nitidamente estabelecida, na sua avaliação, a partir do momento em que Jader Barbalho Filho, formado em administração, assumiu o comando do DIÁRIO, engajando-se ao processo de sua consolidação. “A partir daí nós começamos um sólido trabalho de crescimento e de efetiva conquista do mercado”, acrescenta.
MESA DE EDIÇÃO
Novo modelo descentraliza produção ISMAEL MACHADO
Mais difícil ainda é manter essa liderança, e esse passa a ser agora o nosso desafio”
PERFIL
PROTAGONISTA A história de Camilo Centeno no Grupo RBA, do qual é diretor geral, começou em 1990, quando ingressou na empresa. Centeno acompanhou de perto o crescimento meteórico do DIÁRIO em seu período mais recente. E o fez não apenas como observador, mas como protagonista.
Planejamento e organização. Na prática, essas são as palavras-chave que definem o novo direcionamento do DIÁRIO DO PARÁ. A redação do jornal incorporou nos últimos meses uma prática mais descentralizada e dinâmica na elaboração de pautas e na produção das reportagens. Mais do que uma mudança de "cara", o jornal assume uma nova rota no fazer jornalístico. “O jornal funcionava como muitas ilhas de editorias sem conexão entre si e entre os períodos da manhã e da tarde. Nós passamos a adotar a chamada "mesa" editorial, que coordena os fluxos de produção e pauta”, diz Francisco Gomez, responsável pelo redesenho editorial do DIÁRIO DO PARÁ.
A mesa de edição é composta por um editor-executivo, um editor de fotografia, um representante da gráfica, um editor de artes e, à tarde, por um copydesk (revisor). “A mesa complementa reuniões que são feitas pela manhã, quando se faz o planejamento do jornal e no meio da tarde, às 16h, quando se faz a primeira reunião de capa. Às 19h30, se faz outra reunião para definir o que permanecerá ou não na edição do dia”, afirma Gomez. Além disso, o jornal, como deve ser, adota o padrão de um organismo só, vivo, pulsante e descentralizado. As editorias passam a dialogar entre si, porque o produto final é um só. O jornal DIÁRIO DO PARÁ. “A principal mudança que salta aos olhos é a parte gráfica, mas há, primordialmente,
uma mudança de atitude e de comportamento na redação”, diz o diretor de redação Gerson Nogueira. Segundo ele, a redação do jornal passou a ser descentralizada. “Antes, a responsabilidade de definir a pauta dos jornais era de uma só pessoa, o chefe de reportagem. Esse processo mudou. O repórter tem a responsabilidade de sugerir pautas, de contribuir com a edição. Grosso modo, esse novo projeto derruba cercas e muda conceitos. A pauta ficou mais dinâmica”, diz. Esse processo final é coordenado pela mesa de edição, que tem autonomia e flexibilidade para tomar decisões. “A premissa é de que quanto mais rápido se decida, melhor para o jornal”, avalia Gerson Nogueira.
KEILON FEIO
A nova mesa de edição controla o fluxo de produção dos diferentes cadernos do DIÁRIO DO PARÁ
DiĂĄrio do ParĂĄ
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O PROCESSO DE PRODUĂ‡ĂƒO DO SEU JORNAL
DiĂĄrio do ParĂĄ
PRAZER EM ENCONTRAR VOCĂŠ
O DIĂ RIO por dentro sĂľes locais. Grande parte dessas pautas vai para as equipes da tarde ou noite. NOVO SISTEMA
Ao juntar essas informaçþes, mais o material que serĂĄ trazido pelos repĂłrteres e as pautas da tarde, os editores definem as apostas de capa para a edição do dia seguinte. Os assuntos possĂveis de ter maior visibilidade sĂŁo os mais factuais, de maior repercussĂŁo na sociedade, alĂŠm das supresas que o dia pode guardar. JĂĄ Ă noite, eles se reĂşnem novamente para decidir o que entrarĂĄ na capa a partir da lista de assuntos do que estarĂĄ na edição. O fechamento das pĂĄginas do jornal começa no fim da tarde, mas parte das matĂŠrias que jĂĄ estĂŁo salvas no programa Type. O repĂłrter escreve a matĂŠria jĂĄ no espaço programado,
e na maioria das vezes discutido com o editor. A partir do conteĂşdo que apurou, o repĂłrter tambĂŠm jĂĄ sabe se a matĂŠria serĂĄ a manchete da pĂĄgina ou nĂŁo. As fotos ficam Ă disposição dos editores, mas, assim como o conteĂşdo escrito, percorrem um “caminhoâ€? atĂŠ a pĂĄgina. ApĂłs capturarem as imagens, os fotĂłgrafos passam as fotos da câmera para o computador No Type, os editores escrevem as chamadas, as manchetes e as legendas das fotos e encaminham a matĂŠria para a revisĂŁo. ApĂłs os ajustes finais, os cadernos vĂŁo sendo fechados e encaminhados para a grĂĄfica Ă noite. De manhĂŁ cedo, o jornal mais uma vez começa a chegar nas mĂŁos dos leitores. E a redação, novamente a pensar na edição do dia seguinte.
1. Produção da Pauta : os assistentes de edição marcam horårios das entrevistas e fazem um pequeno texto com sugestþes de direcionamento do assunto a ser tratado. 2. Os repórteres chegam à redação. 3. Os assistentes de edição entregam as pautas aos repórteres.
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7. Os editores “riscamâ€? o espaço de cada matĂŠria no programa Type. Agora, os repĂłrteres do DIĂ RIO jĂĄ podem escrever com o espaço prĂŠ-definido na pĂĄgina.
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03. FOTONOTĂCIA Um dos formatos mais ĂĄgeis para a visualização da informação ĂŠ a fotonotĂcia. A força estĂĄ na imagem do fato, acompanhada de um pequeno texto. Cadernos como o Bola e o VocĂŞ permitem utilizar imagens de alto impacto. Com a fotonotĂcia se consegue dar personalidade e força de â&#x20AC;&#x153;aberturaâ&#x20AC;? Ă s capas de cada caderno. O uso das cores de fundo e destaques a nĂşmeros ou palavraschave sĂŁo recursos para atrair a atenção do leitor. Um jornal moderno tem que ter recursos deste tipo para apresentar suas matĂŠrias.
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SEGUNDA FEIRA BelĂŠm-PA, 5/5/2008 ANO XXVI n NÂş 8.708 \\\ FUNDADOR: LAĂ&#x2030;RCIO WILSON BARBALHO 1918 +2004
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Irmão mata irmão con seis terçadadas TEM TESTE DE FOGO
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DOMINGO R$ 2,00 R$ 2,60 R$ 3,00
ECONOMIA +B6 DINEIRO PARA VOCE No dia 1Âş, missao oficial do Pannegociar com o trade local tres frecuencias semanais da Copa
MUNDO
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07. CHAMADAS Uma das diferenças do novo modelo jornalĂstico do DIĂ RIO sĂŁo as chamadas apostas editoriais. Nem todas matĂŠrias tĂŞm a mesma importância na pĂĄgina. As matĂŠrias secundĂĄrias tĂŞm que estar presentes na capa: ela agora ĂŠ como uma vitrine que mostra ao leitor todo o conteĂşdo do jornal, seção a seção, caderno a caderno. Assim o leitor pode localizar a seção e o nĂşmero da pĂĄgina que remete Ă matĂŠria. A hierarquia das notĂcias deve seguir uma seqßência, do local ao global. Ă&#x2030; necessĂĄrio vĂŞ-la como um todo que se complementa.
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04. DESTAQUES DO CADERNO VOCĂ&#x160; Nosso novo caderno sempre tem um espaço na capa. Os temas de cultura, entretenimento e qualidade de vida ajudam o leitor a viver melhor. As apostas grĂĄficas deste novo caderno se destacam pelas cores e pelas informaçþes e conteĂşdos que complementam as matĂŠrias. A imagem desempenha um importante papel na capa de nosso novo suplemento. Aqui a aposta ĂŠ nas fotografias de qualidade e impacto. A nova histĂłria do DIĂ RIO tem um novĂssimo caderno - e le foi pensado totalmente para que vocĂŞ o desfrute.
06. MANCHETE O DIĂ RIO continua sendo o melhor lugar para encontrar a informação mais atual. A manchete ĂŠ o principal ponto de entrada na capa. O tĂtulo ĂŠ a principal aposta do dia do jornal e destaca os fatos mais importantes no ParĂĄ, em BelĂŠm e no mundo. Quando ĂŠ possĂvel, o tĂtulo principal da primeira pĂĄgina ĂŠ acompanhado por uma boa foto que conte a histĂłria. A matĂŠria principal da capa busca uma ampla cobertura da cidade e do estado, mas sem perder o foco global. Um novo desenho para o DIĂ RIO, uma nova capa.
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9. Na mĂŁo dos editores, as matĂŠrias ganham as chamadas, manchetes e legendas.
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8. Quando concluem os textos no Type, os repĂłrteres repassam a matĂŠria para a pasta â&#x20AC;&#x153;ediçãoâ&#x20AC;?.
05. CADERNOS As logos de nossos cadernos acompanham as suas notĂcias de maior destaque, para que se possa identificĂĄ-los. Mais uma vez, da maneira que vocĂŞ queria. PolĂcia, Bola e VocĂŞ sĂŁo os cadernos que maior destaque tĂŞm na capa: por isso, eles sĂŁo diferenciados do resto da apresentação grĂĄfica. O uso das cores e das fontes do novo projeto ajuda o leitor a identificar seus conteĂşdos na capa. O novo projeto do DIĂ RIO aprimorou o conteĂşdo e a concepção desses cadernos. As imagens sempre sĂŁo a porta de entrada da notĂcia e uma referĂŞncia para os leitores.
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entrada de seu jornal. Conheça aqui os seus principais detalhes, elementos e recursos e desfrute desta nova histĂłria: uma nova forma de contar e ler as notĂcias.
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5. Os repórteres vão às ruas para apurar as informaçþes. 6. Os repórteres voltam para a redação e discutem novamente o conteúdo do que foi apurado com os editores. Se preciso, tambÊm fazem uma apuração complementar das matÊrias.
atuais do ParĂĄ e tambĂŠm dĂĄ destaque aos encartes que vocĂŞ recebe com o nosso jornal. SĂŁo capas dinâmicas, atrativas, modernas e de qualidade. Ă&#x2030; a nossa cara, a porta de
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4. Os editores travam uma curta conversa com os repórteres para definir que importância essas matÊrias podem ter nas påginas e jå prÊ-definem a quantidade de texto que eles podem escrever no programa Type.
01. O LOGOTIPO O DIà RIO DO PARà renova sua imagem e inclui elementos de cores que identificam os diferentes cadernos do jornal. A idÊia foi escolher uma nova fonte para criar um logotipo totalmente novo e mudar a cor azul pela preta. A fonte e a cor dão um novo aspecto tipogråfico, mais de acordo com o novo design editorial. O resultado da mudança Ê um logotipo adaptado ao novo contexto de informação e uma identidade que nasce com o peso da tradição de mudança que tem o jornal: uma nova história, uma nova logo.
02. O NAVEGADOR A nova capa do jornal ĂŠ colorida, vibrante, moderna, mas tem notĂcias. AlĂŠm das notĂcias mais importantes, todos os dias o DIĂ RIO reĂşne aqui sua oferta de notĂcias, ordenando suas reportages e os conteĂşdos dos cadernos especiais de interesse de todos os nossos leitores. O navegador permite achar de maneira rĂĄpida o que ĂŠ destaque. O caderno VocĂŞ tem um espaço privilegiado dentro do navegador. As fotos sĂŁo o ponto de entrada das notĂcias e uma refĂŞrencia rĂĄpida para destacar os conteĂşdos dos cadernos de acordo com a importância de cada matĂŠria.
COMO AS MATĂ&#x2030;RIAS CHEGAM AOS LEITORES TODOS OS DIAS
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O novo projeto grĂĄfico do DIĂ RIO DO PARĂ foi pensado para que a leitura de nosso jornal seja fĂĄcil e prazerosa. Todos os dias, nossa capa oferece as novidades mais
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SĂŁo oito horas da manhĂŁ. Enquanto os leitores começam a folhear as pĂĄginas do DIĂ RIO em casa, pelas ruas, padarias, bancas de jornal e no trabalho, a redação jĂĄ começa a pensar na edição do dia seguinte. Nesse horĂĄrio, os repĂłrteres tambĂŠm começam a chegar. Cada um recebe suas pautas com os assuntos que vĂŁo cobrir e tĂŞm uma rĂĄpida conversa com o editor para saber qual delas renderĂĄ uma possĂvel manchete, chamada de capa ou terĂĄ destaque na pĂĄgina. A equipes de reportagem sĂŁo compostas por repĂłrter, fotĂłgrafo e motorista. Quem faz as pautas dos repĂłrteres da manhĂŁ sĂŁo os assistentes de edição da tarde. Quem faz as pautas dos repĂłrteres da tarde e da noite sĂŁo os assistentes de edição da manhĂŁ.
SĂŁo as manhĂŁs que mais rendem notĂcias para o primeiro caderno do DIĂ RIO, que agora passa a se chamar Caderno A e engloba as editorias de PolĂtica, BelĂŠm (antiga Cidades), ParĂĄ (antigo Regional) e Brasil (que inclui as pĂĄginas de Brasil e Mundo). As novidades tanto podem ser programadas quanto imprevĂsiveis. Por isso, os editores e assistentes que ficam na redação monitoram as equipes. Se acontecer qualquer coisa fora do universo das pautas previstas, as equipes sĂŁo avisadas e deslocadas. Quase sempre sĂŁo os fatos inesperados que rendem as fotos de capa ou manchetes, mas isso nĂŁo ĂŠ regra. Ao mesmo tempo, quem fica na redação estĂĄ de olho nas principais notĂcias da internet e levantamentos feitos por ĂłrgĂŁos que possam render repercus-
Na capa do DIĂ RIO, um novo estilo
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DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
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08. PROMOĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES Dois aspectos importantes para o jornal sĂŁo os classificados e os encartes, que os leitores procuram, sem nenhuma dĂşvida, utilidade real em seus conteĂşdos. O novo desenho do DIĂ RIO permite tambĂŠm uma nova visualização grĂĄfica do resumo dos conteĂşdos dos anĂşncios classificados, que agora estĂŁo mais coloridos e atraentes para os leitores. Na capa, ficam destacados os mais importantes nĂşmeros relativos a esses produtos, dando-lhes mais importância.
DiĂĄrio do ParĂĄ
4 UMA NOVA HISTĂ&#x201C;RIA
DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
DiĂĄrio do ParĂĄ
CADERNO VOCĂ&#x160;
PROJETO GRĂ FICO E TIPOGRAFIA
Um novo espaço para seus sentidos
PĂĄginas tĂŞm novas fontes e recursos CONHEĂ&#x2021;A AS FONTES O novo projeto grĂĄfico renovou todas as fontes (tipos de letras) do jornal. Conheça a nova sĂŠrie de fontes originais que, a partir de agora, dĂŁo personalidade prĂłpia ao DIĂ RIO DO PARĂ .
Antenna: Fonte sem serifa e com identidade marcante. A grande variação de estilos permite variadas soluçþes de design. Ă&#x2030; utilizada para titulacĂŁo, textos curtos, quadros, colunas alĂŠm de elementos como legendas e crĂŠditos. O criator da fonte Antenna ĂŠ Cyrus Highsmith.
DESFRUTE AS CORES
mente dão sentido à nova linha editorial. Os conteúdos serão aprofundados sempre com acompanhamento de infogråficos e diversos outroselementos que ajudam o entendimento do leitor. PorÊm, outra mudança significativa estå nos tipos de letras (fontes) escolhidas
para compor as ediçþes do DIĂ RIO. A sintonia com o projeto moderno, informativo e de leitura ĂĄgil exigiu a elaboração de uma tipografia prĂłpria: a partir de agora o DIĂ RIO tem uma famĂlia de fontes que garante personalidade e originalidade ao nosso jornal.
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EXEMPLOS Em nĂşmeros: informaçþes adicionais, onde os nĂşmeros sĂŁo o destaque: porcentagens, nĂşmeros ou dados numĂŠricos combinados com texto. As aspas: as frases sĂŁo usadas para dar destaque a declaraçþes de um ou mais personagens - uma informação importante ou adicional. SĂnteses: SĂŁo resumos em forma de tĂłpicos de um a notĂcia que coloca o leitor a par de um acontecimento ou fato ainda em andamento. Sua estrutura aparece sempre de forma cronolĂłgica (horĂĄrios, ou datas)
RĂ PIDAS Hoje constituem um estilo mais prĂłximo de um novo gĂŞnero jornalĂstico, onde uma grande variedade de assuntos sĂŁo revelados - comentĂĄrios polĂticos, notas sobre economia, vida cultural, agenda de esportes e lazer, ou cotidiano de celebridades da TV e das passarelas, e atĂŠ colunismo social Ă moda antiga. Aqui cabem as notĂcias de bastidores, aquelas que muitas vezes dĂŁo preferĂŞncia ao enfoque â&#x20AC;&#x153;secundĂĄrioâ&#x20AC;? da notĂcia ou aos interesses fora de cena.
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O novo projeto utiliza sĂmbolos ),-./0+ grĂĄficos como â&#x20AC;&#x153;chavesâ&#x20AC;? para !"#$%&'()(*+&+,%-& 8-3+2+&9*(,+*&:(& >%(1%+3+&>%?@8+A:-& CP7.3:(")*"41-3:GC3*"(7%31"(" C%*$%(4(W=*")&AB("2(A&9"H1&" orientar a leitura. 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E se ĂŠ preciso seduzir e convidar o leitor, ao mesmo tempo ĂŠ importante provocĂĄ-lo, incitando-o a ter opiniĂŁo e a usar melhor o seu tempo diante de tantas opçþes. Partindo desses princĂpios, o caderno VocĂŞ vai tambĂŠm combinar diversos gĂŞneros jor-
nalĂsticos â&#x20AC;&#x201C; matĂŠrias, crĂ´nicas, crĂticas - e tambĂŠm buscar o equilĂbrio de assuntos diversos, como a literatura, as artes visuais, a mĂşsica, o cinema, a televisĂŁo, a dança, o design, a polĂtica cultural e tambĂŠm comportamento, bem-estar e qualidade de vida.
CHAMADAS Aqui o leitor encontra os destaques mais interessantes das matÊrias publicadas nas påginas internas da edição do dia.
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IMAGEM Grandes fotos valorizam a matĂŠria especial de capa e tornam os assuntos mais atrativos para o leitor.
RĂ PIDAS Pequenas pĂlulas culturais de leitura rĂĄpida e tambĂŠm com as Ăşltimas novidades sobre o mundo artĂstico e de celebridades. Informação do jeito que vocĂŞ queria.
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TEXTOS No caderno VocĂŞ os textos tĂŞm como caracterĂstica dar ao leitor um contato mais ĂĄgil e prazeroso com o conteĂşdo. As matĂŠrias especiais de capa podem continuar no interior do caderno, aprofundando os temas.
EDIĂ&#x2021;Ă&#x192;O Uso de recursos como infogrĂĄficos e outros pequenos formatos de edição dĂŁo destaque a informaçþes relevantes, complementam o texto e tornam a leitura visualmente mais atrativa.
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bĂŠm o prazer de se ter uma vida cultural ativa, urbana, cosmopolita e que proporcione o bem-estar. Seu papel nĂŁo se resume a anunciar produtos, mas tambĂŠm a refletir sobre comportamentos, hĂĄbitos sociais e estabelecer relaçþes entre a cultura e a realidade polĂtico-econĂ´mica.
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A nova paleta de cores ajuda o leitor a identificar e percorrer com facilidade conteĂşdos dos diferentes cadernos do jornal. A cor vermelho indica o primeiro caderno (A) e o Bola, a cor azul indica caderno PolĂcia, o laranja indica o caderno B (Brasil, Mundo e Economia), a cor verde indica o caderno VocĂŞ.
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Um espaço de sedução do leitor, que o convida a algo interessante, que amplia o seu repertório. Assim Ê o caderno Você, destinado a conteúdos sobre arte, cultura, entretenimento e qualidade de vida. A proposta do novo caderno valoriza o prazer do texto e tam-
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ENTRADAS As principais matĂŠrias tĂŞm um valor agregado. Pequenos textos complementares detalham, ampliam ou destacam aspectos significativos da notĂcia. Nessas entradas, o leitor encontrarĂĄ desde dados de destaque a pequenos perfis dos protagonistas, alĂŠm de informaçþes, antecedentes, que ajudam a contextualizar a matĂŠria. O novo projeto grĂĄfico quer ajudar vocĂŞ a encontrar o que ĂŠ mais relevante nas matĂŠrias. Elementos como esses facilitam essa nova forma de leitura nas pĂĄginas.
COR E LOGOTIPO No alto da pĂĄgina principal, o logo do caderno VocĂŞ e o uso da cor da editoria ajuda o leitor a encontrar, com facilidade, o seu conteĂşdo de cultura, idĂŠias, entretenimento e qualidade de vida.
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Leviathan: Fonte em estilo serifa grossa. Sua força visual valoriza as informaçþes que merecem destaque. Leviathan começou como uma conversão do serif dos sans de nosso typeface Ziggurat - um processo que ecoasse a maneira em que o gothics adiantado foi desenvolvido. Seu nome tipogråfico evoca o mundo antigo. Leviathan Ê um trade-mark de Hoefler & FrereJones.
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que o jornal continue em sintonia com o seu pĂşblico. Esse reordenamento editorial prioriza o leitor, fazendo com que ele tenha uma melhor â&#x20AC;&#x2DC;navegaçãoâ&#x20AC;&#x2122; pelo jornal. As cores e diversos outros recursos do novo projeto grĂĄfico modernizam a imagem do jornal, mas principal-
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Mercury: Fonte serifa. O desenho da fonte padrĂŁo dos textos permite uma Ăłtima leitura. Produto de uma pesquisa e de um desenvolvimento de nove anos, a fonte Mercury ĂŠ uma famĂlia da high-performance do texto, projetada para prosperar sob as circunstâncias mais adversas. Mercury ĂŠ um trade-mark de Hoefler & Frere-Jones.
AlÊm de mais profundo em seus conteúdos, agora o DIà RIO Ê um jornal de leitura mais ågil e leve. Essa mudança que os leitores vivenciam com o novo projeto Ê um reflexo importante da mudança no projeto gråfico do jornal. São mudanças profundas, mas que fazem com
UMA NOVA HISTĂ&#x201C;RIA 9
DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
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Diário do Pará
8 UMA NOVA HISTÓRIA
DOMINGO Belém-PA, 23/11/2008
ENTREVISTA - RODRIGO FINO E FRANCISCO GOMEZ
Diário do Pará
UMA NOVA HISTÓRIA 5
DOMINGO Belém-PA, 23/11/2008
ENTREVISTA - RODRIGO FINO
Leitor está no centro de novas mudanças “Futuro está na qualidade da informação” PACO - Na realidade, quase todos os diários líderes de mercado. Tanto no Brasil quanto no resto do mundo. O imobilismo é mau conselheiro neste negócio. O jornalismo deve acompanhar a sociedade e nossas sociedades estão evoluindo de maneira vertiginosa.
Para presidente da América Latina da García Media, em 10 anos o jornal ainda será de papel, mas com mais informação
KEILON FEIO
KEILON FEIO
Os integrantes da empresa García Media, responsáveis pela transição para o novo projeto gráfico e editorial do DIÁRIO, avaliam os impactos das transformações
ISMAEL MACHADO
ISMAEL MACHADO
RODRIGO- Os diários de todo o mundo estão em uma constante pressão por inovação e qualidade. Além disso, há que se explicar como é essa mudança que se está produzindo na sociedade, por que ela está acontecendo, como me afeta, de que maneira me ajuda a crescer, entre outras coisas.
R
odrigo Fino e Francisco Gomez, o Paco, são, respectivamente, os responsáveis pelo novo projeto editorial e gráfico do DIÁRIO DO PARÁ. Integrantes da equipe da García Media, empresa responsável por algumas das principais mudanças verificadas em importantes periódicos ao redor do mundo, eles falam, na entrevista a seguir, sobre o novo direcionamento editorial e gráfico do jornal DIÁRIO DO PARÁ.
Rodrigo Fino e Paco Gomez, da García Media: DIÁRIO inicia nova etapa, com novas opções de conteúdo e mudanças na cultura jornalística
No que irão consistir as mudanças no jornal? PACO: São de dois tipos. A primeira mudança consiste num reordenamento editorial, pensando no leitor e em uma melhor navegação no DIÁRIO. A segunda é uma conseqüência direta da primeira e consiste em um novo projeto gráfico, que moderniza a imagem do jornal e que tenciona dar um sentido ao reordenamento editorial. RODRIGO: O novo projeto gráfico aponta para uma melhora na leitura do periódico e dos conteúdos. A idéia é dar-lhe uma nova imagem de modernidade e dinamismo. Quais os motivos para que essas mudanças fossem feitas? PACO - O DIÁRIO é um jornal de vanguarda. Sabe que na inovação e na qualidade está o segredo de seu êxito. Por isso, agora, quando é um periódico líder do mercado, é quando se decide por um grande e profundo processo de mudanças para oferecer a seus leitores o melhor. Creio que essa é a grande diferença dos diários líderes: empreendem as mudanças quando estão em um bom momento, não quando estão em crise. RODRIGO - Tudo isso tem
um duplo efeito: reafirmar sua posição de líder e, ao mesmo tempo, marcar a tendência e a posição no mercado. Para os leitores, o que muda tanto em termos visuais quanto em conteúdo? PACO - Em termos visuais, muda muito o produto. Embora mantenha alguns elementos de continuidade, a maioria será novidade. Além disso, o leitor encontrará coerência gráfica em todos os produtos que são oferecidos nos sete dias da semana. Em conteúdo, o que pode chamar mais a atenção pode ser o novo caderno Você, dedicado a cultura, entretenimento e qualidade de vida. O reordenamento dos produtos de domingo e, em geral, a disposição das matérias – muito mais dinâmicas e atrativas. RODRIGO- A mudança implica um alto grau de mudança visual pelo DIÁRIO. O jornal está iniciando uma nova etapa e ela leva o melhor da fase anterior e cria novas opções de conteúdo como o caderno Você. Como se dará essa mudança? Quanto tempo, entre projeto, reuniões e assimilação,
O jornais líderes de mercado mudaram para acompanhar a sociedade. O imobilismo é mau conselheiro” Francisco Gomez
o novo DIÁRIO levou para ficar pronto? PACO- O processo de mudança levou quase todo o ano de 2008. Não se trata de uma maquiagem. Aprofundouse em uma mudança de cultura jornalística e organizacional. Por isso tem exigido muitas horas de reuniões, capacitação e reflexão para criar o produto que agora chega ao conhecimento dos leitores. Tampouco essas mudanças acabam aqui. O DIÁRIO segue apostando na melhoria da qualidade jornalística e por isso agora começa um processo de seqüência do novo projeto e de capacitação dos membros da redação.
Essas mudanças, que não serão apenas visuais, são uma tendência no atual mercado? PACO - Sim, claro. O mercado de periódicos é muito dinâmico e exige constante renovação. As formas do jornalismo mudam ao mesmo ritmo que nossa sociedade. No caso dos diários escritos, é especialmente importante que ocorram mudanças para estar em dia com as inovações visuais e os ritmos de vida de nossos leitores. Por isso, o DIÁRIO também tem trabalhado duro na melhoria de seu portal na Internet e em possibilitar uma oferta variada e de excelência. RODRIGO - Hoje em dia, os leitores são muito exigentes com os produtos impressos e demandam inovações constantes, novas formas de conteúdos e qualidade constante nas informações. Sem inovação é difícil que um produto editorial sobreviva no tempo. Qual a importância para o jornalismo paraense desse tipo de atitude do jornal? PACO - Considero uma
O leitor quer uma voz que entenda o que ocorre, que explique Belém para que se possa entender o mundo” Rodrigo Fino
oportunidade tremenda para os profissionais do jornalismo que trabalham no DIÁRIO, mas também para o mercado local. O dinamismo dos diferentes meios provoca reações no mesmo sentido, e sempre acredito que essa competição é boa. Além disso, obriga aos jornalistas paraenses a refletirem sobre o tipo de jornalismo que estão fazendo e sobre sua responsabilidade. RODRIGO - A única “fórmula secreta” todo mundo conhece é fazer bom jornalismo. A diferença reside em quem se anima ou não a fazê-lo. Que outros jornais promoveram mudanças tão significativas?
Esse novo projeto editorial vai contemplar primordialmente o quê? Quais os principais aspectos levados em consideração? PACO- Diria que modernidade, agilidade, aprofundamento no jornalismo de qualidade, agenda própria, um enfoque próprio da realidade do Pará e a concentração no local e estadual. RODRIGO- O enfoque na informação local é a base fundamental do projeto. Qual o papel do leitor nesse novo DIÁRIO? PACO- Tem a maior importância. Tudo o que temos feito é para o leitor, mas, além disso, temos ampliado os espaços de participação e queremos que a agenda jornalística do DIÁRIO esteja determinada pelos interesses dos leitores, e não pelos das instituições ou organizações. O DIÁRIO é o jornal dos paraenses. E é isso que queremos firmar. RODRIGO - Um jornal não deve perder de vista que seus leitores são a base de seu êxito e que eles necessitam ter uma voz que entenda o que está ocorrendo em Belém. Caso contrário, será muito difícil poder explicar e falar sobre o que está se passando do outro lado do Atlântico e a milhas de quilômetros de distância. Pensar no leitor é saber falar e explicar Belém para poder explicar o mundo.
ARTIGO
Para velhos jornalistas, acostumados a passar grande parte de seu tempo recolhidos à redação, o lançamento de um projeto gráfico é mais ou menos como aquele hábito interiorano de pôr roupa nova para a missa de domingo. Em Baião, na minha infância, era assim. Por feliz coincidência, o novo DIÁRIO, que nasce hoje, chega também num domingo. Para a maioria dos normais, domingo é dia santo da preguiça e do descompromisso. Acorda-se um pouco mais tarde, com a cabeça fresca e disposição para quase nada. E uma das raras coisas prazerosas nesses momentos é o ato de folhear um jornal. Ler o DIÁRIO, se já era agradável, será exercício ainda mais interessante a partir de
P:Os jornais de 10, 15, 20 anos atrás eram completamente diferentes dos de hoje. As mudanças se dão muito rapidamente. Como será o jornal daqui a uma década? R:É difícil prever como serão os jornais dentro de 10 anos, ou menos, mas asseguro que continuarão sendo em papel. Menores no tamanho, com mais informação, porém, com menos notícias. Serão mais valorativos em seus enfoques e com mais conteúdos em profundidade, mais jornalismo cidadão, mais voltados para as cidades, mais
INFORMAR E CATIVAR
Regra dos três “P” Rodrigo Fino explica que o jornalismo deve ter pertinência, proximidade e propriedade e que nada deve ser casual em um jornal
jornalismo em geral, com mais vinculação às edições digitais e com uma grande carga visual. Ao menos assim os imagino. P:Quais as principais mudanças surgidas nos jornais no último século? R:A infografia, o jornalismo cidadão, a auto-edição, a convergência de meios e processos e, sobretudo, a utilização de cor em suas páginas. As inovações têm sido sempre acompanhadas da mão da tecnologia e dos processos de transformações econômicas e sociais. A pergunta seria: os jornais têm reportado todas essas mudanças e as têm adotado? P:Qual o papel da infografia hoje? R:A infografia é um gênero jornalístico e como tal deve ser tratado. Tem sua pertinência, sua proximidade e sua propriedade, entendido isto como elaboração própria. Nos últimos tempos se tem esquecido a primeira parte da palavra. A infografia sem informação é decoração. Hoje a infografia é fundamental e será cada vez mais. P:Se costuma dizer que não há mais leitores para longos textos. Isso é verdade? R:Não creio nessa afirma-
ção. Creio que não haja leitores para textos ruins, sejam curtos ou grandes. Harry Potter é um livro extenso, uma história fascinante, porém complicada, que atraiu a atenção de crianças de nove anos, que jogam videogames, que nasceram em uma cultura visual e são bombardeados por estímulos visuais e, sem dúvida, esse livro de texto com corpo 9 se esgotou em cada edição. Não, definitivamente não creio nessa afirmação. Além disso, as últimas investigações do Poynter Institute sobre leituras de texto, por exemplo, na internet detectaram que os usuários lêem textos longos se estão bem titulados e escritos. As pessoas os imprimem e os lêem logo. P:Com a internet, mudou o modelo de recepção da informação. Como os jornais devem se adaptar a isso? R:Internet é a instantaneidade, o jornal deve ser a profundidade, a análise com certa distância e com maior valor agregado. Internet impacta, é o que ocorre hoje, agora, neste minuto. O jornal nos estimula a pensar, porque nos explica as coisas. Essa
O jornal nos estimula a pensar. Ele nos explica as coisas. Essa deve ser a adaptação às mudanças da era digital”
PERFIL PROFUNDIDADE Rodrigo Fino, presidente para a América Latina da García Media, empresa responsável pelo novo projeto gráfico do DIÁRIO. Ele acredita que daqui a 10 anos os jornais continuarão sendo em papel, mas menores no tamanho, com mais informação e menos notícias. Fino também defende que as pessoas gostam de ler, sim, textos longos e que não há leitores para textos ruins, sejam curtos ou grandes. Para Fino, enquanto a internet é a instantaneidade, o jornal deve manter a profundidade e a análise com maior valor agregado.
deve ser a adaptação dos jornais às mudanças da era digital. P:Quem seria o leitor do jornal hoje? O mais velho ou os mais novos? R:Todos. Um jornal deve ser para todos, jovens ou velhos. P:O futuro do jornal será ter notícias rápidas, copiando a internet, ou se voltar grandes reportagens? R:O futuro está na profundidade, não importando se é uma reportagem de duas páginas ou uma história de 1/4 de página. O futuro está na qualidade da informação. Além disso, não importa o suporte, o que importa é a marca e a informação. P: O modelo atual, com o chamado lead clássico (que prioriza no primeiro parágrafo as informações mais importantes, por ordem hierárquica), herdado dos Estados Unidos, está defasado? R:Creio que ao menos está em crise e que merece ser estudado a fundo. Os Estados Unidos estão sofrendo uma mudança cultural profunda e esse modelo não parece ser o caminho a seguir de cara aos próximos anos. Cada país hoje deve criar seu próprio modelo.
A responsável pela mudança gráfica e editorial do DIÁRIO é a empresa argentina García Media. A proposta geral da equipe de trabalho é encontrar estratégias de comunicação visual que permitam informar e ao mesmo tempo cativar o público. Entre os jornais que já passaram por mudanças elaboradas pela empresa está “O Povo”, de Fortaleza; “The Wall Street Journal”, de Nova York; “Liberatión” e “La Tribune”, de Paris; “Folha de São Paulo” e outros jornais de destaque da América Latina. A empresa oferece serviços nas áreas de design, estratégia editorial, suplementos, classificados, marcas e logotipos, websites, capacitação e tem a função de ajudar os clientes a repensar seus jornais e no que precisam mudar. Também estende as idéias de estratégia visual para revistas. Outra área de atuação da García Media é a comunicação corporativa interna e externa e criação de identidade. Um dos clientes é a bolsa de valores Dow Jones (Nova York) e a empresa automobilística Volvo. “A García Media Latinoamérica desenvolveu nos últimos anos uns 70 projetos de redesenho editorial e gráfico em uns 15 países desde o “Reforma”, no México, até a “Folha de São Paulo”, no Brasil, e também colaborando com a García Media Internacional em projetos como o redesenho do “The Observer” (Inglaterra) e do “Le Tribune” (França)”, conta Francisco Gómez, integrante da empresa. “É uma equipe sólida que não aplica padrões, mas que faz com que cada diário entenda seu espírito para poder acompanhar a mudança dos tempos”, completa. Cada reformulação gráfica tenta preservar a essência do que o jornal oferece. No caso da “Folha de São Paulo”, o novo design tinha o objetivo de intensificar a relação “íntima” que já existia com os leitores e ao mesmo tempo respeitando as mais variadas formas de ler a Folha. Já no jornal “O Povo”, que tem mais de 80 anos no mercado cearense, o design foi baseado na simplicidade e na possibilidade de causar surpresa nos leitores a cada matéria.
TECNOLOGIA
GNet revoluciona trabalho na redação
Com a roupa de domingo GERSON NOGUEIRA Diretor de Redação
R
odrigo Fino, presidente para a América Latina da García Media, tem idéias bem próprias e positivas em relação ao futuro do jornalismo. Entre textos curtos e longos, prefere os bem escritos. Mudanças gráficas ou editoriais? Segundo ele, não é possível separar uma da outra. Quando lhe dizem que os jovens não lêem jornal, retruca de forma sintética: talvez os jovens não leiam os que estão se fazendo. Para Fino, é necessário que se faça o jornalismo dos três “P”: pertinência, proximidade e propriedade. “Agregue valor informativo ao leitor. Nada em um jornal deve ser casual. Além disso, aconselho que se cuide da credibilidade. Afinal, junto com a marca, é o único ativo que um jornal possui”. Na pseudo-discussão entre o jornal em papel ou digital, Fino lembra que o que importa é a informação, não o suporte. “Lembre-se de que hoje os leitores são fontes e editores de informação. Não são mais passivos. Um diário moderno mescla reafirmação informativa, contextualização e descobrimento. Cada vez mais descobrimento”. Na entrevista a seguir, Fino avalia os passos a serem dados pelo jornalismo atual e no futuro.
García Media tem projetos em cerca de 15 países
hoje. De domingo a domingo. É claro que sou suspeito para escrever estas linhas. Como diretor de redação, estive envolvido até o pescoço em todo o projeto desde a primeira hora, acompanhei a gestação das primeiras idéias, partilhei as dúvidas e discussões sobre cada detalhe. E mais: com os especialistas da García Media, Rodrigo Fino e Francisco (Paco) Gomez, aprendi muito sobre edição e desenho de páginas, soluções gráficas e inovações de estilo. Como se sabe, uma das boas coisas deste ofício é a capacidade de aprender sempre. Arrisco dizer que esse contato profissional foi tão proveitoso quanto a própria reformulação do jornal. Depois de 26 anos de existência, o DIÁRIO abraça um projeto gráfico-editorial por
completo, como nunca visto antes na imprensa paraense. Diante deste, os projetos anteriores são quase rascunhos improvisados. Para recorrer a uma analogia automobilística, não se está cuidando apenas da lataria. Mexemos também – e profundamente – nas engrenagens do veículo. É necessário ressaltar que a preocupação manifesta de Jader Barbalho Filho sempre foi a de acompanhar a velocidade de uma imprensa que não pára de evoluir, tanto na estética quanto no conteúdo editorial. A contratação de um escritório internacional dá bem a dimensão desse propósito. Pesquisas minuciosas, avaliações quanto aos anseios do leitor e experimentações gráficas concentraram nossas atenções ao longo de todos esses meses. A redação encarou (e ven-
O lançamento de um novo projeto é como pôr roupa nova para a missa. Feliz coincidência: o novo DIÁRIO também chega num domingo” ceu) o sério desafio de, na reta final de treinamento, conviver com a duríssima tarefa de fazer dois jornais todos os dias: o antigo, para consumo externo, e as páginas do novo, para efeito interno. Toda a mudança gráfico-
editorial foi pensada para que o leitor tenha em mãos um produto mais dinâmico em conteúdo, rico na apresentação visual e moderno nas ferramentas de leitura. Não exagero em dizer que queremos que o DIÁRIO acompanhe os passos de um mundo profundamente alterado pelas novas mídias e plataformas. E ficou mais colorido e fácil de ler para que seja particularmente atraente ao jovem, sem perder o leitor cativo. As editorias, colunas, suplementos, produtos especiais e antigas seções foram redesenhadas para dar mais informação e ampla visualização dos anúncios, sem que isso se misture com o espaço editorial. Redefinidas, as páginas ganham novo aspecto, em sintonia com o que há de mais avançado na imprensa mundial, com clara hierarquização das notícias.
Ampliou-se o conceito de interatividade com o leitor, com a abertura de novos canais de comunicação nas páginas e editorias. Ao mesmo tempo, nossas prioridades não se modificam: o DIÁRIO continua a dar mais atenção ao noticiário local e regional, com ênfase na cobertura de saúde, educação, diversão & arte, economia, política, esportes e polícia. Tudo amparado por ferramentas facilitadoras de leitura – infográficos, tabelas, ícones, ilustrações e marcadores de texto. O jornalismo de qualidade, centrado em grandes reportagens e matérias exclusivas, continuará a ser buscado e executado. E o interesse pelos grandes temas locais será amplificado, com a ousadia e a responsabilidade que sempre pautaram a história do DIÁRIO.
LUIZ FLÁVIO lfmcosta@gmail.com
Junto com a reformulação do projeto gráfico, o DIÁRIO também implementou um novo projeto editorial, mais moderno e prático, que otimiza a confecção das matérias e reduz consideravelmente o tempo de edição, melhorando o fluxo em todos os setores na redação. O GNet é um sistema construído em cima do InDesign, um dos mais modernos programas de paginação existentes hoje. “Antes do GNet, os paginadores pegavam os textos e as fotos do sistema e os agrupavam nas páginas. Agora a coisa é toda automatizada. Criaram-se espécies de caixas onde os textos e imagens são encaixados automaticamente pelos repórteres e editores, diretamente nas páginas”, diz Arnaldo Torres, editor de Arte do DIÁRIO.
Dessa forma, o processo é agilizado, reduzindo o tempo de fechamento das páginas. “Os repórteres escrevem em cima de uma forma já linkada na página e, quando essa página é atualizada, o texto é inserido automaticamente. Isso facilita muito o nosso trabalho”, explica Atorres. Com o GNet, a rotina dos repórteres também mudou drasticamente – para melhor. Agora cada equipe sai para a rua devidamente orientada pelo editor do horário sobre como deve proceder com a sua pauta. “Dependendo do assunto a ser explorado, o repórter já sai sabendo quantos toques terá que escrever, a posição da matéria na página, destaques e infográficos que terão que ser trabalhados. Otimizamos bastante o nosso trabalho e não se perde mais tempo com assuntos secundários”, destaca Adaucto
EM NÚMEROS
33
Pessoas, entre repórteres e editores, participaram dos treinamentos organizados para implantar o novo sistema editorial
04
Os treinamentos, testes e ajustes para uso do novo sistema editorial e projeto gráfico duraram 4 meses
Couto, editor-executivo do DIÁRIO. O GNet possibilita ainda o arquivamento de páginas, fotos e textos que poderão ser acessados facilmente pelos integrantes da redação a qualquer momento, bastando para isso digitar uma palavra-chave na intranet. “Antes os jornalistas ficavam em prantos para aces-
sar notícias que, muitas vezes, não estão disponíveis na home page do jornal e no próprio sistema antigo. A perda de tempo era grande. Agora isso mudou”, garante Atorres. O DIÁRIO adquiriu o GNet da empresa carioca Mundware e elaborou, ao longo dos últimos meses, um minucioso processo de treinamento para adaptação ao novo sistema em todos os setores da redação (reportagem, paginação, revisão e edição). “Começamos esse processo de adaptação ainda em julho passado, envolvendo o suporte técnico da GNet, da Mundware e da Editoria de Arte. O esforço foi grande e ainda estamos em fase de adaptação”, coloca o editor. O GNet já vem sendo utilizado há algum tempo em jornais como “O Povo” (Fortaleza) e na “Gazeta de Alagoas”.
Programa otimiza etapas FLUXO OTIMIZADO A Mundware é a empresa responsável pelo desenvolvimento do GNet. A empresa surgiu há cerca de 15 anos com um grupo de pessoas que trabalhava com consultoria para o jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro. “No começo, trabalhávamos com sistemas de terceiros como italiano GM3 e o espanhol Millenium”, conta Pablo Pastori, sócio-diretor da Mundware. “Daí resolvemos criar nosso próprio sistema, baseado na
realidade das redações brasileiras”, completa. O GNet levou 4 anos para ser desenvolvido, tempo gasto com projetos e programações. Atualmente, vários grandes jornais brasileiros utilizam esse programa, apesar de seu pouco tempo de existência. A grande vantagem desse sistema para as redações é que ele ajuda a organizar o fluxo de trabalho, garantindo o controle da produtividade durante a elaboração do jornal ao otimizar as etapas da produção.
DiĂĄrio do ParĂĄ
6 UMA NOVA HISTĂ&#x201C;RIA 4
DiĂĄrio do ParĂĄ
ESPAĂ&#x2021;O DO LEITOR
Antonio Maria Pereira Comerciante
Carta aberta ao dirigente Antonio Maria Pereira da Silva Director de Educaçao, Esporte e Lazer
CENA DA CIDADE
Antonio Maria Pereira da Silva Director de Educaçao, Esporte e Lazer
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TERRA FIRMA TEM TITULAR Antonio Maria Pereira Comerciante
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GOVERNADORA ANA JĂ&#x161;LIA
Antonio Maria Pereira da Silva
INTERINOS
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TRISTE ROTINA DAS GAROTAS
Ă&#x20AC;s margens da baĂa do GuajarĂĄ, as principais praias da muito bom. Deu para vender il muito bom. Deu para vender ha -da BrasĂlia, do Amor e Grandeficaram bastante movimentafoi um movimento muito bom. Deu para vender atĂŠ 20 caixas de cerveja por agora mais Antonio Maria Pereira da Silva
CĂ&#x201C;MO ENVIAR UM MENSAGEN PARA PUBLICAR NO ESPAĂ&#x2021;O DO LEITOR As mensagens devem ser objetivas, contendo atĂŠ dez linhas em espaço 12, trazendo nome e endereço completo, telefone e - nas cartas e textos via fax - assinatura do remetente. Ă&#x2030; necessĂĄrio reconhecer firma quando se fizerem acusaçþes e denĂşncias. Em função de espaço, as colaboraçþes podem ser publicadas na Ăntegra ou resumidas. IMPORTANTE: As cartas sĂŁo de inteira responsabilidade dos autores, que se responsabilizam por eventuais questĂľes de natureza jurĂdica.
Os encantos da carnaval invadem a cidade tuda
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Quem estĂĄ sofrendo mais sĂŁo os mais pobres, que gastam a maior parte de sua renda com o consumo de alimentos e tarifas
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O contraste de um tranqĂźilo balneĂĄrio com um movimentado â&#x20AC;&#x2DC;pointâ&#x20AC;&#x2122; de verĂŁo podia ser visto e vivido no Outeiro, distrito de BelĂŠm, que fica na ilha de Caratateua, a trinta minutos de carro do centro da capital. Foi assim que centenas de banhistas aproveitaram este feriadĂŁo do Dia do Trabalhador. Ă&#x20AC;s margens da baĂa do GuajarĂĄ, as principais praias da ilha -da BrasĂlia, do Amor e Grandeficaram bastante movimentadas, principalmente ontem. â&#x20AC;&#x153;Si foi um movimento muito bom. Deu para vender atĂŠ 20 caixas de cerveja por diaâ&#x20AC;?, contou Kellen Moraes, 23, proprietĂĄria de uma barraca na praia Grande, a mais procurada do Outeiro, a qual, segundo a micro empresĂĄria, possui um pĂşblico jovem e festeiro. â&#x20AC;&#x153;Para atrair mais pessoas, temos que investir em aparelhagens e mĂşsica ao vivoâ&#x20AC;?, deu a dica.Aproveitar a sombra e ĂĄgua fresca da praia foi a saĂda para curtir o domingo de sol e de alta temperatura para a famĂlia Atar, que mora, hĂĄ um ano,
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DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
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ROGĂ&#x2030;LIO UCHOA
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CORREIO: AVENIDA ALMIRANTE BARROSO 2190 1Âş ANDAR, MARCO, BELEM PA CEP 66.095.00001 E-MAIL: cartas@diariodopara.com.br FAX: 3084-0119
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JUSTIĂ&#x2021;A ÂżE PARA QUEM?
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SEGUNDA FEIRA BelĂŠm-PA, 5/5/2008
DiĂĄrio do ParĂĄ
DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
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DiĂĄrio do ParĂĄ
Diretor Presidente Jader Barbalho Filho
Fundador LaĂŠrcio Barbalho
Diretora Geral Jandira LĂşcia Melo dos Santos
Gerente Comercial Nilton Lobatto
Gerente de Circulaçao Hamilton Pinheiro Júnior
Conselho Editorial: Jader Barbalho Filho, Gerson Nogueira, Mauro Bonna, Fernando de Castro Jr. e Guilherme Augusto Souza (secretario) Redaçao Diretor Gerson Nagera
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Utilidade, coerĂŞncia, clareza e unidade. Buscando essas qualidades, o projeto editorial do DIĂ RIO mudou para melhor atender a vocĂŞ. Crescemos tanto que o futuro nos pedia mais um novo projeto: muito alĂŠm da busca pela pĂĄgina mais bem-acabada e que quer atrair os olhos. Nossos conteĂşdos tambĂŠm tinham que falar a mesma lĂngua. E olhar para uma mesma direção: o horizonte que interessa a vocĂŞ, nosso leitor. Mudamos para vocĂŞ. Para sermos cada vez mais o jornal da nossa cidade, da nossa regiĂŁo, e do nosso tempo.
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påginas, em mÊdia, publicadas diariamente em seis cadernos durante as ediçþes semanais.
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Bem-estar na forma de alimentos D e a na ura saudĂĄve e unc ona a ra cada vez ma s pessoas
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CENA DA CIDADE
Antonio Maria Pereira da Silva Director de Educaçao, Esporte e Lazer
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TERRA FIRMA TEM TITULAR Antonio Maria Pereira Comerciante
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GOVERNADORA ANA JĂ&#x161;LIA
Antonio Maria Pereira da Silva
INTERINOS
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TRISTE ROTINA DAS GAROTAS
Ă&#x20AC;s margens da baĂa do GuajarĂĄ, as principais praias da muito bom. Deu para vender il muito bom. Deu para vender ha -da BrasĂlia, do Amor e Grandeficaram bastante movimentafoi um movimento muito bom. Deu para vender atĂŠ 20 caixas de cerveja por agora mais Antonio Maria Pereira da Silva
CĂ&#x201C;MO ENVIAR UM MENSAGEN PARA PUBLICAR NO ESPAĂ&#x2021;O DO LEITOR As mensagens devem ser objetivas, contendo atĂŠ dez linhas em espaço 12, trazendo nome e endereço completo, telefone e - nas cartas e textos via fax - assinatura do remetente. Ă&#x2030; necessĂĄrio reconhecer firma quando se fizerem acusaçþes e denĂşncias. Em função de espaço, as colaboraçþes podem ser publicadas na Ăntegra ou resumidas. IMPORTANTE: As cartas sĂŁo de inteira responsabilidade dos autores, que se responsabilizam por eventuais questĂľes de natureza jurĂdica.
Os encantos da carnaval invadem a cidade tuda
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Quem estĂĄ sofrendo mais sĂŁo os mais pobres, que gastam a maior parte de sua renda com o consumo de alimentos e tarifas
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b
O contraste de um tranqĂźilo balneĂĄrio com um movimentado â&#x20AC;&#x2DC;pointâ&#x20AC;&#x2122; de verĂŁo podia ser visto e vivido no Outeiro, distrito de BelĂŠm, que fica na ilha de Caratateua, a trinta minutos de carro do centro da capital. Foi assim que centenas de banhistas aproveitaram este feriadĂŁo do Dia do Trabalhador. Ă&#x20AC;s margens da baĂa do GuajarĂĄ, as principais praias da ilha -da BrasĂlia, do Amor e Grandeficaram bastante movimentadas, principalmente ontem. â&#x20AC;&#x153;Si foi um movimento muito bom. Deu para vender atĂŠ 20 caixas de cerveja por diaâ&#x20AC;?, contou Kellen Moraes, 23, proprietĂĄria de uma barraca na praia Grande, a mais procurada do Outeiro, a qual, segundo a micro empresĂĄria, possui um pĂşblico jovem e festeiro. â&#x20AC;&#x153;Para atrair mais pessoas, temos que investir em aparelhagens e mĂşsica ao vivoâ&#x20AC;?, deu a dica.Aproveitar a sombra e ĂĄgua fresca da praia foi a saĂda para curtir o domingo de sol e de alta temperatura para a famĂlia Atar, que mora, hĂĄ um ano,
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UMA NOVA HISTĂ&#x201C;RIA 7
DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
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praias da ilha -da BrasĂlia, do Amor e Grande- ficaram bastante movimenta O contraste de um tranqĂźilo balneĂĄrio com um movimentado â&#x20AC;&#x2DC;pointâ&#x20AC;&#x2122; de verĂŁo podia ser visto e vivido no Outeiro, distrito de BelĂŠm, que fica na ilha de Caratateua, a trinta minutos de carro do centro da capital. Foi assim que centenas de banhistas aproveitaram este feriadĂŁo do Dia do Trabalhador. Ă&#x20AC;s margens da baĂa do GuajarĂĄ, as principais praias da ilha -da BrasĂlia, do Amor e Grande-
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CORREIO: AVENIDA ALMIRANTE BARROSO 2190 1Âş ANDAR, MARCO, BELEM PA CEP 66.095.00001 E-MAIL: cartas@diariodopara.com.br FAX: 3084-0119
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SEGUNDA FEIRA BelĂŠm-PA, 5/5/2008
DiĂĄrio do ParĂĄ
DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
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DiĂĄrio do ParĂĄ
Diretor Presidente Jader Barbalho Filho
Fundador LaĂŠrcio Barbalho
Diretora Geral Jandira LĂşcia Melo dos Santos
Gerente Comercial Nilton Lobatto
Gerente de Circulaçao Hamilton Pinheiro Júnior
Conselho Editorial: Jader Barbalho Filho, Gerson Nogueira, Mauro Bonna, Fernando de Castro Jr. e Guilherme Augusto Souza (secretario) Redaçao Diretor Gerson Nagera
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Utilidade, coerĂŞncia, clareza e unidade. Buscando essas qualidades, o projeto editorial do DIĂ RIO mudou para melhor atender a vocĂŞ. Crescemos tanto que o futuro nos pedia mais um novo projeto: muito alĂŠm da busca pela pĂĄgina mais bem-acabada e que quer atrair os olhos. Nossos conteĂşdos tambĂŠm tinham que falar a mesma lĂngua. E olhar para uma mesma direção: o horizonte que interessa a vocĂŞ, nosso leitor. Mudamos para vocĂŞ. Para sermos cada vez mais o jornal da nossa cidade, da nossa regiĂŁo, e do nosso tempo.
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sol e de alta tempera da praia tura para a famĂlia foi a saĂda para curtir o domingo trito. â&#x20AC;&#x153;Ă&#x2030; o quintal Atar, que mo-ra, de que todo mundo de frente para que mora na cidade, hĂĄ um ano, des no diso vento GuajarĂĄ, as principa e para o marâ&#x20AC;?, contou Ă ssima gostaria de ter. Moramos Atar. Ă&#x20AC;s margens bastante movime is praias da ilha -da BrasĂlia, da baĂa do do Amor ntadas. Aproveit para curtir o domingo ar a sombra e ĂĄgua se e Grande- ficaram fresca da praia de sol. foi a saĂda
Bem-estar na forma de alimentos D e a na ura saudĂĄve e unc ona a ra cada vez ma s pessoas
)/ "Rafael, Maira, Melisa, MariĂąa, Aldema Thais,Rafael r, Auxiliadora Thais )1 Rafael, y Thais)0 Riquelme *) Maira, Melisa, Rafael, Maira, MariĂąa )2 Rafael, Rafael, Maira, Melisa, MariĂąa, Aldema Melisa, MariĂąa, r, Aldemar, Auxiliad Maira, Melisa, MariĂąa, Aldemar, Auxiliad Auxiliadora y ora y Thais** ora y Thais Maria Rafael, Maira, Melisa, MariĂąa, Aldemar
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Diário do Pará
8 UMA NOVA HISTÓRIA
DOMINGO Belém-PA, 23/11/2008
ENTREVISTA - RODRIGO FINO E FRANCISCO GOMEZ
Diário do Pará
UMA NOVA HISTÓRIA 5
DOMINGO Belém-PA, 23/11/2008
ENTREVISTA - RODRIGO FINO
Leitor está no centro de novas mudanças “Futuro está na qualidade da informação” PACO - Na realidade, quase todos os diários líderes de mercado. Tanto no Brasil quanto no resto do mundo. O imobilismo é mau conselheiro neste negócio. O jornalismo deve acompanhar a sociedade e nossas sociedades estão evoluindo de maneira vertiginosa.
Para presidente da América Latina da García Media, em 10 anos o jornal ainda será de papel, mas com mais informação
KEILON FEIO
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Os integrantes da empresa García Media, responsáveis pela transição para o novo projeto gráfico e editorial do DIÁRIO, avaliam os impactos das transformações
ISMAEL MACHADO
ISMAEL MACHADO
RODRIGO- Os diários de todo o mundo estão em uma constante pressão por inovação e qualidade. Além disso, há que se explicar como é essa mudança que se está produzindo na sociedade, por que ela está acontecendo, como me afeta, de que maneira me ajuda a crescer, entre outras coisas.
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odrigo Fino e Francisco Gomez, o Paco, são, respectivamente, os responsáveis pelo novo projeto editorial e gráfico do DIÁRIO DO PARÁ. Integrantes da equipe da García Media, empresa responsável por algumas das principais mudanças verificadas em importantes periódicos ao redor do mundo, eles falam, na entrevista a seguir, sobre o novo direcionamento editorial e gráfico do jornal DIÁRIO DO PARÁ.
Rodrigo Fino e Paco Gomez, da García Media: DIÁRIO inicia nova etapa, com novas opções de conteúdo e mudanças na cultura jornalística
No que irão consistir as mudanças no jornal? PACO: São de dois tipos. A primeira mudança consiste num reordenamento editorial, pensando no leitor e em uma melhor navegação no DIÁRIO. A segunda é uma conseqüência direta da primeira e consiste em um novo projeto gráfico, que moderniza a imagem do jornal e que tenciona dar um sentido ao reordenamento editorial. RODRIGO: O novo projeto gráfico aponta para uma melhora na leitura do periódico e dos conteúdos. A idéia é dar-lhe uma nova imagem de modernidade e dinamismo. Quais os motivos para que essas mudanças fossem feitas? PACO - O DIÁRIO é um jornal de vanguarda. Sabe que na inovação e na qualidade está o segredo de seu êxito. Por isso, agora, quando é um periódico líder do mercado, é quando se decide por um grande e profundo processo de mudanças para oferecer a seus leitores o melhor. Creio que essa é a grande diferença dos diários líderes: empreendem as mudanças quando estão em um bom momento, não quando estão em crise. RODRIGO - Tudo isso tem
um duplo efeito: reafirmar sua posição de líder e, ao mesmo tempo, marcar a tendência e a posição no mercado. Para os leitores, o que muda tanto em termos visuais quanto em conteúdo? PACO - Em termos visuais, muda muito o produto. Embora mantenha alguns elementos de continuidade, a maioria será novidade. Além disso, o leitor encontrará coerência gráfica em todos os produtos que são oferecidos nos sete dias da semana. Em conteúdo, o que pode chamar mais a atenção pode ser o novo caderno Você, dedicado a cultura, entretenimento e qualidade de vida. O reordenamento dos produtos de domingo e, em geral, a disposição das matérias – muito mais dinâmicas e atrativas. RODRIGO- A mudança implica um alto grau de mudança visual pelo DIÁRIO. O jornal está iniciando uma nova etapa e ela leva o melhor da fase anterior e cria novas opções de conteúdo como o caderno Você. Como se dará essa mudança? Quanto tempo, entre projeto, reuniões e assimilação,
O jornais líderes de mercado mudaram para acompanhar a sociedade. O imobilismo é mau conselheiro” Francisco Gomez
o novo DIÁRIO levou para ficar pronto? PACO- O processo de mudança levou quase todo o ano de 2008. Não se trata de uma maquiagem. Aprofundouse em uma mudança de cultura jornalística e organizacional. Por isso tem exigido muitas horas de reuniões, capacitação e reflexão para criar o produto que agora chega ao conhecimento dos leitores. Tampouco essas mudanças acabam aqui. O DIÁRIO segue apostando na melhoria da qualidade jornalística e por isso agora começa um processo de seqüência do novo projeto e de capacitação dos membros da redação.
Essas mudanças, que não serão apenas visuais, são uma tendência no atual mercado? PACO - Sim, claro. O mercado de periódicos é muito dinâmico e exige constante renovação. As formas do jornalismo mudam ao mesmo ritmo que nossa sociedade. No caso dos diários escritos, é especialmente importante que ocorram mudanças para estar em dia com as inovações visuais e os ritmos de vida de nossos leitores. Por isso, o DIÁRIO também tem trabalhado duro na melhoria de seu portal na Internet e em possibilitar uma oferta variada e de excelência. RODRIGO - Hoje em dia, os leitores são muito exigentes com os produtos impressos e demandam inovações constantes, novas formas de conteúdos e qualidade constante nas informações. Sem inovação é difícil que um produto editorial sobreviva no tempo. Qual a importância para o jornalismo paraense desse tipo de atitude do jornal? PACO - Considero uma
O leitor quer uma voz que entenda o que ocorre, que explique Belém para que se possa entender o mundo” Rodrigo Fino
oportunidade tremenda para os profissionais do jornalismo que trabalham no DIÁRIO, mas também para o mercado local. O dinamismo dos diferentes meios provoca reações no mesmo sentido, e sempre acredito que essa competição é boa. Além disso, obriga aos jornalistas paraenses a refletirem sobre o tipo de jornalismo que estão fazendo e sobre sua responsabilidade. RODRIGO - A única “fórmula secreta” todo mundo conhece é fazer bom jornalismo. A diferença reside em quem se anima ou não a fazê-lo. Que outros jornais promoveram mudanças tão significativas?
Esse novo projeto editorial vai contemplar primordialmente o quê? Quais os principais aspectos levados em consideração? PACO- Diria que modernidade, agilidade, aprofundamento no jornalismo de qualidade, agenda própria, um enfoque próprio da realidade do Pará e a concentração no local e estadual. RODRIGO- O enfoque na informação local é a base fundamental do projeto. Qual o papel do leitor nesse novo DIÁRIO? PACO- Tem a maior importância. Tudo o que temos feito é para o leitor, mas, além disso, temos ampliado os espaços de participação e queremos que a agenda jornalística do DIÁRIO esteja determinada pelos interesses dos leitores, e não pelos das instituições ou organizações. O DIÁRIO é o jornal dos paraenses. E é isso que queremos firmar. RODRIGO - Um jornal não deve perder de vista que seus leitores são a base de seu êxito e que eles necessitam ter uma voz que entenda o que está ocorrendo em Belém. Caso contrário, será muito difícil poder explicar e falar sobre o que está se passando do outro lado do Atlântico e a milhas de quilômetros de distância. Pensar no leitor é saber falar e explicar Belém para poder explicar o mundo.
ARTIGO
Para velhos jornalistas, acostumados a passar grande parte de seu tempo recolhidos à redação, o lançamento de um projeto gráfico é mais ou menos como aquele hábito interiorano de pôr roupa nova para a missa de domingo. Em Baião, na minha infância, era assim. Por feliz coincidência, o novo DIÁRIO, que nasce hoje, chega também num domingo. Para a maioria dos normais, domingo é dia santo da preguiça e do descompromisso. Acorda-se um pouco mais tarde, com a cabeça fresca e disposição para quase nada. E uma das raras coisas prazerosas nesses momentos é o ato de folhear um jornal. Ler o DIÁRIO, se já era agradável, será exercício ainda mais interessante a partir de
P:Os jornais de 10, 15, 20 anos atrás eram completamente diferentes dos de hoje. As mudanças se dão muito rapidamente. Como será o jornal daqui a uma década? R:É difícil prever como serão os jornais dentro de 10 anos, ou menos, mas asseguro que continuarão sendo em papel. Menores no tamanho, com mais informação, porém, com menos notícias. Serão mais valorativos em seus enfoques e com mais conteúdos em profundidade, mais jornalismo cidadão, mais voltados para as cidades, mais
INFORMAR E CATIVAR
Regra dos três “P” Rodrigo Fino explica que o jornalismo deve ter pertinência, proximidade e propriedade e que nada deve ser casual em um jornal
jornalismo em geral, com mais vinculação às edições digitais e com uma grande carga visual. Ao menos assim os imagino. P:Quais as principais mudanças surgidas nos jornais no último século? R:A infografia, o jornalismo cidadão, a auto-edição, a convergência de meios e processos e, sobretudo, a utilização de cor em suas páginas. As inovações têm sido sempre acompanhadas da mão da tecnologia e dos processos de transformações econômicas e sociais. A pergunta seria: os jornais têm reportado todas essas mudanças e as têm adotado? P:Qual o papel da infografia hoje? R:A infografia é um gênero jornalístico e como tal deve ser tratado. Tem sua pertinência, sua proximidade e sua propriedade, entendido isto como elaboração própria. Nos últimos tempos se tem esquecido a primeira parte da palavra. A infografia sem informação é decoração. Hoje a infografia é fundamental e será cada vez mais. P:Se costuma dizer que não há mais leitores para longos textos. Isso é verdade? R:Não creio nessa afirma-
ção. Creio que não haja leitores para textos ruins, sejam curtos ou grandes. Harry Potter é um livro extenso, uma história fascinante, porém complicada, que atraiu a atenção de crianças de nove anos, que jogam videogames, que nasceram em uma cultura visual e são bombardeados por estímulos visuais e, sem dúvida, esse livro de texto com corpo 9 se esgotou em cada edição. Não, definitivamente não creio nessa afirmação. Além disso, as últimas investigações do Poynter Institute sobre leituras de texto, por exemplo, na internet detectaram que os usuários lêem textos longos se estão bem titulados e escritos. As pessoas os imprimem e os lêem logo. P:Com a internet, mudou o modelo de recepção da informação. Como os jornais devem se adaptar a isso? R:Internet é a instantaneidade, o jornal deve ser a profundidade, a análise com certa distância e com maior valor agregado. Internet impacta, é o que ocorre hoje, agora, neste minuto. O jornal nos estimula a pensar, porque nos explica as coisas. Essa
O jornal nos estimula a pensar. Ele nos explica as coisas. Essa deve ser a adaptação às mudanças da era digital”
PERFIL PROFUNDIDADE Rodrigo Fino, presidente para a América Latina da García Media, empresa responsável pelo novo projeto gráfico do DIÁRIO. Ele acredita que daqui a 10 anos os jornais continuarão sendo em papel, mas menores no tamanho, com mais informação e menos notícias. Fino também defende que as pessoas gostam de ler, sim, textos longos e que não há leitores para textos ruins, sejam curtos ou grandes. Para Fino, enquanto a internet é a instantaneidade, o jornal deve manter a profundidade e a análise com maior valor agregado.
deve ser a adaptação dos jornais às mudanças da era digital. P:Quem seria o leitor do jornal hoje? O mais velho ou os mais novos? R:Todos. Um jornal deve ser para todos, jovens ou velhos. P:O futuro do jornal será ter notícias rápidas, copiando a internet, ou se voltar grandes reportagens? R:O futuro está na profundidade, não importando se é uma reportagem de duas páginas ou uma história de 1/4 de página. O futuro está na qualidade da informação. Além disso, não importa o suporte, o que importa é a marca e a informação. P: O modelo atual, com o chamado lead clássico (que prioriza no primeiro parágrafo as informações mais importantes, por ordem hierárquica), herdado dos Estados Unidos, está defasado? R:Creio que ao menos está em crise e que merece ser estudado a fundo. Os Estados Unidos estão sofrendo uma mudança cultural profunda e esse modelo não parece ser o caminho a seguir de cara aos próximos anos. Cada país hoje deve criar seu próprio modelo.
A responsável pela mudança gráfica e editorial do DIÁRIO é a empresa argentina García Media. A proposta geral da equipe de trabalho é encontrar estratégias de comunicação visual que permitam informar e ao mesmo tempo cativar o público. Entre os jornais que já passaram por mudanças elaboradas pela empresa está “O Povo”, de Fortaleza; “The Wall Street Journal”, de Nova York; “Liberatión” e “La Tribune”, de Paris; “Folha de São Paulo” e outros jornais de destaque da América Latina. A empresa oferece serviços nas áreas de design, estratégia editorial, suplementos, classificados, marcas e logotipos, websites, capacitação e tem a função de ajudar os clientes a repensar seus jornais e no que precisam mudar. Também estende as idéias de estratégia visual para revistas. Outra área de atuação da García Media é a comunicação corporativa interna e externa e criação de identidade. Um dos clientes é a bolsa de valores Dow Jones (Nova York) e a empresa automobilística Volvo. “A García Media Latinoamérica desenvolveu nos últimos anos uns 70 projetos de redesenho editorial e gráfico em uns 15 países desde o “Reforma”, no México, até a “Folha de São Paulo”, no Brasil, e também colaborando com a García Media Internacional em projetos como o redesenho do “The Observer” (Inglaterra) e do “Le Tribune” (França)”, conta Francisco Gómez, integrante da empresa. “É uma equipe sólida que não aplica padrões, mas que faz com que cada diário entenda seu espírito para poder acompanhar a mudança dos tempos”, completa. Cada reformulação gráfica tenta preservar a essência do que o jornal oferece. No caso da “Folha de São Paulo”, o novo design tinha o objetivo de intensificar a relação “íntima” que já existia com os leitores e ao mesmo tempo respeitando as mais variadas formas de ler a Folha. Já no jornal “O Povo”, que tem mais de 80 anos no mercado cearense, o design foi baseado na simplicidade e na possibilidade de causar surpresa nos leitores a cada matéria.
TECNOLOGIA
GNet revoluciona trabalho na redação
Com a roupa de domingo GERSON NOGUEIRA Diretor de Redação
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odrigo Fino, presidente para a América Latina da García Media, tem idéias bem próprias e positivas em relação ao futuro do jornalismo. Entre textos curtos e longos, prefere os bem escritos. Mudanças gráficas ou editoriais? Segundo ele, não é possível separar uma da outra. Quando lhe dizem que os jovens não lêem jornal, retruca de forma sintética: talvez os jovens não leiam os que estão se fazendo. Para Fino, é necessário que se faça o jornalismo dos três “P”: pertinência, proximidade e propriedade. “Agregue valor informativo ao leitor. Nada em um jornal deve ser casual. Além disso, aconselho que se cuide da credibilidade. Afinal, junto com a marca, é o único ativo que um jornal possui”. Na pseudo-discussão entre o jornal em papel ou digital, Fino lembra que o que importa é a informação, não o suporte. “Lembre-se de que hoje os leitores são fontes e editores de informação. Não são mais passivos. Um diário moderno mescla reafirmação informativa, contextualização e descobrimento. Cada vez mais descobrimento”. Na entrevista a seguir, Fino avalia os passos a serem dados pelo jornalismo atual e no futuro.
García Media tem projetos em cerca de 15 países
hoje. De domingo a domingo. É claro que sou suspeito para escrever estas linhas. Como diretor de redação, estive envolvido até o pescoço em todo o projeto desde a primeira hora, acompanhei a gestação das primeiras idéias, partilhei as dúvidas e discussões sobre cada detalhe. E mais: com os especialistas da García Media, Rodrigo Fino e Francisco (Paco) Gomez, aprendi muito sobre edição e desenho de páginas, soluções gráficas e inovações de estilo. Como se sabe, uma das boas coisas deste ofício é a capacidade de aprender sempre. Arrisco dizer que esse contato profissional foi tão proveitoso quanto a própria reformulação do jornal. Depois de 26 anos de existência, o DIÁRIO abraça um projeto gráfico-editorial por
completo, como nunca visto antes na imprensa paraense. Diante deste, os projetos anteriores são quase rascunhos improvisados. Para recorrer a uma analogia automobilística, não se está cuidando apenas da lataria. Mexemos também – e profundamente – nas engrenagens do veículo. É necessário ressaltar que a preocupação manifesta de Jader Barbalho Filho sempre foi a de acompanhar a velocidade de uma imprensa que não pára de evoluir, tanto na estética quanto no conteúdo editorial. A contratação de um escritório internacional dá bem a dimensão desse propósito. Pesquisas minuciosas, avaliações quanto aos anseios do leitor e experimentações gráficas concentraram nossas atenções ao longo de todos esses meses. A redação encarou (e ven-
O lançamento de um novo projeto é como pôr roupa nova para a missa. Feliz coincidência: o novo DIÁRIO também chega num domingo” ceu) o sério desafio de, na reta final de treinamento, conviver com a duríssima tarefa de fazer dois jornais todos os dias: o antigo, para consumo externo, e as páginas do novo, para efeito interno. Toda a mudança gráfico-
editorial foi pensada para que o leitor tenha em mãos um produto mais dinâmico em conteúdo, rico na apresentação visual e moderno nas ferramentas de leitura. Não exagero em dizer que queremos que o DIÁRIO acompanhe os passos de um mundo profundamente alterado pelas novas mídias e plataformas. E ficou mais colorido e fácil de ler para que seja particularmente atraente ao jovem, sem perder o leitor cativo. As editorias, colunas, suplementos, produtos especiais e antigas seções foram redesenhadas para dar mais informação e ampla visualização dos anúncios, sem que isso se misture com o espaço editorial. Redefinidas, as páginas ganham novo aspecto, em sintonia com o que há de mais avançado na imprensa mundial, com clara hierarquização das notícias.
Ampliou-se o conceito de interatividade com o leitor, com a abertura de novos canais de comunicação nas páginas e editorias. Ao mesmo tempo, nossas prioridades não se modificam: o DIÁRIO continua a dar mais atenção ao noticiário local e regional, com ênfase na cobertura de saúde, educação, diversão & arte, economia, política, esportes e polícia. Tudo amparado por ferramentas facilitadoras de leitura – infográficos, tabelas, ícones, ilustrações e marcadores de texto. O jornalismo de qualidade, centrado em grandes reportagens e matérias exclusivas, continuará a ser buscado e executado. E o interesse pelos grandes temas locais será amplificado, com a ousadia e a responsabilidade que sempre pautaram a história do DIÁRIO.
LUIZ FLÁVIO lfmcosta@gmail.com
Junto com a reformulação do projeto gráfico, o DIÁRIO também implementou um novo projeto editorial, mais moderno e prático, que otimiza a confecção das matérias e reduz consideravelmente o tempo de edição, melhorando o fluxo em todos os setores na redação. O GNet é um sistema construído em cima do InDesign, um dos mais modernos programas de paginação existentes hoje. “Antes do GNet, os paginadores pegavam os textos e as fotos do sistema e os agrupavam nas páginas. Agora a coisa é toda automatizada. Criaram-se espécies de caixas onde os textos e imagens são encaixados automaticamente pelos repórteres e editores, diretamente nas páginas”, diz Arnaldo Torres, editor de Arte do DIÁRIO.
Dessa forma, o processo é agilizado, reduzindo o tempo de fechamento das páginas. “Os repórteres escrevem em cima de uma forma já linkada na página e, quando essa página é atualizada, o texto é inserido automaticamente. Isso facilita muito o nosso trabalho”, explica Atorres. Com o GNet, a rotina dos repórteres também mudou drasticamente – para melhor. Agora cada equipe sai para a rua devidamente orientada pelo editor do horário sobre como deve proceder com a sua pauta. “Dependendo do assunto a ser explorado, o repórter já sai sabendo quantos toques terá que escrever, a posição da matéria na página, destaques e infográficos que terão que ser trabalhados. Otimizamos bastante o nosso trabalho e não se perde mais tempo com assuntos secundários”, destaca Adaucto
EM NÚMEROS
33
Pessoas, entre repórteres e editores, participaram dos treinamentos organizados para implantar o novo sistema editorial
04
Os treinamentos, testes e ajustes para uso do novo sistema editorial e projeto gráfico duraram 4 meses
Couto, editor-executivo do DIÁRIO. O GNet possibilita ainda o arquivamento de páginas, fotos e textos que poderão ser acessados facilmente pelos integrantes da redação a qualquer momento, bastando para isso digitar uma palavra-chave na intranet. “Antes os jornalistas ficavam em prantos para aces-
sar notícias que, muitas vezes, não estão disponíveis na home page do jornal e no próprio sistema antigo. A perda de tempo era grande. Agora isso mudou”, garante Atorres. O DIÁRIO adquiriu o GNet da empresa carioca Mundware e elaborou, ao longo dos últimos meses, um minucioso processo de treinamento para adaptação ao novo sistema em todos os setores da redação (reportagem, paginação, revisão e edição). “Começamos esse processo de adaptação ainda em julho passado, envolvendo o suporte técnico da GNet, da Mundware e da Editoria de Arte. O esforço foi grande e ainda estamos em fase de adaptação”, coloca o editor. O GNet já vem sendo utilizado há algum tempo em jornais como “O Povo” (Fortaleza) e na “Gazeta de Alagoas”.
Programa otimiza etapas FLUXO OTIMIZADO A Mundware é a empresa responsável pelo desenvolvimento do GNet. A empresa surgiu há cerca de 15 anos com um grupo de pessoas que trabalhava com consultoria para o jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro. “No começo, trabalhávamos com sistemas de terceiros como italiano GM3 e o espanhol Millenium”, conta Pablo Pastori, sócio-diretor da Mundware. “Daí resolvemos criar nosso próprio sistema, baseado na
realidade das redações brasileiras”, completa. O GNet levou 4 anos para ser desenvolvido, tempo gasto com projetos e programações. Atualmente, vários grandes jornais brasileiros utilizam esse programa, apesar de seu pouco tempo de existência. A grande vantagem desse sistema para as redações é que ele ajuda a organizar o fluxo de trabalho, garantindo o controle da produtividade durante a elaboração do jornal ao otimizar as etapas da produção.
DiĂĄrio do ParĂĄ
4 UMA NOVA HISTĂ&#x201C;RIA
DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
DiĂĄrio do ParĂĄ
CADERNO VOCĂ&#x160;
PROJETO GRĂ FICO E TIPOGRAFIA
Um novo espaço para seus sentidos
PĂĄginas tĂŞm novas fontes e recursos CONHEĂ&#x2021;A AS FONTES O novo projeto grĂĄfico renovou todas as fontes (tipos de letras) do jornal. Conheça a nova sĂŠrie de fontes originais que, a partir de agora, dĂŁo personalidade prĂłpia ao DIĂ RIO DO PARĂ .
Antenna: Fonte sem serifa e com identidade marcante. A grande variação de estilos permite variadas soluçþes de design. Ă&#x2030; utilizada para titulacĂŁo, textos curtos, quadros, colunas alĂŠm de elementos como legendas e crĂŠditos. O criator da fonte Antenna ĂŠ Cyrus Highsmith.
DESFRUTE AS CORES
mente dão sentido à nova linha editorial. Os conteúdos serão aprofundados sempre com acompanhamento de infogråficos e diversos outroselementos que ajudam o entendimento do leitor. PorÊm, outra mudança significativa estå nos tipos de letras (fontes) escolhidas
para compor as ediçþes do DIĂ RIO. A sintonia com o projeto moderno, informativo e de leitura ĂĄgil exigiu a elaboração de uma tipografia prĂłpria: a partir de agora o DIĂ RIO tem uma famĂlia de fontes que garante personalidade e originalidade ao nosso jornal.
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EXEMPLOS Em nĂşmeros: informaçþes adicionais, onde os nĂşmeros sĂŁo o destaque: porcentagens, nĂşmeros ou dados numĂŠricos combinados com texto. As aspas: as frases sĂŁo usadas para dar destaque a declaraçþes de um ou mais personagens - uma informação importante ou adicional. SĂnteses: SĂŁo resumos em forma de tĂłpicos de um a notĂcia que coloca o leitor a par de um acontecimento ou fato ainda em andamento. Sua estrutura aparece sempre de forma cronolĂłgica (horĂĄrios, ou datas)
RĂ PIDAS Hoje constituem um estilo mais prĂłximo de um novo gĂŞnero jornalĂstico, onde uma grande variedade de assuntos sĂŁo revelados - comentĂĄrios polĂticos, notas sobre economia, vida cultural, agenda de esportes e lazer, ou cotidiano de celebridades da TV e das passarelas, e atĂŠ colunismo social Ă moda antiga. Aqui cabem as notĂcias de bastidores, aquelas que muitas vezes dĂŁo preferĂŞncia ao enfoque â&#x20AC;&#x153;secundĂĄrioâ&#x20AC;? da notĂcia ou aos interesses fora de cena.
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LINKS O DIà RIO tem uma clara vocação de prestação de serviços. Por isso, nas matÊrias onde Ê necessårio, informamos a vocÊ as conexþes com outras fontes de informação de qualidade na internet. Os links vão aparecer no final das matÊrias e colunas, convidando o leitor a continuar no assunto atravÊs da internet. As informaçþes podem ser cumulativas dentro do próprio quadro da matÊria.
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E se ĂŠ preciso seduzir e convidar o leitor, ao mesmo tempo ĂŠ importante provocĂĄ-lo, incitando-o a ter opiniĂŁo e a usar melhor o seu tempo diante de tantas opçþes. Partindo desses princĂpios, o caderno VocĂŞ vai tambĂŠm combinar diversos gĂŞneros jor-
nalĂsticos â&#x20AC;&#x201C; matĂŠrias, crĂ´nicas, crĂticas - e tambĂŠm buscar o equilĂbrio de assuntos diversos, como a literatura, as artes visuais, a mĂşsica, o cinema, a televisĂŁo, a dança, o design, a polĂtica cultural e tambĂŠm comportamento, bem-estar e qualidade de vida.
CHAMADAS Aqui o leitor encontra os destaques mais interessantes das matÊrias publicadas nas påginas internas da edição do dia.
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IMAGEM Grandes fotos valorizam a matĂŠria especial de capa e tornam os assuntos mais atrativos para o leitor.
RĂ PIDAS Pequenas pĂlulas culturais de leitura rĂĄpida e tambĂŠm com as Ăşltimas novidades sobre o mundo artĂstico e de celebridades. Informação do jeito que vocĂŞ queria.
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TEXTOS No caderno VocĂŞ os textos tĂŞm como caracterĂstica dar ao leitor um contato mais ĂĄgil e prazeroso com o conteĂşdo. As matĂŠrias especiais de capa podem continuar no interior do caderno, aprofundando os temas.
EDIĂ&#x2021;Ă&#x192;O Uso de recursos como infogrĂĄficos e outros pequenos formatos de edição dĂŁo destaque a informaçþes relevantes, complementam o texto e tornam a leitura visualmente mais atrativa.
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bĂŠm o prazer de se ter uma vida cultural ativa, urbana, cosmopolita e que proporcione o bem-estar. Seu papel nĂŁo se resume a anunciar produtos, mas tambĂŠm a refletir sobre comportamentos, hĂĄbitos sociais e estabelecer relaçþes entre a cultura e a realidade polĂtico-econĂ´mica.
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A nova paleta de cores ajuda o leitor a identificar e percorrer com facilidade conteĂşdos dos diferentes cadernos do jornal. A cor vermelho indica o primeiro caderno (A) e o Bola, a cor azul indica caderno PolĂcia, o laranja indica o caderno B (Brasil, Mundo e Economia), a cor verde indica o caderno VocĂŞ.
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Um espaço de sedução do leitor, que o convida a algo interessante, que amplia o seu repertório. Assim Ê o caderno Você, destinado a conteúdos sobre arte, cultura, entretenimento e qualidade de vida. A proposta do novo caderno valoriza o prazer do texto e tam-
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ENTRADAS As principais matĂŠrias tĂŞm um valor agregado. Pequenos textos complementares detalham, ampliam ou destacam aspectos significativos da notĂcia. Nessas entradas, o leitor encontrarĂĄ desde dados de destaque a pequenos perfis dos protagonistas, alĂŠm de informaçþes, antecedentes, que ajudam a contextualizar a matĂŠria. O novo projeto grĂĄfico quer ajudar vocĂŞ a encontrar o que ĂŠ mais relevante nas matĂŠrias. Elementos como esses facilitam essa nova forma de leitura nas pĂĄginas.
COR E LOGOTIPO No alto da pĂĄgina principal, o logo do caderno VocĂŞ e o uso da cor da editoria ajuda o leitor a encontrar, com facilidade, o seu conteĂşdo de cultura, idĂŠias, entretenimento e qualidade de vida.
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Leviathan: Fonte em estilo serifa grossa. Sua força visual valoriza as informaçþes que merecem destaque. Leviathan começou como uma conversão do serif dos sans de nosso typeface Ziggurat - um processo que ecoasse a maneira em que o gothics adiantado foi desenvolvido. Seu nome tipogråfico evoca o mundo antigo. Leviathan Ê um trade-mark de Hoefler & FrereJones.
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que o jornal continue em sintonia com o seu pĂşblico. Esse reordenamento editorial prioriza o leitor, fazendo com que ele tenha uma melhor â&#x20AC;&#x2DC;navegaçãoâ&#x20AC;&#x2122; pelo jornal. As cores e diversos outros recursos do novo projeto grĂĄfico modernizam a imagem do jornal, mas principal-
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Mercury: Fonte serifa. O desenho da fonte padrĂŁo dos textos permite uma Ăłtima leitura. Produto de uma pesquisa e de um desenvolvimento de nove anos, a fonte Mercury ĂŠ uma famĂlia da high-performance do texto, projetada para prosperar sob as circunstâncias mais adversas. Mercury ĂŠ um trade-mark de Hoefler & Frere-Jones.
AlÊm de mais profundo em seus conteúdos, agora o DIà RIO Ê um jornal de leitura mais ågil e leve. Essa mudança que os leitores vivenciam com o novo projeto Ê um reflexo importante da mudança no projeto gråfico do jornal. São mudanças profundas, mas que fazem com
UMA NOVA HISTĂ&#x201C;RIA 9
DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
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Diário do Pará
2 UMA NOVA HISTÓRIA
DOMINGO Belém-PA, 23/11/2008
Diário do Pará
UMA NOVA HISTÓRIA 11
DOMINGO Belém-PA, 23/11/2008
O DIÁRIO EM NÚMEROS ENTREVISTA - JADER BARBALHO FILHO
11 EVERALDO NASCIMENTO
FRANK SIQUEIRA siqueira-paxingu@uol.com.br
O
novo DIÁRIO, que hoje chega às bancas e às mãos dos seus milhares de leitores, em todo o Estado do Pará, não é apenas uma inovação em projeto gráfico. É também isso, mas é sobretudo uma melhora evolutiva na linha editorial, acrescentando elementos para a satisfação do público. Esse projeto, segundo Jader Barbalho Filho, diretor-presidente do DIÁRIO DO PARÁ, tem como principal mérito organizar melhor o jornal, em conteúdo e design gráfico. De acordo com Jader Filho, o ano de 2008 foi o que registrou o maior volume de investimentos no jornal desde a sua fundação, há 26 anos. “Nós esperamos que isso se traduza em resultados ainda melhores em 2009”, afirma o presidente do DIÁRIO, acenando com a expectativa de um crescimento substancial no ano que vem e a conseqüente elevação dos índices de leitura. Para alcançar esse objetivo, ele revela, sem entrar em detalhes, que mais novidades virão durante o ano de 2009, quando o jornal deverá oferecer novos benefícios e vantagens para os seus leitores. Confiante nesta fase que se inicia, Jader Filho não se deixa abater – muito pelo contrário – nem mesmo diante da crise que hoje assombra os mercados do mundo inteiro e já começa a causar transtornos à economia brasileira. “Acho que precisamos acreditar sempre”, diz ele, acrescentando que, ao se falar em crise e dificuldades, deve-se ter em mente, ao mesmo tempo, o espírito de superação. “Eu entendo que é nos momentos de dificuldade que devemos ter a preocupação de investir. Se nos encolhemos, se nos amedrontamos, a sensação clara que me fica é de que as coisas tendem a se tornar ainda mais difíceis”, afirma. A receita correta para enfrentar as adversidades do momento, segundo ele, deve ter, portanto, uma fórmula inversa. “Nós temos que investir, acreditar no mercado e trazer novidades para aproximar ainda mais o jornal dos seus leitores e anunciantes”. De certa forma antecipando-se aos fatos, foi exatamente isso o que fez a direção do DIÁRIO DO PARÁ ao conceber e colocar em prática o projeto
Tiragem
40 60
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É nos momentos de dificuldade que devemos investir. Se nos encolhemos e nos amedrontamos, a sensação que me fica é de que as coisas tendem a se tornar ainda mais difíceis”
mil exemplares (semanais)
mil exemplares (aos domingos) Redação 12. Após o término do trabalho da edição, a matéria segue para a revisão de texto. 13. A página é enviada à gráfica. 14. O jornal é impresso e distribuído. 15. A matéria é lida pelo leitor.
PERFIL
Acreditar e evoluir sempre Jader não se deixa abater pela crise que assombra o mundo. Acostumado a vencer desafios, ele prega o espírito de superação
“O DIÁRIO teve do mercado a sustentação de que precisava” O diretor-presidente do DIÁRIO DO PARÁ informa que mais novidades virão em 2009, quando o jornal trará novos benefícios e vantagens para os leitores e anunciantes, responsáveis por seu crescimento cujo resultado está chegando hoje às mãos dos leitores. Para isso ele foi buscar o que há de melhor no mercado em todo o mundo, recorrendo ao trabalho de profissionais e empresas com histórico de sucesso e excelente conceito dentro e fora do Brasil – as empresas de consultoria Garcia Media, responsável pelo projeto gráfico e editorial, e Hansted Consulting, de marketing e conteúdo. As mudanças no projeto gráfico e de conteúdo editorial, segundo Jader, fazem parte de um esforço permanente para cada vez mais profissionalizar o DIÁRIO DO PARÁ. Ele considera que o jornal deve se manter em evolução contínua e antenado com as profundas transformações a que está exposta a sociedade humana, num mundo globalizado onde
as distâncias se encurtam e as informações têm circulação instantânea. Esta, segundo Jader Filho, é a síntese do novo DIÁRIO, um projeto que é, ao mesmo tempo, uma retribuição ao leitor e ao anunciante que sustentaram o seu crescimento e o guindaram à liderança no Estado do Pará. Quando assumiu a presidência do DIÁRIO DO PARÁ, em 2002, Jader Barbalho Filho encontrou pela frente uma série de desafios que precisariam ser superados. Os principais deles, conforme revela o próprio Jader Filho, representados pelas persistentes dificuldades econômico-financeiras que acompanhavam o jornal desde a sua fundação, em 1982. “Nós tivemos que transformar as dificuldades em pontos
positivos. Como se diz na linguagem popular, tivemos que fazer do limão uma limonada”, afirma o diretor-presidente do DIÁRIO, destacando o fato de que o jornal, naquela fase mais crítica, não pôde contar com um centavo de verbas públicas, dada a hostilidade política que lhe devotavam abertamente os governantes da época. Para Jader Filho, é hoje reconfortante perceber, num olhar para o passado, que o mercado deu a sustentação de que o DIÁRIO precisava para sobreviver e com isso lhe permitiu chegar ao ponto em que hoje se encontra. “O jornal cresceu em momento de dificuldades, forjado na luta diária pela sobrevivência. Com isso ele ganhou a solidez necessária para se consolidar como líder do mercado”, acrescenta.
Quando assumiu o comando do jornal, em 2002 – dois anos antes do falecimento de seu fundador, o avô Laércio Barbalho –, Jader Filho já havia se credenciado internamente para a função. Em 1997, com apenas 21 anos, ele havia sido admitido na empresa com a incumbência de organizar a distribuição, ponto nevrálgico de qualquer veículo impresso e, no caso específico do DIÁRIO, um gargalo crônico que de há muito vinha asfixiando o jornal. Nos dois casos ele foi bem sucedido. Os problemas da distribuição foram eliminados e a circulação do jornal passou a ganhar fluidez e desenvoltura, o que veio também facilitar a trajetória ascendente que ele passou a percorrer a partir daí. O próprio Jader Filho, porém,
VENCENDO DESAFIOS Jader Barbalho Filho nasceu em Belém, em 20 de junho de 1976. Em 1997, com apenas 21 anos, ingressou na empresa da família com a difícil missão de organizar a circulação do jornal, na época um dos gargalos que asfixiavam o DIÁRIO DO PARÁ. Cumprida missão, um novo e instigante desafio o esperava. Em 2002, já formado em Administração de Empresas, assumiu a presidência do DIÁRIO. A trajetória ascendente do jornal a partir daí, num crescimento que o conduziu à liderança no mercado paraense, traduz por si só a eficiência do seu desempenho como administrador.
rechaça a tese de soluções definitivas. “Nada numa empresa grande está pronto e acabado, porque isso gera acomodação. Nós temos que estar sempre evoluindo e melhorando”, acrescenta. Na presidência, o evidente acerto de sua gestão está expresso em números. Em 1998, quando ele ingressou no jornal, o DIÁRIO DO PARÁ detinha uma parcela de apenas 4% do mercado local de jornais, enquanto o principal concorrente nadava de braçadas com 98%. Em 2006, apenas quatro anos depois de ele haver assumido o comando da empresa, o DIÁRIO já havia assumido a liderança, com 66%, colocando-se numa posição de vanguarda que o credencia hoje como o maior jornal do Norte do Brasil e o quinto maior das Regiões Norte e Nordeste, de acordo com levantamentos do Ibope.
10
10. As melhores fotos produzidas são escolhidas pelo editor de fotografia, que disponibiliza o material para os editores de texto.
42 repórteres (apuração de matérias) 15 fotógrafos (imagens dos fatos) 16 editores de texto (adequam tamanho e forma ao espaço no jornal) 02 editores fotográficos (escolha de fotos para matérias) 02 assistentes de edição (produção de pautas e das equipes nas ruas) 10 paginadores (arte e finalização das páginas) 04 revisores (revisam textos e estrutura das páginas) 11 estagiários (produção de pautas e entrevistas na redação) Parque gráfico - O jornal possui três rotativas 1 DGM, a mais moderna, usada para impressão do jornal, e duas 2 Harrys V15, que pertencem ao DIÁRIO desde as primeiras edições.
11. A página onde está a matéria passa por arte finalização, feita pelos paginadores. Ganha efeitos visuais e infográficos para facilitar a leitura.
- Cinco torres de impressão e 36 unidades de impressão - em janeiro serão 40. Cada unidade imprime uma cor em cada página.
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- O DIÁRIO possui sistema de impressão ultra-violeta para papéis especiais. Para as outras páginas a tinta é normal. - Conta com três CTP (Computer to Place), que dispensa o uso de fotolito na hora de passar a página para a chapa que é introduzida na rotativa para a impressão. - A gráfica do DIÁRIO, localizada na rua Gaspar Vianna, possui 42 funcionários. Eles atuam nas áreas de manutenção das rotativas, préimpressão e impressão.
ENTREVISTA - CAMILO CENTENO
Um fato raro na imprensa, dentro e fora do Brasil FRANK SIQUEIRA siqueira-paxingu@uol.com.br
C
onstitui fato raro na história da imprensa, dentro e fora do Brasil, um jornal sair em apenas dez anos do papel de mero figurante para uma posição de líder inconteste do mercado. Mudar o curso da história de uma empresa, em tão curto espaço de tempo, é sempre uma grande dificuldade. Não é nada fácil, como reconhece Camilo Centeno, diretor geral do Grupo RBA, sair de um patamar humilhante, em que o opositor tinha 98%, para chegar ao fim de apenas oito anos a uma confortável posição de lide-
rança, com 66% do mercado. O DIÁRIO DO PARÁ conseguiu essa proeza. “Fácil, de fato, não é. Porém, mais difícil ainda é manter essa liderança, e esse passa a ser a partir de agora o nosso grande desafio. Temos muito trabalho pela frente”, diz Centeno, que completa com uma revelação em tom que é ao mesmo tempo de confidência e desabafo. Para ele, o que mais deixa satisfeitos e confiantes a direção e os funcionários do jornal é o sentimento de que todo o esforço valeu a pena. “Nós crescemos justamente numa fase em que o jornal foi mais perseguido pelos governantes da época”, acrescenta. Segundo Centeno, nesses oito anos de crescimento acelerado, o DIÁRIO teve contra si, durante a maior parte do tempo, a má vontade e a postura muitas vezes hostil dos governos federal e do Estado, e da Prefeitura de Belém. “Nós
ROGÉRIO UCHOA
Em apenas 10 anos, o DIÁRIO saiu do papel de mero figurante para o de líder inconteste do mercado
História de superação Camilo Centeno, diretor geral da RBA, lembra que o jornal cresceu mais justamente quando foi perseguido e boicotado
fomos muitas vezes literalmente boicotados e colocados à margem de todas as verbas publicitárias”, acrescenta. Nesse tempo, de acordo com Centeno, as verbas de publicidade foram todas carreadas para o concorrente direto, numa tentativa – afinal inútil
– de barrar o crescimento do DIÁRIO e de asfixiá-lo financeiramente. “Apesar de tudo isso, nós conseguimos não apenas sobreviver, mas crescer, o que nos fortalece a têmpera e nos dá solidez empresarial”, afirma, acrescentando que foi esse o maior
desafio enfrentado desde 1998 pelo jornal. Para Centeno, esse extraordinário crescimento experimentado pelo DIÁRIO, em apenas uma década, teve fases distintas e se deveu a diversos fatores. A fase inicial, segundo ele, pode ser caracterizada como um tempo de arrumação da casa, depois de um longo período de grandes e persistentes dificuldades. Nessa rearrumação geral se criou uma nova cultura na empresa. A seguir veio a fase de ascensão, nitidamente estabelecida, na sua avaliação, a partir do momento em que Jader Barbalho Filho, formado em administração, assumiu o comando do DIÁRIO, engajando-se ao processo de sua consolidação. “A partir daí nós começamos um sólido trabalho de crescimento e de efetiva conquista do mercado”, acrescenta.
MESA DE EDIÇÃO
Novo modelo descentraliza produção ISMAEL MACHADO
Mais difícil ainda é manter essa liderança, e esse passa a ser agora o nosso desafio”
PERFIL
PROTAGONISTA A história de Camilo Centeno no Grupo RBA, do qual é diretor geral, começou em 1990, quando ingressou na empresa. Centeno acompanhou de perto o crescimento meteórico do DIÁRIO em seu período mais recente. E o fez não apenas como observador, mas como protagonista.
Planejamento e organização. Na prática, essas são as palavras-chave que definem o novo direcionamento do DIÁRIO DO PARÁ. A redação do jornal incorporou nos últimos meses uma prática mais descentralizada e dinâmica na elaboração de pautas e na produção das reportagens. Mais do que uma mudança de "cara", o jornal assume uma nova rota no fazer jornalístico. “O jornal funcionava como muitas ilhas de editorias sem conexão entre si e entre os períodos da manhã e da tarde. Nós passamos a adotar a chamada "mesa" editorial, que coordena os fluxos de produção e pauta”, diz Francisco Gomez, responsável pelo redesenho editorial do DIÁRIO DO PARÁ.
A mesa de edição é composta por um editor-executivo, um editor de fotografia, um representante da gráfica, um editor de artes e, à tarde, por um copydesk (revisor). “A mesa complementa reuniões que são feitas pela manhã, quando se faz o planejamento do jornal e no meio da tarde, às 16h, quando se faz a primeira reunião de capa. Às 19h30, se faz outra reunião para definir o que permanecerá ou não na edição do dia”, afirma Gomez. Além disso, o jornal, como deve ser, adota o padrão de um organismo só, vivo, pulsante e descentralizado. As editorias passam a dialogar entre si, porque o produto final é um só. O jornal DIÁRIO DO PARÁ. “A principal mudança que salta aos olhos é a parte gráfica, mas há, primordialmente,
uma mudança de atitude e de comportamento na redação”, diz o diretor de redação Gerson Nogueira. Segundo ele, a redação do jornal passou a ser descentralizada. “Antes, a responsabilidade de definir a pauta dos jornais era de uma só pessoa, o chefe de reportagem. Esse processo mudou. O repórter tem a responsabilidade de sugerir pautas, de contribuir com a edição. Grosso modo, esse novo projeto derruba cercas e muda conceitos. A pauta ficou mais dinâmica”, diz. Esse processo final é coordenado pela mesa de edição, que tem autonomia e flexibilidade para tomar decisões. “A premissa é de que quanto mais rápido se decida, melhor para o jornal”, avalia Gerson Nogueira.
KEILON FEIO
A nova mesa de edição controla o fluxo de produção dos diferentes cadernos do DIÁRIO DO PARÁ
DiĂĄrio do ParĂĄ
10 UMA NOVA HISTĂ&#x201C;RIA
DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
O PROCESSO DE PRODUĂ&#x2021;Ă&#x192;O DO SEU JORNAL
DiĂĄrio do ParĂĄ
PRAZER EM ENCONTRAR VOCĂ&#x160;
O DIĂ RIO por dentro sĂľes locais. Grande parte dessas pautas vai para as equipes da tarde ou noite. NOVO SISTEMA
Ao juntar essas informaçþes, mais o material que serĂĄ trazido pelos repĂłrteres e as pautas da tarde, os editores definem as apostas de capa para a edição do dia seguinte. Os assuntos possĂveis de ter maior visibilidade sĂŁo os mais factuais, de maior repercussĂŁo na sociedade, alĂŠm das supresas que o dia pode guardar. JĂĄ Ă noite, eles se reĂşnem novamente para decidir o que entrarĂĄ na capa a partir da lista de assuntos do que estarĂĄ na edição. O fechamento das pĂĄginas do jornal começa no fim da tarde, mas parte das matĂŠrias que jĂĄ estĂŁo salvas no programa Type. O repĂłrter escreve a matĂŠria jĂĄ no espaço programado,
e na maioria das vezes discutido com o editor. A partir do conteĂşdo que apurou, o repĂłrter tambĂŠm jĂĄ sabe se a matĂŠria serĂĄ a manchete da pĂĄgina ou nĂŁo. As fotos ficam Ă disposição dos editores, mas, assim como o conteĂşdo escrito, percorrem um â&#x20AC;&#x153;caminhoâ&#x20AC;? atĂŠ a pĂĄgina. ApĂłs capturarem as imagens, os fotĂłgrafos passam as fotos da câmera para o computador No Type, os editores escrevem as chamadas, as manchetes e as legendas das fotos e encaminham a matĂŠria para a revisĂŁo. ApĂłs os ajustes finais, os cadernos vĂŁo sendo fechados e encaminhados para a grĂĄfica Ă noite. De manhĂŁ cedo, o jornal mais uma vez começa a chegar nas mĂŁos dos leitores. E a redação, novamente a pensar na edição do dia seguinte.
1. Produção da Pauta : os assistentes de edição marcam horårios das entrevistas e fazem um pequeno texto com sugestþes de direcionamento do assunto a ser tratado. 2. Os repórteres chegam à redação. 3. Os assistentes de edição entregam as pautas aos repórteres.
9
7. Os editores â&#x20AC;&#x153;riscamâ&#x20AC;? o espaço de cada matĂŠria no programa Type. Agora, os repĂłrteres do DIĂ RIO jĂĄ podem escrever com o espaço prĂŠ-definido na pĂĄgina.
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03. FOTONOTĂCIA Um dos formatos mais ĂĄgeis para a visualização da informação ĂŠ a fotonotĂcia. A força estĂĄ na imagem do fato, acompanhada de um pequeno texto. Cadernos como o Bola e o VocĂŞ permitem utilizar imagens de alto impacto. Com a fotonotĂcia se consegue dar personalidade e força de â&#x20AC;&#x153;aberturaâ&#x20AC;? Ă s capas de cada caderno. O uso das cores de fundo e destaques a nĂşmeros ou palavraschave sĂŁo recursos para atrair a atenção do leitor. Um jornal moderno tem que ter recursos deste tipo para apresentar suas matĂŠrias.
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AtĂŠ policiais sĂŁo vitimas do crime organizado
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Bandidos levam terror
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07. CHAMADAS Uma das diferenças do novo modelo jornalĂstico do DIĂ RIO sĂŁo as chamadas apostas editoriais. Nem todas matĂŠrias tĂŞm a mesma importância na pĂĄgina. As matĂŠrias secundĂĄrias tĂŞm que estar presentes na capa: ela agora ĂŠ como uma vitrine que mostra ao leitor todo o conteĂşdo do jornal, seção a seção, caderno a caderno. Assim o leitor pode localizar a seção e o nĂşmero da pĂĄgina que remete Ă matĂŠria. A hierarquia das notĂcias deve seguir uma seqßência, do local ao global. Ă&#x2030; necessĂĄrio vĂŞ-la como um todo que se complementa.
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04. DESTAQUES DO CADERNO VOCĂ&#x160; Nosso novo caderno sempre tem um espaço na capa. Os temas de cultura, entretenimento e qualidade de vida ajudam o leitor a viver melhor. As apostas grĂĄficas deste novo caderno se destacam pelas cores e pelas informaçþes e conteĂşdos que complementam as matĂŠrias. A imagem desempenha um importante papel na capa de nosso novo suplemento. Aqui a aposta ĂŠ nas fotografias de qualidade e impacto. A nova histĂłria do DIĂ RIO tem um novĂssimo caderno - e le foi pensado totalmente para que vocĂŞ o desfrute.
06. MANCHETE O DIĂ RIO continua sendo o melhor lugar para encontrar a informação mais atual. A manchete ĂŠ o principal ponto de entrada na capa. O tĂtulo ĂŠ a principal aposta do dia do jornal e destaca os fatos mais importantes no ParĂĄ, em BelĂŠm e no mundo. Quando ĂŠ possĂvel, o tĂtulo principal da primeira pĂĄgina ĂŠ acompanhado por uma boa foto que conte a histĂłria. A matĂŠria principal da capa busca uma ampla cobertura da cidade e do estado, mas sem perder o foco global. Um novo desenho para o DIĂ RIO, uma nova capa.
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9. Na mĂŁo dos editores, as matĂŠrias ganham as chamadas, manchetes e legendas.
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8. Quando concluem os textos no Type, os repĂłrteres repassam a matĂŠria para a pasta â&#x20AC;&#x153;ediçãoâ&#x20AC;?.
05. CADERNOS As logos de nossos cadernos acompanham as suas notĂcias de maior destaque, para que se possa identificĂĄ-los. Mais uma vez, da maneira que vocĂŞ queria. PolĂcia, Bola e VocĂŞ sĂŁo os cadernos que maior destaque tĂŞm na capa: por isso, eles sĂŁo diferenciados do resto da apresentação grĂĄfica. O uso das cores e das fontes do novo projeto ajuda o leitor a identificar seus conteĂşdos na capa. O novo projeto do DIĂ RIO aprimorou o conteĂşdo e a concepção desses cadernos. As imagens sempre sĂŁo a porta de entrada da notĂcia e uma referĂŞncia para os leitores.
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entrada de seu jornal. Conheça aqui os seus principais detalhes, elementos e recursos e desfrute desta nova histĂłria: uma nova forma de contar e ler as notĂcias.
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5. Os repórteres vão às ruas para apurar as informaçþes. 6. Os repórteres voltam para a redação e discutem novamente o conteúdo do que foi apurado com os editores. Se preciso, tambÊm fazem uma apuração complementar das matÊrias.
atuais do ParĂĄ e tambĂŠm dĂĄ destaque aos encartes que vocĂŞ recebe com o nosso jornal. SĂŁo capas dinâmicas, atrativas, modernas e de qualidade. Ă&#x2030; a nossa cara, a porta de
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4. Os editores travam uma curta conversa com os repórteres para definir que importância essas matÊrias podem ter nas påginas e jå prÊ-definem a quantidade de texto que eles podem escrever no programa Type.
01. O LOGOTIPO O DIà RIO DO PARà renova sua imagem e inclui elementos de cores que identificam os diferentes cadernos do jornal. A idÊia foi escolher uma nova fonte para criar um logotipo totalmente novo e mudar a cor azul pela preta. A fonte e a cor dão um novo aspecto tipogråfico, mais de acordo com o novo design editorial. O resultado da mudança Ê um logotipo adaptado ao novo contexto de informação e uma identidade que nasce com o peso da tradição de mudança que tem o jornal: uma nova história, uma nova logo.
02. O NAVEGADOR A nova capa do jornal ĂŠ colorida, vibrante, moderna, mas tem notĂcias. AlĂŠm das notĂcias mais importantes, todos os dias o DIĂ RIO reĂşne aqui sua oferta de notĂcias, ordenando suas reportages e os conteĂşdos dos cadernos especiais de interesse de todos os nossos leitores. O navegador permite achar de maneira rĂĄpida o que ĂŠ destaque. O caderno VocĂŞ tem um espaço privilegiado dentro do navegador. As fotos sĂŁo o ponto de entrada das notĂcias e uma refĂŞrencia rĂĄpida para destacar os conteĂşdos dos cadernos de acordo com a importância de cada matĂŠria.
COMO AS MATĂ&#x2030;RIAS CHEGAM AOS LEITORES TODOS OS DIAS
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O novo projeto grĂĄfico do DIĂ RIO DO PARĂ foi pensado para que a leitura de nosso jornal seja fĂĄcil e prazerosa. Todos os dias, nossa capa oferece as novidades mais
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SĂŁo oito horas da manhĂŁ. Enquanto os leitores começam a folhear as pĂĄginas do DIĂ RIO em casa, pelas ruas, padarias, bancas de jornal e no trabalho, a redação jĂĄ começa a pensar na edição do dia seguinte. Nesse horĂĄrio, os repĂłrteres tambĂŠm começam a chegar. Cada um recebe suas pautas com os assuntos que vĂŁo cobrir e tĂŞm uma rĂĄpida conversa com o editor para saber qual delas renderĂĄ uma possĂvel manchete, chamada de capa ou terĂĄ destaque na pĂĄgina. A equipes de reportagem sĂŁo compostas por repĂłrter, fotĂłgrafo e motorista. Quem faz as pautas dos repĂłrteres da manhĂŁ sĂŁo os assistentes de edição da tarde. Quem faz as pautas dos repĂłrteres da tarde e da noite sĂŁo os assistentes de edição da manhĂŁ.
SĂŁo as manhĂŁs que mais rendem notĂcias para o primeiro caderno do DIĂ RIO, que agora passa a se chamar Caderno A e engloba as editorias de PolĂtica, BelĂŠm (antiga Cidades), ParĂĄ (antigo Regional) e Brasil (que inclui as pĂĄginas de Brasil e Mundo). As novidades tanto podem ser programadas quanto imprevĂsiveis. Por isso, os editores e assistentes que ficam na redação monitoram as equipes. Se acontecer qualquer coisa fora do universo das pautas previstas, as equipes sĂŁo avisadas e deslocadas. Quase sempre sĂŁo os fatos inesperados que rendem as fotos de capa ou manchetes, mas isso nĂŁo ĂŠ regra. Ao mesmo tempo, quem fica na redação estĂĄ de olho nas principais notĂcias da internet e levantamentos feitos por ĂłrgĂŁos que possam render repercus-
Na capa do DIĂ RIO, um novo estilo
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ALETHEIA VIEIRA
UMA NOVA HISTĂ&#x201C;RIA 3
DOMINGO BelĂŠm-PA, 23/11/2008
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08. PROMOĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES Dois aspectos importantes para o jornal sĂŁo os classificados e os encartes, que os leitores procuram, sem nenhuma dĂşvida, utilidade real em seus conteĂşdos. O novo desenho do DIĂ RIO permite tambĂŠm uma nova visualização grĂĄfica do resumo dos conteĂşdos dos anĂşncios classificados, que agora estĂŁo mais coloridos e atraentes para os leitores. Na capa, ficam destacados os mais importantes nĂşmeros relativos a esses produtos, dando-lhes mais importância.
Diário do Pará
Diário do Pará
12 UMA NOVA HISTÓRIA
DOMINGO Belém-PA, 23/11/2008
DOMINGO Belém-PA, 23/11/2008
A TRAJETÓRIA DO DIÁRIO
Um jornal sempre envolvido com o futuro LUIZ FLÁVIO
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aquela segundafeira de 1982 a população que acordou mais cedo, como de costume, deparou-se nas ruas com uma novidade que mudaria definitivamente a história da imprensa escrita no Estado. Circulava naquele dia o primeiro exemplar do DIÁRIO DO PARÁ. Criado pelo jornalista Laércio Barbalho, o DIÁRIO DO PARÁ surgiu num momento político delicado. A missão era levar às ruas um jornal que lu-
1982
Já nos seus primórdios, a missão era levar às ruas um jornal que lutasse contra o Regime Militar e a favor da redemocratização do Brasil. Mais que isso, o DIÁRIO também inovava na forma e no conteúdo.
tasse contra as dificuldades impostas pelo Regime Militar. E a eleição de Jader Barbalho para o governo do Estado, dentro de uma acirrada campanha eleitoral, surgia como uma saída contra a ditadura. A manchete – “Eleição limpa” - revela um jornal que nasce sob o signo da luta em duas frentes: a política, comprometido com a redemocratização do país, e a jornalística, inovadora na forma e no conteúdo.
O panfleto – ainda mal impresso - de 1982, instrumento do PMDB contra a ditadura militar e da campanha vitoriosa de Jader Barbalho ao governo do Estado, figura hoje entre os mais modernos jornais impressos em todo o Norte e Nordeste do país, líder inconteste de mercado, o que demonstra o sucesso entre leitores e anunciantes. No dia 17 de agosto de 1982 circulava nas ruas o número
1997
zero do DIÁRIO, uma edição experimental, que serviu para os ajustes necessários à definição de um modelo que duraria dois anos. A edição que marca a data oficial de aniversário chegou na casa dos paraenses cinco dias depois: trazia uma entrevista do desembargador Nelson Amorim, então presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ao repórter Francisco Alencar. Naqueles tempos, o jornal
2001
era impresso na sede da Mundurucus, em uma Marinoni muito rodada. Hoje, o parque gráfico do DIÁRIO ocupa todo o prédio da rua Gaspar Viana, enquanto a redação está na sede da Rede Brasil Amazônia (RBA), na Almirante Barroso. Os equipamentos ultrapassados dos primeiros tempos davam um tom de heroísmo aos funcionários do parque gráfico, que trabalhavam em dobro, para fazer um produto
com a qualidade exigida pelo público. As máquinas de linotipo vieram de São Paulo e o método de impressão a quente - o chamado “chumbão” - funcionou durante 17 meses. Foram 418 edições do jornal antes de ser desativado, em 1984. O DIÁRIO foi o pioneiro do sistema o!-set no Estado. A fotocomposição acelerou o processo de impressão e modernizou o mercado. O posicionamento firme, a favor dos interesses do cidadão e da informação, conquistou os leitores.E o jornal mantém o compromisso do primeiro editorial, que dizia: “Chegamos para ficar”.
2002
Vocé é a peça-chave desta nova história Você começa hoje a participar de uma nova história: aquela que você está construindo com o DIÁRIO DO PARÁ. Sim, estreamos hoje nosso novo projeto gráfico e editorial, e queremos compartilhar com você a origem e a história do nosso jornal. Esse futuro começou a ser feito a partir do trabalho de uma grande equipe: a dos funcionários do DIÁRIO, que colaboraram para a maior mudança em nossos 26 anos de jornalismo. Nas próximas páginas revelaremos os segredos deste projeto, para que você, nosso leitor, o tome como seu. Afinal, é para você que tudo isto se fez. É por você que mudamos mais uma vez.
2002 17/08/1982 “Eleição Limpa” – “Ao povo do Pará, neste primeiro dia da nossa existência, a nossa saudação cordial e a nossa mensagem de fé e de esperança nos gloriosos destinos da gente paraense. Chegamos para ficar. E para lutar. E para vencer. Sempre com o povo, pelo povo e para o povo”. Assim terminava o editorial de primeira página da primeira edição do jornal, de 17 de agosto de 1982. 14/08/1997 Desabamento do Raimundo Farias - O DIÁRIO marca presença na cobertura do desabamento do
2002
2005
2006
Capas contam a história do Diário do Pará Edifício Raimundo Farias, em 13/08/1987, que se transformou na maior tragédia da construção civil no Estado. O prédio, de 12 andares, desmoronou e atingiu três casas próximas. Mais de 40 pessoas, entre operários foram soterrados.
Terroristas suicidas seqüestram quatro aviões comerciais e os transformam em armas demolidoras. Uma das aeronaves se chocou contra o World Trade Center, símbolo de Nova York. O mundo pára vara ver as imagens e custa a acreditar no que vê.
12/09/2001 Tragédia do WTC – No dia 11/09/2001 o terror atacou o coração dos Estados Unidos e deixou o mundo em choque.
1/07/2002 Brasil Pentacampeão do Mundo – O Brasil vence a Alemanha por 2x0 na final e conquista, de forma inédita, o
pentacampeonato mundial de futebol em Yokohama (Japão), no dia 30/07/2002. A imagem do capitão Cafu erguendo a taça da Fifa correu o mundo e foi estampada na capa do DIÁRIO. 13/10/2002 Edição do Círio 100% colorida – No Círio de 13/10/2002, pela primeira vez na história da imprensa paraense um jornal sai às ruas totalmente a cores - e com
número recorde de 160 páginas. A edição do DIÁRIO marcou a inauguração oficial do novo parque gráfico do jornal na Gaspar Viana.
ex-ministro José Serra (PSDB). 13/02/2005 Assassinato de Dorothy Stang - Irmã Dorothy Stang, ícone internacional na luta pela terra, é assassinada, com sete tiros, aos 73 anos de idade, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu. Seu nome vira ícone dos conflitos agrários no Brasil.
28/10/2002 Lula eleito presidente do Brasil – Após 22 anos de existência do partido e três derrotas, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito, em 27/10/2002, presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado por Fernando Henrique Cardoso, o
21/04/2006 CAOS – No dia 2º de abril de 2006 Belém pára graças a uma chuva torrencial. Canais transbordaram e ruas e casas ficaram inundadas. O trânsito entrou em colapso. A edição premiou uma das maiores coberturas já feitas pelo jornal.