Pet 25 v5

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Uma publicação M&G Ano 9 - nº 25 - Junho/2005

Brasilplast 2005 Negócios em clima de otimismo


Editorial

PET, a matéria-prima da diversidade P

ara o mercado mais tradicional do PET, o de refrigerantes, o ano começou cauteloso. A mistura de um verão chuvoso com oscilação do dólar e juros altos imprimiu aos negócios do setor um ritmo menos intenso do que o característico desse período. As questões relacionadas ao cenário econômico se mantêm, mas o outono de altas temperaturas injetou ânimo no mercado neste segundo trimestre de 2005, com uma demanda por resina PET em volumes bem maiores que os habituais para esta época. Com produção local e o suporte de uma empresa global, a M&G está preparadíssima para atender às necessidades dos clientes e deve encerrar o semestre com um volume de vendas superior ao previsto. Todo o mercado já está utilizando a nossa resina mundial CLEARTUF®MAX, com excelente aceitação. Afinal, trata-se de uma resina de última geração, que resulta em embalagens de qualidade, com ganhos no processamento. Importante consumidor de PET, o mercado de refrigerantes não é o único em que a matéria-prima exibe o seu vigor. Lançado no Brasil há cerca de 15 anos, o PET se impõe em um número cada vez maior de segmentos. O de água mineral é um deles. Hoje, cerca de 20% de nossa produção é da resina A80W, especialmente indicada

para embalagens de águas minerais, pois ela reúne características que contribuem para minimizar a formação de acetaldeído durante o processo de injeção. O setor de óleos comestíveis é outro que vem fazendo do PET um trunfo para conquistar os consumidores, com embalagens bonitas, transparentes, resistentes e práticas. A resina, que estreou nas embalagens dos óleos mais nobres – de canola, girassol, etc. –, hoje está presente também nas embalagens dos produtos mais tradicionais. Atualmente, já são feitas de PET cerca de 35% das embalagens de óleo. Molhos e alimentos diversos, sucos e bebidas, cosméticos, produtos farmacêuticos, artigos termoformados... a versatilidade do PET não conhece fronteiras. A Acrilex, por exemplo, adotou com sucesso a nossa resina para as embalagens de produtos como guache e tintas para tecido (leia matéria na página ao lado). O leque de aplicações do PET não pára de crescer. E a M&G faz mais do que acompanhar essa evolução. Ela contribui para essa expansão, antecipando tendências e investindo no desenvolvimento de novas resinas, com características adequadas a cada tipo de utilização. Nos seus Centros de Pesquisa & Desenvolvimento, inovar é a palavra de ordem – seja com foco em novas aplicações, seja para agregar valor aos clientes de setores que são tradicionais usuários do PET, como fizemos ao lançar CLEARTUF®MAX. Se depender da M&G, o PET vai ser, cada vez mais, a matériaprima da diversidade. Reinaldo Kröger Diretor Comercial e de Marketing América do Sul

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Aplicação

Acrilex: cores vivas e conservadas N a hora de o consumidor escolher tintas para aplicações especiais, ver as cores em suas tonalidades exatas, sem distorções, faz toda a diferença. E é também o diferencial do fabricante. Não é por outro motivo que a Acrilex Tintas Especiais, líder latino-americana no segmento de tintas escolares, decorativas e artísticas, adota a resina PET A80W da M&G para produzir os frascos nos quais são envasados aproximadamente 80% de sua produção. São muitos os itens fabricados, que vão de tintas para pintura em tecido e de alto relevo a guaches. Com processo de produção verticalizado, a Acrilex fabrica a totalidade das embalagens que utiliza em uma unidade especial, dentro de seu parque fabril de 12.500 m2 de área construída, em São Bernardo do Campo (SP). Das máquinas de injeção e sopro saem frascos de diferentes formatos – de bisnagas a potes de tamanhos variados. Todos, porém, com o mesmo atributo de translucidez que, em 1997, fez a empresa eleger o PET como principal matéria-prima para o envase das linhas de tintas decorativas, artísticas e de manualidades (artesanato). "O consumidor é imediatamente atraído pela exatidão da cor. Com o PET, não há distorções causadas pela opacidade do frasco, o que ocorre com outros materiais",

diz o diretor industrial e fundador da Acrilex, Takaaki Kobashi. Além da vantagem visual, ele enumera outros benefícios das embalagens em PET, como leveza e resistência, fundamentais para negócios que, como a Acrilex, têm forte atuação no mercado externo.

Barreira poderosa Outro importante atributo da resina PET é a propriedade de barreira que, segundo Takaaki Kobashi, praticamente elimina a evaporação da tinta, uma característica que afeta o produto estocado no ponto-de-venda. "Em frascos feitos com outras matérias-primas, a evaporação pode, no prazo de um ano, comprometer até 5% do conteúdo. No PET, o índice é próximo a zero", explica. Se atualmente as embalagens em PET dominam a produção da Acrilex, essa participação deverá tornar-se ainda mais expressiva nos próximos anos. A empresa já deu início às obras que tornarão todo o processo produtivo automatizado. Uma das mudanças será a integração das etapas de fabricação de frascos e envase, hoje fisicamente separadas. O objetivo é ampliar a capacidade produtiva de tintas para atender à crescente demanda no

Takaaki Kobashi: investimentos para dobrar a quantidade de máquinas de injeção e sopro em operação na Acrilex

mercado interno e aumentar a presença no exterior. "Em oito anos, vamos dobrar a quantidade de máquinas de injeção e sopro em operação", destaca Kobashi. O primeiro desses novos equipamentos já foi adquirido e deve estar em atividade no segundo semestre deste ano. ◆

Constante renovação No mercado há 41 anos, a Acrilex Tintas Especiais caracteriza-se pela constante renovação de suas linhas e um intenso trabalho de interatividade com o consumidor de seus produtos. A empresa apóia dezenas de cursos de técnicas de pintura, tanto no Brasil como em muitos dos países para os quais exporta.

Transparência do PET, que permite ao consumidor ver as cores com exatidão, é um dos motivos que levam a Acrilex a utilizar amplamente essa matéria-prima nas embalagens de seus produtos

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Otimismo marca a Brasilplast 2005 Realizado de 4 a 8 de abril no Parque Anhembi, em São Paulo, o evento contou com a participação da M&G.

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epois de duas edições realizadas em ambiente de turbulência econômica – em 2001, pela desvalorização do real; em 2003, pela crise na Argentina – o otimismo nos negócios deu o tom na Brasilplast 2005. Embalada pelos bons resultados do setor no ano passado, com um faturamento 41% superior ao de 2003 e crescimento de 20% nas exportações, a feira recebeu público recorde de mais de 60 mil visitantes do Brasil e do exterior, especialmente da América Latina. Foi o ambiente ideal para a M&G reforçar o relacionamento com o mercado, divulgar sua linha de produtos e serviços e comunicar o novo nome da empresa: M&G Fibras e Resinas Ltda.

“A Brasilplast evidenciou a importância do setor de plásticos para o Brasil e a vocação desses materiais como matérias-primas das embalagens do futuro. Entre elas, destacam-se as resinas PET, que se consolidam nas aplicações mais tradicionais – como refrigerante e água – e conquistam um número cada vez maior de segmentos, em substituição a outros materiais. O crescimento do uso do PET nas embalagens de óleo é um exemplo”, diz Reinaldo Kröger, diretor Comercial e de Marketing da M&G América do Sul. O kit de brindes que a empresa preparou para a Brasilplast foi uma mostra da versatilidade do PET para os mais diversos tipos de aplicações (leia Brindando com PET).

M&G levou à feira produtos que mostram a flexibilidade do PET para as mais diversas aplicações

Estande movimentado O

estande da M&G na Brasilplast refletiu o clima de otimismo da feira. “Recebemos um número de visitantes muito maior do que nos eventos anteriores e constatamos que novos investimentos estão nos planos de muitas empresas”, diz Theresa Moraes, gerente comercial PET da M&G. “Foi um ambiente de alta motivação, que não existiu nas duas edições anteriores da feira.” No evento, a empresa divulgou sua linha de resinas, com destaque para CLEARTUF®MAX, a resina mundial da M&G, já consolidada no mercado brasileiro, e os serviços diferenciados de apoio ao cliente e infra-estrutura logística. Reforçando a marca, a M&G distribuiu aos visitantes um catálogo institucional, com informações atualizadas sobre o Gruppo Mossi & Ghisolfi no Brasil e no mundo. Para esta edição da Brasilplast, a M&G preparou uma programação diferenciada, que incluiu palestras técnicas (leia na página ao lado) e uma palestra do economista Paulo Rosenberg

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Linha de resinas M&G CLEARTUF®MAX: resina fast heating, tem a capacidade de absorver energia das lâmpadas de luz infravermelha utilizadas na maioria das máquinas de sopro de alta velocidade. Isso resulta em melhor controle de temperatura durante o processo e, conseqüentemente, na melhoria de distribuição do material e das propriedades das garrafas. Pode contribuir também para o melhor rendimento do equipamento e para a redução do consumo de energia. Com baixo teor de acetaldeído, tem aplicações em embalagens de bebidas carbonatadas e de produtos alimentícios em geral. A80W: ideal para o envase de águas minerais com e sem gás. Foi especialmente desenvolvida para possuir baixo nível de acetaldeído residual e,

principalmente, minimizar a formação de acetaldeído durante o processo por injeção. C84W: resina indicada para a produção de embalagens com paredes espessas, que requerem baixa velocidade de cristalização, como garrafões de 10 e 20 litros para água mineral. O baixo ponto de fusão contribui para maior facilidade de processamento, com menor consumo de energia. CS260: ideal para a produção de embalagens, peças e chapas resistentes, com designs diferenciados. Suas características e o baixo teor de acetaldeído tornam a CS260 indicada para garrafas retornáveis de bebidas carbonatadas. A gama de aplicações se estende a frascos de cosméticos, produtos farmacêuticos, cabides, visor de máquinas industriais, etc.


Capa

sobre o cenário econômico nacional. Segundo ele, o Brasil está no rumo certo e mesmo a perspectiva de inflação um pouco maior e a alta dos juros não devem impedir o crescimento da economia. No dia 7 de abril, os profissionais da M&G receberam os principais clientes para um coquetel descontraído, servido por bartenders malabaristas, com show de jazz ao vivo. Executivos da área Comercial da M&G nos Estados Unidos e Europa vieram ao Brasil especialmente para participar da Brasilplast, numa demonstração da importância que o Grupo atribui ao mercado brasileiro. ◆

Palestras técnicas Pela primeira vez, a M&G incluiu palestras técnicas na programação de suas atividades na Brasilplast. Dirigidas a operadores e profissionais da área técnica, foram realizadas três palestras, apresentadas pelos assessores técnicos Eveline Toledo e Edson Oliveira. Eles abordaram aspectos relacionados à resina PET e ao processamento dessa matéria-prima, com destaque para a importância da

secagem para evitar a degradação do material e o amarelamento dos chips. Ao final das apresentações, os participantes receberam apostilas com uma síntese do Manual de Resina PET da M&G e um folheto sobre "Por que e como secar o PET". "A iniciativa da M&G de oferecer palestras técnicas foi muito bemrecebida pelos clientes. É uma atividade que deveremos repetir em outros eventos", informa Theresa Moraes.

Os números da Brasilplast 2005 ◗ Área da feira: 76 mil m2 ◗ 1.254 expositores de 30 países ◗ 59.015 visitantes nacionais ◗ 1.977 visitantes estrangeiros de 58 países

Brindando com PET Reunindo artigos variados, o kit de brindes da M&G preparado para a Brasilplast foi um exemplo da versatilidade do PET, presente na caixa e na embalagem da aguardente Ypioca (cliente da M&G), no “mousepet” e na capa do bloco de notas – artigos desenvolvidos em parceria com a Neoplástica. Aplicações do PET reciclado também foram contempladas no kit, que incluiu uma camisa confeccionada com tecido desenvolvido pela Santista numa mistura de algodão com Alya Eco, a fibra de poliéster da M&G produzida a partir da reciclagem de embalagens PET.

“A Brasilplast é o maior evento do setor de plásticos da América Latina. Portanto, representa uma oportunidade diferenciada de nos aproximarmos dos clientes atuais e potenciais, consolidando a imagem e o posicionamento da M&G no mercado de PET.” Reinaldo Kröger, diretor Comercial e de Marketing América do Sul

“O ambiente na Brasilplast 2005 foi de otimismo, com várias indústrias do Brasil e de países da América Latina anunciando planos de investir em novos equipamentos e aumento de capacidade e no desenvolvimento de novas aplicações.” Theresa Moraes, gerente comercial PET

Uma das novidades da participação da M&G na Brasilplast 2005 foi a programação de palestras técnicas

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Seção Técnica

Maior segurança no recebimento de resina a granel U

m manual de orientação desenvolvido pela M&G para melhorar o processo de descarregamento do Bulk Liner (embalagem de 25 toneladas para transporte de resina a granel em contêineres) começou a ser apresentado em abril aos clientes. Elaborado pela área de Logística, em cooperação com a Assistência Técnica, o documento “Procedimento de Descarregamento do SeaBulk Liner” é um roteiro sobre como o cliente deve receber e transferir a resina do liner para o seu reservatório, aumentando a segurança da operação e evitando danos à qualidade do produto. “A partir de algumas reclamações recebidas pela Assistência Técnica a respeito da embalagem, consultamos

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nosso fornecedor de liner, fizemos visitas aos clientes para observar in loco o que estava acontecendo e constatamos a existência de alguns procedimentos inadequados. Decidimos, então, padronizar o procedimento”, conta Sérgio Rodrigues, analista de logística. Um dos principais problemas detectados está relacionado à inclinação do contêiner na hora da descarga. Feita de maneira rápida, a operação provoca a concentração do produto em um dos lados do liner. Com o peso, a embalagem pode se romper e expor a resina ao contato com o contêiner, alterando suas características. A situação observada também colocava em risco a segurança dos operadores. “Com a concentração de resina na boca de saída, o fluxo de descarga ficava prejudicado e exigia a desobstrução do local, em alguns casos feita pelos próprios operadores, o que é totalmente reprovável”, explica Sérgio. Para evitar o problema, o procedimento criado pela M&G recomenda que a inclinação do contêiner seja feita suavemente (de cinco em cinco graus), seguindo o fluxo de saída do material, até o máximo de 45 graus. O primeiro cliente a conhecer o documento da M&G foi a Petropar Embalagens S.A., uma das principais fabricantes de embalagens PET do mercado brasileiro, que já adotou algumas das orientações em sua planta industrial de injeção de préformas em Horizonte (CE). “O procedimento melhorou bastante o nosso processo logístico de recebimento da resina PET. Junto com outras mudanças que realizamos, ele contribuiu para diminuir o risco de acidente e de contaminação do produto. Trouxe ainda ganhos para os nossos controles internos, como a redução de resíduo e a agilidade de inventário da matéria-prima no final do mês”, afirma Raimundo Nonato Marques da Silva, supervisor de Manufatura da Petropar Embalagens S.A. ◆

Recomendações para o descarregamento do liner • Verificar a integridade dos lacres e comparar sua numeração com a da nota fiscal; • Romper o lacre armador e retirar os lacres adesivos; • Durante a abertura da porta do contêiner, observar se o produto não a está forçando; • Romper com um objeto cortante os lacres das "bocas de visita", na parte superior do liner, mantendo-as abertas para facilitar o fluxo de saída do produto • Verificar se o engate e o mangote estão limpos; • Inclinar suavemente o contêiner seguindo o fluxo de saída da resina, até o máximo de 45 graus.

Cuidados especiais • Em momento algum o liner pode ser violado; • O operador nunca deve entrar em contato com o produto; • Ao realizar as operações de corte nas "bocas" do liner, evitar a queda no contêiner de objetos que possam contaminar a resina; • Durante todo o processo de descarga, o operador deve usar EPIs (luva, óculos de segurança e protetor auricular).


Parceiro

Husky do Brasil: vendas em alta “Desde o boom do PET, no início da

década de 90, nós não tínhamos um volume de vendas tão grande.” A afirmação de Fábio Seabra, diretor geral da Husky do Brasil, vem acompanhada de dados: no seu atual exercício fiscal, que vai de agosto de 2004 a julho de 2005, a empresa já comercializou dez novas máquinas no mercado nacional, ultrapassando em 60% as suas metas para o período. Dois fatores principais estão na base desse impulso aos negócios da Husky no País. O primeiro é o retorno a níveis elevados de produção de tradicionais usuários de embalagens PET, como os setores de refrigerantes e água mineral. O segundo é a migração progressiva de outros mercados para a resina. Aqui, o grande salto se deu no segmento de óleos comestíveis. Pesquisa da Datamark citada na edição de 18 de abril do jornal O Estado de S. Paulo revela que o PET já representa 33,7% das embalagens de óleo comestível do País. Para se ter uma idéia da evolução, vale lembrar que, em 1999, essa participação era de apenas 17,1%. “Temos aí um campo enorme para crescer, uma vez que não chegamos sequer a 50% do mercado”, anima-se Fábio. A mesma tendência de adesão ao PET é notada nos segmentos de maionese e temperos. “Além de realçar as características visuais desses produtos e manter suas propriedades, o PET apresenta um custo menor de transporte, por ser mais leve que as embalagens de vidro ou metal, e oferece maior conforto e segurança para o consumidor”, observa ele.

Novidades para o mercado Para fazer frente a esse cenário do mercado nacional, a Husky – que é líder mundial em equipamentos de injeção de resina – tem investido no desenvolvimento de máquinas e sistemas que otimizem a produção de pré-formas. Um exemplo são as injetoras

com 144 cavidades, em vez das 192 das atuais. Mesmo menores, esses equipamentos possuem uma capacidade semelhante de produção, com a vantagem de reduzir os custos logísticos na fábrica e dar maior agilidade ao processo de injeção. “As máquinas com 144 cavidades ocupam menos espaço, facilitam a troca do molde e exigem um tempo menor para manutenção. No final, trazem mais benefícios para os fabricantes”, explica o diretor da Husky. Ainda com foco na produtividade de seus clientes, a empresa trabalha em novos desenvolvimentos, que permitirão reduzir em até 20% o ciclo das máquinas de pré-formas. A estimativa é ter a novidade disponível para o mercado no primeiro trimestre de 2006, o que significará, segundo Fábio, um grande avanço para a indústria de embalagens PET. Contribuir para a melhoria da qualidade dos produtos de seus clientes também está na agenda da Husky. Um exemplo disso é a busca permanente de soluções que favoreçam a redução dos níveis de acetaldeído gerados no processamento do PET. Os processos desenvolvidos pela empresa já são referência nesse campo. Mesmo assim, ela desenvolve estudos permanentes visando reduzir ainda mais esses níveis, por meio, por exemplo, de um maior controle da homogeneização na parte de plastificação (como forma de evitar o atrito e a conseqüente liberação do acetaldeído), melhor balanceamento da câmara quente, etc. Segundo Fábio, proporcionar equipamentos e soluções inovadoras que contribuam para a produtividade e a competitividade dos clientes, além de um suporte técnico e de peças de reposição local, são os principais trunfos da Husky para continuar atuando em total sintonia com a evolução do mercado brasileiro. “Mesmo que não se mantenha o ritmo de crescimento acelerado do período mais recente, as perspectivas são muito positivas para o PET”, conclui. ◆

Husky tem investido em desenvolvimento de máquinas e sistemas que otimizem a produção, como as injetoras de 144 cavidades. Na foto acima, detalhe do molde de 144 cavidades em um sistema. Abaixo, o sistema Index IN600 completo

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Reciclagem

PET reciclado: o desafio de crescer e evoluir em qualidade O

balanço do desempenho da indústria de reciclagem de PET mostra que, em 2004, o setor avançou 20%, chegando à marca das 170 mil toneladas recicladas. Isso significa que o Brasil está bem próximo de reciclar a metade de todas as embalagens de PET descartadas. “É um índice que nos coloca em um patamar superior ao de países de primeiro mundo, como Estados Unidos, Itália, França e Inglaterra”, destaca Auri Marçon, diretor da Recipet, a empresa de reciclagem de resina PET da M&G. O avanço – que, de maneira geral, vem se acelerando nos últimos anos – ganhou novo impulso em 2004 graças a dois fatores mercadológicos. O primeiro foi o desempenho do mercado têxtil, que se manteve aquecido durante todo o ano, e não apenas no inverno. Principal usuário de PET reciclado, consumindo hoje 47% de toda a produção nacional, a indústria têxtil utiliza a matéria-prima principalmente na fabricação de fibras, nãotecidos e carpetes. Além de registrar aumento nas vendas, o setor passou a utilizar mais material sintético, diminuindo a presença do algodão nas misturas, em função do aumento do preço da fibra natural. Também cresceu a demanda por PET reciclado entre os fabricantes de fitas de arquear, usadas em fardos e amarração de peças. O setor passou a substituir sua principal matéria-prima, o aço, pela resina reciclada. Esses dois exemplos de opção pelo PET reciclado são demonstrações claras do vigor do segmento, que tem fôlego para crescer ainda mais. Para isso, no entanto, é preciso vencer algumas limitações. A maior delas continua sendo a ausência de coleta seletiva na maioria dos municípios brasileiros, o que provoca a perda de enormes quantidades de material reciclável em lixões. Um sistema eficiente

de separação faria com que mais garrafas pudessem ser recicladas. Em outra frente, o desafio a ser enfrentado é o de elevar a qualidade. E aí não se trata apenas de melhorar a coleta para obter um material mais limpo. A tarefa é maior e requer uma atenção especial até mesmo nas etapas de desenvolvimento e de fabricação das embalagens de PET. “A utilização de materiais de difícil separação do PET em rótulos, cola, tampas e vedantes, por exemplo, pode prejudicar a qualidade da resina reciclada ou inviabilizar o processo”, explica Auri. Para conscientizar o setor em relação ao tema, a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) começa a divulgar, em breve, o documento “Diretrizes para projeto de garrafas de PET”, com recomendações sobre as características técnicas das embalagens e seus acessórios, que devem ser seguidas pelos designers. A idéia é evitar que o uso de materiais inadequados, de difícil separação, comprometam a qualidade da resina reciclada. O documento será divulgado na mídia especializada, em seminários e em visitas a grandes empresas de embalagens. A ação da Abipet é mais uma iniciativa para manter em alta o reaproveitamento do PET, que traz ganhos econômicos, ambientais e sociais. Segundo Auri, a evolução da demanda por PET reciclado vem exigindo dos grandes recicladores, como a Recipet, uma preocupação maior em oferecer um produto com melhor qualidade e, portanto, mais confiável para os usuários atuais e para as novas aplicações. ◆

Para mais informações sobre o documento “Diretrizes para projeto de garrafas de PET”, acesse o site www.abipet.org.br

PET reciclado tem um diversificado leque de aplicações

A M&G tem nova razão social: M&G Fibras e Resinas Ltda Novos prefixos telefônicos: Para informações sobre os novos números, consulte 0800 725 1300 ou ligue para a nossa sede (11) 2111 1300 Novo endereço de site: www.gruppomg.com.br No site, você pode obter também informações sobre os novos números de telefone da M&G

Revista PET é uma publicação técnico-informativa do Negócio Resina PET da M&G Fibras e Resinas Ltda., distribuída gratuitamente. WTC – Av. das Nações Unidas, 12.551 – 8º andar – São Paulo/SP – CEP 04578-903 – tel.: (0xx11) 2111-1300 – www.gruppomg.com.br Coordenação geral: Cristina Santos • Produção editorial: ITpress Comunicação e Editora • Editora: Tânia Gonçalves (MTb 19.797) • Produção gráfica: Giallo • Fotos: J.C.Brasil e arquivo • Revisão de texto: Flacila Siqueira • Tiragem: 1000 exemplares • Distribuição: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai, Uruguai e Venezuela • Colaboraram nesta edição: Reinaldo Kröger, Theresa Cristina L. Moraes, Auri Marçon, Eveline Toledo, Marco Arena, Edson Oliveira, Rodrigo Vargas Cançado e Sérgio Rodrigues.


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