DESIGN PARA DESAVISADOS
ÍNDICE Introdução ao Design Design Gráfico Design de Interiores Design de Produto Design de Moda Motion Graphics Design de Games Web Design Design de Interface Design Thinking Finalização
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IntroDUção ao design
-Mark Boulton
O design é uma profissão desafiadora, complexa, deliciosa e maravilhosa. Diariamente, o designer é apresentado com problemas que ele precisa resolver visualmente. Ao contrário do que muitos pensam, design não é apenas criar logotipos, flyers ou arte; é muito mais que isto.
Então, o que é design? A definição mais simples seria a de Alexandre Wollner, um dos fundadores do design no Brasil: “Design é projeto”. Simples, mas vago, não? Então vamos tentar algo um pouco mais complexo, usando a definição de Beat Schneider:
“(Design é) a visualização criativa e sistemática dos processos de interação e das mensagens de diferentes atores sociais.” Agora ficou mais difícil de entender. Quando pedem para definir o que é design, normalmente dizemos que é uma forma de comunicar uma ideia ou conceito, usando processos, elementos e princípios do design. Mais perguntas surgem: quais seriam os processos, elementos e princípios do design? Vamos com calma.
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“Design tem sido visto como estética. Design é como alguma coisa se parece. Você vê essa atitude sobre o design em todas as partes da sociedade - design de moda até design de interiores, um pouco menos em design de produto, e sim, em webdesign... eu acho que o design cobre muito mais do que a estética. Design é fundamentalmente mais que isso. Design é usabilidade. É arquitetura de informação. É acessibilidade. Isso tudo é Design.
Como é a profissão de design?
O que não é design?
Design é arte? A resposta mais simples é: não. Vou expandir: arte é interpretativa, o design não. O que isto significa? Quando você vê uma pintura, ela invoca alguma emoção, um sentimento ou uma imagem. Uma pintura que me passa ansiedade pode te passar enjoo. Cada um interpreta a arte como melhor quiser, mas o design precisa ser interpretado da mesma maneira por todo mundo. Isto não quer dizer que o design não pode ser arte! Design pode ser sim arte, basta ver os equipamentos projetados por Dieter Rams para a Braun; são verdadeiras obras de arte, pois invocam alguns sentimentos específicos – mas acima de tudo, ele tem uma finalidade que é compreendida, e não interpretada. Arte é beleza, design é estética – e mais pra frente, vou explicar a diferença entre os dois.
Como é o processo de design?
O que difere o designer do design?
Se você criar um logo para uma empresa sem pesquisar e projetar antes, significa que você não passou pelo processo de design. O design tem que ter significado e comunicar algo. Quem faz “cake design” e “hair design” não está fazendo design no significado correto da palavra, pois não está comunicando nada, não tem projeto, não tem motivo. Design precisa comunicar uma mensagem. Não comunica nada? Então é arte. O que nos leva para a próxima pergunta:
É triste quando um colega profissional lança seu portfólio e erra o nome da própria profissão. Toda a credibilidade vai por água abaixo, então aprenda de uma vez por todas:
Design é o nome que se dá a profissão. Designer é o nome que se dá ao profissional. Do mesmo jeito que alguém não “faz médico” para se tornar “medicina”, ou é “direito” pois “estudou advogado”, você não pode “ser design” e você não aprendeu “designer”.
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É engraçado como esta pergunta é mais fácil de responder. Muitas pessoas começam no design com alguns pré-conceitos do que o designer faz, e acabam se decepcionando quando notam quanta teoria existe. Então vamos separar o joio do trigo de início para não dar falsas esperanças a ninguém. Design não é saber utilizar o Photoshop, Illustrator, Blender, Gimp ou o Paint do Windows. Pra aprender design, não é necessário desenhar como o Leonardo da Vinci, pintar como Rembrandt ou esculpir como Michelangelo. O designer não necessariamente fica horas na frente do computador e, idealmente, ele só precisa usar o computador na etapa final do seu trabalho. Mesmo assim, existem designers que não utilizam o computador (exceto para escanear seu trabalho pronto para fazer cópias).
Quais são as características dos designers? *Noção de planejamento é fundamental: Realize um bom briefing, pesquise, inspire-se, reflita sobre suas idéias, faça um rascunho e daí sim vá para o computador. Antes de começar tenha em mente qual é o tipo de peça? Quem é o público? Qual o estilo do cliente e do público? Quantas páginas aproximadamente? Quantos produtos? Já tem as fotos? Estão tratadas? O trabalho possui muito texto, muita imagem? Será atualizado frequentemente? Tem muitas tabelas? O cliente vai lhe fornecer os arquivos em Word ou Excel ou você terá que digitar tudo? Dados úteis tanto para você quanto para o cliente visualizar a dimensão do trabalho e tudo o que será necessário para sua execução. *Saiba conversar:Mesmo que você seja o sujeito mais tímido do mundo, você tem que saber se expressar para convencer as pessoas a comprarem sua idéia, solicitar informações, dar informações, tirar dúvidas, etc. Seja o mais claro, conciso e acertivo possível. Não precisa ser um tagarela, mas se você for um Jéca não dá.
*Conheça o processo gráfico: Você deve adaptar sua arte ao processo gráfico, e não o contrário. Procure saber as limitações do processo usado na reprodução do seu material e respeite-as, seja flexografia, gráfica offset, serigrafia ou web.
*Seja caprichoso com o seu trabalho: Tenha atenção aos detalhes na sua arte. Observe se os alinhamentos de textos e imagens estão certos, verifique as quebras de linhas nos textos (evite aquela justificação total espaçada horrorosa do Corel), redesenhe letras das fontes quando não lhe agradarem, padronize títulos e cores do seu trabalho. Mesmo que hoje ninguém perceba esses detalhes, você não sabe se no futuro um entrevistador perceberá ou não. *Seja caprichoso, mas não fique embaçando: “O diabo alisou tanto os olhos do filho, que acabou furando.” Já dizia o ditado. Tem hora que o trabalho precisa sair. Não adianta nada observar todos os mínimos detalhes da sua arte e perder o prazo da entrega, se desgastar com o chefe ou com cliente sobre coisinhas que não vão mudar em nada a qualidade final do trabalho. *Não tenha muito apego ao job: Essa eu aprendi com um professor ainda na faculdade. Eu devia estar passando por um problema parecido, porque gravei esse negócio. Se o cliente falar para você “NÃO GOSTEI DESTE TRABALHO”, por mais que você tenha adorado, não há argumento. O cliente acha aquilo um lixo, RASGUE E JOGUE FORA. Lógico, converse com o cliente e tente entender melhor do que ele não gostou para você não cometer o erro duas vezes. Guarde a idéia na gaveta e bola pra frente.
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*Conheça bem os softwares: É importantíssimo conhecer a ferramenta que você está trabalhando. Muito cuidado ao se comprometer a fazer um catálogo de 200 páginas se você nunca fez um de 20 ou nunca usou o Indesign.
*Goste de aprender. Seja interessado. Atualizese: Aprenda e conheça a fundo suas ferramentas de trabalho. Não fique bitolado em apenas um programa. Aliás, não fique bitolado no computador… faça cursos de desenho, pintura, fotografia, música, religião, matemática financeira (?!), leia de tudo, escreva um pouco. Suas idéias ficarão muito mais fluídas se você enriquecer seu repertório intelectual e cultural. Seja interessado pela atividade do cliente, pesquise, pergunte coisas à ele. Experimente, estude, aprenda…daí quando pintar um job diferente você se sentirá muito mais seguro.
Design gráfico
“Design gráfico é uma linguagem visual que une harmonia e equilíbrio, cor e luz, escala e tensão, forma e conteúdo. -Jessica Helfand O que faz o designer gráfico?
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Design gráfico muitas vezes é chamado apenas de “Design” por ser a área mais conhecida. O designer gráfico trabalha diretamente com o visual dos produtos: sejam imagens para um site, material gráfico, fotografias ou embalagens. Também cria logotipos e papelaria para firmas individuais, comerciais e industriais, com o objetivo de tornálos atrativos e facilitar a leitura. Escolhe as letras para os textos, define o tamanho das colunas de uma página impressa, seleciona e padroniza cores e ilustrações e projeta embalagens. Desse modo, torna a comunicação mais eficiente e agradável. Cuida da programação visual de marcas veiculadas em anúncios e campanhas, inclusive em espaços públicos onde a informação deve ser compreensível até para o público iletrado. No campo digital, elabora websites e CDs-ROM. Pode trabalhar em editoras, agências de design e de publicidade e birôs de computação gráfica e produtoras.
Como ele pode exercer sua profissão?
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O campo de atuação do designer gráfico é bastante amplo e em constante crescimento. Algumas das possibilidades de emprego para o profissional que realiza o curso da Pró-Arte são o trabalho em agências, gráficas, design web, estamparia e pintura digital. Atualmente, está em alta o trabalho como freelancer, ou seja, sem vínculo fixo, em que o profissional é dono da sua própria empresa e trabalha pela execução de jobs. A recente importância que os departamentos de marketing têm adquirido dentro das empresas é outro fator que garante a expansão do mercado para o designer gráfico.Abaixo, alguns dos trabalhos que um designer gráfico pode realizar: *Sinalização: O domínio de técnicas para desenvolvimento de signos de advertência, pictogramas, setas, tipografia específica e de cores são códigos visuais que proporcionam o rápido entendimentos das informações e traduzem a hierarquia orientadora, necessária ao usuário do espaço em questão. *Tipografia: É a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. O objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. *Identidade visual: é o conjunto de elementos formais que representa visualmente, e de forma sistematizada, um nome, ideia, produto, empresa, instituição ou serviço. Esse conjunto de elementos costuma ter como base o logotipo, um símbolo visual que se complementa nos códigos de cores, das tipografias, nos grafismos, em personagens, nas personalidades e outros componentes que reforçam o conceito a ser comunicado através dessa imagem como o Slogan ou Tag lines, que cumprem este papel. A confecção de um logotipo ou de um símbolo visual capaz de representar a assinatura institucional da empresa deve ser estabelecido através de um documento técnico ao qual os designers nomearam de manual da identidade visual.
*Design de embalagem: A embalagem comercial não é apenas um meio de armazenamento e transporte de um produto, mas é um objeto que possibilita aos consumidores uma relação afetiva individual com o produto. A embalagem é a identidade da empresa a qual ela representa e em muitos casos é o único meio de comunicação do produto. O bom design de embalagem pode garantir uma boa comunicação com o consumidor, informando sobre o produto e expondo seu caráter. *Design editorial: O design editorial, é uma especialidade do design gráfico que realiza todo o projeto gráfico de editoração. Ele está diretamente ligado ao jornalismo. Por esse motivo, o design designer gráfico (seja o diagramador, ilustrador, editor de arte etc) está sempre em parceria com o jornalista. Refere-se ao projeto visual e funcional de um produto, revistas, jornais ou livros, adaptando às necessidades de seus usuários e cativando o seu uso através da estética. Essa área abrange tanto a produção editorial impressa quanto a digital. *Design digital: Essa especialização da área de design visual é necessária para atender as necessidades geradas pelo surgimento (e rápida evolução) da mídia digital. O profissional dessa área concilia os conhecimentos da programação visual - criatividade, senso estético, embasamento visual cultural, estudo da forma voltados aos variados tipos de suporte da mídia digital - com a técnica destinada ao uso das ferramentas adequadas do meio de produção digital para criar soluções para mídia digital e interativa.
Quais são os softwares mais utilizados? Alguns programas específicos são utilizados pelos designers gráficos, os quais serão explanados resumidamente aqui:
Como é o mercado para o Design Gráfico? A figura do designer gráfico vem ganhando cada vez mais espaço devido ao surgimento de novas mídias e também pela necessidade de ampliação dos canais já existentes, como a publicidade, a internet, a telefonia celular e a mídia impressa. “Existe demanda em todos os segmentos, como finalização, vídeos, animação, mas o maior crescimento ainda é na área da web”, afirma Sergio D’Oliveira Casa Nova, coordenador do curso da Belas Artes, de São Paulo. Outra possibilidade é trabalhar como autônomo, prestando serviços para empresas, ou em pequenos escritórios de design. As vagas de emprego ainda se concentram no eixo Rio-São Paulo. “Para quem es tá começando, a melhor maneira de entrar no mercado é estagiando em empresas de designers gráficos, agências de propaganda, editoras e produtoras de vídeo e cinema”, explica o coordenador.
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*Corel Draw: Aplicativo para ilustração vetorial, bastante utilizado na criação de logotipos, flyers, cartazes, anúncios, banners e demais peças. O Corel Draw perdeu um pouco seu espaço depois que o Illustrator chegou. Muitos profissionais dizem que a plataforma de impressão do Corel Draw é excelente, no entanto, em alguns países o Corel é conhecido como o programa que faz capa de trabalhos infantis. Em grandes agências, até mesmo brasileiras, seu uso foi totalmente substituído pelo Illustrator. *Illustrator: Executa praticamente as mesmas funções do Corel Draw, mas de forma muito mais eficiente e excelente, além de carregar consigo o peso do nome Adobe. O Illustrator não tem a fama de travar no meio de um trabalho pesado, como no Corel. Há quem diga que para evoluir como designer gráfico é necessário migrar do Corel para o Illustrator. *Photoshop: Talvez o aplicativo mais utilizado do pacote Adobe, o Photoshop surpreende a cada nova versão, sempre aprimorando, sempre inovando, desde interface à agilidade nas suas funções. Antes, o que demorava uma hora para ser feito, agora demora vinte minutos para ser realizado. Esse aplicativo de edições de imagens é conhecido mundialmente! *InDesign: É o sucessor do PageMaker e é considerado por muitos profissionais como o melhor aplicativo para diagramação. Com ele é possível diagramar um livro todo, por exemplo, e obter um PDF para impressão com confiança e qualidade.
Design DE INTERIORES
“Um interior é a projeção natural da alma” -Coco Chanel No que consiste o Design de Interiores?
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O Design de Interiores é a arte de planejar e arranjar ambientes de acordo com padrões de estética e funcionalidade. O profissional harmoniza, em determinado espaço, móveis, objetos e acessórios, como cortinas e tapetes, procurando conciliar conforto, praticidade e beleza. Planeja cores, materiais, acabamentos e iluminação, utilizando tudo de acordo com o ambiente e adequando o projeto às necessidades, ao gosto e à disponibilidade financeira do cliente. Administra o projeto de decoração, estabelece cronogramas, fixa prazos, define orçamentos e coordena o trabalho de marceneiros, pintores e eletricistas. Pode projetar salas comerciais, residências ou espaços em locais públicos. Esse profissional costuma trabalhar como autônomo, mas pode atuar também como funcionário de empresas especializadas em decoração e design de interiores ou, ainda, como consultor em lojas de móveis.
No que esse Designer se especializa?
DESIGN DE INTERIORES
Dentro da formação acadêmica o Designer de Interiores/Ambientes cursa disciplinas como: *Ergonomia *Desenho de expressão e de observação *Desenho técnico arquitetônico *Leitura e análise de projetos arquitetônicos, estruturais e elétricos *Desenho e detalhamentos de objetos (moveis, acessórios, luminárias, etc) *Psicologia humana *Acessibilidade *Cor *História da arte, arquitetura e design *Semiótica *Paisagismo *Ética *Gestão e marketing *Materiais e revestimentos *Estética *Projeto luminotécnico, hidraulico e elétrico *Normas técnicas Entre vários outros conteúdos pertinentes. Todos estes conhecimentos são necessários para que o Designer possa vislumbrar todas as possibilidades projetuais e realiza-las de forma a atender e satisfazer plenamente o cliente.
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*Desenho de móveis: Criar peças conforme as necessidades do cliente, adaptando-as ao espaço disponível. *Decoração e paisagismo: Cuidar da colocação de móveis e acessórios em ambientes residenciais e comerciais internos. Em áreas externas, usar arte e técnica para projetar, organizar e embelezar espaços com plantas e jardins. *Gerenciamento: Acompanhar a compra de móveis e acessórios, fazer orçamentos e contratar mão de obra. *Projeto: Organizar ambientes de acordo com as necessidades do cliente. Elaborar plantas e maquetes, indicando o estilo, as cores e a disposição de móveis e objetos. *Transportes: Interiores de automóveis, aviões, embarcações, etc. *Moda: Desfiles, vitrines, produção de catálogos e editoriais, etc. *Games: Produção em conjunto com os desenvolvedores dos ambientes internos e externos para jogos. *Educação: Lecionar em faculdades e universidades, produção de textos, artigos, livros, palestras, cursos, seminários e outros pertinentes ao Design. Existem ainda outras áreas em que o Designer de Interiores/Ambientes pode trabalhar. Basta você perceber os ninchos de mercado e entrar.
Quais são os conhecimentos?
Como ele realiza seu trabalho?
Como é o mercado no Design de Interiores? O aquecimento do setor da construção civil no Brasil favorece o mercado para bacharéis e tecnólogos. Além dos escritórios de arquitetura e de design de interiores – tradicionais empregadores –, é boa a procura por parte de clientes residenciais, que precisam de orientação na hora de reformar e decorar a casa – um nicho que cresce muito. “Os espaços estão cada vez menores e por isso os móveis têm de ser bem planejados – portanto, trata-se de uma questão de necessidade, não mais um luxo”, diz Sueli Garcia, coordenadora do bacharelado do Belas Artes, em São Paulo. Outra forte demanda vem da área corporativa, em que o designer é requisitado para criar o desenho de escritórios e salas de reunião. Há ainda uma crescente busca por profissionais que desenvolvam projetos de hotéis e a fazer adequações de acessibilidade em locais públicos. “Ultimamente, temos uma procura muito peculiar que é a de interiores de aviões e carros”, afirma Sueli. As melhores chances de trabalho estão nas capitais do Sudeste e, no Sul, em Curitiba e Porto Alegre. As cidades turísticas do Nordeste também são bons mercados, devido ao grande número de hotéis e resorts.
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Primeiramente, é preciso que o cliente preencha um briefing – um documento explicando o que ele quer. O briefing contém informações pertinentes ao designer, como desejo principal do cliente, sonhos e vontades, cores que lhe são agradáveis, fluxograma (uso) diário dos espaços, composição familiar/empresarial entre vários outros elementos. Depois, ele junta todas as informações que ele puder sobre o cliente, traçando um perfil psicológico/ social. Após isso, o designer faz um brainstorming ou um painél de semântica com tudo relacionado ao assunto: imagens de móveis, imagens de equipamentos e materiais, conceitos, etc. Em seguida, ele analisa todas as informações e começa a gerar rascunhos alternativos de layouts. Não há nenhuma regra para o número de alternativas. Alguns geram 3, outros geram 300. Esta é a etapa mais demorada do processo, pois o designer precisa levar em conta todas as informações que ele juntou e todo seu conhecimento. Quando o designer acredita que já gerou soluções o suficiente, começa o processo de eliminação no qual ele descarta as alternativas até reduzir até no mínimo 3 alternativas. Com isto feito, ele aperfeiçoa os esboços (em um software, ou no papel mesmo) já com as cores que ele definiu no processo de rascunho. Em seguida, o designer apresenta alternativas ao cliente (muitos preferem apresentar apenas uma alternativa). Caso o cliente desaprove, abre-se uma discussão entre os dois lados para verificação de ajustes no projeto, onde estão os objetos indesejáveis (pontos de rejeição), pontos de acertos, possíveis soluções, etc. Isto implica voltar à mesa de desenho e re-projetar algumas ou muitas coisas. O processo se repete até o cliente finalmente aprovar o trabalho. Depois ainda é aconselhável criar um manual de uso para o cliente saber como lidar com equipamentos e materiais (lâmpadas, limpeza, etc).
Design DE produto “Um bom produto não é só uma coleção de características. É como tudo funciona em conjunto.”
-Tim Cook
O que é o design de produto?
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O design de produto, também chamado projeto de produto ou design industrial, trabalha com a criação e produção de objetos e produtos tridimensionais com foco para usufruto humano, mas também pode ser para uso animal. Um designer de produto lidará essencialmente com o projeto e produção de bens de consumo ligados à vida quotidiana (como mobiliário doméstico e urbano, eletrodomésticos, automóveis e outros tipos de veículos, etc) assim com a produção de bens de capital, como máquinas, motores e peças em geral.
Qual é a história do design de produto?
DESIGN DE PRODUTO
O design é uma atribuição de valor identificado pelo mercado e transformado em atributo físico do produto. O Registro de Desenho Industrial é um título de propriedade temporária sobre um desenho industrial, outorgado pelo Estado aos autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação. O Design é necessário às indústrias para “produzir o produto certo, pelo preço certo, para o mercado certo, na altura exata” (ARAÚJO, M. D., Tecnologia do Vestuário, Lisboa, FCG, 1996). Isto atendendo a valores estáticos, políticos, econômicos, sociais, geográficos, etc., no sentido de rentabilizar as ferramentas, a organização e a lógica da industrialização, para que a empresa possa competir com a concorrência, tanto no lançamento de novos produtos como no re-design de outros. O conceito, a forma, a cor, a embalagem e as características físicas do produto, assim como o seu preço, são decisivos para o sucesso da sua venda.
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No início considerava-se no desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto, ou, o conjunto ornamental de linhas e cores que possam ser aplicados a um produto. Proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. Porém este foco ornamental foi se expandiu para aspectos mais técnicos, principalmente após a II guerra mundial com o advento de novos materias e processos de fabricação, bem como novas necessidades requeridos pelos esforços de guerra. Durante este período o fator ergonomia tornou-se um dos principais focos do design, sendo que tornou-se fundamental na corrida espacial. A história do design não se apresenta de uma forma única e uniforme nos diferentes países uma vez que as características sócio-econômicas e culturais de cada lugar imprimiram uma personalidade distinta aos profissionais ligados a esta área, contudo é possível na modernidade para além de tipificar os objectos como acima e abaixo da linha, como referenciado anteriormente, também podemos separar os objetos quanto à importância dada, a quando a fase de projecto, às diferentes dimensões do produto: dimensão sintática, denominada formalismo,dimensão pragmática denominada funcionalismo, dimensão semântica denominada Styling Na modernidade as preocupações metodológicas do designer deixam de ter dois desempenhos ambivalentes consoante o produto final, para se optar por uma unificação de saberes que passam pelo formalismo, funcionalismo e styling, dando origem a produtos mais completos. O design industrial evoluiu para o que hoje identificamos como design de produto. O Design de produto, dada a sua relação com os processos de produção industriais e sua origem na Revolução Industrial, começa a se delinear no Século XIX, especialmente com os textos teóricos ligados ao movimento Arts & Crafts que enxergava na produção artística um guia para a produção industrial. Da mesma forma que o Design Visual, porém, ele ganha maturidade e sofre uma profunda revolução com as experiências feitas na Bauhaus, no início do Século XX, praticamente definindo a noção atual da profissão.
Qual é a relação do design com a indústria?
Quais são as características do produto?
Como é o mercado para este designer? O designer de produto é contratado para trabalhar em fábricas e escritórios de design, mas também pode atuar como autônomo, desenvolvendo projetos ou integrando equipes de trabalho. Alguns designers de produto se especializam em apenas uma área, enquanto outros, atuam simultaneamente em mais de uma. Atua em indústrias moveleiras, de plástico, de metal mecânico, agências de publicidade, estúdios gráficos, escritórios de design, consultoria na área de gestão de design e ecodesign. Tem uma formação direcionada ao mercado de trabalho.
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*Considera as necessidades do usuário, em primeiro lugar (foco no usuário); *Visualização das possibilidades de solução de seu produto (foco no problema); *Verifica a viabilidade do produto previamente à sua produção (foco na relação custo x benefício); *Seleciona os materiais mais adequados e seu custo (foco nos materiais e manufatura); *Qualidade e exatidão nas peças para aprovação (foco na técnica); *Acompanha a utilização da produto e sua interação com o usuário (foco em feedback como meio de aprimoramento). *Ao solicitar um projeto de produto a um Designer deve-se: *Informar o que se espera do produto; *Informar quem irá utilizar e de qual(is) maneira(s); Informar quais os limites do produto ou objeto (tamanho, custo, materiais possíveis, tempo disponível); Solicitar propostas preliminares, a serem analisadas e selecionadas; Solicitar uma ilustração detalhada, ou desenho técnico, da proposta selecionada; Solicitar um mock-up do produto, se necessário. *Exemplos: *Desenho para a criação de um novo produto *Imagem para visualização de uma peça em tamanho real ou em escala exagerada *Desenho com informações e design finais para ser utilizado na aprovação de determinado projeto
Design DE MODA
“Estilo é uma maneira de dizer quem você é, sem precisar falar” -Rachel Zoe
O que faz o designer de moda?
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O designer de moda é o profissional que usa suas habilidades, imaginação e criação gráfica para a confecção de desenhos modelo nas mais diversas áreas, como roupas, acessórios, decoração, etc. Esses profissionais mantém suas experiências pessoais como referências que agregam valor as suas criações e interferências nos processos criativos ou produtivos, a partir da junção de conceitos, gostos, sensibilidade, tendências, conhecimentos, embasamentos científicos e muita técnica. Sua busca deve transpor os limites do mundo fashion, abrangendo pesquisas nas mais variadas áreas, de maneira globalizada. Diferentemente de um estilista - profissional que lida com o mercado e com a marca a ser atribuída às peças confeccionadas - o designer de moda é o fornecedor de material para a composição de desfiles, de ambientes decorativos, etc.
Como o designer de moda pode trabalhar?
*Designer de moda: Estabelece combinações de roupa com linha, proporção, cor e textura. Enquanto as habilidades de costura e criação de padrões para as roupas podem ajudar, elas não são um pré-requisito para um design de moda de sucesso. *Designer técnico: Trabalha com um time de design e com as fábricas para certificar a criação correta das roupas, tamanhos certos e escolhas de tecido. É ele quem testa as roupas nos modelos, e decide quais mudanças fazer antes de começar a produção. *Criador de padrões: Cuida das formas e tamanhos das peças de roupa. Isto pode ser feito manualmente com papéis e ferramentas para medir, ou usando um programa CAD de computador. *Costureiro: Faz roupas com um design adequado para o cliente, com suas medidas, especialmente ternos, calças, casacos e etc. *Designer têxtil: Faz o design dos tecidos e dos padrões de cor e desenho para roupas e mobília. *Estilista: Coordena as roupas, jóias e acessórios usados na fotografia de moda e apresentações de passarela. Um estilista também pode trabalhar com um cliente individual para fazer o design de uma série de roupas em especial. Muitos estilistas são treinados no design de moda, história da moda, e roupas de cada época, e possuem bastante experiência com o mercado atual de moda, e tendências futuras, e alguns apenas possuem um senso estético bem forte, que permite mesclar visuais e criar algo muito bom. *Ilustrador: Faz o design de roupas por meio do desenho e da pintura, para uso comercial. *Professor de design de moda: Ensina a arte e criação no design de moda, em instituições de ensino da arte e da moda.
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Os designers de moda podem trabalhar de diversas maneiras. Eles podem trabalhar para uma marca em especial, criando e guardando os designs da marca. Podem trabalhar sozinhos, ou fazendo parte de um time. Freelancers trabalham sozinhos, vendendo seus designs para lojas, fábricas ou marcas. O vestuário que ele desenvolve fica com a etiqueta do comprador. Alguns designers de moda criam suas próprias marcas, a qual seus designs são beneficiados pelo marketing. Outros designers de altacostura trabalham para lojas especias ou lojas mais requintadas. Esses designers criam roupas originais, assim como roupas que seguem um estilo de moda. Muitos designers de moda, entretanto, trabalham para produtoras de vestuário geral, fazendo o design de vestuário masculino, feminino e infantil, para o mercado em massa. Grandes marcas de designers de moda que possuem um nome como a marca, como a Abercrombie & Fitch, Diezel ou Levi’s quase sempre tem seus designs feitos por um time de designers individuais, que ficam sobre a direção de um diretor de design. No que diz respeito ao processo do design, os designers de moda também podem trabalhar de maneiras diferentes. Alguns esboçam suas ideias no papel, enquanto outros pegam um tecido e dão a forma de sua ideias. Quando um designer está bem satisfeito com a aparência geral do tecido, ele consulta um profissional que produz padrões para os tecidos, que faz a versão final e funcional do padrão pelo computador ou manualmente. O trabalho deste profissional é bem preciso e trabalhoso. O tamanho final da roupa depende de sua precisão. Finalmente, uma roupa experimental é criada, e testada em um modelo, para ter certeza que é uma roupa funcional.
O que engloba o design de moda?
Como se encontra o mercado de moda?
Como se encontra o mercado de moda? Há grande crescimento de mercado para um profissional de design de moda, uma vez que a demanda por produtos relacionados ao mundo da moda cresceu progressivamente nos últimos anos. Atualmente, como o profissional não atua somente na produção de roupas, a procura para se ter um designer de moda é cada vez maior. Apesar da concorrência acentuada, um designer pode facilmente se destacar dos outros profissionais pela criatividade. O mercado tem procurado profissionais que tenham bastante prática, por isso estar sempre em contato com a profissão é muito importante.
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O curso também, pode promover o designer em varias áreas, como O trabalho em empresas, lojas, por conta própria entre outras formas de trabalho. Esse trabalho requer muita atenção para saber o que está na “Moda”, porém não necessariamente se trabalha com a produção de roupas, o designer pode trabalhar com fotografia, com consultoria, com produção de desfiles (nessa área, geralmente, a lucratividade é maior quando o designer de moda é chamado apenas para coordenar o trabalho). O mercado de design de moda, na profissão de fotógrafo, pode vir a pagar de R$15,000 a 25,000 por cada trabalho ou desfile. E uma coisa boa, é que essa parte do design não é tão procurado pelo fato de muitas pessoas não gostarem de fotografia. O que abre muito as portas para o designer. Os designers de moda tentam desenhar roupas que são funcionais, bem como esteticamente agradáveis. Eles devem considerar que é possível vestir a roupa e as situações em que será usada. Eles têm uma grande variedade de combinações de materiais para trabalhar e uma ampla gama de cores, padrões e estilos para escolher. Embora a maioria das roupas usadas para o dia-a-dia fique em uma estreita faixa de estilos convencionais, as roupas incomuns são geralmente procuradas para ocasiões especiais, tais como os vestidos de festas. Algumas roupas são feitas especificamente para um indivíduo, como no caso da alta-costura ou alfaiataria sob medida. Hoje, a maioria das roupas são projetadas para o mercado de massa, especialmente casual e dia-a-dia.
MOTIONGRAPHICS “A animação pode explicar qualquer coisa que a mente do homem pode criar. Essa facilidade faz dela o meio mais explícito e versátil de comunicação já existente para a rápida apreciação em massa.”
Design de animação, design gráfico animado ou motion design é um subconjunto do design gráfico que usa os princípios de design gráfico em contexto de filme ou vídeo (ou outro meio visual dinâmico) através do uso de animação ou técnicas cinematográficas. No campo cinematográfico, a técnica é bastante recorrente e possibilita desde a criação de vinhetas até a inclusão de efeitos na pós-produção. O termo é relativamente novo e ainda não há uma “aceitação universal” sobre sua definição e nem muitos estudos ou publicações teóricas sobre o assunto. É comum definir motion graphics como o “design gráfico em movimento”, mas sinteticamente a animação motion graphics é um estilo que permite misturar e manipular além dos elementos gráficos bidimensionais, como a tipografia ou ilustrações, também as imagens temporalizadas em movimento para criar uma composição de camadas imagéticas através do espaço-tempo, adicionando ou não elementos sonoros.
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-Walt Disney
O que é o Motion Graphic?
Como esta área se desenvolveu?
MOTION GRAPHICS
Quando você estiver pronto para começar a sua jornada para trabalhar com motion graphics, você irá encontrar vários programas. Um bom motion designer possui uma grande variedade de ferramentas a sua disposição, que podem ser usadas em seus projetos. Além de precisar ter um bom olhar artístico como um motion designer, você também precisa dominar os programas. Alguns dos softwares mais importantes que você precisará saber para o motion graphics: *After Effects: O After Effects (conhecido como AE) é o programa carro-chefe para o motion graphics. Ele permite os usuários a animar, alterar e compor mídia em espaço 2D e 3D. Designs 2D criados em programas como o Illustrator podem ser migrados para o AE, animados e manipulados para criar um projeto de motion graphics. Por ser um software da Adobe, o AE compartilha várias similaridades e características de integração com os outros softwares da marca. Objetos e cenas de aplicações 3D populares podem ser usadas diretamente como conteúdo dentro do After Effects. Se você pode imaginar um efeito, o AE pode te ajudar a criar este efeito. Existem centenas de plugins do próprio programa, e plugins para baixar que permitem extender seus efeitos com coisas como partículas, blur, entre outras. *Photoshop: Em seu núcleo, o Photoshop é um software de edição de fotos, mas é capaz de ir bem mais longe que isto. Este programa é usado entre quase toda a série de programas presentes em computadores voltados para o 2D e 3D, e para os motion designers, não é exceção. Com o Photoshop você pode mudar o tamanho de imagens que estão muito grandes, cortar imagens de fotos que podem ser usadas no seu trabalho de motion graphics e também criar ótimos designs com ótimas ferramentas avançadas e filtros. Assim como o After Effects, o Photoshop é desenvolvido pela Adobe, e faz parte da Creative Cloud.
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Com o advento da tecnologia gráfica, a partir da segunda metade do século XXI, artistas experimentavam criações com colagens e fotomontagens em técnicas de animação convencional e trucagem diretamente nas películas cinematográficas, acrescentando movimento e tempo as imagens bidimensionais. Durante a década de 80, o início da computação gráfica possibilitou o desenvolvimento das ferramentas de animação e a televisão foi uma das maiores adeptas das imagens em movimento por meios eletrônicos. O computador permitia a combinação e manipulação de camadas de todos os tipos de imagens (fotografias, vídeos, ilustrações, etc.) e uma retomada a linguagem das fotomontagens animadas. Nos anos 90 o acesso aos computadores de uso pessoal se tornou mais acessível e mais praticantes puderam aprender sobre as técnicas. E já no século XXI, o avanço tecnológico se incorpora a cada versão, resultando numa quantidade imensa de ferramentas digitais e possibilidades de criação. As experimentações do design gráfico no cinema e na televisão foram responsáveis pela identidade do motion graphics que conhecemos hoje. O mais famoso expoente do anos 50 e dono das mais sofisticadas vinhetas foi o designer Saul Bass que animava tipografia e elementos bidimensionais. Saul Bass é até hoje considerado o “gênio da animação motion graphics“, por muitos designers por aí afora. Depois de Saul Bass, outros designers ampliaram suas possibilidades de criação, como Robert Brownjohn, responsável pela abertura de um dos filmes de 007. Outro designer de vinhetas de excelência foi Pablo Ferro, responsável por títulos como “Beetlejuice”, de Tim Burton, “Dr. Strangelove” e o clássico “Laranja Mecânica”, ambos de Stanley Kubrick. Fato é que hoje é possível assistir as animações motion graphics em qualquer canal de televisão, filmes ou mesmo em sites de compartilhamentos de vídeos como Vimeo ou Youtube.
Quais são as ferramentas deste designer?
*Illustrator: Enquanto o Photoshop é excelente com imagens baseadas em pixels, o Illustrator é um software avançado baseado em vetor, que também faz parte da Creative Cloud da Adobe. O Illustrator inclui várias ferramentas de design que podem ser essenciais para seu trabalho de motion graphics. Ele tem ferramentas de desenho em vetor que são poderosas e sofisticadas, e ferramentas de digitação que são ótimas para adicionar ao seu motion design. O trabalho de um motion designer é trazer elementos para um design animado, seja ele uma introdução, um comercial ou vídeo, então não é surpresa que dominar os programas 2D para criar os elementos iniciais antes de serem animados ajuda bastante. Juntos, o Photoshop e o Illustrator são os dois programas de design que você provavelmente estará usando mais para criar e exportar designs para usar no After Effects.
Como é o mercado para este profissional? Um designer de animação típico é hoje em dia geralmente uma pessoa formada em design gráfico ou design de comunicação tradicional (por vezes virá também de uma formação voltada para o cinema e a televisão, em geral a arte multimédia) que aprendeu a jogar com os elementos no tempo e no som através de programas voltados para a animação e o audiovisual. Apesar de já estar presente há décadas, o design de animação enriqueceu-se muito com a evolução tecnológica, tendo seus efeitos visuais, grafismos e tipografia tornado muito elaborados e sofisticados. Ele pode trabalhar em escritórios de design, agências de propaganda, produtoras de animação e vídeo, empresas que lidam com audiovisual e interatividade, emissoras de TV, empresas de games, Internet etc. Há os profissionais que trabalham apenas com 2D, e intimamente são hábeis com desenho e ilustração, além também dos programas de edição de imagens. Há os profissionais que lidam com programas 3D, que estão bem antenados com os principais softwares no mercado, para execução da animação, modelagem, texturização etc.
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*Cinema 4D: Cinema 4D é uma aplicação de modelagem 3D, animação e renderização desenvolvida pela MAXON. Ele é conhecido por ser bem intuitivo e ter integração com o After Effects. É claro, existem vários outros programas 3D para escolher como o Maya ou o 3ds Max que podem ser usados para criar motion graphics, mas o Cinema 4 é reconhecido pela maioria da indústria de motion design como sendo o software padrão do seu tipo. Uma das maiores sacadas do Cinema 4D é o Cineware, que permite a integração com o After Effects. Com o Cineware você pode importar cenas e elementos do programa apenas arrastando e soltando-os no After Effects, e sempre que você fizer alguma mudança na cena no Cinema 4D, você irá ver instantaneamente a mudança no After Effects. o Cineware também dá acesso a poderosa engine de renderização Cinema 4D diretamente no After Effects.
Design de Games -Jim Lee
Como o designer atua na produção dos games? O profissional de design de games cuida da estética, dos cenários, do roteiro, da modelagem, dos personagens e da parte multimídia do game. Também determina o áudio e o vídeo para deixar o jogo mais próximo da realidade. Implementa programas e sistemas de computador para jogos de diferentes plataformas e cria recursos gráficos e redes para o desenvolvimento dos jogos e aplicações de entretenimento digital.. A principal característica do Designer de games com certeza é a criatividade. Desenvolver o conceito de um novo jogo não é uma tarefa simples. Outro requisito importante é o profissional estar sempre atualizado, antenado com as notícias que chegam através da mídia, com as últimas tendências do mercado, do universo fashion e do circuito dos games. Nesta constante busca por informações o designer pode encontrar a inspiração necessária para compor suas ilustrações, modelagens, e para criar novas texturas e estilos, atraindo assim a atenção da comunidade que quer conquistar, em um mercado já em vias de se tornar competitivo.
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“O mercado de video games é imenso, e a habilidade de contar histórias, e contar diferentes tipos de histórias dentro do espaço dos jogos está evoluindo rapidamente e mudando para melhor”
O que forma uma equipe de game design?
DESIGN DE GAMES
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Há duas categorias de designers – o artista, que se dedica mais à criação, ao design, ao trabalho de modelar o jogo, à elaboração de texturas; e o programador, o qual atua em programações mais complexas. É claro que conhecer um pouco de cada coisa dentro do desenvolvimento de um jogo de vídeo game é uma grande vantagem, porém uma equipe de desenvolvedores de jogos possui profissionais distintos para cada uma das funções necessárias: *Programador: O programador de um jogo de vídeo game trabalha de forma um pouco semelhante a um programador de web sites. Ele é o cara que irá escrever os códigos que irão possibilitar que textos sejam convertidos em imagens na tela. Para fazer isso ele trabalha com linguagens de programação como C++ e Java. Entre outras coisas ele é o responsável por criar o sistema de controle que permite que o jogador interaja com o jogo, programar a física que irá afetar o jogador e outros personagens do jogo e desenvolver o sistema de inteligência artificial que irá controlar personagens não jogáveis e outros elementos do jogo. Uma outra parte muito importante do jogo e que também está sob responsabilidade do programador é o controle e posicionamento da câmera que permite que o jogador visualize o ambiente do game. *Artista: Nos primórdios do desenvolvimento de vídeo games os jogos eram criados inteiramente pelos programadores que pouco ou nada entendiam de arte, ilustração ou criação de personagem, o que acabava por deixar os jogos com uma aparência crua. Foi a partir daí que surgiu a figura do artista, que passou então a ser o responsável pelo desenvolvimento da arte do jogo que pode envolver desde a criação dos personagens, arte dos cenários e até mesmo elementos gráficos de interface. O artista pode se utilizar tanto de métodos tradicionais de criação artística como papeis, lapiseiras e lápis de cor quanto de equipamentos de modelagem e renderização digital.
*Designer: É claro que assim como o artista o designer também poderia atuar na criação da arte do jogo como personagens e cenários, porém o papel fundamental do designer é desenvolver as regras e ideias que irão compor o jogo. O designer desenvolve os níveis em que o jogo irá acontecer, criam mundos, elementos e é o responsável também por projetar a jogabilidade do game identificando pontos que podem impedir o progresso do jogo ou até mesmo realizar ajustes na dificuldade do mesmo.Ainda existem muitas outras funções que seriam de responsabilidade do designer porém de todas elas a sua principal função é tornar o jogo atraente e principalmente divertido. *Produtor: O produtor é um dos que possuem uma grande responsabilidade no desenvolvimento do jogo, é ele quem supervisiona toda a equipe de desenvolvimento do jogo. Entre as suas principais responsabilidades estão: gerenciar o cronograma da equipe, controlar o orçamento do jogo, escrever contratos, contratar membros para a equipe, representar a equipe para a gerência superior etc. Os produtores inicialmente eram designers que também gerenciavam o trabalho dos membros da equipe, porém com o passar dos anos as funções do produtor foram se expandindo até o ponto de ele se tornar uma função única. *Testador: Essa sem dúvida é uma das áreas mais cobiçadas dentro do desenvolvimento de jogos. Se você gosta de jogar vídeo game sem parar essa é a área em que você deve trabalhar. O testador, como o próprio nome já indica, é o responsável por testar o jogo. Eles passam horas e horas testando os jogos e buscando identificar bugs e outros possíveis problemas que possam atrapalhar a jogabilidade. Embora pareça ser uma profissão muito divertida (e de fato é) ser um testador também tem lá as suas desvantagens, eles costuma trabalhar em locais apertados e em um nível que muitos considerariam tedioso, porém graças a eles estamos jogando jogos sem bugs, com bom sistema de combate e com um grau de dificuldade justo.
Como é o mercado no design de games? Embora seja uma das maiores indústrias do mundo, principalmente nos grandes centros: Japão, Estados Unidos e Europa, o mercado de design de games no Brasil ainda é pequeno e tem um grande potencial. Estão faltando profissionais de design de games especializados para o mercado Brasileiro de Jogos decolar. Como o curso de Design de Games é novo, grande parte dos profissionais que atuam hoje no mercado de desenvolvimento de games brasileiro, são profissionais de informática, principalmente vindos do curso de Ciência da Computação, estes profissionais, em geral programadores, acabam cuidando também da criação do roteiro e da arte, por isso muita gente, devido a este fato, acaba confundindo o programador com o design de jogos. Embora muitas vezes estes dois papeis acabem sendo desempenhados pela mesma pessoa, nem sempre quem projeta o jogo é quem programa, e nem sempre quem programa é quem o projetou. Uma boa comparação que se pode fazer ao profissional de design de games é compará-lo a um arquiteto: o seu papel principal é projetar o jogo e acompanhar o seu progresso. Assim como o arquiteto pode eventualmente visita a sua obra, o design de games deve acompanhar de perto a sua equipe, para garantir a qualidade e que não se desviem da idéia original. Para pequenos projetos, ter um profissional que realize todas as tarefas pode até funcionar, mas para poder criar jogos com a qualidade e complexidade que o mercado de hoje exige é preciso se especializar, é preciso ter um conhecimento especializado nas áreas de design de games. É justamente esse profissional que está em falta no mercado brasileiro: os especialistas em Design de Games.
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*Compositor: O compositor é o responsável por criar a atmosfera do jogo através da música. No início dos jogos de vídeo game a música não passava de bip bips e outros sons bem toscos que acompanhavam algumas ações do jogador. Porém com o avanço da tecnologia dos games se fez cada vez mais necessária a presença de um compositor na equipe de desenvolvedores. Compor uma música para um jogo de vídeo game é completamente diferente de compor uma música para um filme por exemplo. Normalmente a trilha sonora de um jogo ou é muito curta ou deve ficar se repetindo o tempo todo, essa é uma das limitações que tornam o trabalho do compositor algo de extrema importância. *Sound Designer: Se o compositor é o responsável por criar a música do jogo o sound designer é o responsável por criar todos os sons do jogo. Você já jogou um jogo com o som desligado? Você vai ver que ele não é a mesma coisa sem os efeitos sonoros. O sound designer portanto tem uma importância muito grande e contribui para uma maior imersão do jogador dentro do universo do jogo. Ele precisa conhecer muito bem o jogo para o qual está criando para que ele consiga reproduzir corretamente os tipos de sons que irão estar presentes no cenário do jogo. O trabalho de um sound designer pode parecer fácil se você apenas considerar a reprodução de sons comuns como o abrir de portas ou um copo quebrando, agora tente imaginar ter que reproduzir o som de uma criatura monstruosa de um outro planeta. *Redator: O redator de uma equipe de design de jogos é diferente de um redator de filmes de cinema. O redator de cinema traz as ideias iniciais para a história do filme, já o redator de um game normalmente é um freelancer contratado para reescrever a história do jogo pra que ela faça sentido. Também estão entre as suas responsabilidades escrever alguns diálogos para personagens do jogo, escrever alguns comandos para que sejam fáceis de serem entendidos e escrever material de suporte como por exemplo a biografia dos personagens. Além de produzir conteúdo textual para o jogo os redatores também podem redigir textos para serem utilizados nas embalagens e outros materiais promocionais do game.
WEB DESIGN
“Web Design é a criação de ambientes digitais que facilitam e inspiram a atividade humana; refletem ou se adaptam a vozes individuais e conteúdos; e evoluem muito bem com o tempo enquanto sempre mantém a sua identidade.” -Jeffrey Zeldman
Qual o trabalho do webdesigner?
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Webdesigner ou designer de web é o profissional que elabora o projeto gráfico e estético de um site de internet. Ele projeta os elementos gráfico-visuais da página de web, ou seja, a disposição dos ícones, imagens e texto, para produzir um material agradável e funcional para o usuário. As técnicas que este profissional utiliza para o projeto de um site são aplicadas para valorizar o produto exposto e facilitar a utilização. O termo “webdesigner” surgiu com a necessidade que engenheiros, analistas e programadores tinham por conceitos de navegabilidade e estética para a criação de ambientes virtuais de acesso pela rede de internet. É muito importante nesta profissão ter criatividade e sensibilidade artística para perceber as tendências estéticas e visuais que mais agradam ao “internauta”, buscando sempre sua satisfação ao acessar o conteúdo da rede. Isto é adquirido através do espírito de observação e crítica, necessários ao profissional.
Em quais áreas o webdesigner pode atuar?
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O webdesigner atua basicamente em duas frentes: o webdesigner de interface e o webdesigner multimídia. O webdesigner de interface é o responsável pelo desenvolvimento dos elementos de identidade gráfico-visual. É responsável pelo desenho detalhado das interfaces de usuário como de telas, ícones, elementos de interface, mensagens etc. Já o webdesigner de multimídia é o responsável principal pela visão que o site apresentará aos usuários, pelo desenho detalhado da estrutura base, das estruturas de navegação, de integração dos meios, definição do material a ser utilizado como textos, vídeos, imagens e sons. Dentro desta definição, o designer, tanto de interface como de multimídia pode atuar como: *Gerente de Projeto: Responsável pela coordenação da produção, manutenção e atualização de conteúdos em websites. *Programador Visual: Responsável pelo desenvolvimento e aplicação de fontes, logotipos, botões, ícones, banners, imagens e demais elementos gráficos, bem como pela criação de modelos gráficos e adequação dos mesmos às páginas Web. *Arte-finalista Web: Responsável pela inserção e adequação de conteúdo gráfico em páginas Web. *Ilustrador Web: Responsável pela criação de ilustrações, desenhos, infografia e animações 2D e 3D para páginas de internet. *Arquiteto de Informação: Responsável pela hierarquização das informações e estrutura do site. *Coordenador de Design para Internet: Responsável pelo gerenciamento da produção visual de sites. *Desenvolvedor de soluções Web na área de comunicação visual: atua na implantação de projetos gráficos em ambiente Web.
*Prototipador de websites: Responsável pela criação de protótipos gráficos de websites para apresentação, aprovação, estudo e desenvolvimento de projetos. Entre as principais atividades de um designer de web, estão: *Pesquisar tecnologias e ferramentas adequadas à necessidade do cliente. *Reunir-se com clientes para conhecer suas necessidades e preferências. *Realizar pesquisas de mercado para conhecer a concorrência e apresentar novas idéias ao cliente. *Criar fluxo de navegação e layouts funcionais. *Elaborar o orçamento dos projetos. *Criar alternativas visuais para as estruturas elaboradas. *Gerenciar a produção, manutenção e atualização de conteúdos dos sites, utilizando ferramentas de controle, como navegadores, editores de texto, imagem, páginas, animação, áudio e vídeo *Criar ilustrações, infográficos e animações 2D e 3D para websites. *Elaborar a programação visual de websites com relação a logomarcas, ícones, botões, cores e textos, criando uma identidade baseada em um projeto de comunicação visual para o site. *Desenvolver e adequar linguagens de programação estruturadas específicas para websites e gerenciar o acesso de páginas a bancos de dados. *Elaborar projetos tecnológicos de websites abordando tecnologias empregadas, sistemas de atualização, mecanismos de segurança de transações e confiabilidade e estabilidade da página de internet.
Como se tornar um webdesigner?
Como está o mercado no Web Design? O mercado de trabalho para o profissional de web design está em crescente expansão no Brasil e no mundo, devido ao rápido desenvolvimento e ampliação do acesso à internet. Muitas empresas como agências de publicidade, assessorias de imprensa e empresas com conteúdo para inter ou intranet contratam este profissional para atuar no desenvolvimento de seus websites de forma que conquiste o leitor. Os jornais, são outra fonte atrativa para os designers de web, pois cada vez mais vêem suas tiragens diárias reduzidas passando seu conteúdo para a internet. Expandindo ainda mais seu material online (tendo, em países como o Brasil, mais leitores internautas do que aqueles que acompanham a edição impressa), necessitam de programadores de web para o desenvolvimento de suas páginas, de forma que facilite e torne mais rápida à navegação. Assim o webdesigner tem em suas mãos a tarefa de ser a interface entre usuários, sistemas e consumidores.
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Há cursos específicos que preparam o estudante para o exercício da profissão de webdesigner. Ao se inscrever para o vestibular, ele deve buscar as faculdades que tenham o curso Tecnologia em Web Design ou Design Gráfico, que têm duração de dois a 4 anos dependendo das matérias. Para aqueles que desejam uma formação mais ampla, trabalhando não só em design de internet, mas também com design de produtos em geral, é indicado o curso de Desenho Industrial (também chamado de Design), no qual ele também vai adquirir técnicas para a utilização na Web, porém sem tanta profundidade como no curso específico para tal. No caso, seriam indicadas especializações na área de internet após a conclusão do curso superior. O curso de Tecnologia em Web Design ou Design Gráfico oferece conhecimentos específicos de gestão e planejamento digital, arquitetura da informação, semiótica, conhecimentos de HTML, usabilidade, entre outros. Apesar de já existir curso superior de webdesigner, o certificado de formação universitária e de pós-graduação não é exigência legal para exercício da profissão. Por outro lado, o diploma de graduação é um diferencial competitivo quando se trata de disputar uma vaga em empresas de design digital, ou conseguir uma bolsa de estudos para aperfeiçoamento. Além disso, é imprescindível que o profissional saiba utilizar softwares voltados para a criação de websites, tais como: Photoshop, Flash, Dreamweaver, Fireworks, entre outros. O webdesigner pode seguir a carreira como funcionário em uma agência de desenvolvimento web ou então atuar como freelancer, tudo vai depender do seu perfil e de sua pretensão. Além do desenvolvimento de sites algo que tem crescido muito atualmente é a criação de layouts para blogs e também de mídias para redes sociais, cada vez mais surgem novas oportunidades para os designers.
“Quando os designers substituiram a interface de linha de comando pela interface gráfica do usuário, bilhões de pessoas que não são programadores puderam fazer uso da tecnologia dos computadores.” -Howard Rheingold
Como funciona o Design de Interface? O objetivo do design de interface de usuário, ou design de interação, é tornar a interação do usuário o mais simples e eficiente possível, em termos de realização dos objetivos do usuário - o que normalmente é chamado de design centrado no usuário. Um bom design de interface de usuário facilita a conclusão da tarefa manualmente sem chamar atenção desnecessária para si. O design gráfico pode ser utilizado para suportar sua usabilidade. O processo de design deve equilibrar funcionalidade técnica e elementos visuais (e.g., modelo mental) para criar um sistema que não é apenas operacional mas também útil e adaptável para alterar as necessidades do usuário. O design de interface está envolvido em uma série ampla de projetos de sistemas de computador, para carros, à aviação comercial; todos esses projetos envolvem muitos das mesmas interações humanas básicas mas também exigem algumas habilidades e conhecimentos únicos. Como um resultado, os designers tendem a se especializar em determinados tipos de projetos e possuir habilidades centradas em torno de suas experiências, quer seja design de software, a pesquisa de usuário, design web ou design industrial.
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Design de Interface
Quais são os conceitos da interface?
DESIGN DE INTERFACE
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Joshua Porter, Diretor de UX da HubSpot, criou uma lista de itens do que ele considera como ‘princípios do design de interfaces do usuário’. 1. Clareza é o trabalho #1: Clareza é o primeiro e mais importante objetivo de qualquer interface. Para uma interface ser eficaz e eficiente, o usuário deve ser capaz de reconhecer a sua utilidade e entender como ela pode ajudá-lo, prever o que vai acontecer durante o uso, e conseguir interagir com sucesso. Não há motivos para mistérios nas interfaces. Clareza inspira confiança e cativa o uso. 2. Interfaces existem para permitir a interação: Interfaces existem para permitir a interação entre as pessoas e nosso mundo. Elas podem ajudar a esclarecer, iluminar, mostrar as relações, nos unir, nos separar, gerenciar nossas expectativas, e nos dar acesso a diferentes serviços. O designer de interfaces não é um artista. Interfaces não são obras de arte. Uma interface existe para realizar um trabalho, e sua eficácia pode ser medida. No entanto, as interfaces não devem possuir apenas função. As melhores interfaces são capazes de inspirar, mistificar, e intensificar a nossa relação com o mundo. 3. Prenda a atenção a todo custo: Vivemos em um mundo de constantes interrupções. É difícil até mesmo ler um livro sem que nada nos distraia e tire a nossa atenção por um minuto. “Atenção” é algo muito precioso. Não coloque em sua interface elementos desnecessários que podem distrair o seu usuário. Lembre-se em primeiro lugar do porque essa interface existe. Quando o uso é o principal objetivo, a atenção torna-se um pré-requisito, e você deve conservá-la a todo custo.
4. Mantenha o usuário no controle: As pessoas se sentem mais confortáveis quando estão no controle de suas ações e de seu ambiente. Interfaces mal projetadas tiram esse conforto do usuário, forçando as pessoas a interações não planejadas e resultados inesperados. Mantenha o usuário no controle, fornecendo sempre o status do sistema, boas mensagens de erro, ajuda e documentação. 5. Manipulação direta é melhor: Sempre é melhor quando somos capazes de manipular diretamente os objetos, sem o intermédio de nenhuma ferramenta. Mas com objetos cada vez mais tecnológicos e informacionais, essa manipulação direta nem sempre é possível, e por isso criamos as interfaces: para ajudar as pessoas a interagir com os objetos. No entanto, muitas vezes há um certo exagero na criação de botões e outros elementos de interface desnecessários para mediar a interação do usuário com o objeto, o que acaba burocratizando a interação. O ideal é possibilitarmos a interação direta sempre que possível, com os elementos de interface servindo de suporte apenas quando necessário. O ideal é projetarmos interfaces mais compactas, que dão ao usuário uma sensação de manipulação (mais) direta com o objeto. 6. Um objetivo principal por tela: Cada tela que nós projetamos deve apoiar um único objetivo principal, uma única ação de real valor para a pessoa usar. Isto faz com que a curva de aprendizado seja menor, e a facilidade de uso maior. Telas que fornecem duas ou mais ações primárias tornam-se muito confusas. Como um artigo escrito deve ter um assunto único e forte, cada tela que você projetar deve apoiar uma ação única e forte, que será a sua razão de ser. 7. Mantenha ações secundárias em segundo plano: Telas com uma única ação primária podem ter várias ações secundárias, e é importante que elas sejam realmente apresentadas como secundárias. A razão pela qual um artigo existe não é para que as pessoas possam compartilhá-la no Twitter, mas sim para que elas possam ler e compreender. Mantenha as ações secundárias em segundo plano, seja com um visual mais leve ou as mostrando somente quando a ação primária for concluída.
Como é o mercado para este designer? A função do UX designer passou a ganhar ainda mais força na medida em que as pessoas passaram a adquirir mais tecnologia. Estes designers quase sempre trabalham em conjunto com especialistas em design gráfico, design de informação (ou arquitetura da informação), design industrial baseando-se em pesquisas sobre usuários (usabilidade), podendo atuar em mais de uma dessas atividades simultaneamente. Mas seu principal objetivo sempre é proporcionar a máxima interatividade do produto. Designers de interação avançam explorando paradigmas e tirando proveito dos avanços tecnológicos. Enquanto a capacidade e complexidade dos dispositivos evoluem, estes profissionais tem um papel importante na consolidação da tecnologia como um grande benefício para as pessoas.
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8. Fornecer sempre um “próximo passo”: Em nosso site ou aplicativo, dificilmente vamos querer que uma determinada ação do usuário seja a sua última. Por isso, é importante sempre projetar um “próximo passo” para cada interação que uma pessoa tem com a nossa interface. Devemos não só fornecer esse novo passo, como também mostrar o que acontecerá nessa próxima interação. Não abandone o usuário só porque ele já efetuou a interação que você queria, dê a ele um “próximo passo” natural e relevante, que o ajude ainda mais a alcançar seus objetivos. 9. O aspecto segue o comportamento (ou a forma segue a função): Nós, seres humanos, ficamos mais confortáveis quando as coisas se comportam da maneira que esperamos, sejam outras pessoas, animais, objetos ou softwares. Quando algo ou alguém se comporta de forma consistente com as nossas expectativas, sentimos que temos um bom relacionamento com ele. Por isso, os elementos projetados para uma interface devem aparentar o seu comportamento. Na prática, isso significa que o usuário deve ser capaz de prever como um elemento na interface vai se comportar, apenas olhando para ele. Se parece com um botão, deve funcionar como um botão. 10. Questões de consistência: Seguindo ainda no princípio anterior, um elemento da interface não deve parecer com outro a não ser que tenham a mesma função ou comportamento. O oposto disso também é importante, ou seja, elementos que tenham a mesma função ou comportamento não devem ter aparências diferentes pois é para elementos como a aparecer consistente. Devemos nos ater a isso para manter a consistência dos elementos de interface.
Design THINKING
“O design thinking é uma ferramenta de inovação; é uma abordagem predominantemente de gestão, que se vale de técnicas que os designers usam para resolver problemas.”
O termo foi cunhado por Tim Brown, CEO da Ideo, para conseguir expressar a diferença entre ser designer e pensar como designer. Tim fala da migração do design do nível tático e operacional para uma abordagem mais estratégica. Por isso, os CEOs, gestores, administradores, excutivos, gerentes, vendedores e até estagiários deveriam pensar como designers; só assim as empresas conseguirão ser inovadoras no sentido mais radical da palavra. O termo é também bastante polêmico, uma vez que design thinking não é design no sentido convencional. O design thinking não substitui o trabalho que os designers normalmente fazem: é preciso continuar projetando embalagens, marcas, produtos, sites, peças gráficas e por aí vai, da mesma maneira como os designers sempre fizeram. O design thinking é uma ferramenta de inovação; é uma abordagem predominantemente de gestão, que se vale de técnicas que os designers usam para resolver problemas. A confusão é tão grande, mesmo lá na terra do Tim Brown, que Don Norman já chegou a dizer que design thinking era um termo que deveria morrer para não causar mais estragos.
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-Lígia Fascioni
O que é e onde surgiu o Design Thinking?
Quais são os conceitos do Design Thinking? A essência do conceito de design thinking como uma evolução do tradicional processo de design é colocada nos seguintes tópicos:
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*Insight: Aprender com a vida alheia. Quando nos deparamos com um problema, devemos nos livrar das amarras impostas pelas soluções baseadas na forma tradicional de pensar. Os insights são descobertas que surgem repentinamente depois de um momento de reflexão e contemplação sobre a situação que queremos resolver. O insight é decorrente de muita observação do comportamento das pessoas e da forma como elas lidam com a situação problema, como improvisam, como reduzem o impacto, como contornam de diversas formas as limitações impostas. Para transformar essas observações em insights, é preciso também se colocar na pele do outro e tentar “viver” o mesmo problema. Essa empatia ajuda o design thinker a explorar as perspectivas de quem está “dentro” do problema, suas interações com o ambiente e suas limitações na visualização de caminhos inovadores. *Mapa mental: O paradoxo entre o pensamento convergente e divergente. O design thinking é uma jornada por diferentes estados mentais. Nela, é preciso desenvolver o pensamento divergente, um modelo mental de busca de alternativas, caminhos, soluções, respostas, possibilidades que sejam, sempre que possível, criativas, lógicas, estruturadas, estranhas, factíveis, duvidosas, de todo tipo, para então explorar o pensamento convergente, no qual se usam critérios práticos para decidir entre as alternativas, comparando-as umas com as outras e testando algumas delas. Os modelos mentais são muito diferentes, e o maior desafio é considerar os dois lados do cérebro para pensar, ora de forma analítica, ora de forma sintética.
*Pensamento visual: A ciência do guardanapo. Algumas pessoas só conseguem se expressar ou entender a partir de desenhos, gráficos, imagens ou qualquer representação visual que vá além de palavras e números. Muitas grandes ideias de hoje começaram com um esboço de um modelo em um guardanapo de papel numa conversa entre duas pessoas, regada a cerveja ou vinho. Nem é preciso saber desenhar, o importante é conceber uma imagem mental da ideia. É como se fosse uma etapa anterior à do protótipo, só que em duas dimensões. *Prototipagem: Construindo para pensar. Um protótipo é uma versão física de um produto antes de ser fabricado. Ao fazer um protótipo, estamos pensando com as mãos, explorando fisicamente o abstrato, abrindo a mente para novas possibilidades e comparando pontos de vistas diferentes. Muitas coisas surgem a partir de um protótipo, mas não apareceriam numa versão em duas dimensões, no papel. O protótipo pode ser algo malfeito, barato e até improvisado – o que importa é a sua capacidade de aprimorar uma ideia. Coisas intangíveis podem ser prototipadas também. O storytelling da indústria cinematográfica, as experiências simuladas nos ramos de serviços ou as maquetes de projeções do futuro para o desenvolvimento de estratégias organizacionais são bons exemplos. *Pensamento integrativo: Tirando a ordem do meio do caos. É uma habilidade típica de pessoas que exploram ideias opostas para construir uma nova solução, ao contrário da maioria, que só leva em consideração um modelo por vez. Os pensadores integradores sabem como ampliar o escopo das questões relevantes ao problema e resistem à lógica do “isso ou aquilo” para favorecer a lógica do “isso E aquilo” e veem relações não lineares e multidirecionais como uma fonte de inspiração, não de contradição. Quem se destaca como “pensador integrativo” recebe a desordem de braços abertos, admite bem a existência da complexidade, pois consegue identificar padrões no meio da complexidade e sintetiza novas ideias a partir de fragmentos. Para isso, ele às vezes dá alguns passos atrás para conseguir ver o todo de forma contemplativa, na esperança de identificar algo que se sobressaia.
Quais são as técnicas do Design Thinking?
O que o mercado reserva para o Design Thinking? Diversas empresas têm adotado a visão do design para a condução dos negócios, seja através do desenvolvimento de inovações ou para a resolução de problemas de forma criativa e centrada no usuário. É nesse contexto que surge o conceito de design thinking. As empresas têm adotado o design thinking pelos resultados inovadores, a possibilidade de diferenciação de suas marcas e pela velocidade com que é capaz de colocar novos produtos e serviços no mercado, uma vez que todo o processo é conduzido envolvendo diretamente os consumidores, testando e validando cada fase do desenvolvimento. Entretanto, a condução desses projetos exige expertise e competências muito específicas, o que ainda dificulta a condução por áreas internas das empresas em seu dia-a-dia.
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O design thinking agrega métodos e técnicas que permitem criar novos conhecimentos dentro da organização além de auxiliar as empresas a identificarem novas oportunidades para inovar em seus negócios através da compreensão dos desejos das pessoas, gerando valor. Design thinking costuma funcionar quando se observa alguns princípios: 1: Design thinking não é um processo linear, é um exercício interativo. Ele funciona fazendo saltos fora da lógica. Isso deixa algumas pessoas no ambiente corporativo em desconforto. Se eu não posso repetir exatamente o mesmo sucesso todas as vezes, por que isso será bom? 2: Ele incentiva a experimentação, o que significa que haverá falhas. Falhas deixam as pessoas desconfortáveis. Quanto é demais? Quando não é suficiente? As pessoas também querem codificar a falha. Mas isso não é o ponto. O ponto é fazer um monte de coisas de forma rápida e descobrir o que funciona e o que não funciona, de maneira ágil. Mas quando há uma falha, as pessoas ficam impacientes e com medo, mesmo que eles possam realmente chegar à solução mais rápida. 3: A maioria, mas não todos os ambientes corporativos tendem a ter uma diretriz básica na contratação de pessoas que significa que recebem um grupo que pensa a mesma coisa. Em geral, é bom quando todos são parte de um organismo cultural, mas o design thinking nos encoraja a ir além dos limites. Olhar para fora do ambiente em que se está inserido. Pessoas semelhantes focam no problema que requer uma solução única, muitas vezes dificultando o pensamento. A maneira de contornar este problema é trazer pessoas que não fazem parte desta cultura. Pessoas que sejam “de fora”. Pessoas que não conhecem os falsos limites que um ambiente corporativo coloca em torno do pensar. Pessoas que não podem ser demitidas por serem um desafio. Ou destemidas. Ou loucas.
Finalização “Fazer design é questão de concentração. Você vai fundo no que você quer fazer. Realmente, é sobre pesquisa intensiva. A concentração é quente e íntima e como o fogo dentro da terra - intenso, mas não distorcido. Você pode ir em um lugar, e sentir ele no seu coração. É um sentimento bonito.” -Peter Zunthor
Concluindo... O design é uma profissão muito versátil, e guarda um lugar para quase todo mundo que deseja seguir o seu caminho. Como este livro pode lhe mostrar, há muitas áreas para seguir, cada uma com suas características, as quais você pode associar com a sua personalidade e seus gostos. Com o passar do tempo, o Design alcançou novas proporções, e se dividiu bastante, continuando a fazer isto até hoje, onde podemos observar novas tendências, e até mais áreas novas se desenvolvendo, com novos profissionais especializados. O que o futuro guarda para o Design? Não podemos ter certeza, mas esta profissão tem um potencial praticamente ilimitado de se expandir, visto que a medida que o mundo muda, o Design também o acompanha. Aqui mostramos algumas das áreas mais conhecidas dentro do Design, para dar um ponto de partida a sua pesquisa e despertar o seu interesse nesta profissão, mas temos certeza que ainda há outras áreas a serem exploradas. Esperamos que este livro tenha o ajudado, seja você um estudante de Design, alguém que já esteja trabalhando com Design e deseja expandir o seu repertório de conhecimentos em outras áreas, ou apenas curioso sobre a profissão, e com interesse de entrar neste mundo da profissão criativa.
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Tipografia utilizada: *Corpo: Linux Libertine *Título (em azul, abetura de capítulo): Meloriac *Subtítulos e citações: Milibus *Rodapé das páginas (em branco): Coolvetica
Design para Desavisados por Romulo Borges e Hugo Arnold Editora 2AB
Universidade Estácio de Sá Campus Madureira Disciplina Projeto de Programação Visual: Design Editorial Turno: Noite Turma 3002 Prof. Cesar Netto