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R O D R I G OMO U R A

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Cêvaisear r ependerdel evant aramãopr ami m

E l z aS o a r e s

A

naes t ás ent adanos of áabr aç adac om s eu

f i l hoChr i s t ov an.Nat el ev i s ãoes t ápas s andoNar ut o, mai ses pec i f i c ament e uma bat al ha ent r e Sak ur ae Sas or i . Osol hosdeAnaper c or r em at el adat el ev i s ão.Se qual quer pes s oa v er es s ac ena pr ov av el ment e

pens ar áqueel aes t ác onc ent r adanodes enho,mas na v er dade s ua ment e es t áv agando,pens ando s obr es eui nf er nopar t i c ul ar . Sua mão s obe ao r os t o.El at oc aal at er alda c abeç a,es t ái nc hada e l at ej a,no ouv i do t em um pequenoc or t equeai ndanãoc i c at r i z ou,c om apont a dosdedosel ac ons egues ent i rquees t ác omeç ando af ec har .

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El ades v i aool harpar aor el ógi o,s ão22h34mi n. O mar i do es t á duashor asat r as ado par aoj ant ar . Umami s t ur ademedoepâni c ot omac ont ados eu c or aç ão,um l ev eaper t os egui doporumaf al t adear . Em s uament eum s i naldeal er t aéemi t i doi medi at ament e–El ees t ábebendo. Um c onf l i t oent r er az ãoeemoç ãoes t ádec l ar ado. Umapar t edel aac r edi t anapal av r adel e,af i nal ,na úl t i ma v ez el e pr omet eu que j amai st oc ar i a nel a nov ament e,epr i nc i pal ment e,quenenhumagot ade ál c ooldes c er i apors uagar gant a,el es er i aum nov o homem.O homem queel apr ec i s av a.Aout r apar t e mai sr ac i onals abequeel ees t áembr i agandos eno bardaes qui na. Asl ágr i masbr ot am em s eusol hos ,el at ent ac ont êl as ,i mpedi rquec ai am,nãoquerqueof i l hode apenas8anosv ej ai s s o,mass ãomai sf or t esque el a.O f i l hool hapar at r ásev êamãec hor ando.

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-Fi c at r i s t enãomãe.Quandoas s i s t ies s ac enaa pr i mei r av ez t ambém c hor ei ,ac heique el af os s e per der ,masaSak ur aéumamul herf or t e,mui t of or t e pors i nal .El anunc ades i s t e. Chr i s t ov an es t ende s ua pequena mão e l i mpa as l ágr i masdamãe. -Obr i gadomeuhomenz i nho–Anaabr aç aof or t e. Mi nut oss e pas s am,a l ut a ent r er az ão e emoç ão f i nal ment edec l ar as euv enc edor . Dopor t ãoel aes c ut aumav ozr ouc aegr av e,que aosber r osgr i t ai ns ul t osc ont r aoc ac hor r o. s oem di r eç ãoapor t aéc omoumamar t eCadapas l adaquei nc r us t aum pr egoenf er r uj adonaf i napel e dos euc or aç ão.O medoéc omoaf er r ugem ques e apr ov ei t a de uma pequena f al ha no met ale o c ons omei ns ens at ament eat énãos obr armai snada, at éospedaç oss es ol t ar em. El apeganobr aç odof i l ho,des l i gaat el ev i s ãoe c or r epar al ev ál opar aoquar t o. -Hor adedor mi rmeuhomenz i nho–Fal at ent ando es c onderodes es per o.

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-Masmãeoepi s ódi oai ndanãoac abou. -Eu s ei ,masa mamãe pr ec i s ac onv er s arc om o papai . -Tá bom,masnão dei x a el et e bat ernão – Fal a enquant oosl ábi oss ec ont r aem em c hor o. Naquel emoment oadordar eal i dadedes penc a s obr e el a.T odas as v ez es em que apanhou do mar i doof i l hoes c ut ou,pormai squet ent as s es empr e es c onderos ar r anhões ou não gr i t arquando o c hi nel o,pau,panel aouout r oobj et oqual querf os s e ar r emes s adoeac er t as s ea,os eupequenohomenz i nhodeapenasoi t oanoss abi aques uamãeer a es panc ada. Adordar eal i dadepes ouai ndamai s ,aper c epç ão dequenãoer ac apazdei mpedi rques euf i l hopr es enc i as s ees s esat oser at er r í v el .Seuobj et i v os empr e f oipr ot egel o,el anãodei x ouRobs ont odoses s es anospor quequer i aomel horpar aChr i s t ov an. ,el a s abi aadordec r es c ers em umapr es enç apat er na.

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Abr upt ament eapor t as eabr ec om um s ol av anc o. Robs on ent r a pel a por t ac ambal eando,masai nda as s i m par ec ef or t eeameaç ador ,af i nal ,el et em 1, 89 m deal t ur a,pes a125k g,t em br aç osf or t eeumamão dot amanhodopequenor os t odeAna.El as abedi s s o por que apenas duas s emanas at r ás el e pegou o r os t odel ai nt ei r oc om amão,apr ox i mous edoouv i do del aes us s ur r ouques eel equi s es s ees magar i aa c ar adel ai nt ei r ac om umaúni c amão,enãodar i a nada,ospol í c i asf i c ar i am dol adodel e,t odosel es s abi am queel aer aumav agabundaqueel et i r oudas r uas . El ev aiat éof ogão,t i r aast ampasdaspanel ase v ê o que t em dent r o.E l ogo em s egui da uma ex pl os ãodef úr i at omac ont ados eur os t o,el es ev i r a eol hapar aAnaquef i c apar al i s ada,s eper gunt ando oquepodet erf ei t odeer r adonac omi da. -Sót em ar r oz ,f ei j ãoef r ango?Voc ês abemui t obem quedet es t of r ango.Voc êf azi s s opar amei r r i t ar ,não é?

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-Nãomeuamor .Masnãot i nhamai sc ar nenagel adei r a.Voc ês ai upel amanhãj us t ament epar af az er um bi c oec ompr ar–Anaf al agaguej andodemedo -Agor aac ul paémi nha.Táf al andoquenãos ou c apazdepr ov eroal i ment opr aes s af amí l i a?Não t em c ar nev agabunda,l ev ant aes s as uabundado s of áev ai ar r umar . -Tábom,medes c ul pameuamor .Nãoqui st edei x ar es t r es s ado.–Fal aenquant oabai x aor os t o -Ai nda bem que v oc ês abe,mas agor a que j á c omet eues s eer r ov out erquedi s c i pl i nál a–Rodol f o f al at i r andooc i nt odac al ç a. -Não,porf av orRodol f o.Euv ous ai ragor aepeç o par adonaMar i aaquidol adoum pouc odec ar ne empr es t adaef aç or api di nhopr av oc ê. -Pi r ou? Queres pal harpel av i z i nhanç a que não c ons i go s us t ent armi nha pr ópr i af amí l i a? Voc êv ai l ev aroc or r et i v oquemer ec es uav agabunda. -Nãopapai ,nãobat enamamãe,el anãof eznada er r ado.–Gr i t aChr i s t ov anenquant os aidet r ásda mãe.

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-Cal aas uaboc a,s enãov oc êv ai apr enderamer es pei t ar–Voc i f er aRodol f o -Vaipar ac amameuamor ,em c i nc omi nut osv oul er umahi s t ór i apr av oc ê–Anai ndi c aoquar t opar ao f i l hoc om amãot r emul a. -Não,eu não v ou dei x aro papaibat erem v oc ê mamãe. -Mel horai ndaent ão,ador ot erpl at ei a,masant es v out eens i narat ermedodemi m. Rodol f oempunhaoc i nt oem umadasmãos ,v em c omoum gi gant epar ac i madeChr i s t ov an,er gueo c i nt oeac er t ac om apont adaf i v el aem s eur os t o.O gar ot oc aínoc hãoc om um c or t enaor el ha,euma mar c av er mel hanaboc hec ha. Anaaj oel haaol adodof i l hoc aí do,s eusdedos per c or r em apel edomeni no,easl ágr i masc omeç am ac ai r ,omundoper deof oc oporal gunss egundos , s eur os t oes t át omadopel omedoeopav or ,s uas mãosagor at r emem f r enet i c ament eeem s uat es t a pequenasgot í c ul asdes uors ãof or madas . Omundov ol t aat omarf oc oquandoumapequena

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mãogel adaenx ugaumal ágr i mador os t odeAna. Chr i s t ov anabr eosol hoseenc ar aamãe,ant esde v ol t arades mai ar . O medo é domi nado pel af úr i a,o r os t o ant es s uadoc omeç aaf i c arv er mel hoequent eder ai v a,as mãost r emul ass ef ec ham,el aer gueac abeç a. -Voc ê pode me bat er ,me x i ngar ,f al ardo meu pas s ado,masnunc av ait oc arno meu f i l ho nov ament e. Aspal av r asdeAnas ãoogat i l hoquel i ber aai nda mai saf úr i adeRobs on.El ec or r enadi r eç ãodel a, agar r aum bom t uhodes eusc abel osec omeç aa pux arat éc ol oc al adepé. -Suav agabundi nhas af ada.Comoous af al arc omi go as s i m?Vout ees panc aragor aequandoopi r r al ho ac or dar ,v oumar c aroout r ol adodor os t odel e. Anas ent eaf úr i ac r es c erdent r odel a,et omada porel af l ex i onaobr aç opar at r áseat i ngec om t oda f or ç aabar r i gadeRobs on.Suac ar amudader ai v a par as ur pr es a,el enunc ai magi nouqueel ar ev i dar i a, masant esdeper derof ôl egoar r emes s aAnas obr ea es t ant e.

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-Comoous av agabunda–Fal aenquant oc ol oc aa mãonabar r i ga. Ana s ent eoc or po f i c ardol or i do,e s abe que agor aquer ev i dous óex i s t eumaf or ç ades ai rdal i c om v i da,mat andos eual goz .Pegaoc of r edebar r o em f or mat odepor qui nhonaes t ant ec om asduas mãos .Sent eat r ásdel aRobs ons er ec uper arei rem s ua di r eç ão,a s egundos de s uas gr andes mãos enc os t ar em em s euc abel o,el as ev i r aec om t odaa f or ç aebat eopor qui nhonac abeç adel e.O c of r es e es pat i f aej ogamoedasem t odasasdi r eç ões ,ent r e gemi dos de doré pos s í v eles c ut aro t i l i nt ardas moedasc ai ndo.A v i s t a de Robs on f i c a pr et a,el e c ambal ei aeapoi anoar már i opar anãoc ai r . Noc hãoes t áj ogadooc i nt o,el aoenc ar aal guns i ns t ant es ,pegao,apr ox i mas s edeRobs oneat i nge s uav i r i l hac om um s oc o,el ec aí .Suasmãospas s am oc i nt oem t or nodopes c oç odel eec omeç am apux ar , el ec omeç aas erdebat ert ent andos ol t ar s e,par a i mpedi rAnaenc os t aum dosj oel hosem s uasc os t as e empur r a,as mãos ant es f ur i os as de Robs on c omeç am aper deraf or ç aebat em noc hão.

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-Eus ouumav adi a,masnãos ous ua.Soudonade mi m mes ma.Voc ênunc amai sv ait oc arem mi m ou no meu f i l ho.Dur ant e mui t ot empo me f ez s ent i r medodet eropi ni ãopr ópr i a,met r anc ounes s ac as a c omo s ua pr i s i onei r a,masi s s o ac aba agor a.Sou umamul heres ouf or t e,mui t omai oremai sf or t eque s uamãoous eusi ns ul t os–Voc i f er aAna El at i r aoc i nt odopes c oç odeRobs oneempur r aopar af r ent e,quec aít ent andoenc ont r arar . -Nãov out emat ar ,v oc ênãomer ec ei s s o.Voc êv ai par ac adei a. El apegaoc el ul ar ,di s c a180ec hamaapol í c i a. Aquel eéof i m des eual gozeoi ní c i odas ual i ber t aç ão.PegaChr i s t ov annoc ol oev aipar af r ent eda c as a es per aras v i at ur as c hegar em.Ao l onge o bar ul ho de s i r enes ec oam,é o s om da l i ber dade c hegando.

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Cadêmeuc el ul ar ? Euv oul i garpr o180 Vouent r egart eunome Eex pl i c armeuender eç o Aqui v oc ênãoent r amai s Eudi goquenãot ec onheç o Ej ogoáguaf er v endo Sev oc ês eav ent ur ar

E l z aS o a r e s

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DI G A

NÃ O

AV I OL Ê NCI ACONT RAA

MU L H E R


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