Impressos Novo Conceito

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MATERIAL IMPRESSO

Dezembro/2009 à atual

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QUADRO

Editora Novo Conceito e Avon Quadro comemorativo da nova parceria AVON - campanha 11/2011


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Quadro comemorativo Querido John e A Última Música, em 1º e 2º lugar na revista Veja.


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Quadro comemorativo Querido John e A Última Música, em 1º e 2º lugar nas principais listas do país.


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Banner de lanรงamento do livro Aprendizagem na Autalidade Dra. Luiza Elena L. Ribeiro do Valle (2010) EDITORA NOVO CONCEITO


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ENCARTE

Fique Rico! Voce Pode! Felix Dennis

Ganhar dinheiro era, e ainda é, divertido, mas em um ponto isso gerou uma situação caótica em minha vida particular. Isso me impediu de começar a escrever poesia antes dos cinquenta e poucos anos. Consumiu minhas horas acordado. Levou-me a um estilo de vida de narcóticos, prostitutas de luxo, bebida e consolo na boemia. Como algum filósofo poderia dizer, todas as tristes e usuais aflições depois do objetivo alcançado. Essas aflições, no entanto, acabaram por minar minha saúde. Mas como um velho e cambaleante boxeador, eu não podia desistir. Eu sempre desejei apenas mais um dia de pagamento. Mais uma aparição sob os holofotes em meio aos gritos da multidão e ao cheiro de serragem e couro. Mais uma luta. “Eu posso pegar esse inutilzinho. Eu sei que posso. Só dessa vez, para que eu possa sair como vencedor. Para que eu possa me aposentar vitorioso. Aí eu me aposento. Só mais essa.” Patético. Eu deveria saber. Não existem campeões permanentes. Afinal, fui coautor da primeira biografia bem-sucedida de Mohamed Ali em 1974. (Você a encontrará, republicada como “Muhammad Ali: The Glory Years” na Amazon.com.) E não há um só fã de Mohamed Ali que não tenha desejado que ele abandonasse os ringues anos antes de a decadência de sua força ter tomado a decisão por ele. Não há desculpa. Mas ganhar dinheiro é um entorpecente. Não o dinheiro em si. Mas o ato de ganhar dinheiro. Isso parece conversa fiada, mas é verdade. Ninguém acreditava que exercícios físicos viciassem até que a ciência entrou na jogada e descobriu as “endorfinas” ou qualquer que seja o nome dessa coisa. E ganhar dinheiro, eu posso garantir, é uma atividade muito mais inebriante do que correr. Até apenas sete anos atrás eu estava trabalhando de doze a dezesseis horas por dia ganhando dinheiro. Com centenas de milhões de dólares em patrimônio eu simplesmente não conseguia deixar passar. Como eu disse antes, era patético. Porque quem quer que morra e leve consigo a maior parte dos brinquedos não vence. Vencedores verdadeiros são pessoas que conhecem seus limites e os respeitam. Mas eu acabei conseguindo arrumar uma saída. Eu repassei o controle de meus negócios cotidianos a jovens homens e mulheres muito mais espertos do que eu. Refiz minha vida pessoal. Comecei a fazer o que eu queria fazer – não o que eu achava que tinha que fazer. Afinal, o que mais eu tinha a provar? A não ser, talvez, a mim mesmo. É possível que você evite erros como esse quando enriquecer. Eu espero que sim. Uma coisa é certa: “as aflições usuais” não são motivo para que não se tente. Não há nenhuma razão para que o sucesso financeiro leve necessariamente à catástrofe pessoal. A menor das probabilidades. As chances ainda podem parecer reduzidas, mas apenas para quem não tenha estômago nem determinação suficiente para tentar. Se as probabilidades de enriquecer o desencorajam, então você merece continuar pobre. Ou, para ser mais gentil, mereça ou não, você vai continuar pobre. Mas já falamos demais aqui sobre motivos para não enriquecer. Nosso fim não foi prognosticado quando nascemos. O poeta estava errado quanto a isso. Faremos nossa própria versão de The Glory Years. Estamos no caminho. Chegou o momento de nos concentrarmos em como começar. De dar o primeiro passo na longa estrada rumo ao enriquecimento.

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UM MILHÃO PRA UM Há três tipos de mentiras. As mentirinhas, as mentiras deslavadas e as estatísticas. THOMAS CARLYLE, CHARTISM

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ão ousar” é uma coisa. “Não poder” é outra. Nem todo mundo pode ficar rico. Mas qualquer um pode ousar. Alguém tem que ficar. Vamos dar uma olha na aritmética por trás das probabilidades. Pela minha definição anterior, apenas 0,000016% dos 60 milhões de cidadãos britânicos são ricos. Isto é menos de 1 por cento de 1 por cento de 1 por cento de 1 por cento de 1 por cento do total da população. Se seu melhor amigo herdasse 1 milhão de libras e desse a você 0,000016% do total, você receberia a fortuna de dezesseis libras. “Ei, obrigadão, meu velho.” Se riqueza fosse decidida por loteria, você teria dezesseis chances em um milhão de figurar entre as mil pessoas mais ricas do Reino Unido. Para ficar entre os cinquenta mais, você precisaria se sair melhor. Bem melhor. Como uma chance em um milhão, leia—se, é preciso levar em consideração que uma grande parcela dessas posições é assumida por herdeiros – ou uma boa fatia. Essas probabilidades não são muito encorajadoras. Felizmente, cada vez menos a riqueza é decidida pela loteria da herança. Apenas um quarto dos nomes presentes na lista de pessoas mais ricas da Grã-Bretanha elaborada pelo Sunday Times está ali exclusivamente por causa de herança. Ainda é bastante, é verdade. Mas há vinte e cinco anos a história era bem diferente. Na época, quase três quartos dos nomes haviam comido à força em colheres de ouro. (Naquela época, porém, a lista tinha apenas 200 nomes.) Muito baixo caíram os poderosos! E eles cairão ainda mais assim que outros novos ricos como você, meu caro leitor, se acotovelar com essas pessoas para entrar na horda de ouro. Se você puder, é claro. Porque nem todos nós fomos talhados para isso. Vamos explorar fatores que provavelmente impedem o enriquecimento de um indivíduo. É aqui que separaremos o joio do trigo, a presa do predador e você de uma vida de condenação à escravidão remunerada. Para começar, a saúde. Pessoas de saúde ruim normalmente têm dificuldade, não importa o quão espertas sejam elas, para concentrar o vigor necessário que o enriquecimento exige. De qualquer forma, quando se é realmente pobre, a saúde rapidamente se deteriora – levando-se em conta um padrão de saúde de primeira linha. (Posso atestar isto por experiência própria. Eu já sobrevivi a duas enfermidades que me ameaçavam a vida. Ganhar dinheiro não estava no topo da minha lista de prioridades na ocasião. Eu estava tão desenganado num certo ponto que me esqueci de processar os bastardos que foram os responsáveis. Olhando em retrospectiva, eu devo ter ficado mesmo muito doente!) Como sempre, há exceções. O físico teórico Stephen Hawking está confinado há anos a uma cadeira de rodas por causa de uma doença rara e assustadora. E mesmo assim ele fez fortuna com um livro que bem poucas pessoas leram realmente até o fim. Um livro que vendeu milhões de cópias, Uma Breve História do Tempo. (E vocês sabiam que ele aparece em um episódio de Os Simpsons?) Tiro meu chapéu para você, professor. Nós também devemos colocar na conta pessoas especiais e idosas. Nada de cor, sexo, raça, religião, criação ou falta de estudo. Nenhum desses problemas representa uma

barreira insuperável numa democracia ocidental. Mas deficiência mental, senilidade e o declínio físico da idade – nada disso precisa representar um risco à vida da pessoa num curto prazo – praticamente impedem uma séria acumulação de riqueza, a não ser nos casos de herança e loteria. Isso então deixa na briga os relativamente sãos e aqueles que ainda não são velhos o bastante para serem chamados de idosos. Perto de 40% da população do Reino Unido é velha o bastante para ter pouca esperança de realmente enriquecer se ainda não o conseguiu ou é jovem demais para conseguir enriquecer num curto prazo, a não ser por recebimento de herança. Se você não se encaixa em nenhum desses grupos, você tem agora 35.999.000 pessoas para superar. Isso equivale a vinte e cinco chances em um milhão de se ficar entre as mil pessoas mais ricas do país. Mas essa probabilidade ainda é assombrosa. Mas espere! Há ainda uma grande parcela da população ao redor de você que não tem o desejo de enriquecer ou que optou por uma determinada profissão que a exclui da corrida. Pedi a um pesquisador que estimasse para mim o número total de pessoas que trabalham para o governo da Grã-Bretanha. (Se você pode pagar, sempre procure alguém para fazer o serviço pesado. Ver o Capítulo 13: O Prazer de Delegar.) Como é teoricamente possível que um servidor civil renuncie a um emprego público e fique multimilionário (especialmente, aparentemente, se essa pessoa trabalhar no Ministério da Defesa), o número de ex-servidores civis na lista de pessoas mais ricas do Sunday Times é pequeno – dois herdaram suas fortunas enquanto desfilavam pelos corredores do poder e um já era rico bem antes de tornar-se ministro. Então o que meu pesquisador descobriu? Bem, o número é impressionante. Mais de 5 milhões de pessoas trabalham para o governo do Reino Unido ou prestam a ele algum tipo de serviço e é improvável que algum dia venham a ficar ricas. Suas chances agora aumentaram para vinte e oito em um milhão. Agora, olhe a seu redor. Quantas das pessoas que trabalham com você, que se relacionam com você, que você vê na rua, você acha que estão dedicadas a enriquecer ou provavelmente ficarão ricas em breve? Ou têm o ímpeto e a aptidão para tentar? Dois por cento? Três por cento? Cinco por cento? Fiquemos com três por cento, o que eu particularmente acredito ser uma superestimação. Pessoalmente, eu tenho apenas cinco conhecidos que se dedicaram a ter sucesso nos negócios para ficarem muito ricos. (Em oposição a dezenas de gerentes ou profissionais seniores que conheço que dedicaram-se ao sucesso na vida profissional, mas permitiram que outras pessoas colhessem o grosso dos frutos financeiros de seus trabalhos.) Essas cinco pessoas, eu acrescentaria, representam bem menos do que os três por cento de todas as pessoas que eu acredito que poderiam ter ficado ricas se desejassem. Ou se tivessem confiança para tentar. Portanto, três por cento de 30 milhões de pessoas ainda na briga equivalem a pouco menos de um milhão de rivais. Para ficar entre os mil mais ricos entre eles, todas as demais condições sendo iguais, sua chance de enriquecer agora é de uma em mil. O que é significativamente melhor do que as 16 chances em um milhão com as quais começamos. Agora você já sabe o que Carlyle queria dizer com mentirinhas, mentiras deslavadas e estatísticas. Por fim, em qualquer lista de motivos para não enriquecer, devemos recorrer à filosofia dos benefícios do olhar em retrospectiva. Se tivesse uma nova chance, sabendo tudo o que sei hoje, eu teria me dedicado a acumular apenas o suficiente para viver com conforto (ou entre 30 milhões e 40 milhões de libras), o mais rápido que eu pudesse – e com sorte a essa altura eu estaria com 35 anos. Eu, então, embolsaria imediatamente o dinheiro e me aposentaria para escrever poesias e plantar árvores.

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ENCARTE

A mente milionária (sem segredos) Thomas J. Stanley, PhD

E se a escolha for feita em cima de rocha na seleção da atividade profissional ideal? Você gosta dos produtos que fabrica, tem afeição pelos consumidores e fornecedores, sabe mais sobre seu nicho de mercado que qualquer outro e seus clientes não se importam se você tirou notas baixas ou não na faculdade. Para eles você é o iluminado. Talvez assim você comece a sentir pena daqueles alunos superiores, intelectualmente superdotados. Normalmente, os que acreditam ser superdotados sentem-se economicamente invencíveis. Com bastante frequência eles supõem que um intelecto superior seria traduzido, necessariamente, em receitas financeiras e níveis de riqueza acima da média. Mas os que acreditam nisso estão prestes a um amargo despertar. Muitas atividades profissionais escolhidas estão cheias de concorrentes, todos também com um alto intelecto analítico. Podem ser um dentre centenas de milhares com o título de MBA formados nos últimos 20 anos. Foram contratados pelas principais corporações porque conseguiram excelência nas notas obtidas em ótimas faculdades de administração. Talvez tenham saído dessas escolas e entrado diretamente nas brigas de cachorro grande. Sem se dar conta, ingressaram em um setor da economia no qual existem muito poucos ases e CEOs. Pergunte a um MBA de meia-idade quantas brigas de cachorro grande enfrentou nos últimos 20 anos. Quantos foram abatidos ou eliminados de seus empregos? Claro, eram todos brilhantes, mas se esqueceram de uma coisa, da importância da escolha da atividade profissional. Onde a luta é travada importa mais para a vitória do que o que se faz quando a briga de cachorro grande começa. Até mesmo alguns de meus melhores e mais brilhantes estudantes cursando MBAs que lecionei já perderam a maioria das respectivas brigas de cachorro grande enfrentadas. Por que não selecionar uma atividade profissional e mirar onde é mais fácil ser um vencedor? É mais fácil amar o que se faz para viver quando se obtém bom resultado na maioria das vezes, se não em todas. O que a maioria dos milionários me conta que aprendeu nos primeiros anos?

A MENTE MILIONÁR (SEM SEGREDOS)

PARA SER UM MILIONÁRIO, COMECE PENSAR COMO UM DELES

Thomas J. Stan

Aprenderam a pensar diferente da multidão.

Muito do que se encontra neste livro desenvolve-se em torno desse tema central.Vale a pena ser diferente. Os milionários afirmam: w Como nos tornamos milionários em uma única geração? Teve muito a ver com a escolha correta que cada qual fez da própria atividade profissional. Dessa maneira, as leis da economia e psicologia nos favoreceram, caso contrário, estaríamos nadando contra a corrente. w Acreditamos que uma minoria da população geral pode afirmar honestamente que a atividade profissional que exerce torna possível o uso pleno das respectivas habilidades e aptidões. Mas nós somos diferentes, contamos com uma mente milionária, fomos espertos quando escolhemos a atividade profissional ideal considerando nossas habilidades, aptidões e interesse marcante em nos tornarmos financeiramente independentes. w Nossa atividade profissional foi por acaso sugerida por uma agência de empregos ou um headhunter? Apenas em 3% dos casos, e tampouco descobrimos nossas respectivas atividades profissionais em uma feira de empregos. w Muitos de nós são criativos e intuitivos. De outra forma, como poderíamos selecionar oportunidades de negócios tão vantajosas economicamente?batalha que não se pode vencer. Mas se a fundação for feita em rocha firme, a casa facilmente resistirá à chuva e ao vento. Os elementos lhe protegerão da briga de cachorro grande.

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nley, PhD Coragem e Riqueza O que a maioria dos milionários que venceram na vida pelo próprio esforço tem em comum? Eles têm coragem. Você tem coragem de assumir riscos financeiros, dado o retorno garantido? Fale a verdade? Se tiver, então você conta com a mesma predisposição mental de muitos milionários. Mas ter coragem para assumir riscos financeiros não significa dizer que milionários sejam jogadores. Poucos realmente jogam. Na realidade, quanto maior o patrimônio líquido do milionário, menos propenso ele estará em arriscar. Apesar disso, existe uma correlação positiva entre assumir riscos financeiros e obter patrimônio líquido. Obviamente, apostar e assumir riscos financeiros são tipos de comportamento diferentes. A forma mais básica de aposta financeira é quando se escolhe a profissão, a atividade profissional. Uma fração desproporcionalmente alta de milionários, multimilionários e decamilionários possui negócios próprios, são empresários ou profissionais autônomos. O que há de tão arriscado em ser o próprio patrão? Trabalha-se por conta própria, não há nenhum empregador por trás. Se houver falha na entrega do que o mercado precisa, pode-se perder o negócio da noite para o dia. Pior ainda, é possível perder cada dólar imobilizado em ativos. Aqueles que possuem uma mente milionária consideram o conceito de trabalhar por conta própria de uma maneira muito diferente do “cenário de fracasso” que acabamos de descrever. Eles têm a firme convicção de que o risco consiste em não ser patrão de si mesmo. Trabalhar por conta própria significa controlar o próprio destino. Os lucros que entram são seus, realmente não há um teto para o quanto se pode ganhar. Os milionários dizem:

w Pensamos no sucesso, não no fracasso. Assumimos riscos, mas estudamos os resultados prováveis e fazemos o possível para melhorar a probabilidade de gerar retorno. w Como eliminamos ou reduzimos o medo e a preocupação e como fortalecemos nossa coragem? Praticamos a crença em nós mesmos, no trabalho árduo. w Como reforçamos a fé em nós mesmos? Concentramo-nos em assuntos-chave, preparamos e planejamos o sucesso, e dessa forma estamos bem organizados para lidar com questões complexas. w Alguns de nós temos a mente condicionada para contornar medos e certas limitações, mediante o raciocínio frio desenvolvido na prática de esportes competitivos. Muitos dentre nós compensamos deficiências por meio do que denominamos coração de atleta. Esse termo refere-se tanto à tenacidade e à coragem mental como à coragem física. w Praticamente quatro em dez (37%) conseguem reduzir medos e preocupações associados à tomada de decisões críticas sobre recursos financeiros de outra maneira — o que chamamos de firme fé @NOVO_CONCEITO religiosa. De fato, os que contam com uma firme fé religiosa estão mais propensos a assumir riscos financeiros do que os outros.

A ATIVIDADE PROFISSIONAL De acordo com os dicionários, ás [ace] designa os que atingem a excelência em alguma atividade. É também o epíteto dado aos pilotos de combate que obtêm pelo menos cinco vitórias aéreas. A Segunda Guerra Mundial produziu mais ases em pilotos de combate do que qualquer outro conflito, quando 1.285 pilotos mereceram o título (“The Last Ace”, Wall Street Journal, 29 de janeiro de 1999, p. W11). Como conseguiram isso? A maioria da forma tradicional, em batalhas aéreas. Muitos, por fim, foram derrubados. Mas pelo menos dois deles conseguiram-no de forma bastante diferente. O método e a lógica peculiares empregados são significativos para pessoas que desejam ser economicamente produtivas.

Assim como os dois ases, a maioria dos milionários pesquisados tornou-se um sucesso econômico porque aprendeu a concentrar esforços e recursos de forma a maximizar os resultados. Mas o que os levou até essa abordagem focalizada? Os dois pilotos que “fizeram diferente” foram mais do que ases (veja Raymond F. Toliver e Trevor J. Constable, The Blond Knight of Germany [Blue Ridge Summit, PA, Aero Books, 1970] ). O major Erich Hartmann ficou conhecido na literatura militar como Ás dos Ases. Obteve 352 vitórias confirmadas em batalhas aéreas. Um outro piloto, com a mesma técnica especial de combate, o sargento “Paule” Rossmann, mentor de Hartmann, obteve mais de 80 vitórias. Rossmann foi o inventor da abordagem que acabou levando Hartmann ao seu extraordinário sucesso. Ele sofreu um ferimento no braço, logo no início de sua carreira, que não foi curado completamente, por isso encontrava-se incapacitado para batalhas aéreas. Em uma batalha aérea típica, a vitória sorri para os que possuem força física superior. Rossmann sabia que não poderia nunca sobreviver a uma batalha desse tipo, de modo que desenvolveu uma técnica compensatória. Em substituição à estratégia de briga entre valentões em batalhas aéreas, começou a planejar cuidadosamente cada ataque. Passava muito mais tempo analisando os vários alvos e oportunidades do que realmente disparando rajadas de sua posição. Atacava apenas quando se encontrava na melhor posição possível para vencer. Concentrava todos os seus recursos no alvo ideal — aquele que lhe daria o máximo retorno do investimento. Hartmann credita seu sucesso à abordagem de Rossmann, ao método de “ver e decidir antes de atirar”. Também explica como Hartmann sobreviveu a 1.425 missões de combate sem nunca ter sido ferido. O que tudo isso tem a ver com tornar-se um sucesso econômico no mercado? A maioria dos milionários assume que tem determinadas limitações e desenvolve uma compreensão abrangente de seus pontos fortes e fracos até mesmo antes do término da escola. Como Rossmann, esses milionários perceberam que possuíam um determinado tipo de “braço ferido”, alguma espécie de limitação. De modo que desenvolveram sua própria estratégia específica para tornarem-se economicamente produtivos. A maioria dos milionários, por exemplo, sob um enfoque analítico, não são intelectualmente superdotados. Não receberam notas máximas na escola nem obtiveram pontuações iguais ou superiores a 1.400 no SAT. Essa é a razão pela qual decidiram não competir em ambientes de brigas entre valentões, em que a inteligência analítica superior é um requisito para o sucesso. Essas mesmas pessoas geralmente não tiram notas suficientemente altas em testes-padrão para ingressarem em faculdades de direito, de medicina ou pós-graduação. Muitos milionários não possuem uma média de pontos alta o suficiente para serem contratados pelas grandes corporações. Mas, ainda assim, querem se tornar economicamente bem-sucedidos, de maneira que muitos optam pelo trabalho por conta própria. Eles empregam a si próprios quando outros empregadores não o fariam. Muitos milionários, que se autodesignaram como “tudo menos intelectualmente superdotados”, são, na realidade, superdotados, mas de outras formas. Possuem bom-senso em abundância e também o que alguns chamam de criatividade. De que outra maneira poderíamos explicar sua capacidade de descobrir oportunidades econômicas que muitos dos assim chamados gênios são incapazes de ver? Depois de estudar milionários durante mais de 20 anos, concluí que a pessoa que costuma tomar uma importante decisão corretamente irá tornar-se economicamente produtiva. Se houver criatividade suficiente na escolha da atividade profissional, a vitória é certa. Os milionários realmente brilhantes são os que escolhem a atividade profissional que amam, uma que tenha pouca concorrência e que gere altos lucros. Selecionar uma atividade profissional é como construir uma casa. Se ela for construída em uma localização inadequada, se o solo for arenoso ou pantanoso, nada mais importará. Pode-se gastar uma fortuna com o que está acima do solo, mas não dará nenhum resultado: a casa continuará insegura, haverá uma briga de cachorro grande constante com a areia movediça, com a água e com o pântano. Essa é uma batalha que não se pode vencer. Mas se a fundação for feita em rocha firme, a casa facilmente resistirá à chuva e ao vento. Os elementos lhe protegerão da briga de cachorro grande.

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ENCARTE Gestor Eficaz

Luiz Otavio da Silva Nascimento O conhecimento adquirido está gravado em minha mente e me acompanha a cada instante, fazendo-me lembrar como o meu pensamento e as minhas atitudes como gestor me conduziram em um caminho que me trouxe a felicidade interior e o reconhecimento pessoal e profissional. O aprendizado também foi adquirido com alguns – poucos, graças a Deus – chefes ruins que tive. Com eles aprendi o que nunca deveria fazer. Esse conjunto certamente poderia ajudar meu sobrinho a ser bem-sucedido em sua carreira. Pensei, ainda, no conteúdo dos cursos das faculdades tradicionais e percebi que elas não têm a preocupação em ensinar a seus alunos coisas práticas para a carreira, como elaborar um currículo, procurar emprego ou comportar-se em uma entrevista. Os jovens profissionais terão de aprender no dia a dia das empresas e muitas vezes encontrarão líderes despreparados para desempenhar essa missão, o que tornará a gestão continuamente deficiente. De certo modo, Carlos queria a ajuda de um mentor que pudesse lhe transmitir, de modo sintético e rápido, as lições práticas que um gestor aprendeu na vida profissional e sem as quais jamais poderia galgar uma posição de relevância.

Luiz Otavio da Silva Nasciment

Gestor Efica

Práticas para se destacar em um ambient empresarial competitivo

Luiz Otavio da Silva Nascimento Engenheiro, especializado em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com cursos de especialização feitos nos Estados Unidos (Darden Business School da University of Virginia) e na França (L’École des Haustes Etudes Commerciales – HEC – Paris). Tem mais de 25 anos de experiência na gestão de empresas varejistas e industriais, dentre as quais Perrier, Cisper-Owens Illinois, Smuggler, Carrier e Lojas Renner. É consultor e conselheiro de empresas. SócioDiretor Geral da Merita Consultoria Empresarial, é também Sócio-Diretor e Membro do Conselho de Administração da PBS – People & Business Solutions. Foi fundador do IPDV – Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Varejo e Sócio-Diretor da Gouvêa de Souza M&D. Palestrante nacional e internacional, tem diversos artigos publicados e é autor do livro “Êxodo – da visão à ação – uma proposta para o varejo brasileiro”. Também é co-autor do livro “Varejo: Administração de Empresas Comerciais”, ambos publicados pela Editora Senac São Paulo.

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PREFÁCIO

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ou um ser extremamente curioso. A minha curiosidade é tamanha, que costumo dizer que não desejo viver eternamente, pois quero conhecer o outro lado da vida. Talvez isso, e a frase de um grande amigo mineiro, que há tempos me falou que a “vida é muito curta, para se repetir caminhos”, me levou a construir uma carreira profissional em que cada ano foi completamente diferente do outro. E, dessa forma, acumulei uma experiência diferenciada que continua a me conduzir a novos campos, nos quais adquiro novos conhecimentos para aplicá-los de forma imediata e gerar resultados. A curiosidade também me impeliu a construir uma formação acadêmica para a qual só me falta o doutorado, pois, parodiando Kurt Lewin, psicólogo alemão (1890-1947), as teorias me deram informações para a prática, que me propiciou dar forma às teorias. E, ao longo da minha carreira, fiz muitos amigos que me estimularam a colocar no papel as práticas que desenvolvi e as histórias que vivenciei. Alguns as propagaram junto de seus colaboradores e, com essa didática, obtiveram resultados e me reforçaram a ideia de disponibilizar esse conteúdo para um público maior. Em paralelo às minhas atividades profissionais, fui convidado a dar várias palestras para os mais diversos públicos e também cursos para donos e filhos de donos de pequenas e médias empresas que ansiavam por orientações práticas que dessem resultados a curto prazo. Eles estavam cansados de teorias e de falatório de pessoas que nunca tinham colocado a “mão na massa” e que, portanto, não entendiam as dificuldades do dia a dia empresarial. Mais recentemente, deparei com as minhas filhas, os meus sobrinhos e sobrinhas iniciando a vida profissional e galgando o primeiro cargo. Com isso, perceberam as lacunas que os cursos de graduação lhes deixaram, e agora, frequentemente, me solicitam ajuda para superar as dificuldades que encontram. Assim, o livro começou a tomar forma. Escolhi escrevê-lo sob o formato de histórias com base em fatos reais, mas propositalmente troquei os nomes de alguns protagonistas e evitei ordenar essas histórias de modo cronológico. Algumas delas mostram práticas elaboradas com apoio em teorias bem conhecidas. Outras, tanto teorias como práticas, foram totalmente desenvolvidas por mim. Não tive a pretensão de esgotar os assuntos, pois cada um deles é bastante extenso per si. A intenção foi proporcionar uma orientação de ordem prática para ajudar os profissionais de qualquer ramo a se tornarem melhores gestores e a entregarem resultados crescentes e consistentes. Agradeço a todos os profissionais com os quais convivi e aprendi. Meus ex-chefes, pares, colaboradores, fornecedores, consultores e clientes. Alguns estão aqui retratados, outros serviram de inspiração ou exemplo, positivo ou negativo. Dedico este livro a todos que têm a mesma curiosidade que me envolve e que buscam ser bem-sucedidos em um ambiente empresarial competitivo.

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em parecia que a quinta-feira de trabalho estava quase terminando, pois era uma bonita tarde do final da primavera e estávamos no horário de verão. O silêncio de meu escritório foi quebrado por um telefonema de meu sobrinho Carlos. Inteligente, ele sempre foi o primeiro aluno de sua turma e se formou com certa facilidade em Economia em uma das melhores faculdades do país. Antes mesmo da formatura, já havia sido contratado como analista de mercado por um grupo de investimento. Agora, decorrido pouco mais de um ano, ele estava me telefonando para dar a boa notícia de que havia sido promovido a gerente do seu setor e passaria a chefiar outros cinco analistas. No entanto, por outro lado, ele estava apreensivo: – Tio, o que é ser gerente? Sei fazer o meu trabalho, mas não chefiar os meus colegas. Isso eu não aprendi na faculdade e aqui na empresa ninguém me ensinou nada a respeito. Você me ajuda?

– Carlos, o que você vai fazer neste fim de semana? Que tal você ir lá em casa neste sábado à tarde para conversarmos pessoalmente? Aí, explico para você qual é o papel de um gerente. Combinado nosso encontro, comecei a pensar no que falaria ao Carlos no fim de semana. Decidi que iria lhe contar a minha própria experiência usando as situações que vivenciei. Afinal, os meus 30 anos de serviço e a obtenção contínua de resultados me conduziram à posição de diretor-geral de uma grande empresa. Sinto-me satisfeito, contente com as minhas realizações. Dentre elas, ajudei a formar vários bons profissionais que hoje estão muito bem posicionados em diversas empresas. A solicitação de meu sobrinho me fez recordar o início da minha vida profissional como trainee. Eu era como um rio que surgia caudaloso e desejoso de chegar rapidamente à foz. A vontade era de fazer tudo ao mesmo tempo, mudar o mundo, ser famoso e ganhar muito dinheiro. Reconheço que, sem a ajuda dos bons chefes que tive ao longo de todos esses anos, ainda seria um pequeno igarapé transbordando para as margens. Eles foram fundamentais no processo de minha formação como gestor eficaz. Devo-lhes muito e não me esqueço dos momentos vividos ao lado de cada um deles, das lições apreendidas vendo os seus exemplos pessoais e por meio das inúmeras conversas que tivemos. Algumas chatas e, até mesmo embaraçosas. Uma dessas conversas culminou em minha única demissão, quando pensei que todos os meus sonhos estavam acabados.

MIOLO

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ENCARTE O guia do papai Colin Cooper

O que o Bebê pode Fazer O objetivo principal nas primeiras seis semanas de vida do bebê é adaptar-se ao mundo, muito diferente do útero. Ele passou nove meses flutuando em um ambiente que cuidava de todas as suas necessidades – agora tem que chorar para comer e para todo o resto. Então, a princípio, é um choque terrível para ele. Semana 4

Quatro meses

Olha para o lado para procurar de onde vem o som. Observa alertamente ao ser alimentado e quando falam com ele. Para de chorar ao ser pego e ao ouvir vozes. Ao ficar de barriga para baixo, poderá erguer a cabeça por um minuto.

Mostra curiosidade por coisas novas e as leva à boca. Curte bater os pezinhos quando segurado em posição ereta. Pode começar a segurar os joelhos e empurrar usando os pés, além de erguer os ombros para empurrar com as mãos, usando músculos que mais tarde serão necessários para engatinhar. Pode focar em uma grande variedade visual e segurar coisas com mais facilidade. Pode começar a chorar quando você sair do ambiente em que ele está.

Semana 6 O bebê começa a te reconhecer e a sorrir para você, mesmo que você não esteja falando com ele. Quando você sorri e fala ao mesmo tempo, ele pode sorrir de volta e gorgolejar.

Cinco meses

Oito meses Pode ficar sentado por longos períodos sem apoio e apoiar-se para pegar coisas. Pode conseguir erguer-se em quatro apoios e rastejar, empurrar e virar. Começa a engatinhar ou pode preferir arrastar-se pelo chão de barriga ou de bumbum.

Nove meses Pode levantar-se usando o apoio da mobília; engatinhar ou arrastar-se de bumbum; achar mais fácil engatinhar para trás a princípio; reconhecer seu próprio nome. Brincar de cadê o nenê. Gostará de levar alimentos à boca. Pode apontar objetos, bater palmas e dar adeus com as mãos.

Dez meses

Os músculos das costas estão fortalecidos e consegue sentar confortavelmente, desde que tenha algum tipo de apoio para a base da coluna. Também consegue mover a cabeça para os lados.

Consegue ficar em pé sem segurar em nada, mas não tem equilíbrio ainda para manter a posição. Pode abrir os dedos para soltar um objeto e vai adorar derrubar as coisas que estiver segurando. Vai parar de fazer algo quando ouvir a palavra não.

Seis meses

Onze meses Consegue ficar de pé e mantém a posição por mais tempo. Pode andar de lado ao redor da mobília.

Começa a interessar-se pelo o que acontece ao seu redor. Fica acordado por períodos mais longos.

Pode ficar excitado quando ouvir a voz de alguém conhecido. Sorri e gargalha e começa a usar as mãos para explorar diferentes texturas. Estende uma ou ambas as mãos para segurar um brinquedo. Pode erguer a cabeça, o tórax e o abdômen do chão ao deitar de barriga para baixo.

Três meses

Sete meses

Semana 8 O bebê pode olhar para as próprias mãos, abri-las, segurar uma com a outra e brincar com os dedos. Ele também pode focar em um brinquedo e segui-lo se estiver a vinte centímetros do seu rosto. Esta é uma fase importante para que a conexão entre o ver, ouvir e tocar seja estabelecida.

Semana 10

Erguerá os olhos ao ser alimentado. Começa a perceber as coisas que lhe dão prazer. Por exemplo, fica agitado ao ver a mamadeira ser preparada.

FRENTE

Começa a usar os dedos da mão para pegar e segurar. Pode repetir palavras de uma sílaba, por exemplo, “ma-ma, pa-pa”. Começa a usar a colher. Pode conseguir apoiar-se na posição de engatinhar com apenas uma mão.

Doze meses Fica em pé sozinho e pode dar alguns passinhos. Consegue pegar pequenos objetos e adora jogar coisas, bem como encher e esvaziar recipientes. Pode pronunciar sua primeira palavra de verdade, identificando um objeto ou uma pessoa. Pode entregar um brinquedo ou outro objeto se pedir a ele. Ouve e aponta para algo familiar em um livro de histórias. Ao ser abraçado de forma afetuosa, retribui com o mesmo carinho.


Introdução

Do que o Bebê Precisa

As mamães de primeira viagem tendem a considerar inútil a presença do papai. Será que elas têm razão? Bem, como estamos generalizando, a resposta para essa pergunta seria “Sim”, mas este não é um problema sem solução. Temos de aceitar que as mulheres serão, naturalmente, as principais cuidadoras do bebê. Estão biologicamente sintonizadas para este papel e o corpo feminino oferece tudo o que um recém-nascido precisa para sobreviver. Porém, isso coloca muita pressão em cima das mães e pode acabar causando problemas a ambos – pai e mãe. A mamãe precisará de ajuda, apesar de sentir-se como a única pessoa capaz de cumprir a tarefa adequadamente; o papai pode se sentir excluído e então tornar-se “inútil” de fato. O papai de primeira viagem deve sinalizar a intenção de estar integralmente envolvido nos cuidados com o filho o quanto antes, e passar a cumprir sua promessa assim que o bebê nascer. Tanto o papai quanto a mamãe devem ter claro em suas mentes que as responsabilidades com o bebê e a casa deverão ser divididas igualmente, sempre que possível. A mamãe de primeira viagem sempre acreditará que consegue fazer as coisas de maneira mais rápida para o bebê do que qualquer outra pessoa (e ela provavelmente tem razão). Dessa forma, recusará ajuda com frequência, mesmo estando desesperada no momento em que a ajuda for oferecida. É estressante, dirá a mamãe, e não há tempo para mostrar o que fazer. Isso significa que, além do papai ter sido colocado para escanteio, ele nem tem chance de aprender para que possa tomar a iniciativa da próxima vez. Portanto, papai, você tem que ser incisivo para demarcar suas funções, assim como precisa mostrar-se confiante no que está fazendo a fim de que fique claro que você realmente tem algo a oferecer. A maioria dos papais aprende a cuidar do bebê por meio de tentativa e erro, tentativa e erro, tentativa e erro. Este livro tem o objetivo de apresentar um atalho à sabedoria dos pais mais experientes, que aprenderam da maneira mais difícil. Alguns dos conselhos funcionarão imediatamente, outros funcionarão um dia, mas não no dia seguinte. Você até zombará de alguns conselhos e virará a página – parecerão loucos ou apenas irrelevantes à sua vida diária. Tudo bem, pois não há regras quando se trata de criar bebês; cada criança é única. Mas, às vezes, as ideias mais improváveis podem funcionar quando você menos esperar. Assim é melhor tentar abordagens diferentes, pois você poderá se surpreender. Há capítulos que falam sobre todas as técnicas básicas, além de algumas grandes ideias para mexer com a sua cabeça, tais como o fato de ter a responsabilidade de ser o modelo para o outro. Você aprenderá rapidamente o que deve ser feito e como deve ser feito. Depois disso, só fica faltando a prática. E adaptações sempre poderão ser feitas por meio de conversas com sua companheira, visando atender as necessidades dela e do bebê. Resumindo, este livro contém tudo o que você precisa para se tornar útil.

Assim que o bebê nasce, você precisa saber como ele “funciona”, para que possa ter certeza de que suas necessidades sejam atendidas. Na verdade, elas podem ser resumidas em uma concisa lista de três necessidades: alimentação, sono e calor humano. Também precisará que as fraldas sejam trocadas de seis a doze vezes por dia, mas isso você provavelmente já sabe.

Instintos de Sobrevivência O bebê exibirá uma variedade de reflexos nos primeiros seis meses de vida, todos relacionados a suprir as necessidades básicas – na prática, uma série de instintos de sobrevivência arraigados que fazem parte da constituição humana desde o início.

Reflexo de prensão. Se você colocar seu dedo na mão do bebê, a mão dele se fechará fortemente. Esse reflexo pode ser tão forte que dá para quase erguer o bebê pelos braços. Esse reflexo geralmente desaparece depois de quatro meses.

Reflexo do movimento de andar. Se você segurar o bebê ereto debaixo dos braços, deixando-o tocar os pés no chão, ele naturalmente dará passos e tentará mover-se para frente. Esse reflexo geralmente desaparece quando o bebê chega aos dois meses de vida.

Reflexo de sucção. O instinto natural do bebê é sugar qualquer coisa que é colocada em sua boca – o seio da mãe, o bico da mamadeira, ou o dedo. É um instinto crucial de sobrevivência e uma forte sucção é sinal de um bebê saudável. Ele suga o dedão ou outro dedo para acalmar-se.

Reflexo de sobressalto. Quando o bebê ouve um barulho alto ou é movido repentinamente, suas mãos serão projetadas para o lado e os dedos se abrirão. Depois, os braços voltarão ao peito, os punhos serão cerrados fortemente e, em seguida, provavelmente haverá um episódio de choro.

Reflexo do mergulho. Embora você nunca deva deixar seu bebê nadar debaixo d’água, se colocar um recém-nascido debaixo da superfície por pouco tempo, ele nadará feliz, pois seus pulmões serão automaticamente selados embaixo d’água.

Reflexo perioral. Faça cócegas na bochecha do bebê e ele virará nessa direção para tentar sugar seu dedo; isso o ajuda a encontrar comida. Mexa em seus lábios para encorajá-lo a se alimentar. Esse reflexo continua por todo o período de amamentação.

Boa sorte!

MIOLO

Rogério Lance - rogeriolance1@gmail.com


ENCARTE

Como manipular pessoas Robert-Vincent Joule

competências e atributos que nem todos têm. Argumentar é uma arte difícil e não depende da vontade. Aliás, é sobejamente sabido que essas competências e atributos necessários à persuasão e ao deslumbramento, na maior parte do tempo, são um dos privilégios das camadas sociais mais favorecidas: se é normal ver um PDG bem falante convencer ou influenciar um de seus subordinados, é bem raro que aconteça o inverso. Assim, para as pessoas comuns a argumentação e a sedução não são os meios mais seguros de atingir seus objetivos. O que fazer, então, senão manipular? Na verdade, a manipulação continua sendo o último recurso do qual dispõem aqueles que não têm poder ou meios de pressão. Além disso, apresenta a vantagem de não aparecer como tal, pois a outra pessoa tem o sentimento de ter agido livremente, em função de suas ideias e valores, o que é mais importante do que pode parecer à primeira vista. Supomos que os pedestres americanos que deram um dime, depois de terem informado as horas, não se sentiram insuportavelmente agredidos em sua autonomia de decisão, ou em sua liberdade de ação. Podemos inclusive imaginar que nenhum deles pensou que o simples fato de ter informado as horas poderia levar, logo em seguida, a dar mostras de generosidade. Em resumo, as pessoas se submetem – elas fazem o que alguém decidiu que elas façam –, mas se sentem completamente livres. Disso, a falar de submissão livremente consentida (Joule e Beauvois, 1998), é só um passo. E todo mundo fica satisfeito: manipulador e manipulado. Mesmo que não seja a feliz ganhadora do supersorteio de outono dos Três Dólmatas, Madame O. ainda se sentirá satisfeita por dispor de um elegante porta rolhas, de seis suportes de guardanapos finamente acabados e dos 12 cinzeiros decrescentes que tanto divertem seus amigos. Sem dúvida, ela ainda terá a certeza de ter feito uma excelente compra. Quanto ao diretor de vendas dos Três Dólmatas, ficará satisfeitíssimo por poder contar com Madame O. entre suas numerosas clientes. Sim, a menos que seja vista como tal, a manipulação satisfaz a todos! Talvez seja por esse motivo que, há várias décadas, as pessoas que têm poder têm aprendido, em todo tipo de seminário, como guarnecer o exercício de poder com algumas técnicas que, vistas mais de perto, não passam de manipulação. Se o recurso a um modo de comando democrático em um negócio, ou a introdução de um método de decisão de grupo, ou ainda a implantação de círculos de qualidade ou de grupos de expressão –, se todas essas panaceias do management moderno nunca modificaram fundamentalmente a evolução das empresas, não é, decididamente, porque afinal de contas as pessoas chegam, na maioria das vezes, a “decidir” fazer o que em outros momentos lhes foi pura e simplesmente imposto?

www.editoranovoconceito.com.br

FRENTE

Robert-Vincent Joule e Jean-Léon Beauv

como manipula

PESSOAS

para uso exclusivo de pessoas de be

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Faça parte do seleto mundo daqueles que dominam os argumentos, e os utilize como uma ferramenta vital para a conquista de seus objetivos.


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Introdução Imagine que você está passeando pelo boulevard Paul Vaillant-Couturier e que precisa telefonar. Infelizmente, seu celular ficou em casa e você está sem dinheiro. Por isso, é urgente conseguir 20 centavos de euro. O que fazer? Se você conseguir passar por cima desse falso pudor que algumas vezes nos impede de recorrer aos outros para resolver uma situação, talvez chegue à conclusão de que o mais simples a fazer é parar o primeiro pedestre e pedir esse dinheiro. Você corre o risco de se decepcionar, se deparando com uma pessoa pouco complacente. Mas, se ao invés de pedir os 20 centavos, você perguntar as horas, tenha a certeza de que essa resposta lhe será dada de boa vontade. Assim sendo, siga o seguinte conselho: comece perguntando as horas, o que não lhe será recusado, e em seguida, antes que o indivíduo lhe dê as costas, diga-lhe que você tem que telefonar e que para isso precisa de 20 centavos. Nós lhe garantimos que, agindo assim, você corre menos o risco de se decepcionar com o egoísmo dos seus semelhantes.

Um pesquisador americano (Harris, 1972)1 comparou justamente a eficácia desses dois modos de proceder, para conseguir a doação de um dime (cerca de 20 centavos de euro) dos cidadãos americanos. Quando o pedido foi feito de modo direto, só uma em cada dez pessoas aceitava dar a quantia pedida; esse número era multiplicado por quatro quando o experimentador perguntava primeiro as horas. Os pesquisadores que fazem esse tipo de experiência2 (psicólogos sociais), em geral, não precisam de @NOVO_CONCEITO moedas. Eles têm inclusive o costume de devolver aos passantes o dinheiro que receberam deles, como extorsão em benefício da ciência. Evidentemente, fazem essas experiências para provar a validade de considerações bastante doutas. Ao fazer isso, estão aplicando uma técnica que você pode empregar no seu dia a dia, para conseguir de outrem alguma coisa que não teria obtido recorrendo a meios diretos, em todo caso não com a mesma facilidade. Ora, conseguir que alguém faça algo (no caso, dar 20 centavos) que preferiria não fazer e que não teria feito em decorrência de um mero pedido, é pura e simples manipulação, para dar nome aos bois. Não seria, por exemplo, uma manipulação o fato de conseguir que Madame O. encomendasse dois porta-rolhas, seis suportes de guardanapos e uma dúzia de cinzeiros de tamanhos decrescentes, que jamais teria tido a ideia de comprar se não tivesse preenchido o cupom de participação no supergrande sorteio de outono dos Três Dólmatas, que 1. A fim de não fazer o texto ficar inutilmente cansativo, citaremos somente um número restrito de experiências. Só apresentaremos casos que digam respeito a correntes de pesquisa importantes.

2.

Em várias passagens desistimos de empregar o termo “experimentação”, que na verdade seria mais preciso. As “experiências” ou “experimentos” dos cientistas obedecem a regras metodológicas que, por respeitarem uma determinada ética, lhes permitem confirmar ou invalidar “hipóteses” – o que não é o caso de toda “experiência” feita para checar o que acontece e/ou para divertir um público de telespectadores.

esse ano sorteiam um formidável cheque de um milhão, um veículo KW 13 (último tipo) e uma semana de férias nas praias dólmatas?3 Assim, nessa disciplina pouco conhecida que é a psicologia social, encontramos um número nada desprezível de trabalhos nos quais, por uma razão ou por outra, os pesquisadores levam as pessoas a se comportar com total liberdade, diferente do modo como elas teriam se comportado espontaneamente – recorrendo a técnicas que podem ser consideradas como verdadeiras técnicas de manipulação. A pesquisa de Harris, citada acima, é tão somente um exemplo, dentre muitos. Essas pesquisas são apaixonantes, pois dizem respeito diretamente à nossa vida cotidiana. Na verdade, existem somente duas maneiras eficazes de conseguir que alguém faça algo que queremos que faça: o exercício do poder (ou relações de força) e a manipulação. Na maioria das vezes, a primeira é considerada como sendo natural. Em geral, um funcionário de escritório acha normal fazer o que o chefe pede que ele faça, e assim como um estudante, quando cumpre as exigências dos professores. Dentro da mesma lógica, um refém lê, diante da câmera, um texto enaltecendo seus sequestradores. Nesses casos, consegue-se alguma coisa de outrem porque se dispõe ou de poder, ou de meios de pressão, ou de ambos. Também, ainda nesses casos, a pessoa “submetida” tem consciência da situação de dependência na qual se encontra, mesmo que considere justas as exigências que lhe são feitas, ou que considere útil a tarefa que se espera dela. Em obra anterior, chamamos de racionalização o processo psicológico que leva as pessoas a reconhecer como legítimas as condutas que lhes são extorquidas pelo exercício do poder (Beauvois e Joules, 1981). Nesse tipo de situação, o exercício do poder é vivido como tal, por todas as pessoas implicadas. Infelizmente, nem todo mundo dispõe de poder suficiente, ou dos meios de pressão necessários para obter o que deseja conseguir de outrem. Espíritos mais amargos defendem a tese de que só uma minoria os detém. Isso quer dizer que, em sua grande maioria, as pessoas não esperam nada de ninguém? Seguramente não. Com mais frequência do que se admite, verificar se determinada forma de comportamento (vantajosa para nós mesmos) pessoas sobre as quais não temos nem poder nem meios de pressão. Pode inclusive acontecer que queiramos ver nosso chefe abrir mão de seus hábitos. Claro que podemos nos contentar com um simples pedido, se não nos aventurarmos pelos caminhos da argumentação ou da sedução. Mas admitamos que essas estratégias de argumentação ou de fascínio exigem 3.

A Dolmácia e seus habitantes são aqui citados com frequência. Em norma culta, deveriam ser chamados de dolmacianos e dolmacianas. Mas a expressão de uso corrente na região é dólmata, expressão que adotamos.

MIOLO

Rogério Lance - rogeriolance1@gmail.com


FOLDER

Fique Rico! Voce Pode!

Folder de lançamento para o livro Eletrofisiologia da Audição e Emissões Otoacústicas 2a. edição 2010 EDITORA NVO CONCEITO


à O IÇ 2 a. ED

ELETROFISIOLOGIA DA AUDIÇÃO E EMISSÕES OTOACÚSTICAS PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES CLÍNICAS

Saúde

Luiz Carlos Alves de Souza | Marcelo Ribeiro de Toledo Piza Kátia de Freitas Alvarenga | Pedro Luis Cóser A evolução dos equipamentos eletrônicos permitiu o desenvolvimento de sistemas de estimulação, captação, amplificação, computação e registro de atividades neurofisiológicas do sistema auditivo, possibilitando sua aplicação clínica. O

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ISBN: 978-85-63219-01-5 Páginas: 370 Formato: 17x24 cm Acabamento: Brochura Ano: 2010 2 a. edição

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LANÇAMENTOS 2011 EDITORA NOVO CONCEITO SAÚDE NOVO TRATADO DE FONOAUDIOLOGIA 3a. edição 2011

FONOAUDIOLOGIA:

Editor Prof. Dr. Otacílio Lopes

INTERVENÇÕES E ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM 1 a. edição 2011

Organizadores Alcione Ramos Campiotto | Cilmara Levy | Maria do Carmo Redondo | Wanderlene Anelli-Bastor

Organizadoras Profª Drª Simone Ap. Lopes-Herrera Profª Drª Luciana Paula Maximino

Trata-se de uma edição revisada e atualizada, com ênfase em audiologia clínica, audiologia educacional, terapia fonoaudiológica e reabilitação fonoaudiológica nos casos oncológicos de cabeça e pescoço. Indispensável para estudantes e profissionais da área de fonoaudiologia.

Dividido em duas partes, o livro aborda sobre a definição e caracterização das alterações de linguagem infantil e também sobre intervenção fonoaudiológica nas alterações da linguagem infantil auxiliando os graduandos em seu processo de aprendizagem e também os fonoaudiólogos em sua prática diária.

Reserve já seu exemplar:

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RogĂŠrio Cortecioni Lance rogeriolance1@gmail.com Skype: rogerio.lance | MSN: rogeriolance1@hotmail.com


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