NILDOMAR DA SILVEIRA SOARES ORGANIZADOR
Lucídio Freitas
LIVRO DO CENTENÁRIO DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
Fundador da APL
Clodoaldo Freitas 1° Presidente ̶ 1917
1917 ̶ 2017
Da Costa e Silva Poeta da Saudade
Nelson Nery Costa Presidente do Centenário ̶ 2017 \
Artista plástico: Afrânio Pessoa (in memoriam)
Museu do Piauí-Teresina-PI (construído em 1859, em estilo neoclássico)
Artista plástico: Nonato Oliveira. Acervo de Antônio Fortes de Pádua Filho
Artista plástica: Josefina Gonçalves
Orquestra Sinfônica de Teresina: Maestro Aurélio Melo
Artista plástica: Dora Parentes
Artesão piauiense: Mestre Dezinho (in memoriam)
Sede própria da Academia Piauiense de Letras, com pavilhão hasteado
Theatro 4 de Setembro – Teresina-PI (inaugurado em 1894, em estilo arquitetônico eclético)
Casa da Cultura – Teresina-PI (edificação da década de 70 do século XIX)
Copyright @ 2017 by Academia Piauiense de Letras A presente edição integra a Coleção de Documentos Piauienses, da Academia Piauiense de Letras, e constitui-se no ―Livro do Centenário‖, organizado pelo Acadêmico Nildomar da Silveira Soares e patrocinado pelo Convênio Siec 2017. Academia Piauiense de Letras Presidente Nelson Nery Costa Patrocinadores Convênio Siec 2017 Drogarias GLOBO Preparação de originais, redação e transcrição de textos Nildomar da Silveira Soares Capa Marcelo Lopes Soares Nildomar da Silveira Soares Design Marcelo Lopes Soares Contracapa Cidade de Amarante-PI, Rio Parnaíba e o poema Saudade Digitação Nildomar da Silveira Soares Filho Sérgio Wilson Lopes Soares Revisão Reginaldo Miranda da Silva Antônio Fonseca dos Santos Neto José Miranda Filho Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária Larissa Andrade CRB – 3/1179
S676I
Soares, Nildomar da Silveira. (org.) Livro do Centenário da Academia Piauiense de Letras./ Nildomar da Silveira Soares. (org.) – Teresina: Academia Piauiense de Letras, 2017. 188 p.: il. color. ISBN 978-85-9496-032-0 1. Piauí – História 2. Academia Piauiense de Letras – Memórias Históricas 3. Piauí – Biografia 4. Escritores Piauienses 5. Leis e Estatuto 6. Antiguidades I. Título CDD – 981.22
SUMÁRIO Edição comemorativa do centenário da Academia Piauiense de Letras. Logomarca .................................................... 4 Apresentação ......................................................................................................................................................................... 5 Partitura do Hino do Centenário da Academia Piauiense de Letras ............................................................................... 6 Medalha Mérito Cultural ―Lucídio Freitas‖ ......................................................................................................................... 7 Resolução sobre a concessão da Medalha Mérito Cultural ―Lucídio Freitas‖ ................................................................. 8 Personalidades agraciadas Comenda do Mérito Cultural ―Lucídio Freitas‖ .................................................................... 9 Medalha,Diploma e Selo Comemorativos do Centenário da Academia Piauiense de Letras ...................................... 11 Revistas da Academia Piauiense de Letras ...................................................................................................................... 13 Notícias Acadêmicas ̶ Informativo da APL ..................................................................................................................... 18 1ª Diretoria da APL ............................................................................................................................................................. 20 Diretoria Atual eleita para o biênio 2016/2017 ............................................................................................................... 21 Idealizador da criação da APL .......................................................................................................................................... 22 Fundadores da Academia Piauiense de Letras ................................................................................................................. 23 Breve biografia dos Fundadores ....................................................................................................................................... 24 Presidentes da Academia Piauiense de Letras durante cem anos ................................................................................. 34 Sede própria da Academia Piauiense de Letras................................................................................................................ 37 Fundação da APL ̶ Local da realização da Solenidade ................................................................................................... 39 Auditório da Academia Piauiense de Letras ..................................................................................................................... 41 Sede da APL ̶ Reforma Física Interna, no ano de 2017........................................................................................................ 43 Endereços de funcionamento da APL no passar dos 100 anos ................................................................................... 44 Ata de constituição da APL ............................................................................................................................................... 45 Súmula histórica da criação da Academia Piauiense de Letras ..................................................................................... 46 Lei estadual considerando a APL instituição de utilidade pública (grafia original) .................................................... 58 Lei municipal que reconhece a APL instituição de utilidade pública municipal ......................................................... 59 Históricos dos Estatutos e do Regimento Interno ........................................................................................................... 60 Estatutos .............................................................................................................................................................................. 61 Regimento Interno .............................................................................................................................................................. 63 Destaque para algumas comemorações de aniversários da APL ao longo dos 100 anos ........................................... 70 Galeria dos Membros Efetivos da APL, inclusive patronos, nos 100 anos de sua existência ..................................... 84 Mulheres integrantes da APL. Figuras de hoje e de ontem ̶ 1917 a 2017.................................................................... 139 Antiguidade dos Acadêmicos de acordo com o ingresso na Academia. Posição em 30.12.2017 ............................. 142 Municípios piauienses com filhos ilustres na APL, desde a fundação ....................................................................... 143 Municípios de outros estados e países com filhos ilustres na APL, desde a fundação ............................................ 144 Coleção Centenário ̶ Obras publicadas ........................................................................................................................ 145 A ―Coleção Centenário‖ da APL integra a Biblioteca da ―Casa de Machado de Assis‖ ............................................... 161 Algumas das figuras ilustres que visitaram a APL no perpassar dos 100 anos ......................................................... 162 Curiosidades e acontecimentos que marcaram o ano de 1917 .................................................................................... 171 Sócios da APL de diversas categorias ............................................................................................................................. 183 Bibliografia......................................................................................................................................................................... 184
EDIÇÃO COMEMORATIVA DO CENTENÁRIO DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
LIVRO DO CENTENÁRIO 1917 – 2017
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APRESENTAÇÃO De que matérias são feitos os sonhos? De que se baseiam as aspirações pessoais e sociais? Trata-se de uma reação química? Ou está fora da química ou da física das partículas? O que fez dez homens sonharem de olhos abertos? O que levou a imaginação para se criar e instalar-se uma instituição voltada para a literatura, o conhecimento e a cultura? Foi apenas a inspiração da Academia Brasileira de Letras fundada, em 1897, por Machado de Assis? Era tão somente completar a primeira tentativa piauiense de fazer o mesmo, em 1901? Ou apenas sonhar? 1917 foi um ano cabalístico. Muitas mudanças, incrível. No social, a célebre Constituição Mexicana de 1917 que pela primeira vez constitucionalizou os direitos sociais. Para quebrar de vez os paradigmas, a Revolução Soviética de Outubro de 1917, com Lênin mobilizando as massas e, bem ou mal, construindo a primeira pátria socialista. Em 26 de outubro de 1917, o Brasil declarou guerra à Alemanha, depois de intensa manifestação popular como não se tinha visto antes. Em 1917 também estava quente na cultura do Piauí. De pronto, uma bomba lírica devastadora, com Zodíaco, de Da Costa e Silva, lançado no mesmo ano, agora também com um século. Em 1917, também Vidas Obscuras. Adiante do ano, o mesmo jovenzinho incendiou tudo com suas ideias e seu carisma, Lucídio, que logo levou duas importantes lideranças da política e da cultura, o pai Clodoaldo Freitas e o amigo deste Higino Cunha, que por sua vez trouxe o filho Edson e o genro Jônatas Batista e os irmãos Celso e João Pinheiro e os amigos Antônio Chaves, Fenelon Castelo Branco e Baurélio Mangabeira. Dez. E tudo ocorreu em 30 de dezembro de 1917... O que aconteceu em um século? Duas Guerras Mundiais, duas bombas atômicas explodidas, a Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnan, as guerras de Israel, as guerrilhas em favor da independência, as guerrilhas em favor do socialismo, as guerrilhas a favor delas próprias. Veio o jazz e a arte moderna. As saias subiram aos joelhos e os biquínis diminuíram de tamanho. Tudo mais cool... Gramsci, Sartre, Haberman, Bobbio. Joyce, Hemingway, Cortazar, Humberto Eco. Oswald, Drummond, Caio Prado Júnior, Tarsila. O cinema, a TV e a computação. As redes sociais. A Lua. As vacinas e o HIV. Imaginando tanto tempo para trás, tantas histórias, prosas, poesias, várias biografias e estudos críticos, contando de um a cem, um por um. O tempo foi sábio, algumas vezes simpático, noutras rancoroso, o tempo não olhou para o próprio tempo. E, assim, num piscar de olhos... cem anos. Quarenta patronos, cento e cinquenta e um acadêmicos. Noventa e nove anos da Revista da Academia Piauiense de Letras, trinta e um anos da sede atual. Dezessete anos no novo século. Oitenta e três anos para o século XXII. Num sonho, sonhado por muita gente, de repente outro sonho, o amanhã e o próximo século. Nelson Nery Costa Presidente da APL
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PARTITURA DO HINO DO CENTENÁRIO DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS 1 9 1 7
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O Hino do Centenário, de autoria do maestro José Valter da Silva Filho, foi instituído na administração do acadêmico Nelson Nery Costa.
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MEDALHA MÉRITO CULTURAL “LUCÍDIO FREITAS”
De acordo com a Resolução n° 1, de 26.12.1992, da Presidência da APL, que regulamentou a insignía Medalha Mérito Cultural “Lucídio Freitas” e dá outras providências, e mediante decisão da Assembleia Geral, é concedida esta medalha a personalidades que prestaram relevantes serviços à cultura piauiense e brasileira e à administração pública.
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RESOLUÇÃO Nº 01, DE 26.12.1992 Regulamenta a insígnia Medalha Mérito Cultural ―Lucídio Freitas‖ e dá outras providências. O Presidente da Academia Piauiense de Letras, no uso das suas atribuições regimentais, Considerando que a Assembleia Geral, em sessão de 26 de dezembro corrente, instituiu a Medalha Mérito Cultural ―LUCÍDIO FREITAS‖, para condecorar personalidades que se distinguiram por serviços relevantes, prestados à cultura piauiense e brasileira e à administração pública. RESOLVE: Art 1º - A Medalha Mérito Cultural ―LUCÍDIO FREITAS‖, instituída pela Academia Piauiense de Letras, será conferida a personalidades nacionais e estrangeiras, que tenham prestado serviços relevantes à cultura piauiense e brasileira e à administração pública. Art 2º - A concessão da Medalha dependerá de proposta do Presidente ou de, pelos menos, cinco acadêmicos, em votação secreta, presentes, no mínimo, dez acadêmicos. Parágrafo único – A proposta será feita por escrito e com uma breve exposição de motivos, na qual os proponentes justifiquem o merecimento do homenageado. Art. 3º - A Medalha Mérito Cultura ―LUCÍDIO FREITAS‖ será redonda e cunhada em metal dourado e contará no anverso a efígie de ―LUCÍDIO FREITAS‖ e, no verso, o brasão oficial da Academia Piauiense de Letras, com a inscrição, em círculo, com os dizeres: Medalha Mérito Cultural ―Lucídio Freitas‖, e será acompanhada de Diploma, impresso em pergaminho, obedecendo aos modelos constantes do anexo. Art 4º - A Medalha e o Diploma serão entregues ao agraciado em solenidade pública, pelo Presidente da APL ou pessoa pelo mesmo escolhida, presente ao ato. Parágrafo único – Na impossibilidade do comparecimento do reverenciado, esse poderá ser representado por cidadão por ele credenciado. Art 5º - Da entrega da Comenda será lavrado, em livro especial, o respectivo registro, cujo termo, lido antes da entrega da Medalha e do Diploma, será assinado pelo Presidente e pelo outorgado. Art 6º - Revogadas as disposições em contrário, a presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Manoel Paulo Nunes Presidente
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PERSONALIDADES AGRACIADAS NO PASSADO COMENDA DO MÉRITO CULTURAL “LUCÍDIO FREITAS" 21.01.1993 Antônio de Almendra Freitas Neto
Lauro Andrade Correia 08.05.1993
José Sarney
Maria Cecília da Costa Araújo Mendes, Niède Guidon
Antônio Houaiss
12.11.1993
Hugo Napoleão do Rego Neto
Charles Carvalho Camillo da Silveira
Murilo Hingel
07.05.1994
Marcus Acioly
Afonso Ligório Pires de Carvalho 08.10.1994
Álvaro Pacheco
Alberto Vasconcellos da Costa e Silva 11.12.1995
Francisco das Chagas Caldas Rodrigues
Lucídio Portella Nunes 30.03.1996
Anfrísio Neto Lobão Castelo Branco
José Ribeiro e Silva 26.09.1996
Cláudio Pacheco Brasil
Antenor de Castro Rego Filho 16.11.1996
Raimundo Wall Ferraz
Joacil de Britto Pereira 23.05.1997
Milton Nunes Chaves
Pedro Leopoldino Ferreira Filho 24.05.1997
Jesualdo Cavalcanti Barros
Francisco de Assis Moraes Souza 22.01.1998
Octávio Miranda
Gerardo Juraci Campelo Leite
Heráclito Sousa Fortes
José Luiz Martins de Carvalho
Domingos Carvalho da Silva
Dom Miguel Fenelon Câmara
Elói Portela Nunes Sobrinho
Firmino da Silveira Soares Filho
Clidenor Freitas Santos
Agenor Ribeiro
José Elias Martins Arêa Leão
Artur Eduardo Benevides
Moaci Ribeiro Madeira Campos
Clóvis Olinto de Bastos Meira
José Gomes Campos
Jomar da Silva Moraes
Maria Yêda Caddah
Francisca das Chagas Trindade 19.11.1998
Afrânio Pessoa Castelo Branco
Francisco de Assis Almeida Brasil 13.01.2000
José Arimathéia Tito Filho (post mortem)
Clóvis Moura 24.02.2000
10 Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz 30.03.2000
Raimundo Aurélio Melo
25.05.2000
Enéas Athanázio
Manoel Paulo Nunes
Doralice Andrade Parentes
Cassiano Nunes
Maria do Socorro Rios Magalhães
Paulo Bonavides 27.07.2000
Paulo Delfino Fonseca Guimarães
Cristovam Buarque 15.08.2000
Danilo Damásio da Silva
Eduardo de Castro Neiva Junior 05.09.2000
Walmir Miranda
Washingthon Luís de Sousa Bonfim 28.09.2000
Segisnando Ferreira de Alencar
Éverton dos Santos Teixeira 07.11.2000
Jesus Elias Tajra
Banco do Nordeste do Brasil S.A. 26.04.2002
José Elias Tajra
Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy 19.11.2003
José de Arimatéia Azevedo
Raul Wagner Veloso 26.01.2008
João Alves Filho e Fabiano de Cristo Rios Nogueira
José Wellington Barroso de Araújo Dias 30.01.2008
30.09.2011
Sílvio Mendes de Oliveira
Wilson Nunes Martins, Elmano Férrer de Almeida,
Kléber Dantas Eulálio
Átila Freitas Lira, Maria Gomes Figueiredo dos Reis,
Antônio Rodrigues de Sousa Neto
Wellington de Jesus Soares, Luiz Romero Lima,
Luiz de Sousa Santos Junior
Abelardo Pio Vilanova e Silva, José Itamar Abreu
Felipe Mendes de Oliveira
Costa, Isabel Cardoso de Melo, Wilson Nunes
José Reis Pereira
Brandão e Nelito Marques 24.01.2012
Sônia Maria Dias Mendes
Francisco Valdeci Cavalcante, Álvaro Fernando da
Antônio Soares Batista
Rocha
Cineas das Chagas Santos
Emannuel Maria Carlos Borrego Sabino, José Maria
Maria Conceição Soares Meneses
Correia Lima, Francisco Leonardo Dias da Silva e
Instituto Dom Barreto
Antônio Cardoso do Amaral 24.01.2014.
Diva Maria Freire Figueiredo
Mota,
Carlos
Evandro
Martins
Eulálio,
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MEDALHA, DIPLOMA E SELO COMEMORATIVOS DO CENTENÁRIO DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS E RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO nº 02, de 8 de maio de 2017
Verso
Regulamenta as insígnias Medalha Centenário e Diploma do Centenário da Academia Piauiense de Letras e dá outras providências. O Presidente da Academia Piauiense de Letras, no uso das suas atribuições regimentais, Considerando que a Assembleia Geral, em sessão de 6 de maio de 2017, instituiu a Medalha e o Diploma do Centenário da Academia Piauiense de Letras, para condecorar e agraciar personalidades que se distinguiram por serviços relevantes prestados à organização das efemérides alusivas aos 100 (cem) anos de sua fundação, bem como fazendo-se presentes às solenidades realizadas. RESOLVE: Art 1º A Medalha Centenário concedida pela Academia Piauiense de Letras e o Diploma comemorativo do Centenário da mesma Academia, ora instituídos, serão conferidos a personalidades nacionais e estrangeiras, bem como a pessoas jurídicas que tenham prestado serviços relevantes à comemoração de sua fundação.
Anverso
Art 2º A concessão da Medalha e do Diploma dependerá de proposta do Presidente ou de, pelos menos, cinco acadêmicos, em votação secreta, presentes, no
mínimo, dez acadêmicos. Parágrafo único. A proposta será feita por escrito e com uma breve exposição de motivos, na qual os proponentes justifiquem o merecimento do homenageado. Art. 3º A Medalha Centenária da Academia Piauiense de Letras será redonda e cunhada em aço escovado e contará no verso, com a imagem de Lucídio Freitas e, no anverso, o brasão oficial da Academia Piauiense de Letras, com os dizeres: ―Medalha Centenário da Academia Piauiense de Letras‖, e será acompanhada de Diploma, impresso em pergaminho, obedecendo aos modelos constantes do anexo.
Selo comemorativo do Centenário da APL, a ser lançado em solenidade.
12 Art 4º A Medalha e o Diploma serão entregues ao agraciado ou agraciada em solenidade pública, pelo Presidente da APL ou pessoa pelo mesmo escolhida, presente ao ato. Parágrafo único. Na impossibi-lidade do comparecimeno do reverenciado, esse poderá ser representado por cidadão ou cidadã por ele credenciado. Art 5º Da entrega das Comendas será lavrado, em livro geral de atas, o respectivo registro, cujo termo, lido antes da entrega da Medalha e do Diploma, será assinado pelo Presidente e pelo outorgado ou outorgada. Art 6º Revogadas as disposições em contrário, a presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Nelson Nery Costa Presidente da Academia Piauiense de Letras
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REVISTAS DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS ̶ 1918 - 2017 Revista da Academia Piauiense de Letras (§3° do art. 2° do Regimento Interno). Foi lançada no ano de 1918, logo após a fundação da entidade, ocorrida em 30 de dezembro de 1917. O primeiro número da Revista circulou, portanto, em 1918, orientada por Hygino Cunha, Fenelon Ferreira Castello Branco e João Pinheiro. A criação da Revista, segundo escreveu a acadêmica Maria do Socorro Rios Magalhães, operouse em obediência às normas estatutárias, visava, conforme nota e editorial do primeiro número, difundir, não apenas as boas letras, mas, sobretudo o estudo da geografia e da história do Piauí, alvo de erros grosseiros nas poucas referências por parte de intelectuais de outras regiões do País, como afirmava o editorialista. O material publicado pela Revista da Academia Piauiense de Letras mostra, de fato, um compromisso de privilegiar o estudo da terra natal, no que diz respeito a seus aspectos físicos, sociais, econômicos e políticos, e ainda no que concerne ―às letras‖, propriamente ditas, entendida essa denominação como a produção literária (poesia e conto) mais a crítica literária, essa última tentando dar conta da produção contemporânea e ainda recuperar autores e obras do passado, um esforço para a construção de uma história da literatura piauiense. A seguir, exibimos capas da quase totalidade das 74 Revistas da Academia Piauiense de Letras publicadas nos 100 anos de existência da APL, fruto da contribuição oferecida pelo acadêmico Antônio Fonseca dos Santos Neto. Foram elas localizadas, parte no Arquivo Público de Teresina, e, parte na biblioteca da Casa de Lucídio Freitas.
Ano 1918
Ano 1919
Ano 1921
Ano 1922
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Ano 1923
Ano 1924
Ano 1925
Ano 1926
Ano 1927
Ano 1929
Ano 1936
Ano 1937
Ano 1938
Ano 1939
Ano 1942
Ano 1942 (separata)
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Ano 1943
Ano 1972
Ano 1979 (Junho)
Anos: 1918/19/37/38/42/1943
Ano 1974 (1° volume)
Ano 1979 (Dezembro)
Ano 1962
Ano 1974 (Edição Especial)
Ano 1979 (60° aniversário)
Ano 1965
Ano 1978
Ano 1980 (1° semestre)
16
Ano 1980 (2° semestre)
Ano 1985
Ano 1989
Ano 1982
Ano 1986
Ano 1990
Ano 1983
Ano 1987
Ano 1992
Ano 1984
Ano 1988
Ano 1993
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Ano 1993 (II fascículo)
Ano 1997 (80 anos)
Ano 2003
Ano 1994
Ano 1994 (Edição 75 anos)
Anos 1997/ 1998/1999/2000 2001/2004/2006/2007/ 2008/2009/2010/2012/2013/2014.
Ano 2005
Ano 2015
Ano 1996
Ano 2002
Ano 2016
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NOTÍCIAS ACADÊMICAS INFORMATIVO DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
Este boletim informativo da APL, denominado Notícias Acadêmicas, foi criado em 1986 para divulgar as atividades trimestrais da instituição, segundo determina o paragráfo 3° do artigo 2° do regimento interno da APL. Após alguns anos sem circular, volta o informativo, desta vez em edição especial do Centenário da APL, fruto do dedicado trabalho desenvolvido pelo acadêmico Herculano Moraes, atual Secretário-Geral da Academia Piauiense de Letras.
19
O
Notícias Acadêmicas, boletim informativo, tinha e tem como objetivo principal destacar, mensalmente, os acontecimentos socioculturais de que a referida instituição participava, bem como
lembrar datas históricas importantes na série Efemérides. O jornal, também, trazia as seções Agenda, Noticiário e Opiniões de leitores ilustres, sobre a importância e a repercussão deste meio de comunicação. Antes da circulação de Notícias Acadêmicas, a APL mantinha o Informativo Acadêmico, jornal que totalizou 133 edições em um período de doze anos (1974/1985). Em relação à história de Teresina, o Notícias Acadêmicas foi responsável por fazer, a pedido da Prefeitura da cidade, um levantamento histórico dos principais prédios da capital, como os da Justiça Federal, do Conselho Municipal, do Mercado Velho, da Companhia de Fiação e Tecidos Piauienses, Museu do Piauí, Educandário Pedro II (prédio onde hoje funciona a Casa da Cultura), Palácio da Cidade (Prefeitura de Teresina), Biblioteca Cromwell de Carvalho, Teatro 4 de Setembro, Palácio de Karnak, Colégio Sagrado Coração de Jesus, entre outros. Conforme o art. 2º dos Estatutos de 1989, que rege sobre os objetivos da APL, o presidente Arimathéa Tito Filho providenciou, em 1974, a organização de uma biblioteca para consulta pública e, em 1976, um arquivo sobre a vida dos acadêmicos e respectivos patronos. Sobre a biblioteca, esta foi formalmente instalada em 1989, com espaço amplo para oferecer aos estudantes e intelectuais ambiente favorável à pesquisa e ao estudo, organizado em seções, como Catálogo Geral, Seção Tito Filho, Seção Gayoso e Almendra, Seção Ribeiro Gonçalves, Autores Piauienses e Periódicos.
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1ª DIRETORIA DA APL
Presidente Clodoaldo Freitas
Secretário-Geral João Pinheiro
1º Secretário Fenelon Ferreira Castello Branco
2° Secretário Jônathas Baptista
Tesoureiro Antônio Chaves
Bibliotecário Édison da Paz Cunha
Nota: O quadro inicial era formado por 30 cadeiras. Em 1967, a Academia elevou, na gestão do presidente Simplício Mendes, o número de cadeiras de 30 (trinta) para 40 (quarenta).
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DIRETORIA ATUAL Biênio 2016/2017
Presidente Nelson Nery Costa Vice-Presidente Oton Mário José Lustosa Torres
1º Secretário José Elmar de Mélo Carvalho
Secretário-Geral Herculano Moraes da Silva Filho
2º Secretário Wilson Nunes Brandão
Tesoureiro Humberto Soares Guimarães Nota: a Assembleia Geral realizada, em 16.12.2017, elegeu a nova diretoria da APL, para o biênio 2018/2019, figurando, desta feita, o acadêmico Zózimo Tavares Mendes, como VicePresidente.
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IDEALIZADOR
LUCÍDIO FREITAS
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FUNDADORES DA APL
Na primeira fila, da esquerda para a direita: Jônathas Baptista (nasceu em Monsenhor Gil–PI), Celso Pinheiro (nasceu em Barras–PI), Lucídio Freitas (nasceu em Teresina–PI), Antônio Chaves (nasceu em Teresina-PI), Benedito Aurélio de Freitas (Baurélio Mangabeira), (nasceu em Piripiri–PI), Édison Cunha (nasceu em Teresina–PI). Sentados, na mesma ordem: Fenelon Ferreira Castello Branco (nasceu em Barras–PI), Clodoaldo Severo Conrado de Freitas (nasceu em Oeiras–PI), Hygino Cícero da Cunha (nasceu em Timon–MA) e João Pinheiro (nasceu em Barras–PI).
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BREVE BIOGRAFIA DOS FUNDADORES
JÔNATHAS BAPTISTA ̶ Escritor, ator, poeta, teatrólogo, jornalista, produtor teatral, homem de letras e animador cultural. Montou tipografia, publicou jornais e revistas. Autodidata, era espírito imaginário e animador. Segundo o depoimento dos que com ele conviveram, era um homem de paixões e de iniciativas. Para Yara Neves de Melo, Jônatas aparece como ―espírito militante e pouco submisso‖ (...).―É, sobretudo, um rebelde‖ (...) ―As suas atitudes levaram o selo de uma franqueza, por vezes rudes, foram também marcadas por uma sinceridade sem refolhos, que é bem uma de suas características‖. Nascido em 18 de abril de 1885, no povoado Natal, atualmente Monsenhor Gil, veio cedo para Teresina estudar em escolas particulares e, posteriormente, no Liceu. Faleceu, no ano de 1935, em São Paulo, sendo funcionário da Recebedoria Federal. Seu último livro de versos - ―Amor sem Rumo‖. Foi, indiscutivelmente, um dos mais expressivos autores de peças teatrais do Piauí.
CELSO PINHEIRO ̶ Escreveu sobre ele Hardi Filho: ―Se o fim da arte não é convencer é sim comover, segundo diz Vargas Vila, não há como ignorar o artista em Celso Pinheiro. Sua poesia comove. E convence‖. São comoventes também os versos de caráter circunstancial, notoriamente feitos para satisfação íntima, sem pretensões outras do poeta senão a de extravasar o amor, o cuidado, o carinho pela família, o afeto pelos amigos, desde emocionantes mensagens de alegria e confiança, às vezes numa angustiada antevisão de sua futura ausência.
25 Nasceu, no dia 24 de novembro de 1887, em Barras, Piauí, e faleceu, em 29 de junho de 1950. Celso teve 10 irmãos. Nos estudos, não chegou a concluir os preparatórios. Órfão aos dezesseis anos, viu-se muito cedo envolvido nas tramas de sua destinação poética: ―Tornou-se um sonhador, boêmio das noites do sentimento, figura contemplativa das auroras prenunciadoras da paz, da ventura e da felicidade, coisas que na vida se concretizam na perseverança do sonho ou na determinação da renúncia‖. Sobre Celso Pinheiro, o acadêmico Herculano Moraes, na sua Visão Histórica da Literatura Piauiense - 1967, diz: ―Fez o primário em Teresina, mas não concluiu o ginásio. Vivia mais na boemia, gastando suas noites com os poetas de sua época, fazendo recitais e serenatas‖. Sofria de um mal que levou dezenas de poetas à sepultura em pleno alvorecer da vida‖. Leia-se um pedacinho de um soneto de Celso Pinheiro: ―............................................................. e eis por que sinto, em doces claridades, a tristeza de todas as tristezas e a saudade de todas as saudades‖. Foi poeta, cronista, jornalista e conferencista. Escreveu, aproximadamente, quatro mil sonetos, chegando a ser denominado de ―milionário do verso‖.
LUCÍDIO FREITAS ̶ Precisamente, no dia 30 de dezembro de 1917, Lucídio Freitas fundava, acompanhado de um grupo de intelectuais, a Academia Piauiense de Letras. Nasceu na cidade de Teresina (PI), no dia cinco de abril do ano de 1894, faleceu em 14 de maio de 1921, em Teresina. Era filho de Clodoaldo Freitas, de quem herdou, além do caráter íntegro, a inteligência privilegiada, o grande amor pelas letras, cultivando, em especial, o verso. Concluiu os preparatórios no Liceu Piauiense, partindo para o Recife, onde iniciou o curso jurídico, concluído em 1916, no Rio de Janeiro. Foi professor de direito, por concurso, da Faculdade de Direito de Belém, defendendo tese sobre Teoria e Prática de Processo Civil e Comercial. Em resumo, foi professor do Liceu, bacharel e mestre em direito, jornalista, cronista literário, crítico e iniciador de uma história literária do Piauí.
26 A professora Maria Figueiredo Reis escreve que ―é através dos versos de Vida Obscura que Lucídio Freitas extravasa toda sua tristeza, sua desesperança, sua angústia... Vida Obscura ̶ retrato de uma dor, de uma vida sombria que luta por um momento de glória, de luz.‖ Ao longo dos anos, muito se disse sobre ele, devendo ser reproduzidas estas linhas escritas por Cristino Castelo Branco: ―O poeta louro de tantos versos sonoros, iluminados e ótimos, tinha um encanto pessoal irresistível: ̶ bonito, amável, simples, alegre, comunicativo, bem educado, trajando com esmero, causeur delicioso, pleno de elegância, de graça, de espírito, de finura e de distinção, parecia um ser a parte, baixando do Olímpo à terra.‖ O que disse, em versos, Lucídio Freitas sobre Lucídio Freitas: ―− Poeta, teu nascimento se deu em Teresina (1894) Podes nos dizer como foi aquele momento? Nasci a noite à rua da Amargura Trazendo sangue e fel em minha boca Não sei se a sorte foi comigo injusta Passei a infância às portas do Cassino, Mocidade nos braços de Locusta... Quando chegamos, loucos, para a vida É o nosso sonho um grito de loucura... O olhar vem cheio de ânsia indefinida, Aberto em convulsões de iluminuda − Como era o menino Lucídio Freitas? Olho um retrato meu, quando menino Emoldurado em flores de ouro e êuclasa: − O olhar, aceso de alegria, abrasa Como um forte clarão de sol e pino. A boca ri num riso de harmonia, Há centelhas de sonho e eternidade Fulgindo em toda essa fotografia.‖ Sobre o papel da Academia Piauiense de Letras é ele, o próprio Lucídio Freitas, que, no discurso de recepção ao acadêmico Simplício Mendes, em sessão solene de 4 de agosto de 1918, escreve as palavras que seguem:
27 ―O nosso fim primordial, como já dissemos tantas vezes e nunca é supérfluo repetir, é levantar os foros de nossa cultura, reviver a alma dos nossos antepassados. Lembrar constantemente ao País que antes de nós grandes almas por aqui passaram, sonhando e amando, sofrendo e trabalhando‖. Como justa homenagem, a sede da Academia Piauiense de Letras passou a denominar-se ―Casa de Lucídio Freitas‖.
ANTÔNIO CHAVES ̶ Seu primeiro trabalho literário aconteceu, em 1907, com Almas Irmãs, publicado em parceria com Celso Pinheiro e Zito Batista; em seguida, escreve Poema da Mágoa. Para a acadêmica Maria do Socorro Rios Magalhães, a obra da maturidade só veio em 1916, com o livro ―Nebulosas‖. Deixou inéditos: Líricas e Poesias. Nasceu, em Teresina, em 26 de abril de 1882, e faleceu, em Teresina, no dia 22 de fevereiro de 1938, aos 55 anos de idade, cuja memória vem sucumbindo às ―nebulosas‖ do tempo. Foi um dos construtores do sistema literário que começou a funcionar no Piauí, nos primórdios do século XX, segundo a professora acima referida. Sobre este imortal, escreveu Osiris Neves de Melo: ―Antônio Chaves, como poeta ou como prosador, é um nome que se tem feito valer, por seus próprios merecimentos, tanto nos segredos maravilhosos do verso como no domínio encantado e sugestivo da prosa‖.
BENEDITO AURÉLIO DE FREITAS (BAURÉLIO MANGABEIRA) ̶ Poeta, farmacêutico e jornalista. O nome, segundo Édison Cunha, que consta dos assentos da paróquia e do registro civil de Piripiri. Com este nome é pouco conhecido; entretanto, é festejado quando se fala em Baurélio Mangabeira. Baurélio foi exclusivamente poeta: nos salões, nas rodas alegres, nas ruas, nas tabernas, de dia e de noite. Sobre ele, deixou escrito Mardoqueu Marques: ―Compondo o seu missal de torturado, em rútilos cantos, exortações límpidas, tem BAURÉLIO a desgraça de ser um penitente, desfiando o rosário de tristeza‖. Em importante artigo, escrito em 1997, o acadêmico Francisco Miguel de Moura, em determinado momento diz: ―...Por isso, não vejo nenhum açoite na confissão de Cristino Castelo Branco fazendo um pequeno perfil de Baurélio: ―...boêmio, dado ao álcool, vida irregularíssima, recitava constantemente, com uma entonação especial na voz, o seguinte soneto, Revelação, de sua lavra‖:
28 ―Ó não julgues que se a vida não maldigo Seja porque minh’alma não sofreu Os travos da desgraça ̶ agro castigo, Que dizem vir do inferno e vir do céu. Poucos anos meu pai viveu comigo, Cinco rápidos anos e morreu... E minha mãe, ̶ com lágrimas te digo, Dentro de algumas horas faleceu. Escuta lá: nos cemitérios vastos Os ossos dos meus pais devem estar gastos Pelo tempo que tudo estraga e rói. Olha: quem cedo nesta estrada cai, Sem ter mãe, minha filha, e sem ter pai, Há de sentir o quanto a vida dói‖.
Nasceu no bairro Pau D’arco, da cidade de Piripiri, no Piauí, a 19 de junho de 1884, sendo filho único do casal Aureliano de Freitas e Silva e Izabel de Freitas e Silva. Faleceu no dia 16 de abril de 1937. Não deixou obra numerosa publicada, mas apenas o livro Sonetos Piauienses (1910).
ÉDISON DA PAZ CUNHA ̶ Nasceu em Teresina-PI, em 15 de dezembro de 1891, falecendo no ano de 1973, em Parnaíba, sendo filho de Hygino Cunha e de Dona Corina da Paz Cunha. Foi professor, poeta e advogado, bacharel do Recife. Praticou jornalismo político, lutou, mas não subiu. Preferiu ficar em baixo, mas sem peias. Registram-se várias passagens pela burocracia, tendo sido promotor público em Teresina, no começo da carreira. Prosador e conferencista para estudantes, em estilo didático, adquirido no longo exercício do magistério. Não foi poeta, mas, nas horas vagas, fez versos quase maus, como diria o senhor Esmaragdo de Freitas. Trata-se de um dos fundadores da APL, ocupante da cadeira nº 5.
29 O acadêmico Manfredi Cerqueira escreveu um artigo e disse: ―Foi importante para mim conhecer o mestre Édison da Paz Cunha e dele receber uma forte e proveitosa influência. Inteligente, culto, humilde, consagrado como Professor e Advogado, possuía ele, com certeza, belas virtudes que lhe exornavam a rica e forte personalidade‖. Bibliografia: ―Razões Finais‖, coautoria (1941); ―Correspondência para Você e Vozes Imortais”.
FENELON FERREIRA CASTELLO BRANCO ̶ Nasceu em Barras-PI, em 22 de maio de 1874, e faleceu em União, também no Piauí, no dia 27 de fevereiro de 1925. Homem probo, culto e operoso. Jornalista muito atuante na imprensa piauiense. Foi juiz de direito. Cultivou nos seus escritos os gêneros poéticos: lírico, elegíaco e satírico. Sua temática foi sempre voltada para a família, a amizade, a vida acadêmica, a terra natal, a saudade e a crítica satírica. É um dos fundadores da Academia Piauiense de Letras, ocupando a cadeira nº 3 cujo patrono é o padre Joaquim Sampaio Castelo Branco. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico Piauiense.
Deve ser conhecido de todos o seu belo poema Meu Álbum, a seguir transcrito: “Meu Álbum Do meu álbum na folha cor de rosa, Onde o amor filial canta e fulgura, Dedico à minha mãe, meiga e bondosa, Todo o meu ser repleto de ternura. E na página branca o doce emblema, Dum sentimento que jamais se esvai, Entre as belas estrofes de um poema Escreverei o nome do meu pai. Relembrarei aqui todo o martírio, Toda a mágoa que um dia me envolveu, Conservando na folha cor de lírio ̶ A saudade da esposa que morreu. Como um astro fulgurante e luminoso Surge depois a página doirada, Onde cintila o vulto gracioso De quem me trouxe à vida outra alvorada.
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Aos meus filhos, um bando de crianças, Meigas e frágeis, como passarinhos, Na folha verde, um ninho de esperanças Lhes receber com beijos e carinhos. A folha azul tão linda e recamada De flores, as mais belas louçãs, Representa uma abóboda estrelada; E as estrelas sois vós, minhas irmãs ! E esse livro elegante e primoroso, No que o meu amor todo concentro, Guardo-o sempre num cofre precioso ̶ Meu próprio coração - Ei-lo lá dentro !‖
Em artigo da lavra do acadêmico Wilson Gonçalves, encontramos sobre Fenelon Castello Branco o seguinte: ―Como poeta satírico, Fenelon não descambou para uma linguagem fescenina, escatológica. Contudo, fez críticas virulentas aos seus desafetos, por vezes cruéis e sardônicas, em que procurava desqualificar e ridicularizar seus adversários, em caricaturas toscas, que lhes realçavam os defeitos físicos e espirituais. Algumas vezes satirizava a si mesmo, especialmente quando se considerava destituído de inteligência‖, conforme os versos: ―Mas nem por isso vivo contrafeito, Pois toda gente sabe que eu sou burro, Portanto vou furando satisfeito. O que me mata, sim, confesso, digo: Não é decerto ser grande casmurro, É não ter eu vergonha, − que castigo!‖
31 CLODOALDO SEVERO CONRADO DE FREITAS ̶ Nasceu em Oeiras-PI, no dia 7 de setembro de 1855, de onde partiu para estudar no seminário das Mercês, de São Luis-MA, concluindo o curso no Liceu Maranhense em 1870. Transferiu-se depois para a Faculdade de Direito do Recife. Ali se destacou como participante do grupo Ideia Nova, ao lado de Clóvis Beviláqua e Martins Júnior. Faleceu em Teresina-PI, em 29 de junho de 1924. Magistrado, político, jornalista, historiador, romancista, biógrafo, contista, cronista, crítico, notável pensador, panfletário, historiador, sociólogo e polemista indomável, sendo o pai de Alcides e Lucídio Freitas. Foi desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí e deputado pelo Pará. Deixou vários livros publicados e outros inéditos. Sobre ele, assim se expressou Clóvis Beviláqua: ―Inteligência superior, possuindo largo preparo literário e filosófico, tendo-se ensaiado em várias direções, na crítica das religiões, na política, na história, no romance, no conto e na poesia, foi principalmente, jornalista vivaz, solerte, elegante e maleável, para quem não havia assunto árido, e cuja pena mais se enriquecia em vibrações e mais se aligeirava no produzir, quanto mais dela exigiam as circunstâncias‖. Após acidentada e instável vida profissional, faleceu como Desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, para que fora nomeado em 1916 por Miguel Rosa (Vida e obra de Clodoaldo Freitas elaborado pela escritora Terezinha Queiroz). Acontecimento histórico: em sessão ordinária da Academia, realizada em 20 de março de 1919, sob a presidência do Secretário-Geral, João Pinheiro, em ausência do Presidente efetivo, Clodoaldo Freitas, foi presente um ofício deste, renunciando ao cargo de que, para orgulho da nossa egrégia Companhia, havia sido investido, e ao qual vinha dando todo o brilho do seu trabalho e considerável porção das suas energias. Foram infrutíferas as tentativas para que Clodoaldo Freitas retirasse sua renúncia. À vista da deliberação inabalável do Acadêmico, a APL reunida em sessão ordinária, no dia 4 de abril de 1919, sob a Presidência do Secretário-Geral, João Pinheiro e com a presença dos Acadêmicos, decidiu considerar vago o lugar de Presidente, tendo sido procedida a eleição para o dito cargo, recaindo na pessoa do Acadêmico Hygino Cunha, que, imediatamente, dele se empossou.
32 HYGINO CÍCERO DA CUNHA ̶ Nasceu na antiga Flores, hoje Timon-MA, no dia 11 de janeiro de 1858, e faleceu em Teresina-PI, em 16 de novembro de 1943. Magistrado, professor, durante 50 anos, de incontáveis gerações de piauienses, historiador e jornalista, mestre da antiga Faculdade de Direito do Piauí, lecionando, como catedrático, direito administrativo. Juiz municipal, procurador dos feitos da Fazenda e chefe de polícia do Estado, tendo sido presidente da Academia Piauiense de Letras de 1919 a 1924 e de 1929 a 1943. Herculano Moraes, ao falar sobre a obra de Hygino Cunha, em artigo publicado no jornal O Dia, de 15 de setembro de 1997, diz: ―Foi semelhante a Clodoaldo Freitas em quase todos os estágios de sua vida. Diferenciavam-se apenas pela emoção: Clodoaldo, de verve sarcástica e jornalismo ofensivo; Hygino, sereno, combativo, mas respeitoso e comedido. No mais, ideias, atitudes e destinos pareciam convergir, inclusive na direção dos caminhos que percorreram‖. Hygino presidiu o Instituto Histórico e Geográfico do Piauí e foi presidente honorário da Associação Piauiense de Imprensa e presidiu a Academia Piauiense de Letras. Colaborou intensamente nos jornais, desde Recife, na célebre Folha do Norte, e, depois, no Piauí aparecendo em quase todos os jornais de sua época. Foi quem primeiro publicou, no Piauí, um poema em versos alexandrinos, denominado A Vingança do Ancião. O Escritor. Obras publicadas: Pro Veritate, folheto de polêmica literária, 1883; Asineide, 1887, sua primeira obra literária; O Idealismo Filosófico e o Ideal Artístico, 1913; O Teatro em Teresina, 1888; O Ensino Normal no Piauí, 1923; História da Religiões no Piauí,1924, que trata de um estudo sobre seitas filosóficas e suas manifestações; Os Revolucionários do Sul do Brasil, através dos sertões nordestinos do Brasil 1940; O Assassínio do Juiz Federal, 1928; A Revolução no Piauí de 1930; A Nova Constituição da República, 1929; Anísio de Abreu - sua vida, sua obra, sua morte, e Memórias autobiográficas.
33 JOÃO PINHEIRO ̶ Do livro Vozes Imortais, de Edison Cunha, retirei o seguinte comentário sobre João Pinheiro: ―Delicado ficcionista. Traça com vivacidade o gênero difícil do conto, sua especialidade, colorindo com o encanto da fantasia e da frase certa múltiplos aspectos e episódios históricos, inéditos, da vida social urbana e sertaneja piauiense. Investigador de alfarrábios, perscrutador da alma popular, João Pinheiro vem prestando louvável serviço ao estudo, coordenação e difusão do nosso folclore‖. Nasceu em Barras-PI, em 16 de maio de 1877, e faleceu em 1946, no Rio de Janeiro. Contista, jornalista, folclorista, poeta, romancista e professor. Formou-se em odontologia. É tido como um dos primeiros pesquisadores da literatura, dos costumes e do folclore piauienses. Escreveu vários livros, com destaque para Falenas e Sílfides em parceria com José Luís Batista; Solar dos Sonhos, uma seleção de suas melhores poesias (1906); Fogo de Palha, contos, estudo de nosso folclore, costumes e superstições; À Toa..., pesquisas sobre lendas, superstições e costumes da gente piauiense; Páginas de Antanho, uma obra póstuma; Chiquita, romance. É autor da primeira antologia de escritores do Piauí: Literatura Piauiense, é um escorço histórico (1937). Em 1994, esta obra foi publicada em uma segunda edição, num trabalho revisto e atualizado, produto de um esforço exaustivo e precioso do escritor Francisco Miguel de Moura. João Pinheiro canta em mimosos versos, na poesia Evocação, os encantos pitorescos de sua terra natal – Barras do Marathaoan. Foi diretor e professor de português do Liceu Piauiense e, depois seu dirigente por muitos anos, ocupando ainda o cargo de Diretor da Instrução Pública do Estado do Piauí, hoje equivalente ao de Secretário de Estado de Educação. Apesar de não ter sido presidente da APL, foi por muitos anos seu Secretário-Geral e principal escritor sobre a história da Instituição. Falando sobre a personalidade do tio, depõe o também acadêmico Celso Pinheiro Filho, que João Pinheiro ―gostava de andar sempre 'rigorosamente vestido com terno de casimira inglesa, colarinho duro e colete'. Na hora da refeição vestia palitó, mesmo que estivesse sozinho. Tinha por hobby colecionar selos e desenvolvia preferência pelos estudos históricos, não se aprofundando no gênero por absoluta falta de tempo” (MORAES, Herculano. O Universo Multifacetado de João Pinheiro. In: Academia Piauiense de Letras ̶ Os fundadores, 1997).
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PRESIDENTES DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
Clodoaldo Freitas 1917 a 1919
Hygino Cunha 1919 a 1924 e de
Mathias Olympio 1924 a 1929
1929 a 1943
Martins Napoleão
Álvaro Ferreira
1943 a 1946
1946 a 1954
Clidenor Freitas 1954 a 1959
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PRESIDENTES DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
Simplício Mendes 1959 a 1971
A. Tito Filho 1971 a 1992
M. Paulo Nunes 1992 a 1995
Wilson de Andrade Brandão 1996 a 1997
Celso Barros Coelho 1998 a 1999
R. N. Monteiro de Santana 2000 a 2001
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PRESIDENTES DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
Paulo de Tarso Mello e Freitas 2002 a 2005
Manfredi Mendes de Cerqueira 2006 a 2009
Reginaldo Miranda da Silva 2010 a 2013
Nelson Nery Costa 2014 a 2015 2016 a 2017
Galeria que integra a Sala de reuniões da APL.
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SEDE PRÓPRIA DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
A Academia Piauiense de Letras não possuía sede própria e, em 1986, contando com valioso apoio do Secretário de Cultura, Dr. Jesualdo Cavalcanti Barros, adquiriu, por doação, do Governo do Estado do Piauí, o atual prédio, sendo governador do Estado o hoje acadêmico Hugo Napoleão. Naquele ano, a APL era presidida pelo professor A. Tito Filho. A referida sede, uma bela construção de linhas clássicas, acha-se edificada na Av. Miguel Rosa, nº 3.300-S, em Teresina, Piauí. Foi, a seguinte, a norma legal autorizativa da doação do imóvel à APL: ―Lei nº 4.048, de 12 de maio de 1986 Autoriza o Poder Executivo Estadual a doar à Academia Piauiense de Letras o imóvel que menciona. O Governador do Estado do Piauí, Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei.
38 Art. 1º. Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a doar à Academia Piauiense de Letras, para instalação e funcionamento de sua sede, um prédio, de propriedade do Estado, de dois pavimentos, situado na Av. Miguel Rosa nº 228/S, encravado em um terreno foreiro municipal, medindo 14,00 metros de frente por 32,00 ditos de fundos, situado no 3º quarteirão urbano, série poente, zona sul desta Capital. Art.2º. Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina-Piauí, 12 de maio de 1986. GOVERNADOR DO ESTADO SECRETÁRIO DE ESTADO SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO‖
Esta Placa e o Busto do Professor A. Tito Filho, que se encontravam na fachada do prédio foram, lamentavelmente, no mês de fevereiro de 2016, furtados da APL.
Inauguração da sede própria da APL no ano de 1986. Presentes o governador Hugo Napoleão e o presidente da APL A. Tito Filho.
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FUNDAÇÃO DA APL LOCAL DA REALIZAÇÃO DA SOLENIDADE
Abrigou a antiga Casa da Intendência.
Hoje, funciona a Fundação Wall Ferraz da PMT. As fotos acima mostram o mesmo imóvel em épocas diferentes, na praça Mal. Deodoro, esquina com a Rua Firmino Pires. Nele, funcionou a sede do Conselho Municipal de Teresina e, em seu Salão Nobre, realizou-se, às 9:00h do dia 30 de dezembro de 1917, em um domingo, a sessão criando a APL. Felizmente, o imóvel não foi demolido, sofreu, como visto, algumas pequenas reformas ao longo do tempo, abrigando, hoje, a Fundação Wall Ferraz da Prefeitura Municipal de Teresina. A instalação oficial e solene da Academia verificou-se no dia 24.01.1918, em homenagem à independência do Piauí, proclamada a 24 de janeiro de 1823, na antiga capital, Oeiras.
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UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA DO PRÉDIO DA FUNDAÇÃO DA APL
P
ara o Conselho de Intendência do Município de Teresina foi designado, em 01.01.1917 a 24.01.1921, o seguinte membro: Antônio da Costa Araújo. Engenheiro militar que comandou o 25º Batalhão de Caçadores. Natural de Campo Maior, morreu em Teresina.
Esta Edificação data do final do século XIX, quando Teresina tomava ares magistrais de cidade em volta de uma bela praça, que agia como núcleo irradiador de edificações e, principalmente, de desenvolvimento social e econômico. O prédio da antiga Intendência poderia também ser chamado de Paço Municipal ou Palacete Municipal, uma vez que Intendência significa Repartição onde o intendente (que era, até o primeiro quartel deste século, o chefe do Poder Executivo Municipal, função dada atualmente ao prefeito de uma cidade) exerce suas funções. O antigo prédio onde funcionava a Intendência, na Praça Deodoro, esquina com Firmino Pires, foi construído no final do século XIX, possuindo, então, características da arquitetura neocolonial brasileira, sem elementos ecléticos. Em 1901, o Estado adquiriu para sediar a Intendência. Data honrosa foi o ano de 1917, no dia 30 do mês de dezembro, nesse edifício, onde foi fundada a Academia Piauiense de Letras. No ano de 1943, o então prefeito Lindolfo do Rêgo Monteiro, determinou que fossem realizadas ampliações em suas dependências. A Administração Municipal permaneceu no local até 1966, quando o prédio é destinado ao serviço de alistamento militar. Sofreu o imóvel nova reforma em 1978, passando a abrigar a Secretaria Municipal de Saúde. Funcionaram, posteriormente, a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTAS), a Secretaria Municipal de Abastecimento (SEMAB), o Departamento Municipal de Estradas e Rodagens (DMER), sendo hoje a sede da Fundação Wall Ferraz. Publicado por: Bárbara Araújo PATRIMÔNIO CULTURAL DO PIAUÍ Coordenação de Registro e Conservação – CRC/FUNDAC
Imagem do bonde em frente à Intendência (hoje, Fundação Wall Ferraz) e à Escola Normal (hoje, Prefeitura de Teresina), na Praça Mal. Deodoro, no final da década de 20.
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AUDITÓRIO DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
O auditório da Academia Piauiense de Letras foi construído na gestão do presidente Wilson de Andrade Brandão. Deve ser ressaltada, aqui, a incansável dedicação da professora Lourdinha Brandão, esposa do referido presidente, cuja determinação tornou possível a concretização do projeto de construção do auditório, materializando um antigo sonho. Lourdinha Brandão
Na sessão de 23 de agosto de 1997, o presidente em exercício, Paulo de Tarso de Mello e Freitas, destacou o esforço exemplar da digna professora em dotar a APL de um auditório, com capacidade para cento e vinte pessoas. Na referida sessão, foi sugerido pelo acadêmico Paulo Freitas que aquele importante espaço físico recebesse o nome de ―Professor Wilson Brandão‖, bem como propôs a concessão do título de sóciohonorário à professora Lourdinha Brandão, indicações aprovadas por unanimidade sob os
Presidente Paulo Freitas e Gov. Mão Santa.
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aplausos demorados de todos os presentes. Falaram, na ocasião, os imortais Herculano Moraes e Francisco Miguel de Moura. É merecedor de referência o notável trabalho da arquiteta Lourdes Amélia, responsável pelo projeto do auditório, além do apoio técnicoadministrativo da Construtora Jurema. Foto acima, do Auditório “Professor Wilson Brandão”, inaugurado em 23 de agosto de 1997, Lourdes Amélia tendo na mesa dos trabalhos os acadêmicos Francisco Hardi Filho (falecido), Francisco Miguel Arquiteta de Moura (Chico Miguel) e Herculano Moraes da Silva Filho.
Em uma das paredes do auditório, encontram-se fixadas fotografias de todos os integrantes da APL (vivos e falecidos). Cada coluna de fotos representa uma cadeira, figurando, na última foto, o atual acadêmico.
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REFORMA FÍSICA INTERNA, NO ANO DE 2017. Há 20 anos, operou-se a construção do Audiório, ganhando sua Sede a primeira modificação. Passadas duas décadas, o Presidente Nelson Nery, sob a compentente atuação profissional da sua esposa, arquiteta Lavínia Costa, empreendeu, com os parcos recursos disponíveis da Academia, significativa reforma e pintura integral do prédio. Registram-se, neste livro, parte das ampliações executadas, praticamente concluídas, todas objetivando oferecer maior aproveitamento dos espaços existentes. À direita, foto da arquiteta Lavínia Costa.
Na entrada fica a Pinacoteca, com telas de Afrânio Castelo Branco, Dora Parentes e Nonato Oliveira e, escultura do Mestre Expedito, dentre outros, onde antes era o estar da Academia Piauiense de Letras.
A Sala de Fotografias reuniu o acervo da Academia, com os retratos dos seus principais vultos, além de quadro restaurado com os fundadores, em 30 de dezembro de 1917, e de fotos dos principais escritores piauienses.
Fotos atuais da fachada do prédio, com portas e janelas em vidro blindex claro.
A Sala da Assembleia Geral fica integrada com a Galeria dos Patronos e Acadêmicos e também com a Galeria dos Presidentes da Academia Piauiense de Letras.
Na antiga garagem, com vidro blindex claro, foi instaurado o Espaço Bibliográfico, com obras fundamentais da história literária piauiense, bem como a Escada dos Bustos, espaço integrado por cubo de vidro.
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ENDEREÇOS DE FUNCIONAMENTO DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS NO PASSAR DOS 100 ANOS A instituição sempre se manteve fiel a Lucídio Freitas e aos seus nove companheiros fundadores. Funcionou em casas particulares, em prédios oficiais ou alugados pelo governo, viveu sem tostão, aqui e ali auxiliada por governantes prestimosos que lhe publicavam a Revista e obras literárias dos acadêmicos ̶ mas nunca esmoreceu. Vive até os dias de hoje exercendo o seu dever precípuo a cooperação com a vida cultural do Piauí. A Academia reuniu-se, nos primeiros momentos, na sede do Conselho Municipal (Praça Marechal Deodoro) e na residência de acadêmicos, entre os quais Clodoaldo Freitas, tendo, também, por duas vezes, realizado reuniões ordinárias na Congregação da Faculdade de Direito do Piauí. Alguns outros encontros oficiais foram feitos, até meados da década de 1960, também na Congregação da Faculdade de Direito do Piauí. Os acadêmicos Clidenor Freitas Santos, Simplício Mendes e A. Tito Filho tudo tentaram para que a academia conseguisse sua sede própria. Alguns endereços de funcionamento: -Em 1952 ̶ Rua Lizandro Nogueira, 1718; -Em 31 de março de 1974 ̶ Av. Frei Serafim, 2325; -Em data não localizada ̶ Rua Félix Pacheco; -Em 31 de dezembro de 1977 ̶ Rua Coelho de Resende,173-N; -Em 30 de novembro de 1978 ̶ Casa Anísio Brito, no cruzamento das ruas Coelho Rodrigues e Rui Barbosa-Centro; -Em 31 de dezembro de 1979 ̶ Rua Olavo Bilac, 1519; -Em data não localizada ̶ Rua Magalhães Filho; -Em 31 de outubro de 1980 ̶ Rua Areolino de Abreu (antigo número do telefone 222.0088); -Em 12 de maio de 1989 ̶ Av. Miguel Rosa, 3300-S–CEP-64001-490 – e-mail: acadpi@ig.com.br (sede própria). Significativa a doação da sede própria da APL, constituindo motivo de festas espirituais na Casa de Lucídio Freitas, um lugar ao sol perseguido desde a fundação da entidade, em 1917. Doou-se, por lei estadual, sancionada pelo ex-governador Hugo Napoleão do Rêgo Neto, que, assim, liquidava velha dívida da coletividade para com o trabalho dedicado às letras das mais expressivas figuras no passado e daqueles que, no presente, vigilantes, conservam o valioso patrimônio dos que se foram. O governante dotou o prédio de mobiliário moderno e permitiu que servidores capazes, contratados pelo Estado, passassem a dar a necessária assistência à administração acadêmica. Em tudo houve a cooperação permanente do ex-Secretário da Cultura Jesualdo Cavalcanti. Outros administradores, ontem e hoje, ajudaram e ajudam a APL, mas o gesto de Hugo Napoleão se incorporou à história do sodalício, por todos os tempos.
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ATA DE CONSTITUIÇÃO DA APL
Aos trinta dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e dezessete, vigésimo nono da República dos Estados Unidos do Brasil, nesta cidade de Teresina, capital do Estado do Piauí, às nove horas, no salão nobre do Conselho Municipal, praça Marechal Deodoro, presentes os Sr. Higino Cunha, Clodoaldo Freitas, João Pinheiro, Fenelon Ferreira Castelo Branco, Jônathas Baptista, Edison da Paz Cunha, Antônio Chaves, Benedito Aurélio de Freitas, Celso Pinheiro e Lucídio Freitas, foi aberta a sessão, sob a presidência provisória deste último que, depois de explicar o fim da reunião que era criar, como de fato ficou criada, a Academia Piauiense de Letras, determinou que se procedesse à eleição para membros componentes da respectiva Diretoria, Terminada a votação e feita a apuração das cédulas, proclamou o Presidente o seguinte resultado: Presidente, Clodoaldo Freitas; Secretaria Geral, João Pinheiro; 1º Secretário, Fenelon Ferreira Castelo Branco; 2º Secretário, Jônathas Baptista; Tesoureiro, Antônio Chaves; Bibliotecário, Edison da Paz Cunha. Empossada a Diretoria , sob as mais vivas e calorosas manifestações de contentamento, determinou o Sr. Presidente que fosse lidos os projetos de Estatutos e Regimento Interno da Academia, organizados pela Comissão composta dos Srs. Lucídio Freitas, Antônio Chaves e João Pinheiro, sendo relator o primeiro.Terminada a leitura e aprovados com ligeiras emendas, referidos Estatutos e Regimento Interno, determinou , ainda, o Sr Presidente que os acadêmicos escolhessem o seus patronos, os quais foram os seguintes: Clodoaldo Freitas – José Manoel de Freitas; João Pinheiro – Hermínio de Carvalho Castelo Branco; Fenelon Ferreira Castelo Branco – padre Joaquim Sampaio Castelo Branco; Jonathas Baptista – Davi Moreira Caldas; Edison da Paz Cunha – Areolino Antônio de Abreu; Benedito Aurélio Freitas – Teodoro de Carvalho e Silva Castelo Branco ; Higino Cunha – Anísio de Auto de Abreu; Antônio Chaves – José Coriolano de Sousa Lima; Lucídio Freitas – Alcides Freitas, e Celso Pinheiro – Licurgo José Henrique de Paiva.Em seguida , foram propostos e aceitos, por unanimidade de votos, o seguintes senhores: sócios efetivos, Amélia de Freitas Bevilaqua, José Felix Alves Pacheco, Raimundo Zito Batista, Antônio Francisco da Costa e Silva, Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves e Abdias da Costa Neves.Ficou deliberado que a inauguração oficial da Academia Piauiense de Letras teria lugar no dia vinte e quatro de janeiro próximo, data da Independência do Piauí, sendo orador oficial o Sr. Higino Cunha. Para receber os acadêmicos Abdias da Costa Neves e Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves, o Sr Presidente designou, respectivamente, os Srs. Fenelon Ferreira Castelo Branco e Jônathas Baptista. E, como nada mais houve, eu Jonathas Baptista, Segundo Secretário da Academia Piauiense, lavrei a presente ata que, depois de aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente – Clodoaldo Freitas, Presidente.
Nota: os Estatutos e Regimento Interno foram publicados no jornal “O PIAUÍ”, nº109, de 18.08.1918, e nº210, de 22.08.1918, sendo a Ata registrada no cartório do Tabelião Polidoro Massilon da Silva Monteiro, em Teresina-PI.
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SÚMULA HISTÓRICA DA CRIAÇÃO DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS (*) Conforme se evidencia de um local inserto no número 204, da República, de 8 de agosto de 1901, no dia 4 daquele mês, reuniram-se, em casa do autor deste modesto trabalho, ―vários homens de letras, deixando de comparecer outros por motivo de força maior, e resolveram fundar, nesta capital, uma importante associação cujo programa, resumido na ata que em seguida publicamos, muito nos promete em bem do nosso querido Piauí.‖ Eis a ata a que nos referimos: ―Aos quatro dias do mês de agosto de 1901, nesta cidade de Teresina, capital do Piauí, à rua da Glória, casa do Dr. João Pinheiro, reunidos os Srs. Hygino Cunha, Arquelau de Sousa Mendes, Luiz Evandro Teixeira, Domingos Monteiro, João Pinheiro, Antonino Freire da Silva, Clodoaldo Freitas, Manoel Lopes Correia Lima, João José Pinheiro e Fócion Caldas, para o fim de criarem uma sociedade intitulada Academia Piauiense, foi resolvido, por unanimidade de votos, que ficava criada, desde hoje, a referida Academia, para o fim de examinar e emitir parecer sobre temas, problemas e questões da atualidade; acompanhar o movimento intelectual, cientifico e culto, estabelecer palestras e conferências; trabalhar pelo levantamento da instrução, máxime do ensino profissional; publicar obras de seus sócios e tudo fazer pelo desenvolvimento e divulgação das letras piauienses. Assentadas estas bases, ficou resolvido que houvesse outra reunião, no próximo domingo, na mesma hora e lugar, a fim de tratar-se da eleição da mesa provisória, sendo nomeada uma comissão composta dos Srs. Clodoaldo Freitas, Hygino Cunha e
João Pinheiro para, na próxima reunião, apresentarem o projeto dos Estatutos. Nada mais havendo a tratar, encerrou-se a reunião, lavrando-se, de tudo, a presente ata que vai assinada por todos os acadêmicos: Clodoaldo Freitas, Hygino Cunha, Manoel Lopes Correia Lima, Antonino Freire da Silva, Domingos Monteiro, João Pinheiro, Arquelau de Sousa Mendes, João José Pinheiro, Luiz Evandro Teixeira, Fócion Caldas.‖ Não chegou, porém, a realizar-se a outra reunião a que se refere a ata supra. E, conquanto não estivesse de todo extinto ou amortecido, no Estado, o amor das belas letras, fartamente manifestado, aliás, pela criação de vários núcleos ou associações literárias como a Sociedade José Coriolano e os grêmios Esperança, Amarantino, Davi Caldas, Club 12 de Outubro, Bando Romeiros do Futuro e Cenáculo Piauiense de Letras, Sociedade Literária de Fenelon Ferreira Castello Branco, que não chegou a iniciar-se, etc, além de periódicos e revistas conceituadas, como a Pátria, O Tempo, Jornal do Piauí, O Estado, A Luz, O Comércio, O Operário, O Monitor, O Diário do Piauí, Correio de Teresina, O Piauí, O Apóstolo, A Cidade de Teresina, A Alvorada, A Literatura, A Pena, A Cidade Verde, etc., somente dezesseis anos depois, isto é, a 30 de dezembro de 1917, às 09 horas, no salão nobre do Conselho Municipal de Teresina, reuniram-se novamente, sob a iniciativa de Lucídio Freitas, diversos homens de letras do Estado, entre os quais se encontravam alguns que haviam feito parte da criação da Academia Piauiense, como Clodoaldo Freitas, Hygino Cunha e João Pinheiro, os quais, senão por revivência da primitiva ideia, ao menos, ou simplesmente, a
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exemplo do que se vinha realizando em outras capitais de estados da Federação, criaram a Academia Piauiense de Letras, associação literária com sede em Teresina e destinada ao cultivo da língua e desenvolvimento da literatura piauiense, conforme consta da ata inicial, que, em seguida transcrevemos: ―Aos trinta dias do mês de dezembro do ano mil novecentos e dezessete, vigésimo nono da República dos Estados Unidos do Brasil, nesta cidade de Teresina, capital do Estado do Piauí, às nove horas, no salão nobre do Conselho Municipal, Praça Marechal Deodoro, presentes os Srs. Hygino Cunha, Clodoaldo Freitas, João Pinheiro, Fenelon Ferreira Castello Branco, Jônathas Baptista, Edison da Paz Cunha, Antônio Chaves, Benedito Aurélio de Freitas, Celso Pinheiro e Lucídio Freitas, foi aberta a sessão, sob a presidência provisória deste último que, depois de explicar o fim da reunião que era criar, como de fato ficou criada, a Academia Piauiense de Letras, determinou que se procedesse à eleição para membros componentes da respectiva Diretoria. Terminada a votação e feita a apuração das cédulas, proclamou o Presidente o seguinte resultado: Presidente, Clodoaldo Freitas; Secretário Geral, João Pinheiro; 1º Secretário, Fenelon Ferreira Castello Branco; 2º Secretário, Jônathas Baptista; Tesoureiro, Antônio Chaves; Bibliotecário, Edison da Paz Cunha. Empossada a Diretoria, sob as mais vivas e calorosas manifestações de contentamento, determinou o Sr. Presidente que fossem lido os projetos de Estatutos e Regimento Interno da Academia, organizados pela comissão composta dos srs. Lucídio Freitas, Antônio Chaves e João Pinheiro, sendo relator o primeiro. Terminada a leitura e aprovados com ligeiras emendas, referidos Estatutos e Regimento Interno, determinou, ainda, o Sr. Presidente que os
acadêmicos escolhessem os seus patronos os quais foram os seguintes: Clodoaldo Freitas, José Manoel de Freitas, João Pinheiro, Hermínio de Carvalho Castelo Branco, Fenellon Ferreira Castelo Branco, Pe. Joaquim Sampaio Castelo Branco, Jônathas Baptista, Davi Moreira Caldas, Edison da Paz Cunha, Areolino Antônio de Abreu, Benedito Aurélio de Freitas, Teodoro de Carvalho e Silva Castelo Branco, Hygino Cunha, Anísio Auto de Abreu, Antônio Chaves, José Coriolano de Sousa Lima, Lucidio Freitas, Alcides Freitas, Celso Pinheiro e Licurdo José Henrique de Paiva. Em seguida, foram propostos e aceitos, por unanimidade de votos, os seguintes srs., sócios efetivos: Amélia de Freitas Beviláqua, José Felix Alves Pacheco, Raimundo Vitor Batista, Antônio Francisco da Costa e Silva, Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves e Abdias das Costa Neves. Ficou deliberado que a inauguração oficial da Academia Piauiense de Letras teria lugar no dia vinte e quatro de janeiro próximo, data da Independência do Piauí, sendo orador oficial o Sr. Hygino Cunha. Para receber os acadêmicos Abdias da Costa Neves e Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves, o Sr. Presidente designou, respectivamente, os Srs. Fenelon Ferreira Castello branco e Jônathas Baptista. E, como nada mais houve, eu, Jônathas Baptista, 2º secretário da Academia Piauiense, lavrei a presente ata que, depois de aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente,Clodoaldo Freitas, Presidente‖. Registrados, posteriormente, no cartório do tabelião Polidoro Massilon da Silva Monteiro, foram os Estatutos e Regimento Interno publicados no O Piauí, nº 209 e 210, de 18 e 22 de agosto de 1918, ficando, desde logo, constituída a Academia Piauiense de Letras pelos sócios presentes que os subscreveram, e composta de trinta membros perpétuos dos quais vinte, pelos menos, residentes
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no Estado e trinta correspondentes nos outros departamentos da União e estrangeiro. Para preenchimento das vagas que ainda existiam, foram, em diversas sessões subsequentes, deste mesmo ano de 1918, eleitos sócios efetivos os Srs. Luiz de Moraes Correia, Matias Olímpio de Melo, João Crisóstomo da Rocha Cabral, Joaquim Ribeiro Gonçalves, Benedito Nogueira Tapeti, Antônio José da Costa, Benjamin de Moura Batista e Simplício de Sousa Mendes; correspondentes: os Srs. Taumaturgo Sotero Vaz, em Manaus; Tito Franco, Paulo Maranhão e Remigio Fernandez, no Pará; Fran Pacheco, Luiz Carvalho e Henrique José Couto, no Maranhão; Alfredo Castro, Francisco Alves de Lima, Odorico Castelo Branco e Raul Nei da Silva, em Fortaleza; Otávio de Freitas e Esmaragdo de Freitas e Sousa, no Recife; Xavier Marques, na Bahia; Clóvis Beliváqua, Hermes Fontes, Olavo Bilac, Rocha Pombo, Coelho Neto, Laudelino José Batista e José Luiz Batista, no Rio de Janeiro; Vicente de Carvalho, em São Paulo; Alfonsus Guimarães, em Minas Gerais; Lauro Pinheiro, em Mato Grosso, e, aclamado sócio honorário, o Sr. Dr. Rui Barbosa. Mas, como tivessem ocorrido logo no início desses pequenos trabalhos preliminares os falecimentos dos sócios Tito Franco, correspondente; e Benedito Nogueira Tapety, efetivo, sob proposta dos Srs. Jônathas Baptista e Celso Pinheiro, considerado o último daqueles como se tivesse sido empossado, foi declarada vaga a sua cadeira, sendo eleito para substituí-lo o Sr. Cristino Castelo Branco. Em várias outras sessões, solenes, aliás, foram recebidos pelos Srs. Hygino Cunha, Jônathas Baptista, Fenelon Ferreira Castello Branco, Lucídio Freitas e Celso Pinheiro, os Srs. Pedro Brito, Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves, Benjamin de Moura Batista, Simplício de Sousa Mendes e Cristino Castelo Branco, que tiveram por patronos das respectivas cadeiras os Srs. padre Raimundo Alves da Fonseca, Antônio José de Sampaio, Simplício Coelho de
Resende, Gabriel Luiz Ferreira e Antônio Borges Leal Castelo Branco, e fizeram os elogios aos das que ocupavam – padre Joaquim Sampaio Castelo Branco, Alcides Freitas, José Coriolano de Sousa Lima e Anísio Auto de Abreu, os Srs. Fenelon Ferreira Castello Banco, Lucídio Freitas, Antônio Chaves e Hygino Cunha, sendo, posteriormente, publicado em volume o do último, sob o título: Anísio de Abreu, sua obra, sua vida e sua morte. Por essa ocasião, circulava o primeiro número da Revista e, como o Sr. Antônio José da Costa não tivesse ainda tomado posse da cadeira para que havia sido eleito, a Academia, de acordo com o art. 25 do Regimento Interno, declarou-a vaga. Registraram-se, ainda neste ano, a reeleição da Diretoria, bem como da Comissão de Redação da Revista, composta dos Srs. Hygino Cunha, Fenelon Ferreira Castello Branco e João Pinheiro, e uma sessão solene, comemorativa do primeiro aniversario de fundação da Academia, em 30 de dezembro, na qual o 1º secretário, o Sr. Fenelon Ferreira Castello Branco, leu a Memória Histórica da Academia, durante o ano de 1918. Inesperadamente, porém, o Sr. Clodoaldo Freitas renunciou ao cargo de presidente da Academia para que havia sido reeleito pouco antes. E, como resultassem improfícuos todos os recursos empregados por uma comissão de acadêmicos designada especialmente para dissuadi-lo do seu intuito, em sessão ordinária de 4 de abril, sob a presidência do secretario-geral, Sr. João Pinheiro, presentes os Srs. Fenelon Ferreira Castello Branco, Benjamin de Moura Batista, Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves,Celso Pinheiro, Antônio Chaves, Hygino Cunha, Cristino Castelo Branco, Pedro Brito e Simplício de Sousa Mendes, foi declarado vago aquele cargo, sendo procedida a respectiva eleição, eleito para ocupá-lo o Sr. Hygino Cunha, que foi, imediatamente, empossado.
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Em 7 e 24 de junho, respectivamente, faleciam em Porto Murtinho, do Estado de Mato Grosso, e Rio de Janeiro, os sócios Sr. Lauro Pinheiro correspondente, e Sr. Joaquim Ribeiro Gonçalves – efetivo; sendo, em 15 de dezembro, reeleita a Diretoria que deveria servir em 1920. Reduzida, de um modo assaz sensível, neste ano, a atividade da Academia limitou-se, além da publicação de mais um número de sua Revista, às eleições do sócio efetivo Sr. Elias de Oliveira e Silva, e da Diretoria, sendo ainda reeleita esta, com exceção dos cargos de 2º secretário e bibliotecário, para que foram eleitos os Srs. Benjamin de Moura Batista e Cristino Castelo Branco, ficando constituída a Comissão de Redação da Revista,os Srs. Cristino Castelo Branco, Celso Pinheiro e Matias Olímpio de Melo. No ano subsequente, de 1921, porém, já mais eficiente, a Academia pôde realizar várias sessões em que foram eleitos sócios efetivos os Srs. Antônio Ribeiro Gonçalves, o qual preencheria a vaga aberta pelo falecimento do Sr. Joaquim Ribeiro Gonçalves, que passaria a patrono da própria cadeira para que havia sido eleito; Armando Madeira, José de Arimátéa Tito, Odilo de Moura Costa, Pedro Borges da Silva e Antônio Bona, sendo, respectivamente, recebidos pelos Srs. Hygino Cunha, Fenelon Ferreira Castello Branco, Matias Olímpio de Melo e Celso Pinheiro; os Srs. Matias Olímpio de Melo e Odilo de Moura Costa, Pedro Borges da Silva e Elias de Oliveira e Silva, que haviam escolhido para patronos das cadeiras que iam ocupar os Srs. Álvaro de Assis Osório Mendes, Raimundo de Areia Leão, Alcides Freitas e a poetisa Luisa Amélia de Queiroz Brandão. De acordo com o art. 24 do Regimento Interno, o Sr. Luiz de Moraes Correia, que residia fora do Estado, empossou-se, também, da cadeira para que fora eleito, enviando, com a necessária declaração à Mesa, o elogio do patrono da mesma, Sr. Miguel de Sousa Borges Leal Castelo Branco, que foi lido, em
sessão solene, pelo Sr. Fenelon Ferreira Castello Branco. Essa sessão percebeu apenas, com pequeno intervalo, o falecimento do sócio correspondente Sr. Odorico Castelo Branco, ocorrido em Fortaleza, logo no dia seguinte, e os dos fundadorese correspondentes Sr. Lucídio Freitas e Taumaturgo Sotero Vaz, ocorridos, também, respectivamente, em 14 e 19 de maio, em Teresina e Manaus. E uma outra sessão, aliás, extraordinária, efetuada em casa do Sr. Antônio Chaves, realizou-se, ainda pelo Sr. Hygino Cunha, a recepção do Sr. Abdias da Costa Neves, a qual, apesar de organizada sob a alegação de próxima viagem do empossado, não deixou de ser arguida de irregular, ocasionando, além de larga discussão entre os acadêmicos presentes, que o Sr. Matias Olímpio de Melo propusesse que se consignasse na ata a declaração de que a cerimônia daquele dia fosse considerada como excepcional, não estabelecendo precedente, e que, daquela data em diante, todas as recepções deveriam revestir-se do maior esplendor, como as anteriores. Pela Lei n° 1002, de 4 de julho de 1921, sancionada pelo governador, Dr. João Luiz Ferreira, foi considerada a Academia Piauiense de Letras instituição de utilidade pública, concessão que, aliás não logrou obter do governo federal, apesar dos melhores esforços posteriormente empregados pelo senador marechal Pires Ferreira, porquanto não teve prosseguimento, na Câmara Federal, o parecer n. 707/1923, que lhe outorgara e, no dia 11 de novembro do mesmo ano, havia sido enviado àquela Câmara. Registra-se, nesse ano também, o significativo gesto do mesmo governador do Estado, Dr. João Luiz Ferreira, consignando na mensagem que apresentou à Câmara Legislativa, em 1º de junho, o empenho
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que tinha em acrescentar a um prédio destinado ao Liceu e à Escola Normal, que então se construía em Teresina, mais um pavimento em que fosse condignamente instalada, entre outros institutos, igualmente mencionados, a Academia Piauiense de Letras, o que, aliás, não se realizou; e a solenidade da visita de intelectual maranhense, o Sr. Antônio Lopes da Cunha, quando, presente grande número de acadêmicos, trocaram-se os mais vivos e significativos protestos de mútua cordialidade. Reunida em sessão extraordinária, neste ano ainda, por solicitação telegráfica do Sr. Raimundo Zito Batista, para tratar de sua contribuição à Antologia Brasileira, vultuoso trabalho que, contendo produções de homens de letras de todo o país, projetava-se publicar no Rio de Janeiro, por ocasião da comemoração do centenário da independência nacional, a Academia resolveu aquiescer àquela solicitação, designando o Sr. João Pinheiro para escrever a resenha histórica da literatura piauiense, e uma comissão composta dos Srs. Fenelon Ferreira Castello Branco, Elias de Oliveira e Silva e Jônathas Baptista para encarregar-se da aquisição e remessa das produções destinadas àquela publicação. E, por último, em sessão ordinária de 26 de dezembro, reelegeu a Diretoria e elegeu as comissões de Redação da Revista, de Publicações e Bibliografia, constituídas, a primeira, pelos Srs. João Pinheiro, Pedro Borges da Silva, Fenelon Ferreira Castello Branco; a segunda, pelos Srs. Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves, Celso Pinheiro e Cristino Castelo Branco, e a terceira, pelos Srs. Matias Olímpio de Melo, Hygino Cunha e Odilo de Moura Costa. Além dessas, duas outras para se encarregarem, uma da confecção da bandeira, escudo e hino piauienses, e outra de solicitar o concurso do governador do Estado para a publicação do número especial da Revista, comemorativa do primeiro centenário da independência nacional, respectivamente compostas a primeira dos Srs. Matias Olímpio de Melo, Jônathas
Baptista e Fenelon Ferreira Castello Branco e a segunda dos Srs. Matias Olímpio de Melo, Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves, Benjamim de Moura Batista, Odilo de Moura Costa e Fenelon Ferreira Castello Branco. Nessa mesma sessão foram eleitos ainda sócios correspondentes, em São Paulo e Alagoas, os Srs. Monteiro Lobato e Carlos Garrido, realizando a Academia, no ano imediato, além da publicação de um número especial da Revista, comemorativa do primeiro centenário da independência nacional, a que já nos referimos, apenas três sessões em que se efetuaram a recepção, pelo Sr. Hygino Cunha, do Sr. Antônio Ribeiro Gonçalves, a deliberação de que, para se fazer representar nas festas comemorativas do próximo centenário da adesão do Piauí à independência nacional, a Academia realizaria uma sessão solene em que o orador oficial, Sr. Simplício de Sousa Mendes, falaria sobre o assunto, e, por último, procedeu-se a eleição da Diretoria que deveria servir no ano de 1923, sendo ainda reeleita a do anterior e respectiva comissão de Redação da Revista. Sucederam-se, pelos Srs. Simplício de Sousa Mendes e Cristino Castello Branco, em sessões solenes de 24 e 25 de janeiro de 1923, as recepções dos Srs. José de Arimatéia Tito e Antônio Francisco da Costa e Silva, de cujas cadeiras foram patronos os Srs. Gregório Taumaturgo de Azevedo e padre Leopoldo Damasceno Ferreira. Pouco depois, em 1º de março, ocorria o falecimento do sócio honorário Dr. Rui Barbosa. E, aquiescendo ao convite que lhe enviara a comissão caxiense, promotora de festas comemorativas ao centenário da independência do Maranhão e do aniversário do nascimento do poeta Antônio Gonçalves Dias, a Academia, em sessão ordinária de 19 de julho, delegou poderes ao Dr. Eleazar Campos, para representá-la naqueles atos cívicos,
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comprometendo-se a realizar, em Teresina, uma sessão solene, em que o presidente, Sr. Hygino Cunha faria o panegírico daquele poeta. De acordo com o art. 24, do Regimento Interno, em sessão ordinária de 28 de dezembro, depois da leitura da Memória Histórica relativa ao período de 14 de julho de 1922 até aquela data, procedida pelo 1º secretário, Sr. Fenelon Ferreira Castello Branco foi declarado empossado da cadeira, para que fora eleito, o Sr. Jonas Fontenele da Silva que, por não poder comparecer ao ato, mandara para ser lido pelo mesmo Sr. Fenelon Ferreira Castello Branco o elogiodo respectivo patrono de sua cadeira, Jonas de Morais Correia. Procedeu-se, ainda nessa sessão, a eleição da Diretoria que deveria servir no seguinte ano de 1924, sendo eleitos os Srs. Matias Olimpio de Melo, Presidente; Odilo de Moura Costa, secretário-geral; Fenelon Ferreira Castello Branco, 1º secretário; Simplício de Sousa Mendes, 2º secretário; Pedro Borges da Silva, tesoureiro; Jônathas Baptista, bibliotecário; e Hygino Cunha, João Pinheiro e Cristino Castello Branco para a Comissão de Redação da Revista. Em 29 de junho, ocorria, em Teresina, o falecimento do Sr. Clodoaldo Freitas, sócio-fundador e primeiro presidente da Academia, a qual, em sessão solene de 29 de julho, 30º dia do seu traspasse, prestou-lhe as homenagens de estilo, proferindo, por essa ocasião, notável discurso, o orador oficial, Sr. Hygino Cunha. E, em sessão solene de 14 de outubro, efetuarase, pelo Sr. Cristino Castello Branco, a recepção do Sr. Armando Madeira, que teve por patrono de sua cadeira o Sr. Honório Portela Parentes, procedendose em 14 de dezembro a eleição dos sócios efetivos, em substituição ao Sr. Clodoaldo Freitas, para que foi eleito o Pe. Cirilo Chaves Soares, cuja recepção, pelos
Srs. Jônathas Baptista, efetuou-se logo em começo do ano subsequente, e correspondente, em Bordéus e Rio de Janeiro, os Srs. Teodoro Ribeiro Junior, cônsul brasileiro e Raimundo Antônio da Paz. Em seguida, nessa mesma sessão, propôs o Sr. Hygino Cunha a reforma dos Estatutos, que, sendo aprovada a mesma, nomeada pelo Sr. Presidente uma comissão composta dos Srs. Matias Olímpio de Melo, Odilo de Moura Costa e Elias Oliveira e Silva para apresentar o respectivo projeto. Decorrido um pequeno período de pouco mais de dois meses apenas, em 27 de fevereiro de 1925, falecia, na cidade de União, o sócio fundador e 1º secretário, Sr. Fenelon Ferreira Castello Branco, tendo a Academia, para homenageá-lo, realizado, em 29 de março, uma sessão solene em que lhe fizeram o respectivo panegírico, em discursos consecutivos, os Srs. Pedro Borges da Silva, Antônio Chaves e Benjamin de Moura Batista. Para substituí-lo, foi eleito o Sr. Cromwell Barbosa de Carvalho, cuja recepção, pelo Sr. Cristino Castelo Branco, efetuou-se em sessão solene de 7 de setembro, registrando-se com pouca demora, em 20 de outubro do ano imediato, o falecimento, no Rio de Janeiro, do sócio efetivo Sr. Raimundo Zito Batista, que teve por substituto o Sr. José Pires Rebelo. Poucos meses depois, em sessão especial de 11 de maio de 1927, realizava-se, no edifício da Escola Normal, a recepção do notável homem de letras Sr. Leonardo Mota, na qual o Sr. Hygino Cunha, orador oficial, proferiu brilhante discurso de saudação à ele e fizeram-se ouvir também os Srs. padre Cirilo Chaves Soares, Antônio Chaves que recitou diversas poesias de sua autoria, e, agradecendo a gentileza de que fora alvo, o Sr. Leonardo Mota, que foi, em seguida, sob proposta do Sr. Hygino Cunha, aclamado sócio honorário da Academia.
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Em 1928 abriram-se ainda vários claros na fileiras acadêmicas com os falecimentos do sócio correspondente Sr. Raul Nei da Silva e dos efetivos Srs. Abdias da Costa Neves e Antônio Ribeiro Gonçalves, ocorridos em Baturité (Ceará), Teresina e Rio de Janeiro, em 12 de maio, 28 de agosto e 24 de setembro, sendo eleitos para substituir os dois últimos os Srs. Benedito Martins Napoleão do Rêgo e Gonçalo de Castro Cavalcanti. Para sócios correspondentes, em Sergipe e São Paulo, foram, igualmente, eleitos os Srs. Epifânio da Fonseca Dória e Breno Pinheiro e, para a Diretoria, que deveria servir no ano imediato, os Srs. Hygino Cunha, presidente; João Pinheiro, secretário-geral; Cristino Castelo Branco, 1º secretário; Celso Pinheiro, 2º secretário; Cromwell Barbosa de Carvalho, tesoureiro, e Simplício de Sousa Mendes, bibliotecário. Em sessão especial de recepção do ilustre intelectual Sr. Pascoal Carlos Mágno, novo sócio correspondente da Academia, no Rio de Janeiro, realizada em 19 de junho de 1929, no edifício da Câmara Legislativa, perante numerosa assistência, o presidente, Sr. Hygino Cunha, ao iniciá-la, congratulou-se com esta pela presença daquele brilhante poeta e escritor carioca, o qual, depois da saudação que lhe foi dirigida pelo orador oficial, Sr. Benedito Martins Napoleão do Rêgo, agradeceu, reconhecido, aquela distinção, passando, imediatamente, à leitura do seu trabalho – O Elogio de Raul de Leoni, poeta petropolitano falecido aos vinte e dois anos de idade, e à recitação de versos de sua autoria. Em seguimento, nesse ano, a Academia realizou apenas uma sessão ordinária, em 24 de dezembro, na qual reelegeu aquela Diretoria e, entre outras deliberações, resolveu iniciar uma série de conferências literárias e científicas, devendo a primeira ser efetuada a 2 de fevereiro, pelo Sr. Elias
de Oliveira e Silva, e a segunda, a 24 do mesmo mês, pelo Sr. Simplício de Sousa Mendes. Ocupando-se, também, da questão vertente da reforma ortográfica, nomeou, para manifestar-se sobre o assunto, uma comissão composta dos Srs. Simplício de Sousa Mendes, Elias de Oliveira e Silva e João Pinheiro. Conforme ficara combinado, em sessão solene de posse da Diretoria, realizada em 2 de fevereiro de 1930, o Sr. Elias de Oliveira e Silva fez uma conferência sob o sugestivo tema ―O Prestígio do Mal‖, sendo também recebidos em visita especial, na mesma ocasião, os jovens aedos Raimundo de Moura Rêgo, Odilo Costa Filho e Rui de Meneses Maranhão, sobre cujos livros de versos, submetidos à apreciação da Academia, foram lidos pelo Sr. Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves os pareceres emitidos pelos Srs. João Pinheiro, Odilo de Moura Costa e Matias Olímpio de Melo. Em sessão especial da Associação Piauiense de Imprensa, realizada no edifício da Escola Normal, em 3 de setembro de 1933, para homenagear a memória do Sr Abdias da Costa Neves, o Sr. Benedito Martins Napoleão do Rêgo leu um estudo crítico à obra daquele notável polígrafo que registraria a sua recepção na Academia Piauiense de Letras. A seguir, quase um ano depois, em 13 de outubro de 1934, ocorria, em Fortaleza, o falecimento do Sr. Luiz de Morais Correia, e realizava-se uma pequena reunião de acadêmicos, no salão nobre da Faculdade de Direito, em 3 de janeiro de 1935, para providenciar sobre a recepção dos Srs. Clóvis Beviláqua e Amélia de Freitas Beviláqua, por ocasião de uma visita que, quando em passeio a Fortaleza, projetavam fazer a Teresina, o que, aliás, não realizaram.
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Nesse mesmo ano, em 24 de março, era a Academia filiada à Federação das Academias de Letras do Brasil e, em 15 de abril e 6 de dezembro, sofria novas baixas, com os falecimentos dos sócios efetivos José Félix Alves Pacheco e fundador Jônathas Baptista, no Rio de Janeiro e São Paulo, onde residiam. Em 1936, a Academia fazia-se representar no Congresso das Academias de Letras e Sociedades de Cultura Literária do Brasil, que se realizou no Rio de Janeiro, de 3 a 16 de maio, pelo Sr. João Crisóstomo da Rocha Cabral. Pouco antes, no dia 21 de abril, faleceu naquela cidade o sócio efetivo padre Cirilo Chaves Soares. Logo em começo de 1937, nas sessões ordinárias de 16 de janeiro e 17 de fevereiro, procedeu-se às eleições da Diretoria e respectivas comissões de Bibliografia, Redação da Revista e Publicações, que deveriam servir nesse ano, e de sócios efetivos para as diversas vagas dos ultimamente falecidos, sendo ainda reeleita a primeira, com exceção dos cargos de 1º secretário e bibliotecário, para que foram eleitos os Srs. Benedito Martins Napoleão do Rêgo e Cristino Castelo Branco; eleitos para a segunda, os Srs. Simplício de Sousa Mendes, Antônio Chaves e Pedro Borges da Silva; para a terceira, os Srs. Hygino Cunha, João Pinheiro e Cristino Castelo Branco; para a quarta, os Srs. José de Arimatéa Tito, Benjamin de Moura Batista e Édison da Paz Cunha e para preenchimento das vagas a que já nos referimos, pela respectiva sequência, os Srs. José Pires de Lima Rebelo, José Burlamaqui Auto de Abreu, Mário José Batista e Esmaragdo de Freitas e Sousa, sendo, com pequeno intervalo, recebidos o primeiro e terceiro pelos Srs. Edison da Paz Cunha e Benedito Martins Napoleão do Rêgo.
A Lei nº. 131 de 9 de julho de 1937, sancionada pelo interventor federal Dr. Leônidas de Castro Melo, concedeu o subsídio de R$ 5:000$000 à Academia Piauiense de Letras, nos seguintes termos: ―Art. 1º O Estado contribuirá com o subsídio de R$ 5:000$000 por ano, para ocorrer às despesas da Academia Piauiense de Letras, especialmente com a publicação da sua Revista e de obras avulsas dos seus membros efetivos e de quaisquer piauienses vivos ou mortos de reconhecido valor nas ciências, artes e letras. § 1º - A sobra dessa quantia, se houver, será aplicada à formação de um pecúlio destinado à aquisição de um aposento para sua sede. § 2º - Fica aberto, na Diretoria da Fazenda, o crédito necessário à execução da presente lei. § 3º - A subvenção do corrente ano será paga, integralmente, a requerimento do Presidente da instituição, revogadas as disposições em contrário.‖ O projeto dessa lei, apresentado pelo deputado José Burlamaqui Auto de Abreu, foi precedido da seguinte justificação: ―A Academia Piauiense de Letras, considerada de utilidade pública pela Lei Estadual n. 1002, já gozou dotação orçamentária em diversos quadriênios passados‖. Essa instituição tem dado dentro e fora do Estado, testemunho do valor mental da sociedade piauiense, pela tiragem de sua excelente Revista, pelas suas sessões solenes, pelo contato direto com as sociedades culturais do País, especialmente pela sua recente filiação à Federação das Academias de Letras do Brasil com sede no Distrito Federal. É óbvio, pois, que a Academia Piauiense de Letras precisa do auxílio monetário do Estado para
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levar por diante os seus objetivos ao nível das sociedades congêneres de outros Estados brasileiros. Assim sendo e considerando que tem sido prática constante e universal em todos os países cultos e progressistas em favor dos trabalhadores intelectuais nas Ciências, Artes e Letra como índice da cultura social de povos em busca de melhores dias nos convívios da civilização, resolvemos apresentar à douta e patriótica deliberação da Assembleia Legislativa do Estado, o presente projeto de lei. ―Sala das Sessões da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, em Teresina, 17 de junho de 1937. aa) José Auto de Abreu, Jonas Correia, Teodoro Sobral, Enoc Cícero e Silva, José Mendes, Felinto do Rêgo Monteiro, Lino Correia Lima, Jarbas Martins, Elói Portela Nunes, Nelson Coelho de Resende, Gregório Ferreira Passos, Aarão Parentes, Juvêncio de Carvalho, José Emilio Falcão Costa, Anfrísio Lobão Veras Filho‖. Nesse ano ocorreram ainda duas sessões ordinárias. A primeira em 16 de outubro, na qual ficou deliberado que a data da fundação da Academia seria comemorada em 30 dezembro próximo, quando passaria o seu vigésimo ano de atividade, designando-se uma comissão composta dos Srs. José de Arimatéia Tito, Celso Pinheiro e Benedito Martins Napoleão do Rêgo para organizar o programa daquela comemoração que se deveria revestir de grande solenidade; sob proposta do Sr. Cristino Castelo Branco unanimemente aceita, ficou também assentada a publicação da Biblioteca Acadêmica, que se iniciaria com a edição de um livro de poesias do Sr. Celso Pinheiro, e, por último, foram eleitos sócios correspondentes no Rio de Janeiro, os Srs. Berilo Neves, Odilo Costa Filho e Antônio Martins Castelo Branco. E a segunda, em 15 de dezembro, em que foram eleitos sócio efetivo para preencher a vaga aberta pelo falecimento do Sr. Benedito Aurélio de Freitas, decorrido em Teresina, em 16 de abril, o Sr. Alarico da Cunha, e correspondentes no Rio de
Janeiro, os Srs. Antônio Bugija Brito, Antônio José de Almeida Rodrigues, José Leão Padilha e Leopoldo da Paz Cunha, bem como em São Paulo, os Srs. Constantino de Moura Batista e Marques da Cruz, resolvendo, ainda, a Academia que a comemoração da passagem do vigésimo aniversário da sua fundação constaria de uma sessão em que o presidente, o Sr. Hygino Cunha, dissertaria a respeito da história da Academia com um retrospecto de suas atividades intelectuais no meio piauiense e importância de sua missão cultural, e o Sr. Celso Pinheiro faria o elogio do patrono de sua cadeira – o Sr. Licurgo José Henrique de Paiva. No ano seguinte de 1938, em 22 de fevereiro, falecia, em Teresina, o Sr. Antônio Chaves, sendo, em sessões – ordinária de 20 de junho, eleito, para substituí-lo, o Sr. Breno Pinheiro, e solene, de 23 do mesmo mês, recebido pelo Sr. José Pires de Lima Rebelo, o Sr. Alarico Cunha. Um ano depois, em 1939, dava-se a adesão da Academia ao 2º Congresso das Academias de Letras do Brasil, organizado pela Federação das mesmas Academias e realizado de 21 de junho a 5 de julho daquele ano, em que se fez representar pelo Sr. Cristino Castelo Branco. E, em breve lapso de meses apenas, registravamse em Parnaíba e Teresina, em 15 de janeiro e 10 de maio de 1940, os falecimentos dos sócios efetivos Srs. José Pires de Lima Rebelo e Benjamin de Moura Batista, tendo sido eleito, para substituir o primeiro, em sessão especial de 24 de maio, o Sr. Júlio Antônio Martins Vieira. Prevalecendo-se da oportunidade, nessa mesma sessão, o presidente, Sr. Hygino Cunha, em rápidas frases, referiu-se ao grande período de desfalecimento porque passara a Academia em anos anteriores, ao seu reerguimento, às suas atividades consecutivas, à publicação de sua Revista e, por último, consignando, reconhecido, o apoio moral e
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material que lhe tinha prestado o digno interventor federal, Dr. Leônidas de Castro Melo, passou a outros assuntos que, aliás, muito intimamente se relacionavam com aqueles que vinha referir-se, como fossem a reforma dos Estatutos, que urgia atualizar, e a aquisição de um prédio para a sede definitiva daquela associação. Sob a proposta do Sr. Mário José Batista, unanimemente aceita, foi ainda reeleita a Diretoria, com exceção apenas do cargo de bibliotecário, vago pela ausência do Sr. Crisitino Castelo Branco, para que foi eleito o Sr. Matias Olimpio de Melo, sendo também eleitos os Srs. Hygino Cunha, João Pinheiro e Simplício de Sousa Mendes para a Comissão de Redação da Revista, e Matias Olímpio de Melo, José de Arimatéia Tito e Cromwell Barbosa de Carvalho para a de reforma dos Estatutos. Por conta dos créditos abertos no Ministério de Educação e Saúde, pelos Decretos-lei nº 2204 e 2334, de 17 de maio e 22 de junho de 1940, distribuídos à Delegacia Fiscal em Teresina pela Diretoria da Despesa, conforme as ordens nºs 86 e 98, de 26 de junho e 13 de agosto do mesmo ano, foi paga ao Presidente, Sr. Hygino Cunha, a quantia de R$ 4:000$000, importância total das subvenções anuais de R$ 2:000$000, concedidas a Academia nos anos de 1939 e 1940. Prosseguindo, em sessão ordinária de 27 de agosto de 1940, procedeu-se à eleição para preenchimento da vaga do Sr. Benjamin de Moura Batista, mas, como concorressem dois candidatos, os Srs. Álvaro Alves Ferreira e Maria Izabel Gonçalves de Vilhena, e não houvesse dois terços de votos, de acordo com o art. 18,§ 4º, do Regimento Interno, foi adiada a eleição para o dia 27 do mês seguinte. Nessa mesma sessão, foram eleitos sócios correspondentes, no Rio de Janeiro, os Srs. Barbosa Lima Sobrinho, Múcio Leão e Ribeiro Couto.
E, na subsequente, ordinária também, presentes os Srs. Hygino Cunha, João Pinheiro, Benedito Martins Napoleão do Rêgo, Celso Pinheiro, Cromwell Barbosa de Carvalho, Matias Olímpio de Melo, José de Arimatéa Tito, Mário José Melo, Pedro Brito e Júlio Antônio Martins Vieira, sócio recentemente eleito e ainda não empossado. Lida a ata da sessão anterior, foi apresentado, em primeiro lugar, o anteprojeto da reforma dos Estatutos, elaborado pela comissão anteriormente nomeada, de que foi relator o Sr. José de Arimatéa Tito, o qual, posto em discussão, sofreu uma emenda que foi aprovada. A seguir, propuseram diversos acadêmicos que se procedesse à eleição, que se ia realizar, de acordo com aquele anteprojeto, ao que se opôs o Sr. presidente, ponderando que o documento, adredemente preparado e apenas submetido à apreciação dos sócios presentes naquela mesma sessão, não representava mais que um simples esboço de projeto que não havia ainda passado por todos os trâmites legais, pelo que era visceralmente nulo para os fins a que se propunha ou o que queriam aplicar: a substituição dos Estatutos, para cuja reforma seria preciso o voto expresso de dois terços dos membros da Academia. Mas já ninguém lhe atendia. E, por tal forma se excitaram os partidários daquela ideia que, ―não podendo restabelecer a ordem, em vista da anarquia e tumulto reinantes, levantou-se e retirou-se do recinto o presidente, Sr. Hygino Cunha, como um protesto contra tal aberração das boas normas da convivência social‖. Acompanharam este gesto de dignidade o Sr. João Pinheiro, secretário-geral, e o Sr. Cromwell Barbosa de Carvalho, tesoureiro, que só voltou ao recinto para fazer uma declaração de voto. Dado o assalto-relâmpago, aprovaram em bloco o anteprojeto que puseram, imediatamente, em prática, elegendo o seu candidato, distribuindo os votos a seu bel prazer, num pandemônio infernal. Como lambujens, deram posse ao último candidato eleito, residente em Teresina, dispensando a sessão
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solene, regalia de que só gozam os ausentes do Estado, abrindo assim um precedente para aliviar o ônus da exibição em público, atestado patente contra a própria existência da Academia. Em vista do exposto, que é a expressão da verdade, não pode prevalecer o tumulto e anarquia contra a ordem legal, moral e jurídica. Por isso, usando da minha autoridade como presidente da Academia, declaro que continua vaga a cadeira de Benjamin Batista, sobre cujo preenchimento, bem como sobre a reforma dos Estatutos, providenciarei oportunamente.‖ São estes, em síntese, os fatos que desejávamos mencionar. São simples, insignificantes, destituídos de quaisquer interesses que possam, sequer, por um momento, reter a atenção, ao menos, de quem, por ventura preocupe-se com trabalhos semelhantes, mas não devem, por isso, ser omitidos tampouco deixados de ser tomados na devida consideração, porque, em verdade, fixam acontecimentos que centralizam toda a pequena história da Academia e, como facilmente se evidenciará, não deixaram de, profundamente, influenciar sobre as estranhas contingências e adaptação, desenvolvimentos e exíguas pos-sibilidades de êxito desta, bem como sobre o adstrito empirismo de suas próprias ações. E, conquanto, igualmente, recordem largas fases de apatia e assustadora estagnação porque tem ela passado, especialmente dos anos de 1925 a 1937, lembram, do mesmo modo, a sua atuação no meio cultural de que tem, sido incontestavelmente, um dos mais destacados elementos e formação, nunca deixando de manifestar-se, embora, parca, eficiente, quer pela tiragem de sua Revista, magnífico órgão de publicidade, feita com mais ou menos regularidade desde a sua fundação, quer pela publicação de vários outros trabalhos acadêmicos, como Poesias, de Celso Pinheiro, Poemas da Terra Selvagem, de Benedito Martins Napoleão do Rego, A Academia Piauiense de
Letras, de João Pinheiro, cujas despesas, aliás, elevadas custeou às próprias expensas e, por último, de um volume de versos – Seara Humilde, da poetisa Maria Isabel Gonçalves de Vilhena, ̶ cuja edição, por conta do Estado, também pleiteou junto ao Sr. Interventor Federal. Mas não ficou por aí. ―Fitando a trajetória cintilante da Academia Brasileira de Letras – centro de irradiação e estímulo às demais associações de intelectuais, as Academias dos Estados, num movimento de ampla repercussão, resolveram associar-se em confederação de intercâmbio cultural, lançando, em apoio da feliz iniciativa, a Revista das Academias de Letras, que transpôs, para logo, vitoriosamente, as fronteiras nacionais. Ligada às esferas desse grande surto, a Academia Piauiense, representada na sede da Confederação por dois de seus mais ilustres consócios, os Srs. João Crisóstomo da Rocha Cabral e Cristino Castelo Branco, vem dando de si um belo movimento de reforçamento da unidade intelectual do país, acentuando, cada vez mais, através da Revista que mantém e dos livros isolados de seus associados, as virtudes da inteligência piauiense, que as vicissitudes da vida pública e privada não conseguiram abater. Os nossos imortais, amparados moral e materialmente pelo interventor federal, o mecenas das letras piauienses, lançaram-se ao trabalho e, sucessivamente, quatro livros foram dados à publicidade. João Pinheiro abre a série com a sua Literatura Piauiense, recebida, magnificamente, pela crítica nacional. Logo depois, seu irmão Celso Pinheiro, o poeta mais empolgante, mais sugestivo do norte do Brasil, no dizer autorizado de Nascimento Morais, publica Poesias, que fez vibrar nos corações a corda que o utilitarismo não pôde jamais emudecer.
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O Dr. Hygino Cunha, primus inter pares dos prosadores coestaduanos, vem à fala com as suas Memórias, apedrejadas pelos que lhe não vão à missa de incrédulo, mas amplamente louvadas pelos homens de sentimentos libertos de certos preconceitos sociais. Aos oitenta e três anos de idade e de sofrimentos, o presidente da Academia Piauiense de Letras, firme em suas convicções filosóficas, não pôde ou não quis dizer, em suas Memórias, como Chateaubriand, em idênticas condições: ―Não me resta senão sentar-me à borda da minha fossa; depois do que, descerei atrevidamente, com o crucifixo na mão para a eternidade‖. É que o Mestre, segundo reafirma em seu último livro, ao contrário do autor de Gênio do Cristianismo, não usa crucifixo e teima em não acreditar na eternidade, ou seja na imortalidade da alma. Agora chegou a vez de um ou outro luzeiro da Academia, Martins Napoleão, poeta, orador, jornalista e filósofo. O seu livro, Poema da Terra Selvagem, que nos chegou às mãos com gentil dedicatória, marcará época e, certamente, terá a recepção que merece o trabalho de arte de um engenho privilegiado. Cantando o Brasil, sua terra e sua gente, Martins Napoleão o faz em versos sonoros, movimentados e cheios de uma comunicativa vibratilidade.
Através do expediente de próprio punho o 1° Secretário, acadêmico Fenelon Ferreira Castello Branco, fez, em 06 de janeiro de 1918, a devida comunicação ao Senhor Secretário de Governo do Estado do Piauí, de haver sido fundada a Academia Piauiense de Letras.
Poemas da Terra Selvagem, para a glória da Academia e do Piauí, resistirá ao tempo (Diário Oficial, nº 231, de 14 de outubro de 1940) É o que, num expressivo local do Diário Oficial, consigna um dos mais distintos jornalistas piauienses, o Sr. Artur Passos, diretor daquele jornal.‖ (*) Matéria publicada, no ano 2000, na Revista da APL, número 58, ano LXXXIII, de autoria de João Pinheiro que foi o primeiro ocupante da cadeira n° 02, tendo sido um dos fundadores da Academia Piauiense de Letras.
Missiva de Olavo Bilac, em 1918, dirigida à APL.
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LEI ESTADUAL QUE CONSIDERA A ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA (Mantida a grafia original)
―Lei n. 1002 Promulgada em 4 de julho de 1921 A ―Sociedade Auxiliadora da Instrucção‖, a ―Academia Piauhyense de Letras‖ e o ―Instituto Histórico e Geographico Piauhyense‖ que têm séde nesta capital, são instituições consideradas de utilidade pública. O Dr. João Luiz Ferreira, Governador do Estado do Piauhy Faço saber a todos os seus habitantes que a Camara decreta e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1º - A ―Sociedade Auxilidadora da Instrução‖, a ―Academia Piauhyense de Letras‖ e o ―Insituto Histórico e Geographico Piauhyense‖, que têm sede nesta capital, são instituições consideradas de utilidade pública. Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário. Publique-se e cumpra-se como lei do Estado. O Secretário de Estado do Governo assim o faça executar. Palácio do Governo, do Estado do Piauhy, em Theresina, 4 de julho de 1921; 33 da República. JOÃO LUIZ FERREIRA Pedro Borges da Silva Sellada, numerada e promulgada a presente lei nesta Secretaria de Governo do Estado do Piauhy, aos 4 dias do mez de julho de 1921. O chefe do expediente Justino B. de Carvalho‖
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LEI MUNICIPAL QUE DECLARA A ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA
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HISTÓRICO DOS ESTATUTOS E REGIMENTO INTERNO Aprovaram-se o primeiro Estatuto e Regimento Interno da Academia Piauiense de Letras, na sessão de 30 de dezembro de 1917, assinados por Lucídio Freitas, João Pinheiro, Antônio Chaves, Celso Pinheiro, Édison Cunha, Benedito Aurélio de Freitas, Clodoaldo Freitas, Fenelon Ferreira Castello Branco, Hygino Cunha e Jônathas Baptista, membros fundadores da instituição que se fundava na mesma data. Foi registrado no Cartório do Tabelião Polidoro Massilon da Silva Monteiro, em Teresina, e publicado no jornal ―O Piauí‖, nº 109, de 18.08.1918, e nº 210, de 22.08.1918. Em 1940, a Assembleia Geral aprovou novos Estatutos, resultante de projeto dos acadêmicos Cromwell Barbosa de Carvalho, José de Arimathéa Tito e Matias Olímpio de Melo, permanecendo em vigor o Regimento Interno. Em 6 de setembro de 1986, os acadêmicos aprovaram os Estatutos atualmente em vigor, publicados no Diário Oficial nº 24, de 05.02.1987. Acha-se registrado no Cartório do 1º Ofício de Notas de Teresina, no Livro A-5, fls. 118/118v, sob o nº 786, em 29.04.1987. O novo Regimento Interno foi aprovado, na sessão de 30 de dezembro de 1988 e publicado no Diário da Justiça nº 1.681, de 12.01.1989, registrado no Cartório Nazareno Araújo, em Teresina.
Livro organizado pelo acadêmico Nildomar da Silveira Soares.
Houve nova mudança do Regimento Interno, esta aprovada na sessão realizada, no dia 5 de maio de 2001. Integraram a Comissão da última Reforma do Regimento Interno da APL os acadêmicos Celso Barros Coelho (revisor), Francisco Miguel de Moura, Manoel Paulo Nunes e Nildomar da Silveira Soares, este último, autor do Anteprojeto. Encontra-se protocolado e registrado em microfilme, sob o número 1393, 05.10.2006, no Cartório do 6º Ofício de Notas de Teresina.
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ESTATUTOS Art. 1º A Academia Piauiense de Letras, com sede em Teresina, fundada a 30 de dezembro de 1917, tem por finalidade a cultura da língua nacional e o desenvolvimento literário, científico e artístico do Piauí, e funciona de acordo com as normas estabelecidas nos presentes Estatutos e no seu Regimento Interno. § 1º A APL compõe-se de 40 membros efetivos e perpétuos, dos quais 25, pelo menos, residentes no Estado, e de 40 sócios correspondentes com residências noutras áreas federadas ou no exterior, cabendo no mínimo 1 a cada capital brasileira. § 2º Às cadeiras do quadro acadêmico correspondem os respectivos patronos, escolhidos entre piauienses ilustres que se tenham projetado em qualquer das diversas expressões da inteligência. § 3º Ao Regimento Interno cabe criar honrarias e insígnias. Art. 2º Somente podem ser membros efetivos os piauienses natos ou os brasileiros de outros Estados ou Territórios, com o mínimo de 10 anos de residência no Piauí, que hajam produzido e entregue ao público obra de reconhecido valor nalgum ramo do saber humano. Parágrafo único. Para sócio correspondente exige-se apenas a qualidade de indiscutível mérito literário, artístico ou científico. Art. 3º Instituem-se no Regimento Interno os órgãos deliberativos e administrativos da APL e a respectiva competência de cada um dos titulares. Parágrafo único. O Regimento Interno deve criar as comissões necessárias ao bom funcionamento das atividades acadêmicas, definindo-lhes a composição e as atribuições. Art. 4º A APL reúne-se com pelo menos 5 membros, mas só delibera com o mínimo de 8. Art. 5º O Presidente representa a entidade ativa e passivamente, judicial e extra-judicialmente e nas suas relações com terceiros. Art. 6º Os membros da APL não respondem individualmente pelas obrigações contraídas, de modo expresso ou implícito, em nome dela. Art. 7º À APL não se proíbe a aceitação de auxílios oficiais e particulares, bem como encargos que visem ao progresso das letras e da cultura em geral.
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Art. 8º No caso de extinção da Academia, liquidado o seu passivo, o patrimônio respectivo deve-se destinar-se ao Estado do Piauí, ou a estabelecimento público ou outra instituição piauiense que adote fins idênticos, conforme decidir o órgão competente. Art. 9º Para a reforma destes Estatutos torna-se necessária a maioria absoluta dos membros efetivos da APL. Art. 10 Resolvem-se os casos omissos conforme disposição do Regimento Interno. Aprovados em sessão de 6 de setembro de 1986
JOSÉ DE ARIMATHÉA TITO FILHO Presidente
RAIMUNDO DE MOURA RÊGO, CLIDENOR FREITAS SANTOS, JOAQUIM RAIMUNDO FERREIRA CHAVES – Monsenhor, AVELAR BRANDÃO VILELA – Cardeal, MANOEL FELÍCIO PINTO, DEOLINDO AUGUSTO DE NUNES COUTO, ANTÔNIO MONTEIRO DE SAMPAIO – Monsenhor, MARIA NERINA PESSOA CASTELO BRANCO, SALOMÃO AZAR CHAIB, CELSO BARROS COELHO, ANTÔNIO BUGYJA DE SOUSA BRITTO, MARIA ISABEL GONÇALVES DE VILHENA, MANOEL PAULO NUNES, ODILON NUNES, WILSON DE ANDRADE BRANDÃO, RAIMUNDO NONATO MONTEIRO DE SANTANA, CLÁUDIO PACHECO BRASIL, JOSÉ VIDAL DE FREITAS, JOSÉ MIGUEL DE MATOS, FRANCISCO DA CUNHA E SILVA, JOÃO GABRIEL BAPTISTA, ARMANDO MADEIRA BASTO, JOSÉ CAMILLO DA SILVEIRA FILHO, JOSIAS CLARENCE CARNEIRO DA SILVA, JOSÉ PATRÍCIO FRANCO, HERCULANO MORAES DA SILVA FILHO, OFÉLIO DAS CHAGAS LEITÃO, JOÃO PAULO DOS REIS VELLOSO, ZENON ROCHA, WILLIAM PALHA DIAS, EMÍLIA LEITE CASTELO BRANCO, ORLANDO GERALDO RÊGO DE CARVALHO, ALUÍZIO NAPOLEÃO DE FREITAS REGO, DAGOBERTO FERREIRA DE CARVALHO JÚNIOR, CARLOS CASTELO BRANCO, GERARDO MAJELA FORTES VASCONCELOS, RENATO PIRES CASTELO BRANCO, PAULO DE TARSO MELLO E FREITAS.
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REGIMENTO INTERNO Título I DA ORGANIZAÇÃO DA ACADEMIA Capítulo I DOS FINS DA ACADEMIA Art. 1º A Academia Piauiense de Letras, fundada em 30 de dezembro de 1917, com sede na cidade de Teresina, é uma sociedade dotada depersonalidade jurídica, sem intuitos lucrativos, de duração indeterminada, constituída de pessoas de reputação ilibada e que sejam autoras deobra, aqui entendida, como a produção literária, científica e artística de manifesto valor em qualquer área do saber e sejam: I - piauienses natos, em número nunca inferiora 25 (vinte e cinco), equiparando-se a eles os filhos de piauienses de reconhecida e demonstradaafetividade ao Piauí; II - pessoas naturais de outros estados brasileiros ou países, há mais de dez anos residentes no Piauí. Parágrafo único. A sede da Academia, local de suas reuniões, denomina-se Casa de Lucídio Freitas. (*) Art. 2º São fins da Academia: 1. o cultivo da língua portuguesa, o estudo e o desenvolvimento da literatura piauiense, dentro da unidade de espírito da cultura brasileira; 2. a divulgação dos autores piauienses; 3. a organização e manutenção de biblioteca para consulta pública; 4. a formação de arquivo e de museu sobre a vida dos acadêmicos e respectivos patronos; 5. manter um setor de informática destinado ao exercício técnico de digitação, operação e programação, para atender aos objetivos previstos neste artigo. § 1º Para a realização de seus objetivos, pode a Academia ministrar cursos, editar obras, coordenar estudos e pesquisas, firmar convênios com o poder público e quaisquer entidades culturais. § 2º Veda-se à Academia pronunciar-se sobre questões de interesse privado, assuntos de natureza religiosa ou puramente política. § 3º A Academia publicará a Revista da Academia Piauiense de Letras e, para registro de suas atividades, o informativo Notícias Acadêmicas, este em edição trimestral. Capítulo II DOS MEMBROS DA ACADEMIA Art. 3º Os membros da Academia são: 1. efetivos – os acadêmicos, em número de quarenta, cujo título é perpétuo e irrenunciável; 2. correspondentes – os intelectuais que mantêm o relacionamento da Academia com o meio cultural onde residem, fora do Estado do Piauí;
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3. beneméritos – as pessoas ou entidades que tiverem prestado relevantes serviços à Academia; 4. honorários – pessoas de reconhecido mérito literário, artístico ou científico. Art. 4º Em qualquer situação, o membro da Academia somente a representará ou falará em seu nome quando devidamente credenciado, salvo o Presidente. Capítulo III DA ADMISSÃO Art. 5º Serão eleitos os membros efetivos da Academia dentre os brasileiros nas condições do art. 1º deste Regimento. Art. 6º O falecimento do membro efetivo será levado pelo Presidente ao conhecimento da Academia, na primeira sessão após o óbito, declarando vaga a cadeira respectiva, dando-lhe, para efeito de preenchimento, a destinação prescrita no § 1º, do art. 1º, do Estatuto da Academia Piauiense de Letras. Parágrafo único. Nos dez dias subsequentes à declaração da vaga, será publicado edital em jornal de grande circulação da capital, com o prazo de trinta dias para inscrições de candidato Art. 7º O candidato se inscreverá mediante requerimento dirigido ao Presidente, instruindo-o com exemplares de suas obras publicadas e seu ―curriculum vitae‖. § 1º Será arquivado o requerimento que não atender às exigências do ―caput‖ deste artigo. § 2º O requerimento, regularmente instruído a qualquer tempo, poderá ser examinado pelos acadêmicos. § 3º Transcorrido o prazo de inscrição, designar-se-á o terceiro sábado, que se lhe seguir, para a eleição. § 4º Incorrendo inscrição, reabrir-se-á novo prazo, dentro em dez dias, observadas as normas constantes deste artigo. § 5º Considerar-se-á eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos dos membros efetivos existentes na data da eleição. § 6º Se nenhum candidato conseguir a eleição no primeiro turno, haverá um segundo, dentro nos trinta dias seguintes, concorrendo então apenas os dois mais votados. § 7º Se nenhum dos candidatos conseguir a maioria absoluta dos votos, no segundo turno, deverão abrir-se novas inscrições. § 8º O candidato único submeter-se-á ao processo eleitoral previsto neste artigo, indicando-se na cédula sim ou não. § 9° O voto será secreto, exigida a presença do acadêmico à Assembleia Geral, permitida a remessa do voto, na forma prescrita no § 10, do art. 7º, do Regimento, exclusivamente para aqueles que residem fora da cidade sede; e ainda para aqueles residentes em Teresina que não possam deslocar-se à sede da Academia e possam de próprio punho exercer o seu direito de voto, sendo, neste caso, colhido o sufrágio in loco pela Comissão Eleitoral. (*) § 10. O acadêmico que não comparecer à eleição poderá enviar o voto ao Presidente da Academia Piauiense de Letras, em sobrecarta fechada e sem assinatura, rubricando apenas o envelope que contiver a referida sobrecarta com o voto.
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§ 11. Quando ímpar o número de acadêmicos, a maioria absoluta será a metade do número imediatamente superior. § 12. Lançar-se-á o voto em cédula oficial impressa em papel branco, contendo um quadrilátero à esquerda do nome do candidato, que ali figurará na ordem determinada pela inscrição. § 13 O Presidente comunicará ao eleito o resultado da votação. Art. 8º O eleito tomará posse dentro dos três meses seguintes à eleição. Esse prazo poderá, entretanto, ser prorrogado uma só vez, a critério da Assembleia Geral. Art. 9º Não se verificando a posse nos prazos estabelecidos, o Presidente abrirá novas inscrições. Art. 10. A posse é ato pessoal, constante de termo em livro para esse fim destinado, assinado pelo Presidente e pelo eleito, e lido em sessão solene pelo 1º Secretário. § 1º Na sessão de posse haverá apenas dois discursos, obrigatoriamente escritos, o do recipiendário e o do acadêmico designado para saudá-lo. § 2º No discurso de posse o acadêmico apreciará a personalidade e a obra do antecessor. § 3º Após o último discurso o Presidente entregará ao novo titular o diploma acadêmico e declarará encerrada a sessão. Art. 11. O sócio correspondente será admitido por proposta escrita de dois acadêmicos, aprovada pela Assembleia Geral, em votação secreta. Art. 12. A concessão do título de ―sócio benemérito‖ e de ―sócio honorário‖ dependerá de proposta assinada por cinco acadêmicos e aprovada em dois turnos, em sessões diferentes, pela Assembleia Geral, em votação secreta. Art. 13. Os sócios correspondentes, beneméritos e honorários, terão as prerrogativas que lhes atribui este Regimento. Título II DOS ÓRGÃOS DA ACADEMIA Capítulo I DA ASSEMBLEIA GERAL Art. 14. A Assembleia Geral, constituída dos acadêmicos, é o órgão superior de deliberação da Academia. Art. 15. Compete à Assembleia Geral: 1. eleger a Diretoria, os novos acadêmicos, os sócios correspondentes, os sócios beneméritos, os sócios honorários e as Comissões; 2. discutir e aprovar o orçamento proposto pela Diretoria; 3. julgar, anualmente, as contas apresentadas pela Tesouraria; 4. conferir título honoríficos, medalhas e troféus; 5. alterar ou reformar este Regimento; 6. dispor sobre o destino do patrimônio da Academia, no caso de sua dissolução; 7. observar a execução deste Regimento.
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§ 1º A Assembleia Geral reunir-se-á, ordinariamente, aos sábados, às dez horas, de fevereiro a junho e de agosto a dezembro, e, extraordinariamente, na forma de sua convocação pelo Presidente ou por no mínimo oito acadêmicos. § 2º O ―quórum‖ para abertura dos trabalhos será de cinco acadêmicos. § 3º A Assembleia decidirá por maioria de votos presentes, pelo menos, oito acadêmicos, salvo as exceções previstas neste Regimento. § 4º Dos trabalhos da Assembleia poderão participar sem direito de voto, os sócios correspondentes, os beneméritos e os honorários, a menos que, dada a peculiaridade de pauta, decidam contrariamente os acadêmicos. § 5º Os trabalhos de cada sessão se registrarão em ata sumária. Capítulo II DA DIRETORIA Art. 16. A Diretoria, com mandato de dois anos, composta do Presidente, do Vice-Presidente, do Secretário Geral, do 1º Secretário, do 2º Secretário e do Tesoureiro, administrará a Academia, na conformidade dos Estatutos e deste Regimento. Art. 17. A eleição dos membros da Diretoria processar-se-á em Assembleia Geral, no último sábado de dezembro, em votação secreta e por maioria de votos, votando-se em chapa única ou separadamente para cada membro. § 1º O registro de chapas será feito na Secretaria da Academia, até às 11:00 horas do dia 30 do mês de novembro do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente. § 2º Após o registro a chapa não poderá ser alterada. § 3º Somente poderá ser candidato a Presidente o acadêmico empossado há mais de dois anos com residência em Teresina. § 4º A posse dos eleitos dar-se-á no dia 24 de janeiro do ano subsequente. Art. 18. Os membros da Diretoria poderão ser reeleitos, para os mesmos cargos, apenas 2 (duas) vezes. (*) Art. 19. Os membros da Diretoria serão substituídos, nas suas faltas ou impedimentos, na ordem em que estão mencionados no art. 16. O Tesoureiro será substituído pelo 2º Secretário. Art. 20. Compete à Diretoria: 1. organizar os serviços administrativos da Academia; 2. propor a criação ou supressão de empregos ou funções, a nomeação e a demissão de servidores e a aplicação de penalidades previstas neste Regimento; 3. elaborar o orçamento, partindo de proposta do Tesoureiro; 4. programar as atividades educacionais e culturais da Academia; 5. submeter as suas deliberações à apreciação e julgamento da Assembleia Geral. Art. 21. A Diretoria reunir-se-á às segundas e últimas sextas-feiras dos meses referidos no § 1º, do art. 15, deste Regimento.
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Art. 22. Compete ao Presidente: 1. representar a Academia, judicial e extrajudicialmente; 2. presidir a Assembleia Geral e a Diretoria; 3. superintender os trabalhos e serviços da Academia; 4. ordenar o pagamento de despesas; 5. nomear, demitir e punir servidores, observadas as propostas da Diretoria; 6. designar o acadêmico que saudará o novo titular, após ouvido o eleito a ser empossado; 7. exercer outras atribuições previstas nos Estatutos e neste Regimento. 8. Parágrafo único. O Presidente só votará nos escrutínios secretos e nos casos de empate. Art. 23. O Vice-Presidente substituirá o Presidente em suas faltas e impedimentos. Art. 24. Compete ao Secretário Geral: 1. superintender os serviços da Secretaria; 2. preparar o expediente e a ordem do dia; 3. apresentar relatório anual dos trabalhos da Academia; 4. organizar e manter sempre atualizado o catálogo das obras publicadas por autores piauienses. Parágrafo único. Para o desempenho de suas atribuições, poderá o Secretário Geral requisitar à Diretoria servidores qualificados. Art. 25. Compete ao 1º Secretário: 1. lavrar ou mandar lavrar as atas das reuniões da Assembleia Geral, procedendo à sua leitura; 2. ler a matéria do expediente das reuniões, dando-lhe o destino determinado pelo Presidente; 3. lavrar ou mandar lavrar os termos de posse dos membros da Academia; 4. fazer a correspondência da Academia, por determinação do Presidente; 5. dar certidões, quando autorizado pelo Presidente; 6. exercer outras atribuições constantes deste Regimento. Art. 26. Incumbe ao 2º Secretário substituir o 1º, em suas faltas e impedimentos. Art. 27. Ao Tesoureiro compete: 1. ter sob sua guarda e responsabilidade o patrimônio social da Academia; 2. arrecadar a receita e depositá-la em estabelecimento bancário; 3. efetuar os pagamentos autorizados pelo Presidente; 4. apresentar à Diretoria balancetes semestrais; 5. apresentar à Diretoria, em dezembro, a proposta de orçamento.
Capítulo III DAS COMISSÕES Art. 28. As Comissões da Academia são: 1. permanentes – as que integram a estrutura da Academia; 2. temporárias – que têm finalidades especiais ou de simples representação, extinguindo-se quando realizados os seus objetivos.
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Art. 29. Os membros das Comissões serão escolhidos pela Assembleia Geral. § 1º No caso de urgência, os membros das Comissões poderão ser escolhidos pelo Presidente, ad referendum da Assembleia Geral. § 2º O mandato das Comissões Permanentes coincidirá com o da Diretoria. § 3º As Comissões escolherão seus presidentes e secretários. Art. 30. Serão duas as Comissões Permanentes: 1. Comissão Editorial; 2. Comissão da Revista da Academia Piauiense de Letras. Art. 31. Cabe à Comissão Editorial: 1. propor à Assembleia Geral, em parecer fundamentado, a edição ou reedição de obras de autores piauienses mortos; 2. emitir parecer sobre obras de piauienses vivos, que a Academia pretenda publicar. Parágrafo único. Para os fins deste artigo, considera-se autor piauiense aquele que, efetivamente, se tiver integrado na comunidade do Estado do Piauí, seja brasileiro ou estrangeiro. Art. 32. A Comissão da Revista, formada de três membros, encarregar-se-á da organização e publicação desse órgão, acolhendo, sempre que possível, as sugestões apresentadas por acadêmicos. Título III DO FUNDO FINANCEIRO ACADÊMICO – FUNFAC Art. 33. O Fundo Financeiro Acadêmico – FUNFAC, criado pelo parágrafo único, do art. 7º, do Estatuto da Academia Piauiense de Letras, tem por objetivo o apoio e o suporte financeiro à implementação de atividades culturais, à melhoria das instalações e/ou edificação de nova sede e a outros gastos da APL, na forma deste Regimento Interno. Parágrafo único. São receitas do FUNFAC: I. doações de contribuições espontâneas dos membros da Academia; II. dotação consignada, anualmente, no orçamento estadual e municipal, e legados de entidades nacionais e internacionais, governamentais e não-governamentais; III. produto de aplicações dos recursos disponíveis e de venda de livros, publicações e eventos; IV. renumeração oriunda de aplicações financeiras, respeitada a legislação em vigor; V. receitas advindas de convênios, acordos, subvenções e contratos firmados com o Estado, Município e instituições privadas e públicas federais, estaduais, internacionais e estrangeiras para repasse à Academia Piauiense de Letras, objetivando o cumprimento de suas finalidades culturais. VI. outras receitas provenientes de fontes aqui não explicitadas. Art. 34. Os recursos do FUNFAC serão aplicados em: I. aquisição de material para construção da nova sede e/ou reforma da atual sede da APL; II. aquisição de material de expediente e pagamento de servidores da APL; III. publicação de obras de reconhecido valor em qualquer área do saber.
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IV. quaisquer outras ações de interesse da Academia Piauiense de Letras, aprovadas pela Diretoria, ad referendum da Assembleia Geral, em decisão por maioria simples. Título IV DO COMITÊ CULTURAL FEMININO Art. 35. Fica a Diretoria autorizada a instituir um COMITÊ CULTURAL FEMININO, com funcionamento, atribuições e competência disciplinados em Resolução. Título V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 36. A Academia poderá representar-se em reuniões, assembleias e solenidades de caráter cívico ou cultural e em quaisquer festividades que não contrariem os seus objetivos. Art. 37. O pavilhão da Academia, com desenho, forma e cores definidos em Resolução, será hasteado nos dias de festa nacional ou local, durante as sessões e por motivo de morte de acadêmico, de brasileiro ou piauiense ilustre, por três dias consecutivos. Parágrafo único. A Academia Piauiense de Letras adotará um brasão, composto das peças heráldicas, o qual obedecerá a modelo debuxado em Resolução. Art. 38. A Academia poderá adotar quaisquer providências no sentido de maior desenvolvimento cultural do Piauí e dos seus próprios objetivos fundamentais, criando órgãos necessários. Art. 39. A reforma ou alteração deste Regimento dependerá da proposta de, no mínimo,10 (dez) acadêmicos e, em seguida, da aprovação pela maioria absoluta dos membros efetivos existentes na data da votação, esta realizada de forma presencial. (*) Art. 40. Os casos e omissões serão resolvidos pela Diretoria. Art. 41. Este Regimento entra em vigor na data de sua publicação. NOTA: Redação final aprovada, em sessão, no dia 5 de maio de 2001, pela APL. Integraram a Comissão de Reforma do Regimento Interno da APL os acadêmicos Celso Barros Coelho (revisor), Francisco Miguel de Moura, Manoel Paulo Nunes e Nildomar da Silveira Soares, este último, autor do anteprojeto. (*) Alteração contida na Resolução nº 01, de 20 de março de 2017, publicada no Diário da Justiça do Estado do Piauí, em 23 de março de 2017, registrado sob o n° 54.129, no Cartório do 6° Ofício de Notas de Teresina, em 08.06.2017. As alterações resultaram de modificações autorizadas pela Assembléia Geral, no dia 18 de março de 2017, tendo as proposições sido apresentadas pela Comissão de Acadêmicos constituíada pela Presidência da APL. A Comissão foi composta dos Acadêmicos Nildomar da Silveira Soares, como Presidente, Antônio Fonseca dos Santos Neto e José Elmar de Mélo Carvalho.
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DESTAQUE PARA ALGUMAS COMEMORAÇÕES DE ANIVERSÁRIOS DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS AO LONGO DOS 100 ANOS “JUBILEU DE PAPEL” DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS (1 ANO) Sessão magna comemorativa do 1º aniversário da fundação da Academia Piauiense de Letras, em 30 de dezembro de 1918.
(Discurso proferido pelo presidente Sr. Clodoaldo Freitas) Senhores: Joaquim Nabuco afirmou que as instituições como esta valem pelo prestígio da antiguidade. Só o tempo e a distância, certamente, sagram os homens e as coisas. Major et longinqua reverentia.
Clodoaldo Freitas
Nós apenas temos um ano de existência e o nimbo da lenda ainda não adensou sobre nós.
O tempo se encarregará disto, como sempre procede, levantando templos ao lado dos que se desmoronam, divindades em substituição de outras que ficam esquecidas, imortalidades no lugar de outras que ficam esquecidas, imortabilidades no lugar de outras que morrem. É o grande fluxo e refluxo eterno da vida imortal sempre produtiva e rejuvenescida na sua misteriosa e divina fecundidade. Obscuros pioneiros, nós, sem encarar sacrifícios, sem temer ápodos, sem medir o peso das responsabilidades que tomamos, sem estardalhaço, modestamente, como convém à nossa fraqueza, vamos levando para a frente a nossa patriótica e altruística convencidos que, dessas sementes, que lançamos no eito, surgirá um dia, remoto embora, a floresta rumorosa e frondejante, onde irão gozar sereno conforto as gerações que nos sucederem para levar avante, mais perfeita e já santificada pelo tempo, a obra que iniciamos e sustentamos, confiados sinceramente que não será infecundo o nosso esforço para o desenvolvimento intelectual do nosso sempre querido Piauí.
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Este primeiro ano da nossa existência acadêmica não foi de estagnação e de repouso. O que podemos fazer, fizemos: dois números da Revista da Academia, um já publicado e outro em via de publicação, onde quase todos colaboramos, divulgando trabalhos originais sobre vários ramos literários, são a prova do nosso esforço.
As conferências que já foram feitas, e as que serão realizadas, sobre cousas nossas, são, sem dúvida, subsídios eruditos, documentações valiosas para a nossa história, ainda não escrita. Os que não desdenham o esforço alheio e sabem aquilatar, com justiça, o que valem essas lutas silenciosas do pensamento em um meio dominado simultaneamente pela canícula equatorial e pelas geleiras das indiferença, vos dirão.
Senhores, que andamos acertadamente nos congregando neste recinto, que vós honrais, vindo saber de nós o que temos feito e o que fazemos em bem das letras piauienses e ouvir dos nossos oradores quais as nossas esperanças e quais os nossos ideais.
Este ano, que, hoje, se encerra enchendo a primeira página do livro em que, para o futuro, será escrita a nossa história, foi, não há negar, das vacilações próprias da infância. Caminharemos para a frente com passos titubiantes, porém mais seguros. Não nos faltará coragem para prosseguir na senda começada.
A solenidade de hoje, determinada pelos nossos estatutos, tem por fim comemorar a data, para nós sempre auspiciosa, da fundação da Academia Piauiense de Letras. A Memória Histórica, que vai ser lida pelo operoso e ilustre acadêmico, Sr. Fenelon Castello Branco, dirá minuciosamente o que se tem passado entre nós. Não preciso insistir sobre este assunto, que será amplamente esplanado.
Temos de ouvir nesta sessão o panegírico de José Coriolano, o terno e mavioso poeta das Impressões e Gemidos, pelo acadêmico Antônio Chaves. Em seguida o discurso do novo acadêmico Christino Castello Branco e o do acadêmico Celso Pinheiro, que o receberá.
A mim, que tive a honra de ser reeleito presidente desta Academia, cabe-me a grata incumbência de iniciar esta solenidade com a desarmonia da minha palavra, para significar aos meus ilustres confrades quanto me penhorou esta imerecida distinção e vos agradecer, Senhoras e Senhores, a vossa presença neste recinto aberto a todos os ideais humanos e divinos.
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Notareis o contraste entre o que eu digo e o que os nossos oradores dirão. A formosoura da natureza consiste, justamente nos mais extravagantes e disparatados contrastes, desde as formações geológicas até as azuladas distâncias siderais. A mocidades flamejante e ruidosa cresce ao lado da velhice encurvada e fria; a flor perfumosa viceja na esterqueira ao lado do sapo imundo; em redor dos astros tenebrosos brilha o sol na sua pompa diária; o idiota vegeta ao lado do sábio; o miserável ao lado do rico, o crime ao lado da virtude, o microcosmo ao lado do macrocosmo. A música é o contraste dos sons, a poesia o contraste das palavras, o amor contraste dos desejos e da saciedade, a vida o contraste da felicidade e do sofrimento. O supremo contraste da vida é a luta pela existência.
Por toda a parte está travada, invisível, silenciosa, a tremenda batalha intérmina entre os viventes do infúsio ao homem. Na campina recamada de flores redolentes, na face aveludada da donzela formosa, neste recinto, dentro e fora de nós, a luta se trava sem tréguas, misteriosamente, como condição fatal da seleção natural e social.
Senhores. A humanidade acaba de passar pela prova mais rude e dolorosa. A luta provocada pelo germanismo contra o ideal latino, espalhou pelo mundo civilizado os horrores de uma guerra, considerada, com justa razão, a maior da história, em que foram estupidamente sacrificados pela ambição e pela soberba do Calígula alemão, cerca de vinte milhões de criaturas humanas!
Triunfou, afinal, a força do direito contra o direito da força. O mundo vai ser novamente construído. Não é dado prever o que sairá desse caos. O essencial para a humanidade é a vitória do ideal cristão: é a certeza do aniquilamento do pangermanismo.
Senhores. O nosso tempo é limitado; antes, porém, de ceder a palavra aos que vão realçar esta festa, cumpro o triste dever de dar pêsames à nossa Pátria pelo falecimento do nosso confrade Olavo Bilac, o maior gênio poético de nossa raça. Essa morte pode ser considerada uma calamidade para a poesia nacional. A Academia, oportunamente, resolverá quais as homenagens que prestará, em solenidade especial, ao poeta do Caçador de Esmeraldas.
Está aberta a sessão. Tem a palavra o acadêmico Fenelon Castello Branco. (*) Publicado na Revista nº1, da Academia Piauiense de Letras, Vol. I, junho de 1918.
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“JUBILEU DE PRATA” DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS (25 ANOS) (*) Sob a presidência de Martins Napoleão foi comemorado, em 1942, o jubileu de prata da Academia. Lembra Cristino Castello Branco: ―O jubileu de prata da Academia os seus vinte e cinco anos de existência, em 1942, foram comemorados à altura do acontecimento, graças ao então presidente Martins Napoleão, um dos grandes valores desta Casa, ocupante da cadeira que foi de Abdias Neves, cujo elogio escreveu com o brilhantismo de sempre. O braço direito de Martins Napoleão, nas comemorações que promoveu, foi o acadêmico e professor Álvaro Ferreira, de quem guardo comovida recordação, pois este homem, de quem nunca fui aproximado, nunca deixou de escrever aqui, com abundância de coração, a respeito dos meus trabalhos publicados no Rio de Janeiro, Martins Napoleão ainda que se tratasse de um simples Relatório do Presidente da Federação das Academias.‖ E prossegue: ―Como parte importante daquelas comemorações jubilares, Édison Cunha publicou o livro Vozes Imortais, um volume de 218 páginas, que é uma antologia dos nossos acadêmicos. Folheando-o há poucos dias, tive o prazer de reler trabalhos interessantes de antigos e nunca esquecidos intelectuais da minha terra e da minha academia.‖ A Revista de nº 20, de dezembro de 1943, dedicada a esse jubileu, traz, em suas palavras introdutórias, estas observações que bem definem o teor do trabalho da Academia e o lastro de suas realizações, nesse período: ―As numerosas sessões ordinárias, efetuadas no transcurso de um quarto de século bem vividos; as conferências públicas de seus associados; sua Revista, repositório significativo de cultura e gênio criador dos piauienses; sua adesão às grandes festas estaduais nacionais; seu comparecimento aos congressos de letras; a edição de obras de seus membros efetivos, e o patrocínio e incentivo de outras publicações, no lapso de tempo decorrido, atestam, porventura, esplêndida atividade intelectual, ao melhor serviço do Estado e da Pátria‖. No pequeno discurso de abertura da sessão comemorativa, o presidente Martins Napoleão evoca os dias difíceis da fundação, nos dias incertos e tormentosos da Primeira Grande Guerra: Por um desses estranhos fenômenos, verificáveis só no mundo espiritual, a Academia Piauiense de Letras nasceu precisamente em meio às preocupações e aos frêmitos da Grande Guerra: os
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velhos e os moços que, ao calor de sua palavra, ardente de fé faziam subir o termômetro de nosso patriotismo, através de memoráveis conferências públicas, foram os mesmos que se entenderam e se uniram para a composição de uma sociedade literária, nos moldes consagrados noutros meios‖. E ao traçar, nessa oportunidade o perfil histórico da Academia, Arimathéa Tito proferiu palavras que hoje valem como um símbolo de luta. Já então clamava ele pela sede da Academia: "Não tem teto, mas vive!.‖ E enfatiza: ―A sua maior virtude consiste na sua resistência. Sofre, por suas vezes, e resiste. Curte amarguras e vitaliza-se‖. A poesia dos seus poetas, a prosa dos seus prosadores, as letras, enfim, em todas as suas nuanças, de todos os seus legionários, conjugam-se e constroem a defensiva e gigantesca muralha, que é ao mesmo tempo, resistência e resignação‖. E evocando os dias difíceis da guerra sob cujas apreensões e dramáticas incertezas se uniram as forças espirituais para a realização do ideal literário da Academia, deixou-nos o orador estas palavaras de grande convicção e firmeza: ―O nosso fortalecimento vem de nossa origem. Surgimos ante o choque de forças demolidoras e construtivas. Se a guerra é maldade e carnificina, é também heroísmo e direito‖. Era também sob o impacto de forças demolidoras e construtivas, em proporções muito maiores e inenarráveis, que se dava a celebração desse jubileu. O mundo estava convulsionado. As nações em luta ameaçavam a cultura e punham em risco o patrimônio cultural da humanidade. Era a histeria do século. Mesmo assim, havia lugar para o recolhimento, para a meditação e para a crença nos valores do espírito. Aquelas comemorações, distantes do turbilhão da guerra, mas realizadas em ambiente onde chegavam as ameaças de suas destruições, contrastavam com o ódio que impulsionava a luta e abalava o mundo. Nesse recolhimento espiritual, a imagem da guerra era um desencanto. Mas se constituia também num estímulo. Era a paz de espírito que convinha exaltar. E daí por que essas festas comemorativas, no seu ―cunho de alta distinção espiritual e social‖, voltaram-se para o passado acadêmico e foram inspirar-se no exemplo dos grandes predecessores. As conferências, então proferidas no período das comemorações, versaram sobre Zito Batista, na palavra de Celso Pinheiro, Raimundo de Arêa Leão, na oratória de Matias Olímpio de Melo, Alcides Freitas, na análise de Álvaro Ferreira e, por fim, Lucídio Freitas, ― o homem e o poeta‖ na homenagem de Martins Napoleão. O citado número da Revista enfeixa todas essas produções que são capítulos importantes de nossa história literária. (*) “Jubileu de Prata‖ e “50 Anos‖ foram escritos pelo Acadêmico Celso Barros Coelho e publicados em uma Revista da APL, sob o título Academia Piauiense de Letras, em 1994.
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“JUBILEU DE OURO” DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS (50 ANOS) Numa sucessão de novos avanços, a Academia vai sempre confiante como ―nas naus os bons trabalhadores‖ e agora, ―da esperança já adquirida‖, pôde ela, ―sofrendo tempestades e ondas cruas‖, atingir os seus cinquenta anos. Antes de atingir esse estágio de maturidade, surge a conveniência de alterar os Estatutos para fixar em 40 o número de cadeiras. Era presidente Simplício de Souza Mendes que, assim, com o quadro ampliado, preparava-se para comemorar o novo jubileu. As dez cadeiras acrescidas foram ocupadas, na ordem numérica crescente, por Artur de Araújo Passos, Raimundo Nonato Monteiro de Santana, Wilson de Andrade Brandão, Odilon Nunes, Maria Nerina Pessoa Castelo Branco, Darcy Fontenelle de Araújo, Emília Castello Branco de Carvalho, Manoel Paulo Nunes, Celso Barros Coelho e João Coelho Marques, que escolheram os seus respectivos patronos.
Simplício Mendes
As solenidades comemorativas dos cinquenta anos foram realizadas no Clube dos Diários. Dos fundadores apenas uma presença viva no ambiente: Édison Cunha. Através de sua figura, única sobrevivente no meio dos rari nantes in gurgite vasto, as imagens veneráveis eram espiritualmente revividas no culto da admiração e da imortalidade acadêmica. Não eram já os "obscuros pioneiros‖, como os chamara Clodoaldo Freitas no discurso comemorativo do primeiro aniversário da Academia. A sua presença simbólica na glória daqueles cinquenta anos despertara em todos nós aquele toque de veneração, que ressalta das palavras do poeta: ―tanta veneração aos pais se deve!‖. E aprendíamos com o mesmo Clodoaldo, naquele primeiro discurso: ―Só o tempo e a distância, certamente, sagram os homens e as coisas. Major et longinqua reverentia.‖ Nas comemorações desse jubileu, há vinte e cinco anos, os discursos de Simplicio Mendes, Arimathéa Tito Filho, Édison Cunha e do autor desta resenha recebiam a inspiração dessa crença no tempo e na distância que, nos domínios da inteligência, sagram os homens e as coisas.‖ Com a experiência de uma longa caminhada, à frente aqueles que recebiam a missão de continuar, como diria Clodoaldo, ―essas lutas silenciosas do pensamento em um meio dominado simultaneamente pela canícula equatorial e pelas geleiras da indiferença‖, a Academia recobrava novo alento para ingressar numa fase que seria a mais dinâmica de sua história e frutífera de sua luta: a da presidência de Arimathéa Tito Filho, a que ascendeu com a morte de Simplício Mendes, em janeiro de 1971. (*) In ―Academia Piauiense de Letras – 75 anos – 1994‖ - resenha de autoria do professor Celso Barros Coelho.
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“JUBILEU DE DIAMANTE” DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS (60 ANOS) A Academia completou 60 anos de existência no dia 30 de dezembro de 1977, mas, em virtude das festividades de Natal e do Ano Novo, somente em janeiro de 1978 se desenvolveu o programa comemorativo, com integral apoio do governador Dirceu Arcoverde e de altas autoridades do Estado. Dia 9-1-1978. Posse do acadêmico João Gabriel Batista, cadeira nº 3. Auditório Herbert Parentes Fortes, 20 horas. Saudação pelo acadêmico José Miguel de Matos. Dia 17-1-1978. Auditório Herbert Parentes Fortes. Posse de Armando Madeira Basto na cadeira nº 27 e concessão do diploma de sócio benemérito ao ex-governador Alberto Tavares Silva. A Casa de Lucídio Freitas viveu uma das suas grandes festas A. Tito Filho literárias: o presidente Tito Filho disse das eloquentes razões que levaram a Academia a considerar sócio benemérito Alberto Tavares Silva, justamente aquelas relacionadas com o seu apoio constante ao movimento cultural do Estado, no seu período de governo. O homenageado recebeu o manto acadêmico, de cor azul, bordado a ouro, e pronunciou brilhante discurso, em que rememorou a criação do Plano Editorial, editando e reeditando 40 obras de autores vivos e mortos; as notáveis comemorações do 4º centenário de Os Lusíadas, quando se convocou a Teresina o extraordinário Martins Napoleão, que pronunciou magnífica conferência sobre Camões; a criação da Secretaria de Cultura; a ampla e bela reforma do Teatro 4 de setembro. A homenagem aos heróis da Batalha do Jenipapo, construindo-se o imponente monumento e o museu em Campo Maior; o apoio permanente às atividades da Academia Piauiense de Letras. A seguir, Armando Basto pronunciou substanciosa oração de posse, evocando as figuras do seu patrono e do seu antecessor. Discurso de arte e de harmonia estilística. O discurso de boasvindas ao novo acadêmico foi pronunciado pelo Sr. Tito Filho, num fiel retrato da fisionomia moral, espiritual e intelectual de Armando Basto. O brilhante jornalista Renato Bacelar, em seu nome e como representante de seu digno pai, dr. Raul Bacelar, prestou homenagem ao empossado, à qual se associou a senhora Cândida Bacelar, declamando belo poema. Visitantes. Vieram a Teresina, para as solenidades, hóspedes do Governo do Estado, Paulo Klumb (Rio Grande do Sul), Correntino Paranaguá, piauiense residente no Rio, Severino Pessoa Uchoa (Academia Sergipana de Letras) E. D’Almeida Vitor (Academia de Letras de Brasília), Cândido Marinho Rocha (Academia Paraense de Letras).
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25-1-1978. Visita ao Tribunal de Justiça, recebidos todos com a simpatia do presidente Edgard Nogueira. Visita ao magnífico Parque Zoobotânico de Teresina e lanche. À noite, elegante jantar de confraternização, oferecido pela Academia e pelo Sr. Raimundo Nonato Alves, distinto gerente da Viação Aérea São Paulo na capital piauiense. Falaram na ocasião da sobremesa: Tito Filho e Cândido Martinho Rocha. 26-1-1978. Visita à Universidade Federal do Piauí, com recepção pelo Reitor Camillo Filho. À noite, jantar típico, no Restaurante Toca do Coelho. 27-1-1978. Visita ao Governador Dirceu Mendes Arcoverde, que recepcionou os acadêmicos e os visitantes 28-1-1978. Almoço típico e finas bebidas na residência do confrade Clidenor de Freitas Santos, que recepcionou os convidados com grande simpatia. Na ocasião, o presidente Tito Filho apresentou dois livros lançados sob os auspícios da Academia, com o apoio do governador Dirceu Arcoverde e do deputado e acadêmico Celso Barros Coelho: Deslumbrado, do saudoso talento de José Newton de Freitas, e Canto da Terra Mártire, do mestre Martins Vieira. Também usaram da palavra o Des. Paulo Freitas, E. D’Almeida Vitor, Celso Barros Coelho e Clidenor de Freitas Santos. 29-1-1978. No Centro de Convenções, sessão solene da Academia. O presidente Tito Filho relembrou os fundadores e fez retrospecto dos mais notáveis episódios da Casa de Lucídio Freitas. Em seguida os acadêmicos presentes receberam o manto oficial da Academia, riquíssima peça, bordada a ouro e a mão concebida e executada por Dona Delci Maria, esposa de Tito Filho. Logo depois, foi servido farto coquetel. 30-1-1978. Auditório Herbert Parentes Fortes. Posse do novo acadêmico José Camillo da Silveira Filho, na cadeira nº 20. O empossado pronunciou magnífico discurso de análise da vida e da obra do seu antecessor, Gayoso e Almendra. As boas-vindas foram-lhe transmitidas, em elegante oração, pelo acadêmico Wilson Brandão. Ainda na mesma solenidade, especialmente escolhido pelo homenageado, o acadêmico Felício Pinto recebeu o diploma e o manto de sócio benemérito de Leônidas de Castro Melo, que não pôde comparecer à solenidade. Felício Pinto agradeceu a homenagem com palavras do melhor significado. O acadêmico Camillo Filho ofereceu grande coquetel no Centro de Convenções. Sete Cidades. Acadêmicos e convidados especiais da Academia visitaram o Parque Nacional das Sete Cidades, num agradabilíssimo passeio. Dia 31-1-1978. Solenidade conjunta da Universidade Federal do Piauí e da Academia Piauiense de Letras; aquela, para conceder o diploma de Professor Emérito ao mestre Edgard Nogueira e esta para conferir o diploma e o manto de sócio benemérito ao senador Petrônio Portella Nunes. Os relevantes serviços deste ao Piauí e ao Brasil foram destacados pelo prof. Tito Filho. O reitor Camillo Filho fez
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expressiva saudação a Edgard Nogueira, que relembrou, no agradecimento, aspectos de sua vida de dedicação às letras, ao magistério e ao direito. O senador Petrônio Portella enalteceu o trabalho ingente do Prof. Tito Filho em favor das letras e sua dedicação à Casa de Lucídio Freitas. Nota: Este trabalho foi publicado em janeiro de 1979, um ano depois das solenidades comemorativas dos 60 anos de existência da Academia. Em 1978, faleceram dois ilustres confrades: Edgard Nogueira e José Auto de Abreu. E foi eleito para preencher a cadeira 31 o historiador José Patrício Franco. Em janeiro de 1979, verificaram-se duas posses: Josias Carneiro da Silva (cadeira 36) e do referido confrade Patrício Franco (cadeira 31).
Na solenidade, foram entregues os mantos acadêmicos. Foto divulgada na Revista da APL, sob o título “Estante da APL”, volume II, organização e notas de A. Tito Filho, comemorativa do 60º aniversário da Casa de Lucídio Freitas. Da esquerda para a direita: acadêmicos Tito Filho, Armando Basto, Fontes Ibiapina, Martins Vieira, Cunha e Silva, Miguel de Matos e Lilizinha Carvalho, todos já falecidos.
Sessão solene para entrega dos distintivos acadêmicos aos membros da Academia e coquetel de confraternização, em 29 de janeiro de 1978. Foto do professor e acadêmico A. Tito Filho, proferindo discurso na solenidade.
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“JUBILEU DE BRILHANTE” DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS (75 ANOS) (*) No transcurso da data comemorativa dos 75 anos da Academia Piauiense de Letras, foi organizada vasta programação de ordem social e cultural, no período de 21 a 24 de janeiro de 1993. Iniciando-se com a sessão solene, no Rio Poty Hotel – às 20 horas, falaram o Presidente da Academia, Manoel Paulo Nunes, o governador do Estado, Antônio de Almendra Freitas Neto e o Prefeito de Teresina, Raimundo Wall Ferraz. Nessa oportunidade, foi feita a entrega de diplomas e medalhas a personalidades destacadas na vida cultural, artística e política, fazendo-se, ainda, a obliteração de carimbo comemorativo da ECT. M. Paulo Nunes No dia 22, deu-se a abertura de uma exposição fotográfica de fatos relacionados com a vida da Academia e de livros por ela editados, ao longo de sua existência, no Teatro 4 de Setembro. No mesmo local foram lançados o concurso literário ―Arimathéa Tito e a Revista da Academia", com a apresentação de livros dos acadêmicos.
No auditório da Fundação Cultural do Piauí, à noite, o acadêmico Eustachio Portella Nunes proferiu conferência sobre o tema ―A Estrutura do Sonho no Romance de James Joyce‖. No dia 23, reuniram-se presidentes das Academias de Letras do Brasil para a discussão do tema ―Política de intercâmbio cultural entre as Academias de Letras do Brasil.‖ Na mesma, data o poeta e acadêmico (Academia Brasiliense de Letras) Domingos Carvalho da Silva expôs, em conferência o tema ―Teoria do Poema‖. No encerramento, dia 24, o acadêmico Clidenor Freitas Santos, no auditório da Fundação Cultural do Piauí, proferiu, às 10 horas, conferência versando sobre ―Da invenção da escrita ao pensamento filosófico de hoje‖. Em seguida, os acadêmicos, os convidados e as autoridades participantes do evento compareceram à residência de Clidenor Freitas Santos para participarem de um almoço. Para a realização das solenidades indicadas e a execução do vasto programa, que contou com a presença de ilustres autoridades, poetas e escritores, contou a Academia com o
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apoio do Governo do Estado do Piauí e com a adesão de instituições culturais de nosso meio. Além dos nomes que receberam, na solenidade inaugural, a medalha do Mérito Cultural Lucídio Freitas, assinalam-se as seguintes presenças à festa da Academia. Ministros – Edson Vidigal, do Superior Tribunal de Justiça; Élvia Castello Branco, esposa do jornalista Carlos Castelo Branco, do Tribunal de Contas da União; Escritores e jornalistas: Rachel de Queiroz, João Condé, Arnaldo Niskier e Carlos Castello Branco, este da APL.
Edson Vidigal
Élvia C. Branco
Rachel de Queiroz
João Condé
Arnaldo Niskier
Carlos C. Branco
Presidentes ou representantes de Academias: Antônio Carlos Osório, da Academia Brasiliense de Letras; Jomar Moraes, da Academia Maranhense de Letras; Hilmo Moreira, da Academia Paraense de Letras; Lauro Correia, da Academia Parnaibana de Letras; Leão Sombra do Norte, da Academia Taguatinguense de Letras (Brasília); e Geraldo Vaz, secretário da Academia Goiana de Letras.
Nota: Nas edições de Notícias Acadêmicas de janeiro/fevereiro as ocorrências de ordem social e cultural sobre os 75 anos da Academia, foi omitida a participação da Academia Catarinense de Letras, cujo presidente era o Dr. Paulo Apóstolo Pitsica. Não podendo estar presente às comemorações, que reuniram presidentes e delegados de outras academias, o Dr. Paulo Apóstolo Pitsica foi representado, entre nós, pelo Acadêmico Francisco Miguel de Moura. Relacionado com a Academia Catarinense de Letras, o seu representante naquelas comemorações destacou, na imprensa local, a importância cultural que ela representa naquele Estado, em artigos nos quais relatou coisas de Santa Catarina e de Florianópolis em particular, citando escritores e acadêmicos do aludido Estado. (*) Informações apuradas no “Notícias Acadêmicas” da APL, nº VIII, janeiro e fevereiro ̶ nº 82 – Teresina - 28/02/93.
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“JUBILEU DE ÁLAMO” DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS (90 ANOS) (*)
A Academia Piauiense de Letras completa noventa e um anos de atividade ininterrupta, se fazendo cada vez mais presente e necessária no panorama cultural piauiense. Tendo sido, desde a sua fundação, ativa fomentadora das artes literárias no nosso Estado, a Academia mantém neste novo século o mesmo entusiasmo do início de suas atividades. Através de convênio com a FUNDAC, promoveu neste ano de 2009 encontros, palestras, debates, lançamentos de livros e patrocínio de eventos significativos da história acadêmica. Agindo de acordo com os parâmetros traçados por seus idealizadores, a Academia Piauiense de Letras cria, discute e divulga cultura, cumprindo assim o papel educacional de ajudar a escrever as melhores páginas da história intelectual de nosso povo. Manfredi Cerqueira
Manfredi Mendes de Cerqueira ̶ Presidente da Academia Piauiense de Letras.
HISTÓRICO (*) Na Memória Histórica da Academia Piauiense de Letras do ano seguinte ao da fundação (1918), publicada no 3º número da Revista da Academia, o seu autor Fenelon F. Castelo Branco, assim descreve o fato histórico da fundação: ―Foi no dia 30 de dezembro de 1917 que, pelas nove horas, no salão nobre do Conselho Municipal desta Capital , um grupo de intelectuais patrícios, composto dos srs. Clodoaldo Freitas, Hygino Cunha, João Pinheiro, Edison Cunha, Lucídio Freitas, Jônatas Batista, Celso Pinheiro, Antônio Chaves, Benedito Aurélio de Freitas e Fenelon Castelo Branco, tomou a louvável iniciativa de organizar em Teresina, a exemplo de outras capitais de Estados da Federação, um grêmio literário, tendo por fim a cultura da língua e o desenvolvimento da literatura piauiense. E assim reunidos em sessão, sob a presidência de Lucídio Freitas, esse espírito brilhante e já vantajosamente conhecido nas letras pátrias, ficou imediatamente fundada a ―Academia Piauiense de Letras‖. Procedeu em seguida à eleição para os membros componentes da respectiva Diretoria, que ficou assim constituída: Presidente – Clodoaldo Freitas; Secretário Geral – João Pinheiro; primeiro secretário – Fenelon Castelo Branco; segundo secretário – Jônatas Batista; tesoureiro – Antônio Chaves; bibliotecário – Édison Cunha. Empossados os eleitos, sob as mais vivas demonstrações de contentamento, foram, de ordem do Sr. Presidente, lidos os projetos do estatuto e regimento interno, organizados por uma comissão composta dos Srs. Lucídio Freitas, como relator, Antônio Chaves e João Pinheiro‖. Segundo os estatutos, fixou-se em 30 o número de cadeiras, que foram preenchidas nas
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duas sessões que se seguiram ao da posse da Diretoria. A composição do quadro fixado completou-se com os seguintes nomes de grande expressão intelectual: Félix Pacheco. R. Zito Batista, Antônio Francisco da Costa e Silva, Jonas da Silva, Amélia de Freitas Beviláqua, Luís Mendes Ribeiro Gonçalves, Abdias Neves, na primeira sessão. Na segunda foram escolhidos os nomes de Matias Olímpio de Melo, Luiz de Morais Correia, Nogueira Tapety, Pedro Brito, Antônio José da Costa, João Crisóstomo da Rocha Cabral, Odilo Costa, Simplício Mendes, Antônio Ribeiro Gonçalves, Benjamim Baptista, Arimathéa Tito, Antônio Bona, Armando Madeira e Elias Oliveira. Na terceira sessão, 13 de janeiro de 1918, foram escolhidos, os sócios correspondentes, atendendo à exigência dos Estatutos, figurando entre eles representantes da Bahia, Pará, Maranhão, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Ceará. Destacam-se: Olavo Bilac, Rocha Pombo, Rui Barbosa, Coelho Neto, Alphonsus de Guimaraens e Vicente de Carvalho.
Assumiram a Presidência da Academia, até completar ela 25 anos, além de Clodoaldo Freitas, fundador, os acadêmicos Hygino Cunha, Matias Olímpio e Martins Napoleão. Sob a Presidência deste foi festivamente comemorado o jubileu de prata, como consta do número 20 da Revista da Academia. Já então se reclamava a falta da sede própria da Academia. Ao traçar, nessa oportunidade, o perfil histórico da Academia, salientou Arimathéa Tito, o orador da solenidade, entre outros: ―Não tem teto, mas vive. A sua maior virtude consiste na sua resistência. Sofre, por vezes, e resiste. Curte amarguras e revitaliza-se‖. Com esse espírito, disposta a vencer as amarguras do tempo, chegou aos 50 anos, sob a presidência de Simplício Mendes, com uma alteração substancial nos Estatutos. Foi aumentado o número das cadeiras para 40. As novas cadeiras foram sendo ocupadas, na ordem numérica crescente, não da posse, pelos seguintes intelectuais: Artur de Araújo Passos, Raimundo Nonato Monteiro de Santana, Wilson de Andrade Brandão, Odilon Nunes, Maria Nerina Castelo Branco, Darcy Fontenele de Araujo, Emília Castelo Branco de Carvalho, Manoel Paulo Nunes, Celso Barros Coelho e João Coelho Marques. Cada um deles escolheu o seu patrono. Seguiu-se a Presidência de José de Arimathéa Tito Filho, que deu à Academia novo impulso, com iniciativas importantes no longo período de 21 anos. Projetou a Academia além de nossas fronteiras estaduais e integrou-a às demais instituições congêneres, mantendo significativas relações culturais. Deu
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especial atenção à publicação da Revista da Academia, à divulgação de seus trabalhos, à edição em convênio com o Governo e outras entidades de livros de autores piauienses, em várias séries, à criação de Notícias Acadêmicas para divulgar as atividades da Academia. Preparava-se Arimathéa para comemorar os 75 anos da Academia, já em fase de organização do programa, quando veio a falecer, em junho de 1992. Assumiu a Presidência interinamente o acadêmico M. Paulo Nunes que deu continuidade às atividades da Academia, no mesmo ritmo e presidiu, com destaque, as comemorações da data. A Administração de M. Paulo Nunes, em seguida eleito Presidente, foi marcada por grande número de realizações de natureza cultural e social. Seguiram-se as Presidências de ̶ Wilson de Andrade Brandão, Celso Barros Coelho, Raimundo Nonato de Santana, Paulo Freitas. Cada um deles se dedicou inteiramente à vida da Academia, com importantes projetos de natureza cultural e literária. Nesse período, foram celebrados os 500 anos do descobrimento do Brasil, com a realização de uma série de conferências na sede da Academia, iniciada na gestão de Celso Barros Coelho e continuada na administração de Raimundo Nonato M. Santana. Essas conferências, reunidas em livro, sob o título O Brasil no Limiar do Novo Milênio receberam o patrocínio da Fundação Banco Brasil. Sob a presidência de Manfredi Mendes de Cerqueira a Academia comemorou em 2008 seus 90 anos. Neste ano de 2009 foram realizadas diversas atividades culturais, exposições, lançamentos de livros e palestras, mantendo a Academia Piauiense de Letras como fonte multiplicadora da cultura no nosso Estado. (*) Celso Barros Coelho (ex-Presidente da Academia Piauiense de Letras).
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GALERIA DOS 40 PATRONOS, 151 MEMBROS EFETIVOS (VIVOS E MORTOS) E 1 (UMA) CADEIRA VAGA, DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS NOS 100 ANOS DE SUA EXISTÊNCIA
Patrono: José Manuel de Freitas (Desembargador Freitas) (1832-1887). Magistrado, jurista, poeta e jornalista, nascido em Jerumenha-PI. Foi juiz de direito em Piracuruca, Piauí, e Juiz dos Feitos da Fazenda, em Recife, Pernambuco. Formado em Direito pela tradicional Faculdade de Olinda-PE. Assumiu o governo do Piauí em dois períodos: 03.08.1866 a 05.10.1866, de 05.11.1867 a 09.11.1867 e de 03.05.1868 a 24.08.1868. Apologista fervoroso da abolição de escravatura. A história registra o seu nome como o primeiro magistrado a recusar aplicação de castigos corporais aos escravos. Aborrecido e decepcionado com a magistratura, aposentou-se como desembargador.
1º ocupante: Clodoaldo Severo Conrado de Freitas (1855-1924). Magistrado, jornalista, político, poeta, ensaísta, historiador, romancista e cronista. Nascido em Oeiras–PI. Seu primeiro nome era Clodoaldo Panfilo de Setembro Sete da Silva Conrado. Quando se matriculou na Faculdade de Direito do Recife, em 1870, tirou todos os cognomes, conservando, apenas, o da sua genitora, Freitas. A acadêmica Terezinha de Queiroz escreveu, de forma admirável, sobre a vida e obra de Clodoaldo Freitas. Foi membro fundador da Academia Maranhense de Letras (1908), da APL (1917) e do Instituto Geográfico e Histórico Piauiense (1918). Principais obras: O Bequimão (romance) e O Palácio das Lágrimas (novela).
2º ocupante: Cirilo Chaves Soares Carneviva (Padre) (1894-1936). Natural de Fortaleza-CE. Cresceu e toda sua formação escolar se deu em Teresina-PI. Padre, com formação nos seminários diocesanos de Teresina, concluindo o curso superior no Seminário de Olinda-PE. Ordenado pelo segundo bispo do Piauí, Dom Octaviano Pereira de Albuquerque, em 1917. Professor do Colégio Diocesano, inclusive da cátedra de música e canto. É sua, com a musicista Firmina Sobreira, a composição do Hino do Piauí, oficializado em 1923. Ingressou na APL, cadeira 1, sucedendo a seu amigo Clodoaldo Freitas, em 1924. Faleceu em 21.04.1936.
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3º ocupante: Esmaragdo de Freitas e Sousa (1887-1946). Nasceu em Floriano -PI. Magistrado, tendo, como desembargador, presidido o Tribunal de Justiça do Piauí, sociólogo, professor, escritor, jornalista e político. Professor de direito internacional privado, na Faculdade de Direito do Piauí. Presidiu o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Exerceu, no Recife, incontáveis cargos e funções. Elegeu-se Senador da República pelo Piauí, em 1946. Faleceu na plenitude de seu mandato. Foi, no Estado de Pernambuco, delegado de polícia, promotor público, subsecretário do Governo, consultor jurídico do Estado
4º ocupante: Avelar Brandão Vilela (Cardeal) (1912-1986). Arcebispo de SalvadorBA e Primaz do Brasil. Nasceu em Viçosa-AL. Ordenou-se Presbítero em Aracaju (1934), onde desenvolveu intensa atividade social e religiosa. Foi bispo de PetrolinaPE, sagrado em 1946, depois eleito Arcebispo de Teresina - Piauí, tomando posse em 05.05.1956. Eleito, no final de 1964, vice-presidente da CNBB tendo sido delegado da CNBB, junto ao CELAM, organismo da Igreja, sediado em Bogotá, Colômbia. Presidiu o CELAM no biênio 1967-1968. Foi arcebispo de Salvador, Bahia. Considerado um dos maiores pregadores do evangelho.
5º ocupante: Alberto Tavares Silva (1918-2009). Posse na APL: 27.12.1988. Político e engenheiro civil. Nasceu em Parnaíba-PI em 10.11.1918 e faleceu em Brasília - DF, em 28.09.2009. Doutorou-se em engenharia elétrica e mecânica, em Minas Gerais. Eleito governador do Estado do Piauí, para um mandato de quatro anos (15.03.1971 a 15.03.1975). No seu governo houve a implantação da Fundação Universidade Federal do Piauí e a criação da Secretaria de Cultura. Ampliou e reformou o Teatro 4 de setembro. Edificou, em Campo Maior, o monumento aos Heróis da Batalha do Jenipapo. Responsável pela construção do estádio de futebol ―O Albertão‖ e da maternidade em Teresina. Eleito mais uma vez governador do Piauí, em 1986. Foi senador e deputado federal. Ocupante atual: Antônio Fonseca dos Santos Neto (1953). Posse na APL: 02.03.2010. Natural de Passagem Franca-MA, 16.02.1953. Batizado em São João dos Patos - MA. Estudos básicos em Passagem Franca, Colinas-MA e Teresina. Licenciado em História (UFPI, 1980) e Bacharel em Direito (1981). Advogado (1982). Especialização em História do Brasil (1988). Mestre em Gestão Universitária (UFPI/IEPES, 1998). Doutor em Ciências Sociais/Políticas Públicas (UFMA, 2014). Professor do Departamento de História, da UFPI (Teresina). Diretor do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL/UFPI, 2001-2009).
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Patrono: Hermínio de Carvalho Castelo Branco (1851-1889). Considerado o maior poeta da poesia popular do Piauí. Nasceu na Chapada da Limpeza, em Barras - PI, hoje Esperantina e faleceu no Rio de Janeiro. Importante livro de sua autoria: “Lira Sertaneja”, em cujo trabalho encontramos as suas melhores poesias, entre as quais, citamos: “O Vaqueiro do Piauí”; “Um Sertão de Farinhada” e “São Gonçalo da Roça”. Cantou em versos toda a empolgação que tinha pela vida do campo na sua obra “Lira Sertaneja”. Originário de uma grande família de poetas, nascido e educado entre rústicos e simples sertanejos. 1º ocupante: João Pinheiro (1877-1946). Nasceu em Barras do Marathaoan-PI. Educador, mestre de Português de várias gerações. Poeta, historiador, folclorista e contista. Foi notável pesquisador da literatura, dos costumes e do folclore piauienses. Professor catedrático de português do laico Liceu Piauiense, do qual foi diretor por muitos anos. Foi um dos fundadores da APL. Diretor da Instrução Pública do Estado. Colaborador assíduo e fecundo da imprensa, escrevendo crônicas, contos e poesias. Publicou ―Solar dos Sonhos”, uma seleção de suas melhores poesias (1906). 2º ocupante: Deolindo Augusto de Nunes Couto (1902-1992). Médico e professor, nascido em Teresina-PI, em 11.03.1902 e falecido no Rio de Janeiro. Um dos maiores neurologistas do mundo. Foi escritor, ensaísta. Especializou-se em neurologia, pela Faculdade de Paris e na Universidade de Berlim. Ministrou cursos nas Faculdades de Paris e Lisboa. Presidiu, por sete mandatos, a Academia Nacional de Medicina. Autor de várias obras. Lecionou, como catedrático, na Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, sendo reitor da Universidade do Brasil. Ex-membro do Conselho Federal de Cultura. Pertenceu à Academia Brasileira de Letras. 3º ocupante: José Expedito de Carvalho Rêgo (1928-2000). Posse na APL: 05.03.1993. Médico, romancista, poeta, jornalista e contista, nascido em Oeiras-PI, em 01.06. 1928 e faleceu em Floriano-PI, em 31.03.2000. Possuia estilo simples, escorreito, criativo e de muita ficção. Em 1981 publicou o seu primeiro livro, Né de Sousa, biografia romanceada do Visconde da Parnaíba. Formado pela Universidade Federal da Bahia (1953). Os temas de suas obras são, na maioria, voltados para assuntos históricos e sociais, notadamente de sua terra natal. Romancista dos melhores. Sócio-fundador do Instituto Histórico de Oeiras.
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Ocupante atual: Jônatas de Barros Nunes (1934). Nasceu em Jerumenha, hoje Eliseu Martins-PI, em 1934. Posse na APL: 22.11.2000. Físico PhD pela Universidade de Londres King´s College e graduado pela UNB. Foi professor da UNB, UFRRJ, PUC/Rio e UFPI. Coronel de Artilharia do Exército, com Curso Superior da Academia Militar das Agulhas Negras-AMAN. Bacharel em Direito pela UFRJ. Proficiência em Inglês na Universidade de Cambridge Inglaterra. Fez cursos de especialização em material bélico e em guerra química, biológica e nuclear, no Exército. Foi Reitor da UESPI, secretário de Estado da Educação e secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Piauí. Vários artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais. Diversos livros publicados. Presidente da Academia de Ciências do Piauí e Titular vitalício daa Academia Piauiense de Letras. Foi deputado federal e candidato ao Governo do Piauí em 2002.
Patrono: Joaquim Sampaio Castelo Branco (Padre) (1860-1892). Sacerdote, escritor, jornalista vibrante e vigoroso, bacharel em teologia, professor e escritor, nascido em José de Freitas-PI, e falecido no Rio de Janeiro. Presbítero da diocese do Maranhão. Bacharel em Teologia pela Universidade de Paris (França). Foi professor da princesa Isabel. Notável orador sacro, ilustrou, pela sua cultura e cintilante inteligência, o clero brasileiro. Foi professor catedrático de francês do Liceu Maranhense. Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Católica Santo Apolinário, de Roma (Itália).
1º ocupante: Fenelon Ferreira Castello Branco (1874-1925). Magistrado, jornalista, poeta, escritor cuja vida e obra emolduram uma personalidade que tinha como dotes peculiares a probidade, a cultura e a operosidade postas a serviço de ideias mais sublimes. Nasceu em Barras, Piauí, e faleceu em União-PI. Bacharel em direito pela tradicional Faculdade de Direito do Recife. Juiz de Direito em Picos e em Floriano-PI. No governo de Miguel Rosa, foi nomeado Secretário de Polícia (19121916).
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2º ocupante: Cromwell Barbosa de Carvalho (1883-1974). Magistrado, jurista, professor e escritor. Nasceu em Amarante-PI, e faleceu em Teresina-PI. Bacharel em direito pela Faculdade do Recife. Juiz distrital e juiz de direito de Valença e de Floriano-PI, sendo Desembargador (1927-1931). Procurador dos Feitos da Fazenda. Promotor público em Caxias-MA. Presidiu o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. Professor Catedrático de direito penal. Idealizador e um dos fundadores da Faculdade de Direito do Piauí, onde durante 24 anos foi professor e diretor.
3º ocupante: João Gabriel Baptista (1920-2010). Posse na APL: 09.01.1978. Nasceu em Teresina-PI, em 04.08.1920 e faleceu em Teresina-PI. Engenheiro civil e geógrafo. Posse na APL: 09.01.1978. Professor catedrático de geografia. Mestre na Universidade Federal do Piauí. Secretário de Obras Públicas (1956-1959). Membro do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense. Autor de consagradas obras, com destaque para Vulcões do Brasil; Nascentes de um Rio; Origem do Rio Parnaíba; Etnohistória Indígena Piauiense; Geografia Física do Piauí (1987); Mapas Geohistóricos do Piauí (1987).
Ocupante atual: Jesualdo Cavalcanti Barros. Nasceu em Corrente-PI, em 18.02.1940. Posse na APL: 06.08.2010. Historiador e conselheiro aposentado do TCE/PI. Foi Presidente da União Piauiense dos Estudantes Secundaristas (UPES). Conselheiro Seccional da OAB-PI. Vereador de Teresina, perdeu o mandato pelo movimento militar. Deputado Estadual em três mandatos, Deputado Federal e Constituinte. Presidiu a Assembleia Legislativa e, nessa qualidade, assumiu o Governo do Estado, no período de 08 a 12.02.1993. Foi Secretário de Cultura, Desportos e Turismo e Presidente da Fundação Cultural do Piauí. Liderou o movimento pela criação da Fundação de Ensino Superior do Piauí (FESPI), conseguindo recursos federais o que resultou na instalação, em suas dependências, do Campus Avançado ―Deputado Jesualdo Cavalcanti‖ (UESPI), na cidade de Corrente-PI. Conselheiro do TCE, presidindo a Corte em dois biênios. Prefeito Municipal de Corrente (2013-2016). Bibliografia: Tempo de Cultura; O Estado do Gurgueia e Outros Temas; Notícia do Gurgueia; Tempo de Tribunal; Memória dos Confins; Tempo de Contar; Dicionário Enciclopédico do Gurgueia; Gurgueia–Espaço, Tempo e Sociedade e Sertões de Bacharéis.
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Patrono: David Moreira Caldas (1836-1879). Nasceu em Barras-PI. Jornalista, professor, político e escritor. Iniciou a sua vida na imprensa, no jornal O Arrebol, por ele fundado em 1859. Seu artigo “Oitenta e Nove‖ é um manifesto contra as instituições imperiais e uma conclamação à Proclamação da República, publicado na revista Cosmos, do RJ, em 1907, e no Correio da Manhã, do Rio. Conhecido como o ―Profeta da República‖, de forma lendária e histórica. Morreu paupérrimo, em Teresina. Conta a história que: ―Nem a morte fez arrefecer a vingança dos áulicos imperiais contra o grande republicano. Como a Igreja Católica era ligada ao Estado, David, apesar de grande crente em Deus, e membro da Irmandade do Santíssimo Sacramento, era oficialmente considerado ateu e, como tal, não teve o direito de ser enterrado no cemitério. Cavaram-lhe um túmulo em frente ao portão principal do cemitério São José, debaixo de um velho jatobazeiro ali existente, túmulo que alma caridosa mandou cercar com grade de ferro. Na década de 1930, quando do calçamento da rua, foram exumados seus ossos e trasladados para dentro do cemitério‖. 1º ocupante: Jônathas Baptista (1885-1935). Poeta, jornalista, conferencista e teatrólogo. Foi promotor público e funcionário do Tesouro Nacional, em São Paulo. Nasceu no município de Natal, hoje Monsenhor Gil-PI, e faleceu em São Paulo. Redigiu: Arrebol; O Mensageiro; O Operário; O Nordeste. Publicou: Sinceros; Maio e Alma sem Rumo. Foi um dos mais expressivos autores de peças teatrais do Piauí. Teve uma intensa atividade na imprensa piauiense. Foi um dos redatores da revista A Alvorada. Foi membro da Sociedade de Autores Teatrais do Rio de Janeiro.
2º ocupante: Mário José Baptista (1884-1965). Advogado, magistrado, jornalista, professor, poeta e historiador. Nasceu em Valença do Piauí e faleceu em Teresina-PI. Foi vice-prefeito de Teresina (1917-1920). Bacharel em direito pela Faculdade de Recife. Deputado estadual, inspetor federal do ensino e Procurador-geral do Estado. A sua obra poética refletia, quase sempre, sentimentos telúricos. Catedrático de ciências das finanças da antiga Faculdade de Direito do Piauí, onde foi o seu diretor. Publicou: Hidrografia e Orografia do Estado do Piauí.
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3º ocupante: Fernando Lopes e Silva Sobrinho (1896-1981). Magistrado, professor, poeta, contista e jornalista dos mais brilhantes. Nasceu em União-PI e faleceu em Fortaleza-CE. Bacharel pela Faculdade de Direitodo Ceará (1927) Lecionou em quase todos os colégios de Teresina e na Faculdade de Direito do Piauí. É de uma progênie de magistrados. No Ceará foi promotor público e juiz de direito, em Limoeiro do Norte. Foi, no Piauí, juiz de direito em importantes comarcas. Professor de Introdução à ciência do direito, na UFPI. Em Fortaleza teve intensa atividade nos jornais: O Povo, Unitário e no Correio do Ceará. No Piauí, colaborou com os jornais: O Dia e o Estado.
4º ocupante: William Palha Dias (1918-2012). Posse na APL: 17.09.1982. Nasceu em Caracol-PI, em 17.09.1918. Publicou:Caracol da História do Piauí (história); Endoema (romance); Vila de Jurema (romance); Os Irmãos Quixaba (romance); Mulher Dama; Sinhá Madama (romance com fundo histórico); O Dia-a-dia de Todos os Dias (crônicas); Alcorão Rubro (documentário); Memorial de um Lutador Obstinado (memórias); Flagrantes do Quotidiano (crônicas); Papo-amarelo – drástica solução (romance histórico); São Raimundo Nonato – de distrito-freguesia a vila (história); Rascunho Histórico de Cristino Castro (história), entre outras. Foi jornalista, advogado, magistrado e membro dos Institutos Histórico e Geográfico do Piauí e de Oeiras.
Ocupante atual: Wilson Nunes Brandão (1960). Posse na APL: 14.08.2012. Nasceu no Rio de Janeiro, em 14.08.1960. Filho de Wilson de Andrade Brandão e Maria de Lourdes Leal Nunes de Andrade Brandão. É formado em Direito, Engenharia Elétrica e Licenciatura Plena em História, com especializações em línguas ̶ Francês e Inglês. Profissionalmente, já exerceu os seguintes cargos: Secretário de Governo, Governo Wilson Martins ̶ 2011/2014, Secretário de Estado de Justiça e da Cidadania, Governo Hugo Napoleão ̶ 2001/2003, Secretário de Estado de Projetos Especiais, Governo Freitas Neto ̶ 1993/1994 e Líder do Governo Wilson Martins ̶ 2010. Atualmente, exerce o sétimo mandato como Deputado Estadual. Membro efetivo da Academia Piauiense de Letras, ocupante da cadeira 04. Publicou as seguintes obras: “Mitos e legendas da Política Piauiense” – 2006 e “Mitos e Legendas da Política Piauiense – 2ª Edição Revista e Ampliada" 2015. Articulista do Jornal “Diário do Povo”.
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Patrono: Areolino Antônio de Abreu (1865-1908). Nasceu em Teresina-PI. Governador do Estado do Piauí. Médico, político, jornalista e escritor. Fundador do Asilo dos Alienados, conhecido pelo povo como ―Asilo dos Doidos‖, posteriormente foi denominado ―Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu‖. Deputado provincial e vice-governador do Estado do Piauí. Presidiu o Tribunal de Contas do Estado do Piauí. Membro do Conselho de Intendência de Teresina, em duas legislaturas. Na última, presidiu a edilidade teresinense.
1º ocupante: Édison da Paz Cunha (1891-1973). Nasceu em Teresina-PI. Escritor, jornalista, filósofo, poeta e prosador. Um dos fundadores da Academia Piauiense de Letras. Promotor público, diretor da Imprensa Oficial do Estado. Jornalista com intensa atividade, colaborou com o jornal O Piauí, Correio de Teresina, Habeas corpus, A Cultura, Chapada do Corisco, A Pátria e muitos outros. Em coautoria, 1941, escreveu Razões Finais. É, também, de sua autoria Vozes Imortais, um trabalho de crestomatia, composto de biografias, comentários e críticas das atividades intelectuais dos seus titulares durante 25 anos de existência da Casa de Lucídio Freitas. 2º ocupante: José Miguel de Matos (1923-2000). Nasceu em Floriano-PI e faleceu em Teresina-PI. Posse na APL: 18.12.1973. Poeta, jornalista, antologista, biógrafo e genealogista. Cidadão Teresinense. Fundou e dirigiu as revistas Mafrense e Destaque. Participou do Movimento da Renovação Cultural. Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Detentor da Medalha de Guerra, por ter colaborado na 2ª Guerra Mundial. Livros publicados: Vocação de Abdias Neves, Brás da Santinha, Caminheiros da Sensibilidade.
Ocupante atual: Oton Mário José Lustosa Torres (1957). Nome literário: OTON LUSTOSA. Posse na APL: 05.04.2001. Natural de Parnaguá-PI. Nascido a 06.08.1957. Filho de Otacílio Torres de Sousa e de Maria de Nazaré Lustosa Nogueira. Magistrado. Desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí. Publicou as seguintes . obras jurídicas: Petições e Sentenças; Ações Possessórias; Da Propriedade Imóvel. E as seguintes obras literárias: Meia-vida (romance); O Pescador de Personagens (contos); Vozes da Ribanceira (romance). É Membro, também, da Academia Piauiense de Letras Jurídicas, da Academia Maçônica de Letras do Piauí e da Academia de Letras da Magistratura Piauiense; sócio do Instituto Histórico de Oeiras e do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba.
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Patrono: Teodoro de Carvalho e Silva Castelo Branco (1829-1891). Agricultor e poeta. Nasceu na fazenda Chapada da Limpeza, município de Barras-PI, hoje Esperantina. Cresceu no sertão, empolgado pela natureza exuberante que o cercava. Homem de pouca cultura, todavia portador de uma inteligência fecunda, de extraordinário estro, rimas espontâneas e sonoras. Poeta lírico e romântico. A natureza e as caçadas foram a fonte mais notável da sua poesia. Recebeu o epíteto de POETA CAÇADOR. Herói da Guerra do Paraguai.
1º ocupante: Benedito Aurélio de Freitas (1884-1937). (Baurélio Mangabeira). Nasceu em Piripiri-PI, em 1884 e faleceu em Teresina-PI, em 1937. Um dos fundadores da Academia Piauiense de Letras. Poeta lírico e satírico. Jornalista versátil O seu pseudônimo foi assim formado: Benedito, o B., como consta do seu registro; Aurélio, homenagem ao pai; Mangabeira, árvore dadivosa das matas piauienses, cujo látex vale ouro e a fruta é como a vida ̶ ora tem amargura do fel, ora doçura do mel. Iniciou sua vida como prático de farmácia. Juiz distrital em Alto Longá.
2º ocupante: Alarico José da Cunha (1883-1965). Maranhense de Timon, antiga Flores. Posse na APL: 23.06.1938. Nasceu no dia 31 de dezembro de 1883 e faleceu no Rio de Janeiro, em 1 de setembro de 1965. Sociólogo. Poeta. Jornalista. Prosador. Folclorista. Era poliglota. Foi um dos fundadores da Academia Maranhense de Letras. Bibliografia: Discursos Maçônicos; Ode à Mendiga; Cinema Falado; Microscópio; No Recesso do Lar e o extraordinário soneto filosófico: Deus; Exaltação à Beleza; Nostalgia do Céu; Oração Fúnebre e Folclore Nortista.
3º ocupante: Petrarca Rocha de Sá (1919-1982). Nasceu em Oeiras-PI. Engenheiro civil, professor e jornalista. Curso de sistema elétrico de avião, na Escola Técnica de Aviação de São Paulo, e curso de hidráulica técnica e aplicada, em Pernambuco. O jornalista Petrarca escrevia nos principais jornais do Estado. Foi diretor do Departamento Estadual de Estradas e Rodagens e do DNOCS. Foi superintendente da Rede Ferroviária Federal do Piauí. Mestre em matemática. Bibliografia: Sistematização; Escoamento de Fluídos Através de Orifícios Circulares.
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4º ocupante: Orlando Geraldo Rego de Carvalho (193-2013). (O.G. Rego de Carvalho). Posse na APL: 07.06.1983. Romancista, nascido em Oeiras-PI, no dia 25 de janeiro de 1930 e falecido em Teresina-PI, em 09.11.2013. Bacharel em direito, professor de literatura e português, no antigo Liceu Piauiense. Escritor de renome nacional. Foi um dos grandes clássicos da Moderna Literatura Brasileira. Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Piauí. Aos 23 anos lançava o livro Ulisses Entre o Amor e a Morte (1953). Escreveu: Rio Subterrâneo e Somos Todos Inocentes. A obra de O.G. Rêgo de Carvalho obedece a planos estruturais que o Autor criou e recriou ao longo da vida.
Ocupante atual: Maria do Socorro Rios Magalhães (1954). Nasceu em Teresina-PI, em 01.06.1954. Posse na APL: 25.04.2014. Concluiu o Curso de Licenciatura Plena em letras pela UFPI. Lecionou Língua Portuguesa e Literatura em vários colégios de Teresina. Ingressou em 1980 como docente na UFPI, do Departamento de Letras, lecionando disciplinas da área de Literatura. Ainda na UFPI, integrou o corpo docente do Programa do Mestrado em Educação, do Centro de Ciências da Educação, bem como ministrou diversas disciplinas no Programa de Mestrado em Letras, do Centro de Ciências Humanas e Letras. Secretária Adjunta do Município de Teresina. Membro do Conselho Municipal de Cultura. Professora e Coordenadora de Pesquisa Pesquisa do Instituto Camilo Filho. Desde 2006, por concurso público, tornou-se professora de Literatura da Universidade Estadual do Piauí, vinculada à Coordenação de Letras-Português do Centro de Ciências Humanas e Letras.
Patrono: Anísio Auto de Abreu (1862-1909). Teresinense, nasceu em Teresina-PI, no ano de 1862 e faleceu no dia 06.12.1909. Foi governador do Estado do Piauí, empossado em 01 de julho de 1908, permanecendo até 05.12.1909. Magistrado, jurisconsulto, político, escritor e jornalista, deputado federal, estadual e senador da República. Foi Secretário de Estado da Polícia. Foi um dos autores da Carta Magna Piauiense, promulgada em 13 de junho 1892. Figura como um dos maiores parlamentares brasileiros do seu tempo e o maior que já deu à terra piauiense. Estudou num seminário do Maranhão de 1873 a 1874 e entrou para o Liceu Piauiense onde fez os cursos preparatórios até 1881, quando ingressou na Faculdade de Direito do Recife.
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1º ocupante: Hygino Cícero da Cunha (1858-1943). Nasceu em Timon-MA. Professor, jurista, jornalista, magistrado e escritor, catedrático de direito administrativo da Faculdade de Direito do Piauí. Polemista desassombrado e seguro. Propagandista dos movimentos sociais da Abolição e da República. Colaborou com quase todos os jornais da época, participou da junta de governo do Piauí, em 1889, chefe de Polícia do Estado, duas vezes. Bacharel em direito pela Faculdade de Recife (1885). Ensinou humanidades no Liceu Piauiense e na Escola Normal Oficial.
2º ocupante: Raimundo de Moura Rêgo (1911-1988). Professor, jornalista, poeta, músico, desenhista, romancista e contista. Nasceu em Matões-MA e faleceu no Rio de Janeiro. Bacharel em direito pela Faculdade do Rio de Janeiro (1953). Pertenceu aos quadros da Fiscalização da Receita Federal como agente fiscal de tributos federais. Figura muito atuante nos meios culturais de Teresina. Na imprensa era um jornalista assíduo em contribuições nos principais órgãos de comunicação do seu tempo. Bibliografia: Ascensão de Sonhos, Contracantos, As Mamoranas estão florindo e Gritos Perdidos.
Ocupante atual: Humberto Soares Guimarães (1945). Nasceu em Ribeiro GonçalvesPI, em 29.05.1945. Posse na APL: 10.12.1988. Curso de graduação em medicina: Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco (FESPE), 1967-1972. Diploma de especialista em psiquiatria conferido pela Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Psiquiatria em 1994. Título em Psiquiatria Forense, a partir de 2010. Professor universitário, FUFPI, 1974-2005, nas disciplinas de medicina legal, psicologia médica e psiquiatria clínica. Médico psiquiatra e perito psiquiatra do Estado do Piauí, 1963-2016. Diretor-geral do Hospital Areolino de Abreu, 1995-2001. Escritor. Livros publicados: Essências Em Conflito; Juvenílias; Nas Pegadas do Rio; Um Certo Érico Veríssimo I e II; A Voluntária da Pátria; O Mundo é de Valdevino Sandeu; Para Uma Psiquiatria Piauiense; Complexo de Saturno; Hebreus; Abyssus; Berros da Terra; Cadernos Avulsos; Dom Clidenor ̶ O Último Quixote; Chão de Fogo. Próximos: Rio Caminha Que Anda; Ar da Graça em Grãos de Chiste.
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Patrono: José Coriolano de Sousa Lima (1829-1869). Magistrado, poeta e político. Nasceu e faleceu em Príncipe Imperial, então pertencente ao Piauí, posteriormente ao Ceará, com o nome de Crateús. Legítimo cultor da poesia popular piauiense, as suas poesias e prosas retratam o sertão, o caboclo, o vaqueiro, os costumes e as suas predileções. Teve uma intensa atividade na imprensa de Recife e de Teresina. Foi promotor público, juiz municipal e juiz de direito. Foi deputado provincial em duas legislaturas, ocupando, na última, a presidência da Assembleia Legislativa Provincial. 1º ocupante: Antônio Chaves (1882-1938). Poeta, jornalista e conferencista dos mais aplaudidos. Nasceu e faleceu em Teresina. Teve intensa atividade na imprensa desta capital, colaborou com os jornais Arrebol, Alvorada e Correio de Teresina, tendo dirigido o Diário do Piauí. É o autor da letra do Hino da Independência do Piauí, musicado por Pedro José da Silva. Conferencista dos mais aplaudidos. Bibliografia: Almas Irmãs; Poesia em parceria com Zito Batista e Celso Pinheiro; Poema da Mágoa, 1919, versos, e Nebulosas, 1916, versos. Um dos fundadores da APL. 2º ocupante: Breno Pinheiro (1899-1957). Jornalista culto e consagrado, contista e cronista. Nasceu em Barras-PI e faleceu no Rio de Janeiro. Primoroso jornalista e cronista, ainda muito jovem fixou residência em Piracicaba-SP, onde fundou e dirigiu a revista Sala de Espera, órgão de publicações literárias. Colaborou, na capital paulista, com os jornais O Estado de São Paulo, Correio Paulistano e A Folha da Manhã. Fundou e presidiu o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo. No Rio de Janeiro, foi redator do Jornal do Brasil.
3º ocupante: Celso Pinheiro Filho (1914-1974). Advogado, jornalista, político e escritor, nascido e falecido em Teresina-PI, bacharel em direito pela Faculdade do Rio de Janeiro. Foi oficial de gabinete do ministro do Trabalho, no governo de Eurico Gaspar Dutra. Em Rondônia, foi prefeito de Porto Velho. No Piauí, foi também prefeito de Teresina (14.03.1946– a dezembro de 1946). Delegado do SAPS (RJ). Em 1938, Celso Pinheiro Filho foi preso e condenado, sob a acusação de comunista, pelo Tribunal de Segurança Nacional. As torturas sofridas por Celso Pinheiro Filho durante a prisão resultaram em grave sequela física ao jovem advogado. Publicou: Soldados de Tiradentes; Nogueira Tapeti e História da Imprensa no Piauí.
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4º ocupante: Francisco da Cunha e Silva (Cunha e Silva) (1904-1990). Professor, jornalista, romancista e cronista. Nasceu em Amarante-PI, em 03.08.1904 e faleceu em Teresina-PI. Ingressou no Seminário Salesiano de Lavrinha-SP, onde fez seu noviciado e o curso de filosofia. Educador emérito, fundou, em 1932, o Educandário ―Ateneu Rui Barbosa‖, em Amarante que funcionou até 1947. Professor catedrático de história do Brasil, na Escola Normal ―Antonino Freire‖, de Teresina. Diretor do antigo Liceu Piauiense. Na imprensa local, notabilizou-se pela operosidade.
Ocupante atual: Francisco Miguel de Moura (Chico Miguel) (1933). Posse na APL: 30.10.1990. Nasceu em Jenipapeiro-Picos-PI, em 16.06.1933. Formado em Letras pela Universidade Federal do Piauí e pós-graduado na Universidade Federal da Bahia. Seu primeiro livro foi “Areias”. Publicou 40 obras, inclusive em São Paulo, Rio e Belo Horizonte. Participou de antologias de poemas, nos estados do Brasil. Premiado em crítica, romance e poesia. Autor de livros de contos e de crônicas. Figura em antologias de poemas em Portugal, Espanha, França, Itália e Estados Unidos. Como crítico participou de ―A Dictionary of Contemporary Brazilian Authors‖, Arizona, USA, 1981. No Brasil, citado em dicionários e enciclopédias. Em 2016, completando 50 anos de escritor, a APL lança a 2ª. ed. De “Poesia in Completa”, com poemas inéditos. Livro mais conhecido: “Linguagem e Comunicação em O. G. Rego de Carvalho”, publicado no Rio, Editora Artenova, em 1972. Obra preferida do autor: “O Menino Quase Perdido”, 2009.
Patrono: Alcides Freitas (1890-1912). Médico, poeta, prosador, cronista, político e jornalista, nasceu em Teresina-PI, em 04.06.1890 e faleceu em 06.05.1912, em Campo Maior-PI. Estudou no Liceu Piauiense, Doutor em medicina pela Faculdade da Bahia, com a tese Da Lágrima, estudo de fisiopsicologia. Bibliografia: “Da Lágrima”, tese de doutorado, defendida perante a Faculdade de Medicina da Bahia, em 1912; “Alexandrino‖, sonetos, em parceria com seu irmão Lucídio Freitas. Os versos do poeta, em princípio, inferiorizam sua tristeza, sua revolta e seu sofrimento, motivado pela doença que aos poucos o aniquilou.
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1º ocupante: Lucídio Freitas (1894-1921). Poeta, jornalista, jurista, professor e magistrado, nascido e falecido em Teresina, Estado do Piauí. Bacharelou-se em direito com apenas 19 anos de idade. Idealizador e um dos fundadores da Academia Piauiense de Letras. Poeta imaginoso e lírico. Publicou: Vida Obscura, versos, Minha Terra, poesias. No campo do direito, escreveu Questões Processuais. Lecionou história do Brasil no antigo Liceu Piauiense. Catedrático de teoria e prática do processo civil, da Faculdade de Direito do Piauí. Colaborou com os jornais, A Notícia, Diário do Piauí e o Piauí. Faleceu em 14.05.1921. No sepultamento, orou à borda do túmulo, em nome da APL, o acadêmico Antônio Chaves. 2º ocupante: Pedro Borges da Silva (1890-1961). Magistrado, jurista e poeta, nasceu em São João do Piauí, em 29.04.1890 e faleceu no Rio de Janeiro. Era de uma progénie das mais ilustres do Estado. Bacharelou-se, em direito, pela Faculdade do Rio de Janeiro. Exerceu, no Piauí, altas posições nos governos de Eurípedes de Aguiar, João Luís Ferreira e Matias Olímpio de Melo. Juiz federal (1924-1926). No âmbito federal, foi ministro do Tribunal Federal de Segurança. Assumiu a vaga deixada na Câmara dos Deputados, com o falecimento do Dr. Armando César Burlamaqui. Poeta de muita sensibilidade e profunda criatividade. 3º ocupante: João Nonon de Moura Fontes Ibiapina (Fontes Ibiapina) (1921-1986). Magistrado, professor, cronista, romancista e folclorista. Nasceu em Picos-PI, em 14.06.1921 e faleceu em Parnaíba-PI, em 10.04.1986. Professor de português e matemática. Ex-membro do Conselho Estadual de Cultura. Escritor dos mais consagrados no Piauí, o seu conceito tem uma dimensão nacional. Bacharel em direito pela Faculdade do Piauí. Foi juiz de direito no Piauí. Escreveu: Sambaíba; Tombador; Palha de Arroz; Brocotós; Pedra Bruta; Vida Gemida em Samambaia; Congresso de Duendes; Passarela de Marmotas. Ocupante atual: Hugo Napoleão do Rêgo Neto (1943). Posse na APL: 06.03.1987. Nasceu, em 31.10.1943, em Portland, Oregon, nos Estados Unidos da América, onde seu pai era vice-cônsul do Brasil. Parlamentar. Por duas vezes foi governador do Estado do Piauí e senador da República e três vezes deputado federal, sempre pelo Piauí. Ministro de Estado. Formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, foi assistente jurídico do Banco DENASA de Investimentos S.A. Professor no Instituto de Administração e Gerência da Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Ministro da Educação, em 1987, ministro da Cultura, em 1988, e ministro das Comunicações (1992).
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Patrono: Licurgo José Henrique Paiva (1842-1887). Poeta, jornalista, teatrólogo e dramaturgo, nascido em Oeiras-PI, em 18 de março de 1842 e falecido em Jerumenha, no Piauí. Fez estudos secundários no Liceu Piauiense. Foi para Recife em 1866 com a finalidade de estudar direito, mas o seu espírito boêmio o afastou do ingresso na faculdade. Deixou inédito: “Voos e Quedas”; e “Quedas Fatais”. Colaborou com os jornais O Semanário, A Imprensa e A Província, Órgão da Imprensa Piauiense. Como poeta, publicou, em 1866, Flores da Noite, prefaciado por Tobias Barreto. 1º ocupante: Celso Pinheiro (1887-1950). Poeta, jornalista e cronista. Nasceu em Barras-PI e faleceu em Teresina-PI. Matriculou-se na Escola Militar do Rio de Janeiro, tendo mais tarde dela se retirado por motivos de saúde. Considerado um dos melhores poetas simbolistas do Brasil, no mesmo nível de Cruz e Sousa. O soneto era sua predileção; fazia-o diariamente. Era conhecido como o milionário do verso. Parece até que tinha um pássaro na sua alma a gorjear. Obras: Almas Irmãs; Flor Incógnita; Poesias; Gardênias e Trapo de Jornais.
2º ocupante: Antônio Monteiro de Sampaio (Monsenhor Sampaio) (1916-1991). Sacerdote católico, poeta, jornalista e professor. Grande orador sacro. Nasceu e faleceu em Parnaíba-PI. Estudou no Seminário Santo Antônio, em São Luís do Maranhão, onde recebeu as ordens do diaconato. Ordenou-se na catedral de Teresina, em 1940, cujo ato foi dirigido pelo bispo Dom Severino Vieira de Melo. Foi reitor do Seminário de Teresina. Vigário–geral da Diocese de Parnaíba-PI. Autor do Hino de Nossa Senhora da Graça de Parnaíba. Monsenhor em 15.12.1961, ato assinado pelo Papa João XXIII. 3º ocupante: Hindemburgo Dobal Teixeira (H. Dobal) (1927-2008). Posse na APL: 11.09.1992. Nasceu e faleceu em Teresina-PI. Um dos melhores poetas piauienses de todos os tempos. Bacharel em direito. Foi, no Ministério da Fazenda, auditor fiscal do Tesouro Nacional, presidente do Conselho de Contribuintes e professor da Escola de Administração Fazendária. Curso de pós-graduação para o desenvolvimento, pela Escola de Economia da Universidade de Londres, e de recursos humanos na Fundação Alemã para o Desenvolvimento, em Berlim. Incluído na famosa Antologia de Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos, organizado por Manuel Bandeira. Obras: O Tempo Consequente (1966); O Dia Sem Presságios (1970); Viagem Imperfeita (1973); A Província ImperfeitaDeserta (1974); A Serra das Confusões (1978); A Cidade Substituída (1978); Os Signos e as Siglas (1986); Uma Antologia Provisória (1988); Um Homem Particular (1987); Cantiga de Folhas (1989); Roteiro Sentimental e Pitoresco de Teresina (1992); Ephemera (1995); Grandeza e Glória nos Letreiros de Teresina (1997); Lírica (2000).
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Ocupante atual: José Elmar de Mélo Carvalho (1956). Posse na APL: 21.10.2008. Nasceu em Campo Maior–PI, 09.04.1956. Juiz de Direito aposentado. Formado em Direito e em Administração de Empresas (UFPI). Filho de Miguel Arcângelo de Deus Carvalho e Rosália Maria de Mélo Carvalho. Casado com Fátima. Presidiu o Diretório Acadêmico 3 de Março, a União Brasileira de Escritores do Piauí (UBE/PI) e o Conselho Editorial da Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Foi membro do Conselho Editorial da UFPI. Poeta, contista, cronista e ensaísta. Autor, entre outros, dos livros Rosa dos Ventos Gerais (3ª edição), Lira dos Cinquentanos e Bernardo de Carvalho – o Fundador de Bitorocara (2ª edição). Colaborador de jornais e revistas Piauí. Citado em vários livros e dicionáriosdo biográficos. Recebeu diversas honrarias. Cidadão honorário de várias cidades. Membro de várias academias de letras.
Patrono: João Alfredo de Freitas (1862-1891). Magistrado, professor, contista, folclorista, tradutor e jornalista. Nasceu, em Teresina-PI, e faleceu, no Recife-PE, numa crise de hemoptise. Bacharel em direito pela Faculdade do Recife. Foi promotor público no Piauí e Juiz de direito em São Francisco-MA. Professor de matemática em Recife. Convidado pelo governo da província do Rio Grande do Norte, é nomeado chefe de polícia. Obras publicadas: Contetos; Lendas e Superstições do Norte; Jesus e os Evangelhos; Excursão pelos Domínios da entomologia, importante obra sobre as formigas.
1º ocupante: Abdias da Costa Neves (1876-1928). Nasceu e faleceu em Teresina-PI. Jurista, político, jornalista, poeta, professor, romancista, magistrado e historiador, triunfador em todas as searas nas quais pontificou ―Valia uma geração‖, no dizer de Cristino Castelo Branco. Foi juiz de direito em Piracuruca e em Castelo do Piauí, bem como juiz substituto da Justiça Federal. Procurador fiscal da Fazenda. Não figura entre os fundadores da APL, porque naquela oportunidade encontrava-se no Rio de Janeiro, exercendo o mandato de Senador da República. Obras publicadas, entre muitas: Um Manicaca; Psicologia do Cristianismo; A Guerra de Fidié; A Elegibilidade do Marechal; Aspectos do Piauí.
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2º ocupante: Benedito Martins Napoleão do Rêgo (1903-1981). Professor, ensaísta, poeta, crítico literário, jurista, jornalista e advogado. Considerado um dos maiores poetas da literatura nacional. Nasceu em União-PI e faleceu no Rio de Janeiro. Professor, diretor do Liceu Piauiense, mestre de direito constitucional na antiga Faculdade de Direito do Piauí, Consultor jurídico do Banco do Brasil e integrou a equipe jurídica da Casa da Moeda. Membro do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Educação. Emérito educador. Obras: Copa do Ébano; Poemas Ocultos; Poemas Humanos e Divinos; O Prisioneiro do Mundo; Tema; A Criança. , 3º ocupante: Fabrício de Arêa Leão Carvalho (1917-1982). Poeta, jornalista e historiador. Autodidata. Nasceu em Teresina-PI, em 1917, e faleceu na mesma cidade (05.12.1982). Fez o curso técnico-prático profissionalizante em mecânica e de Condução de Máquinas. Estudou filosofia, teosofia e sociologia. Jornalista brilhante, ora doutrinário, ora panfletista, escrevia diariamente para a imprensa de Teresina. Foi um dos fundadores da Associação Profissional de Jornalistas do Piauí. Bibliografia: Resenha Histórica da Agricultura; Opulência do Espírito; Biografia de Abdias Neves.
4º ocupante: Aluízio Napoleão de Freitas Rêgo (1914-2006). Posse na APL: 27.07.1983. Diplomata, intelectual e homem de sociedade. Nasceu em Belém-PA. Bacharel em direito pela Universidade do Rio de Janeiro e faleceu em Brasília-DF, em 14.09.2006. Foi cônsul de terceira classe, vice-cônsul do Brasil em Portland, Oregon (USA), 2º secretário da Embaixada do Brasil em Washington, 1º secretário em Paris. Foi embaixador do Brasil no Irã, Suécia e China. Nomeado pelo presidente Kubistchek chefe do cerimonial da Presidência da República. Diretor da revista Magazine Comercial, em 1936-1937.
Ocupante atual: José Ribamar Garcia (1946). Nasceu em Teresina-PI, em 1946. Posse na APL: 15.03.2007. Romancista, cronista, contista e jornalista. Formado em direito pela Faculdade de Niteroi. Conselheiro da OAB-RJ. Pertence ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro e ao Instituto dos Advogados do Brasil. Participou do concurso de contos João Pinheiro, promovido pela Fundação Cultual do Piauí. Autor de quase uma centena de crônicas publicadas no Rio de Janeiro. Colaborou com as revistas Presença e Cadernos de Teresina. Bibliografia: Imagens da Cidade Verde (Crônicas); Os Cavaleiros da Noite; Prá onde vão os Ciganos; Em Preto e Branco (romance); Leveza só da brisa (2016); Ao Lado do Velho Monge (contos). Tem trabalhos jurídicos publicados em revistas especializadas. Agraciado com o título Cidadão Carioca, pela Câmara do Vereadores da cidade do Rio de Janeiro.
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Patrono: Antônio Coelho Rodrigues (Conselheiro) (1846-1912). Jurisconsulto, professor e político. Nasceu na Fazenda Boqueirão, pertencente ao município de Oeiras, depois ao de Jaicós, finalmente ao de Picos-PI. Faleceu em São Paulo-SP. Registrou-se-se com o nome de Antônio de Sousa Martins, todavia por questões de inimizades de famílias, fizeram-no alterar,como protesto, os sobrenomes, adotando os do seu avô Valério Coelho Rodrigues, patriarca da família. Bacharel em direito pela Faculdade de Recife-PE. Seu nome está sempre ligado à elaboração de antigo Código Civil Brasileiro (1893). Prefeito do antigo Distrito Federal.
1º ocupante: João Crisóstomo da Rocha Cabral (1870-1946). Ministro, jurista, político, professor e poeta. Nasceu em Jerumenha-PI e faleceu no Rio de Janeiro. Bacharel e doutor em direito pela Faculdade de Recife. Viveu 6 anos na Amazônia, onde se notabilizou como grande jurista, responsável pela elaboração do Código do Processo Penal do Estado. Publicou, também, durante sua estada, a obra Falências e Respectivo Processo. Ingressou na Universidade do Brasil como professor de direito comercial. Foi deputado federal pelo Piauí em duas legislaturas.
2º ocupante: Hermínio de Morais Brito Conde (1905-1964). Cientista, médico, professor e historiador. Pesquisador audaz e percuciente da Ciência e da História. Nasceu em Piracuruca-PI e faleceu no Rio de Janeiro. Médico da Universidade do Rio de Janeiro, com pós-graduação em Berlim, Paris, Viena e Lisboa. Fez viagens de pesquisas a países da Europa, América do Norte, Ásia e África, aprofundando seus conhecimentos em oftalmologia. Dedicou-se obstinadamente durante a sua vida à causa de combate à cegueira. Colocou a sua inteligência e suas energias a serviço da medicina. 3º ocupante: Antônio Bugyja de Sousa Britto (1907-1992). Jornalista, historiador, memorialista, folclorista e poeta. Nasceu em Oeiras-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Bacharel em direito pela Universidade do Rio de Janeiro. A sua exuberante cultura geral como memorialista, jornalista, poeta e folclorista proporcionou uma grande contribuição à nossa cultura. De uma progênie de artistas e intelectuais. Seu primeiro livro de poesias foi Muralhas. Na prosa escreveu: Miridan e Zabelê; Itains, contos; Desajustes e Desajustados, narrativas; O Piauí na Unidade Nacional, história; Três artífices do Verso; Traços em cinco biografias e Quatro escorços biográficos.
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4º ocupante: José Maria Soares Ribeiro (1923-1994). Bancário, jornalista e escritor. Nasceu em São Francisco-MA e faleceu em Teresina-PI. Bacharel em direito pela Universidade Federal do Piauí. Fez curso intensivo de alta administração de empresa (CIPAD), em Brasília. Foi inspetor do Banco do Brasil e coordenador da Defensoria Pública do Estado do Piauí. Jornalista primoroso, colaborou com os Jornais: O Dia e Folha da Manhã. Publicou: Elogio da Sombra; Perfis; Escorço de Figuras Ilustres do Piauí.
Ocupante atual: Wilson Carvalho Gonçalves (1923). Farmacêutico, Professor e historiador, nasceu em Barras-PI ̶ terra dos governadores ̶ no dia 21.04.1923. Posse na APL: 10.02.1995. Formado pela Faculdade de Farmácia do Rio de Janeiro. Professor, dicionarista, biógrafo e historiador. Foi secretário da Interventoria Federal do Piauí, secretário da Delegacia do Ministério da Fazenda, coordenador da ESAF-PI, conselheiro do Conselho Integrado da Administração Fazendária, Promotor público adjunto. Vereador em Barras. Membro do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense. Autor da mais importante antologia já escrita sobre a APL. Para tornar possível a elaboração de quase todos os currículos e a aposição de fotos dos acadêmicos neste livro, o organizador, acadêmico Nildomar da Silveira Soares, valeu-se das obras de Wilson Gonçalves, por indispensáveis.
Patrono: Joaquim Ribeiro Gonçalves (1855-1919), mais conhecido como Ribeiro Gonçalves. Magistrado, político e escritor. Nasceu em Regeneração-PI e faleceu no Rio de Janeiro. Estudos secundários no Seminário de Mercês, em São Luís-MA, e bacharelou-se em direito pela Faculdade do Recife. Juiz de direito. Eleito vicegovernador do Piauí, teve o mandato cassado pela Assembleia Legislativa. Foi deputado à Assembleia Legislativa do Maranhão. Elegeu-se simultaneamente deputado e senador, optando pela senatoria. Reeleito para as 9ª e 10ª legislaturas, como senador. Redator do Jornal A Luta.
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1º ocupante: Antônio Ribeiro Gonçalves (1877-1928). Médico, professor e político. Nasceu em Amarante-PI, em 11.06.1877 e faleceu no Rio de Janeiro. Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, especializou-se em oftalmologia e otorrinolaringologia. Realizou estudos em hospitais de Lisboa, Viena, Paris e Berlim. Foi diretor da Santa Casa de Misericórdia de Teresina, professor de francês e alemão no Liceu Piauiense. Deputado estadual, deputado federal. Poeta de muita criatividade. Como jornalista, colaborou com os jornais Cidade de Teresina, A Pátria, O Piauí, A Luz. 2º ocupante: Gonçalo de Castro Cavalcanti (1882-1949). Magistrado, professor e jornalista, nascido e falecido em Teresina-PI. Promotor público e juiz de direito, membro do Tribunal de Contas do Estado, professor de matemática e física. Falava fluentemente o italiano, o inglês, o francês, o espanhol e o alemão. Grande orador. Bacharel em direito pela Faculdade do Recife. Bibliografia: Cálculo de Radicais. Segundo Martins Vieira: ―Incansável, quanto à aquisição de conhecimentos, vasto saber foi acumulando, a cultivar os mais variados assuntos, a tudo isso uma sensibilidade artística verdadeiramente prodigiosa‖. 3º ocupante: Clidenor de Freitas Santos (1913-2000). Posse na APL: Dezembro de 1953. Médico, formado pela Faculdade do Recife-PE, político, escritor e empresário. Especializou-se em Psiquiatria. Nasceu em Miguel Alves e faleceu em Teresina-PI. Homem de ciências e homem de letras, notável pela sua extraordinária cultura humanística. Clidenor é uma instituição de sabedoria e humanística. Legou à posteridade “Uma Lição de Vida”. Foi deputado federal e teve seu mandato cassado pelo golpe militar de 1964, exilando-se na embaixada do Peru. Professor Honoris Causa da UFPI. Ergueu o sanatório Meduna, uma obra humanística de grande alcande social. Ocupante atual: Pedro da Silva Ribeiro (1930). Posse na APL: 15.04.2001. Natural de Guadalupe-PI, nasceu a 14.02.1930. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Piauí (1956), bacharel em História e Geografia pela Faculdade Católica de Filosofia do Piauí (1959); licenciado em História pelo Centro de Ensino Universitário de Brasília (1968), Professor, lecionou a Cadeira de História no Colégio Estadual do Piauí, no Colégio Sagrado Coração de Jesus (Teresina ̶ Piauí), na Fundação Educacional do Distrito Federal e na União Pioneira de Integração Social, no DF. Auditor Federal de Contas aposentado do Tribunal de Contas da União – TCU. Obras publicadas: Vento Geral, romance (1981); Sol Poente, contos (1987); A Divisa, romance (1993); Club Dos Diários, crônicas (2003); Pequeno Divertimento Literário, contos (2011).
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Patrono: Raimundo Alves da Fonseca (Cônego) (1842-1884). Nascido em Jerumenha-PI, falecido em São Luís-MA. Sacerdote, professor, escritor, jornalista. ―Polemista vibrante e temido, quando os padres do Brasil foram atacados pela sátira irônica e cortante do grande sábio sergipano Tobias Barreto...‖ Ordenou-se sacerdote pelo Seminário Santo Antônio, no Maranhão. Um dos fundadores do Colégio da Imaculada Conceição. Lecionou filosofia no Liceu Maranhense. Os seus artigos eram transcritos pelo Diário de Pernambuco. 1º ocupante: Pedro de Alcântara de Sousa Brito (1882-1955). Posse na APL: 24.05.1918. Advogado provisionado, poeta, jornalista, polemista e impulsivo, prosador. Nascido em Oeiras-PI e falecido em Teresina-PI. Poeta irônico e satírico, humorista, de muita presença de espírito, tendo deixado muitos ditos espirituosos ainda hoje repetidos pelo povo. Repentista notável, com grande capacidade de improvisar versos, ferinos e satíricos. Obras: A Morte de Jesus, Volatas, poesia; Coletânea de Versos e Três Sonetos, O Admirável Pedro Brito, em 1982, uma coletânea de poesias e prosas. 2º ocupante: Carlos Eugênio Porto (1913-1980). Médico formado pela Universidade Federal de Pernambuco-PE, escritor. Nascido em Santa Rita-PB e falecido no Rio de Janeiro. Especializou-se em higiene e saúde pública e epidemiologia pela USP; soros de vacinas, no Instituto Butantã; hematologia, com o professor Mário Mesquita; e poluição, água e ar, na Petrobrás, (1974), todos em São Paulo. Sua pesquisa foi consolidada na obra Roteiros do Piauí. Escreveu Roteiro do Piauí, editada em 1955. Publicou cerca de 35 trabalhos científicos. Implantou, no Piauí, Serviço Nacional de Malária. 3º ocupante: Ofélio das Chagas Leitão (1915-1989). Advogado, jornalista, professor de Geografia, de História e de Francês, no antigo Liceu Piauiense. Nascido em PicosPI e falecido em Teresina-PI. Formado pela Faculdade de Direito do Maranhão. Foi juiz do trabalho; procurador-geral da Justiça do Estado e chefe da Casa Civil no governo Tibério Nunes; presidente da comissão do salário mínimo do Piauí; presidente da Junta de Conciliação e Julgamento do Trabalho; procurador regional eleitoral do Piauí e chefe da Assessoria Jurídica do Banco do Brasil, em Teresina-PI.
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4º ocupante: Alvina Fernandes Gameiro (1917-1999). Posse na APL: 05.09.1990. Romancista, poetisa, contista, pintora e professora. Nasceu nas Fazendas Nacionais, município de Oeiras-PI, e faleceu em Brasília-DF. Formada pela Escola Nacional de Belas Artes, graduou-se pela Universidade da Columbia, NY-USA e fez curso de aperfeiçoamento na National School, em Los Angeles-Califórnia, USA. Professora de português e inglês em vários educandários do Piauí, do Maranhão e do Pará. Bibliografia: A Vela e o Temporal; O Vale das Açucenas; Dois na Berlinda; Chico Vaqueiro do Meu Piauí, romance versificado; Curral da Serras; Orfeão de Sonhos (poesia); 15 Contos que o Destino escreveu (contos); Contos dos Sertões do Piauí.
Ocupante atual: Altevir Soares de Alencar (1934). Posse na APL: 13.06.2000. Advogado. Nasceu na cidade de Alto Longá-PI em 26.08.1934, Residiu por 17 anos em Mato Grosso do Sul, no qual foi prefeito da cidade de Nioaque, fundada em 08.04.1848. Retornou ao Piauí onde colabora regularmente na imprensa (Diário do Povo e O Dia). Entidades literárias a que pertence: Academia Piauiense de Letras (cadeira 14), Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (cadeira 34). Bibliografia: Sonho de Realidade, Eterno Crepúsculo, Poemas da Solidão, Angustia, Poemas Para Quem Sabe Amar (3 edições), Dentro de Mim, Alguma Poesia, Êxtase, Anda, Vem Ca! (2 edições), Livro de Sonetos (8 edições).
Patrono: Antônio Borges Leal Castelo Branco (1817-1871). Nasceu em Campo Maior-PI e faleceu em Alcântara-MA. Magistrado político e jornalista, bacharel em direito, tendo sido o primeiro piauiense que se formou em direito. Foi chefe de polícia, deputado províncial duas vezes, deputado-geral em duas legislaturas (18481849 e 1865-1866), juiz de direito em Caxias-MA. Presidiu as províncias de Pernambuco e do Maranhão. Era um varão conspícuo. Publicou: Exposição circunstanciada sobre as Eleições do 1º Distrito da Província do Piauí, em 1857.
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1º ocupante: Benedito Francisco Nogueira Tapety (1890-1918), Professor e poeta, nascido e falecido em Oeiras-PI. Faleceu antes da posse, mas a Academia o considerou membro efetivo. Homem de temperamento artístico, alma delicada de sonhador, orador vibrante, brilhante e irresistível. Foi promotor púbico em Oeiras e professor de filosofia, psicologia e lógica no antigo ―Liceu Piauiense‖. Parnasianista, com acentuado conteúdo lírico, telúrico e panteísta. Como poeta, canta como um mestre de arte da palavra o amor sofrido, sem correspondência e sem esperança.
2º ocupante: Cristino Couto Castelo Branco (1892-1983). Nasceu em Teresina-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Magistrado, jurista, professor, primoroso jornalista, escritor e poeta. Bacharel em direito pela Faculdade do Recife, sendo o primeiro colocado entre cento e trinta e sete bacharéis de sua turma. Iniciou sua carreira como juiz de direito do Maranhão. Foi presidente do Tribunal de Justiça do Piauí. Conselheiro federal da OAB. Professor da antiga Faculdade de Direito do Piauí. Militou na imprensa piauiense, nos jornais Cri-Cri, O Piauí, Correio de Teresina e Diário do Piauí. 3º ocupante: Carlos Castelo Branco (Castelinho) (1920-1993). Nasceu em TeresinaPI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Maior jornalista piauiense de todos os tempos. Repórter político, contista e cronista, bacharel em direito, iniciou sua carreira jornalística em Belo Horizonte–MG, como repórter político e um dos editorialistas do Jornal Estado de Minas. Foi membro da Academia Brasileira de Letras. Secretário de Imprensa na presidência da República no governo Jânio Quadros. Celebrizou-se como o maior repórter político por sua crônica diária no Jornal do Brasil, a partir de 1963 até a sua morte, leitura obrigatória do mundo político brasileiro.
4º ocupante: Benjamin do Rego Monteiro Neto (1915-2012). Nasceu e faleceu em Teresina-Piauí. Posse na APL: 03.03.1994. Professor, jornalista, poeta e cronista. Doutor em direito, professor catedrático de direito internacional púbico da Universidade Federal do Piauí. Presidiu o Conselho Estadual de Cultura em três mandatos. Membro estadual do Projeto Petrônio Portela. No Rio de Janeiro, foi um dos redatores do jornal O Globo. Bibliografia: O Cristianismo; o Sacerdócio e a Paz; Poesia de Ontem; O Direito da Sociedade Humana; A Casa do Barão de Gurguéia; A Santa Sé no Direito Internacional.
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5º ocupante: Deoclécio Dantas Ferreira (1938-2015). Nasceu e faleceu em TeresinaPI. Posse na APL: 18.08.2012. Respeitado jornalista e político do Piauí, ocupando o cargo de vice-prefeito de Teresina. Assessor da Companhia Energética do Piauí e primeiro presidente da Companhia Editorial do Piauí. Foi vereador por esta capital, deputado estadual e assessor do Tribunal de Contas do Estado do Piauí. Participou do Conselho Estadual de Cultura e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais deste Estado. Teve importante participação no rádio e na televisão de Teresina, comandando programas de significativa audiência. Autor de vários livros.
Ocupante atual: Cid de Castro Dias (1942). Posse na APL: 30.04.2016. Nasceu em 25.01.1942, em São Raimundo Nonato-PI. Engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Ceará (1968). Funcionário de carreira da Secretaria de Obras do Piauí exerceu os cargos de: fiscal das obras do Estádio Alberto Silva (Albertão); subsecretário de Obras em duas administrações. Professor aposentado do IFPI, antigo CEFET. Ex-secretário de Projetos Estruturantes da Prefeitura Municipal de Teresina. Agraciado com as medalhas Mérito Conselheiro Saraiva, da Prefeitura de Teresina, e Mérito Renascença, do governo do Estado do Piaui. Autor dos livros: “Os Caminhos do rio Parnaíba”; “Piauí-Projetos Estruturantes”; “Piauí-das origens à nova Capital” e “Piauí-obras que desafiam”.
Patrono: Taumaturgo Sotero Vaz (1869-1921). Nascido em Amarante-PI, em 30.06.1869 e falecido em Manaus-AM. Magistrado, jurista, poeta, jornalista e teatrólogo. Bacharel em direito. Desenvolveu quase toda a sua atividade profissional e literária em Manaus-AM. Foi promotor Público, juiz de direito e procurador da República. Como professor, lecionou pedagogia, literatura, economia e sociologia no Ginásio Amazonense. Dirigiu o Teatro Amazonas. Bibliografia: Cantigas do Brasil, versos e Fé; Esperança e Caridade. Com o pseudônimo ―Warenka‖ compôs as revistas teatrais Chico Francisco, o Troxa; Não Vou Nisso; A Baratinha; Se a cabocla Soubé.
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1º ocupante: Raimundo Zito Baptista (1887-1927). Nasceu em 16.09.1887 na localidade Natal, hoje Monsenhor Gil-PI, e faleceu em 22.10.1927, no Rio de JaneiroRJ. Poeta, cronista, professor e jornalista. Escreveu para os principais jornais de Teresina. Militou, com muito brilhantismo também, na imprensa Carioca, como redator de O Jornal. Foi diretor da Imprensa Oficial do Piauí. Redator das revistas Alvorada e Cidade Verde (1912). Como orador, era cativante e surpreendente pela sensibilidade. Bibliografia: Almas Irmãs; Chama Extinta; Harmonia Dolorosa e outros calorosos livros.
2º ocupante: José Pires Rebelo (1877-1947). Nasceu em Piripiri-PI. Engenheiro civil e político. Elegeu-se deputado federal em duas legislaturas. Em 1923, galgou uma cadeira no Senado Federal, na vaga deixada por Félix Pacheco permanecendo ininterruptamente na Câmara Alta até a décima terceira legislatura (1927-1929). Em 1935 voltou ao Senado, do qual foi 2º secretário, tendo seu mandato cassado com a dissolução do Congresso Nacional pelo golpe de Estado dado por Getúlio Vargas. Foi diretor do Departamento de Obras do Estado.
3º ocupante: Adelmar Soares da Rocha (1892-1973). Nasceu em Bertolínia-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Médico, político e grande orador. Militar, carreira na qual atingiu o mais alto posto: general. Dirigiu o Hospital Militar de Bagé-RS e o de Mato Grosso, com sede em Campo Grande. Ex-presidente da Cruz Vermelha Brasileira. Foi supervisor da Junta de Seleção da Força Expedicionária Brasileira. (FEB). Deputado federal pelo Piauí. Bibliografia: Caxias Como Símbolo da Grandeza Militar da Pátria, conferência proferida em 1939 e uma palestra sob o título Visconde de Tauney.
4º ocupante: Edgard Nogueira (1913-1978). Nasceu em Teresina-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Magistrado, jurista, professor e jornalista. Bacharel em direito pela Universidade do Brasil, do Rio de Janeiro. Professor do Liceu Piauiense e da Faculdade de Direito do Piauí, como professor de direito judiciário penal. Professor Emérito da Fundação Universidade Federal do Piauí. Nomeado desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, tendo sido seu presidente por 6 biênios. Procurador-geral da Justiça. Ex-Presidente da Associação de Magistrados. Presidiu o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Fundou e dirigiu a revista Piauí Judiciário.
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5º ocupante: Petrônio Portella Nunes (1925-1980). Nasceu em Valença-PI e faleceu em Brasília-DF. Piauiense do século. Estadista e político. Bacharel pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Líder estudantil. Eleito deputado estadual, prefeito de Teresina em 1958, senador da República, reeleito em 1971, governador do Estado do Piauí tomando posse em 31.01.1963. Presidente do Senado e do Congresso Nacional, ministro da justiça, grande arquiteto da redemocratização do Brasil. Nota: ―Vários acadêmicos indicaram aos confrades o Ministro Petrônio Portella para ocupar a cadeira 16, vaga com o falecimento de Edgard Nogueira. A essa poltrona já havia requerido inscrição o intelectual José Eduardo Pereira, que, embora desejoso de pertencer à Casa de Lucídio Freitas, dirigiu carta ao professor Tito Filho, em que salienta: ―Todavia, o meu confessado desejo cede lugar ao dever de homenagear a figura eminente do meu velho amigo Petrônio, sem dúvida, uma das figuras mais marcantes da história contemporânea brasileira, por isso que exaltando o nome deste querido Estado nas relevantes missões que, como parlamentar e, agora, ministro, vem desempenhando de forma tão notável. Entendo que somente a unanimidade, a nível de aclamação, poderia efetivamente significar o reconhecimento da cultura piauiense, de que a Academia é a mais lídima representante, aos méritos do nosso conterrâneo, também portador de respeitáveis títulos ligados a atividades intelectuais‖. Depois de tais considerações, José Eduardo Pereira fez desistência de sua candidatura. (Publicado no Informativo da APL, mês novembro/1978). 6º ocupante: Zenon Rocha (1915-1990). Nasceu em Maceió-Alagoas e faleceu em Teresina-PI. Médico e professor, formado em medicina pela Universidade do Brasil (1939), diretor dos Hospitais ―Getúlio Vargas‖ e ―Areolino de Abreu‖. Um dos idealizadores da Fundação da Faculdade de Medicina do Piauí, da qual foi diretor. Professor de medicina legal. Pertenceu à Academia Nacional de Medicina. Membro da Sociedade Brasileira de Escritores Médicos e da Academia Brasileira de Ciências Médico-Sociais. Bibliografia: Do Estado Puerperal e O Delito Privilegiado do Infanticídio.
Ocupante atual: Eustáchio Portella Nunes Filho (1929). Nasceu em 10.06.1929, em Valença-PI. Posse na APL: 08.08.1991. Médico e professor conferencista e escritor. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil (1953). Diretor do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi professor titular de psiquiatria, psicologia e psicopatologia da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ. Diretor do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. Médico efetivo Serviço Nacional de Doenças Mentais, aprovado em concurso público, em 1º lugar. Membro titular da Academia Nacional de Medicina. Bibliografia: Obsessão e Delírio; Fundamentos de Pisiquiatria; Lobotomia em Pacientes Esquizofrênicos; O Sentido do tempo no Homem.
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Patrono: Raimundo de Arêa Leão (1846-1904). Nasceu na localidade Taboca, distrito Vila Dos Humildes, atual Alto Longá-PI, em 07.05.1846 e faleceu no Rio de JaneiroRJ, em 10.01.1904. Médico, jornalista, poeta e político. Formado pela Faculdade de Medicina da Bahia. Foi inspetor de higiene do Piauí, Conselheiro municipal de Teresina. Deputado provincial no período de 1874 a 1879. Vice-Presidente da Província do Piauí. Redator do jornal A Época, em 1878, órgão do Partido Conservador. Poeta satírico e, principalmente, lírico. Exerceu a medicina durante quarenta anos em Teresina. Bibliografia: Febres Palustres da Regiões Tropicais, tese de doutorado. 1º ocupante: Odylo de Moura Costa (1873-1957). Posse na APL: 13.06.1921. Nasceu e faleceu em Teresina-PI. Escritor e jornalista, bacharel em direito pela tradicional Faculdade do Direito do Recife-PE. Residiu no Maranhão, onde ocupou as funções de secretário de Fazenda, deputado Estadual e desembargador. Exerceu o jornalismo em Teresina e em São Luís-MA. Foi juiz nos Termos de Santo Antônio e Flores, hoje Simões, no Maranhão, e também da Comarca de Loreto de São José dos Matões. Deputado provincial. Escritor, ensaísta e conferencista. Redator do jornal A Cidade de Teresina. 2º ocupante: Odylo Costa Filho (1914-1974). Posse na APL: 1969. Nasceu em São Luís-MA. Jornalista, contista, poeta, ensaísta e crítico literário. Bacharel em direito pela Universidade do Rio do Janeiro. Secretário de Imprensa da Presidência da República no governo de Café Filho. Adido cultural da Embaixada do Brasil em Lisboa. Como jornalista, era um articulista notável. Compositor de jornais e revistas. Pertenceu a Academia Brasileira de Letras. Foi redator do Jornal do Comércio, fundador e diretor do Política e Letras, diretor de A Noite e Tribuna da Imprensa e da Revista Senhor. Dirigiu a Rádio Nacional. Diretor de redação de O Cruzeiro.
Ocupante atual: João Paulo dos Reis Veloso (1931). Nasceu em Parnaíba-PI. Posse na APL: 30.04.1981. Economista e professor reconhecido no Brasil, na América Latina e em países do continente europeu. Dos estudos básicos no Ginásio São Luiz Gonzaga, em Parnaíba, tornou-se PhD pela Universidade americana do Yale (EUA), granjeando o primeiro lugar. Ministro-chefe da Secretaria de Planejamento da Presidência da República, presidente do Fórum Nacional, autor de mais de uma dezena de estudos apontando alternativas para o desenvolvimento econômico do Brasil. Professor de Pós-Graduação da Fundação Getúlio Vargas. Participou do projeto de criação do Instituto Nacional do Cinema e do Museu de Arte Moderna. Bibliografia: BrasilSolução Positiva; O Último Trem para Paris; Dívida Externa tem Solução; As Opções do Novo Governo; A Solidão do Corredor de Longa Distância.
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Patrono: João Lustosa da Cunha Paranaguá (Marquês de Paranaguá) (1821-1912). Nascido a 21.09.1821, na fazenda Brejo do Mocambo (Parnaguá-PI). Deputado provincial. Deputado geral pelo Piauí por cinco legislaturas. Senador vitalício. Conselheiro do Império. Presidente das províncias do Maranhão, Pernambuco e Bahia. Foi ministro das seguintes pastas: justiça, guerra, negócios estrangeiros, marinha e fazenda. Foi presidente do Conselho de ministros. Visconde e depois Marquês de Paranaguá. Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, de que foi presidente. Patrono da cadeira 18 da Academia Piauiense de Letras. Faleceu a 9 de fevereiro de 1912. 1º ocupante: José Félix Alves Pacheco (1879-1935). Nasceu em Teresina-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Primeiro piauiense a ingressar na Academia Brasileira de Letras, eleito em 11.05.1912. Político, jornalista e poeta. Foi diretor-presidente do jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, um dos mais importantes jornais da época. Foi Ministro das Relações Exteriores, deputado federal e Senador. É difícil mencionar o número de obras publicadas por Félix Pacheco; todavia, podemos dizer que 200 trabalhos foram por ele editados, entre eles: Chicotadas; Via–Crúcis; Mors-Amor; Luar de Amor; Marta; Tú, só Tú...; No Limiar do Outono; Lírios Brancos. 2º ocupante: José Burlamaqui Auto de Abreu (1899-1978). Nasceu em Teresina-PI. Jornalista brilhante e combativo, historiador, memorialista, cronista e político. Atuou no Diário Carioca, do Rio de Janeiro, onde escrevia mensalmente as mais belas crônicas. Procurador do antigo IAPC. Deputado federal e Deputado estadual. É o autor da Lei estadual nº 176, instituindo o dia 19 de outubro como o Dia do Piauí. Foi chefe de gabinete do embaixador Batista Luzardo, na chefatura de polícia, no Rio de Janeiro. Publicou Terra Mater, em 1937.
Ocupante atual: Herculano Moraes da Silva Filho (1945). Posse na APL: 01.05.1980. Piauiense de São Raimundo Nonato (02.05.1945), é poeta, jornalista dos mais brilhantes e escritor, tendo atuado na editoria de jornais como O Dia, O Estado, O Liberal. Resenhista literário dos suplementos Caderno de Sábado, do Jornal Correio do Povo, de Porto Alegre-RS; e D.O. Leitura, do IMESP, de São Paulo. Autor de mais de trinta livros entre os quais Visão Histórica da Literatura Piauiense. Figura das mais destacadas e atuantes nos meios intelectuais do Estado. Foi secretário de Comunicação do Estado, presidente do River Atlético Clube, vereador de Teresina, no período de 1971 a 1973, e outros encargos.
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Patrono: Antônio José de Sampaio (Engenheiro Sampaio) (1857-1906). Nasceu em Livramento, hoje José de Freitas-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Engenheiro industrial e doutor em ciências físicas e naturais pela Escola Politécnica de Zurique, na Suíça. Lecionou química na Escola de Engenharia do Rio de Janeiro. Foi um notável cientista, tinha ideias avançadas no campo da indústria pastoril. Engenheiro Sampaio falava e escrevia corretamente o francês, o inglês, o alemão e o italiano. Publicou obras de dimensões internacionais: Descrição Geral do Piauí e Investigações Químicas dos produtos naturais do Brasil. 1º ocupante: Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves (1895-1984). Posse na APL: 10.06.1918. Nasceu em Amarante-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Uma das mais pujantes afirmações intelectuais do Piauí em todos os tempos, segundo A. Tito Filho. Engenheiro. Cientista. Político. Escritor. Jornalista com intensa atividade na imprensa piauiense. Formado em engenharia civil e geográfica pela Escola Politécnica da Bahia. Projetou o ―Liceu Piauiense‖ e o prédio da antiga Escola Normal, hoje, Palácio da Cidade. Foi homenageado em Paris com o título de sócio da Societé des Engenieres de France. Foi senador da República. 2º ocupante: Renato Pires Castelo Branco (1914-1995). Nasceu em Parnaíba-PI. Publicitário, ensaísta, romancista, poeta, historiador e cronista. Bacharel em direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Diretor da Escola de Comunicação da USP. Fundador e diretor da Escola Superior de Propaganda, presidente da Delegação Brasileira do Festival de Cinema, presidente do Museu Nacional de Propaganda. Escreveu A Química das Raças; Política exterior para o Brasil; Fatos e Lendas; Domingos Jorge Velho; A Civilização do Couro.
Ocupante atual: Alcenor Rodrigues Candeira Filho (1947). Posse na APL: 15.03.1996. Nasceu em Parnaíba-Pi, em 10.02.1947. Poeta, cronista, ensaísta e professor. Procurador federal aposentado e professor da UFPI-Campus Ministro Reis Veloso com vários livros publicados, destacando-se Antologia Poética; Parnaíba: Meu Universo; Aspectos da Literatura Piauiense; O Crime da Praça da Graça; Sombra Entre Ruínas; Rosas e Pedras; A Insônia da Cidade; Literatura Piauiense no Vestibular e Das Formas de Influência na Criação Poética. Casado com Ana Lúcia Cerqueira Candeira e pai de Dina, Diana e David de Carvalho Candeira. Membro da APL (cadeira nº 19). Em 1998, lançou o livro de poemas denominado ―Memorial da Cidade Antiga‖.
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Patrono: Álvaro de Assis Osório Mendes (1852-1907). Nasceu em Oeiras-PI e faleceu em Teresina-PI. Governador e vice-governador do Estado, senador da República, chefe de polícia do Estado, magistrado, jornalista combativo e culto, escritor e político. Foi um administrador enérgico e calmo. Inaugurou o abastecimento de água e do serviço telefônico em Teresina. Bacharel em direito pela Faculdade do Recife, em 1871. Promotor público no Maranhão. No Piauí, foi juiz de direito em várias comarcas, chegando ao cargo de desembargador, tendo renunciado por questões de foro íntimo. 1º ocupante: Mathias Olympio de Mello (1882-1967). Posse na APL: 24.01.1921. Nasceu em Barras do Marathaoan-PI. Governador do Estado do Piauí, magistrado, jornalista, político e escritor. Bacharel em direito pela Faculdade do Recife, em 1904. Nomeado promotor público em Teresina. Secretário de Governo em três administrações no Piauí. Combateu o banditismo existente à época com firmeza e resolução, restabelecendo a ordem pública. O Piauí teve, também, no seu novo governo, a invasão do seu território pela famosa Coluna Prestes, chefiada por Luís Carlos Prestes e outros revolucionários. 2º ocupante: Jacob Manoel Gayoso e Almendra (1899-1976). Nasceu em TeresinaPI. Governador do Estado do Piauí (1955-1959). Militar, político e historiador. Fez o curso secundário no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Reformou-se como general de brigada do Exército Nacional. Participou do combate, 1926, às forças rebeldes da Coluna Prestes. Como político, foi deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa, secretário de Estado da Fazenda, deputado federal e secretário-geral do Estado. Criou o FRIPISA.
3º ocupante: José Camillo da Silveira Filho (1927-2004). Posse na APL: 30.01.1978. Nasceu e faleceu em Teresina-PI. Educador emérito, professor catedrático de história, lecionou na Faculdade Católica de Filosofia de Teresina. Reitor da Universidade Federal do Piauí. Jornalista, escritor, bacharel em direito, procuradorgeral da Justiça, chefe da Casa Civil do Governo do Estado. Exerceu, no Piauí, os mais importantes cargos e funções públicas. Conselheiro e presidente do Conselho Estadual de Cultura. Secretário de Educação Superior do MEC, em Brasília, em 1987. Secretário de Interior, Justiça e Segurança Pública do Piauí; Secretário de Obras Públicas e da Educação e Cultura. Dirigiu o Jornal do Piauí e Opinião. Teve uma projetada atuação na imprensa Piauiense.
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Ocupante atual: Raimundo José Airimoraes Soares (Padre) (1933). Nasceu em São Pedro do Piauí-PI. Posse na APL: 12.08.2004. Sacerdote, professor emérito. Tem curso de filosofia no Seminário maior, em Olinda, Pernambuco. Diplomado em Filosofia pela Academia Romana de Santo Tomás, em Roma, Itália. Bacharel e licenciado (mestrado) em sagrada escritura, pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália. Bacharel e licenciado (mestrado) em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Curso de extensão em didática do ensino superior pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e Curso de Doutorado (PhD) em Teologia Pastoral, pela Universidade de Montreal, Canadá. Fala inúmeros idiomas. Foi membro do Conselho Estadual de Educação do Estado; subsecretário-geral da CNBB para assuntos de Pastoral. É detentor de uma das maiores bibliotecas particulares do Piauí, com cerca de 53.000 títulos.
Patrono: Leopoldo Damasceno Ferreira (Cônego) (1857-1906). Nasceu em Oeiras-PI e faleceu em São Luís-MA. Sacerdote católico, professor, poeta, jornalista e político. Ordenou-se no Seminário Saint Sulpice de Paris, em cuja capela celebrou sua primeira missa, a 23.12.1883. No mesmo seminário doutorou-se em direito canônico. Foi professor de latim e francês. Grande orador sacro. Diretor do Seminário das Mercês e governador do bispado do Estado. Foi deputado estadual e teve intensa atividade na imprensa do Maranhão. Obra publicada: Biografia de José da Silva Maia. 1º ocupante: Antônio Francisco da Costa e Silva (Da Costa e Silva) (1885-1950). Nasceu em Amarante-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Poeta, crítico literário e jornalista. Considerado um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos pela crítica de Clóvis Bevilácqua, Tristão de Ataíde, Antonio Torres, Sílvio Romero, José Veríssimo, Mário Rodrigues e muitos outros. Príncipe dos Poetas Piauienses. É conhecido como o Poeta da Saudade. Autor do Hino do Piauí. Bibliografia: Sangue, Zodíaco, Verhaeren, Pandora, Verônica, Alhambra. Da Costa e Silva foi o escritor piauiense que alcançou maior fama e o que conseguiu uma fortuna crítica das mais soberbas e invejáveis. 2º ocupante: Maria Isabel Gonçalves de Vilhena (Neném Vilhena) (1896-1988). Nasceu em Teresina-PI. Poetisa, cronista e professora. Faleceu aos 92 anos de idade, em plena lucidez e sensibilidade. Pedagoga, diplomada pela Escola Normal ―Antonino Freire‖, em Teresina. Lecionou francês nos colégios Sagrado Coração de Jesus, Escola Normal e Colégio Diocesano, todos em Teresina-PI. Falava, escrevia e versava fluentemente a língua francesa. Em 1994, publicou o livro Nada e uma coletânea com 50 poesias, de muita sensibilidade, sob o título Seara Humilde.
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3º ocupante: Francisco Hardi Filho (1934-2015). Posse na APL: 07.08.1989. Francisco Hardi Filho nasceu em Fortaleza-CE, em 05.07.1934 e faleceu em TeresinaPI, em 27.03.2015. Funcionário público. Fundou com Herculano Moraes, Chico Miguel de Moura, Osvaldo Lemos e outros, o Círculo Literário Piauiense. Publicou Cinzas e orvalhos, (premiado pela Prefeitura de Teresina), 1964. Outras obras poéticas: Gruta iluminada, 1970; Teoria do simples, 1986; Veneno das horas, 2000. Do soneto ao poema livre é um poeta profundo. Em prosa: Poesia e dor no simbolismo de Celso Pinheiro, 1987; O dedo do homem, 2000; Oliveira Neto, poeta do amor da alegria, 1993. Deixou inédito Diário (crônicas), publicado na Coleção Centenário. Membro da APL, recebeu o título de Cidadão Piauiense, da Assembleia Legislativa do Piauí.
Ocupante atual: Dilson Lages Monteiro (1973). Posse na APL: 22.10.2015. Nasceu na cidade de Barras do Marathaoan-PI, em 14.12.1973. Professor de Língua Portuguesa e Literatura e escritor que transita por gêneros textuais diversos: poema, crônica, conto, romance e ensaio acadêmico. Publicou, até a data de edição deste livro, 15 livros, entre os quais o romance ―O morro da casa-grande‖, o infantil ―O rato da roupa de ouro‖ e o livro de poemas ―O sabor dos sentidos‖, que foram acolhidos favoravelmente pela crítica e adotados como leitura obrigatória em escolas. Edita, com sucesso, desde 2002, o Portal Entretextos, voltado para a divulgação da literatura brasileira.
Patrono: Miguel de Sousa Borges Leal Castelo Branco (1836-1887). Nasceu em Campo Maior-PI e faleceu em Teresina-PI. Professor, político e biógrafo. Professor de francês e retórica no antigo ―Liceu Piauiense‖. Fundador e diretor do ―Colégio Nossa Senhora das Dores‖, em Teresina-PI. Fez do magistério verdadeiro apostolado. Cego, nunca se arrefeceu no seu ideal de bem conduzir os moços. Jornalista brilhante, desenvolveu intensa atividade na imprensa piauiense. Foi deputado provincial, em cuja oportunidade apresentou um projeto criando uma biblioteca em Teresina. Lucídio Freitas considerou-o iniciador de nossa história literária. Padeceu grandes sofrimentos.
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1º ocupante: Luíz de Moraes Correia (1881-1934). Nasceu em Amarração/Luís Correia-PI e faleceu em Fortaleza-CE. Magistrado, jurista, professor e jornalista. Bacharel em direito. No Piauí, foi chefe de polícia, promotor público em Parnaíba e Teresina, secretário-geral do Estado e procurador dos feitos da Fazenda. Juiz federal, professor catedrático da Faculdade de Direito do Ceará. Membro do Instituto de Ciências e Letras de Recife-PE. Bibliografia: O Habeas Corpus e os Interditos; O Estado e o Funcionário; O Estado e a Obrigação de Indenizar; O Crime e a Pena; Razões e Pareceres; O Divórcio; A Questão Social; O Amor e o Crime.
2º ocupante: José Pires de Lima Rebelo (1885-1947). Nasceu em Barras do Marathaoan-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Professor, jurista e advogado, estudou no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Candidatou-se à Escola Naval, não sendo aproveitado por insuficiência de vagas. Ingressou na Escola Militar. É expulso do Exército por indisciplina. A vida civil foi a sua melhor opção. Ingressa na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Na opinião de muitos, foi ele o maior advogado piauiense. Publicações: Relatório da Borracha; A Cera de Carnaúba; Pro-Piauí; O Porto de Amarração e outras.
3º ocupante: Júlio Antônio Martins Vieira (1905-1984). Posse na APL: 24.05.1940. Teresinense. Escritor, professor, jornalista, marcado por seu humor crítico, ferino, próprio do seu estado de espírito. Bacharel em direito. Juiz de direito. Lecionou durante quarenta anos. Lecionou no Liceu Piauiense. Poeta de muita sensibilidade e criatividade. Fez uma crítica à ditadura de Getúlio Vargas, versos camonianos. Escreveu: O Canto da Terra Mártire, em 1977, um Relicário de Poesias em que ele relata o drama do Nordeste, da seca, do homem e do meio.
4º ocupante: Gerardo Majela Fortes Vasconcelos (1919-2000). Nasceu em Timon-MA, em 10.09.1919. Posse na APL: 14.05.1985. Médico, formado pela Faculdade de Medicina da Bahia. Professor emérito. Doutor em medicina legal, com mestrado em medicina do trabalho e didática do ensino superior. Professor catedrático da Universidade Federal do Piauí. Membro efetivo e um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Medicina Legal e da Academia Internacional de Medicina Social, com sede em Roma. Eleito presidente da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia, no Rio de Janeiro. Publicou: Lições de Medicina Legal; Crime e Juízo; A Arte Ensinar; MacroCriminologia e outros.
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Ocupante atual: Nildomar da Silveira Soares (1937). Nasceu em Teresina-PI, em 27.11.1937. Posse na APL: 27.09.2000. Desembargador pelo 5° Constitucional para o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, hoje aposentado, tendo ocupado o cargo de vice-corregedor do Tribunal, advogado, professor, jurista e escritor. Estudou, na década de 50, no internato do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, concluindo o curso científico em 1955. Bacharel em direito pela Faculdade Nacional de Direito, da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, diplomando-se em 1961. Membro do IABRJ. Exerceu o cargo de secretário, vice e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção do Piauí. Foi chefe da Assessoria jurídica do Banco do Brasil, no Piauí. Professor da Escola Superior da Magistratura, juiz eleitoral substituto do TRE-PI. Autor de uma dezena de livros, tendo artigos publicados em jornais de Teresina. Organizador do presente Livro do Centenário da Academia Piauiense de Letras.
Patrono: Lucídio Freitas (1894-1921). Nasceu em Teresina-PI. Idealizador e um dos fundadores da Academia Piauiense de Letras. Poeta, teve uma intensa e brilhante atividade jornalística em Teresina-PI, colaborando com os jornais A Notícia, Diário do Piauí e O Piauí. Jurista e professor. Bacharelou-se em direito aos 19 anos de idade. Lecionou história do Brasil no antigo ―Liceu Piauiense‖. Catedrático de teoria e prática do processo civil e comercial, na Faculdade de Direito do Pará. Magistrado. Foi juiz criminal em Belém. Poeta imaginoso e lírico. Publicou: Alexandrinos; Vida Obscura; Minha Terra e Questões Processuais. Faleceu em 14.05.1921. No sepultamento, orou à borda do túmulo, em nome da APL, o acadêmico Antônio Chaves.
1º ocupante: Amélia Carolina de Freitas Bevilácqua (1860-1946). Nasceu em Jerumenha-PI. Primeira mulher a se candidatar a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Romancista, poetisa, cronista, contista e jornalista. Casou-se com o grande jurisconsulto Clóvis Bevilácqua, autor do Código Civil Brasileiro. Figura festejada, principalmente como romancista, cujas obras são páginas que enlevam e arrebatam os leitores. Uma das fundadoras e redatoras da revista Lírio, publicação mensal, voltada para o campo da literatura. Publicou: Alcione, Através da Vida, Silhuetas, Angústia, Milagre de Natal, Vesta.
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2º ocupante: Joaquim Raimundo Ferreira Chaves (Monsenhor) (1913-2007). Nasceu em Campo Maior-PI e faleceu em Teresina-PI. Sacerdote, professor e historiador. Licenciado em Filosofia pelo Seminário de Olinda. Em virtude de não ter a idade mínima para a ordenação, precisou de uma autorização especial do papa para efetuá-la, tendo a ordenação ocorrida em 15.09.1935. Vigário da paróquia de Nossa Senhora do Amparo, em Teresina-PI. Monsenhor, título conferido pelo Papa João XXIII. Bibliografia: Teresina-Subsídio para a História do Piauí; O Índio no Solo Piauiense; O Piauí nas Lutas de Independência do Brasil; Monumento do Jenipapo; Cadernos de Teresina; Como Nasceu Teresina; A Escravidão no Piauí. Ocupante atual: Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz (1955). Nasceu em 31.08.1955, em Esperantina-PI. Posse na APL: 05.10.2007. Professora e historiadora. Licenciada em História pela Universidade Federal do Piauí e Bacharela em Ciências Econômicas pela mesma instituição. Mestra em História do Brasil pela Universidade Federal do Paraná, e Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo. Professora no Departamento de Geografia e História da UFPI (1979-1999), no Departamento de História da Universidade Federal do Ceará (1999-2001), professora, Coordenadora Pedagógica e Coordenadora de Pesquisa no Instituto Camilo Filho (2001-2006) e professora do Departamento de História da UFPI a partir de 2006. Obras publicadas: Economia piauiense: da pecuária ao extrativismo (1993, 1998, 2006); Os literatos e a República: Clodoaldo Freitas, Hygino Cunha e as tiranias do tempo (1994, 2006, 2015); A importância da borracha de maniçoba na economia do Piauí 1900-1920 (1994, 2006, 2015); História, literatura, sociabilidades (1998, 2015); Do singular ao plural (2006, 2015); As diversões civilizadas em Teresina (2008); Educação no Piauí 1880-1930 (2008); Família e economia: um estudo dos inventários e testamentos paulistas dos meados do século XVII (2008).
Patrono: Jonas de Moraes Correia (1874-1915). Nasceu e faleceu em Parnaíba-PI, filho de Francisco Severiano de Moraes Correia e Maria Cleofas de Moraes Correia. O pai constitui o tronco da família Moraes Correia no Piauí. Comerciante e político, intendente Municipal de sua terra natal. Conselheiro e Presidente do Conselho de Intendência em várias legislaturas. Deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa (1912-1916). Jornalista combativo e ardoroso, defendeu a necessidade de criação do Porto de Amarração e do tráfego ferroviário. Bibliografia: A Exportação do Sal Piauiense.
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1º ocupante: Jonas Fontenele da Silva (1880-1947). Nasceu em Parnaíba-PI e faleceu em Manaus-AM. Poeta, jornalista e odontólogo. Formado em odontologia pela Faculdade do Rio de Janeiro-RJ (1899). Fez os estudos preparatórios em Manaus-AM. Fixou residência e domicílio na capital amazonense, onde desenvolveu toda sua atividade profissional e literária. Poeta sectário do Simbolismo. Patrono da Cadeira n° 22 da Academia Parnaibana de Letras. Pertenceu, também, à Academia Amazonense de Letras. Bibliografia: Iniciou sua atividade literária em 1900, publicando Ânforas. Lançou, também, Uhlanos, poesias em versos alexandrinos e Czardas, também poesias e A Chácara. 2º ocupante: Jonathas de Moraes Corrêa. Militar, político, geodesista. Natural de Parnaíba-PI. Oficial do Exército pela Escola de Realengo-RJ, tendo atingido o posto de general. Pesquisador percuciente no campo científico da geodésia, com magníficas contribuições à história pátria. Deputado estadual. De uma excepcional agilidade mental, imaginoso, primoroso orador, de palavra fácil e réplica pronta. Nos discursos e nos debates constituiam sempre a grande atração e os aplausos das galerias. Não chegou a tomar posse, pois a morte o levara em plena maturidade intelectual.
3º ocupante: Robert Wall de Carvalho (1918-1984). Nasceu em Caxias-MA. Primeiro reitor da Universidade Federal do Piauí. Desembargador, presidente e corregedorgeral do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. Professor e jornalista. Lecionou economia política. Membro do Tribunal Regional Eleitoral. Diretor da Imprensa Oficial. Na Faculdade de Direito, foi professor de direito civil, penal (catedrático), constitucional, administrativo, internacional público e privado, judiciário penal e medicina legal.
4° ocupante: Paulo de Tarso Mello e Freitas (1930-1917). Nasceu em Teresina-PI, em 02.03.1930 e faleceu em 23.01.2017. Posse na APL: 05.03.1986. Magistrado, tendo presidido o Tribunal de Justiça do Estado e do Tribunal Regional Eleitoral. Jurista, professor e escritor. Bacharel em direito pela Faculdade do Piauí, turma de 1953. Cursou a Escola Superior de Guerra. Foi promotor público em Teresina e, antes de ocupar o cargo de desembargador, foi Juiz em várias Comarcas. Foi vereador da Câmara Municipal de Teresina. Na qualidade de Presidente do TJ, assumiu o governo do Estado no período de 09 a 12.07.1984.
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Cadeira vaga
Patrono: Gabriel Luís Ferreira (1848-1905). Nasceu em Valença-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Foi o primeiro governador constitucional do Estado do Piauí. Magistrado, jornalista, educador e político da mais rija personalidade moral. Jurista de largo descortino. Polemista ardoroso. No Rio de Janeiro, foi um dos editorialistas do Jornal do Comércio. Foi subprocurador da República do antigo Distrito Federal. Bacharel em Direito pela tradicional Faculdade do Recife (1882). Fundou e dirigiu o Instituto de Karnak (15.01.1890), que marcou época.
1º ocupante: Simplício de Sousa Mendes (1882-1971). Nasceu em Miguel Alves-PI. Magistrado, jurista, jornalista, com notável e projetada atuação na imprensa piauiense e escritor. Desembargador e presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. Um dos fundadores da Faculdade de Direito do Piauí e seu professor catedrático de teoria geral do Estado. Coautor do anteprojeto da Constituição Piauiense em 1935. Lecionou, também, direito constitucional. Membro do Tribunal Regional Eleitoral. Diretor da Imprensa Oficial. Presidente do Conselho Estadual de Cultura. 2º ocupante: Luiz Lopes Sobrinho (1905-1984). Posse na APL: 15.01.1972. Magistrado, professor, poeta, cronista e jornalista, nascido em Ipiranga do Piauí. Estudos de humanidade no Seminário de São Luís-MA. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Piauí, tendo sido aluno da turma fundadora da mesma Faculdade. Foi juiz de direito de diversas comarcas. Aposentou-se como desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí. Lecionou geografia, português e latim em vários educandários, além de ensinar economia política, direito usual e prática jurídica na Escola Técnica de Comércio, em Parnaíba-PI.
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Ocupante atual: Dagoberto Ferreira de Carvalho Júnior (1948). Posse na APL: 31.08.1984. Nasceu em Oeiras-PI, em 09.05.1948. Médico – Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Mestre em História, pela Universidade Federal de Pernambuco. Escritor. Livros publicados: História Episcopal do Piauí (duas edições), Passeio a Oeiras (seis edições), A Obstetrícia no Piauí, A Talha de Retábulos no Piauí (duas edições), A Palavra e o Tempo, A Cidadela do Espírito – Considerações sobre a Arte Sacra na obra de Eça de Queiroz (duas edições) e outros. É colaborador do Dicionário de Eça de Queiroz e do Dicionário Temático da Língua Portuguesa, editados em Lisboa. Tem ensaios e/ou artigos publicados nas revistas da APL, da Academia Brasileira de Letras (Fase VII – Julho – Agosto – Setembro de 2000 – Ano VI – nº 24). Colaborou, quinzenalmente, durante 22 anos, no Diario de Pernambuco (Recife) e, em Teresina no Diário do Povo (uma década) e, ocasionalmente, em O Dia e Meio Norte. Pertence ao Instituto Histórico de Oeiras (idealizador, fundador e ex-presidente); à Sociedade Eça de Queiroz, do Rio de Janeiro (Honorário) e à Confraria Queirosiana de Vila Nova de Gaia, Portugal (Grão Louvado).
Patrono: Simplício Coelho Melo de Resende (1841-1915). Nasceu em Piripiri-PI e faleceu em Manaus-AM. Magistrado, professor, jornalista e político. Bacharel em direito pela Faculdade do Recife, em cuja entidade lecionou filosofia. Promotor público, juiz municipal em Barras-PI. Jornalista impetuoso e arrojado. Deputado provincial e geral pelo Piauí. Professor e diretor da Faculdade de Direito de Manaus. Pronunciou discurso, como deputado federal, em 15.06.1886, denunciando irregularidades nas Forças Armadas, pôs em destaque a personalidade do parlamentar piauiense e, para muitos historiadores, precipitou a Proclamação da República.
1º ocupante: Benjamim de Moura Baptista (1880-1940). Posse na APL: 04.08.1918. Nasceu em Oeiras-PI e faleceu em Teresina-PI. Médico, professor, político e escritor. Foi deputado Estadual (1912-1916). Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde recebeu o título de doutor, defendendo a tese Depuração das Águas de Esgoto. Prestou serviços profissionais à Marinha Mercante e ao Serviço Nacional de Febre Amarela, ao lado do grande cientista Osvaldo Cruz. Era conhecido como médico dos pobres.
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2º ocupante: Álvaro Alves Ferreira (1893-1963). Nasceu em Piripiri-PI. Professor, jornalista, conferencista, cronista e contista. Cirurgião-dentista formado pela Faculdade de Odontologia da Universidade da Bahia. Professor catedrático de geografia do antigo Liceu Piauiense, onde foi também diretor. Lecionou francês no Colégio da Irmãs e no Colégio São Francisco de Sales. Um educador, por inclinação e por princípios. Publicou a obra Da Terra Simples, uma coleção de contos e crônicas, que ressalta sua imaginação e sensibilidade no campo da sociologia, focalizando os nossos costumes, o homem e a natureza. 3º ocupante: Manoel Felício Pinto (1896-1989). Nasceu no Sítio Munduri, em CodóMA e faleceu em Teresina-PI. Magistrado, poeta, bacharel pela Faculdade de Direito do Amazonas, Turma 1918. Exerceu a magistratura em três estados da Federação: Amazonas, Maranhão e Piauí. Juiz e presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Piaui. Bibliografia: Frutos Verdes e Floresta Lírica, Poesias e Jardim de minhas Flores, Paisagens Históricas e Literrárias, O Brasil e seus Estados, Decisões Judiciárias.
4º ocupante: João Emílio Falcão Costa Filho (1937-1995). Jornalista, cronista e contista nascido em Teresina-PI e falecido em Brasília-DF. Homem de imprensa com uma trajetória muito brilhante no jornalismo nacional. Militou nos jornais: ―Diário Carioca‖, ―Diário de Brasília‖, ―O Estado de São Paulo‖ e ―O Globo‖. Foi presidente do Comitê de Imprensa do Senado Federal. Cronista dos melhores, retratava e analisava o dia a dia da política nacional, mostrando os grandes episódios das personagens que modelaram esse imenso teatro que ocupa a Praça dos Três Poderes. Escritor, publicou: Aleluia; Balanço da Semana; Crônicas e Andarilho. Ocupante atual: Magno Pires Alves Filho (1942). Posse na APL: 25.10.1995. Magno Pires, piauiense de Batalha-PI, nascido em 27.12.1942, na fazenda Monte Alegre. Graduado em ciências jurídicas e sociais, administrador de empresas, jornalista, com pós-graduação em direito tributário. Advogado da União. Professor licenciado pelo Conselho Federal de Educação e Conselho Estadual de Pernambuco para lecionar direito tributário, comercial e teoria geral do Estado. Advogado jurídicoempresarial da Cia Antarctica Paulista, hoje AMBEV, por 32 anos. Secretário de Estado da Administração do Piauí e presidente da Fundação CEPRO. Publicou: Legado; Transição com Transação; Tratamento Preferencial para o Piauí; o Povo Reelegerá Mão Santa; Promessas e Protestos Contemplando... dentre outros.
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Patrono: Honório Portela Parentes (1882-1909). Nasceu na antiga Vila Colônia de São Pedro, hoje Floriano-PI e faleceu em Caxias-MA. Médico, tendo alcançado o grau de doutor em medicina pela Faculdade da Bahia, com defesa de tese. Militou na imprensa com artigos e crônicas geralmente de cunhos científicos. Era um espirito irrequieto, polêmico e crítico. Trabalhou no Hospital Santa Isabel, em Salvador-BA. Publicou importante livro denominado Vacina e Vacinação, em 1906. É uma obra de alto alcance social, em que se observa o esforço do autor para uma disseminação do salutar preceito profilático da vacinação em nosso País. 1º ocupante: Armando Madeira Brandão (1881-1973). Posse na APL: 14.10.1924. Nasceu em Amarante-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Jornalista vibrante e seguro, estilo terso, expressava com todo o seu fulgor na imprensa a defesa dos interesses piauienses, esparsos no jornal O Nortista. poeta e advogado. Bacharel em direito pela Faculdade do Ceará. Em Manaus, foi professor da Faculdade de Direito. Deputado estadual. Defensor ardoroso da construção do Porto de Luís Correia, tendo publicado Interesses Piauienses, 1921, em que pugna pela construção do referido Porto. 2º ocupante: Armando Madeira Basto (1915-1988). Posse na APL: 07.01.1978. Nasceu em Parnaíba-PI. Advogado, jornalista de intensa e preciosa atividade. Escritor, bacharel em direito pela Faculdade de São Luís-MA. Ex-diretor de Relações Públicas da Itaipu binacional e da Agência Nacional de Notícias. Sócio honorário do Instituto Lusíadas de Fortaleza-CE. Membro do Instituto Histórico Geográfico Piauiense. Secretário de Imprensa do governador Alberto Silva. Colaborou com a imprensa: O Nortista e o Almanaque de Parnaíba.
3º ocupante: José Eduardo Pereira (1929-1993). Nasceu em Realengo-RJ. Jurista, professor, jornalista e escritor. Bacharel em direito. Licenciatura em letras neolatinas. Professor de inglês e professor titular de direito financeiro e tributário da Universidade Federal do Piauí. Procurador-geral do Estado. Presidiu a OAB-PI. Foi secretário de Segurança Pública. Ex-governador do Rotary Internacional. Dirigiu a Rádio Difusora de Teresina. Marcou a sua passagem pelos jornais: O Dia; Folha da Manhã; Jornal do Comércio e Jornal do Piauí. Publicou: Pedro II e Domingos Mourão; O Monumento da Cruz do Cossaco; O Solar das Estrelas Marrons.
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4º ocupante: José Lopes dos Santos (1919-2006). Nasceu em Ipueiras-CE e faleceu em Teresina-PI, em 30.04.2006. Posse na APL: 16.06.1994. Jornalista, professor e escritor. Foi presidente do Sindicato dos Jornalistas, diretor-geral do Departamento Estadual de Estatística, diretor da Imprensa Oficial, diretor da Rádio Difusora de Teresina, Secretário de Estado de Imprensa do Governo, Secretário de Finanças do Estado do Piauí, prefeito municipal de São Miguel do Tapuio. Procurador-geral de Justiça do Estado e juiz do TRE. Professor de direito municipal da Universidade Federal do Piauí. Recebeu o título de Cidadão Honorário de Teresina. Obras: A influência de Érico Veríssimo na Minha Formação Intelectual; Templos Católicos de Teresina. Ocupante atual: Reginaldo Miranda da Silva (1964). Posse na APL: 18.10.2006. Nasceu em 17.08.1964, em Bertolínia-PI. Bacharel em direito pela UFPI. Advogado e historiador. Fez curso de Preparação à Magistratura (ESMEPI/1989), de Especialização em Direito Constitucional (UFPI/1998) e em Direito Processual (UFPI/2002). Membro efetivo da União Brasileira de Escritores do Piauí, da Academia de Letras do Médio-Parnaíba, com sede em Amarante-PI , Presidente da APL em dois biênios. Ocupa o cargo de assessor legislativo na Assembleia Legislativa do Estado. Foi assistente de liderança do governo e chefe da Assessoria Jurídica do EMATER-PI, por vários anos. Eleito vice-prefeito municipal de Bertolínia (1993 1997). É presidente da Associação de Advogados Previdenciaristas do Piauí e membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PI. Autor de mais de uma dezena de livros, possui artigos publicados nos principais jornais e revistas de Teresina, onde reside.
Patrono: Luísa Amélia de Queiroz Brandão (1838-1898). Nasceu em Piracuruca-PI e faleceu em Parnaíba-PI. Primeira poetisa piauiense. Poetisa inata, romântica, de exuberante lirismo. As suas poesias são impregnadas de romantismo, simplicidade e cantos líricos. Fez estudos rudimentares de instrução primária em Piracuruca, onde o meio em que vivia era muito atrasado e rústico. A sua cultura foi adquirida como autodidata. Seus livros de poemas: Flores Incultas, em 1875, e Georgina ou Efeitos do Amor, em 1899, Livros de Poema. Patrona da cadeira nº 24 da Academia Parnaibana de Letras.
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1º ocupante: Elias de Oliveira e Silva (1897-1972). Nasceu em Piripiri-PI e faleceu em Brasília-DF. Magistrado, jurista, poeta e jornalista. Bacharel em direito pela Faculdade do Ceará. Promotor púbico em Teresina. Juiz distrital em Batalha e de Direito em Piracuruca-PI. Procurador superior da Justiça dos Pobres, em Fortaleza. Professor da Faculdade de Direito do Piauí. Orador eloquente, culto, seguro, de excepcional agilidade mental, de uma palavra fácil e réplica pronta. Nas reuniões do júri, constituía a figura central dos debates e uma atração para as galerias. Causídico dos mais brilhantes. Bibliografia: Criminologia das Multidões; Homicídio Culposo; Crime de Incêndio; Injúria pela Imprensa.
2º ocupante: José Vidal de Freitas (1901-1987). Posse na APL: 1973. Nasceu em Oeiras-PI, faleceu em Teresina-PI. Personalidade maçônica do século XX, título conferido pelo Grande Oriente do Estado do Piauí. Magistrado, professor, poeta e jornalista. Desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí. Membro do Tribunal Regional Eleitoral e professor catedrático de direito comercial da Universidade Federal do Piauí. Dominava, com segurança, francês, inglês, alemão, italiano e espanhol. Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense. Publicou: Descanso semanal (exegesese bíblica e jurídica), Direito sem Ação (tese), Contradição (versos) e Perfis Acadêmicos.
Ocupante atual: Manfredi Mendes de Cerqueira (1925). Nasceu em Piracuruca-PI, em 25.11.1925. Posse na APL: 20.05.1988. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Procurador de Justiça, Advogado, Advogado-geral do Estado, Secretário do Interior, Justiça e Segurança Pública do Estado, promotor público, Tesoureiro da OAB/PI, Membro da COPEVE. Professor Titular da UFPI. Diretor do Centro de Ciências Humanas e Letras da UFPI, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. 1o (primeiro) Diretor da Escola Superior da Magistratura do Piauí, Presidente da Associação dos Magistrados, Presidente do TRE-PI (1980 a 1983), Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (1990 a 1991). Governador do Estado do Piauí em Exercício. Trabalhos publicados:“A pobreza em face de dois Códigos”, “Do Uso ao Abuso”, “A Lei e a Gramática”, “Dano e Incêndio”, “Do Júri e Pelo Júri”. Livros publicados:“Como o Direito É” (1983), “Teoria e Prática Familiar – 2a Edição”, “Justiça Criminal” (1986), “Matéria Eleitoral – 5a Edição”, “Estudos de Organização Judiciária” (1989), “É Preciso Filosofar” (2000) e “Ideias” (2003).
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Patrono: Gregório Taumaturgo de Azevedo (1853-1921). Nasceu na Vila de Barras do Marataoan-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Primeiro governador republicano do Piauí. Marechal do Exército, estadista, político, bacharel em direito e engenheiro militar. Eleito, assumiu o Executivo amazonense em 01.09.1891, sendo deposto em 27.02.1892. Sócio remido dos Institutos Politécnicos, Histórico e Geográfico brasileiro. Governador do Piauí, no período de 26.12.1889 a 04.06.1890. Teve, como secretário, o notável jurista Clóvis Bevilácqua.
1º ocupante: José de Arimathéa Tito (1887-1963). Posse na APL: 1923. Nasceu em Barras do Marataon-PI e faleceu em Teresina. Magistrado, professor e poeta. Notável orador. Foi juiz de direito em Barras, Floriano e Teresina. Desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, em 1938. Professor catedrático da antiga Faculdade de Direito do Piauí. Escreveu valiosos trabalhos jurídicos: A Justiça Nacional e Um Cidadão Digno. No campo da poesia, deixou obra póstuma Poesias Póstumas, Alhos jurídicos. Poeta imaginoso e de muita versatilidade emocional, deixando a primorosa obra, Sonetos. 2º ocupante: José de Arimathéa Tito Filho (A. Tito Filho) (1924-1992). Posse na APL: 1964. Nasceu em Barras-PI e faleceu em Teresina-PI. Presidente da APL com o maior número de mandatos. Escritor, professor, jornalista, cronista e historiador. Foi uma das maiores culturas do seu tempo, liderou a vida cultural piauiense durante três décadas. Notável educador, por princípio e por inclinação. Mestre nato, com excepcional poder de comunicação, criativo e empolgante, transmitiu por muitas décadas o conhecimento no vernáculo a várias gerações. Publicou: Teresina, Meu Amor; Gente & humor; Sermões aos Peixes; Crônicas; O Hitoriador; Crônicas da Cidade Amada; Sua Excelência; O Egrégio. 3º ocupante: João Porfírio de Lima Cordão (1923-2003). Nasceu em Itaporanga-PB, em 24.09.1923 e faleceu em Teresina-PI. Posse na APL: 29.04.1993. Professor, cientista, militar e escritor. Formado em farmácia e bioquímica pela Faculdade do Rio de Janeiro. Foi um estudioso de genética. Presidiu o Conselho Regional de Farmácia do Piauí por dois mandatos. Membro dos mais atuantes da Academia Nacional de Farmácia, professor da Universidade Federal do Piauí. Especialista em análises clínicas. Bibliografia: Muquém; Colheita de Ilusões; Palavras ao Vento; Cobras ou Serpentes; Assim foi o Nordeste.
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Ocupante atual: Afonso Ligório Pires de Carvalho (1928). Posse na APL: 27.06.2003. Nasceu em Luzilândia-PI, em 20.10.1928. Contista, romancista, historiador, jornalista e professor universitário. Bacharel em Direito. Pós-graduado em Comunicação Social. Professor de Jornalismo do CEUB, em Brasília. Curso de especialização em jornalismo pela Escuela de Periodismo de Madrid e Universidade de São Paulo. Conselheiro do Correio Braziliense. Redator do Jornal de Pernambuco, da Agência Nacional, diretor do Telejornal da TV Tupi (Recife). Redator da Última Hora em São Paulo o copy desk do Correio Braziliense. Assessor de Comunicação Social da Sudene. Presidiu o Sindicato dos Jornalistas de Recife. Pertence à Associação Nacional de Escritores e à Academia de Letras do Brasil. Bibliografia: Só Esta Vez... (contos), 1987; A Hora Marcada (contos), 1988; Tempos de Leônidas Mello, 1994; Aníbal Fernandes – Um Espadachim da Imprensa, 1997; Capitania do Açúcar (romance histórico), 2000; Outros Tempos (memórias), 2002. Terra do Gado (ensaio), Thesaurus, 2007).
Patrono: Deolindo Mendes da Silva Moura (1835-1872). Nasceu em Oeiras-PI e faleceu em Teresina-PI. Notável político, orador fluente, jornalista de pulso. Bacharel em direito pela Faculdade de Olinda. Advogado, por vocação, dos mais conceituados. Inimigo das injustiças e das prepotências. Elegeu-se deputado provincial nas legislaturas iniciadas em 1858, 1860 e 1864. Presidiu a Assembleia Legislativa em duas legislaturas. Foi redator-chefe dos jornais: O Propagador, Liga e Progresso, e da A Imprensa. Para Celso Pinheiro Filho, ele foi: de verve impressionante, encheu uma época. Entusiásticos os seus discursos.
1º ocupante: Antônio Bona (1887-1965). Nasceu em Campo Maior-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Magistrado, jurista e professor. Bacharel em direito pela tradicional Faculdade do Recife. Promotor público no Maranhão, onde foi delegado de polícia e depois secretário particular do prefeito Clodomir Cardoso. Poliglota, falava inglês, alemão, francês e italiano. Esteve na Europa, notadamente na França, Inglaterra e Alemanha. Professor catedrático de direito internacional na Faculdade de São Luís. Bibliografia: Razões de Apelação, livro publicado em 1930.
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2º ocupante: Cláudio Pacheco Brasil (1909-1993). Posse na APL: 12.09.1972. Nasceu em Campo Maior-PI e faleceu em 14.03.1993, em Teresina-PI. Foi eleito piauiense do século na categoria de jurista. Bacharel em direito pela Universidade do Brasil. Professor, jornalista e advogado. Mestre e causídico consagrado. Era considerado o maior e melhor advogado piauiense. Todos reconheciam nele um causídico dotado de grande cultura jurídica e um talentoso advogado. Publicou várias obras de projeção nacional, entre as quais o Tratado das Constituições Brasileiras, em 14 volumes. Consultor jurídico do Banco do Brasil e membro do seu Conselho Diretor.
Ocupante atual: Álvaro dos Santos Pacheco (1933). Nasceu em Jaicós-PI, em 26.11.1933. Posse na APL: 28.01.1994. Advogado, formado pela Faculdade de Direito pela Universidade do Brasil, poeta, cronista, contista e editor, proprietário da Editora Artenova. Empresário, titular da Artenova Filmes, suplente de senador, assumiu o Senado com o afastamento de Hugo Napoleão, convocado para ministro da Educação. Um dos mais férteis escritores da atualidade, é nome aplaudido e respeitado no eixo Rio/São Paulo e no Rio Grande do Sul. Reside no Rio de Janeiro.
Patrono: João Crisóstomo da Rocha Cabral (1870-1946). Nasceu em Jerumenha-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Autor do primeiro Código Eleitoral Brasileiro (1932). Ministro, jurista, político, professor e poeta. Bacharel e doutor em direito pela tradicional Faculdade do Recife. Viveu na Amazônia, por seis anos, sendo elaborador do Código do Processo Penal do Estado. Publicou a obra Falências e Respectivo Processo, em Recife-PE. Alguns dos seus trabalhos parlamentares: A Crise Finaceira; Calafetemos a Nau; Política de Saneamento e A Vis Poética da Literatura Piauiense.
1º ocupante: Artur de Araújo Passos (1882-1977). Nasceu em Jerumenha-PI e faleceu em Teresina-PI. Jornalista, político, cronista, folclorista e percuciente pesquisador da nossa história. A sua cultura humanística foi adquirida como autodidata. Foi vereador da Câmara Municipal de Teresina, subprefeito e prefeito de polícia na capital amazonense. Em 1912, casou-se com Maria Amália de Carvalho Matos, de cujo consórcio vieram 20 filhos. Colaborou com jornais de Teresina. Publicou: História, Economia e Lendas; Folclore Piauiense, lendas e Fatos; Esboço de um Perfil.
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2º ocupante: José Patrício Franco (1906-1989). Posse na APL: janeiro/1979. Nasceu em 14.09.1906, em Jerumenha-PI e faleceu em Teresina-PI. Bancário, jornalista, historiador e poeta. Trabalhou nas cidades de Uruçuí e Floriano como caixeiro e professor municipal. Foi funcionário do Banco do Estado do Piauí, atingindo o cargo de diretor do referido banco. Vereador em Teresina. Adquiriu boa cultura geral como autodidata de rara dedicação ao estudo e à pesquisa. De origem modesta, viuse, desde cedo, compelido a abrir o caminho na vida pelo esforço pessoal. Fundou e dirigiu a Revista Piauiense dos Municípios. 3º ocupante: Júlio Romão da Silva (1917-2013). Nasceu e faleceu em Teresina-PI, em 09.03.2013. Posse na APL: 21.05.1990. Escritor, jornalista, etnologista e teatrólogo. Bacharel em letras e história e geografia pela Faculdade de Filosofia do Rio de Janeiro. Personagem altamente comunicativa, falava fácil, que não perdia a oportunidade de um diálogo em torno de temas culturais. Escritor eclético. Cidadão carioca e fluminense. No Rio de Janeiro, há uma rua aureolada com o seu nome. Funda, em Teresina, o jornal O Artífice, editado pelos alunos da Escola de Aprendizes Artífices. Ocupante atual: Homero Ferreira Castelo Branco Neto (1943). Posse na APL: 20.06.2013. Nasceu em Amarante-PI em 03.04.1943. Economista, professor, político e escritor. Economista do Departamento de Ciências Econômicas do Centro de ciências e letras, da Universidade Federal do Piauí e da Coordenação de Desenvolvimento Econômico-CODESE, professor do Liceu Industrial do Piauí da Escola Técnica Leão XIII, secretário de Planejamento do município de Teresina, deputado estadual eleito em 1974, na Assembléia participou de oito legislaturas consecutivas, com atuação das mais proficientes. Foi líder do governo e da oposição. Dos inúmeros livros que escreveu temos: História do Velho Homero; Ecos de Amarante; João Paulo II; Voz do Ontem; 2004: Do Sonho ao Pesadelo; Passageiros do Passado; O Escritor.
Patrono: Antonino Freire da Silva (1876-1934). Engenheiro, político, professor, jornalista e escritor, nascido em Teresina-PI. Professor e diretor do Liceu Piauiense. Eleito vice-governador do Estado do Piauí, na chapa de Anísio de Abreu, para mandato de 01.07.1908 a 01.07.1912. O governador eleito faleceu em 06.12.1909. Posteriormente, em 20.01.1910, foi procedida a eleição para preencher a vaga, sendo eleito Antonino Freire, o qual assumiu o governo em 15.03.1910. Deputado federal, em três legislaturas. Foi senador da República. Criou a Imprensa Oficial, iniciou o serviço de iluminação de Teresina e a construção do Cemitério da Capital, criou a Escola Normal e a Biblioteca Pública. Fundou vários jornais.
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Ocupante atual: Raimundo Nonato Monteiro de Santana (1926). Nasceu em Campo Maior, Estado do Piauí, em 27 de fevereiro de 1926. Posse na APL: 18.12.1967. Obteve o grau de Bacharel em direito pela Faculdade do Ceará, em 1949. Foi prefeito Municipal de Campo Maior de 1951 a 1955. Na carreira acadêmica, foi professor Catedrático de Economia na Universidade Federal do Piauí, além de ter lecionado na Universidade de Brasília (UNB). Ele é o primeiro e único ocupante da Cadeira nº 23 da Academia Piauiense de Letras, que tem como Patrono Antonino Freire da Silva. Presidiu a Academia Piauiense de Letras de 2000 a 2001. Publicou diversas obras, como o clássico ―A Evolução Histórica do Piauí‖, em 1964. Dedicou-se em especial a organizar obras com autores para registrar o pensamento piauiense.
Patrono: Abdias da Costa Neves (1876-1928). Nasceu em Teresina-PI. Jurista, político, jornalista, poeta, professor, romancista e historiador, um triunfador em todas as searas em que pontificou. Como disse Cristino Castelo Branco, valia por uma geração. Foi juiz de direito estadual e juiz substituto da Justiça Federal. Lecionou pedagogia, inglês, alemão e lógica nos colégios de Teresina. Foi uma das mais altas expressões do jornalismo piauiense. Fundou os jornais: A Crisálida, A Ideia, A Notícia, O Dia. Foi senador da República pelo Piauí, em três Legislaturas. Era o senador mais jovem do seu tempo.
1º ocupante: Wilson de Andrade Brandão (1922-2001). Posse na APL: 14.10.1967. Nasceu em 14.10.1922 em Pedro II-PI e faleceu aos 79 anos, no dia 25.04.2001, em Teresina-PI. Filho de Álvaro Brandão e Maria Amélia de Andrade Brandão. Foi advogado e membro do Instituto dos Advogados do Piauí, secretário de Cultura nos governos Alberto Silva e Lucídio Portela, além de autor de várias obras no ramo do direito, sociologia, história e filosofia. Exerceu o mandato de deputado estadual por seis legislaturas (1967-1991). Foi diretor e professor titular da Universidade Federal do Piauí e diretor do Colégio Estadual Zacarias de Góis. Integrou também os quadros da Academia Piauiense de Letras, cadeira 33, tendo sido seu Presidente no período de 1996 a 1997. .
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Ocupante atual: Nelson Nery Costa (1959). Posse na APL: 30.10.2001. Nelson Nery Costa nasceu em Teresina-PI, em 21.03.1959, filho de Ezequias Gonçalves Costa e de Maria da Glória Nery Costa. Formou-se em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e obteve o grau de mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É doutor em Direito pela Universidade Lusíadas de Lisboa (Portugal) e Doutor em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão. Foi presidente da OAB, Secção Piauí, por três mandatos, de 1994 a 2001, e defensor Público-geral, de 2007 a 2011. Ocupa a cadeira nº 33 da APL, sendo seu presidente de 2014 a 2017. É professor Associado de Direito Público da Universidade Federal do Piauí e Defensor Público de categoria especial, além de integrar o Conselho Editorial da Revista Forense, fundada em 1904. Autor de várias obras na Editora Forense, do Rio de Janeiro, como Direito Municipal Brasileiro (7ª Ed.) e Ciência Política (3ª Ed.); dentre outros.
Patrono: Anísio de Brito Melo (1886-1946). Nasceu em Piracuruca-PI e faleceu em Teresina-PI. Emérito educador e historiador. Cirurgião dentista. Foi diretor do Liceu Piauiense, por quatro vezes. Dirigiu a biblioteca, um arquivo público e o Museu do Piauí, hoje Casa Anísio Brito. Vereador de Teresina nas legislaturas iniciadas em 1921 e 1925. Foi sócio-fundador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Bibliografia: A Quem Pertence a Prioridade Histórica do Descobrimento do Piauí; Os Balaios no Piauí; A Reforma Atual e o Ensaio Público, A Independência do Piauí.
1º ocupante: Odilon Nunes (1899-1989). Posse na APL: 05.10.1967 Nasceu em Amarante–PI e faleceu em Teresina-PI. Professor e historiador emérito. Um dos mais autorizados historiadores piauienses. Estudioso e consciente, pesquisador percuciente, de estilo simples, mas dentro do mais rigoroso sentido histórico. Doutor Honoris Causa, título conferido pela Fundação Universidade Federal do Piauí. Técnico em educação e diretor da instrução pública do Estado do Piauí. Publicou, em 4 volumes, Pesquisas para a História do Piauí; O Piauí na História; Os Primeiros Currais; Piauí Colonial.
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2º ocupante: Cláudio Melo (Padre) (1932-1998). Posse na APL: 20.12.1990. Nasceu em Campo Maior-PI, em 03.02.1932 e faleceu em Teresina-PI. Sacerdote católico, historiador e professor com curso de teologia e filosofia no tradicional Seminário de Olinda-PE. Doutor em sociologia pela Universidade de São Tomás de Aquino, em Roma. Ordenado sacerdote em 05.01.1958. Coordenador e professor do curso de teologia da Universidade Federal do Piauí. Membro do Conselho Estadual de Cultura. Ex-professor titular da Universidade Federal do Maranhão.
3º ocupante: José Magalhães da Costa (1937-2002). Nasceu em Piracuruca-PI e faleceu em Teresina-PI, em 09.07.2002 Posse na APL: 07.08.1998. Magistrado, escritor, contista e colunista literário. Bacharel em direito pela Universidade Federal do Ceará. Juiz de direito e desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Piaui. Foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, no biênio 1990/1991. Está incluído em quatro antologias de contos piauienses. Bibliografia: Casos Contados, Casos Contados e Outros Contos, No mesmo Trilho, Estação das Manobras.
Ocupante atual: Zózimo Tavares Mendes (1962). Posse na APL: 10.12.2002. Nasceu em 04.04.1962, em Novo Oriente-CE, e viveu a sua infância e parte da adolescência em Água Branca-PI. É formado em jornalismo e em letras. Foi editor-chefe dos jornais O Dia e Diário do Povo e da Rádio Difusora e da TV Clube, em Teresina. Professor da Universidade Federal do Piauí. Publicou livros de humor, cordel, jornalismo, literatura e biografias. Presidiu o Sindicato de Jornalistas do Piauí. Exerceu o cargo de secretário de Comunicação do Município de Teresina. Bibliografia: Falem Mal, Mas Falem de Mim; Prá Seu Governo; O Pulo do Gato; Meus Senhores, Minhas Senhoras; Roteiro Turístico do Piauí, em versos, editado em português e em espanhol; Zé da Prata; 100 Fatos do Piauí no Século 20, entre outros.
Patrono: Antônio Alves de Noronha (1904-1962). Nasceu em Teresina-PI e faleceu em Paris-França. É um dos grandes nomes da engenharia brasileira. Formado pela Faculdade de Engenharia do Rio de Janeiro. Professor catedrático da Faculdade Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil-RJ. Uma das maiores autoridades do Brasil na área do cimento armado. Realizações: a cúpula do Hotel Quitandinha, em Petrópolis; integrou a equipe que construiu o Estádio do Maracanã e a ponte sobre o Rio das Antas no Rio Grande do Sul; projetou a construção do arsenal da Marinha na ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Consultor técnico e um dos projetistas da construção da Ponte Internacional da Foz do Iguaçu.
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Ocupante atual: Maria Nerina Pessoa Castelo Branco (1935). Posse na APL: 09.12.1966. Nasceu em Teresina-PI, em 09.12.1935. Ex-servidora concursada do INPS e do Serviço Social da Indústria, Professora titular da UFPI (aposentada), Professora Emérita da UFPI (janeiro 2013). Foi Membro do Conselho Estadual de Cultura. Recebeu inúmeras medalhas, com destaque para Medalha ―Da Costa e Silva‖, Medalha ―Conselheiro Saraiva‖, Medalha do Mérito Renascença do Piauí - grau de Comendador. Diploma Cultural da OAB-PI. Ex-diretora da Biblioteca ―Cromwell de Carvalho‖. Publicou Poesias Modernas I, II; Além do Silêncio “Poemas”; Cruviana (contos); O Mundo Pretérito (inédito); Monografia sobre a Educação Artística. É, hoje, a decana da Academia Piauiense de Letras.
Patrono: Vicente de Paula Fontenele Araújo (1914-1935). Nasceu em Parnaíba-Pi e faleceu em Belo Horizonte-MG. Poeta, cronista, jornalista. Fez estudos preparatórios no Ginásio Parnaibano. Ingressou na Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, e por motivos de saúde, abandonou os estudos. Sua cultura geral obteve como autodidata. Teve intensa atividade na imprensa mineira e na piauiense. Deixou publicados, nesses jornais e revistas, preciosos contos, crônicas e, sobretudo, poesias. Escreveu: Poemas de Amor e Morte.
1º ocupante: Darcy Fontenele Araújo (1916-1974). Nasceu em Parnaíba-PI e faleceu em Teresina-PI. Magistrado e professor. Fez curso preparatório no Ginásio Parnaibano e bacharelou-se em direito pela Faculdade do Recife. Foi promotor público em Parnaíba, procurador-geral de justiça do Estado do Piauí, secretário de Estado nas administrações do major José Vitorino Correia e Alberto Silva. Professor catedrático de direito comercial na Universidade Federal do Piauí, e de geografia, no Liceu Piauiense. Presidente da Junta Comercial do Estado e Presidente da OAB-PI. Deputado estadual (1951-1955). 2º ocupante: Josias Clarence Carneiro da Silva (1929-1992). Posse na APL: janeiro/1979. Nasceu em Teresina-PI e faleceu em 26.06.1992, em Teresina-PI. É um dos maiores estudiosos do folclore piauiense. Historiador, folclorista e genealogista. Formado em direito e bacharel em geografia e história. Professor titular de história, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Idealizou e criou a Fundação Educacional do Museu de Artes do Piauí. Foi diretor da Campanha Nacional de Educação de Adultos no Piauí. Dirigiu, por muitos anos, a Casa ―Anísio Brito‖. Assessor da Secretaria de Cultura do Piauí.
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3º ocupante: José Ribamar Oliveira (1921-1995). Nasceu em Porto-PI, em 26.07.1921 e faleceu em 23.10.1995, em Brasília-DF. Posse na APL: 02.09.1993. Romancista, contista, funcionário público federal. Bacharel em direito pela Faculdade do Piauí, em 1952, ano do Centenário da Fundação de Teresina. Iniciou sua vida literária escrevendo contos nos principais jornais e revistas de Teresina. Na vida pública, foi promotor público no Maranhão e delegado da Polícia Federal em Brasília. Foi um dos fundadores do Clube dos Novos, movimento cultural da geração de 1945. Publicou: Porto da Imaculada Conceição de Marruás; João Burundanga, Rio de Águas Barrentas e A Guerra do Jenipapo.
Ocupante atual: Francisco de Assis Almeida Brasil (1932). Posse na APL: 09.08.1996. Maior escritor piauiense da atualidade, Francisco de Assis Almeida Brasil nasceu em Parnaíba-PI, no dia 18 de fevereiro de 1932. Jornalista, professor, ensaísta, romancista; ultimamente, tem-se dedicado à literatura infantil. Atuou em publicações como a Enciclopédia Barsa, revista O Cruzeiro, suplemento cultural do Jornal do Brasil e Jornal de Letras, entre outros. Autor de mais de 160 obras literárias. Dois romances laureados com o Prêmio Walmap. Reside em Teresina. É considerado hoje uma das mais cintilantes culturas do País.
Patrono: Heitor Castelo Branco (1875-1952). Nasceu em Teresina-PI e faleceu no Rio de Janeiro-RJ. Advogado, professor e político. Bacharel em direito pela tradicional Faculdade do Recife, em 1898. Professor de historia do Brasil no Liceu Piauiense. Procurador de justiça do Estado do Piauí. Foi procurador da República e deputado federal. No Pará, foi prefeito de Segurança de Belém, professor da Faculdade de Direito, diretor do Liceu Paraense, deputado estadual e senador. Bibliografia: Barão de Castelo Branco–Centenário do seu Nascimento; O Tigre da Abolição; Páginas de Saudade, Bilhete Aberto à Atualidade.
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1º ocupante: Emília Castelo Branco de Carvalho (Lilizinha) (1919-1980). Posse na APL: 1967. Nasceu no Rio de Janeiro-RJ e faleceu em Teresina-PI. Romancista, cronista e contista. É de uma progénie de intelectuais. Lilizinha era neta do Barão de Castelo Branco. Foi diretora da Casa ―Anísio Brito‖ e do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense. Ex-membro do Conselho Estadual de Cultura. Publicou: A Sinhazinha de Karnak; A Mendiga do Ampar; O Morcego Azul e O Juramento (romances). Memorialista, escreveu, ainda, Quinze Anos Depois e Fases do Meu Passado. Aparece comocontista, escrevendo belíssimas crônicas na revista Vida Doméstica, do Rio de Janeiro, na qual uma das suas crônicas foi premiada. Recebeu elogios de José Américo de Almeida, membro da Academia Brasileira de Letras.
2º ocupante: Emília Leite Castelo Branco (Lili) (1896-1993). Posse na APL: 21.12.1981. Nasceu em São Martinho de Silvares, Fafe-Portugal e faleceu em Teresina-PI. Romancista primorosa, cronista, contista e memorialista. Veio para o Brasil quando contava 2 meses de idade. Com 12 anos, já mostrava pendores literários ao ser premiada em concurso pelo jornal Folha do Norte. Foi Diretora da Casa ―Anísio Brito‖ e membro do Conselho Estadual de Cultura. Colaborou, como cronista e contista, nos jornais de Belém, São Luís e Rio de Janeiro. Publicou: Ermelinda, Os Amores de Tomaz, Os Mistérios do Castelo, O Romance de Cada Um, Qual Será, Afinal o Nosso Fim?, A Misteriosa Passageira, Feliz Arrependimento e A Vida Romanciada de Simplício de Sousa Mendes.
Ocupante atual: Heitor Castelo Branco Filho (1929). Nasceu em Teresina-PI, no dia 20.06.1929. Posse na APL: 20.05.1994. Pertence à Academia Letras Belas Artes de Floriano-PI - ALBEARTES (fundador); Academia Campomaiorense de Artes e Letras ACALE; Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Como Engenheiro Civil: foi o administrador da construção do Porto do Itaqui, o maior porto de granéis do mundo, e de outras inumeráveis obras. Como jornalista: proprietário do jornal eletrônico Fax de Hoje e Diretor-presidente do jornal O Eestado. Como escritor: cronista, romancista, literatura infantil, autor de mais de cinquenta trabalhos literários, considerado pelos críticos Arimatéa Tito Filho, Alcionides Siqueira, Herculano Moraes, Clidenor Freitas Santos e João C. Ribeiro Gonçalves como ―primus inter pares‖ dos melhores autores brasileiros.
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Patrono: João Francisco Ferry (1895-1962). Nasceu em Valença-PI faleceu em Teresina-PI. Poeta, teatrólogo, jornalista e cronista. O seu nome de batismo é João Francisco Ferreira. O anedotário em torno de sua agenda conta que, certa vez, vendo a família Ferreira envolvida em tantas matérias policiais, tomou a decisão de mudar o seu sobrenome para Ferry, registrado em cartório. Teve intensa participação na imprensa piauiense, na qual passou a projetar sua verve alegre, versátil e multifacetada. Iniciou a vida literária com a obra Princípios, livro diversos em parceria com Luís Paixão Oliveira. Publicou ―Chapada do Corisco‖, em 1952.
Ocupante atual: Manoel Paulo Nunes (1925). Posse na APL: 28.08.1967. Nasceu em Regeneração-PI, em 11.10.1925. Professor, escritor e critico literário, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Piauí. Curso de Especialização em Administração Pública, pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas. É Técnico em Assuntos Educacionais, aposentado do MEC, exercendo, naquele ministério, as seguintes funções: Membro da Comissão de Especialista da Área de Educação, da Comissão da Reforma do MEC e da Comissão de Implantação de Estatutos do Magistério, Assessor dos Departamentos do Ensino Fundamental e de Assuntos Universitários e Assessor Especial do MEC. É professor titular, aposentado, e professor Emérito da Universidade Federal do Piauí. Foi membro efetivo do Conselho Estadual de Cultura, por vários anos, e do Tribunal Regional Eleitoral, na categoria de jurista. Participou de vários Congressos, nacionais e internacionais, destacando-se, as viagens de Estudos e Observação do Sistema Educacional dos EUA promovido pela USAID, naquele país e em Porto Rico; Congresso sobre a Situação Atual da Língua Portuguesa no Mundo; X Encontro de Professores Universitários de Literatura Portuguesa e I Colóquio Luso-brasileiro de Professores Universitários de Literatura de Expressão Portuguesa, em Lisboa, como convidado especial. Membro da OAB-PI, tendo integrado seu Conselho em dois biênios. Livros publicados: A Geração Perdida, A Província Restituída, O Discurso Imperfeito, Tradição e Invenção, As Solidões Justapostas, Modernismo & Vanguarda, As Duas Faces da Nossa Cultura.
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Patrono: José Newton de Freitas (1920-1940). Nasceu em Piripiri-PI e faleceu em Teresina-PI. Poeta, cronista e jornalista. Militou na imprensa piauiense, escrevendo crônicas e poesias. Poeta de novos ritmos, um dos pioneiros na poesia moderna no Piaui. Não deixou obras publicadas. Os pais dele, todavia, reuniram seus versos no livro Deslumbrado, composto de 45 poemas, publicado em duas edições; uma em 1940 e a outra em 1977. Traduzia nos seus poemas as suas angústias e os sonhos pueris e parecia buscar na natureza os motivos mais fortes de sua criação. Um dos redatores do jornal A Voz do Estudante, em 1940, órgão do Grêmio Literário Da Costa e Silva, do Ginásio Leão XIII.
Ocupante atual: Celso Barros Coelho (1922). Posse na APL: 29.05.1967. Nascido a 11.05.1922 em Pastos Bons–MA. Procurador autárquico federal; ex-deputado estadual e ex-deputado federal; professor titular de Direito Civil na UFPI; exprofessor visitante da Universidade de Brasília; ex-presidente da OAB-PI; membro da Academia Piauiense de Letras Jurídicas; do Instituto Luso-Brasileiro de Direito Comparado, do Instituto dos Advogados Brasileiros e de outras instituições. Na Câmara dos Deputados foi relator parcial do Projeto do Código Civil Brasileiro, livro “Direito das Sucessões”. Com 18 verbetes na Enciclopédia Saraiva do Direito, publicação da Editora Saraiva – 75 volumes; A Reforma do Código Civil – Revista Forense n° 224 – RJ.; Coelho Rodrigues e o Código Civil– Organizador e co-autor; Jurisprudência como norma jurídica, in ―Estudos em homenagem ao professor Washington de Barros Monteiro‖, São Paulo, Saraiva (1982); Sociedades anônimas – Dois pareceres incluídos no livro Sociedades por ações – crítica – exegese – Paulo C. A. Lima. Edições trabalhistas.; Piauí: Formação – Desenvolvimento – Perspectivas. Prof. R. N. Monteiro de Santana (organizador). FUNDAPI, com o trabalho “Ideias Filosóficas no Piauí”; Apontamentos para a História Cultural do Piauí. R. N. Monteiro de Santana (organizador). FUNDAPI, com o trabalho “Academia Piauiense de Letras”. Outras obras publicadas: O Direito como Razão e como História; Homens de ideias e de ação; Confronto de ideias; Darcy Ribeiro – educador e antropólogo; Por Onde anda a Cidadania; Dois mestres do Direito Civil; Rui Barbosa – estadista do progresso no Brasil; Deolindo Couto: Ciência e Humanista; Sousa Neto: o motivo e o dolo; Perfis Paralelos; Pastos Bons – Tempo e Memória; Política – Tempo e Memória; Diálogo, Circunstância – Ideias Filosóficas.
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Patrono: Mário Faustino dos Santos e Silva (1930-1962). Nasceu em Teresina-PI e faleceu em Dios no Peru. Jornalista, poeta e crítico literário. Iniciou a sua militância jornalística no jornal A Província do Pará, escrevendo crônicas, críticas literárias e editoriais. Em 1951, viajou pelos EUA, onde estagiou nos grandes jornais americanos. Em 1953, esteve na Europa integrando uma embaixada universitária. Falava fluentemente o inglês, o francês, o alemão, o italiano e o espanhol. Radicou-se no Rio de Janeiro, onde foi editorialista do Jornal do Brasil e chefe do Suplemento Literário. Fez parte do Departamento de Informações da ONU, em Nova Iorque. 1º ocupante: João Coelho Marques (1907-1966). Nasceu em Teresina-PI. Este acadêmico faleceu antes da posse; entretanto, a APL considerou-o membro efetivo. Médico, professor e escritor. Formado em medicina pela Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Doutorou-se defendendo a tese Espiritismo e Ideias Delirantes. Fez uma brilhante e segura exposição de seu trabalho, recebendo nota 10 da Congregação da Faculdade. Sua tese teve enorme repercussão nos meios médicos do país e no exterior, pois as suas conclusões chegaram a ser citadas em revistas especializadas. Dirigiu o Hospital Areolino de Abreu. 2º ocupante: Salomão Azar Chaib (1918-1993). Nasceu em Teresina-PI e faleceu em São Paulo-SP. Médico, cientista e professor. Formado pela Universidade do Brasil. Foi uma figura de destaque na medicina nacional. Livre-docente da Clínica Cirúrgica na Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo. Membro da Academia de Medicina de São Paulo e da Academia Nacional de Medicina. Autor de 42 trabalhos científicos, tendo publicado outros na área da literatura. Publicou: E Agora, Doutor?; Drama de Consciência e Ambição Fatal. Professor titular de gastroenterologia da Faculdade de Pós-graduação da Santa Casa de Misericórdia, de São Paulo. Ocupante atual: Fides Angélica de Castro Veloso Mendes Ommati (1945). Posse na APL: 26.08.1994. Natural de Floriano-PI. Bacharel em Direito–Faculdade Federal de Direito do Piauí; Especialização em Didática do Ensino Superior-Universidade Federal do Ceará; Mestrado em Direito Público - Universidade Federal do RJ; Licenciatura em Letras–UFPI; Curso Técnico de Contabilidade – Escola Técnica Felismino Weser-PI. Professora da Escola Técnica de Comércio do Piauí ̶ disciplina Português; Professora de Direito da Faculdade Federal de Direito e da UFPI; Procuradora do Estado do Piauí; Procuradora Geral da UFPI; Coordenadora do Curso de Direito do Instituto Camillo Filho; Advogada; Presidente da OAB ̶ Seccional do Piauí; Conselheira Federal da OAB-PI; Fundadora e Reitora da Escola Superior de Advocacia do Piauí; Fundadora e Diretora Geral da Escola Nacional de Advocacia, do Conselho Federal da OAB; Coordenadora do Conselho Editorial da Revista do CFOAB. Publicou “Presença do Tempo”.
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MULHERES INTEGRANTES DA APL FIGURAS DE ONTEM E DE HOJE 1917 a 2017 CADEIRA-6 Ocupante atual: Maria do Socorro Rios Magalhães. Fez Mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, apresentando a dissertação ―Literatura infantil sul rio-grandense: a fantasia e o domínio do real‖. Pela mesma Universidade, recebeu o título de doutora em Letras, defendendo a tese ―Horizontes de leitura e crítica literária: a recepção da literatura piauiense no período 1900 a 1930‖. Posteriormente, publicou a sua dissertação de mestrado, que deu origem ao livro A fantasia e o domínio do real, editado em 2001 e da sua tese de doutorado, transformada no livro Literatura piauiense: horizontes de leitura e crítica literária, editado em 1998, pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Publicou, ainda, os livros: O Curso de Letras da UFPI, A lenda do Cabeça de Cuia, artigo,Vem comigo, leitor.
CADEIRA-14 4º ocupante: Alvina Fernandes Gameiro (1917-1999). Romancista, poetisa, contista, pintora e professora. Nasceu nas Fazendas Nacionais, município de Oeiras-PI, e faleceu em Brasília. Formada pela Escola Nacional de Belas Artes, graduou-se pela Universidade da Columbia, MY-USA. Professora de português e inglês em vários educandários do Piauí, do Maranhão e do Pará. Escreveu: 15 Contos que o Destino Escreveu e Contos dos Sertões do Piauí, 1980.
CADEIRA-21 2º ocupante: Maria Isabel Gonçalves de Vilhena (Neném Vilhena) (1896-1988). Nasceu e faleceu em Teresina-PI. Poetisa, cronista e professora. Faleceu aos 92 anos de idade, em plena lucidez e sensibilidade. Pedagoga, diplomada pela Escola Normal ―Antonino Freire‖, em Teresina. Lecionou francês. Falava, escrevia e versava fluentemente a língua francesa. Bibliografia: “Seara Humilde” e “Nada”, este último publicado em 1994. Foi incluída no Livro “A Poesia Piauiense no Século XX”. No entender do saudoso Hardi Filho, in discurso de posse na APL, “sua poesia encanta pela doçura e pela leveza e expressão...”. Segundo escreveu Hygino Cunha o ―Talento poético de escol, honra a glória do sexo feminino entre nós‖. Escreveu algumas das mais belas crônicas sobre a vida e a espiritualidade das pessoas.
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CADEIRA-23 1º ocupante: Amélia Carolina de Freitas Bevilácqua (1860-1946). Nasceu em JerumenhaPI. Primeira mulher a se candidatar a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Romancista, poetisa, cronista, contista e jornalista. Casou-se com o grande jurisconsulto Clóvis Bevilácqua, autor do Código Civil Brasileiro. Figura festejada, principalmente como romancista, cujas obras são páginas que enlevam e arrebatam os leitores. Uma da fundadoras e redatoras da revista Lírio, publicação mensal, voltada para o campo da literatura. Publicou: Alcione, Através da Vida, Silhuetas, Angústia, Milagre de Natal, Vesta.
CADEIRA-23 Ocupante atual: Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz. Professora e historiadora. Licenciada em História pela UFPI (1977) e Bacharela em Ciências Econômicas pela mesma instituição (1983). Mestra em História do Brasil pela Universidade Federal do Paraná (1984) e Doutora em História Social, pela Universidade de São Paulo (1992). Professora no Departamento de Geografia e História da Universidade Federal do Piauí (1979-1999), no Departamento de História da Universidade Federal do Ceará (19992001), professora, Coordenadora Pedagógica e Coordenadora de Pesquisa no Instituto Camilo Filho (2001 ̶ 2006) e professora do Departamento de História da UFPI a partir de 2006. Docente e orientadora no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPI (1993-1999), do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Ceará (1999-2002) e do Programa de PósGraduação em História do Brasil da UFPI a partir de 2006.
CADEIRA-28 Patrono: Luísa Amélia de Queiroz Brandão. Princesa da Poesia Romântica do Piauí, nasceu em Piracuruca-PI a 26.12.1838. De família abastada, cedo despertou para a leitura dos clássicos, familiarizando-se com os melhores textos da literatura de sua época. Casou-se duas vezes. Morreu em 12.11.1898, em Parnaíba-PI. Primeira poetisa piauiense. Poetisa inata, romântica, de exuberante lirismo. As suas poesias ―são impregnadas de romantismo, simplicidade e cantos líricos‖, segundo o Acadêmico Bugyja Brito. A sua cultura foi adquirida como autodidata. Única mulher a figurar no quadro de patronos das Academias Piauiense e Parnaibana de Letras. Seus livros de poemas: Flores incultas (1875) e Georgina ou os Efeitos do Amor (1893).
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CADEIRA-35 Ocupante atual: Maria Nerina Pessoa Castelo Branco. Decana do Sodalício. Posse na APL: 19.12.1966. Nasceu em Teresina-PI. Bacharela em Ciências Jurídicas e Sociais e em Filosofia pela Faculdade Católica de Filosofia do Piauí. Licenciada em Filosofia e Contabilidade. Técnica em Contabilidade pela Escola Técnica de Comércio do Piauí. Professora titular da UFPI (aposentada), Professora Emérita da UFPI (janeiro 2013). Professora do IFPI (aposentada). Membro do Instituto Histórico de Oeiras-PI. Assessorou governos do Piauí, na Cultura e Obras Públicas. Integra o Instituto Histórico e Geográfico de Oeiras, o Instituto Histórico e Geográfico do Estado do Piauí. Ex-diretora da Biblioteca ―Cromwell de Carvalho‖.
CADEIRA-37 1º ocupante: Emília Castelo Branco de Carvalho (Lilizinha) (1919-1980). Nasceu no Rio de Janeiro e faleceu em Teresina-PI. Romancista, cronista e contista. É uma progénie de intelectuais. Lilizinha era neta do Barão de Castelo Branco. Foi diretora da Casa Anísio Brito e do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense. Ex-membro do Conselho Estadual de Cultura. Publicou: A Sinhazinha de Karnak; A Mendiga do Ampar; O Morcego Azul; e O Juramento (romances). Escreveu, ainda, Quinze Anos Depois. Como contista escreveu crônicas na Revista Vida Doméstica, do Rio de Janeiro.
CADEIRA-37 2º ocupante: Emília Leite Castelo Branco (Lili) (1896-1993). Nasceu em Fafe-Portugal. Os pais: José Gonçalves Leite e Ermelinda de Barros Oliveira. Romancista promorosa, cronista, contista e memorialista. Veio para o Brasil, acompanhando seus pais, contando dois meses de idade. Já mostrava seus pendores literários quando foi premiada em concurso pelo jornal Folha do Norte. Colaborou, como cronista e contista, nos jornais de Belém, São Luís e Rio de Janeiro.
CADEIRA-40 Ocupante atual: Fides Angélica de Castro Veloso Mendes Ommati. Nasceu em Floriano-PI, em 28.11.1945. Posse na APL: 26.08.1994. Filha de Diva de Castro Veloso Mendes e Manoel Mendes da Silva. Viúva de José Emilio Ommati. Filhos: Larissa Veloso Mendes Ommati, José Emilio Medauar Ommati e Ricardo Emilio Veloso Mendes Medauar Ommati; um neto - José Emilio Ommati Neto. Publicações: Estudos de Direito Publico Comparado; Manual de Direito Previdenciário; à Luz das Ideias Políticas; Direito como Dever; Temas de Direito e de Politica; Jose Emilio Ommati-Memoria de uma Vida Curta e Exemplar; As Constituições Piauiensesem coautoria; Estatuto dos Funcionarios Publicos Civis do Estado do Piauí – em coautoria; artigos jurídicos em obras coletivas e revistas especializadas.
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ANTIGUIDADE DOS ACADÊMICOS DE ACORDO COM O INGRESSO NA ACADEMIA QUADRO EM 30 DE DEZEMBRO DE 2017 CADEIRA 35 39 38 32 18 17 25 09 28 07 08 16 30 37 40 12 26 19 36 14 22 02 13 05 33 34 29 20 27 11 23 10 01 03 04 31 06 21 15 24
ACADÊMICOS Maria Nerina Pessoa Castelo Branco (decana) Celso Barros Coelho Manoel Paulo Nunes Raimundo Nonato Monteiro de Santana Herculano Moraes da Silva Filho João Paulo dos Reis Velloso Dagoberto Ferreira de Carvalho Júnior Hugo Napoleão do Rego Neto Manfredi Mendes de Cerqueira Humberto Soares Guimarães Francisco Miguel de Moura Eustachio Portella Nunes Filho Álvaro Pacheco Heitor Castelo Branco Filho Fides Angélica de Castro Veloso Mendes Ommati Wilson Carvalho Gonçalves Magno Pires Alves Filho Alcenor Rodrigues Candeira Filho Francisco de Assis Almeida Brasil Altevir Soares de Alencar Nildomar da Silveira Soares Jônathas de Barros Nunes Pedro da Silva Ribeiro Oton Mário José Lustosa Torres Nelson Nery Costa Zózimo Tavares Mendes Afonso Ligório Pires de Carvalho Raimundo José Airimoraes Soares Reginaldo Miranda da Silva José Ribamar Garcia Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz José Elmar de Mélo Carvalho Antônio Fonseca dos Santos Neto Jesualdo Cavalcanti Barros Wilson Nunes Brandão Homero Ferreira Castelo Branco Neto Maria do Socorro Rios Magalhães Dilson Lages Monteiro Cid de Castro Dias Cadeira vaga
CIDADE ESTADO Teresina PI Pastos Bons MA Regeneração PI Campo Maior PI São Rdo. Nonato PI Parnaíba PI Oeiras PI Portland Oregon-EUA Piracuruca PI Ribeiro Gonçalves PI Picos PI Valença PI Jaicós PI Teresina PI Floriano PI Barras PI Batalha PI Parnaíba PI Parnaíba PI Alto Longá PI Teresina PI Eliseu Martins PI Guadalupe PI Parnaguá PI Teresina PI Novo Oriente CE Luzilândia PI São Pedro PI Bertolínea PI Teresina PI Esperantina PI Campo Maior PI Passagem Franca MA Corrente PI Rio de Janeiro RJ Amarante PI Teresina PI Barras PI São Rdo. Nonato PI -
POSSE 19/12/1966 29/05/1967 28/08/1967 18/12/1967 01/05/1980 30/04/1981 31/08/1984 06/03/1987 20/05/1988 10/12/1988 30/10/1990 08/08/1991 28/01/1994 20/05/1994 26/08/1994 10/02/1995 25/10/1995 15/03/1996 09/08/1996 13/06/2000 27/09/2000 22/11/2000 08/02/2001 05/04/2001 30/10/2001 10/12/2002 27/06/2003 12/08/2004 18/10/2006 15/03/2007 05/10/2007 21/10/2008 02/03/2010 06/08/2010 14/08/2012 20/06/2013 25/04/2014 22/10/2015 30/04/2016 -
Municípios piauienses com filhos ilustres na APL, desde a fundação. SÃO JOÃO-PI
TERESINA-PI
OEIRAS-PI
AMARANTE-PI
BERTOLÍNIA-PI
CAMPO MAIOR-PI PIRIPIRI-PI PARNAÍBA-PI UNIÃO-PI
MONS. GIL-PI
PARNAGUÁ-PI GUADALUPE
BARRAS-PI
JAICÓS-PI
JERUMENHA-PI 13 DE MARÇ O DE 1823
CARACOL-PI R. GONÇALVES-PI CORRENTE-PI
PIRACURUCA-PI
Fonte: google -cidadesinteressemilitar.blogspot.com
LUÍS CORREIA-PI
Teresina 45 143 Oeiras 16 Barras 14 Parnaíba 12 Amarante 09 Campo Maior 08 Jerumenha 08 Piripiri 06 Piracuruca 05 Valença do Piauí – 05 Floriano 04 Picos 03 União 02 José de Freitas 02 Regeneração 02 Alto Longá 02 Bertolínia 02 Mons. Gil 02 Miguel Alves 02 S.Rdo. Nonato 02 Parnaguá 02 Pedro II 01 Ribeiro Gonçalves- 01 Corrente 01 Caracol 01 São João PI 01 Luís Correia 01 Esperantina 01 Ipiranga do Pi 01 Batalha 01 Luzilândia 01 Jaicós 01 Porto 01 São Pedro do PI01 Guadalupe 01
PICOS-PI
PORTO-PI BATALHA-PI
VALENÇA-PI S. PEDRO-PI M. ALVES-PI
S. RDO. NONATO-PI
REGENERAÇÃO-PI PEDRO II-PI
FLORIANO-PI
ALTO LONGÁ-PI
JOSÉ DE FREITAS-PI
IPIRANGA DO PIAUI
LUZILÂNDIA-PI
ESPERANTINA-PI
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MUNICÍPIOS DE OUTROS ESTADOS E PAÍSES COM FILHOS ILUSTRES NA APL, DESDE A FUNDAÇÃO
Fonte: google –adolescentesproselopb.wordpress.com
TIMON-MA
PASTOS BONS-MA
PASSAGEM FRANCA-MA CODÓ-MA
REALENGO-RJ BELÉM-PA
ITAPORANGA-PB
FORTALEZA-CE IPUEIRAS-CE
MACEIÓ-AL
SANTA RITA-PB
RIO DE JANEIRO-RJ MATÕES-MA
NOVO ORIENTE-CE
SÃO Fco. DO MARANHÃO-MA
SÃO LUÍS-MA
CAXIAS-MA
VIÇOSA-AL
PORTLAND-EUA
Timon-MA -
03
Fortaleza-CE -
02
Rio de Janeiro-RJ -
02
Pastos Bons-MA -
01
Realengo-RJ
01
Passagem Franca-MA -
01
Codó-MA -
01
Belém-PA -
01
S. Fco. do Maranhão -
01
Maceió-Al -
01
Itaporanga-PB -
01
Novo Oriente-CE -
01
Santa Rita-PB -
01
Matões-MA -
01
Portland-EUA -
01
Fafe-Portugal -
01
Viçosa –AL -
01
São Luís-MA -
01
Caxias-MA -
01
Ipueiras-CE -
01
FAFE-Portugal
Atuais membros da APL nascidos fora do Piauí (Brasil) e no Exterior: Número de acadêmicos vivos nascidos no Piauí ........................................................................................................ 34 Número de acadêmicos vivos nascidos em outros Estados ..................................................................................... 04 Número de acadêmicos vivos nascidos no Estrangeiro ............................................................................................ 01
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COLEÇÃO CENTENÁRIO - CEM OBRAS PUBLICADAS
Uma ideia brotada na administração do acadêmico e ex-presidente Reginaldo Miranda da Silva, da Academia Piauiense de Letras, e concluída sob a presidência do atual acadêmico, Nelson Nery Costa, com a edição de 80 livros. Ao longo da história, os governadores que mais publicaram obras de acadêmicos mortos e vivos foram Leônidas de Castro Melo e Alberto Tavares Silva, acontecimentos suplantados, apenas, nos dias de hoje pela Coleção Centenário, com a publicação, até o dia 30 de dezembro de 2017, de 100 valiosas obras, fruto das administrações do presidente Reginaldo Miranda da Silva, iniciada em 2010, o idealizador da Coleção, e a conclusão na gestão atual do presidente Nelson Nery Costa.
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100 anos
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MAGNO PIRES ALVES FILHO
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A “COLEÇÃO CENTENÁRIO” da APL INTEGRA A BIBLIOTECA DA “CASA DE MACHADO DE ASSIS” Por delegação do presidente da APL, Nelson Nery Costa, o acadêmico Nildomar da Silveira Soares compareceu à Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, e fez a entrega oficial dos livros que formam a Coleção Centenário ao presidente Domício Proença Filho, que agradeceu, de logo, a doação recebida, determinando que as obras passassem a compor a biblioteca Rodolfo Garcia, daquela secular Casa.
Visita à Academia Brasileira de Letras do acadêmico Nildomar da Silveira Soares, fazendo, em nome da Academia Piauiense, a doação da Coleção Centenário ao presidente Domício Proença Filho.
Nildomar da Silveira Soares conversando, na ABL, com o presidente Domício Proença Filho. Na mesa, alguns exemplares da Coleção Centenário da Academia Piauiense de Letras. A Biblioteca Rodolfo Garcia, da Academia Brasileira de Letras, foi construída na gestão do acadêmico Alberto da Costa e Silva e inaugurada em 22 de setembro de 2005, na presidência do acadêmico Ivan Junqueira, sob a direção do acadêmico Murilo Melo Filho. Rodolfo Augusto de Amorim Garcia, um historiador e intelectual brasileiro, cadeira n°39, da Academia Brasileira de Letras, nasceu, em Ceará-Mirim, RN, a 25 de maio de 1873.
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ALGUMAS DAS FIGURAS ILUSTRES QUE VISITARAM A APL NO PERPASSAR DOS ANOS
Entrevista concorridíssima, em 1987, de Luís Carlos Prestes a jornalistas, na APL.
Na APL: Tito Filho, jornalista Mário Soares e Luís Carlos Prestes.
No aniversário de 69 anos: Visita do presidente da Federação das Academias. Membros da Academia Piauiense de Letras, da esquerda para a direita, de pé: Celso Barros Coelho, R.N. Monteiro de Santana, Fontes Ibiapina, Carlos Garrido (Pres. da Federação das Academias de Letras do Brasil), Júlio Antônio Martins Vieira e Manoel Paulo Nunes; sentados: General Jacob Manoel Gayoso e Almendra, A. Tito Filho, Fernando Lopes e Silva Sobrinho, Simplício Mendes (então Pres. da APL), Cristino Castelo Branco, Manoel Felício Pinto e Odilon Nunes.
Na APL: Visita do jornalista Carlos Castelo Branco, na administração de A. Tito Filho.
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O Governador do Rio de Janeiro, Moreira Franco, piauiense, visita a APL, na administração de A. Tito Filho.
Na APL: ainda a visita de Carlos Castelo Branco.
A conceituada escritora e membro da Academia Brasileira de Letras, Rachel de Queiroz, em memorável visita à APL, no ano de 1993, na administração do presidente M. Paulo Nunes.
Na APL: o jornalista Sebastião Nery homenageado pela APL, na gestão de A. Tito Filho.
Mais uma foto da visita de Rachel de Queiroz à Academia Piauiense de Letras. Foi ela uma tradutora, romancista, escritora, jornalista, cronista e importante dramaturga brasileira, sendo a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Nasceu em FortalezaCE no dia 17 de novembro de 1910 e faleceu no dia 04 de novembro de 2003, no Rio de Janeiro. Em 1917, foi para o Rio de Janeiro, em companhia dos pais, que procuravam, nessa migração, fugir dos horrores da terrível seca de 1915, que mais tarde a romancista iria aproveitar com o tema de “O Quinze”, seu livro de estréia. O Quinze é o primeiro e o mais popular romance de Raquel de Queiroz, publicado em 1930, pela editora José Olympio. Publicou, ainda, As Três Marias, Memorial de Maria Moura, Caminho de Pedra, O Menino Mágico, Memória de Menina.
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Solenidade de instalação do programa O Brasil no Limiar do Novo Milênio e dá primeira conferência com o tema Imagens do Brasil no século XX, proferida pelo embaixador Alberto da Costa e Silva, desenvolvido pela Academia Piauiense de Letras, em parceria com a Fundação Banco do Brasil. Na mesa de honra, da direita para a esquerda: acadêmico Raimundo Nonato Monteiro de Santana, coordenador das conferências; embaixador Alberto da Costa e Silva, conferencista; acadêmico Celso Barros Coelho, presidente da Academia Piauiense de Letras; Superintendente da Fundação Banco do Brasil; acadêmico Paulo de Tarso Mello e Freitas, presidente do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense. Solenidade realizada no auditório da APL, no dia 11 de novembro de 1999, às 19h30, sob a presidência do acadêmico Celso Barros Coelho.
Embaixador Alberto Vasconcellos da Costa e Silva em visita à Academia. Visitou a Academia Piauiense de Letras, mantendo cordial palestra com o prof. Tito Filho, o poeta e crítico literário Alberto da Costa e Silva, uma das grandes projeções da inteligência nacional, embaixador do Brasil em Portugal. O amigo ilustre da APL tem o nome ligado ao Piauí, terra a quem ele devota afeição especial, pois no pedaço piauiense de Amarante nasceu a maior fulguração da poesia piauiense, Da Costa e Silva, pai do digno e admirado diplomata visitante.
Alberto Vasconcellos da Costa e Silva, filho do poeta Antônio Francisco da Costa e Silva e de Creusa Fontenelle de Vasconcelos da Costa e Silva, eleito para a cadeira 9 da Academia Brasileira de Letras em 27 de julho de 2000.
O acadêmico Nildomar da Silveira Soares oferece um livro de sua autoria ao embaixador Alberto da Costa e Silva, filho do poeta Da Costa e Silva. O embaixador é membro da Academia Brasileira de Letras e presidiu aquela Casa nos anos de 2002 e 2003. Em 2004 foi escolhido pela União Brasileira de Escritores (UBE) como o “Intelectual do Ano”. Na foto, encontram-se o ex-governador do Piaui, Mão Santa, Alberto da Costa e Silva e, logo abaixo, Nildomar Soares.
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Visita à APL no período de 24 a 30.10.1989. Afrânio Coutinho, conceituado crítico literário, escritor e professor, ao seu lado, o acadêmico Celso Barros Coelho.
Na APL, Afrânio Coutinho. Membro da Academia Brasileira de Letras, eleito em 17.04.1962 para a cadeira 33. Professor do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Nasceu em Salvador-BA, em 15.03.1911. Formou-se em Medicina em 1926, mas, não chega a exercer a profissão, preferindo dedicar-se à carreira de professor e crítico literário. Foi bibliotecário da Faculdade de Medicina e professor da Faculdade de Filosofia da Bahia. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 05 de agosto de 2000.
Arquivo de Álvaro Mota
Diário Oficial do Estado do Piauí. Ano IX - 50 da República - N° 191 Teresina - Terça-feira, 22.08.1939. Padre Astolfo Serra - Viajará amanhã de regresso a São Luiz do Maranhão, o Padre Astolfo Serra, que tem sido por alguns dias o hóspede de honra de nossa amizade. Depois de revêr velhos amigos e de fazer amigos novos,
Na foto, presidente da APL, Celso Barros Coelho, o general João Evangelista (no meio) e o acadêmico Paulo de Tarso Mello e Freitas.
Na foto, o acadêmico José Lopes dos Santos cumprimentando o professor Paulo Bonavides, destacado jurista brasileiro, Professor Emérito da Universidade Federal do CE, Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. o Padre Serra, jornalista e poeta, companheiro de nossas tristezas, aspirações e idealismos, volta satisfeito por ter compreendido e sentido, no seu delicado temperamento de artista, a nobreza de nossos anseios e a intenção de nossas esperanças. (Ao centro, o venerando mestre Higino Cunha, tendo à esquerda, o padre Astolfo Serra, da Academia Maranhense, e à direita, Celso Pinheiro da Academia Piauiense).
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Na APL, de pé, A. Tito Filho e Clidenor Santos. Sentados: Paulo Freitas, Afrânio Coutinho e José Eduardo Pereira.
Austregésilo de Athayde e Altevir Soares de Alencar, este responsável para, em nome da APL, formular convite ao acadêmico para se fazer presente à solenidade de posse de Alberto Tavares Silva, na Casa de Lucídio Freitas, em dezembro de 1988.
Visita do presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde, à APL. Descerrando a placa alusiva à sua visita. Ladeado pelo governador Alberto Silva e pelos acadêmicos Júlio Romão e A. Tito Filho.
Na Academia Piauiense de Letras, conversando com o acadêmico Clidenor de Freitas Santos.
Aeroporto de Teresina-PI: Altevir Soares de Alencar, José de Arimathéa Tito Filho, Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Athayde, Capitão J. Oliveira (ajudante-de-ordens), Maria Carmen e João Henrique de Almeida Sousa, representante do governador do Estado do Piauí.
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Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Athayde tendo à sua direita Josias Clarence Carneiro da Silva e, do seu lado esquerdo, Humberto Guimarães.
Na APL, de pé, da esquerda para direita: Wilson Brandão, R. N. Monteiro de Santana, Celso Barros Coelho, Nerina Castelo Branco, Alberto Silva, A. Tito Filho, Clidenor Freitas Santos, Josias Clarence da Silva; sentados: João Gabriel Baptista, Austregésilo de Athayde e Cunha e Silva.
Foto colhida em frente à APL. Da esquerda para a direita: Julio Romão, A. Tito Filho, Austregésilo de Athayde, governador Alberto Silva, José Miguel de Matos, Nerina Castelo Branco e Lucídio Portela. A presença do presidente da ABL destinou-se à sua participação na posse de Alberto Silva na Academia Piauiense de Letras.
Informativo da Academia Piauiense de Letras, em Edição Especial, de dezembro de 1988, noticiando insigne visita. O ilustre acadêmico Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Athayde, nasceu em 25 de setembro de 1898, em Caruaru-PE, presidiu a Academia Brasileira de Letras por mais de 30 anos (1959 a 1993), foi um homem de assombrosa vitalidade. Deu cobertura jornalística ao julgamento de Al Capone, em Chicago, em 1931. Foi, também, um dos redatores da Declaração Universal dos Direitos do Homem, em Paris, 1948, como representante do Brasil.
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Sessão na Academia - Da esquerda para a direita: Casal Rocha Furtado, Nerina Castelo Branco e casal Carlos Castelo Branco. José da Rocha Furtado governou o Piauí no período de 1947 a 1951.
Registro histórico.
José Enéas Cezar Athanázio, autor de extensa obra no domínio do conto, da novela, do ensaio, da crônica, da crítica e da literatura para jovens.
Na APL, vemos Doutor Jomar Moraes, presidente da Academia Maranhense de Letras, e o presidente, à época, Des. Paulo de Tarso Mello e Freitas.
Na APL, o Doutor Paulo Bonavides, membro da Academia Cearense de Letras.
A APL comemorando seus 80 anos. Presentes, Maria Nerina Pessoa Castelo Branco (hoje decana da APL) e Dom José González Alonso abençoando o Auditório.
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Da esquerda para a direita: embaixador Aluízio Napoleão, secretário de Cultura Sérgio Paulo Rouanet, A.Tito Filho, senador Hugo Napoleão e José Elias Arêa Leão, presidente da Fundação Cultural, em flagrante na biblioteca da APL. A Lei Rouanet disciplina a política de incentivos fiscais que possibilitam empresas e cidadãos aplicarem, em ações culturais, uma parte do imposto de renda devido.
Evanildo Bechara na APL, em novembro de 1990: professor Cineas das Chagas Santos, piauiense, poeta e escritor (esquerda) e, no centro, o presidente Tito Filho. Evanildo Cavalcante Bechara, professor, gramático e filólogo brasileiro. Membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, imortal da Academia Brasileira de Letras e Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra.
Na foto, Hugo Napoleão e José Sarney, em visita à APL, quando o presidente era M. Paulo Nunes.
Palestra sob o título “A Obra Poética de Álvaro Pacheco” a cargo do acadêmico Francisco Hardi Filho. Local – Academia Piauiense de Letras Data: 13.05.95, horário: 10 horas Na mesa, da esquerda para a direita: acadêmico Francisco Hardi Filho; Des. Tomaz Gomes Campelo, presidente da Academia do Vale do Longá; Jesulado Cavalcanti Barros, presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí; Manoel Paulo Nunes, presidente da APL; Romildo Nogueira; senador Álvaro dos Santos Pacheco e a escritora Rachel de Queiroz.
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As lições do Piauí Austregésilo de Athayde
E
m minha recente e breve visita a Teresina, aonde fui para assistir à posse do governador Alberto Silva, na Academia Piauiense de Letras, ouvi referências lisonjeiras ao presidente da Academia Brasileira, que recebi com muito agrado, crente que sou no papel da nossa instituição, segundo está no discurso inaugural de Machado de Assis, pronunciado a 20 de julho de 1897: o desejo de criar na Federação Política a unidade literária. Todas as academias, nas condições em que existem, trabalham com esse mesmo sentido de unir o Brasil pelo culto da arte literária. Sob a regência de um escritor de merecimento, como é Arimathéa Tito Filho, e composta de muitos outros, poetas, prosadores, ensaísticas, com notáveis qualidades de ficcionistas, surpreendeu-me que o sodalício de Teresina está a par de todo o movimento intelectual e artístico do País. São valores autênticos que esperam para maior projeção nacional que se lance a um esforço de intercâmbio e comunicabilidade que espero a minha presença tenha servido para incrementar. Não faltam ao Estado piauiense os meios necessários, já devidamente apurados na existência de imprensa escrita, falada ou por imagens, jornais, rádios e televisão, no mesmo nível técnico que se encontra em estados mais progressivos do Sul e do Centro. Com profissionais, muitos deles formados na experiência em órgãos publicitários mais importantes do País. O Piauí precisa vencer a timidez em relembrar a enorme contribuição que tem dado em homens de grande categoria cultural, como jornalistas, escritores, políticos e empresários, sendo a geração dessas figuras de hoje em tudo digna de um passado que se pode invocar com orgulho. Seria longa a lista desses nomes, não menor do que outras regiões nos deram para lustre da civilização brasileira. O pitoresco e o anedótico, sem fundo na realidade da vida do Estado, não resistindo a um exame criterioso da história de lutas cívicas, de que a famosa Batalha de Jenipapo, no município de Campo Maior, constitui um episódio incomparável pelo heroísmo dos combatentes brasileiros, lançados a encontro desigual contra aguerridas tropas do general português Fidié ̶ mais de quinhentos brasileiros pagaram com o tributo da vida o seu amor pela libertação do Brasil. Há lições memoráveis do passado e da atualidade a colher do devotamento do Piauí, aguardando apenas que se proclame, se fale e se escreva, com títulos que não desmereçam as glórias das nossas crônicas, em outras regiões. O Estado, embora em condições econômicas difíceis, tem diante de si um futuro digno das esperanças dos seus filhos, aos quais não falta o espírito estrênuo da nacionalidade. (Artigo publicado em jornais do Rio de Janeiro e de Teresina).
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CURIOSIDADES E ACONTECIMENTOS QUE MARCARAM O ANO DE 1917
MOEDA OFICIAL DA ÉPOCA NO BRASIL - 1917
CALENDÁRIO DO ANO DE 1917
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éis é o plural do nome das unidades 1917 monetárias de Portugal, do Brasil e de outros países lusófonos durante certos períodos da história (singular: real). No Brasil, esta moeda foi substituída pelo cruzeiro em 5 de outubro de 1942, na razão de 1 cruzeiro por mil-réis então circulantes. A moeda era utilizada no país desde os tempos coloniais. Entre 1902 a 1917 não houve cunhagem de moedas em cuproníquel, embora haja um ensaio de 400 Réis 1914. Isso se deve à grande quantidade das moedas do tipo MCMI cunhadas, foram colocados em giro nada mais que 30.000:000$000 (trinta mil contos) de moedas em cuproníquel, o que foi suficiente para a circulação nos próximos 15 anos. Fontes:https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9is http://www.forumnumismatica.com/viewtopic.php?t=66246&f=54
OS 100 ANOS DO 25 BC ―Entre missões de paz e proteção, ações de apoio ao desenvolvimento, as tropas do 25° Batalhão de Caçadores ajudam a escrever a história do Piauí e do mundo. Criado em 17 de novembro de 1917, por determinação do General Caetano de Farias, do Ministério da Guerra, o batalhão que comemora centenário começou com um efetivo do 48° BC, de São Luís (MA), e mais 135 voluntários do Piauí, sob o comando do Capitão Domingos Monteiro‖. Foto: projetorondonfho.blogspot.com
Fonte: Revista Cidade Verde Ano 07, Edição 170, de 20.08.2017.
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GREVE GERAL DE 1917
N
a história dos trabalhadores brasileiros um movimento ocorrido em São Paulo, nos meses de junho e julho no ano de 1917, foi fundamental para que conquistassem um mínimo de respeito dentro das fábricas. A Greve Geral de 1917 representou toda a insatisfação acumulada dos trabalhadores nas primeiras décadas da República brasileira guiados inicialmente pela ideologia anarquista, mostraramse capazes de se organizarem em prol das suas vontades. Depois de árduas negociações, os operários conquistaram o aumento de 20% de salário, direito de associação e a não demissão dos envolvidos na greve. No dia 16 de julho, um comício realizado no Largo da Concórdia, decreta o fim da primeira greve geral do Brasil.
http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/greve-geral-de-1917/
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PRESIDENTE QUE GOVERNOU O BRASIL NO ANO DE 1917
“O
vice-presidente Wenceslau Braz foi o candidato vitorioso nas eleições para sucessão do marechal Hermes da Fonseca. A vitória eleitoral do mineiro Wenceslau Braz na presidência da República marcou o reatamento das relações políticas entre São Paulo e Minas Gerais, e com ela a retomada da política do ―café-com-leite‖. O governo de Wenceslau Braz coincidiu com o período da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que aconteceu no continente europeu. O Brasil se envolveu no conflito depois que os alemães afundaram os navios mercantes brasileiros Paraná, Tijuca, Lapa e Macau, com 4.466 toneladas, carregados de café, que se encontravam no litoral francês. Três tripulantes morreram. Em outubro de 1917, o presidente Wenceslau Braz assinou a declaração de guerra contra a Alemanha.‖ Fonte:http://educacao.uol.com.br/disci-plinas/historia-brasil/governo-wenceslau-braz-1914-1918-inicio-daindustrializacao.htm
GOVERNADOR DO PIAUÍ NO ANO DE 1917
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Foto: acervo Genu Moraes
urípedes Clementino de Aguiar (foto oficial como governador do Piauí). Nasceu em Matões-MA, em 19.01.1880, e faleceu em 02.03.1953, em TeresinaPI. Formado pela Faculdade de Medicina da Bahia-BA, em 1902, laureado com prêmio de viagem à Europa, graças à sua tese de doutorado, sob o título Tratamentos de Queimados. Em 1926, assumiu o Governo do Estado, depois de árdua campanha eleitoral, em que derrotou as forças governistas, eleição reconhecida pela Assembleia Legislativa. Todavia, a sua posse só ocorreu por força de um habeas-corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal. Administração séria. Restaurou as finanças públicas e promulgou os códigos processuais do Piauí .
PRIMEIRA REUNIÃO DE INTELECTUAIS DO PIAUÍ (1917)
P
rimeira reunião de intelectuais no Piauí, em 30.12.1917, na fundação da APL, em Teresina (PI). Fundadores: Fenelon Castello Branco, Celso Pinheiro, Clodoaldo Freitas, Lucídio Freitas (o idealizador da APL), Baurélio Mangabeira, Édison Cunha, Antônio Chaves, Hygino Cunha, João Pinheiro e Jônatas Baptista. A solenidade de fundação da APL ocorreu no prédio, já referido, que hoje abriga a Fundação Wall Ferraz, da Prefeitura Municipal de Teresina, situado na Praça Marechal Deodoro, esquina com a rua Firmino Pires.
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1917: EUA ROMPE COM A ALEMANHA
E
m 3 de fevereiro de 1917, o presidente americano, Woodrow Wilson, rompeu relações com a Alemanha em represália à Guerra de Submarino ordenada pelo imperador alemão, Guilherme 2º, que ameaçava navios mercantes dos EUA. Em 1917, os EUA declararam guerra à Alemanha, alegando lutar contra o autoritarismo e o militarismo. O pretexto para entrar no conflito ao lado da Entente foi o anúncio feito pelo imperador Guilherme 2º, a 1º de fevereiro de 1917, de que iniciaria uma guerra total com submarinos, ameaçando inclusive afundar sem aviso prévio os navios neutros a caminho dos portos britânicos. Fonte: wwww.dw.com
A
REVOLUÇÃO RUSSA de 1917 foi um período de conflitos, iniciado em 1917, que derrubou a autocracia russa e levou ao poder o Partido Bolchevique, de Vladimir Lênin. Recém-industrializada e sofrendo com a Primeira Guerra Mundial, a Rússia tinha uma grande massa de operários e camponeses trabalhando muito e ganhando pouco. Além disso, o governo absolutista do czar Nicolau II desagradava o povo, que queria uma liderança menos opressiva e mais democrática. A soma dos fatores levou a manifestações populares que fizeram o monarca renunciar e, no fim do processo, deram origem à União Soviética, o primeiro país socialista do mundo, que durou até 1991. A Revolução compreendeu duas fases distintas: - A Revolução de Fevereiro (março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do czar Nicolau II, o último czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal. - A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique derrubou o Governo Provisório apoiado pelos partidos socialistas moderados e impôs o governo socialista soviético. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Russa_de_1917
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PAPA BENTO XV EXIGE A PAZ NO MUNDO (5 DE MAIO DE 1917) .
E
m 1917 a Primeira Guerra Mundial estava no seu auge, sem dar sinais certos de se aproximar de uma conclusão. Por esta altura, o Santo Padre, o papa Bento XV, que tinha estado no serviço diplomático do Vaticano, tinha esgotado todos os meios naturais ao seu dispor para alcançar a paz, mas sem resultado. Pediu urgentemente a todos os cristãos para implorarem à Virgem Maria que concedesse a paz ao mundo, e para lhe confiarem, e a Ela somente, este encargo. Fonte: http://www.fatima.org/port/essentials/facts/pt_popbenxv.
PRIMEIRAS APARIÇÕES EM FÁTIMA (MAIO DE 1917)
A
s aparições de Fátima são presenças da Virgem de Fátima, segundo testemunha-se, no dia 13 de maio de 1917, quando três crianças, Lúcia dos Santos (10 anos), Francisco Marto (9 anos) e Jacinta Marto (7 anos), afirmaram ter visto ―...uma senhora mais branca que o Sol‖ sobre uma azinheira de um metro ou pouco mais de altura, quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, lugar de Aljustrel, pertencente ao concelho de Ourém, distrito de Santarém, Portugal. As aparições repetiram-se nos cinco meses seguintes e seriam portadoras de uma mensagem ao mundo. A 13 de Outubro de 1917 a aparição disse-lhes ser a Nossa Senhora do Rosário. Os relatos foram redigidos pela Irmã Lúcia a partir de 1935, em quatro manuscritos, habitualmente designados por Memórias I, II, III e IV. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Apari%C3%A7%C3%B5es_de_F%C3%A1tima
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Cinema, a sétima Arte, é uma das formas de arte mais marcante no mundo. Neste projeto vamos falar sobre o Cinema no Brasil e seu desenvolvimento. Cinema (do grego: kinema ―movimento‖), segundo o Aurélio : “é a arte de compor e realizar filmes para serem projetados ou a sala de espetáculos onde se vêem projeções cinematográficas”. O cinema é um artefato cultural criado por determinadas culturas, que refletem as mesmas e, por sua vez, as afetam. É considerado uma fonte de entretenimento popular e um método poderoso para educar os cidadãos. No Brasil predominaram no século XX as chanchadas, as pornochanchadas e o cinema novo. No ano de 1917, surge no Brasil a primeira animação brasileira, O Kaiser, do desenhista Álvaro ―Seth‖ Marins. O filme foi lançado em 22 de janeiro de 1917. Esse marco histórico funciona como ponto de partida do cinema de animação no Brasil ("O Kaiser- Álvaro "Seth" Martins) Fonte: http://ocinemabrasil.blogspot.com.br/ Luiza Mascarenhas
M
ovimento eugênico brasileiro ̶ 1917 foi um movimento intelectual do início do século XX, a que setores da intelectualidade brasileira aderiram com entusiasmo, o que possibilitou a institucionalização do movimento eugênico no Brasil e a publicação de um grande número de livros, teses acadêmicas e artigos em revistas e jornais de grande circulação, inclusive com a publicação de um periódico próprio. Tal ocorreu seguindo o interesse pela eugenia em países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e França. Para as elites brasileiras, a eugenia era um símbolo de modernidade, uma ferramenta científica capaz de colocar o Brasil no trilho do progresso e do tão sonhado "concerto das nações". Entre os temas mais tratados pelos eugenistas brasileiros estavam a educação higiênica e sanitária, a seleção de imigrantes, a educação sexual, o controle matrimonial e da reprodução humana e debates em torno da miscigenação, branqueamento e a regeneração racial. Ainda em 1917 seria fundada a Sociedade Eugênica de São Paulo, a primeira do gênero da América Latina. Sob a liderança de Renato Ferraz Kehl, o principal entusiasta da eugenia no Brasil, a Sociedade reuniu mais de uma centena de associados, a grande maioria formada por médicos de São Paulo e do Rio de Janeiro. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_eug%C3%AAnico_brasileiro
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TROPICAL, DE ANITA MALFATTI
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Exposição de Pintura Moderna - Anita Malfatti, realizada em São Paulo, entre 12 de dezembro de 1917 e 11 de janeiro de 1918, é considerada um marco na história da arte moderna no Brasil e o ―estopim‖ da Semana de Arte Moderna de 1922, nos termos do historiador Mário da Silva Brito. A artista, ao voltar dos Estados Unidos quando produziu sua obra e sua arte, recebeu duras críticas por não se encaixar nos padrões acadêmicos da época. Ficha Técnica - Tropical: Autor: Anita Malfatti Técnica: Óleo sobre tela Tamanho: 77cm x 102cm Movimento: Modernismo Fonte:http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento238102/exposicao-depintura-moderna-anita-malfatti-1917-sao-paulo-sp
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EVISTA DO BRASIL de setembro de 1917, número 21,
ano II. Diversos assuntos retratados por figuras proeminentes da época, englobando política, história, artes, literatura e ciências, entre outros, incluindo caricaturas e anúncios. Neste exemplar um texto de Alceu Amoroso Lima sobre O êxodo. Título: REVISTA DO BRASIL Autor: Plínio Barreto Editora/ISBN: REVISTA DO BRASIL Gênero/Ano: 1917 Idioma: Português Dimensões: A-22,5cm x L-15,5cm-136 páginas aproximadas Fonte:https://www.google.com.br/search?q=revistas+no+brasil
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FUTEBOL BRASILEIRO EM 1917
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o torneio Sul-Americano, de 1917, realizado em Montevidéu (Uruguai), o Brasil jogou contra o Chile com uniforme vermelho. É que ambas as seleções envergavam camiseta branca, o que deu motivo ao procedimento de um sorteio para definição de qual país atuaria com a sua, havendo a sorte favorecido ao adversário. Como ainda não se adotava, naquela época, o uniforme n° 2, conforme atualmente, a maneira de substituí-lo foi através de compra. Ocorreu, porém, que, não tendo sido encontrado outro, em uma loja de Montevidéu, senão vermelho, a Seleção obrigou-se a jogar com referida cor. Essa foi a primeira vitória brasileira no certame e também a primeira em competição oficial. Fonte:Arquivo www.campeoesdofutebol.com.br
FUTEBOL PIAUIENSE EM 1917
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m 07 de janeiro de 1917, surgia o grande rival do Parnahyba Sport Club do início do século XX, o Internacional Athletic Club (clube de Parnaíba extinto). O Colorado disputou o campeonato entre 1917 e 1940. É do Internacional Athletic Club o registro (1917) mais antigo do futebol piauiense.
(Extinto Clube de Parnaíba – Internacional Athletic Club – 1917 – Registro mais antigo do futebol piauiense) F Fonte: https://futebolpiauiense.wordpress.com
Em pé: Zé Pirró, Bibita, Souza, Sibiraba, Gilmar, Inácio e Paulo Simões. Agachados: Nonato Pirró, Motinha, Gringo, Hélio Rocha e Bidu.
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música popular brasileira, em 1917. Passou por uma fase de transição e modernização no período entre 1917 e 1920. Marcado pela onda de renovação de costumes depois da guerra, o período foi de implantação de inventos tecnológicos e formação de novos gêneros musicais. Assim, o fato mais importante que mexeu com a nossa música durante aqueles anos foi o advento do samba e da marchinha, iniciando o ciclo da canção carnavalesca. Até 1917 não se fazia música para o Carnaval. O sucesso naquele ano foi o samba Pelo telefone, que despertou a atenção dos compositores. Foi a partir dali que eles começaram a fazer samba e, logo em seguida, marchas carnavalescas. Em pouco tempo, a moda pegou, criando o hábito dos foliões cantarem nos bailes.
A
lfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha (Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897 — Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973), foi um maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro. Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva. Quando compôs, em 1917, ―Carinhoso‖, autoria de Alfredo da Rocha Viana Filho (Pixinguinha) e letra de 1937, autoria de Carlos Pixinguinha e João de Barro–Carinhoso - 1917 Alberto Ferreira Braga (João de Barro ou Braguinha), e ―Lamentos‖ em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, ―Carinhoso‖, na época, não foi considerado choro, e sim uma polca. Pixinguinha passou os últimos anos de sua vida em Ramos, bairro que adorava, e morreu na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando seria padrinho em uma cerimônia de batismo. Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma. Fontes: http://www.radiobatuta.com.br/Episodes/view/49https://pt.wikipedia.org/wiki/Pixinguinha
Z
equinha de Abreu, autor do chorinho Tico-Tico no Fubá. Imortalizado na voz de Carmem Miranda, tendo sido uma das canções brasileiras mais conhecidas no mundo. Música apresentada pela primeira vez, em baile na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, em 1917, sob o nome Tico-Tico no Farelo.
MÚSICAS QUE FIZERAM SUCESSO EM 1917 -Carinhoso - composição de Pixinguinha. -Pelo Telefone - composição de Bahiano. -Sofres Porque Queres - Choro do Pixinguinha -A Baratinha - composição de Bahiano. -O Sole Mio - composição de Enrico Caruso. -Flor do Mal - Vicente Celestino -Down Where The Swanee River Flows-composição de Al Jolson.
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brahão de Moraes, nasceu em Itapecirica da Serra-SP, em 17 de novembro de 1917, filho de José Elias e Guilhermina Pires de Moraes. Consta que seu brilho manifestou-se desde tenra idade e aos 10 anos já estava apto a iniciar o ginásio (6ª. série de hoje). Foi um dos primeiros alunos da recém criada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo para onde se transferiu após dois anos na Escola Politécnica e onde graduou-se em Física em 1938. Fundador da moderna astronomia brasileira. Fonte:http://www.astro.iag.usp.br/~dinamica/abrahao.html
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ânio da Silva Quadros, nasceu em 1917, na cidade de Campo Grande-MT. Foi um político e o vigésimo segundo presidente do Brasil, entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961 — data em que renunciou. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo pela segunda vez, tomando posse em 1.º de janeiro de 1986, tendo sido este o seu último mandato eletivo. Foi eleito presidente em 3 de outubro de 1960, pela coligação PTN-PDC-UDN-PR-PL, para o mandato de 1961 a 1965, com 5,6 milhões de votos ̶ a maior votação até então obtida no Brasil ̶ ,vencendo o marechal Henrique Lott de forma arrasadora, por mais de dois milhões de votos. Porém não conseguiu eleger o candidato a vice-presidente de sua chapa, Milton Campos (naquela época votava-se separadamente para presidente e vice). Quem se elegeu para vice-presidente foi João Goulart, do Partido Trabalhista Brasileiro. Os eleitos formaram a chapa conhecida como chapa Jan-Jan. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%A2nio_Quadros
F
abrício de Arêa Leão Carvalho. Nasceu em Teresina, em 1917 e faleceu na mesma cidade (05.12.1982). Poeta, jornalista, historiador e membro efetivo da APL. Autodidata. Fez o curso técnico-prático, profissionalista mecânica e de condução de máquinas. Estudou filosofia, teosofia e sociologia. Jornalista brilhante, ora doutrinário, ora panfletista, escrevia diariamente para a imprensa de Teresina. Um dos fundadores da Associação Profissional de Jornalistas do Piauí. Bibliografia: Resenha Histórica da Agricultura, Opulência do Espírito, Biografia de Abdias Neves.
A
lvina Fernandes Gameiro. Nasceu em Oeiras-PI, em 1917. Romancista, poetisa, contista, pintora e professora. Formada pela Escola Nacional de Belas Artes, graduou-se pela Universidade da Columbia, MY-USA. Portadora do Curso de Aperfeiçoamento na National School, em Los Angeles, USA Professora de português e inglês em vários educandários do Piauí, do Maranhão e do Pará. Escreveu: 15 Contos que o Destino Escreveu (1970) e Contos dos Sertões do Piauí (1980). Foi ocupante da cadeira 14 da Academia Piauiense de Letras.
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J
úlio Romão da Silva, conhecido como Júlio Romão. Nasceu em Teresina, em 22.05.1917, no ano da fundação da Academia. Escritor e poeta brasileiro, membro da APL-PI. Homem de cor e de origem humilde. Órfão desde os quatro anos de idade, foi criado pela avó. Estudou na antiga Escola de Aprendizes Artífices, hoje Instituto Federal do Piauí (IFPI), cursando marcenaria aos 16 anos de idade. Buscou oportunidades em São Luis-MA, onde passa a viver da marcenaria. Em 1937, sem recursos financeiros, embarca clandestinamente no porão de um navio cargueiro, indo desembarcar no Rio de Janeiro, onde fixou residência e continuou a desenvolver a marcenaria. Foi verbete da Enciclopédia Delta Larousse brasileira.
J
osé Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha. Nasceu em Surubim, 30 de setembro de 1917, foi um comunicador de rádio e televisão do Brasil, apresentador de programas de auditório de enorme sucesso da década de 1950 a 1980. Foi o autor da célebre frase: “Na televisão, nada se cria, tudo se copia”. Em seus programas de televisão, foram revelados para o país inteiro nomes como Roberto Carlos, Perla, Paulo Sérgio e Raul Seixas, entre muitos outros. Fonte: https://pt.wikipedia.org
V
icentina de Paula Oliveira, conhecida como Dalva de Oliveira, (Rio Claro, 5 de maio de 1917- Rio de Janeiro, 31 de agosto de 1972), foi uma cantora brasileira. Segundo a revista Rolling Stone, Dalva de Oliveira foi considerada a 32ª maior voz da música brasileira de todos os tempos. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dalva_de_Oliveira
D
ean Martin. Nasceu em Steubenville, 7 de junho de 1917. Foi um dos mais influentes artistas do século 20, tanto na música, televisão, bem como no cinema. Seu nome de batismo é Dino Paul Crocetti. Era integrante da ―Rat Pack‖, um grupo de amigos formado por Frank Sinatra, Sammy Davis, Jr., Peter Lawford e Joey Bishop que realizaram algumas atividades artísticas em conjunto na década de 1960. É bastante reconhecido por sua parceria de enorme êxito com Jerry Lewis. Morreu em decorrência de câncer no pulmão. Possui três estrelas na ―calçada da fama‖, uma (6519 Hollywood Boulevard) por seu trabalho no cinema, a segunda (1817 Vine) por suas gravações, e a terceira (6651 Hollywood Boulevard) por seu trabalho na televisão.
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O
swaldo Gonçalves Cruz (São Luiz do Paraitinga, 5 de agosto de 1872 — Petrópolis, 11 de fevereiro de 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro. Foi pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Fundou, em 1900, o Instituto Soroterápico Federal no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro, transformado em Instituto Oswaldo Cruz, respeitado internacionalmente. Oswaldo Cruz é o segundo ocupante da cadeira 5 na Academia Brasileira de Letras, eleito em 11 de maio de 1912, na sucessão de Raimundo Correia, e recebido pelo acadêmico Afrânio Peixoto em 26 de junho de 1913. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Osvaldo_Cruz
M
aria Firmina dos Reis. Foi uma escritora brasileira, considerada a primeira romancista brasileira. Maria Firmina dos Reis nasceu na Ilha de São Luís, no Maranhão, em 11 outubro de 1825. Foi registrada como filha de João Pedro Esteves e Leonor Felipe dos Reis. Faleceu em Guimarães, em 11 de novembro de 1917. Negra, bastarda, era prima do escritor maranhense Francisco Sotero dos Reis por parte da mãe. Em 1830, mudou-se com a família para a vila de São José de Guimarães. Viveu parte de sua vida na casa de uma tia materna mais bem situada economicamente. Em 1847, concorreu à cadeira de Instrução Primária nessa localidade e, sendo aprovada, ali mesmo exerceu a profissão, como professora de primeiras letras, de 1847 a 1881. Negra e bastarda, enfrentou a barreira dos preconceitos e publicou, em 1859, o romance Úrsula, considerado o primeiro romance abolicionista do Brasil e um dos primeiros escritos produzidos por uma mulher brasileira. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Firmina_dos_Reis
JORNAIS CRIADOS EM TERESINA NO ANO DE 1917 1917 O PORVIR: Órgão do Colégio Bento XV, de monsenhor Cícero Nunes, na rua de Santo Antônio. 1917 (01-01) A NOTÍCIA: 2ª fase. Direção de Abdias Neves. 1917 (09-11) a 1919 JORNAL DE NOTÍCIAS: Direção de João de Deus Pires Leal. Colaboraçãode Vaz da Costa.
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SÓCIOS DE DIVERSAS CATEGORIAS Sócios Correspondentes 1918: Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac; 1970-1982: Ribeiro Ramos (CE), Afonso Pereira da Silva (PB), Manoel Rodrigues de Melo (RN), Lothar Hessel (RS), Paulo Klumb (Santa Maria-RS), Manoel Caetano Bandeira de Melo (RJ), Alípio Mendes (Angra dos Reis-RJ), João Aragão (Nilópolis-RJ), Aristheu Bulhões (Santos-SP), Benedito Cleto (Sorocaba-SP), Elza Meireles (Mogi das Cruzes-SP), Mário Pires (Campinas-SP), Djalma Silva (GO), Nereu Corrêa (SC), Eneas Athanázio (Blumenau-SC), Oliveira Melo (Patos de Minas-MG), Vasco José Taborda (PR), Teresinka Pereira (Boulder-EUA), Cândido Carvalho Guerra (Corrente-PI), João Lindemberg de Aquino (Crato-CE); 1985: João do Rego Gadelha (Belém-PA); 1988: Tobias Pinheiro (Rio de Janeiro-RJ) e Geraldo Mello Mourão (Rio de Janeiro-RJ); 1992: Cassiano Nunes (Brasília-DF); 1994: Jorge Medauar (São Paulo-SP); 1995: Maria Aparecida de Mello Callandra (Mogi das Cruzes-SP); 22.01.1998: Jorge Lima de Moura (Gurupi-TO); 03.10.1998: Cléa Rezende Neves de Mello (Brasília-DF).
Sócios Honorários: 1918: Rui Barbosa; 1927: Leonardo Mota; 1970-1984: E. D’Almeida Vitor, Lycurgo de Castro Santos Filho, Maria Yeda Caddah, Theobaldo Jamundá, Haroldo Amorim Rego, Nelson Carneiro; 08.05.1993: Raul Furtado Bacellar; 1994: Virmar Ribeiro Soares e Geraldo Fontenelle; 04.05.1996: Vicente Ribeiro Gonçalves (post mortem); 22.01.1998: Tobias Pinheiro Filho, Raimundo Alonso Pinheiro Rocha, Edson Raimundo Pinheiro de Sousa Franco, Alvacir dos Santos Raposo Filho, Tomaz Gomes Campelo, Humberto Costa e Castro, João Costa e Castro, Ademar Bastos Gonçalves, José Pires Gayoso Almendra Freitas, Eurípedes Clementino de Aguiar (post mortem), Joacil de Brigo Pereira, Dimas Ribeiro da Fonseca, Arassuay Gomes de Castro e Maria de Lourdes Leal Nunes Brandão (Lourdinha Brandão).
Sócios Beneméritos: Leônidas de Castro Melo, Dirceu Mendes Arcoverde, Bernadino Soares Viana; 05.03.1994: Antônio de Almendra Freitas Neto, Raimundo Wall Ferraz, Robert de Almendra Freitas, Álvaro Brandão Filho, Charles Carvalho Camillo da Silveira, José Moacyr Leal, Moisés Ângelo de Moura Reis, José Elias Martins Arêa Leão, Carlos Burlamaqui da Silva, José Elias Tajra, Jesus Elias Tajra Filho, Edilson Viana de Carvalho; 22.01.1998: Jesus Elias Tajra, João Claudino Fernandes, Paulo Delfino Fonseca Guimarães; 23.01.2000: Antônio Rodrigues da Silva e José Osmando de Araújo Vieira.
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BIBLIOGRAFIA 1. Academia Piauiense de Letras ̶ Os fundadores ̶ ano 1997. 2. CUNHA, Édson da Paz ̶ Vozes Imortais ̶ Coleção Centenário 12– ano 2014 3. GONÇALVES, Wilson Carvalho ̶ Antologia da Academia Piauiense de Letras ̶ ano 2007. 4. GONÇALVES, Wilson Carvalho ̶ Dicionário Enciclopédico Piauiense Ilustrado ̶ 2003. 5. GONÇALVES, Wilson Carvalho ̶ Grande Dicionário Histórico ̶ Biográfico Piauiense ̶ 1997. 6. GONÇALVES, Wilson Carvalho ̶ Dicionário Histórico ̶ Biográfico Piauiense (Edição revista e ampliada) ̶ 1993. 7. GONÇALVES, Wilson Carvalho ̶ Antologia da Academia Piauiense de Letras ̶ Edição 2007. 8. NETO, Adrião ̶ Dicionário Biobibliográfico de Escritores Brasileiros Contemporâneos ̶ Edição 1998. 9. Revista da Academia Piauiense de Letras, nº58 ̶ Ano LXXXIII ̶ 2000. 10. MATOS, Matias Augusto de Oliveira ̶ Avenida Frei Serafim ̶ Edição 2011. 11. SOARES, Nildomar da Silveira ̶ APL: Estatutos, Regimento Interno, Acadêmicos e Breve Histórico ̶ Edição 2015. 12. FILHO, Celso Pinheiro – História da Imprensa no Piauí – Edição 1997. 13. Academia Maranhense de Letras – Livro do Centenário – 1908-2008. 14. NETO, Adrião - Dicionário Biográfico Escritores Piauienses de Todos os Tempos - ano 1995. 15. MORAES, Herculano - Visão Histórica da Literatura Piauiense -– ano 1967 16. MIRANDA, Iara Conceição Guerra de ̶ O Impacto Cultural da Academia Piauiense de Letras para os Intelectuais do Piauí no século XX. 17. KRUEL, Kenard ̶ Depoimentos ao jornalista ̶ GENU MORAES ̶ a Mulher e o Tempo ̶ Zodíaco Edição 2015. 18. KRUEL, Kenard , MORAES, Genu ̶ Escritos Insurgentes (Comentários) Eurípedes de Aguiar ̶ Zodíaco ano 2011. 19. NETO, Benjamin do Rego Monteiro e outros ̶ Casa Barão de Gurgueia–Ed. Comemorativa ̶ ano 1994. 20. FILHO, Celso Pinheiro – História da Imprensa no Piauí ̶ 3ª Edição ̶ ano 1997. 21. LIRA, José Luís(Organização de) ̶ De Clóvis para Amélia Ed. da Academia Sobralense de Letras, 2011. 22. CIDADE VERDE, Revista, 20 de agosto de 2017. Ano 07. Edição 170.
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CENTENÁRIO DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
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1917 ̶ 2017
100 anos
Tentei registrar um pouco da história vivida, em cem anos, pela nossa Academia. Consciente da modéstia do trabalho, aqui organizado, resta-me pedir desculpas pelo muito que ainda poderia abranger o livro, em conteúdo e qualidade. Nildomar da Silveira Soares Acadêmico
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SAUDADE Da Costa e Silva
Saudade! Olhar de minha mãe rezando, E o pranto lento deslizando em fio... Saudade! Amor da minha terra...O rio Cantigas de águas claras soluçando. Noites de junho...O caburé com frio, Ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando... E, ao vento, as folhas lívidas cantando A saudade imortal de um sol de estio. Saudade! Asa de dor do Pensamento! Gemidos vãos de canaviais ao vento... As mortalhas de névoa sobre a serra... Saudade! O Parnaíba – velho monge As barbas brancas alongando...E, ao longe, O mugido dos bois da minha terra...
Amarante-PI ̶ O Rio Parnaíba