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Foto: Agência Actus
Ano
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2015
R$6,90
# O.1
Gabriel Medina 1º brasileiro campeão mundial de surf
.com.br
SURF
SURF
GALLERY Redação - Bianca Agresti bianca.agesti@actus.com.br Fotografia - Filipe Zaguini filipe.zaguini@actus.com.br - Paula Akemi paula.akemi@actus.com.br - Gabriely Fonseca gabriely.fonseca@actus.com.br Arte - Roger Vesco roger.vesco@actus.com.br Comercial - Mirelle Moura mirelle.moura@actus.com.br - Thais Dussi thais.dussi@actus.com.br Circulação - Lorraine Barroso lorraine.barroso@actus.com.br Administração - Daniele França daniele.franca@actus.com.br Colaboradores - Alberto Capeluppo - Diego Lucena Redação, Publicidade, Circulação e Administração Rua Gaivota, 134 (Moema) 05015-000, São Paulo, SP. Brasil Fone (+55 11) 3875-1987 www.agenciactus.com.br
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Conheça os 34 melhores surfistas do mundo 1 - Gabriel Medina (BRA), 21a 2 - Mick Fanning (AUS), 33a 3 - John John Florence (HAV), 22a 4 - Kelly Slater (EUA), 42a 5 - Michel Bourez (TAH), 29a 6 - Joel Parkinson (AUS), 33a 7 - Jordy Smith (AFR), 26a 8 - Adriano de Souza (BRA), 27a 9 - Taj Burrow (AUS), 36a 10 - Josh Kerr (AUS), 30a 11 - Kolohe Andino (EUA), 20a 12 - Owen Wright (AUS), 24a 13 - Nat Young (EUA), 23a 14 - Julian Wilson (AUS), 26a 15 - Adrian Buchan (AUS), 32a 16 - Bede Durbidge (AUS), 31a 17 - Filipe Toledo (BRA), 19a 18 - Kai Otton (AUS), 35a 19 - Miguel Pupo (BRA), 23a 20 - Sebastian Zietz (HAV), 26a 21 - Fredrick Patacchia (HAV), 33a 22 - Jadson André (BRA), 24a 23 - Matt Wilkinson (AUS), 26a 24 - Adam Melling (AUS), 29a 25 - Brett Simpson (EUA), 29a 26 - Jeremy Flores (FRA), 26a 27 - Matt Banting (AUS), 20a 28 - Wiggolly Dantas (BRA), 25a 29 - Italo Ferreira (BRA), 20a
Foto: Agência Actus
30 - Keanu Asing (HAV), 21a 31 - Dusty Payne (HAV), 26a 32 - Ricardo Christie (NZL), 26a 33 - C. J. Hobgood (EUA), 35a 34 - Glenn Hall (IRL), 33a
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Gabriel Medina
O primeiro brasileiro campeao Gabriel Medina é campeão mundial de surf 2014. O título, inédito para o Brasil, veio após ver seu ídolo de infância, o australiano Mick Fanning, ser derrotado pelo brasileiro Alejo Muniz no Round 5 do WCT Pipe Masters, realizado em Pipeline, no Havaí. Gabriel dependia apenas de si para ser campeão, mas a matemática também o favorecia, dependendo do resultado de seus rivais Kelly Slater e Mick Fanning. É preciso fazer uma pequena retrospectiva para que se entenda que o título mundial tem ainda mais significado na carreira de Medina e na história do surf brasileiro. Gabriel foi o mais jovem brasileiro a ingressar no tão disputado circuito da ASP.
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E essa posição, é claro, só poderia ser alcançada com muitos outros bons resultados anteriores. Sua entrada no Tour, aos 17 anos, já foi um grande feito. Nem os mais otimistas poderiam adivinhar o que Gabriel, ainda tão jovem, era capaz de fazer como “novato” no seleto grupo dos 36 melhores surfistas do mundo. Acontece que, em 2011, ele entrou no “meio” do WCT, restando cinco etapas a serem disputadas. E venceu duas delas: na França, contra Julian Wilson, sua segunda competição entre as estrelas do surf, e em San Francisco, contra Joel Parkinson. Sinal do que aconteceria três anos depois. Naquele ano, Kelly Slater, derrotado por Medina duas vezes, chegou a dizer...
“Com certeza esse garoto vai ganhar vários títulos mundiais”.
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mundial de surf
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A TraJeToria de Medina ao TiTulo A partir dali, até quem não acreditava que ele poderia ser campeão mundial tão cedo começou a considerar essa hipótese. Veio Jeffreys Bay. Gabe estava com sede de vitória. Não conseguiu, mas chegou até as quartas, garantindo ainda mais pontos e consolidando sua liderança. Menos de um mês depois, venceu o Billabong Pro Tahiti, nas clássicas, épicas e temidas ondas de Teahupoo, mostrando que estava pronto para enfrentar quaisquer condições ao redor do planeta. Foi para Trestles para tentar consolidar ainda mais seu lugar no ranking e colocar uma mão na taça. Não conseguiu. Ainda tinha França e Portugal para assegurar o resultado. Em terras lusitanas, inclusive, ele poderia ter se consagrado campeão mundial. Mas foi eliminado precocemente no Round 3 e a disputa final foi levada para o Havaí. Com muitas variáveis e contas matemáticas entre as possibilidades de Medina, Mick Fanning e Kelly Slater, os três candidatos ao troféu. Foto: Agência Actus
Gabriel começou o ano com o pé direito literalmente, já que ele surfa com esse pé à frente da prancha. Venceu a primeira etapa do Circuito Mundial, na Gold Coast, Austrália. O primeiro brasileiro a vencer nessas ondas australianas. Sinal de uma bela e inédita história que estava sendo escrita a partir dali. Nas três etapas seguintes - Bells Beach, Margaret River e Rio de Janeiro - ficou sem vencer, mas ainda manteve resultados consistentes. Só perdeu a liderança do ranking após a etapa brasileira. Ninguém precisava se preocupar, porque ele estava prestes a vestir a lycra amarela (utilizada nas baterias apenas pelo número um do ranking) novamente. Talvez algum outro atleta tivesse perdido a confiança. Medina, não chegou a Fiji com força, determinação e muita técnica. Mais uma vez, foi campeão.
Prêmio: Medina é recompensado após vitória histórica em campeonato
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ReconhecimenTo pelo pUblico Medina e quase igual a Neymar Antes do título mundial, Medina tinha 35,91 pontos em reconhecimento pelo público. Medina também passou a ser mais influente perante a opinião pública. Neste quesito, após o feito inédito, o surfista passou de 65,27 pontos para 79,75.
Foto: Agência Actus
O título mundial de Gabriel Medina justamente no mesmo ano do fiasco da seleção brasileira na Copa do Mundo colocou o surfe entre os esportes mais falados no país recentemente. O Ibope Repucom, através da ferramenta Celebrity DBI, conseguiu mensurar as mudanças desse título na imagem de Medina. No quesito reconhecimento pelo público, Medina anotou 85,26 pontos. As notas vão de 0 a 100. Para se ter uma ideia, em pesquisa feita com esta mesma ferramenta em fevereiro passado, Neymar está com 98,24.
Reconhecimento: prestígio nacional de Medina é unânime
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sTand Up Paddle Stand Up Paddle - SUP - fornece uma maneira legal e relaxante de se divertir na água. Com pouco equipamento, você pode remar ao mar, em lagos e rios. O SUP é um exercício para todo o corpo e por isso tornou-se uma atividade de cross-training (Treino misto). Além disso, uma vez que você pratica o esporte em pé em uma prancha, é possível aproveitar vistas únicas, indo desde animais marinhos até um horizonte fantástico e inesquecível. O SUP é semelhante ao surfe, porém, o início é imediato, as pessoas saem praticando no primeiro dia. Não precisa ser atleta, ou praticante de outro esporte. Sei que muitas pessoas sonham em praticar o surfe. Contudo, 90% das pessoas desistem no início. É um esporte difícil de ser praticado no início, pois leva muito tempo para pegar a primeira onda. Da mesma forma, surfe não é como andar de bicicleta, pois um mês sem atividade física, você (surfista de fim de semana), não consegue pegar ondas. A maior dificuldade do surfe está no êxito do "drop", momento em que o surfista alcança a velocidade da onda, remando deitado, levanta e fica de pé. A remada exige uma condição física de boa para ótima, senão, a onda passa e o surfista não pega a onda. Pior, o surfista não rema suficiente e pega a onda quebrando, oportunidade que conhece a "wipe out", ou, no bom português, leva uma vaca. O SUP, stand up paddle, chegou para permitir as pessoas, não atletas, de praticarem um esporte emocionante, com vários níveis de graduação. Contudo, a grande diferença, e ao contrário do surfe, qualquer pessoa consegue ficar de pé na prancha, remar, e curtir muito, no primeiro dia. Realmente, uma sensação muito emocionante para quem não pratica nenhum esporte, e tem vontade de começar algo diferente, seja sozinho, com amigos e/ou com a família.
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Skate 4ever!
Como preservar a minha prancha de surf? - Nunca deixar a prancha exposta ao sol, pois além de amarelar o equipamento pode aparecer bolhas no glass - Usar capa para proteger sua prancha tanto do sol como contra eventuais pancadas - Nunca deixe a prancha dentro do carro todo fechado em dias ensolarados - Lavar sempre a prancha e o leash com água e sabão depois de um dia de surf - Troque sempre a parafina quando estiver muito suja ou escurecida - Vede com silvertape qualquer quebrado e leve o mais rápido em uma oficina de reparos - Não coloque uma prancha em cima da outra, porque a parafina que fica no fundo da prancha pode alterar o desempenho da prancha. - Tomando esses cuidados sua prancha terá um preço de revenda muito melhor. - O ideal é trocar a prancha a cada seis meses, assim colocará menos dinheiro na encomenda de uma prancha nova.
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Foto: AgĂŞncia Actus
Foto: Acervo pessoal
Diario de um surfisTa
‘’ Foto: Acervo pessoal
Love: Diego e sua namorada, Ewelyn
Aos 15 anos de idade, dezessete anos atrĂĄs, depois de ter vivenciado diversas modalidades esportivas, conheci o surfe...
Amizade: Diego curtindo um fim de semana com os amigos e, claro, o surf
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Diego Lucena (...) Lembro claramente do meu primeiro contato com uma prancha, estava com um amigo no mar brincando de “jacaré”, nome popular do esporte chamado bodysurf, quando dois rapazes que saíam da água emprestaram suas pranchas de bodyboard, esporte em que o indivíduo surfa deitado sobre a prancha. Comprei minha prancha de bodyboard dias após ter feito este primeiro contato. Pouco mais do que 1 ano surfando de bodyboard, adquiri minha primeira prancha de surfe em pé. Sem ter muita orientação, adquiri uma prancha pequena, tamanho 6´4 (seis pés e quatro polegadas), inadequada para um iniciante que só tem os finais de semana para surfar. Talvez, se eu tivesse iniciado com uma prancha do tipo Funboard, com tamanho superior a 7`5, minha aprendizagem não tivesse sido tão lenta. Aos poucos o surfe foi se incorporando ao meu estilo de vida, enquanto os amigos da escola iam para a balada nos finais de semana, eu preferia ir pra praia. Através desse esporte adquiri o prazer de ter hábitos saudáveis, quase nada era tão prazeroso quanto acordar às 5 horas da manhã para ir surfar, ver o sol nascer no mar, e ir dormir às 21 horas para ter energia para o dia seguinte. Eu costumava passar as férias inteiras na praia, surfando 9/10 horas por dia.
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g iD e
a n e c u L o
Foto: acervo pessoal
Aos que admiram esse esporte e pensam em começar a praticá-lo, seguem minhas sugestões: Praias para iniciantes em SP: canto esquerdo da praia da Baleia, canto esquerdo da praia de Boracéia, canto esquerdo da praia da Riviera e Praia do Sapê. As ondas “gordas” são as ideais para iniciantes. Água do mar: em SP as águas costumam ter temperaturas agradáveis entre Novembro e Abril, por isso, planeje o seu início para o mês de Novembro.
Exercícios Complementares: treinamento funcional voltado ao surfe é o ideal. Fazer natação ou musculação também ajuda. Para quem só pode praticar o surfe nos finais de semana, manter uma atividade física durante a semana é indispensável. Vestimenta: utilizar uma camiseta de lycra é essencial, preferencialmente de mangas compridas. Além de diminuir a exposição ao Sol, te protege contra possíveis queimaduras geradas pelo atrito entre o seu corpo e a prancha. Escolas de surfe: vale a pena investir em algumas aulas de surfe no começo. Existem diversas escolas espalhadas pelo litoral.
Alimentação: fazer uma refeição leve antes da pratica do surfe é o ideal. Surfar em jejum pode provocar câimbras, e, surfar depois de ter comido muito, pode provocar indigestão.
Cuidados: não entre no mar em dias de chuva com raios. Procure deixar o seu carro em estacionamentos. Nunca entre no mar sem protetor solar, mesmo em dias nublados.
Foto: acervo pessoal
Prancha para iniciantes: tipo Funboard, tamanho preferencialmente superior a 7´5 (sete pés e 5 polegadas).
Trip: uma viagem para a casa do surf
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