Roraima agora edição 23 by roraimaagora

25 de maio de 2015 Jornal semanal

Ano I EdiçãO 23

Tiragem: 2.000 exemplares Fechamento da edição: 12h 30 do dia 21 / maio / 2015

simpatia

Dona Hilda cura males ósseos e musculares de pobres e ricos Páginas 10 e 11

DERROTA

Suely não consegue emplacar presidente da FEMAHR Apesar da tentativa de obstrução por aliados, votação chegou a termo Página 3

Missão Impossível chega ao quinto filme Bem mais experiente, o protagonista da franquia mostra que está cada vez mais em forma investi Página 14

Hoje,

nossa fotógrafa, Valéria Andrade, traz 1,73m de formas, beleza e charme da acadêmica de Direito Verônica Almeida

PÁGINAS 12 e 13

Opinião

Boa Vista, 25 de maio de 2015 Charge

A fúria da natureza Jamais vira a natureza se manifestar de maneira tão furiosa. Foram dias e dias, mais de mês, de tempestades que pareciam querer engolir tudo naquele fim de mundo. A floresta amazônica enfrenta cheias periódicas, reguladas pelos inverno do extremo-norte, e que são, por si só, o instrumento de renovação da vida permanente que se esconde nos igapós. Mas Justino jurava que, desta vez, em mais de cinquenta anos de vida, o avanço das águas era o maior de todos os tempos que guardava na lembrança. Árvores que se sobres-

saiam no dossel da floresta estavam quase submersas. Desde então o lugar em que morava nunca mais foi o mesmo. Para os índios que viviam nas redondezas passou a ser um novo caaetê. caaetê [De caa- + o tupi = ‘verdadeiro’.] Substantivo masculino 1.Bras. Na mata amazônica, região que só se inunda quando das grandes enchentes. [Cf. caetê, caeté e caité.]

Roraima agora

aroldopinheiro801@gmail.com Facebook: Aroldo Pinheiro WhatsApp: 95-98122-3131

Meu neto, quatro anos de idade, crescendo em cidade grande, passava temporada em minha casa. Na hora do Jornal Nacional, blecaute. Fui à sacada pra fumar um cigarro e dei com dezenas de luzinhas voando e piscando. Chamei Guilherme para ver aquela beleza.

- O que é isso, vô? - Vagalumes. São insetos do tamanho de uma abelha que carregam essas lanterninhas no rabo. Depois de um tempo admirando o vai-e-vem dos pirilampos, a pergunta: - E onde eles carregam as pilhas dessas lanternas, vô?

Expediente Diretor geral, gerente comercial e editor chefe: José Aroldo Pinheiro – MTB 397 – RR Diagramador: Flávio Mendes editora de fotografia: Valéria Andrade Pinheiro Imp. Exp. Ind. e Com. Ltda. CNPJ: 04.698.356/0001-04 – Inscrição Estadual 24.001213-4 – Suframa 11.0189.10-8 Telefones: 95-98122-3131(TIM) – 95-98404-3720(CLARO) – 95-9963-1122 (VIVO) e-mail: aroldopinheiro801@gmail.com – Facebook: Roraima Agora – WhatsApp: 95-98122-3131(TIM) Endereço: Avenida Brasil, 1240 – Cinturão Verde – CEP 69312-450 – Boa Vista, Roraima Redação: Rua Pau Brasil, 614 – Paraviana – CEP 69300-000 – Boa Vista, Roraima Reportagens, matérias, artigos, crônicas e ensaios assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião do jornal Roraima Agora

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Yana Ramalho

fique broxa, agora, pro resto da vida.

“Parabéns pela escolha de Darlene Santana para Menina do Barão, uma caboca bonita de fato”.

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A casa, penhorada, agradece. Olhaí, Darlene.

“Afinal quando é que esse jornaleco vai trazer alguma notícia séria?”

“Acompanhei a discussão e vi opiniões sobre a SIMPATIA PRA CURAR VIADAGEM. Acho que vou aplicar num primo meu. Tomara que dê certo”.

Não sabemos o que é sério pra você, Thiago; que tal assinar a revista Exame?

Nós, aqui, torcemos para que o menino, seu primo, seja feliz, Marquinho.

(via WhatsApp)

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Marilúcia Brilhante (via WhatsApp)

“Sou portadora de necessidades especiais. Com carteirinha e atestado. Sábado, na frente do Alencar Vip, quase levei uma surra quando reclamei de um jovem bonito, saudável, sarado e MAL EDUCADO, ocupar vaga destinada a PNEs.” Uma pena que seja assim, Marilúcia. Imaginamos sua indignação. Juntos, vamos fazer orações e desejar que ele

Thiago Cruz (via WhatsApp)

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Ana Leitão (via WhatsApp)

Marcos Toledo (via WhatsApp)

Márcio Campos (via WhatsApp)

“Com o início da temporada de chuvas, crateras vão surgindo e veículos vão caindo nelas.”

“A governadora bota a culpa de todo malfeito no governo anterior; quando o novo governo vai começar a governar?”.

Todo ano é a mesma coisa, Ana. Achamos que falta diálogo entre a prefeita e São Pedro.

Boa pergunta, Márcio. Nçao podemos responder. Fala com a Secom. ___________________

Política

Boa Vista, 25 de maio de 2015 DERROTA

Indicação de Suely é rejeitada Apesar de adiamentos e manobras Rogério não vai emplaca na FEMARH A indicação do Governo do Estado para a presidência da Fundação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (FEMARH) foi rejeitada por 10 votos a 3, pelos deputados estaduais, durante sessão na manhã do dia 20. Rogério Martins foi aprovado em comissão no dia 9 de março, e a votação em plenário já havia sido adiada por duas vezes. O escrutínio foi conduzido pelo presidente em exercício da Assembleia Legislativa de Roraima, Coronel Chagas (PRTB. A Bancada da Situação na Casa tentou obstruir a votação, ausentando-se do plenário e só retornaram à sessão depois de anunciado o resultado final. O líder do Governo do Esta-

Charles Wellington/Secom ALE-RR

POLÍTICA OU PIRRAÇA?: G14, diz que o Legislativo não tem que obedecer o Executivo

do na Assembleia, Brito Bezerra, disse ter tentado entendimento para a aprovação de Rogério Martins. “Entrei, inclusive, em contato com lideranças do setor produtivo para tentar persuadir os deputados, mas sabemos que é uma posição meramente política desta Casa. Perdeu o Estado com a desaprovação do nome do senhor Rogério”, mencionou. O líder do G14, deputado George Melo (PSDC), rebateu dizendo que “a Casa é um Poder independente: “ora, vamos votar favorável; ora, vamos votar contra. O Legislativo não é obrigado aprovar o que o chefe do Executivo acha que é importante”, comentou, pedindo respeito à decisão da maioria.

Cidades

Boa Vista, 25 de maio de 2015 AUDIÊNCIA PÚBLICA

Ações para combater crimes contra menores Violência e abuso sexual contra crianças preocupa autoridades As centenas de registros de violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes em distritos policiais e unidades de saúde foram discutidas durante a audiência pública, realizada na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE/ RR), no dia 19. Gestores de Segurança Pública no Estado falaram sobre ações e estatísticas preocupantes que atingem várias famílias. “Foram 418 registros feitos em 2014, somando Hospital da Criança e distritos policiais”, disse a delegada Maria Aparecida Tavares, titular do Núcleo de Proteção a Criança e ao Adolescente (NPCA), em tribuna durante o evento. Destacou ainda a falta de estrutura e pessoal específico para atendimento, especialmente na sede do NPCA. A delegada disse que, no ano passado, o Núcleo recebeu 102 atendimentos de crianças e adolescentes com denúncias de estupro e outras três sobre aliciamento de menores. Em 2015, até abril, o número chegou a 22, no primeiro caso. Outro ponto abordado por ela foi a demora para concluir investigações, que leva prejuízos

à vítima. Ela pediu apoio para reverter esse quadro e que todos os órgãos tenham condições para prestar atendimento mais digno. Representando a Polícia Militar de Roraima, o subcomandante Magalhães Damasceno destacou que a instituição tem presenciado, no dia a dia, muitos casos em relação a violação da dignidade sexual de menores e que o assunto é de clamor e comoção social. “Nosso foco é proteger o cidadão, seja criança ou adolescente. Sabemos que 70% dos casos de abuso e exploração sexual estão dentro do próprio ambiente doméstico”, lamentou. Damasceno lembrou que a violência acarreta consequências futuras, implicantes no desenvolvimento intelectual e social da vítima. Para ele, o adulto deve seguir como um exemplo de dignidade e respeito ao próximo. “Uma criança com sua dignidade violada passará por transtornos, ficará com sequelas e cicatrizes, mesmo com acompanhamento psicológico, psicoterapêutico ou psicossocial”, disse. “A PM

Secom ALE-RR

Delegada Maria Aparecida Tavares preocupada com os números nesse tipo de violência se oferece para proteger nossas crianças e adolescentes”, completou. A inspetora da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Verônica Santos, apresentou ao público o projeto “Anjos da Guarda”, criado em 2006 pela instituição. A iniciativa visa coibir os crimes de violência, exploração, aliciamento e trabalho infantil nas rodovias brasileiras, além de ajudar na busca por crianças e adoles-

centes desaparecidos. Aproveitou para mostrar que Roraima tem apenas um posto de fiscalização para atender demanda de seis rodovias e nenhuma delegacia. “Precisamos de estrutura e de policiais para fazer um trabalho mais eficiente”. Verônica destacou o projeto “Mapear”, iniciado em 2009 com o objetivo de identificar, em todo Brasil, os pontos mais perigosos para a

integridade de menores onde se pode fazer ações repressivas contra a prostituição, aliciamento e combate as drogas. Dados do projeto apontam que, entre 2009 e 2010, 924 pontos críticos foram identificados nas BRs; de 2011 a 2012, esse número limitou-se a 691; e, de 2013 a 2014, caiu para 566. “A redução não significa que acabou; significa que a criminalização migrou para dentro das cidades”, disse.

Boa Vista, 25 de maio de 2015

Cidades

SELFIENUDE

Nova modalidade de crime contra criança e adolescente preocupa autoridades Tecnologia e criminalidade andam lado a lado. Autoridades estão preocupadas Sexteen ou selfienude. Expressões em inglês que significam fotos e vídeos eróticos de crianças e adolescentes na internet. Para o promotor de Justiça do Ministério Público de Roraima, André Paulo dos Santos, esse delito é muito preocupante, uma vez que o número de casos dobra a cada ano. A declaração foi prestada durante audiência pública sobre o “Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual e Tráfico de Crianças e Adolescentes em Roraima”, promovida no plenário Noêmia Bastos Amazonas, da Assembleia Legislativa de Roraima. O promotor diz que 60% de fotos eróticas, de nudez, além de vídeos publicados na internet, contêm exposição de menores de 18 anos e, desse total, 30% envolvem meninas de 13 a 15 anos de idade. “Tem sido grande o número de ocorrências que chegam às autoridades. E quando envolve criança e adolescente ganha uma repercussão maior”, afirmou.

Secom ALE-RR

ANDRé paulo dos santos: promotor Santos explicou que essa repercussão ocorre porque alguns adolescentes chegaram a tirar a própria vida quando fotos íntimas vazaram e chegaram ao conhecimento de terceiros. Eles não tiveram como suportar a pressão. “Isso ocorre porque meninas de 10, 12, 15 anos não têm maturidade suficiente para entender que a exposição de seu corpo pode chegar a lugares inima-

gináveis e as consequências são catastróficas”, ressaltou. Rede de proteção – Muitas são as instituições que trabalham para tentar amenizar o sofrimento de crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual, mas vários problemas impedem a condução de um serviço eficaz no combate a esse crime. Entre tantos, destaca-se a melhoria de condições de trabalho dos conselhos tutelares, da polícia investigava, do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística. “É necessário criar uma humanização em delegacias e no IML, de modo que a criança vítima de violência doméstica, ao chegar ao distrito policial, possa dispor de uma psicóloga, de uma sala especial, e, ao menor, vítima de abuso sexual, quando for ao IML fazer exame, ofereça-se ambiente acolhedor para que não seja revitimizado a cada etapa do processo”, afirmou. Para oferecer melhorias às instituições envolvidas, o

promotor disse que o MPRR tem proposto várias ações ao Executivo estadual, visando dar condições para a execução dos trabalhos, garantindo atendimento adequado à criança e ao adolescente

vítimas de abuso e/ou exploração sexual. “O Poder Judiciário tem feito sua parte, sentenciando e, muitas vezes, obrigando judicialmente que sejam feitas ações nesse sentido”, garantiu André Paulo.

Nacional

Boa Vista, 25 de maio de 2015 NA MARRA

Pátria Educadora não tem base O Plano Nacional de Educação (PNE) prevê metas para os próximos dez anos. Principal programa do segundo mandato de Dilma não considera projeções O documento Pátria Educadora: A Qualificação do Ensino Básico como Obra de Construção Nacional terá que ser modificado para que possa ser implementado no país, segundo entidades que atuam no setor. O documento, que foi elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), apresentado a um grupo de especialistas em São Paulo e posteriormente debatido na Câmara dos Deputados, é uma versão preliminar. Mesmo assim, causou estranheza entre os que tiveram acesso a ele. Um dos motivos é não ter como base o Plano Nacional de Educação (PNE). Para o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, o Pátria Educadora precisa contemplar o PNE, sancionado no ano passado, sem vetos, pela presidente Dilma Rousseff. O Plano prevê metas para a educação para os próximos dez anos, desde o ensino infantil à pós-graduação, incluindo a formação e valorização dos professores e a destinação de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano para o setor no final da vigência. “O documento ainda precisa ter diálogo com o PNE, essa era a nossa expectativa, quando Dilma anunciou o Pátria Educadora”, diz Daniel. “Para dar certo, o PNE depende fortemente da implementação inicial. Precisa que o projeto seja bem implantado para continuar crescendo e esses quatro primeiros anos têm demandas centrais que precisam ser de-

senvolvidas”. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, concorda com Daniel Cara. “[O Pátria Educadora] é um documento muito complicado. Alguns temas não têm relação com o PNE. Propõe carreira para professores enquanto o PNE fala também dos demais profissionais», diz. O Pátria Educadora elenca uma série de ações para que o slogan do governo seja colocado em prática. Entre elas está o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) online, a utilização de tecnologias, sobretudo vídeos e softwares interativos, em sala de aula, a criação de centros de qualificação avançada para formar professores e de uma variante do Programa Universidade para Todos (ProUni), o Profaped, que se destinará a conceder bolsas de estudo a estudantes que ingressem nos cursos de pedagogia e de licenciatura. “Revisei o documento e a grande dúvida que ficou é: que lugar esse documento ocupa na política nacional de

educação? Qual o propósito desse esforço fora do MEC [Ministério da Educação]?”, questiona a coordenadorageral do movimento Todos pela Educação, Alejandra Velasco. O documento foi enviado a especialistas por e-mail com uma mensagem do ministro da SAE, Mangabeira Unger, que diz que o texto foi elaborado a pedido da presidente. Estabelece ainda que os diretores de escolas com desempenho insatisfatório receberiam apoio e orientação. Em último caso, seriam afastados e substituídos. O texto propõe também a criação de escolas federais de referência, as escolas Anísio Teixeira, que servirão como “espaço privilegiado para o experimentalismo pedagógico” “Essas escolas teriam um processo de seleção rigorosa. A gente já sabe, já debateu, é ponto pacifico [entre especialistas]essa ideia de que escolas federais são ótimas. A gente sabe que são ótimas porque a clientela é otima, porque os alunos já são selecionados. O professor médio não encon-

tra essas condições. Como faz para lidar com diferentes perfis de alunos? Lidar com diferentes níveis de aprendizagem, com bagagem de nível socioeconômico? Essa é a dificuldade. Surpreende um pouco esse tipo de proposta”, analisa Alejandra. Mangabeira escreveu aos especialistas e entidades alguns dias depois para esclarecer “algumas divergências”. Em relação ao PNE, diz que é uma “lei-arcabouço”. “[O PNE] fixa metas e define pro-

cedimentos. Invoca conceitos abstratos como o do regime de cooperação dentro da Federação sem dar-lhes conteúdo institucional. A proposta preliminar da Pátria Educadora começa a dar conteúdo a estas diretrizes. Demarca trajetória para transformá-las em realidade”. Procurado, o MEC diz que está “debruçado sobre as metas do PNE”. “Qualquer contribuição é bem-vinda, seja da sociedade, governo, entidades”.

Cidades

Boa Vista, 25 de maio de 2015 De baixo de garoa

Prefeitura mostra resultado do Patrulha da Chuva No dia 20, jornalistas visitaram antigos pontos críticos da cidade e viram soluções encontradas Na manhã de quarta-feira, 20, a Prefeitura de Boa Vista levou jornalistas para avaliar resultados obtidos pelo Patrulha da Chuva “in loco”. No passeio, visitaram trechos que eram tomados por alagamentos e causavam transtornos a moradores em invernos anteriores. O tour foi coordenado por representantes das secretarias municipais de Obras, Gestão Ambiental e Segurança Urbana e Trânsito. O roteiro incluiu locais como a avenida Sebastião Diniz, no Centro, rua Udine Benedetti, no bairro Cinturão Verde, e avenida dos Bandeirantes, no Buritis. Locais que antes eram críticos e alagavam com qualquer chuva e que agora nem de longe parecem com o cenário de outros invernos. Raimundo Maia, secretário municipal de Obras e Urbanismos, explicou: “O Patrulha da Chuva já solucionou 13 pontos críticos e está trabalhando em mais 12 dos 54 que foram mapeados. Ainda temos muito a fazer, mas os pontos priorizados obedecem a alguns critérios. Além do acúmulo de água e o itinerário de ônibus, a quantidade de pessoas que circulam pelo local e as áreas de comércio influenciam na decisão.”, explicou. Carlos Cézar, comerciante, diz-se satisfeito com as ações. Ele conta que quando chovia, sua loja alagava e, por isso, acabava perdendo mercadorias. Para que o resultado dos serviços feitos pela operação Patrulha da Chuva continue surtindo efeito, é necessário que a população também faça sua parte. “Convidamos o cidadão a tornar-se um patrulheiro e

divulgação

secretários municipais, acompanhados por jornalistas, responderam perguntas e deram explicações trabalhar conosco, fiscalizando, não jogando lixo, entulhos e galhadas nas ruas. Essas ações garantem que a cidade esteja limpa e organizada, além de impedir o entupimento de bueiros. Cuidar da cidade é um dever de todos”, disse o secretário municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas, Daniel Peixoto. Além dos serviços nas

ruas, o Patrulha da Chuva também trabalha com o Plano de Contingência, que é o planejamento para possível atuação em ocorrências emergenciais que envolvam riscos à população. “Nós temos alguns pontos da cidade, próximos mananciais de água que apresentam chances de alagamentos, como o Beiral, parte do Paraviana, o Nova Ci-

dade. Cerca de 60 famílias já estão cadastradas e, caso precisem de abrigo, a Prefeitura já tem estrutura para atendê-los”, disse o secretário municipal de Segurança Urbana e Trânsito, Gerson Moreno. O Patrulha da Chuva – É uma ação conjunta que envolve frentes de trabalho das secretarias municipais de Obras e Ur-

banismo, Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas, Segurança Urbana e Trânsito, e Gestão Social, que consiste em preparar a cidade para a chegada do inverno. Além de minimizar os transtornos causados no período chuvoso. Os serviços envolvem obras de drenagem, pavimentação, limpeza de ruas e visitas domiciliares.

Boa Vista, 25 de maio de 2015

Arte & Cultura

CRIATIVIDADE

Universidade promove mostra de arte com sustentabilidade O curso da Artes Visuais da Universidade Federal de Roraima promove a primeira I MOSTRA ARTE E SUSTENTABILIDADE, que ocorrerá durante o I Simpósio Internacional de Educação Ambiental entre os dias 10 e 12 de junho. Interessados podem inscrever-se até o dia 2. Para inscrever-se, o proponente deverá preencher uma ficha com os dados pessoais e da obra a ser exposta, cujos formulários estão disponíveis no edital (http:// ufrr.br/siearr/index.php/201504-14-13-30-23/exposicoes-artisticas) e devem ser enviados para artesufrr@gmail.com Serão aceitas inscrições de trabalhos na área das artes visuais em diversas linguagens, envolvendo obras bidimensionais, como fotografia e pintura; tridimensionais, como esculturas e intervenções artísticas; como performances ou instalações. Organizadores dizem que o importante é que os trabalhos dialoguem com a temática da sustentabilidade, já que um dos obje-

O tema busca conscientizar o homem dos danos que suas causam à natureza

tivos da Mostra é dar visibilidade a obras de arte que reflitam sobre a educação ambiental, denunciando problemas ambientais – questão da água, do lixo, do desmatamento, da extinção de animais -, propondo atitudes sustentáveis na relação indivíduo-ambiente e/ou exibindo técnicas e materiais sustentáveis - reciclados, reaproveitados, etc. - na produção artística; Dayana Soares, professora no curso de Artes Visuais da UFRR, pontuou: “Na Mostra, pretendemos apresentar obras de roraimenses que abordem o momento em vivemos, quando, não somente em Roraima, mas em todo o Planeta, precisamos nos conscientizar de que nossas ações vêm causando danos à natureza, à água potável, etc. Esperamos, também, expor trabalhos contemporâneos em suas diversas linguagens, visto que muitos artistas vêm produzindo suas obras a partir do próprio lixo”. Local do evento: PRONAT -UFRR Data da exposição: 10, 11 e 12 de junho

Variedades

BB King me enganou Conheci e me apaixonei por blues em 1972. Passei muitas noites ouvindo solos eletrizantes no porão de meu vizinho, Dan Woodhouse, enquanto, para combater o frio abaixo de zero, jogávamos pingue-pongue e tomávamos café com rum. Minhas xícaras, claro, continham mais rum do que café. O fato de Dan gostar de música negra incomodava os caubóis, mascadores de tabaco, da pequenina cidade de Buhl,

Boa Vista, 25 de maio de 2015

Idaho, nos Estados Unidos da América. O som projetado pelo toca-fitas do Austin 1937 de Dan, em festas iluminadas por fogueiras ao pé da Pedra que Balança, fazia a moçada torcer o nariz. Mais por hábito do que por desgosto, pois, certamente, os acordes de BB King ou John Fogerty faziam bem aos ouvidos de qualquer um. Na década de 1990, o Fantástico mostrou reportagem sobre

BB King. Nela, o repórter se referia à capacidade de improviso do rei do blues, pois, “durante apresentação, uma corda da guitarra se rompera e ele, sem parar de tocar, substituiu-a, sem prejuízo à performance”. A matéria dava suporte publicitário a shows que o guitarrista negro faria no Brasil. De viagem programada para São Paulo, encarreguei meu amigo Mauro Martins de comprar ingressos para a apresentação do rei do blues. Numa noite de sábado, lá estávamos nós, em lugar privilegiado no Palace, nos deliciando com o suingue do negão. De repente, durante um solo espetacular, a primeira corda da guitarra do artista se rompe. Ele, cara de desespero, faz sinal para ajudante de palco, sussurralhe ao ouvido, e este, em segundos, surge com uma nova corda na mão, entrega-a ao músico que, sem parar de tocar, repõe e afina a peça. O público aplaude. Algumas pessoas de pé. Eu, Mauro e os outros dois colegas de mesa nos sentimos enganados. Pior. Na mesma turnê, em

show no Rio de Janeiro, a prima corda da Silver Blue também se rompera e, da mesma forma, sob aplausos, BB King substituiu-a sem interromper a música. Tudo bull shit: o improviso do rei do blues, ensaiado, fazia parte de um roteiro descarado. Decepcionado, parei de ouvir e endeusar BB King por longo tempo. Rendi-me novamente a seus acordes quando ouvi o CD

“Riding with the king”, em que guitarras e vozes, dele e de Eric Clapton, dão verdadeiro show. Não quero tirar o brilho da vida e da morte do negro guitarrista do Mississipi; torço, entretanto, para que ele, chegando ao Céu ou ao Inferno, tenha feito um mea culpa e falado para o porteiro sobre a vigarice aplicada para adicionar brilho a alguns shows.

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Cidades

Boa Vista, 25 de maio de 2015

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MASSOTERAPIA

Mãos santas em Roraima Dores musculares ou problemas de articulação de grande número de boa-vistenses foram amenizados ou eliminados com massagens feitas por dona Hilda De segunda a sexta, faça O COMEÇO DE TUDO

chuva ou faça sol, a quantidade de pessoas que procuram o número 3207 da avenida Mário Homem de Melo é grande. O movimento já foi maior e mais desorganizado. Para ter momentos de sossego, a massagista, autodidata, estabeleceu horários e, para si e para a família, reservou o fim de semana. Mesmo assim, alguns sofrentes insistem e conseguem ser atendidos fora do esquema. Na vizinhança, todo mundo conhece a amazonense Hilda Maria Pereira da Silva, 76 anos, famosa pelos “milagres” que, com as mãos, obra sobre lesões ósseas ou musculares. A clientela é eclética: dondocas emperiquitadas, humildes e mal vestidas donas de casa, empresários, políticos e peões são atendidos com a mesma atenção e se desmancham em elogios aos resultados obtidos pelas massagens.

A simpática idosa diz que descobriu o dom de cura quando tinha sete anos de idade. Em sonhos, ela era conduzida a um hospital por uma enfermeira para aliviar dores de quem sofria. “Era tudo muito verdadeiro”, diz. Em uma queda de rede, o pai de Hilda perdeu os movimentos da cintura para baixo. “Os pés dele ficaram brancos e arroxeados, como se mortos estivessem”, relembra. Um médico vinha visitar o doente, mas a família começou a sentir que as consultas eram mera atenção e cortesia, pois o paciente não apresentava melhoras. A filha acrescenta: “À saída, o doutor deixava comprimidos de Melhoral e Cafiaspirina. Só. Era tudo o que ele fazia por meu pai”. Dona Hilda relata que,

uma noite, aquela enfermeira dos sonhos apareceu e disse que a cura de seu pai estava nas mãos dela. Ela [a enfermeira] mostrou-lhe um gráfico com o esqueleto humano e, apontando vértebras ao fim da coluna, disse que o problema do velho estava ali. Deu-lhe instruções para agir e disse-lhe para ter coragem e confiança. “Falei com minha mãe e levei muito tempo para convencê-la a me deixar ajudar o doente”, relata. Continua: “Mandei deitar meu pai de bruços sobre o cimento duro, fui apalpando a coluna dele e, de repente, pressionei-a pra baixo. Um estalo veio dos ossos e um grito de dor veio do doente. Apertei de novo. Novo estalo e novo grito. Mamãe e meus irmãos surgiram apavorados. Com medo, mas decidida,

repeti a ação. Papai desmaiou. Mamãe gritava que eu tinha matado o velho. Coloquei um pouco de água na boca do doente e, depois de engolir o líquido, a cor rosada voltou-lhe ao rosto. Meu pai foi levado pruma cama. Depois de algumas horas, pedi-lhe que mexesse a perna esquerda. Ele mexeu. Pedi-lhe que fizesse o mesmo com a direita. Ele conseguiu. Dois dias depois, ele já estava andando com ajuda de um cajado”. Nem havia se passado um mês deste a interferência de dona Hilda Dias quando o pai dela já estava cortando lenha para alimentar o fogão da casa.

Cidades

Boa Vista, 25 de maio de 2015

CURANDO O MÉDICO

Dona Hilda conta que, passado algum tempo, aquele médico que deixava comprimidos para seu pai veio visitá-lo e ficou surpreso ao vê-lo normal, desempenhando pesadas tarefas domésticas. “Ao

sair de nossa casa, o doutor pisou de mau jeito num buraco e destroncou o tornozelo. Ele pediu-me ajuda e eu, com massagem, consegui fazê-lo andar. Agradecido, o médico me deu uma boneca de pre-

sente”. Desabafa: “Minha fama de curandeira e massagista começou ali”. E conclui: “Desde os nove anos de idade, com ajuda de Deus, eu venho colocando ossos e músculos em seus devidos lugares”, conclui. aroldo pinheiro

Meninas do Bar達o

Preparada para combater preconceitos e estupidez, a acadĂŞmica VerĂ´nica Almeida entra na mata e posa para as poderosas lentes de ValĂŠria Andrade, mostrando beleza e charme da mulher roraimense.

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Cinema

Boa Vista, 25 de maio de 2015 SAUdações Olá gente! Vamos falar hoje de uma franquia que já tem 19 anos, mas continua com um corpinho de 14, mesmo tendo um protagonista de 52. Tom Cruise mostra que não teme o perigo

e promete manter o nível da ação e das acrobacias em “Missão Impossível: Nação Secreta”. Boa leitura e boa sorte!

NAÇÃO SECRETA

Missão Impossível chega ao quinto filme Bem mais experiente, o protagonista da franquia mostra que está cada vez mais em forma Há quase 20 anos, Tom Cruise é o astro da franquia “Missão Impossível”. Lançado em 1996, tendo algumas referências da série de TV com o mesmo nome, o primeiro filme, dirigido por Brian DePalma, fez sucesso e, em dezembro, o quinto número da saga chega aos cinemas, com o título de “Missão Impossível: Nação Secreta”. “Missão Impossível” é sem dúvida uma franquia que conseguiu se reinventar sem perder suas características. Mesmo nunca tendo repetido um diretor (lembrando que essa função já foi designada a nomes como Brian DePalma, John Woo e J.J. Abrams), as piruetas feitas por Ethan Hunt continuam tirando o fôlego dos fãs, que ainda conse-

guem se surpreender com os disfarces usados pelo agente. A grande guinada da série de filmes está no jeitão dado ao último longa lançado, “Missão Impossível: Protocolo Fantasma (2011)”, juntando grandes doses de bom humor com as cenas de ação ilustradas pelo malabarismo e alpinismo pra lá de arriscados feitos por Tom Cruise. Pra variar, a coisa deu certo. Protocolo Fantasma arrecadou quase US$600 milhões e tornou-se a maior arrecadação da franquia, superando “Missão Impossível 2 (2000)”. E o trailer de Nação Secreta promete o retorno da nova e boa fórmula, com a mistura do elenco que fez sucesso em Protocolo Fantasma, o engraçado

divulgação

Nos cascos. Mesmo não sendo mais um garoto, Tom Cruise promete mostrar um Ethan Hunt em plena forma em “Missão Impossível: Nação Secreta” Simon Pegg e o Gavião Arqueiro Jeremy Renner, com uma participação, aparentemente mais efetiva, de Ving

Rhames, o eterno Luther Stickell, único personagem, além do protagonista Ethan Hunt, a aparecer em todos

os longas da série. Em Nação Fantasma, a já pra lá de baqueada IMF corre o risco de ser dissolvida. Se isso não fosse problema o bastante, Hunt consegue provas da existência do Sindicato, que é definido no trailer como um anti-IMF, um grupo que faz o que eles fazem, porém, com objetivos bem diferentes. Pelo jeito, o confronto entre eles será inevitável. Ao público resta curtir as piadas e o banquete de cenas de ação, que, entre outras coisas, mostrará um Tom Cruise de 52 anos tentando abrir a porta de um avião em pleno vôo. Preparem-se para as emoções do final de ano com “Missão Impossível: Nação Secreta”.

Social

Boa Vista, 25 de maio de 2015

Facebook

Rapidinhas ANTIPATIA TODO DIA

AROLDO PINHEIRO

Servidores e visitantes reclamam da antipática medida do novo governo proibindo acesso ao estacionamento em frente ao Palácio Senador Hélio Campos. Dizem que “por segurança” e “questão de estética”. Então tá.

ENTREOUVIDO

EM DIAS DE FOLGA, amigos fazem festa em torno de Telmar Mota: Marcelino Nóbrega, Alípio Neto e Julieta Cairara France Telles

No aeroporto, a amigos, secretário de estado declina de convite recebido justificando que “agora, meus sábados são tomados pelos churrascos de inauguração que o Neudo tá fazendo”. E, com ironia, acrescentou: “Se a gente não for, eles anotam o nome”.

CASAL DOS MAIS QUERIDOS: Orib Ziedson e Jussara

Bednarzuck

Arquivo pessoal

DESIGUALDADE

Enquanto enormes e caros regabofes provincianos são feitos para re-re-reinauguações de escolas no interior, centenas de estudantes não podem ir às aulas por falta de transporte escolar.

ÁGUA E CRATERAS

GRANDE MULHER, a bela jornalista Teozeta Parente

Motoristas têm que redobrar atenção nesse período de chuvas, pois as águas empoçadas normalmente escondem enormes buracos. Borracheiros e casas especializadas em suspensões agradecem.

QUERIDO POR TODOS, Mário Pankeka, usa guarda-sol colorido para matar saudade do frevo pernambucano

Variedades

Boa Vista, 25 de maio de 2015 ARQUIVO PESSOAL

Desaprendendo

CURIOSIDADE Gaúcho, catarinense, paranaense ou paulista? Fotógrafo profissional, dos bons, ele diz ter sangue italiano e ter vivido na Inglaterra; quem é?

Pessoas acham que crase da ar de intelectualidade à frase. Regra número um: não se usa crase antes de masculinos (SÁBADO).

1. 2. 3. 4. 5.

Charles Wellington J Pavani Orib Ziedson Taylor Nunes Thiago Oriuella Resposta da semana anterior: 1) Alcindo Silva

HORÓSCOPO

por Demerval Sacripanta

Áries 21/3 – 20/4

Usar o frio como desculpa para não sair de casa e encontrar-se com a amada pode facilitar a entrada de aventureiros debaixo do edredon dela. Fique esperto.

Leão 22/7 -22/8

Deixa de ser mão de vaca e, quando convidar para regabofe em casa, paga pela comida e pelas bebidas. Isso é pecado!.

Sagitário

22/11 – 21/12 Vai tentar abafar a dor com cachaça? Para com isso. O álcool, além de não resolver problemas, vai deixar você com um bafo afastador de outros(as) pretendentes.

Touro 21/4 – 20/5

resolva.

Gêmeos

Câncer

Virgem

Libra

Escorpião

Capricórnio

Aquário

Isso de entregar os problemas a Deus ou aos santos é bobagem. A solução está em você: encare e

23/8 – 22/9 Muito cuidado com as mentiras. Inverdade contada faz você ser escravo dela. Sem mencionar que um descuido pode botar tudo a perder.

22/12 – 20/1 No lugar de fazer aquela plástica na Venezuela, pense em fechar a boca e levar vida mais saudável. Além do mais, muitos homens gostam de uma carninha pra pegar.

21/5 20/6 Que tal aproveitar um tempo de folga e visitar aquele amigo(a) que você não vê há tempos? Amizade e amor são como flor: tem que aguar. 23/9 – 22/10 Rios cheios. Água à vontade. Peixes na engorda. Aproveite o momento. Cuidado com piranhas.

21/1 -19/2 Esse negócio de importação informal de produtos comprados na Guiana ou na Venezuelapode trazer prejuízos. Melhor dar um tempo, pois os homens estão apertando.

21/6 21/7 Não está na hora de mudar de time? Um chocolate de quatro a um desanima qualquer torcedor.

23/10 – 21/11 Não brinque de fazer visita de surpresa. Avise que está chegando, do contrário, o surpreendido pode ser você.

Peixes

20/2 – 20/3 Deixa de ser mão de vaca. Já que resolveu trair, pelo menos tenha consideração e dê à amada a mesma qualidade de presentes que está dando para a amante.

Variedades

Boa Vista, 25 de maio de 2015 Recado

“A crase não foi feita para humilhar ninguém.” Tolerância zero

Ferreira Gullar Adílson Pinheiro joga no time do tolerância zero. Não leva dúvida pra casa nem a pedido dos deuses do Olimpo. Quando pinta uma, faz o que deve ser feito. Bate à porta de quem pode saná-la. Outro dia, leu este período: “É O intrometido Monteiro Lobato costumava dizer que a língua tem variado estoque de palavras à disposição. Combina-as segundo a necessidade. Na formal, usa terno e gravata. Na informal, camiseta, bermuda e chinelo. A escolha de um ou outro traje depende da ocasião. É igualzinho a nós. Se vamos à piscina, vestimos biquíni ou sunga. Se ao baile de gala, longo e smoking. Se ao cineminha de sábado, jeans, tênis, shortinho. No exemplo do Adílson, a língua está à vontade. Deu a vez a penetra pra lá de ousado. Trata-se da partícula é que. Expletiva, ela pode ser jogada for a. Exemplos não faltam: Onde (é que) você mora? Por que (é que) empresários envolvidos na Operação Lava-Jato voltaram pra casa? Quem (é que) sabe a resposta? Nós (é que) somos patriotas. O xis da questão Olho vivo, Adílson. Você propõe

nas páginas de um livro que podemos viajar sem sair de casa e conhecer a alma humana”. Ops! Não seria “São nas páginas de um livro que podemos viajar sem sair de casa e conhecer a alma humana”? Pensou. Repetiu

transformar o é que em são que. Nem pensar. A intrusa é inflexível. Invariável, não tem singular nem plural. É sempre igual. Que tal mandá-la plantar grama no asfalto? Xô, criatura indesejada! Assim: (É) nas páginas de um livro (que) podemos viajar sem sair de casa e conhecer a alma humana. Moral da opereta E daí? Sem a expletiva, o enunciado mantém-se correto. Mas perde ênfase. Ficar com ela? Livrar-se dela? É preferência de cada um. O resultado não muda. É acertar. Ou acertar. Lição machadiana “As frases feitas são a companhia cooperativa do espírito. Dão o trabalho único de as meter na cabeça, guardá-las e aplicá-las oportunamente, sem dispensa de convicção, é claro, nem daquele fino sentimento de originalidade que faz um molambo seda.” (Machado de Assis)

uma forma e outra. Em vão. Não chegou a nenhuma certeza. Recorreu, então, à coluna. A questão, pra lá de bem-vinda, toca em termo sem função. Ele se mete na vida do enunciado porque é intrometido.

Fofoca Você conhece algum fofoqueiro? Preste atenção à fala dele. Pra não ir pro xilindró, o amante da vida alheia se defende. Apela pra dois recursos da língua. Um: o futuro do pretérito. O outro: o dizem que. Com essas armas, ele solta o veneno. E safa-se de processo. A grande vítima é a verdade. Aprecie os diálogos: Maria — Sabe da última? Dizem que a Carla anda de caso com o João. Paulo — Quem disse? Maria — Ah, dizem. *** Maria — Não se fala em outra coisa na cidade. Paulo — Em quê? Maria — A Carla andaria de caso com o João. Paulo — É fato? Maria — Não sei. É o que dizem. Língua zero “Alagoas é o estado pior classificado”, informou o Bom-Dia, Brasil,

sobre o Mapa da Violência. Telespectadores ouviram. Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Sentiram forte pancada nos ouvidos. A razão: antes de particípio, melhor e pior não têm vez. Mais bem e mais mal pedem passagem: Alagoas é o estado mais mal classificado. João apresentou a redação mais bem redigida. Nós somos os mais bem vestidos do Brasil. Leitor pergunta Tenho lido nos jornais a palavra Petrobras sem acento e Nuclebrás com acento. Pergunto-lhe: é correto isso? Sebastião Machado Aragão, Brasília As oxítonas terminadas em a (seguidas ou não de s) são acentuadas. É o caso de sofá, sofás, está, estás, sairá, sairás, Eletrobrás. Petrobras ostentava o grampinho como manda a regra. Quando se internacionalizou, quis ficar parecida com o inglês. A língua global não tem acentos. Por isso Petrobrás virou Petrobras

Boa Vista, 25 de maio de 2015

NA BACIA DAS ALMAS Expressão usada por pessoa que está passando por grande dificuldade financeira e é obrigada a ter que vender algo o mais rapidamente possível, em geral a preço bem mais baixo do que obteria em circunstâncias normais. A expressão tem seu berço nos preparativos que precedem o emprego do sacramento antes chamado de Extrema Unção e hoje denominado Unção dos Enfermos, quando o sacerdote usa a bacia onde coloca os óleos, unguentos e paramentos ao lado do moribundo. Também se refere ao recipiente colocado à disposição dos fiéis durante alguma cerimônia religiosa como a missa, para receber óbulos e donativos destinados a quem já partiu desta para outra, talvez melhor. . .

BATALHÃO Unidade militar constituída por duas ou mais companhias, comandada por um tenente-coronel ou um major. Seu efetivo médio pode ir de 250 a mil militares. Vários batalhões formam um regimento ou uma brigada. O vocábulo BATALHÃO tem berço no italiano battaglione, derivado de battaglia, batalha, referindo-se a um conjunto de tropas mobilizadas para determinado enfrentamento bélico. Do italiano, passou para o francês como bataillon e daí para o português batalhão, presentes nos brutais cenários que caracterizam a boçalidade da guerra. Enquanto os cadáveres se acumulam sobre o solo banhado de sangue, os oficiais se debruçam sobre estratégias para o próximo combate. Ai das vítimas... AGULHA E CAMELO A palavra camelo é usada

seis vezes no Novo Testamento, uma delas como crítica de Cristo aos escribas e fariseus. Uma leitura rápida tem levado muitos à seguinte conclusão: os ricos nunca poderão entrar no reino dos céus, assim como um camelo jamais passará pelo fundo de uma agulha. O ensinamento bíblico, no caso, pode ser assim explicado: é mais difícil para um rico ser salvo do que para um pobre, ou seja, as riquezas podem ser perigosas para aqueles que as possuem. Na verdade, se víssemos um camelo entrando pelo fundo de uma agulha, estaríamos, atônitos, diante de um milagre – assim como seria miraculoso um homem rico ser salvo. Cristo estava usando uma hipérbole, figura de linguagem que se caracteriza pelo exagero, com o objetivo de despertar a atenção dos ouvintes para melhor fixar o fato na memória. Na realidade, o verdadeiro significado da afirmação de Jesus faz parte da linguagem figurada, exagero que enfatiza determinada verdade. O que Ele queria mostrar a seus discípulos é o quanto o apego às coisas materiais, sobretudo o dinheiro, dificulta a entrada no reino dos céus. O apóstolo Paulo, em sua primeira carta a Timóteo, afirma que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males do mundo. No Novo Testamento São Jerônimo, o tradutor do texto, interpretou a palavra kamelos como camelo quando em grego kamelos são as cordas grossas

Variedades com que se amarram os barcos. A propósito, eis o que Millôr pergunta, com sua conhecida irreverência: “Mas por que um camelo tentaria passar no fundo de uma agulha?” BATATAS FRITAS Surpresa: elas não foram inventadas na França!, então por que são chamadas de french fries, fritas francesas? Realmente, elas foram inventadas, isto sim, na Bélgica! Só que a pala-

vra french em french fries não se refere a seu país de origem, e sim ao modo como o prato é preparado. Quando o alimento é cortado em tiras, diz-se que ele é frenched. Uma vez que french fries são tiras de batatas que foram fritas, fried, elas tornaramse conhecidas como french fries potatoes ou simplesmente french fries, ou a maneira belga de fritar deliciosas batatas, uma das mais saborosas iguarias da culinária ocidental. . .

Poder

Boa Vista, 25 de maio de 2015 Marcelo Ribeiro/Facebook

BEIRANDO O RIDÍCULO Registro feito durante a chegada da governadora e sua trupe a local onde haveria churrasco comemorando re-re-reinauguração de escola: o secretário de Comunicação se desmancha em salamaleques; a expressão de poucos amigos da governadora mostra desprezo; a secretária de Educação demonstra repulsa; e a chefe de cerimonial expressa ciúme. Fotografou algo engraçado? Viu algo interessante? Quer fazer uma denúncia? Registrou situação crítica? Mande foto com texto (máximo 200 caracteres) que a gente publica. WhatsApp: 98122-3131.

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Boa Vista, 25 de maio de 2015

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Música

Boa Vista, 25 de maio de 2015

HIP HOP SE APRENDE NA ESCOLA

Movimento Urbanus leva aula de break

As atividades são ministradas na Escola Edsanina de Barros e tem por objetivo ensinar as c FotoS – Pablo Felippe

Há cerca de cinco anos, o pessoal do Movimento Urbanus trabalha na difusão da cultural Hi Hop no Estado de Roraima. Por meio do Programa Mais Cultura, eles deram mais um passo importante neste sentido e desde o início do ano tem ministrado aulas sobre grafite e break dance para alunos da Escola Municipal Edsonina de Barros Villa, no Bairro dos Estados. Cerca de 20 crianças estudantes da Escola Municipal Edsonina de Barros Villa e moradoras da comunidade do Bairro dos Estados estão aprendendo mais sobre o Hip Hop, por meio das aulas ministradas pelo pessoal do Movimento Urbanos. As atividades são gratuitas, estão abertas a toda comunidade do bairro e Criançada sua a camisa para empreender os passos do break dance ocorrem aos sábados, das 14h às 17h. “Ensinamos conceitos e desmitificar alguns pontos ças ao conteúdo está sen- de, inteligência. Tudo tem básicos sobre o grafite e o bre- dessa cultura que nem todo do muito boa. “As aulas de sido muito proveitoso. Eles ak, que são dois dos quatro mundo conhece”, explicou break e de grafite são muito são muito interessados e a elementos do Hip Hop. As au- Eduardo Queiroz, DJ, produ- mais que um curso de dan- criança dá um retorno bem las são introdutórias e tem por tor cultural e representante do ça ou de arte. Trabalhamos mais rápido que o adulto. com eles educação, condi- Eles são muito mais verdaobjetivo ensinar as crianças Movimento Urbanus. De acordo com Educionamento físico, coorde- deiros, quando eles gostam os fundamentos desses dois ardo, a recepção das criannação motora, criatividade algo, vão até o fim”. elementos e também ensinar

Famílias e gestores Sanny Bessa, coordenadora dos Programas Mais Cultura e Escola Aberta na Escola Municipal Edsonina de Barros Vila, também elogiou as aulas ministradas pelo Urbanus. “Eu estou achando o trabalho excelente. Já é possível ver a evolução e o comprometimento dos alunos com as aulas. Eles gostam e se divertem muito”. A coordenadora elogiou ainda a diversidade de conceitos repassados as crianças durante as aulas. “Eles aprendem sobre questões sociais, culturais, aprendem o que é arte. Isso também ajuda no aprendizado deles. Tem atividades relacionadas a memória, concentração, consciência corporal, que é uma coisa muito legal, que as crianças de hoje se preocupam muito com o computador e esquecem de usar o corpo”. Marcley Silva, 35, é orientadora social e também

Música

Boa Vista, 25 de maio de 2015

k dance e grafite para crianças da capital

crianças princípios básicos sobre dois elementos da cultural Hip Hop

s aprovam as atividades do Urbanus

As atividades ocorrem aos sábados, das 14h às 17h, e são gratuitas, abertas a toda comunidade do Bairro dos Estados mãe de Hugo, 8, um dos garotos que participa das aulas de break e grafite. A mãe afirmou que aprova a participação do filho nas atividades e garante que ele está muito motivado e interessado nas aulas. “Ele gosta de dançar, pintar, escrever. Eu vejo o interesse dele em fazer as au-

las. Recentemente fomos para Manaus e em razão disso ele acabou perdendo uma aula e enquanto estávamos lá, ele sempre perguntava quando voltaríamos, pois por ele não perderia nenhum sábado. Vejo que isso traz a ele um grande desenvolvimento”, explicou Marcley.

Do aluno ao professor Durante as aulas de break e grafite, meninos e meninas se aprendem se divertindo e brincando. Hugo Alves, filho de Marcley é um dos mais interessados nas atividades. O garoto contou que começou a se interessar após assistir um evento comandado pelo DJ Eduardo Queiroz e quando soube que sua escola teriam cursos relacionados ao Hip Hop não teve dúvidas. “Eu gosto da dança, do desenho. Isso me interessa muito, eu pesquiso os passos da dança, as letras do grafite. Eu vi um evento no natal e fiquei com muita vontade de aprender mais sobre esse mundo”, explicou o garoto. Luiz Zara, 25, conhecido como Nask, é BBoy e veio da Venezuela tentar ganhar a vida no Brasil. Hoje, ele é um dos facilitadores das aulas de break dance da escola e garantiu gostar muito de ensinar a criançada roraimense.

Hugo Alves, 8, é um dos garotos que se aventura nos passos

do break dance

“Temos que mostrar para as crianças que a dança é um jogo, algo dinâmico por meio do qual vão se divertir, não cheio de regras repetitivas como um balé. Já havia ensinado crianças na Venezuela e trabalhar com as brasileiras tem sido uma ótima experiência”.

No dia 27 de junho, o Urbanus pretende promover na escola, um evento que marcará o encerramento das aulas de break e grafite. Durante ação serão feitas apresentações dos quatro elementos do Hip Hop, com a participação dos alunos e também artistas locais.

Boa Vista, 25 de maio de 2015

PolĂcia