CHECKLIST_TESTE

Page 1

P R OC E S S S R S O F G Á C P R OC EI SO S R S F OS G Á ICO



SUMÁRIO INTRODUÇÃO Escrita e Papel História da escrita - 4 História do papel - 7 Tipos de papel - 8 CAPÍTULO 1 Processos de Impressão F l e x o g r a fi a - 1 1 Impressão Digital - 13 I m p r e s s ã o U .V. - 1 5 L i t o g r a fi a - 1 7 O ff s e t - 1 9 Plotter Eletrostático - 22 Rotogravura - 24 Router - 26 S e r i g r a fi a - 2 8 Ta l h o D o c e - 3 0 T a m p o g r a fi a - 3 2 T e r m o g r a fi a - 3 6 T i p o g r a fi a - 3 9 Xilogravura - 41

1

CAPÍTULO 2 Acabamentos R e fi l e s - 4 4 Dobradura - 46 Vincagem - 47 Cortes - 49 Encadernação - 51 Hot Stamping - 53 Relevo Americano - 55 P l a s t i fi c a ç ã o - 5 7 Laminação - 59 Ve r n i z - 6 1 Efeitos sobre Papel - 62 CHECKLIST - 64 EXEMPLO- 67 GLOSSÁRIO - 69


INTRODUÇÃO

Escrita e Papel (Histórico, Produção e Tipos).

2


escrita A escrita consiste na utilização de sinais (símbolos) para exprimir as ideias humanas.

3


escrita HISTÓRICO A escrita é um processo simbólico que possibilitou ao homem expandir suas mensagens para muito além do seu próprio tempo e espaço, criando mensagens que se manteriam inalteradas por séculos e que poderiam ser proferidas a quilômetros de distância. Acredita-se que tenha se originado a partir dos simples desenhos de ideogramas: por exemplo, o desenho de uma maçã a representaria, e um desenho de duas p e r n a s p o d e r i a r e p r e s e n t a r t a n t o o c o n c e i t o d e a n d a r c o m o d e fi c a r e m p é . A p a r t i r d a í os símbolos tornaram-se mais abstratos, terminando por evoluir em símbolos sem aparente relação aos caracteres originais. Por exemplo, a letra M em português na verdade vem de um hieróglifo egípcio que retratava ondas na água e representava o mesmo som. A palavra egípcia para água contém uma única consoante: /m/. Aquela fi g u r a , p o r t a n t o , v e i o r e p r e s e n t a r n ã o s o m e n t e a i d e i a d e á g u a , m a s t a m b é m o s o m / m / . D E S E N V O LV I M E N TO A escrita se desenvolveu de forma independente em várias regiões do planeta, incluindo a Mesopotâmia, a China, Egito e América Central. Os sistemas de escrita evoluíram d e f o r m a a u t ô n o m a e n ã o s o f r e r a m i n fl u ê n c i a s m ú t u a s , a o m e n o s e m s e u s p r i m ó r d i o s . Possivelmente, as escritas mais antigas são a escrita cuneiforme e os hieróglifos. Ambos os sistemas foram criados há cerca de 5500 anos, entre sumérios e egípcios. Os hieróglifos originaram-se no Antigo Egito e a escrita cuneiforme na Mesopotâmia, (atual Iraque). Na China, foram encontrados 11 caracteres gravados em casco de tartaruga. Um destes caracteres se assemelha à escrita primitiva da palavra "olho" da Dinastia Shang. Se os pesquisadores comprovarem que estes sinais podem ser considerados uma forma de escrita, esta passaria a ser considerada a mais antiga do mundo, com cerca de 8600 anos. A escrita fenícia é a primeira escrita essencialmente fonética de que se tem notícia, ou seja, procurava reproduzir sons em vez de coisas ou ideias. As escritas sumerianas e egípcias eram compostas de sinais que reproduziam ideias e outros que reproduziam sons, de forma semelhante à japonesa atual. Em geral, ao longo da história e, principalmente nos seus primórdios, a escrita e a s u a i n t e r p r e t a ç ã o fi c a v a m r e s t r i t a s à s c a m a d a s s o c i a i s d o m i n a n t e s : a o s s a c e r d o t e s e à n o b r e z a , e m b o r a a e s c r i t a f e n í c i a , t i v e s s e fi n s e s s e n c i a l m e n t e c o m e r c i a i s . A a l f a b e t i z a ç ã o s o m e n t e s e d i f u n d i u l e n t a m e n t e e n t r e c a m a d a s m a i s s i g n i fi c a t i v a s d a s populações após a Idade Média.

4


escrita TIPOS DE ESCRITA E x i s t e m v á r i a s f o r m a s d e e s c r i t a , m a s p o d e - s e d i z e r , d e f o r m a s i m p l i fi c a d a , q u e t o d a s se enquadram na categoria de escritas fonéticas, como o nosso alfabeto, o qual b u s c a u m a a p r o x i m a ç ã o e n t r e u m s i g n o e u m s o m , e s c r i t a s i d e o g r á fi c a s , q u e r e p r e sentam coisas ou ideias, como a chinesa, ou, ainda, escritas que sintetizam estes dois aspectos, como a japonesa, embora possamos categorizar os sistemas de escrita de forma mais detalhada ou complexa. E s c r i t a P i c t o g r á fi c o s / I d e o g r á fi c o s A s e s c r i t a s i d e o g r á fi c a s ( n a s q u a i s o s g r a f e m a s s ã o o s i d e o g r a m a s r e p r e s e n t a n d o c o n c e i t o s o u i d e i a s , m a i s q u e u m a p a l a v r a e s p e c í fi c a ) , e a s e s c r i t a s p i c t o g r á fi c a s ( n a s q u a i s o s g r a f e m a s s ã o í c o n e s o u fi g u r a s ) n ã o s ã o c a p a z e s d e e x p r e s s a r t o d o o c o n teúdo comunicativo de uma língua. Escrita Feniciana E m u m s i s t e m a d e e s c r i t a l o g o g r á fi c o , u m g l i f o r e p r e s e n t a u m a p a l a v r a o u m o r f e m a , e s t e p o s s u i n d o s i g n i fi c a d o n a f o r m a ç ã o d e o u t r a s p a l a v r a s , m a i s d o q u e e l e m e n t o s fonéticos. Silabários Em um silabário, grafemas representam sílabas ou moras. Escritas Segmentais Uma escrita segmental possui grafemas que representam fonemas (unidade básica de som) de uma língua.

5


papel O p a p e l ĂŠ u m m a t e r i a l c o n s t i t u Ă­ d o p o r e l e m e n t o s fi b r o s o s de origem vegetal, geralmente distribuĂ­do sob a forma de folhas ou rolos.

6


papel HISTÓRICO D e s d e o s t e m p o s m a i s r e m o t o s e c o m a fi n a l i d a d e d e r e p r e s e n t a r o b j e t o s i n a n i m a d o s ou em movimento, o homem vem desenhando nas superfícies dos mais diferentes materiais. Nesta atividade, tão intimamente ligada ao raciocínio, utilizou, inicialmente, as superfícies daqueles materiais que a natureza oferecia praticamente prontos para seu uso, tais como paredes rochosas, pedras, ossos, folhas de certas plantas, etc. A c o m p a n h a n d o o d e s e n v o l v i m e n t o d a i n t e l i g ê n c i a h u m a n a , a s r e p r e s e n t a ç õ e s g r á fi c a s f o r a m s e t o r n a n d o c a d a v e z m a i s c o m p l e x a s , p a s s a n d o d e s s e m o d o a s i g n i fi c a r i d e i a s . Este desenvolvimento, ao permitir, também, um crescente domínio dessas circunstâncias através de utensílios por ele criado, levou o homem a desenvolver suportes mais a d e q u a d o s p a r a a s r e p r e s e n t a ç õ e s g r á fi c a s . C o m e s t a fi n a l i d a d e , a h i s t ó r i a r e g i s t a o u s o d e t a b l e t e s d e b a r r o c o z i d o , t e c i d o s d e fi b r a s d i v e r s a s , p a p i r o s , p e r g a m i n h o s e , fi n a l m e n t e , p a p e l . D E S E N V O LV I M E N TO A s fi b r a s p a r a s u a f a b r i c a ç ã o r e q u e r e m a l g u m a s p r o p r i e d a d e s e s p e c i a i s , c o m o a l t o conteúdo de celulose, baixo custo e fácil obtenção — razões pelas quais as mais usadas são as vegetais. O material mais usado é a polpa de madeira de árvores, principalmente pinheiros (pelo preço e resistência devido ao maior comprimento da fi b r a ) e e u c a l i p t o s ( p e l o c r e s c i m e n t o a c e l e r a d o d a á r v o r e ) . A n t e s d a u t i l i z a ç ã o d a celulose em 1840, por um alemão chamado Keller, outros materiais como o algodão, o linho e o cânhamo eram utilizados na confecção do papel. A t u a l m e n t e , o s p a p é i s f e i t o s d e fi b r a s d e a l g o d ã o s ã o u s a d o s e m t r a b a l h o s d e r e s t a u r a ç ã o , d e a r t e e a r t e s g r á fi c a s , t a l c o m o o d e s e n h o e a g r a v u r a , q u e e x i g e m u m suporte de alta qualidade. Nos últimos 20 anos, a indústria papeleira, com base na utilização da celulose como matéria-prima para o papel, teve notáveis avanços, no entanto as cinco etapas básicas de fabricação do papel se mantêm: estoque de cavacos, fabricação da polpa, branqueamento, formação da folha, acabamento.

7


papel Tipos de Papel: Acetinado Melhor impressão de tipos e ilustração Apergaminhado Qualidade superior, imita o pergaminho. Bouffant Leve, fofo e áspero, utilizado para impressões de livros. Bristol Cartão de boa qualidade, utilizado para cartões de visita, convites. Bíblia (ou papel-da-Índia) Opaco, extremamente fino e resistente, utilizado em obras muito grandes para diminuir o volume. Cartão Duplex Cartão compost de uma face de papel engessado e outra de pasta mecânica tipo kraft. Cartão Ondulado Cartão especial que, em lugar de construer folha plana, forma pequenos canais salientes e reentrants, usado na embalagem de mercadorias quebradiças. Cartão Triplex Cartão composto de 1 face branca gessada, uma camada interna de pasta mecânica e a outra face branca sem revestimento. Couchê Engessado Papel brilhante muito próprio para impressão de textos, apesar de ser muito lúcido e incomodar a visão.

8


papel Super Bond Semelhante ao apergaminhado, produzido em azul, verde, rosa, canário e outro. Usado para escrita, envelopes, segunda via de talão e encartes. Seda Papel macio utilizado em guardana¬pos e revestimento de produtos durante o empacotamento. Papel-da-China Fabricado com a casaca do bamboo, aspect sujo, mas macio e brilhante, usado em tiragens de gravuras. Papel-Japonês (ou papel-arroz) Branco ou pouco amarelado, sedoso, espresso, transparente, fráfil, utilizado em gravuras. Papel Moeda É uma amálgama de papéis diferentes. Esse tipo de papel não se encontra em lugar nenhum para comprar. Os motivos são óbvios. Pergaminho Faz lembrar o pergaminho, frequentemente utilizado para capas de volumes. Vergê Textura fosca com uma trama for¬mada por pequenos sulcos, branco ou cores pastéis. Causa sobriedade e diferenciação ao projeto.F

9


CAPÍTULO Processos de Impressão

1 10


flexografia

F l e x o g r a fi a é u m a f o r m a d e i m p r e s s ã o c o m c h a p a e m relevo, feita de borracha conhecida como clichê. Algumas máquinas impressoras são compostas com sistema de secagem, geramente por circulação de ar quente.

11


flexografia

A i m p r e s s ã o e m fl e x o g r a fi a f o i a p r e s e n t a d a e m 1 8 9 0 p o r B i b b y B a r o n & S o n s d e L i v e r pool como um modo de imprimir materiais de embalagens não permeáveis. Mas só em 1 9 5 2 s e c o m e ç o u a u s a r o t e r m o fl e x o g r a fi a . É u m s i s t e m a d e i m p r e s s ã o d e r e l e v o , r o t a t i v a , c o m c l i c h ê s p l á s t i c o s e t i n t a s fl u i d a s d e s e c a g e m r á p i d a . A á r e a a s e r i m p r e s s a e s t á e m r e l e v o , q u a n d o a s u p e r fi c e é e n t i n t a d a , a á r e a a o r e d o r , sendo mais baixa não recebe tinta e, portanto não imprime. A tinta é trasferida do clichê diretamente para o suporte. A c h a p a d e i m p r e s s ã o é fl e x í v e l e p o d e s e r m o n t a d a s o b r e o s c i l i n d r o s d e c h a p a c o m fi t a a d e s i v a . P o d e i m p r i m i r s o b r e p a p e l , c e l o f a n e , p o l i p r o p i l e n o , f o l l h a s m e t á l i c a s e p l á s t i c o s . N o c a s o d e t e r m o p l á s t i c o s é p r a t i c a m e n t e u s a d o e m fl e x í v e i s , t a i s c o m o sacos e sacolas plásticas.Alguns exemplos de materiais resultantes desse processo são latas de refrigerantes e embalagens de alimentos (fast food). Apresenta vantagens de maior precisão no controle de registro, menor espaço físico necessário e menor custo de equipamento em relação a uma máquina de Rotogravura. O s p r o b l e m a s m a i s c o m u n s n o p r o c e s s o d e i m p r e s s ã o fl e x o g r á fi c a s ã o : s q u a s h , g a n h o de ponto, perda de ponto, falta de cobertura.

PRESSÃO

TINTA MATRIZ

PAPEL

12


impressão digital

O conceito de impressão digital está relacionado com imprimir sem a utilização de fotolito ou matriz. Os dados para essa reprodução vem de arquivos, em suas maioria no f o r m a t o P D F.

13


impressão digital

A o l o n g o d o t e m p o a i m p r e s s ã o d i g i t a l f o i g a n h a n d o e s p a ç o n o m e r c a d o g r á fi c o , c o n s e g u i n d o a m e s m a q u a l i d a d e e d u r a b i l i d a d e d a s i m p r e s s õ e s " o ff s e t " , p e r m i t i n d o p r a t i c a m e n t e t o d o s o s a c a b a m e n t o s e e n c a d e r n a ç õ e s . O s d e s a fi o s d a i m p r e s s ã o d i g i t a l e s t ã o f o c a d o s e m r e d u z i r o s c u s t o s p a r a a p o p u l a r i z a ç ã o d e s e u u s o . A l g u m a s g r á fi c a s de vanguarda aprimoraram o seu uso com a técnica de impressão híbrida, parte do mat e r i a l é p r o d u z i d o n o t r a d i c i o n a l o ff s e t e o u t r a e m p r o c e s s o d e i m p r e s s ã o d i g i t a l , p e r mitindo um impresso de altíssima qualidade e aplicações de personalizações, tanto de texto quanto imagens. O s e t o r d e l i v r o s é u m e x e m p l o s i g n i fi c a t i v o d o u s o d a i m p r e s s ã o d i g i t a l p a r a p e q u e n a s tiragens. Títulos especializados que interessam apenas a um número pequeno de l e i t o r e s s ã o i m p r e s s o s c o m q u a l i d a d e e s ã o d i s t r i b u í d o s e m s e t o r e s e s p e c í fi c o s q u e g a rantam, a venda desse produto, além de facilitar a atualização nas edições, aumentando o valor agregado do livro. A alimentação dessas máquinas podem ser folha ou bobina. A vantagem da segunda opção é a velocidade no processo de impressão. Esses projetos sensibilização nético adere o passar por um

g r á fi c o s s ã o i m p r e s s o s e m m á q u i n a s b a s e a d a s e m s i s t e m a e l e t r o s t á t i c o , das areas a serem impressas em um tambor que por um processo magt o n e r , t r a n s f e r i d o p a r a o s u b s t r a t o . P a r a fi x a ç ã o d o t o n e r é n e c e s s á r i o fusor com alta temperatura.

14


impressĂŁo UV

Ta m b ĂŠ m c o n h e c i d a c o m o c u ra U V l e d , e s s a fo r m a d e impressĂŁo tem trazido diversas vantagens, revolucionando as habituais tecnologias utilizadas.

15


impressão UV

Os primeiros sistemas a jato de tinta que funcionavam com tintas de cura UV surgiram e m 2 0 0 1 . E d e s d e e n t ã o , p o r b e n e fi c i a r f o r n e c e d o r e s , c l i e n t e s e o m e i o a m b i e n t e , f o i facilmente considerada como a melhor do mundo. C o m a t e c n o l o g i a U V , a l é m d e e fi c i ê n c i a e a l t a q u a l i d a d e d e i m p r e s s ã o , v o c ê c o n s e g u e s o l u ç õ e s d e i m p r e s s ã o t a n t o e m m a t e r i a i s fl e x í v e i s , c o m o l o n a s e a d e s i v o s , c o m o e m m a t e r i a i s r í g i d o s t a i s c o m o M D F, P V C , P V C e x p a n d i d o , v i d r o , a c r í l i c o , a l u m í n i o o u a ç o . Por isso, hoje é possível ter as suas fotos em capas para celulares, ímãs de geladeira, quadros, dentre outros diversos produtos, com muita qualidade e excelente resolução. Mas a lista de vantagens geradas pelo sistema uv de impressão não para por ai. Além da agilidade de impressão e secagem das peças, há ainda questões como a durabilidade da impressão, consideravelmente superior, redução nas distorções das peças e cores mais brilhantes e intensas. Ta m b é m c o n h e c i d a c o m o c u r a U V l e d , e s s a f o r m a d e i m p r e s s ã o t e m t r a z i d o d i v e r s a s vantagens, revolucionando as habituais tecnologias utilizadas. A mudança se dá a partir da utilização de uma m á q u i n a d e i m p r e s s ã o d i f e r e n c i a d a , a c u r a d o r a U V. M u n i d a c o m t i n t a s e s p e c í fi c a s , a l é m d e c o n t a r c o m uma fonte de luz UV (ultravioleta) e com a utilização de tintas especiais. A tinta de cura por UV é atrativa para os impressores devido às suas propriedades de secagem quase instantânea e sua capacidade de aderir a uma ampla gama de papel e plástico. Como a cura UV não leva solventes voláteis prejudiciais à saúde, ela também favorece o meio ambiente devido à ausência de emissão de compostos orgânicos. Após a cura, as tintas UV são insolúveis, o que torna também possível imprimir múltiplas camadas, permitindo a criação de texturas, volume, imagens em relevo e até mesmo de caracteres em Braille.

16


LITO-

grafia

L i t o g r a fi a o u l i t o g r a v u r a é u m t i p o d e g r a v u r a . E s s a técnica de gravura envolve a criação de marcas (ou desenhos) sobre uma matriz (pedra calcária) com um lápis gorduroso. A base dessa técnica é o princípio da repulsão entre água e óleo.

17


LITO-

grafia

A o c o n t r á r i o d a s o u t r a s t é c n i c a s d a g r a v u r a , a L i t o g r a fi a é p l a n o g r á fi c a , o u s e j a , o d e senho é feito através do acúmulo de gordura sobre a superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como na xilogravura e na gravura em metal (ver t é c n i c a ) . S e u p r i m e i r o n o m e f o i p o l i a u t o g r a fi a s i g n i fi c a n d o a p r o d u ç ã o d e m ú l t i p l a s cópias de manuscritos e desenhos originais. Essa técnica foi inventada por Alois Senefelder - um jovem ator e escritor de teatro alemão - por volta de 1796, quando buscava um meio de impressão para seus textos e partituras e se deparava com o desinteresse dos editores. Acabou inventando um processo químico novo, mais econômico e menos demorado que todos os outros meios conhecidos na época. A L i t o g r a fi a f o i u s a d a e x t e n s i v a m e n t e n o s p r i m ó r d i o s d a i m p r e n s a m o d e r n a n o s é c u l o XIX para impressão de toda sorte de documentos, rótulos, cartazes, mapas, jornais, dentre outros, além de possibilitar uma nova técnica expressiva para os artistas. Pode ser impressa em plástico, madeira, tecido e papel. A t é c n i c a d a l i t o g r a fi a p o d e s e r d i v i d i d a e m q u a t r o e t a p a s b á s i c a s : Limpeza: Antes de mais nada é necessário apagar a imagem anterior desenhada na pedra, para que não haja interferências no seu desenho original. Desenho: A segunda etapa é desenhar sobre a pedra com materiais ricos em gordura já citados anteriormente, mas antes é necessário traçar uma margem de tamanho variado, com goma arábica. Entintagem: Depois de o desenho estar pronto, e seco, caso tenha sido utilizada uma tinta aquosa, partimos para a acidulação e entintagem ou virag e m , p r o c e s s o s q u e fi x a m a g o r d u r a n a s u p e r f í c i e d a pedra, evitando que esta se espalhe pelas áreas brancas, descaracterizando o desenho.

18


offset

A i m p r e s s ã o o ff s e t é u m p r o c e s s o q u e c o n s i s t e d a i n t e r a ç ã o e n t r e á g u a e g o r d u r a ( a t i n t a o ff s e t é d e c o n s i s t ê n c i a g o r d u r o s a ) . O p r o c e s s o d e i m p r e s s ã o o ff s e t é indireto, ou seja, a imagem é transferida da matriz para um rolo de impressão (blanqueta) e somente depois é p a s s a d a a o p a p e l . P o r i s s o a m a t r i z ( c h a p a o ff s e t ) é l e g í v e l mesmo antes da impressão, diferentemente dos processos diretos onde a matriz é espelhada (texto escritos invertidos).

19


offset

U m a d a s f o r m a s m a i s u t i l i z a d a s p a r a i m p r e s s ã o é o s i s t e m a o ff s e t . É u m d o s p r o c e s s o s de impressão mais utilizados desde a segunda metade do século XX. Ele garante boa qualidade para médias e grandes tiragens e é feito com grande rapidez. Além disso, imprime em praticamente todos os tipos de papéis além de alguns tipos de plástico (especialmente o poliestireno). os impressos são geralmente feitos com o sistema CMYK (ou “Europa”) de cores, cada cor é impresso separadamente. Utilizando-se das retículas, todas as cores são impressas separadamente e mais tarde nossos olhos é que vão ver a cor planejada.

C o m o o o ff s e t f u n c i o n a ? Primeiro: pega-se uma chapa metálica que é preparada para se tornar foto-sensível. A área que é protegida da luz acaba atraindo gordura – neste caso, a tinta – enquanto o restante atrai apenas água – que não chega no papel. Segundo: a chapa é presa em um cilindro. Esse cilindro vai rolar por um outro menor que contem a tinta – que pode ser da cor ciana, magenta, amarela ou preta. A tinta vai “ c o l a r ” n a i m a g e m , e n q u a n t o o r e s t a n t e fi c a e m “ b r a n c o ” . Te r c e i r o : u m c i l i n d r o c o m u m a b l a n q u e t a de borracha rola em cima do primeiro cilindro (com a chapa já pintada). A blanqueta vai absorver melhor a tinta além de proporcionar uma melhor fricção ao papel. Agora, a imagem está impressa na blanqueta. Quarto: o papel passa entre o cilindro com a blanqueta e um outro cilindro que vai fazer pressão. Assim a imagem é transferida da blanqueta para o papel. Ou seja, a chapa imprime na blanqueta que imprime no papel.

20


offset

Como a chapa é produzida? As chapas podem ser produzidas por fotogravura com a utilização de fotolitos ou por gravação digital. Na produção por fotogravura, a chapa de alumínio virgem é colocado na gravadora, ou prensa de contato sob o fotolito. O fotolito é como se fosse uma transparência positiva de uma das quatro cores (CMYK). O fotolito, aderido a chapa por vácuo, é exposto a luz por algum tempo. A luz possibilita que as imagens do fotolito sejam impressas na chapa – essa etapa chama-se g r a v a ç ã o o u s e n s i b i l i z a ç ã o . N e s t a e t a p a , a l u z “ a m o l e c e ” a e m u l s ã o n a c h a p a . Tu d o que foi exposto a luz, irá passar a atrair a umidade, enquanto a área que não foi exposta “endurece” e passa a atrair gordura (neste caso, a tinta). Em seguida, a chapa é l a v a d a c o m q u í m i c o s e s p e c í fi c o s q u e i r ã o r e a g i r c o m a s á r e a s e x p o s t a s à l u z t a n t o quanto com as áreas não expostas, etapa que leva o nome de revelação.

Quais são os tipos de impressoras? N a i m p r e s s ã o o ff s e t , a s i m p r e s s o r a s p o d e m s e r p l a n a s o u r o t a t i v a s . I s s o q u e r d i z e r q u e pode utilizar folhas soltas (planas) ou bobinas de papel (rotativas). O sistema de bobinas, por exemplo, é utilizado na indústria da produção de jornais por ser muito mais rápido – em média 30.000 cópias por hora – porém a qualidade é menor que nas imp r e s s o r a s o ff s e t p l a n a s , q u e p o r s u a v e z s ã o m a i s u s a d o s p a r a i m p r i m i r c a r t a z e s , l i v r o s , folhetos, folders, etc. Existem também impressoras rotativas de alta qualidade, disp o n í v e i s a p e n a s e m g r á fi c a s m u i t o g r a n d e s e u s a d a p r i n c i p a l m e n t e p a r a i m p r e s s ã o d e revistas de alta tiragem.

21


plotter eletrostática I m p r e s s o r a q u e u t i l i z a a t é c n i c a d e e l e t r o f o t o g r a fi a p a r a produzir impressos em grandes formatos e com alta q u a l i d a d e . A e l e t r o g r a fi a é a P r o d u ç ã o d e i m a g e n s f o t o g r á fi c a s a t r a v é s d o u s o d e c a r g a s e l e t r o s t á t i c a s , c o m materiais fotocondutores.

22


plotter eletrostática É empregada para a produção de projetos em grandes formatos que exigem maior qualidade de resolução (em geral, até 400 DPI) e grande resistência a intempéries É util i z a d a p a r a i m p r i m i r p a i n é i s g i g a n t e s d e p u b l i c i d a d e fi x a d o s e m l a t e r a i s o u f a c h a d a s d e prédios, letreiros, banners, displays, faixas.

Como funciona? 1 - A i m p r e s s o r a c a r r e g a a i m a g e m n a s u a m e m ó r i a e i d e n t i fi c a q u a i s p a r t e s p r e c i s a m d e t i n t a e a s q u e fi c a r ã o e m b r a n c o . 2 - D e p o i s c a r r e g a ( a t r a v é s d e u m d i s p o s i t i v o c h a m a d o d e “ fi o d e c o r o n a ” ) u m c i l i n d r o fotorreceptor com carga positiva. 3- O laser da impressora começa a atuar, descarregando partes do cilindro, para que o q u e s e r á i m p r e s s o fi q u e d e s e n h a d o e l e t r o s t a t i c a m e n t e n e l e . 4- O toner joga uma pequena película de pó positivamente carregado sobre o cilindro, ele irá grudar só nas partes descarregadas. 5- Depois disso o papel é puxado pra dentro da impressora e é carregado negativamente. 6- O cilindro começa a rolar sobre o papel e transferir a tinta. 7- O fusor passa pelo papel em alta temperatura para “queimar” a tinta e ocorrer uma fusão entre o papel e a tinta. 8- Logo após do papel sair da máquina, uma lâmpada de descarga é passada pelo cilíndro para começar tudo de novo. *os modelos coloridos produzem as imagens através de diversas passagens pelo papel, com ciano, magenta, amarelo e preto.

23

VANTAGENS Podem ser até 50 vezes mais rápidas que as plotadoras de penas; São capazes de trabalhar em grandes folhas; Impressão resistente.

DESVANTAGENS

X

Seu custo é maior; Ocupa mais espaço outras impressoras;

que

Pode ter problemas com detalhes ou textos pequenos.


rotogravura Rotogravura é um processo de impressão direta, cujo nome deriva da forma cilíndrica e do princípio rotativo das impressoras utilizadas. Difere-se dos outros métodos pela necessidade de que todo o original tenha de passar por um processo de reticulagem, incluindo o texto. A impressão é rotativa e se dá em diversos tipos de superfície.

24


rotogravura O sistema de pré-impressão consiste nas etapas necessárias para confecção dos cilindros de Rotogravura. O cilindro é a unidade básica de impressão, isto é, para cada cor d e i m p r e s s ã o c o r r e s p o n d e u m c i l i n d r o d e R o t o g r a v u r a . O p r o c e s s o fi n a l d a p r é - i m pressão é a gravação de cilindros. Este tipo de impressão é feito em máquinas rotativas, que podem ser alimentadas por folhas ou por bobinas. A alimentação por folhas é utilizada para pequenas tiragens e reproduz trabalhos de arte. A alimentação por bobinas é projetada para rodar a altíssimas velocidades, sendo ideal para trabalhos de elevada tiragem. No processo de impressão, o cilindro é instalado na máquina (normalmente com 8 cores) é imerso num tinteiro que contém tintas e solventes de secagem rápida (por evaporação). Uma racle (lâmina raspadora) remove o excesso de tinta, permitindo a s s i m , q u e a p e n a s a á r e a d e g r a fi s m o ( a r t e a s e r i m p r e s s a ) p e r m a n e ç a c o m t i n t a . I s t o d e v e - s e a o f a t o d a á r e a d e g r a fi s m o s e r e n c a v o g r á fi c a ( b a i x o g r a v a d a ) n o c a s o d a R o t o gravura. Depois de estar devidamente entintado, o cilindro entra em contato com o papel (plástico, papelão…), que em pressão com o cilindro pressor (chamado contra pressão em outros processos) vai imprimir.

Vantagens da impressão de rotogravura - Impressão de alta qualidade e alta tiragem em branco, preto e colorido; - Qualidade uniforme em toda tiragem; - Pretos mais ricos e gama mais ampla de tonalidades em relação a todos os outros processos de impressão; - Mais econômicas nas altas tiragens e altas velocidades. No entanto, com preparação - cuidadosa e atenção para os detalhes, as pequenas tiragens podem ser feitas a um custo competitivo; - As chapas e cilindros, embora durem mais, custam m a i s q u e o s t i p o g r á fi c o s o u e m o ff s e t . H o j e a R o t o g r a v u r a a t u a e m t r ê s c a m p o s d e fi n i d o s que são: Editorial, Embalagens e Diversos.

25


router É um recorte computadorizado realizado por uma fresa mecânica seguindo as delineações previamente feitas no c o m p u t a d o r.

26


router Corte em Router CNC:

Router CNC é um equipamento que possui 3 eixos (x, y e z), o controle dos eixos é todo computadorizado. Para que o equipamento receba o comando, é necessário gerar um código G, que é interpretado pelo programa da Router CNC e transformado em movimentos, fazendo um corte computadorizado. Mas a parte que requer maior cuidado é no processo que antecede a este, quando importamos um arquivo e damos a ele todas as diretrizes para geração do código G. Nessa etapa informamos ao programa a espessura do material, qual a fresa a ser u t i l i z a d a ( p a r a c a d a m a t e r i a l e x i s t e u m a e s p e c i fi c a ) , o a v a n ç o d o s e i x o s ( q u e é a velocidade de x e y), e o passo vertical (que consiste no controle do eixo z). Se o operador falhar em alguma dessas operações o corte é comprometido, com a quebra da fresa ou com o acabamento do material. Podemos utilizar o corte em Router CNC em vários setores, como por exemplo: Comunicação visual, com Corte Router de ACM, Corte Router de mdf, Corte Router de PVC, Corte Router de acrílico, Corte Router de letreiros, Corte Router de logotipos em diversos materiais. Produção de totem de personagens, display, troféus e placas personalizadas com CNC Router. C e n o g r a fi a f a z u s o d o C o r t e R o u t e r C N C n a f a b r i c a ç ã o d e c e n á r i o s , c o m c o r t e d e compensado, corte de mdf, corte de PVC e muitos outros materiais. Arquitetos e designers de interiores utilizam o corte em CNC Router para compor ambientes personalizados. É possível dar asas a imaginação com a produção de mesa, cadeiras, armários, camas, prateleiras, nichos, biombos, arabescos e etc. É possível fazer corte router em acm, corte router em PVC , corte router em mdf, corte router em aglomerado, corte router em placa cimentícia, corte router em poliestireno ps, corte router em Eucatex, corte router em compensado, corte router em acrílico, corte router em ptg, corte router em polipropileno, corte router em policarbonato e etc. CNC Router, Cortes em geral, em plásticos e cortes em madeiras.

27


seri-

grafia

S e r i g r a fi a o u s i l k - s c r e e n é u m p r o c e s s o d e i m p r e s s ã o n o qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada.

28


seri-

grafia

A t e l a ( M a t r i z s e r i g r á fi c a ) , n o r m a l m e n t e d e p o l i é s t e r o u n y l o n , é e s t i c a d a e m u m bastidor (quadro) de madeira, alumínio ou aço. A "gravação" da tela se dá pelo processo de fotosensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotosensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais q u e fi c a r ã o v a z a d o s n a t e l a , p e r m i t i n d o a p a s s a g e m d a t i n t a p e l a t r a m a d o t e c i d o , e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotosensível que foi exposta a luz. É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.), espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas). A s e r i g r a fi a c a r a c t e r i z a - s e c o m o u m d o s p r o c e s s o s d a g r a v u r a , d e t e r m i n a d o d e g r a v u r a p l a n o g r á fi c a . A p a l a v r a p l a n o g r á fi c a , p r e t e n d e e n f a t i z a r q u e n ã o h á r e a l i z a ç ã o d e s u l c o s e c o r t e s com retirada de matéria da matriz. O processo se dá no plano, ou seja na superfície d a t e l a s e r i g r á fi c a , q u e é s e n s i b i l i z a d a p o r p r o c e s s o s f o t o - s e n s i b i l i z a n t e s e q u í m i c o s . O p r i n c í p i o b á s i c o d a s e r i g r a fi a é r e l a c i o n a d o f r e qüentemente ao mesmo princípio do estêncil, uma espécie de máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato (suporte). O t e r m o s e r i g r a fi a ( s e r i g r a p h , e m i n g l ê s ) é c r e d i t a d o a A n t h o n y V e l o n i s , q u e i n fl u e n c i a d o p o r C a r l Z i g r o s s er, crítico, editor e nos anos 1940, curador de gravuras do Philadelphia Museum of Art, propôs a palavra serigraph (em inglês), do grego sericos (seda), e g r a p h o s ( e s c r e v e r ) , p a r a m o d i fi c a r o s a s p e c t o s comerciais associados ao processo, distinguindo o trabalho de criação realizado por um artista dos trabalhos destinadas ao uso comercial, industrial ou puramente reprodutivo.processo e écnica de impressao

29


talho doce

O talho doce é considerado um processo precursor da rotogravura. É uma das principais tecnologias de impressão de documentos de segurança tais como Cédulas de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação - CNH, Cédulas Fiduciárias, Cédulas Monetárias, Passaportes entre o u t r o s é c o n s i d e r a d a a t é c n i c a g r á fi c a m a i s s e g u r a c o n t r a fraudes.

30


talho doce

E n t r e a s p r i n c i p a i s v a n t a g e n s , g a r a n t e u m r e s u l t a d o q u e t o r n a s u a f a l s i fi c a ç ã o extremamente complicada, muito devido aos detalhes que compõem o processo de impressão. Além disso, o documento impresso a partir dessa técnica pode ser facilmente i d e n t i fi c a d o c o m o a u t ê n t i c o o u n ã o . A t é c n i c a u t i l i z a d a é u m a d a s m a i s s o fi s t i c a d a s d a g r a v u r a e m m e t a l , c a r a c t e r i z a d a p e l o fato do desenho impresso é entalhado diretamente na chapa metálica por meio de i n c i s õ e s f e i t a s c o m u m a f e r r a m e n t a d e a ç o p o n t i a g u d a , c h a m a d a b u r i l . Tr a t a - s e d o m a i s a n t i g o p r o c e s s o d e c a l c o g r a fi a , c u j o s p r i m e i r o s t r a b a l h o s s u r g i r a m a p r o x i m a d a m e n t e e m 1 4 3 0 n a A l e m a n h a . P o r s u a s o fi s t i c a ç ã o e p r e c i s ã o e s s a t é c n i c a a i n d a h o j e é u t i l i z a d a n a p r o d u ç ã o d e p a p é i s m o e d a s e d e s e g u r a n ç a . To d a s a s fi g u r a s s ã o c o n struídas exclusivamente por conjuntos de linhas paralelas que, mais ou menos densas, criam a ideia de perspectiva e tridimensionalidade. S e u p r i n c í p i o d e f u n c i o n a m e n t o i n c l u i p r o c e d i m e n t o s t í p i c o s d e o ff s e t , fl e x o g r a fi a e , c l a r o , r o t o g r a v u r a . Tr a t a - s e d e u m p r o c e s s o d i r e t o d e r e p r o d u ç ã o g r á fi c a , c o m m á q u i nas alimentadas a folha ou bobina, que utiliza como forma de impressão uma chapa r e v e s t i d a c o m m e t a i s , c u j a i m a g e m g r a v a d a é e n c a v o g r á fi c a ( á r e a s d e i m p r e s s ã o e m b a i x o - r e l e v o ) . I m p r i m e - s e s o b r e s u p o r t e s fl e x í v e i s o u s e m i r r í g i d o s , c o m t i n t a s p a s t o s a s de secagem por óxido-polimerização e penetração. U m a c a r a c t e r í s t i c a p e c u l i a r d a c a l c o g r a fi a é a existência de uma única forma para todas as cores, as quais são impressas simultaneamente, de modo s i m i l a r a o d r y o ff s e t . P a r a e x p l i c a r m e l h o r o p r o cesso, vamos compará-lo às tecnologias de impressão mais conhecidas.

31


tampografia

A T a m p o g r a fi a é u m p r o c e s s o d e i m p r e s s ã o i n d i r e t a e e n c a v o g r á fi c a ( b a i x o - r e l e v o ) q u e c o n s i s t e n a t r a n s f e r ê n c i a de tinta do clichê (matriz) para a peça a ser decorada através do tampão.

32


tampografia

P r i m e i r a m e n t e a t a m p o g r a fi a e r a v i s t a c o m o u m a a r t e d e s i m p l e s d e c o r a ç ã o e h o j e s e tornou um sistema de impressão capaz de imprimir em superfícies irregulares, côncavas, convexas, planas, etc. Sua grande vocação é para as impressões de pequenas á r e a s , m a s c o m o s a v a n ç o s t e c n o l ó g i c o s d a t a m p o g r a fi a e d e s e u d e s e n v o l v i m e n t o a nível industrial, é possível a impressão em áreas de até 300 x 300 mm. A t a m p o g r a fi a p o s s u i h o j e d o i s t i p o s b á s i c o s d e i m p r e s s ã o ( t o d o s i n d i r e t o s p o i s a i m pressão é feita do tampão para a peça e não do clichê diretamente):

Tinteiro Aberto: Uma espátula empurra toda a tinta para o clichê gravado em baixo-relevo e quando volta retira todo o excesso de tinta com uma lâmina (como se f o s s e u m r o d o ) , d e i x a n d o a p e n a s t i n t a s u fi c i e n t e p a r a a i m p r e s s ã o d o g r a fi s m o d o clichê. Depois desta passagem, o tampão de silicone desce até ao clichê coletando a tinta que vai decorar o objeto.

Tinteiro Fechado ou Selado: Com um processo muito idêntico, diferindo apenas no facto em que as lâminas são substituídas por um reservatório de tinta com formato cilíndrico (semelhante a um copo, geralmente fabricado em cerâmica para maior durabilidade e resistência), que se situa sobre o clichê fazendo a raspagem de toda tinta excessiva através de uma borda incluída.

(Tinteiro Aberto)

33

(Tinteiro Fechado ou Selado)


tampografia

Ta m p ã o : U m a d a s f e r r a m e n t a s m a i s i m p o r t a n t e d o p r o c e s s o d e i m p r e s s ã o é o t a m p ã o , q u e é u t i l i z a d o p a r a i m p r i m i r a fi g u r a d i r e tamente na superfície de objetos. Este item pode ser usado em diferentes tipos de impressões e várias vezes, devendo ser trocado de acordo com o tamanho do objeto impresso. C l i c h ê : O c l i c h ê t a m p o g r á fi c o é a m a t r i z d e o n d e s e r á g e r a d a a i m p r e s s ã o . E l e é g r a v a d o e m b a i x o - r e l e v o , t e c n i c a m e n t e c h a m a d o d e e n c a v o g r á fi c o , c o m c e r c a d e 5 a 8 mícrons (a milésima parte de um milímetro) de profundidade (esse é um dos motivos p e l o q u a l n ã o é a c o n s e l h á v e l o u s o d e t i n t a s e r i g r á fi c a , p o i s o d e p ó s i t o d e t i n t a d e s u a m a t r i z é d e 3 0 a 5 0 m í c r o n s , a p r o x i m a d a m e n t e ) , s o l i c i t a n d o t i n t a s d e g r ã o s fi n o s . E x i s t e m 3 t i p o s d e c l i c h ê s n a t a m p o g r a fi a :

Clichê de Nylon: Formado por uma base metálica e coberto por u m p o l í m e r o f o t o s s e n s í v e l , o n d e o g r a fi s m o é g r a v a d o . E s s e t i p o de clichê possibilita boa reprodução de detalhes e tem baixo custo, sendo excelente para trabalhos de baixa tiragem, uma vez que sua durabilidade gira em torno de 15.000 impressões. Aço Flex: Composto totalmente de aço temperado, com espessura de aproximadamente 0,3 mm. A tiragem nesse caso pode chegar a 30.000 impressões, oferecendo boa reprodução de detalhes, o que o torna vantajoso, pois possui custo menor que o clichê de aço de 10 mm, mas com igual qualidade de impressão e durabilidade superior ao clichê de nylon. A ç o Te m p e r a d o : E s t e c l i c h ê p o s s u i c o m p o s i ç ã o s e m e l h a n t e a o a ç o fl e x , p o r é m c o m m a i o r e s p e s s u r a ( 1 0 m m ) . A s u a q u a l i d a d e d e reprodução de detalhes é excelente e por esse motivo é indicado para a reprodução de quadricromias. As tiragens podem ultrapassar um milhão de impressões. Apesar do alto custo, possui a vantagem de permitir o seu reaproveitamento em novas gravações, por meio d e r e t í fi c a , a l é m d e p o s s i b i l i t a r a g r a v a ç ã o e m a m b o s o s l a d o s .

34


tampografia

TINTAS A t i n t a t a m p o g r á fi c a p o s s u i c o m p o s i ç õ e s d i f e r e n t e s , c l a s s i fi c a n d o - s e e m m o n o c o m p o nentes e bicomponentes. De forma geral, a sua composição básica é a seguinte:

Resina: tem a função, junto com o diluente, de manter a transparência do pigmento e garantir a aderência da tinta ao material.

Pigmento: orgânico ou inorgânico, tem a função de conferir cor à tinta. D i l u e n t e : t e m a f u n ç ã o d e c o n f e r i r fl u i d e z à t i n t a , a u x i l i a n d o n a s u a a d e r ê n c i a à p e ç a . Aditivos: utilizados para melhorar o desempenho da tinta no processo e nas caract e r í s t i c a s fi n a i s d a i m p r e s s ã o . Catalisador: componente agregado às tintas bicomponentes para melhoria da aderência e de sua resistência a agentes físicos e químicos após a impressão. As tintas monocomponentes secam por evaporação de diluentes, o que permite deixálas por mais tempo na máquina sem que sequem durante o processo. Entre elas podem- se citar as tintas de base: • • • •

Vinílica Poliuretana Sintética Acrílica

As bicomponentes necessitam de catalisadores para aumentar a sua resistência mecânica, permitindo elevar a sua aderência à peça impressa e, consequentemente, sua resistência mecânica. Entre elas podem- se citar as tintas: • Epóxi • Poliuretanas modificadas

35


termografia

ou hot stamping

Utilizado comercialmente para pequenos detalhes ou f r a s e s , a fi m d e p r o d u z i r u m e f e i t o m e t a l i z a d o n a impressão. Não recebe tinta para realizar a gravura, sendo necessário apenas aquecimento para gravar o conteúdo desejado em uma tira de material sintético revestida de u m a fi n a c a m a d a m e t á l i c a .

36


termografia

ou hot stamping

CAMADAS ADESIVO: Precisa ser compatível com a superfície onde será feita a aplicação. M E T A L : D e t e r m i n a a c o r d a fi t a h o t s t a m p i n g . LACA DE PROTEÇÃO: Proteger a camada de metal e é ela que determina se o hot stamping aplicado poderá ou não receber impressão posterior (película overprintable ou não); DESMOLDANTE: Relacionado com a área de aplicação. Um desmoldante mais “duro” é i d e a l p a r a i m p r e s s ã o d e á r e a s p e q u e n a s a m é d i a s , p e r m i t i n d o ó t i m a d e fi n i ç ã o p a r a l e t r a s e g r a fi s m o s c o m á r e a s e m n e g a t i v o e e m p o s i t i v o . FILME SUPORTE: Película de poliéster que serve como veículo de transporte para as o u t r a s c a m a d a s . F e i t a a e s c o l h a d a fi t a m a i s a d e q u a d a , é p r e c i s o a i n d a t e r a l g u n s cuidados com o acerto de máquina.

ETAPAS DO PROCESSO PARTE 1: consta em aplicar um pó de gravação, feito a partir de resinas de plástico, com o substrato (normalmente papel) PARTE 2: é um sistema de vácuo que remove o excesso de pó de áreas sem tinta do substrato. PARTE 3: transformar o produto através de um forno radiante. Através da condução do papel, a temperatura aumenta e o pó começa a derreter. P A R T E 4 : Q u a n d o o p r o c e s s o é a j u s t a d o c o r r e c t a m e n t e , a t i n t a d e r r e t i d a s o l i d i fi c a e o produto esfria.

37


termografia

ou hot stamping

PREPARAR ARQUIVO PARA GRÁFICA P A R T E 1 : O a r q u i v o d e v e s e r e x c l u í d o d a i m p r e s s ã o o ff s e t . P A R T E 2 : E n v i a r o a r q u i v o p a r a g r á fi c a s e m o t e x t o q u e s e r á a p l i c a d o c o m h o t s t a m p ing. PARTE 3: Enviar o texto que será em hot stamping em um arquivo separado, posicionad o n o l o c a l e m q u e s e r á a p l i c a d o n o i m p r e s s o o ff s e t . P o r é m e s s e t e x t o d e v e s e r p r e f e r encialmente na cor preta e vetorizado. PARTE 4: Mandar o arquivo do hot stamping em vetor para garantir uma impressão de qualidade. PARTE 5: Podem haver pequenas variações na posição do hot no impresso.

38


tipo-

grafia

É simplesmente a impressão de tipos, ou seja, de letras e m v a r i a d o s f o r m a t o s . A c a d a n o v a c o n fi g u r a ç ã o d e u m c o n j u n t o d e l e t r a s , f o r m a - s e u m n o v o c o n j u n t o t i p o g r á fi c o . S e n d o a s s i m , p o d e m o s d i z e r q u e a t i p o g r a fi a é a a r t e da letra e, atualmente é a principal forma de comunicação visual, já que esse tipo de impressão permite a expressividade do texto.

39


tipo-

grafia

A i m p r e s s ã o t i p o g r á fi c a e m r e l e v o é o p r o c e s s o d e i m p r e s s ã o m a i s a n t i g o . O p r o c e s s o nasceu na China durante o século V depois de Cristo. Mas foi na Europa concretamente na Alemanha que Gutenberg (1395 - 1468) iniciou a arte de imprimir com tipos m ó v e i s i n t r o d u z i n d o o m é t o d o t i p o g r á fi c o . O m é t o d o t i p o g r á fi c o c o n s i s t e n u m p r o c e s so de transferência de tinta ao papel. É passada uma camada de tinta nas áreas em relevo que por sua vez são transferidas directamente para o papel por pressão. O prelo coincidente da matriz é composto por um misto ou não, de tipos móveis, gravuras, etc. A i m p r e s s ã o a p r e s e n t a d e t e r m i n a d a s c a r a c t e r í s t i c a s q u e f a c i l m e n t e s e i d e n t i fi c a m , t a i s como: Relevo na impressão, devido ao método de impressão ser direto - Algum escorr i m e n t o n a s p o n t a s o u n o s fi l e t e s m a i s fi n o s - F a l t a d e d e g r a d e s c o m u n s n o O F F S E T . H o j e e m d i a e c o m o a p a r e c i m e n t o d o O ff s e t e m a i s r e c e n t e m e n t e d a i m p r e s s ã o d i g i t a l a i m p r e s s ã o t i p o g r á fi c a t e m v i n d o a t e r u m p e s o c a d a v e z m e n o s i m p o r t a n t e n a i n d u s t r i a g r á fi c a , p r i n c i p a l m e n t e a o n í v e l d a i m p r e s s ã o s e n d o q u e s e u s a e s s e n c i a l m e n t e no Corte e Vinco, Picote, Corte Especial e Numeração. Cada tipo de letra é utilizado de acordo com o assunto e o objetivo do texto, em livros, por exemplo, o mais adequado é o serifado. Para designers, o saber dessa forma de impressão é essencial, principalmente para os que trabalham na área de diagramação.

40


xilo-

gravura

X i l o g r a v u r a o u x i l o g r a fi a é a utiliza madeira como matriz imagem gravada sobre papel um processo muito parecido

41

técnica de gravura na qual se e possibilita a reprodução da ou outro suporte adequado. É com um carimbo.


xilo-

gravura

X i l o g r a v u r a s i g n i fi c a g r a v u r a e m m a d e i r a . É u m a a n t i g a t é c n i c a , d e o r i g e m c h i n e s a , e m que o artesão utiliza um pedaço de madeira para entalhar um desenho, deixando em relevo a parte que pretende fazer a reprodução. Em seguida, utiliza tinta para pintar a p a r t e e m r e l e v o d o d e s e n h o . N a f a s e fi n a l , é u t i l i z a d o u m t i p o d e p r e n s a p a r a e x e r c e r pressão e revelar a imagem no papel ou outro suporte. Um detalhe importante é que o desenho sai ao contrário do que foi talhado, o que exige um maior trabalho ao artesão. E x i s t e m d o i s t i p o s d e x i l o g r a v u r a : a x i l o g r a v u r a d e fi o e a x i l o g r a fi a d e t o p o q u e s e d i s t i n g u e m a t r a v é s d a f o r m a c o m o s e c o r t a a á r v o r e . N a x i l o g r a v u r a d e fi o ( t a m b é m c o n hecida como madeira à veia ou madeira deitada) a árvore é cortada no sentido do c r e s c i m e n t o , l o n g i t u d i n a l ; n a x i l o g r a fi a d e t o p o ( o u m a d e i r a e m p é ) a á r v o r e é c o r t a d a no sentido transversal ao tronco. A xilogravura é muito popular na região Nordeste do Brasil, onde estão os mais populares xilogravadores (ou xilógrafos) brasileiros. Ela era frequentemente utilizada para ilustração de textos de literatura de cordel e também tem sido gravada em peças de azulejo, reproduzindo desenhos de menor dimensão.

42


2

43

Acabamentos

CAPĂ?TULO


refiles O r e fi l e é , s e m d ú v i d a s , o a c a b a m e n t o m a i s c o m u m u t i l i z a d o n o s i m p r e s s o s , p r i n c i p a l m e n t e e m p a n fl e t o s , f o l h e t o s e c a r t ã o d e v i s i t a . É c a ra c t e r i z a d o p e l o s “c o r t e s ” f e i t o s n o p a p e l , r e s p o n s á v e i s p o r d e i x a r o i m p r e s s o n o f o r m a t o fi n a l .

44


refiles A p e s a r d e s i m p l e s , o r e fi l e é e x t r e m a m e n t e n e c e s s á r i o e i n fl u e n c i a d i r e t a m e n t e n a q u a l i d a d e fi n a l d o m a t e r i a l . U m r e fi l e m a l f e i t o p o d e a c a r r e t a r e m b o r d a s b r a n c a s , perda de informações importantes e uma sensação de “aspereza”, principalmente em papéis de gramatura maior como os utilizados nos cartões de visita e cartão postal. Este acabamento, por estar presente em quase toda a totalidade de materiais, não p r e c i s a e s t a r l i s t a d o e m u m o r ç a m e n t o g r á fi c o p a r a s e r a p l i c a d o e t a m b é m n ã o g e r a custo adicional. Uma observação importante é sobre a angulação da lâmina de corte, que deve ser adequada de acordo com o papel e o tipo de impressão. A s f u n ç õ e s d o r e fi l e - A p r i m e i r a f u n ç ã o d o r e fi l e é c o m o c o r t e l i n e a r , p a r a d e i x a r a s f o l h a s m e s m o tamanho antes da impressão, pois as folhas podem apresentar formatos diferentes e o r e fi l e é u t i l i z a d o p a r a i g u a l a - l a s . - Este acabamento também possui a função de eliminar margens e marcas de impressão, como a marca de corte. - A ú l t i m a f u n ç ã o d o r e fi l e é d e t e r m i n a r o f o r m a t o fi n a l d o i m p r e s s o , j á n a e t a p a fi n a l da produção. No caso de impressos paginados, é a p l i c a d o o r e fi l e t r i l a t e r a l : a s p á g i n a s s ã o r e fi l a d a s s i m u l t a n e a mente nos seus três lados, igualando toda a tiragem. Para isso, é utilizada uma guilhotina própria, denominada guilhotina trilateral.

45


dobradura

Na determinação do número de dobras, é preciso levar em conta a gramatura do papel utilizado e o equipamento u s a d o p e l a g r á fi c a ( d o b r a s c o m p l e x a s ) . A s d o b r a s m a i s comuns são as paralelas (viradas para o mesmo lado), as sanfonadas (viradas para lados diferentes, alternadamente) e as cruzadas (uma dobra sobrepõe a outra, ortogonalmente).

46


vincagem

O processo do vinco é bem simples. Ele é aplicado ao papel para facilitar seu manuseio ou a realização de dobras.

47


vincagem

Por exemplo, no primeiro caso, ele é utilizado principalmente em capas de brochuras com lombada quadrada, por exemplo de livros, permitindo a abertura da capa sem forçar o papel, sem fazer com o papel dobre ou estrague a encadernação do mesmo. Pode ser usado também em papéis de maior gramatura, quando queremos fazer um mat e r i a l e s p e c í fi c o , c o m o , p o r e x e m p l o , u m f o l d e r c o m 3 d o b r a s , é n e c e s s á r i o q u e s e j a v i n c a d o a f o l h a , p a r a q u e a s d o b r a s fi q u e m b e m m a r c a d a s e o p a p e l n ã o s e “ q u e b r e ” .

48


cortes O termo corte, ou corte especial, usado para aqueles a c a b a m e n t o s q u e n e c e s s i t a m d e l â m i n a s e s p e c í fi c a s , n ã o podendo ser produzidos nas guilhotinas comuns (como é o c a s o d o r e fi l e , s e n d o q u e e s s e c o r t e p r e c i s a d e u m a c h a p a e s p e c i a l m e n t e p a r a a q u e l e i m p r e s s o e s p e c í fi c o ) .

49


cortes Em geral, é um recurso muito usado na confecção de embalagens, que necessitam de c o r t e s e s p e c í fi c o s q u e r e a l i z e m a p r o d u ç ã o d a s a b a s e d e t o d o o f e c h a m e n t o q u e a embalagem necessita. Pode ser usado também como recurso expressivo para a valorização de layouts, inclusive com a inclusão de formas vazadas no papel, como por exemplo, em cartões de visita, folders, cartazes. P a r t e m u i t o i m p o r t a n t e ! Tr a t a - s e d e u m a c a b a m e n t o c a r o , p o i s é n e c e s s á r i a a f a b r i c a ç ã o d e u m a l â m i n a d e a ç o c o m o f o r m a t o d e s e j a d o , e ú n i c o , q u e é fi x a d a s o b r e u m suporte de madeira: a faca de corte. A lâmina atua por pressão sobre os impressos, realizando o corte desejado simultaneamente sobre várias unidades.

50


enca-

dernação

Em geral é a última etapa do acabamento de impressos p a g i n a d o s . P o d e s e r c l a s s i fi c a d a e m c i n c o t i p o s :

51


enca-

dernação

Canoa: é a forma mais simples, rápida e barata para a confecção de brochuras. Os cadernos são encaixados uns dentro dos outros, sendo reunidos por grampos na dobra dos formatos abertos.

Lombada Quadrada: Utilizando adesivo térmico (hot melt), dá uma aparência um p o u c o m a i s s o fi s t i c a d a , p o r c r i a r u m a l o m b a d a . O p r o c e s s o é e m g e r a l a p l i c a d o e m e q uipamento com uma fresa que faz pequenas incisões no dorso da publicação, nas quais penetra a cola derretida. Na lombada quadrada são eliminadas as dobras do formato a b e r t o , fi c a n d o a s f o l h a s s o l t a s . Q u a n d o o p a p e l u t i l i z a d o n o m i o l o é m a i s e n c o r p a d o , é comum a aplicação de vinco na capa, em torno de 5mm de distância da lombada. Muito utilizada em revistas mensais e adequada para volumes entre 40 e 200 páginas com pouco manuseio (rompimento do adesivo, “quebra” da publicação).

Com costura e cola: As folhas de cada caderno são unidas por costuras na dobra do formato aberto e só então os cadernos são reunidos, lado a lado, com o uso da cola. Mais resistente (manuseio) e de custo maior, adequada para impressos com mais de 200 páginas (múltiplos de quatro), que exijam apresentação mais nobre.

Com tela: de maior custo e o mais resistente de todos, esse tipo de encadernação inclui, além da costura, a aplicação de uma tela para reunir todos os cadernos, juntamente com a cola. Usado em edições de luxo e em volumes grandes destinados a intenso manuseio (dicionários, bíblias etc.). Número de páginas múltiplo de quatro. Mecânica: Relativamente barata, consiste na reunião das páginas pelo encaixe dessas em acessórios plásticos ou metálicos por meio de furos. É o caso dos espirais, wire-o, grampo pasta-arquivo, pasta arquivo etc. No layout é preciso prever uma margem interna maior, para que as áreas impressas não sejam perfuradas.

52


hot

stamping

C o n h e c i d o c o m o o s i s t e m a t i p o g r á fi c o , o n d e a t i n t a t i p o g r á fi c a é s u b s t i t u í d a p o r u m a e s p é c i e d e p e l í c u l a , e m f o r m a d e fi t a s o u f o l h a s d e c e l o f a n e , c o m a c o r d e a c o r d o com a exigência do trabalho, mas na maioria das vezes são tons de dourado e prata.

53


hot

stamping

A película é colocada junto com uma camada de adesivo, que é prensada através da pressão de uma matriz sobre o suporte. Essa matriz é um clichê em metal ou em fotopolímero, que é pressionado contra o suporte em alta temperatura, para conseguir prensá-lo. A tinta utilizada, a película, através do calor, aderindo por pressão ao papel ou outro suporte. Não é recomendável o uso de elementos multo detalhados, como efeitos, contornos o u s o m b r a s , e l e t r a s s e r i f a d a s e m t a m a n h o s m u i t o p e q u e n o s , d e v i d o à b a i x a d e fi n i ç ã o obtida. Esse tipo de acabamento consegue obter efeito semelhante ao de uma impressão em metal (ouro, prata e outras tonalidades), tanto no aspecto da coloração, quanto ao b r i l h o e à t e x t u r a . S u a a p l i c a ç ã o t e n d e a c o n f e r i r u m a s p e c t o n o b r e , s o fi s t i c a d o .

54


relevo

americano

I m p r e s s ĂŁ o t i p o g r ĂĄ fi c a c u j o r e s u l t a d o p r o d u z u m a t e x t u r a espessa, com efeito tĂĄtil.

55


relevo

americano

Esse resultado é obtido imediatamente após a impressão comum, pela adição de pó resinado à tinta úmida. Em seguida, o impresso é submetido a efeito térmico, em estufa, resultando na dilatação da resina misturada à tinta. Seu custo não é baixo.

56


plastificação

Seu principal objetivo é o aumento da durabilidade do impresso – daí seu uso em capas, catálogos, cardápios, e antigamente nos documentos particulares como I d e n t i d a d e s e T í t u l o d e E l e i t o r.

57


plastificação

O papel já impresso, sobre o qual é aplicada por calor e pressão o para ser feita a plast i fi c a ç ã o , r e c o m e n d a - s e t e r e n t r e 1 2 0 g / m ² à 5 0 0 g / m ² , p o d e n d o s e r f e i t o c o m m u i t o cuidado com papeis de 75 g/m² à 120 g/m², pois pode causar enrugamento e o surgim e n t o s d e b o l h a s d e a r e n t r e a p l a s t i fi c a ç ã o e o p a p e l . A p l a s t i fi c a ç ã o n ã o é r e c o m e n d á v e l n o c a s o d o u s o d e t i n t a s m e t á l i c a s , c o m o q u i n t a cor ou hot stamping, e de papéis ásperos com grandes chapados.

58


laminação

Possui os objetivos e efeitos semelhantes ao da p l a s t i fi c a ç ã o , p o r é m c o m m a i o r a d e r ê n c a e m a i o r diversidade de insumos para o revestimento.

59


laminação

A laminação fosca tem sido muito utilizada a partir dos últimos anos do século 20, por propiciar um acabamento discreto, resistente, elegante e de baixo custo. No entanto, e l a t e n d e a d i m i n u i r a s a t u r a ç ã o d a s c o r e s e a p r e j u d i c a r a d e fi n i ç ã o d e e l e m e n t o s pequenos e detalhados (como letras abaixo de corpo 8).

60


verniz É um recurso muito usado para melhorar a qualidade dos impressos, proporcionando o brilho, a lisura e o avivamento das cores, e ao mesmo tempo aumentar a re s i s t ê n c i a d o s u p o r t e , a l u z , c a l o r, e t c .

61


EFEITOS

SOBRE PAPEL 62


efeitos

sobre papel

Impressão em relevo: Obtido pela pressão de uma matriz e um contramolde que moldam o papel, é utilizado para dar destaque a elementos impressos do layout. Relevo seco: Recurso idêntico à impressão em relevo, porém sem o uso de impressões. A imagem é formada apenas pelo relevo obtido por pressão da matriz e contramolde. G o f r a g e m : F o r m a d e d o t a r o p a p e l l i s o d e f á b r i c a c o m t e x t u r a s e s p e c í fi c a s , p o r m e i o de sua prensagem por duas calandras, sendo uma delas com a textura desejada. Serrilhado: Pequenos cortes na folha de papel ajustados e utilizados para a produção de itens destacáveis (canhotos, cartões-resposta etc.) e também como etapa preliminar para dobraduras em papéis de alta gramatura. P i c o t e s : Ta m b é m u t i l i z a d o s p a r a i t e n s d e s t a c á v e i s . O p i c o t e c o n s i s t e n u m a p e r f u ração do papel de maneira que os pequeninos furos, lado a lado, formem uma linha. S e u d e s t a c a m e n t o c o s t u m a s e r m a i s e fi c a z d o q u e o s e r r i l h a d o .

Clichês: molde e contramolde.

63

Relevo Seco


3

Checklist

CAPÍTULO

64


Checklist 1.

V e r i fi c a r s e a s f o n t e s e s t ã o e m c u r v a s ;

2.

V e r i fi c a r s e a s f o n t e s e s t ã o i n c l u í d a s ;

3.

V e r i fi c a r s e f o r a m e s p e c i fi c a d a s l i n h a s d e v i n c o , d o b r a e c o r t e n o a r q u i v o ;

4. V e r i fi c a r s e a s s a n g r a s e s t ã o c o r r e t a s n o a r q u i v o ( 5 m m n o m í n i m o , d e i x a n d o 1 0 m m de respiro na página). 5.

S e m p r e e n v i a r u m b o n e c o i m p r e s s o à g r á fi c a ;

6.

Informar características técnicas: - Nome do arquivo e extensão, - Formato (aberto e fechado), - Tipo de papel e gramatura, - Número de cores, - Quantidade, - Acabamento (dobras, vincos, grampos, faca especial, cor especial...)

7.

Enviar arquivo PDF (e JPEG);

8. V e r i fi c a r s e t o d a s a s c o r e s u s a d a s n o a r q u i v o e s t ã o e m C M Y K , q u a n d o h o u v e r c o r especial usar Pantone; 9. V e r i fi c a r s e a s i m a g e n s v i n c u l a d a s e / o u a n e x a d a s e s t ã o n o m í n i m o c o m 3 0 0 d p i (enviar uma pasta com as imagens); 10. S e m p r e q u e u m p r o j e t o f o r c r i a d o n o I n d e s i g n é n e c e s s á r i o c r i a r a o fi n a l a P a c k age do arquivo, com isto ele unirá todas as fontes, imagens e textos utilizados no projeto. 11. S a l v a r a s i m a g e n s e m T I F F o u E P S , n u n c a e m J P G p o i s o f o r m a t o J P G d a n i fi c a o a r q u i v o , c a d a v e z q u e é u t i l i z a d o , c o m p a c t a n d o a i m a g e m , e p e r d e n d o d e fi n i ç ã o . 12. V e r i fi c a r s e a s i m a g e n s e s t ã o e m C M Y K ; 13.

65

Anexar todas as imagens;


Checklist 14. A r e s o l u ç ã o i d e a l p a r a p r o d u ç ã o e m o ff s e t o u d i g i t a l é d e 3 0 0 d p i p a r a m i o l o em P&B. Para impressão de miolo colorido, ou capas o recomendável é utilizar uma resolução de 600 dpi, no mínimo; 15. Quando usada cor especial criar um arquivo separado com cor indicativa ( g e r a l m e n t e i n d i c a d a p e l a g r á fi c a ) ; 16. Q u a n d o u s a d o u m a c a b a m e n t o e s p e c i a l ( v e r n i z U V , p l a s t i fi c a ç ã o , l a m i n a ç ã o , t e x t u r a o u o u t r o s ) c r i a r u m a r q u i v o s e p a r a d o c o m c o r i n d i c a t i v a ( i n d i c a d a p e l a g r á fi ca); 1 7. Q u a n d o o a r q u i v o f o r P D F , v e r i fi c a r s e f o r a m r e s p e i t a d a s t o d a s a s e t a p a s d e g e r a ç ã o d e a r q u i v o d e a c o r d o c o m a s e s p e c i fi c a ç õ e s d a g r á fi c a , p r i n c i p a l m e n t e q u a n t o a r e s o l u ç ã o d a s i m a g e n s g e r a d a s n o P D F; 18. Pedir prova sempre que necessário e conferir todos os detalhes, fontes, cores, logotipo, posição, qualidade das imagens entre outros.

66


4

67

Exemplo

CAPÍTULO


exemplo DIP MAGAZINE Formato: 420 x 514 mm (aberto), 210 x 257mm (fechado) Cor: 4x4 cores Papel miolo: Couché 110gr Capa: Couché 200gr Número de páginas: 84 (miolo) e 2 (capa) Quantidade: 1 ou 3 unidades A c a b a m e n t o : l a m i n a ç ã o f o s c a t o t a l ( c a p a ) , r e fi l a d o , l o m b a d a q u a d r a d a

RESPOSTA: - GRÁFICA OPEN BRASIL 1 Unidade TOTAL: R$ 120,00 UNITÁRIO: R$ 120,00

3 Unidades TOTAL: R$285,00 UNITÁRIO: R$ 95,00

68


5

69

GLOSSÁRIO

CAPÍTULO


Glossário Ângulo de retícula Ângulo no qual as retículas são posicionadas em relação às outras. Arquivo Aberto Te r m o u t i l i z a d o p a r a a r q u i v o s d e c o m p u t a d o r e m f o r m a t o n a t i v o d o p r o g r a m a u t i l i z a d o p a r a c r i a ç ã o d o t r a b a l h o . E x . : .C D R , . P M 6 , . F H 7, e t c . Arquivo Fechado Te r m o u t i l i z a d o p a r a a r q u i v o s d e c o m p u t a d o r e m f o r m a t o n a t i v o d o i m p r e s s o r a o n d e e s t e s e r á i m p re s s o . E x . : .P S, .R AW. Bitmap F o r m a t o d e a r q u i v o g r á fi c o f o r m a d o p o r u m a m a t r i z d e p o n t o s . E x . : T I F F , B M P, P S D . Boneca M o d e l o o u r a s c u n h o d e u m a a r t e - fi n a l , f e i t a à m ã o , p a r a s e r v i r d e g u i a p a r a o d i a g r a m a d o r o u a r t e - fi n a l i s t a . CMYK C i a n o ( Cy a n ) , M a g e n t a , A m a r e l o ( Ye l l o w ) , P r e t o ( B l a c k ) , c o r e s p i g m e n t o . COMPRESSÃO É usada para reduzir o tamanho dos arquivos, principalmente para sua transmissão. DENSIDADE A d e n s i d a d e n a i m p r e s s ã o e s p e c i fi c a a e s p e s s u r a d a p e l í c u l a d e t i n t a n o p a p e l , e é u s a d a c o m o m e d i d a p a r a m a n t e r a i m p r e s s ã o d e n t r o d e u m p a d r ã o d e fi n i d o . DPI “Pontos por polegada”, é a medida de resolução de impressoras digitais. EPS É um formato universal de arquivos para intercâmbio de informações entre equipament o s e p r o g r a m a s g r á fi c o s . Fonte Arquivo de computador que possui a descrição matemática de um determinado tipo de letra.

70


Glossário Gramatura do papel Te r m o u t i l i z a d o p a r a d e fi n i r a e s p e s s u r a d e u m a f o l h a d e p a p e l , e m g / m 2 . Grayscale F o r m a t o d e c o d i fi c a ç ã o d e i m a g e n s e m t o n s d e c i n z a GAMMA Quanto maior o GAMMA, maior/melhor o contraste. Ganho de ponto É o a u m e n t o d o t a m a n h o d o p o n t o d a r e t í c u l a v e r i fi c a d o q u a n d o s e c o m p a r a o tamanho original do ponto no arquivo com o ponto impresso. Minimizado através de compensação. GCR Diminui a porcentagem da sobreposição das 4 cores, proporcionando economia de tinta e minimizando o decalque. Moiré Padrão indesejável causado pela justaposição de retículas com ângulos incorretos. Geralmente ocasionado por digitalização de materiais já impressos. Original Qualquer material usado como ponto de partida para reprodução Registro Marcas coincidentes colocadas no fotolito para que haja encaixe perfeito no processo de impressão. Retícula Processo de graduação de cores baseado em pequenos pontos de tamanhos variados, que, ao serem observados a uma determinada distancia, criam a ilusão de tom contínuo. Tr a p p i n g Sobreposição de cores usada para compensar eventuais problemas de falta de registro. ZIP Forma de compactação.

71





Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.