TRAVESSIA O nome TRAVESSIA foi uma criação da minha dupla de intervenção, a colega Anastácia Bueno, mantenho esse nome por estar muito vivo no objeto final que está sendo apresentado.
TRAVESSIA - corpo e cidade Iniciamos o semestre buscando a apreensão e a compreensão do espaço no centro histórico de Florianópolis – SC, através das atividades propostas em sala e em campo. Observamos a relação com o mar através da antiga linha d’água, a atual condição desta relação, a forma como os corpos ocupam os espaços e se apropriam deles, que espaços são ocupados? Por quem? São hostis? Confortáveis? Tem banheiro? Goteira? Em que ritmo e velocidade?
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Desenvolvemos então algumas atividades em sala para o entendimento de nossos próprios corpos e a forma como estes se apropriavam, criação coletiva de murais sobre a cidade, jogo de palavras e desenhos foram essenciais nessa etapa. Logo em seguida fomos ao centro da cidade pesquisar, corporificar e se apropriar da forma que melhor entendêssemos.
IMAGEM 2 - DESENHO DA SENSAÇÃO TRANSMITIDA PELO TOQUE
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Nivel superior
Nivel superior
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Nivel Terreo
Nivel Terreo
IMAGEM 2 - INTERVENÇÃO 2: vivência e compreensão da cidade
Como forma de materializar esta experiência desenvolvemos um vídeo da intervenção, fotografias, material escrito (cartas) e uma apresentação com as etapas do processo. O resultado da reflexão sobre a intervenção pautou minha forma de intervir na cidade, proposta para a etapa seguinte, e foi a partir das etapas anteriores que comecei a pensar no projeto arquitetônico e como esse se conectaria com o corpo urbano. IMAGEM 1 - ATIVIDADE COM AQUARELA - linha d’água
CORTE A1A1- ESCALA 1:500
CORTE A2 - ESCALA 1:500
Corte
Escala: 1:100
Corte A2 gramado e piso para No nível zero (mesmo nível da Rua Vidal Ramos) eu proponho uma área plana com Escala: 1:100 atividades diversas, slackline, tecido acrobático, dança, música, rap, capoeira,... Na passarela que liga os níveis mais altos, além de ser um trajeto conectivo é possível visualizar as atividades que ocorrem no nível inferior e na rua e também permite fornecer iluminação para o nível inferior através de luminárias no piso, assim como projeções na parede branca que pertence ao edifício da esquina. Na outra lateral a parede terá um faixa de jardim vertical, harmonizando o ambiente e grafitti de artistas locais (na representação utilizei um mural do artista Thiago Valdí).
Ainda no nível zero, mas embaixo do piso que conecta a Escadaria do Rosário com a passarela se encontra um banheiro público (masculino e feminino) e uma plataforma elevatória para acesso de pessoas portadoras de deficiência.
IMAGEM 6 - INTERVENÇÃO 2: vivência e compreensão da cidade
TRAVESSIA - entre espaços
O objeto final da disciplina de Projeto Arquitetônico VII é, para mim, parte de um processo investigativo. Os textos e imagens anteriores são uma tentativa de descrever o sensível para exemplificar o processo e justificar minhas escolhas. A proposta sugerida pelo professor já no início do semestre foi o desenvolvimento de um espaço-arte nos arredores da Escadaria do Rosário, no centro histórico de Florianópolis – SC.
Optei por utilizar o terreno que tem frente para a escadaria e a Rua Vidal Ramos como espaço de suporte para fluxos, tanto como caminho para o corpo que passa como estar e intervenções para o corpo que decide observar, apresentar, expor e viver naquele espaço.
PERCURSO - cena 1: entrando pela Rua Vidal Ramos
Desta forma, sugeri um percurso pelo terreno, utilizei a maquete como forma de desenvolver os planos que seriam as lajes principais e depois modelei em software 3D para inserir escadas e rampas que conectem o meio da escadaria com a rua. A Co 1 rte
D
0,1 5,4
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13 12 E(0 P(0 ,13 ,32 m) m)
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rte
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5E 4P (0,2 (0,3 0 m 2m ) )
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IMAGEM 3 - CONSTRUÇÃO COLETIVA
13 12 E(0 P(0 ,13 ,32 m) m)
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3E 2P (0,1 (0,3 3 m 2m ) )
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4E 3P (0,2 (0,3 5 m 2m ) )
PERCURSO - cena 4: Escadaria do Rosário
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5
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5,7
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18 ,20
13 12 11 10 9
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4E 3P (0,3 (0,3 1 m 2m ) )
5E 4P (0,4 (0,2 5 m 8m ) )
D
D
TRAVESSIA - entre corpos
PERCURSO - cena 2: térreo
11 ,52
7
A Co 2
1
Nessa etapa, inúmeros outros questionamentos se somaram aos anteriores. Reconheci o local como hostil e questionei por que. Reconheci que meu corpo assumia uma velocidade acelerada, quis entender. Senti desconforto passando por alguns lugares e me propus a vivenciar. E assim, somando questionamentos e inquietações surgiu a base da etapa seguinte, a in(ter)venção.
Entendemos que para experienciar corporalmente o corpo é necessário e que utilizar ele como disparador da intervenção traria um sentido ainda mais para o que desejávamos conhecer. Iniciamos com a questão do afeto, espaço velocidade, olhar nos olhos, silenciar, reduzir a velocidade e se mover lentamente até um abraço com o questionamento de até que ponto algo imaterial (como o espaço entre uma troca de olhares) pode gerar uma barreira física. Depois usamos dos equipamentos da cidade e de nossos corpos para ocupar espaços e gerar novos espaços, na tentativa de corporificar a cidade de outra forma.
3 2
Cheguei nessa etapa com a falta de afeto como uma inquietação muito forte em mim, senti que era hostil porque falta contato, pausa, escala humana e compartilhando e reconhecendo as inquietações da Anastácia, nos unimos para intervir corporalmente naquele espaço.
1
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,75
3E 2P (0,1 (0,3 3 m 2m ) )
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8E 7P (0,2 (0 0 ,28 m m) )
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PERCURSO - cena 3: Saindo da passarela A Co 2 rte
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6 5 3
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6E 5P (0,3 (0,2 0 m 8m ) )
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9E 8P (0,1 (0,3 6 m 2m ) )
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1 1,1
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N
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rte
A Co 1
6,1 2
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0,7
5
No nível da Escadaria ampliei o patamar para conectar meu projeto à escadaria e estabelecer uma relação de funções entre eles, assim este patamar pode ser utilizado para intervenções, feiras, apresentações, descanso ou passagem, da forma como o usuário se permitir experimentar. Este espaço permaneceria aberto a todo e qualquer usuário da cidade durante o período diurno, noite e até parte da madrugada, fechando na fachada que liga com a rua e criando um fechamento de portão no nível superior onde inicia o patamar que liga com a passarela, para fins de manutenção e evitar depredações.
PLANTA BAIXA - ESCALA 1:250
Após esta etapa parti para a humanização das ambiências geradas, proponho para este espaço suporte para atividades que acontecem na escadaria, que é muito importante como palco para movimentos Pavimento Térreo de 0. resistência e arte, então a conexão entre esses espaços é bastante importante para o projeto. Escala: 1:100 IMAGEM 4 - INTERVENÇÃO 1: abraço
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA • CENTRO TECNOLÓGICO • DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO • PROJETO ARQUITETÔNICO VII • PROFESSOR RODRIGO GONÇALVES • ALUNA MARCELLA DALSENTER - 14204506