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‘GUERRA FRIA’ NO DESERTO: PEQUENO E RICO, O CATAR VIROU PÁRIA NO GOLFO
Economia A9
Mundo A12
A NOTÍCIA QUE INTERESSA
BOA VISTA, SEGUNDAFEIRA, 17 DE JUNHO DE 2019
ANO 5 • Nº 1250
VOCÊ GOSTARIA DE RECEBER SALÁRIO EM CRIPTOMOEDA, COMO O BITCOIN?
Empresário é morto a golpes de pá durante assalto à oficina no Pricumã FOTOS DIVULGAÇÃO
ANTÔNIO BRITO, CONHECIDO COMO ‘SIMBAÍBA’, FOI ASSASSINADO POSSIVELMENTE POR UM VENEZUELANO, NA OFICINA ONDE TRABALHAVA Na manhã deste domingo (16), o empresário do ramo da construção civil Antônio Coelho de Brito, 69 anos, foi assassinado em uma oficina mecânica, situada na Avenida Venezuela, bairro Pricumã, zona Oeste de Boa Vista. O crime teria ocorrido durante um assalto e o principal suspeito é um venezuelano.Policiais militares e agentes da Delegacia Geral de Homicídio (DGH) realizaram diligências na tentativa de identificar e localizar o criminoso, mas até a conclusão desta matéria nenhum suspeito foi preso ou identificado. Um agente da DGH informou à reportagem que as equipes policiais verificaram a região em busca de imagens de câmeras de segurança de casas vizinhas. POLÍCIA A17
ANTÔNIO BRITO, MAIS CONHECIDO COMO “SIMBAÍBA”, TERIA CHEGADO CEDO À OFICINA, QUANDO FOI SURPREENDIDO PELO ESTRANGEIRO
DURANTE A SEMANA
Dia do Refugiado tem eventos especiais em RR A ONU e parceiros realizam a partir da próxima semana diversos eventos voltados à população refugiada e a integração no Brasil, no marco do Dia Mundial do Refugiado, celebrado em 20 de junho. Iniciativas incluem rodas de conversas, sessões de cinema e atividades esportivas. LOCAIS A4
PÓSREDUÇÕES
Preço da gasolina em Roraima ainda acumula alta de 4%, diz economista O preço da gasolina teve redução de 3% nas refinarias. Contudo, o desconto de alguns dias só foi percebido nesse fim de semana em Boa Vista. Conforme a Petrobras, o litro da ga-
solina caiu de R$ 1, 8144 para R$ 1, 7595, uma redução de R$ 0,05. Segundo o economista Fábio Martinez, a Petrobras decide estes valores com base em fatores, como cotação interna-
DIVERSIDADE
cional do petróleo e câmbio da moeda americana, que rege o mercado financeiro. “Apesar das diminuições, a gasolina ainda acumula alta de 4,05% no Estado”, disse. LOCAIS A6
EM AGOSTO
Inscrições para casamento coletivo LGBT seguem até julho
Roraima vai levar 20 propostas a evento nacional de Saúde
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FONTE: CLIMATEMPO
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Últimas Notícias
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
DISCUSSÃO
RR define 20 propostas para apresentar na 16ª Conferência Nacional de Saúde Discussões reuniram mais de 200 pessoas, entre delegados, convidados, comissão organizadora e apoio técnico Secom-RR
CUSTO ZERO Com exceção das diárias dos delegados dos municípios do interior, que foram custeadas pela Secretaria Estadual de Saúde, a etapa estadual foi feita com custo zero para o Estado. Foi realizada por meio de apoio e doações de parceiros como a Universidade Federal de Roraima (UFRR), Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RR), a Destak Impressões e os secretários da Sesau.
A 8ª Conferência Estadual de Saúde de Roraima terminou na sexta-feira (14) com a definição de 20 propostas que serão apresentadas na 16ª Conferência Nacional de Saúde, no mês de agosto, em Brasília. As discussões reuniram mais de 200 pessoas, entre delegados, convidados, comissão organizadora e apoio técnico. As propostas foram divididas em quatro eixos temáticos:
DADOS Participaram das discussões 96 delegados, 50% de usuários do SUS; 25% de trabalhadores da saúde; e 25% de gestores da saúde Tema Principal – Democracia e Saúde; Eixo I – Saúde como direito; Eixo II – Consolidação dos princípios do SUS (Sistema Único de Saúde); e Eixo III – Financiamento adequado e suficiente para o SUS. “Acho que o resultado foi muito positivo, pois desde o início contamos com o apoio e a colaboração do Governo do Estado, da equipe do Conselho Estadual, assim como dos Conselhos Municipais de Saúde”, pontuou o secretário de Saúde, Elcio Franco.
Discussões ocorreram durante a 8ª Conferencia Estadual de Saúde, encerrada na sexta-feira, 14
Ainda sobre a Conferência, Elcio Franco ressaltou a importância do evento e das demandas levantadas pelos participantes. “A Conferência
faz parte do controle social das políticas de saúde, desde as demandas municipais, passando pelas estaduais, que foram discutidas e serão levadas para a
Confira abaixo as propostas que serão levadas pelo Estado: Tema Principal: Democracia e Saúde Nº da proposta Descrição e Saúde Tema Principal: Democracia Descrição 1Nº da proposta Que o Conselho Nacional de Saúde atue na articulação junto ao Congresso Nacional para aprovação lei para da alíquota daCongresso CSLL 1 Que o Conselho Nacionaldedeuma Saúde atueampliação na articulação junto ao Nacional paraSocial aprovação uma lei para ampliação alíquota da CSLL (Contribuição Sobre de o Lucro Líquido) – fonte de da financiamento para Social Sobre o Lucro Líquido) – fonte a(Contribuição saúde – de instituições financeiras de 9% para 18%.de financiamento para a saúde a– Emenda de instituições financeiras de 9%por para 18%. 2 Revogar Constitucional 95/2016 meio do Congresso 2 Revogar agarantindo, Emenda Constitucional por meio do Congresso Nacional, desta forma, a95/2016 consolidação do SUS. Nacional, garantindo, desta forma, a consolidação do SUS. 3 Garantir plano de carreira do SUS, contemplando os entes federativos, 3 Garantir plano de carreira docomo SUS, forma contemplando entes federativos, priorizando concurso público de acesso,osregulamentando a priorizando concurso público como forma de acesso, regulamentando a carga horária de 30 horas semanais e a manutenção da política de carga horária de 30 horas semanais e a manutenção da política de formação continuada por meio das Escolas Técnicas do SUS. Devendo formação continuada meio das Escolas Técnicas do SUS. Devendo programas como o Maispor Médicos garantir profissionais para a ampliação programas do acesso à como saúde.o Mais Médicos garantir profissionais para a ampliação do acesso à saúde. 4 Garantir os princípios do SUS como forma de acesso democrático e 4 Garantir os princípios do SUS como forma de acesso democrático e universal em situações migratórias que não se efetivam sem a observação universal em situações migratórias que não se efetivam sem a observação dos incrementos populacionais na garantia do financiamento das ações e dos incrementos populacionais na garantia do financiamento das ações e serviços de saúde. Desta forma, além do cálculo populacional e da serviços de saúde. Desta forma, além do cálculo populacional e da estimativa públicos para aa estimativado doIBGE, IBGE,ooSUS SUSdeve deveutilizar utilizaroutros outrosinstrumentos instrumentos públicos para definição definiçãode deseus seusvalores valoresde definanciamento financiamentodadaatenção atençãobásica. básica. 55 Articulação da Secretaria de Vigilância em Saúde Articulação da Secretaria de Vigilância em Saúdecom comososórgãos órgãos competentes para a intensificação da fiscalização nos afluentes dos rios, competentes para a intensificação da fiscalização nos afluentes dos rios, pois a mineração ilegal está cada vez mais intensa e causando grandes pois a mineração ilegal está cada vez mais intensa e causando grandes agravos com asas políticas agravosààpopulação populaçãoeeao aomeio meioambiente, ambiente,em emconsonância consonância com políticas nacionais nacionaisde deVigilância Vigilânciaem emSaúde. Saúde.
etapa nacional”. Participaram das discussões 96 delegados, 50% de usuários do SUS; 25% de trabalhadores da saúde; e 25%
de gestores da saúde. Eles são representantes dos municípios e tiveram a atribuição de elaborar e escolher as propostas para a etapa nacional.
ETAPA NACIONAL A 16ª Conferência Nacional de Saúde ocorrerá entre os dias 4 e 7 de agosto de 2019, em Brasília, e está sendo organizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). O evento reunirá representantes dos 26 Estados, mais o Distrito Federal, para discutir propostas de políticas públicas de saúde. As propostas aprovadas na etapa nacional serão aplicadas em todo o território brasileiro. A 16ª Conferência Nacional de Saúde traz um tema principal e três eixos: Democracia e Saúde, Saúde como Direito, Consolidação dos Princípios do SUS e Financiamento adequado e suficiente para o SUS. Para representar Roraima, foram eleitos no último dia da Conferência 48 delegados, sendo compostos por 24 usuários do SUS, 12 trabalhadores da saúde e 12 gestores da saúde. O Estado é o responsável por custear o transporte da delegação de Roraima para a etapa nacional.
Lei Maria da Penha e Feminicídio são temas de oficina para mulheres de Roraima YARA WALKER
jornalismo@roraimaemtempo.com.br
Com o intuito de capacitar mulheres migrantes e não migrantes, ocorrem até setembro deste ano oficinas com conceitos, leis e políticas públicas relacionadas à violência de gênero. Nesse fim de semana, a atividade teve como foco estudos da Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio. A iniciativa é do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Núcleo de Mulheres de Roraima (NUMUR) e Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC). “Esta é a segunda etapa e a oficina responde a dois dos objetivos principais do
UNFPA no âmbito da assistência humanitária no Estado: promover a integração entre mulheres locais e migrantes que ocupam posições de liderança, e uni-las em torno de um mesmo propósito, que é o de aprender e lutar contra a violência baseada em gênero, atuando como promotoras de conhecimento nas suas respectivas comunidades”, disse a especialista em mobilização de campo do UNFPA em Roraima, Débora Rodrigues. “Juntas, as participantes identificaram as causas e consequências da violência contra as mulheres e chegaram à conclusão de que as raízes e frutos da violência no Brasil e na Venezuela são muito seme-
EIXO I: Saúde Saúde como comoDireito Direito Nº da proposta Descrição proposta Descrição Criar,normatizar normatizareeefetivar efetivaruma umaPolítica PolíticaNacional NacionaldedeSaúde Saúde 1 Criar, dodo Imigrante,assegurando assegurandoque queooMinistério MinistériodadaSaúde Saúdeaceite aceite dados Imigrante, osos dados estatísticosda damigração migraçãopara paraencaminhar encaminharrecursos recursosà saúde. à saúde. estatísticos 2 Garantireeampliar ampliarooPrograma ProgramaMais MaisMédicos, Médicos,ampliando ampliando a cobertura Garantir a cobertura dosmunicípios municípiosem em100% 100%eepriorizando priorizandoososterritórios territórioscom com maior dos maior população e mais vulneráveis, garantindo, assim, um cuidado integral população e mais vulneráveis, garantindo, assim, um cuidado integral dos usuários do SUS. dos usuários do SUS. 3 RevogaraaEmenda EmendaConstitucional ConstitucionalECEC9595para parao odescongelamento descongelamento 3 Revogar dodo financiamento do SUS. financiamento do SUS. 4 Repactuareereajustar reajustarososrecursos recursosdestinados destinadosaoaocofinanciamento cofinanciamento 4 Repactuar dada atenção básica, assistência especializada e assistência farmacêutica, atenção básica, assistência especializada e assistência farmacêutica, respeitando suas especificidades territoriais e populacionais. respeitando suas especificidades territoriais e populacionais. 5 Garantir a renovação – aquisição de frota do Samu (Serviço de 5 Garantir a renovação – aquisição de frota do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) a cada três anos, revogando a Nota Atendimento Móvel de Urgência) a cada três anos, revogando a Nota Técnica nº 338 de 2016. Técnica nº 338 de 2016. Esta é a segunda oficina realizada neste mês
lhantes”, completou. A responsável do NUMUR pelas oficinas, Andrea Vasconcelos, informou que a ação busca ajudar as mulheres a espalharem as mensagens aprendidas na oficina, motivo pelo qual foram escolhidas para participar aquelas com posição de liderança na comunidade. “Consideramos esse espaço fundamental para criar e fortalecer laços de confiança, empatia e sororidade entre as mulheres, que partilham histórias comuns de violência e, como multiplicadoras, precisam ‘ressignificar’ esses sofrimentos e, assim, ajudar outras mulheres a enfrentarem e saírem de uma situação de violência”, explicou.
Opinião A3
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
Roraima Alerta INSEGURANÇA Impossível não falar de outro tema quando a sociedade roraimense é surpreendida novamente com um assassinato brutal. Dessa vez, um empresário de carreira no Estado, um idoso, pai de família, mais uma pessoa de bem teve sua vida interrompida em uma condição que deixa qualquer cidadão perplexo. O empresário Antônio Coelho de Brito, de 70 anos, foi até sua oficina às 5h30 da manhã deste domingo e se deparou com um indivíduo no local. Pelo que relatam familiares, ele abordou o estranho que iniciou uma luta corporal com o idoso, desferindo golpes de pá e ceifando a vida do empresário. A equipe do Portal RR em Tempo se solidariza com toda a família. INCOERENTES? Enquanto, o roraimense absorvia mais essa triste informação, nos grupos de whats muita gente questionava os números apresentados recentemente pelo governador do Estado Antonio Denarium (PSL), no que se refere aos resultados obtidos na Segurança Pública do Estado. Em evento realizado há dez dias, com a presença do secretário Nacional de Segurança Pública, General Guilherme Cals Theophilo, o governador afirmou que Roraima teve a maior redução do Brasil em número de assassinatos, comparado os primeiros semestres de 2018 e 2019. De acordo com Denarium, de janeiro a março de 2018 e 2019, houve redução de 70% sobre os números de mortes no Estado de Roraima. O governo afirma que neste período em 2018, foram registrados 73 assassinatos no Estado, enquanto em 2019 foram 28. JUNHO SANGRENTO Pelo que está se acompanhando nas primeiras semanas de junho, a tendência é que as estatísticas de assassinatos para o segundo semestre mudem completamente. Só nos primeiros 16 dias deste mês, foram registrados sete assassinatos no Estado. Isso, sem falar na nova modalidade do ataque com ácido e os inúmeros assaltos e furtos que estão sendo noticiados diariamente. De mod geral, a sociedade aponta o dedo para os venezuelanos. Inclusive, no caso do empresário assassinado neste domingo, mesmo antes da polícia emitir qualquer informação sobre o suspeito de cometer o crime, já circulava em grupos de whats que Antônio teria sido morto por um venezuelano. EFEITO É incontestável o impacto da crise migratória no aumento da criminalidade em Roraima. Muitos que fogem do seu país em busca de uma condição melhor no Estado se deparam com abrigos lotados e com a falta de oportunidade, porque Roraima não tem mais condições de absorver toda essa mão de obra e nem de estrutura para oferecer serviços públicos a um número tão grande de pessoas. De quem tem má índole a quem tem fome, são os imigrantes que aparecem como os principais autores dos crimes praticados localmente. E mais que nunca, a segurança pública precisa ser reforçada, bem como o poder público precisa tomar um decisão sobre como irá lidar com imigrantes que cometem crimes em território brasileiro. O que não dá é que o contribuinte roraimense e o Brasil, sustentem criminosos vindos de outro país, quando esse recurso deveria estar sendo empregado na melhoria
da segurança pública dos próprios roraimenses. PATRULHAMENTO A Coluna relatou a denúncia de que a Polícia Militar estaria sendo obrigada a fazer racionamento do uso de combustível, o que é um absurdo. Neste domingo, após a notícia do assassinato do empresário, circulou também que dos 120 homens da Força Nacional designados para complementar a segurança pública em Roraima, a maioria estaria atuando em Pacaraima, onde o volume de ocorrência é menor que o verificado em Boa Vista. Em todo o caso, fica o alerta: existem áreas em que economizar significa perder vidas. É assim na saúde e na segurança pública. Na condição em que Roraima se encontra devido a imigração e ao número crescente de pessoas que atravessa diariamente a fronteira e, sem uma perspectiva a curto prazo de mudança nesse quadro, a polícia tem que estar nas ruas, fazendo a ronda ostensiva 24 horas por dia, sem economia de combustível mas, em condições de salvar vidas. TAL PAI, TAL FILHO A história política do senador Mecias de Jesus (PRB) é marcada por fatos que indicam que contrariam completamente a imagem que ele tenta imputar a si mesmo de político honesto. Basta lembrar que ele é citado no Escândalo Gafanhoto e que vários de seus parentes chegaram a ser presos. Pesa sobre a sua imagem a denúncia do superfaturamento da reforma da Assembleia Legislativa, a criação de uma lei estadual para tentar efetivar a própria esposa e amigos próximos com cargos de até R$ 7 mil no quadro de servidor efetivo da ALE e ainda as dúvidas sobre a evolução quase que instantânea do seu patrimônio que o fez ganhar o apelido de Milagreiro. Ainda existem as suspeitas do seu envolvimento com a empresa União Comércio e Serviço LTDA, que mantinha contratos de grandes somas com a Secretaria Estadual de Saúde e que recebeu gordos pagamentos meses antes do período eleitoral. Agora, no Senado Federal ele também é apontado como o principal suspeito de ter fraudado as eleições para a mesa diretora, num dos episódios mais bizarros da história da Casa Legislativa. A lista é extensa e ao que tudo indica, seu filho Jhonatan de Jesus, também do PRB, está seguindo os mesmos passos do pai. FAVORECIMENTO Segundo consta, Jhonatan estaria envolvido no esquema de favorecimento de uma empresa que venceu a licitação para a executar a obra de reforma do Hospital de Bonfim. A assinatura da ordem de serviço foi nesta sexta-feira (14) e a obra irá consumir R$ 3 milhões em recursos públicos a partir de uma emenda indicada pelo do deputado federal. Até aí, tudo bem se não fosse a suspeita levantada de que licitação foi fraudada, ao que tudo indica, com a orientação do jovem parlamentar. Segundo consta, a Comissão Setorial de Licitação da Secre-
taria Estadual de Infraestrutura teria alterado os valores da proposta para direcionar a escolha da empresa vencedora, PJC Engenharia. O Ministério Público de Contas já estaria acompanhando toda essa movimentação e há risco dos envolvidos responderem criminalmente. DESINFORMADOS Chico Rodrigues (DEM) se juntou ao choro de Telmário Mota (PROS) para reclamar pela carona que o Ministro da Cidadania Osmar Terra deu ao presidente do seu partido, Romero Jucá (MDB) em uma aeronave oficial do governo. Evidente que os dois senadores desconhecem o fato de que foi Jucá, ainda como Senador, que conduziu e aprovou o Marco Legal da Primeira Infância, considerada uma das leis mais avançadas do mundo no que diz respeito aos direitos das crianças de zero a seis anos. Desconhecem também que foi a partir desta lei que o Ministro Osmar, na época prefeito de Santa Rosa, implementou as primeiras ações para a primeira infância no país e que foi esse mesmo documento que possibilitou os investimentos realizado por outras gestões públicas como o Família que Acolhe, da Prefeitura de Boa Vista que hoje é referencia internacional no tema. Ignoram que, com esse currículo, nada mais justo que Jucá participe do evento nacional e ainda tenha sido citado como um dos principais responsáveis pelo avanços conquistados em todo o país nos cuidados com as crianças. Antes de tanto barulho, deveriam primeiro entender qual o motivo da presença do ex-senador no evento e até quem sabe, estudar o Marco Legal da Infância para reconhecer o pioneirismo de Roraima, através do trabalho feito por Teresa Surita (MDB). Com certeza, se os dois senadores buscassem um pouquinho de informação, não estariam pagando esse mico. ALIADO Um veículo de circulação nacional chegou a repercutir essa choradeira sem fundamento e ainda citou o senador Telmário Mota (PROS) como aliado do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Com certeza, o repórter designado para escrever tal matéria teve a sorte de nunca assistir a um dos famosos vídeos que Telmário adora gravar para os grupos de whats. Até pouco tempo, ele fez uma série desses memoráveis vídeos cheios de erros de pronúncia, reclamando do presidente Jair Bolsonaro e que o mesmo teria virado as costas para Roraima. Agora, ele paga de aliado do presidente? Ou foi erro do repórter ou foi mais uma mudança brusca de comportamento de Telmário que aliás, poderia incluir no seu sobrenome a incoerência afinal, ele vive sempre mudando de opinião. Foi assim com seu voto no impeachment da ex-presidenta Dilma Roussef e foi assim, na votação para manter o Coaf sob o comando de Sérgio Moro, onde Telmário manifestou apoio ao Ministro, mas não compareceu na sessão que votou o tema. Quem considera Telmário como aliado não precisa de inimigo.
Questão de Opinião
A Charge
Tecnologia e Informação ELIZA LIMA*
ACERTOU
ERROU DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
O governo federal, que demonstra interesse em tirar o Linhão de Tucuruí do papel. Lembrando que esse legado começou ainda no governo Temer e as novas gestões herdaram as negociações bem avançadas. Agora, é preciso intervenção da bancada do Estado para acelerar esse processo, o que não tem se visto ultimamente. A situação irá melhorar a vida dos roraimenses e trazer desenvolvimento para esta terra.
A Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer), que não cumpre as previsões que faz depois de rompimentos nas adutoras. Numa das notas encaminhadas à imprensa a empresa afirmava que o serviço voltaria ao normal às 14h. Contudo, passava das 20h e nada de água. Noutra, os bairros voltariam a ter o serviço às 21h, mas era mais de 23h e nem uma gota nas torneiras. Literal falta de compromisso ou planejamento.
Hoje, como a maioria dos dias, acordei, me arrumei e fui ao trabalho. Uma rotina simples que se repete em muitos lares Brasil a fora, e foi nesse momento que me perguntei: será mesmo que se repetem? Abrimos os jornais, ligamos a TV, ouvimos rádio, e somos bombardeados de informações o tempo inteiro. Isso é uma conquista incrível da humanidade em nosso século: conseguir estar conectados com qualquer um, e a qualquer momento. Isso facilita várias coisas do nosso dia a dia, e demonizar essa caminhada tecnológica não vai diminuir o avanço dela, mas pode causar em alguns indivíduos uma alienação tecnológica a ponto de se afastarem da sociedade. Parece uma realidade distante, mas nosso celular, em menos de três décadas, passou de um telefone móvel exclusivo para fazer chamadas a um minicomputador quase indispensável no nosso dia a dia. Usamos os celulares para pagar contas, acessar a conta bancária, mandar SMS, fazer uma chamada de vídeo, ler e escrever documentos, usar aplicativos que agilizam nosso tempo, e nos lembram de nossas tarefas diárias, sem contar os que nos ajudam a manter a rotina, acordar cedo, manter a dieta, fazer exercício, e outros tantos que também podem lhe ajudar. Ainda podemos aprender com esses avanços tecnológicos, existem pesquisas
“
Existem pesquisas
que serão concluídas quando a minha geração já não estiver por aqui, como há também o desenvolvimento de vacinas e remédios para doen-
”
ças que já existem
que serão concluídas quando a minha geração já não estiver por aqui, como há também o desenvolvimento de vacinas e remédios para doenças que já existem e outros que estão em fase final de teste para ser colocados em prática. Mas também é verdade, que esse mundo não-tecnológico ainda precisa muito de organizações dispostas a preservá-lo e pesquisá-lo, pois o que não sabemos ainda é maior do que sabemos, e isso só se resolve com pesquisa. Agora, sem jogar o peso das decisões para os outros, devemos ter consciência que o nosso papel no dia a dia ainda tem valor. Quando temos um surto ou epidemia, nos preocupamos com o bem-estar do grupo, então por que essa mesma preocupação não toma conta
das nossas decisões cotidianas? Porque elas não apresentam perigo imediato, acabam ficando pra depois. Mesmo com todos ouvindo, essas ameaças são tratadas à parte. É ai que entra a prevenção, que devemos organizar para ser feita sempre e para chamar a atenção adequada. A única coisa que realmente resolve, é a informação. Você viu o salto que demos agora? Começamos o texto nos perguntando sobre realidades, nesse momento seguimos pensando na realidade e caímos no mundo tecnológico temos a nosso dispor, que é bom hoje e daqui a trinta anos ainda será valioso, o que me lembrou que existem hoje resultados do estudo dessas tecnologias, que resultaram a criação do celular, e também das vacinas, que são a forma mais segura de prevenção. Não adianta falar somente das pesquisas e das descobertas, essas pesquisas precisam trazer resultados, que junto com a informação podem trabalhar para a prevenção de acidentes. * A autora é professora, graduada e especialista em Filosofia. eliza.lima128@hotmail.com
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Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
ESPECIAL
Arte, esporte e integração marcam dia do refugiado em Roraima e Amazonas Atividades ocorrem em Boa Vista, Pacaraima e Manaus, cidades que recebem grande parte do fluxo de migrantes Reynesson Damasceno/Acnur
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e parceiros realizam a partir da próxima semana diversos eventos voltados à população refugiada e a integração no Brasil, no marco do Dia Mundial do Refugiado, celebrado em 20 de junho. Em Roraima e Amazonas, as iniciativas incluem rodas de conversas, sessões de cinema e atividades esportivas.
No domingo (23), o Centro de Apoio e Referência para Refugiados e Migrantes em Manaus (CARE) terá uma programação de serviços e oficinas gratuitas de artesanato e confecção de sabonetes voltadas para a população refugiada. DIA DO REFUGIADO Desde 2001, o Dia Mundial do Refugiado é celebrado em 20 de junho, de acordo com resolução aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Para o ACNUR, a data é uma oportunidade para homenagear a coragem, a resiliência e a força de todas as mulheres, homens e crianças forçadas a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos armados e perseguições.
PROGRAMAÇÃO Entre os eventos estão atividades artísticas, como exposição fotográfica, dança, música, feira de artesanato, show de calouros, e esportivas, que incluem caminhadas e jogos de vôlei, futebol e kickball
As atividades ocorrem em Boa Vista, Pacaraima e Manaus, cidades da região Norte que recebem grande parte do fluxo de migrantes venezuelanos. Ao promover a integração desta população com a comunidade local, “estas cidades demonstram sua capacidade de agregar quem foi forçado a deixar tudo para trás”, informou a ACNUR. Entre os eventos estão atividades artísticas, como exposição fotográfica, dança, música, feira de artesanato, show de calouros, e esportivas, que
Entre os dias 18 a 23 de junho, eventos gratuitos reúnem população refugiada e brasileiros
incluem caminhadas e jogos de vôlei, futebol e kickball. Grande parte dessas atividades será aberta à população local. De acordo com a Polícia Federal, em todo o país, até abril deste ano, já são aproximadamente 99 mil pedidos de refúgio, sendo 83 mil deles apresentados em Roraima e outros 16 mil no Amazonas. Além desses números, há outros 68,5 mil pedidos de residência temporária. Desde 2015, mais de quatro milhões de venezuelanos deixaram o país em busca de proteção e assistência médica em países latino-americanos. Em Boa Vista haverá apresentação teatral e exposição de fotos no abrigo Jardim Floresta
na tarde da quarta-feira (19). Torneios esportivos serão realizados nos abrigos Pintolândia (20) e Rondon 3 (22). Em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, haverá feiras de artesanato, mostras culturais e atividades esportivas nos abrigos, nos centros de controle migratório e na quadra esportiva da cidade. Ainda na capital, na quarta-feira (19), às 15h, ocorre a formatura da primeira turma de estudantes venezuelanos do projeto “Oficinas de Acesso e Integração ao Mundo do Trabalho”, uma parceria entre o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) e o ACNUR.
Neste mesmo dia será lançado o relatório do ACNUR “Tendências Globais”, com os dados mais recentes sobre deslocamento forçado. O lançamento será às 9h, no auditório da Secretaria de Estado do Trabalho e Bem Estar Social (Setrabes). Já na capital amazonense, o destaque são os eventos do final de semana. A partir das 8h do sábado (22), começa a Caminhada #ComOsRefugiados, com a participação venezuelanos e da população local. Com concentração na praça do Teatro Amazonas, a caminhada termina no Colégio Brasileiro, onde participantes se confraternizarão com música e atividades para as crianças.
AGENDA Boa Vista 18/06, às 15h: Roda de conversas com mães e crianças, ministrado pelo IMDH na igreja da Consolata. 19/06, às 09h: Atividades culturais no abrigo Santa Tereza. 19/06, às 09h : Lançamente do relatório Tendências Globais 2018, no Auditório da SETRABES. 19/06, às 14h: Peça Teatral, exposição de fotos, Dança Cultural, Vídeo de Partilha de experiências exitosas de famílias interiorizadas, no abrigo Jardim Floresta. 19/06, às 15h: Formatura da primeira turma de venezuelanos em Boa Vista do projeto “Oficinas de Acesso e Integração ao Mundo do Trabalho”, no CIEE Boa Vista. 19/06, às 18h: Gupos culturais venezuelanos como música, dança, poesia. Além de oferecer
comidas típicas venezuelanos, no Caritas Boa Vista, 18h. 20/06, às 09h: Torneio esportivo, apresentações culturais e classes para crianças no abrigo Pintolândia. 20/06, às 09h: Exposição de Mandalas e Standu up – Show de Variedades, no abrigo Tancredo Neves. 20/06, às 09h: Exposição de Fotografias e pinturas, apresentações musicais e danças, no abrigo Nova Canaã. 21/06, às 15h: Show de Talentos no Abrigo Latife Salomão. 22/06, às 09h: Torneio esportivo para os abrigos Rondon 1, 2 e 3 no espaço recreativo do Rondon 3. 22/06, às 14h: Apresentações culturais, teatro, danças e atividades para as crianças no abrigo Rondon 3. Pacaraima 20/06, às 09h: Exposição de fotos e artesanato Warao no Posto de Recepção e Identificação) e mostra cultural e apresentação de Jiu Jitsu no Posto de Triagem. 20/06, às 18h30: Festival de Cinema na quadra esportiva coberta da cidade. Manaus 18/06, às 08h: Roda de conversa sobre refúgio na Universidade Federal do Amazonas. 18/06 às 19h: Sessão de cinema para refugiados abrigados na cidade no Casarão de Ideias. 19/06, às 19h: Sessão aberta do filme ‘Los Silencios’ no Casarão de Ideias. 22/06, às 08h: Caminhada #ComOsRefugiados, na Praça do Teatro Amazonas. 23/06, às 10h: Confraternização e oficinas para refugiados no Centro de Apoio e Referência para Refugiados e Migrantes em Manaus (CARE).
Inscrições para o primeiro casamento LGBTQ+ de Roraima ocorrem até julho Arquivo/Roraima Em Tempo
Estão abertas as inscrições para o primeiro casamento para Lésbicas, Gays, Transexuais e Travestis de Roraima. O evento organizado pelo Grupo DiveRRsidade, em parceria com o Cartório Loureiro e a ONG Mães Pela Diversidade, oferta até julho 12 vagas para a cerimônia em grupo. A solenidade está marcada para o dia 29 de agosto e irá selecionador os casais de baixa renda. Eles recebem isenção da taxa de oficialização da união.
Conforme o presidente do grupo, Sebastião Diniz, os interessados deverão entrar em contato com o DiveRRsidade até o dia 10 de julho, através do número (95) 99114-6147. Para garantir a participação no evento, os escolhidos precisarão apresentar documentos no Cartório Loureiro, no Centro de Boa Vista até o dia 16 de julho. Para realizar a inscrição são necessários documentos pessoais com fotos
dos noivos e testemunhas, comprovante de residência do casal e certidões de nascimento ou casamento, para quem já foi casado. LEI
Com seis anos em vigor, a Resolução175 da Lei 11.419/2006, que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, este é o primeiro casamento coletivo da comunidade LGBT de casais homoafetivos que se unem legalmente.
Para garantir participação no evento, escolhidos precisam apresentar documentos no Cartório Loureiro
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Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
SEM COMEMORAÇÃO
Preço da gasolina em Roraima acumula alta de mais de 4%, afirma economista Esta é segunda redução do combustível no mês de junho; preço do diesel permanece inalterado pela Petrobras Arquivo/RoraimaemTempo
YARA WALKER
jornalismo@roraimaemtempo.com.br
O preço da gasolina teve redução de 3% nas refinarias. Contudo, o desconto de alguns dias só foi percebido nesse fim de semana em Boa Vista. Conforme a Petrobras, o litro da gasolina caiu de R$ 1, 8144 para R$ 1, 7595, uma redução de R$ 0,05. Essa foi a segunda redução do combustível neste mês junho. No dia 1º, a empresa fez uma redução de 7,16 % no valor. Para o Assistente Administrativo, André Lucas, de 25 anos, a mudança é benéfica, mas a constante instabilidade ainda causa desconfiança.
DIESEL No caso do diesel, não houve alteração no preço por parte da estatal. Ele continuará sendo negociado a R$ 2,16 por litro nas refinarias
“Só percebi neste fim de semana que houve uma queda de R$ 4,35 para R$ 4,17. Isso ajuda a economizar em casa, mas é melhor não criar muita expectativa, sempre tem um aumento”, ponderou. No caso do diesel, não houve alteração no preço por parte da estatal. Ele continuará sendo negociado a R$ 2,16 por litro nas refinarias. A informação foi divulgada no site da petroleira e detalha preços praticados nos 37 pontos de suprimento do mercado brasileiro para a gasolina, o diesel S10 e o diesel S500. ESPECIALISTAS Na análise do economista Paulo Henrique da Silva, a fiscalização e a cobrança da sociedade são dois pontos principais para que ocorra o reajuste. “Alguns postos de combustíveis foram multados quando não ocorriam as diminuições nos valores. Entretanto, os órgãos fiscalizadores estão trabalhando para que haja este resultado. Esse processo é importantíssimo para a população e é necessário que exista cobrança do consumidor”, aconselhou o especialista. Segundo o economista
Valor médio do litro passou de R$ 1,8144 para R$ 1,7595, redução de cinco centavos nas refinarias
Fábio Martinez, a Petrobras decide estes valores com base em fatores, como cotação internacional do petróleo e câmbio da moeda americana, que rege o mercado financeiro. “Apesar das diminuições, a gasolina ainda acumula alta
de 4,05% no Estado. Essa queda é recorrente pelo preço do barril do petróleo no final do mês passado, quando estava em torno de 70 dólares. Agora, está a menos de 60. A Petrobras tem dois parâmetros para avaliar a redução do preço: preço do bar-
ril e a cotação do dólar, que está estável. Caso um destes sofra alteração, consequentemente o consumidor sente no bolso”, explicou. Na semana passada, o valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros recuou
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em 22 Estados e no Distrito Federal, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Houve alta apenas em Alagoas, no Amazonas, no Maranhão e na Paraíba.
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Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
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CAMINHO CERTO?
Previdência: parecer apresentado é bem recebido pelo mercado financeiro Saíram da reforma itens como aumento da idade mínima para aposentadoria rural e alterações no BPC para idosos Marcelo Camargo/Agência Brasil
O parecer da reforma da Previdência apresentado na quinta-feira (13) foi bem recebido por analistas do mercado financeiro, mas a avaliação é de que ainda é preciso incluir estados e municípios nas mudanças. Governadores que defenderam participação na reforma se dizem frustrados.
de vários partidos que temem desgastes com suas bases eleitorais com uma reforma mais dura para servidores estaduais e municipais. Na avaliação do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), a retirada de estados e municípios da reforma foi uma estratégia do relator e da base do governo para evitar embates e ter uma votação expressiva na Comissão Especial. Dória acredita que o cenário pode ser revertido e atribui a decisão do relator à “má articulação de governadores do Nordeste com as respectivas bancadas na Câmara dos Deputados”. Outro governador, Renato Casagrande, do Espírito Santo também criticou a exclusão. “Por que tratar de forma diferenciada servidores da União, estados e municípios? Isso vai levar para os estados e municípios esse debate, alguns vão conseguir fazer, outros não. A gente vai fazer um serviço pela metade. Vamos deixar para amanhã o que pode ser feito hoje”, destacou.
ECONOMIA Com as alterações, a economia estimada é R$ 1,13 trilhão, próximo da previsão de R$ 1,23 trilhão do governo Além da retirada das mudanças para servidores estaduais e municipais, também saíram da reforma itens como aumento da idade mínima para aposentadoria rural, alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC) para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, o sistema de capitalização (poupança individual de cada trabalhador) e a desconstitucionalização (permitiria mudanças na Previdência por meio de lei, sem necessidade de Proposta de Emenda à Constituição). Com as alterações, a economia estimada é R$ 1,13 trilhão, próximo da previsão de R$ 1,23 trilhão do governo. Para chegar a esse número, o relator da reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), propões aumento de receitas por meio da transferência de 40% de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para a Previdência Social e de tributo (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) sobre os bancos. Para o cientista político Rafael Cortez, sócio da Tendências Consultoria Integrada, “a economia gerada com o projeto é bastante significativa e deve gerar um choque positivo para a economia brasileira”, disse. No entanto, ele considera que incertezas com a votação do texto que ainda precisam ser reduzidas e a retirada de estados e municípios é “o ponto mais negativo”. “Os demais itens estavam no radar que seriam passíveis de mudança. Num certo sentido, o relatório trouxe viabilidade política e mantém esforço fiscal”, disse Cortez. O professor de macroeconomia do Ibmec-RJ e economista da Órama Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Alexandre Espírito Santo considera importante a volta de estados e municípios para a refor-
Governadores que queriam participação dos Estados se dizem frustrados
ma. Para ele, seria melhor votar a proposta no plenário no segundo semestre, após o recesso parlamentar, se for necessário haver tempo maior de negociação para inclusão dos estados e municípios. “Existem estados piores que a União [com relação às contas públicas]”, disse Espírito Santo. Espírito Santo afirmou ainda que o mercado já tinha avaliado como positiva a proposta do presidente Michel Temer, com economia estimada de R$ 600 bilhões. “De tudo que a gente tem visto nesses últimos anos é a melhor coisa que aconteceu. O mercado já tinha gostado da reforma do Temer. Agora a gente conseguiu através de um conjunto de medidas fazer uma economia em 10
anos perto de R$ 1 trilhão que é um número que não resolve, mas ajuda muito”, afirmou. Sobre a retirada da capitalização, Espírito Santo avalia que tinha “chance baixa” de passar pela Comissão Especial da Câmara. Cortez também avalia que já era esperada a retirada da capitalização, o que é considerada uma “derrota do governo”, mas “não era fundamental do ponto de vista fiscal”. “Diante da forte oposição política, foi uma retirada pragmática”, disse. Para Espírito Santo, houve um protagonismo da Câmara na análise da proposta de reforma. “Não foi a reforma do [ministro da Economia] Paulo Guedes. Houve uma atuação importante do relator e evidentemente atendeu a pedidos variados. Há
um protagonismo indiscutível do Congresso porque facilita a aprovação e não passa aquela ideia de coisas impostas de cima para baixo. Acho que tem uma chance boa de ser aprovada pelo plenário”, destacou. GOVERNADORES Entre os governadores, que saíram de um encontro nacional em Brasília, na última terça-feira (11), confiantes de que, junto com os municípios, seriam mantidos no texto, o sentimento é de frustração. “Governadores das 27 unidades da federação assumiram o compromisso de sentar à mesa para o entendimento de um texto capaz de conquistar mais de 308 votos [mínimo necessário na Câmara para
aprovação do texto] e com compromisso de equilíbrio na previdência. Alguém pensa que é fácil? Especialmente para quem é do campo da oposição foi um gesto de grandeza pelo Brasil”, avaliou o governador do Piauí, Wellington Dias. Segundo Dias, os governadores ainda comemoravam a sinalização do relator da retirada de pontos polêmicos da proposta como o BPC, a aposentadoria rural, a capitalização e a desconstitucionalização quando, no dia seguinte, foram “pegos de surpresa” pela imprensa com a notícia de que os estados e municípios ficariam fora da reforma. “Em bom português: rompido o acordo”, disse. O pleito dos governadores esbarra na resistência de líderes
PLANO B Defensor de uma terceira via como plano B, a de uma reforma nos estados, por decreto, nos moldes da que está em discussão no Congresso, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi mais ponderado. “Estamos na tentativa da gente poder realmente ter a inclusão, mas também reconheço e não quero cobrar de maneira nenhuma dos deputados federais, acho que é uma decisão que cabe a mim respeitar” avaliou. “É um momento delicado, de muito diálogo, estive em Brasília todo esse tempo, reuniões até altas horas, mas vamos até o último minuto como eu sou insistente ao mesmo tempo determinado nas coisas, acreditar que ainda superaremos essa dificuldade” completou. Por: Agência Brasil
Em Santa Maria, Bolsonaro anuncia que Brasil foi aceito como aliado extra-Otan Alan Santos/PR
O presidente Jair Bolsonaro disse no sábado (15) em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que o Brasil foi aceito pelos Estados Unidos (EUA) como um aliado extra-Otan, a Organização do Tratado do Atântico Norte. De acordo com Bolsonaro, com a “aliança” o país terá mais assistência no campo militar e também no mercado de defesa. “Com muito orgulho, anuncio que há pouco colhemos um dos frutos da nossa viagem aos Estados Unidos, ao sermos aceitos pelo presidente Donald Trump como aliado extra-Otan”, disse Bolsonaro ao discursar em um evento militar na cidade gaúcha. “Possibilidade que permite nos equiparmos melhor e interagir mais com o mercado de defesa”, acrescentou O presidente participou da Festa Nacional da Artilharia (Fenart), no 3º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropul-
sado, que marca o aniversário do marechal Emílio Luiz Mallet. Em seu discurso, ele voltou a defender o armamento da população. “Nossa vida tem valor, mas tem algo muito mais valoroso do que a nossa vida, que é a nossa liberdade. Além das Forças Armadas, defendo o armamento individual para o nosso povo, para que tentações não passem na cabeça de governantes para assumir o poder de forma absoluta. Temos exemplo na América Latina. Não queremos repeti-lo. Confiando no povo, confiando nas Forças Armadas, esse mal cada vez mais se afasta de nós”, disse. Bolsonaro afirmou ainda que é preciso mais que o Parlamento para implementar as medidas políticas. “Precisamos, mais que um Parlamento, do povo ao nosso lado para que possamos impor uma política que reflita paz e alegria para todos nós”.
Para ele, com a aliança o país terá mais assistência no campo militar
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Política Nacional
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EM JOGO
Congresso vai aprovar reestruturação da carreira militar, avalia ministro da Defesa Ministro ressaltou que as peculiaridades da profissão nas Forças Armadas exigem normas específicas Divulgação/TV Brasil
FUTURO Estimativa do governo é que, se o Brasil detiver, ao menos, 1% do mercado mundial de lançamento de satélites até 2040, isso representará uma arrecadação de US$ 10 bilhões, por ano
as peculiaridades da profissão nas Forças Armadas exigem normas específicas. “Você está oferecendo a sua vida em prol do país. Então, ela tem que ter regras específicas para o militar e para a família dele. Eu tenho certeza absoluta que os parlamentares compreendem e vão aprovar isso”, apostou. Em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, o general também defendeu a importância de o Congresso aprovar o acordo de salvaguardas tecnológicas entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos para impulsionar o uso comercial da Base de Alcântara, no Maranhão. O documento foi assinado em Washington, nos Estados Unidos, em março, entregue na Câmara dos Deputados na semana passada e o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) foi escolhido relator na Comissão de Relações Exteriores, no dia 12. A estimativa do governo é que, se o Brasil detiver, ao menos, 1% do mercado mundial de lançamento de satélites até 2040, isso representará uma arrecadação de US$ 10 bilhões, por ano. Na entrevista, o ministro falou ainda de temas como a flexibilização do porte de arma e munição e dos 20 anos do Ministério da Defesa. Roseann Kennedy: Nestes 20 anos do Ministério, houve muita mudança na importância da defesa no país? Fernando Azevedo e Silva: Durante estes 20 anos, o Ministério da Defesa teve alguns avanços significativos. Uma foi a concepção de ações conjuntas, que envolvem as três Forças. Hoje, numa concepção de conflito, só existem operações conjuntas. Nós pegamos um período muito fértil, que foram as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Para você ter uma ideia, de 1999 até hoje, foram 114 operações. A outra coisa que marcou estes 20 anos foi o seu farol, a sua concepção estratégica. Os documentos básicos que foram criados e que dão realmente um norte para o Ministério e para Marinha, Exército e Força Aérea, que foram a Política Nacional de Defesa, a Estratégia Nacional de Defesa e o Livro Branco de Defesa, que são aprovados e referendados
pelo nosso Congresso. Roseann Kennedy: O país também teve avanço na condição geopolítica, com uma presença no mundo muito mais forte. Azevedo e Silva: É lógico que as concepções de conflito mudaram. Nós temos, hoje, os chamados conflitos assimétricos, que não têm fronteira, não têm países. E a nossa concepção estratégica foi mudando ao longo disso. Mas nós temos duas estratégias básicas, ou três. Nós temos que ter um poder dissuasório compatível com a estatura política e geográfica que o Brasil tem, com suas riquezas. Nós temos 22 milhões de quilômetros quadrados para vigiar, seja em terra, mar ou ar. Nós temos de ter a capacidade de projeção de poder, particularmente para atuarmos em forças expedicionárias em missão de paz que nós já atuamos em várias delas. E nós já atuamos em várias delas. Moçambique, Angola, Haiti, recentemente, e atualmente temos 375 militares no exterior, em missão de paz. Roseann Kennedy: Quais são seus principais desafios no Ministério da Defesa? Azevedo e Silva: A pasta da Defesa é até simples em relação às outras. Não no que seja simples por simplicidade, é pela organização que eu tenho, em relação ao Exército, Marinha e Força Aérea. São instituições de Estado. Elas atravessam ou se sobrepõem aos governos. Mas têm dois desafios. Um é o orçamento necessário. Que eles [recursos] são poucos, são escassos. Nos últimos anos, nós tivemos um orçamento compatível com as nossas necessidades. Nós sofremos particularmente em relação aos nossos programas e projetos. E você não tem mágica. Falta uma previsibilidade orçamentária. Isso que é o principal. Então, quando o recurso é pouco em relação aos principais programas da Força, só tem duas coisas a fazer: ou você alonga o prazo dos programas e projetos, ou você muda o escopo desses programas. E isso é ruim. Outro desafio, que iniciou a caminhada no Congresso, é o problema da proteção social dos militares, que confundem com Previdência. E a oportunidade que nós estamos tendo de ter uma reestruturação da carreira militar, que se faz necessária há algum tempo. Roseann Kennedy: A questão da aposentadoria de vocês não é tratada em proposta de emenda à Constituição (PEC), tem normas específicas. Azevedo e Silva: Eu acho que os integrantes do Congresso já compreenderam quais são nossas necessidades, as nossas idiossincrasias da profissão militar. A gente não tem um sistema previdenciário, você não tem um Regime Geral da Previdência, você também não é um servidor público. Você tem leis ordinárias que regulam a profissão militar. A Constituição já amarra as nossas peculiaridades. Você está oferecendo a sua vida em prol do país. Então, ela tem que ter regras específicas para o militar e para a família dele. Estamos contribuindo para o esforço do país, mudando a parte da proteção social, estamos passando a contribuir mais, bem mais. Estamos aproveitando para uma reestruturação da carreira, visando à meritocracia. Isso sem gerar déficit
Ministro Azevedo e Silva, durante entrevista à jornalista Roseann Kennedy
nenhum, ao contrário, estamos gerando um superávit para a receita. Então eu tenho certeza absoluta que os parlamentares compreendem e vão aprovar isso. Roseann Kennedy: A Defesa tem outras formas de contribuir com o ajuste fiscal, além do próprio entendimento em relação à reforma da Previdência? Azevedo e Silva: Tem, nós já fazemos isso. Nós temos a Base Industrial de Defesa. São empresas estratégicas nossas. Sempre de maneira dual, tanto serve para a parte militar como para a civil. Ela é a responsável por 4% do Produto Interno Bruto. Gera 60 mil empregos diretos e mais 240 mil empregos indiretos. Quer dizer, nós estamos contribuindo. Roseann Kennedy: Como está a questão do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, para o uso comercial da Base de Alcântara? Azevedo e Silva: Esse é outro processo importante que o Ministério da Defesa está à frente, com o Ministério da Ciência e Tecnologia. Isso aí começou em 1983, com a criação da base de lançamento de Alcântara. Mas o primeiro acordo de salvaguardas, que é um acordo comercial, foi para o Congresso em 2000. É um acordo com os americanos, que detêm 80% de todos os componentes satélites, você tem que passar por ele. Como passaram a Rússia e a China, que têm o mesmo acordo. Em 2000, nós não tivemos êxito. Aperfeiçoamos as correções que o Congresso achou por bem fazer. Levamos de novo para o acordo, foi aprovado o novo acordo, e nós, na semana passada, entramos no Congresso com um projeto de lei desse acordo que é comercial e benéfico para o país. Roseann Kennedy: Isso pode ajudar também na ques-
EXPEDIENTE
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, está confiante na aprovação do projeto de lei que reestrutura a carreira militar. A matéria foi encaminhada ao Congresso paralelamente à reforma da Previdência, e a comissão especial que vai analisar o tema foi criada no último dia 29. O ministro ressaltou que
tão fiscal? Azevedo e Silva: Também. Primeiro, a localização em termos técnicos vai ser a melhor base em condições técnicas de lançamento de satélite do mundo. Então, os países que venham lançar os satélites aqui, é um acordo comercial. Isso gera divisas. Isso gera recursos, impulso até para a região do Maranhão. Então é um acordo muito bom. Roseann Kennedy: Já que falamos de Base de Alcântara, o senhor, que foi precursor dos paraquedistas, viajaria num foguete? Azevedo e Silva: Eu viajaria num foguete só se eu pudesse colocar um paraquedas e, se for muito alto, o oxigênio. Sem paraquedas eu não subo num foguete. Roseann Kennedy: Nunca deu medo de saltar, nem quando houve pane no paraquedas? Azevedo e Silva: A minha paixão sempre foi o paraquedismo. Eu passei ali 12 anos. Como general, eu comandei os paraquedistas, que é o sonho de todo paraquedista. Quando eu estava começando a saltar, perguntei a um oficial que tinha muito salto se ele tinha medo. E ele falou assim: ‘Tenente, se eu não tiver medo mais de saltar, eu paro de saltar. Significa que eu estou ficando louco.’ Então, medo você sempre tem. Mas dominar o medo é muito bom. Agora, em relação às panes de paraquedas que eu tive, não é uma boa situação. Mas ainda bem que a gente tem um paraquedas reserva. Foram sete panes que eu tive. Roseann Kennedy: Vamos falar de segurança. Um dos assuntos na pauta no país é o decreto que flexibiliza o porte de arma e munição. Qual é o impacto que o senhor avalia que isso pode ter na segurança pública do país? Azevedo e Silva: Nós va-
DIREÇÃO GERAL: ROSILENE BRITO DIREÇÃO COMERCIAL: CYNTHIA NOLETO EDITOR-CHEFE: JOSUÉ FERREIRA EDITORA: NEIDIANA OLIVEIRA EDITORES SETORIAIS: NONATO SOUSA, PLINIO VICENTE, SÉRGIO PAULO REPÓRTERES: ANDERSON SOARES, GABRIELA GUIMARÃES, NAILSON ALMEIDA, RIKALLY SILVA, YARA WALKER E WINICYUS GONÇALVES FOTÓGRAFOS: EDINALDO MORAIS
mos ver o impacto a partir de agora. Mas vamos ver o modelo anterior. É um modelo que não tinha uma flexibilização, chegou-se a índices de criminalidade alarmantes. Você não pode ter, num passado recente, 63 mil homicídios. Então é um modelo que não estava dando certo. É um modelo em que o bandido, o malfeitor estava armado e o chefe de família sem possibilidade de uma autodefesa, de estar armado. Então, não fugiu o controle o decreto. Continua o controle. Mas deu uma flexibilidade maior, com a possibilidade de um chefe de família ter a sua defesa, dele e de seu lar. Nós vamos esperar os resultados. Mas eu acho que foi bom. Roseann Kennedy: E esse resultado vocês vão conseguir medir em curto, médio ou longo prazo? Azevedo e Silva: Acho que é médio prazo. Agora, o importante é que o modelo anterior não deu certo, pelos índices alarmantes que a gente tem. Roseann Kennedy: Pesquisa recente mostra que a população vê as Forças Armadas como a instituição de maior confiabilidade no país. A que o senhor creditaria isso? Azevedo e Silva: São vários fatores. Uma é pela postura de seriedade que as Forças sempre tiveram. Outra, no passado, desde o descobrimento do Brasil, as Forças Armadas, diferentemente de outros países, foram responsáveis pela formação da nacionalidade brasileira. Elas estiveram presentes em todos os momentos importantes do Brasil. Outra é pela presença nossa em todo o território. E pelo serviço militar, pelos parentes, pelo avô, pai, filho, que servem e veem a nossa seriedade. Então são instituições muito sólidas. Têm seus erros? Têm. Mas nós cortamos na carne os nossos erros, a Marinha, o Exército e as Forças Aéreas.
Roseann Kennedy: No passado, existia um jovem reticente, sem querer entrar para o serviço militar obrigatório. Como é isso hoje? Azevedo e Silva: A Constituição Federal sabiamente prevê o serviço militar obrigatório. Tem países que tiraram isso, se arrependeram e voltaram. A segurança do país merece o serviço militar obrigatório, até para formar o reservista. Mas antes, que havia alguns pedidos para não servir, esse quadro mudou. Nós temos em média por serviço militar 1,8 milhão de jovens que se alistam, prontos para servir. A gente aproveita, em média, cerca de 6% disso, é muito pouco. Então é o contrário. Agora a demanda maior é querer servir. E tem outras entradas. Tem a parte de sargento, tem a parte de oficiais. Então a demanda para as escolas militares é muito boa. O que a gente não pode perder, aí vem a reestruturação da carreira militar, é o incentivo ao jovem procurar a carreira definitiva das Forças Armadas. Roseann Kennedy: Que salto o senhor ainda quer dar na sua vida? Azevedo e Silva: Já saltei muito, mas o salto que eu quero dar na minha vida é saltar para bater palma pelo sucesso dos meus filhos e da minha neta. É esse é o salto. Roseann Kennedy: O senhor acredita que o Brasil vai mostrar toda a sua potência quando? Azevedo e Silva: [Em] toda grande caminhada para o país virar uma potência, tem que dar o primeiro passo. E eu acho que o passo foi dado nessas eleições. O povo quis mudança. O povo quis um novo sistema. E esse governo do presidente Bolsonaro foi eleito por causa disso. Para dar o primeiro passo para o Brasil realmente se tornar uma potência. Por: Agência Brasil
DIAGRAMADORES: NAZARENO NEVES E JÚNIOR PINHEIRO EDITORA ON LINE LTDA ENDEREÇO: ALAMEDA CANARINHO, 150, CANARINHO, BOA VISTA/RR – CEP. 69.306-580 FONE: 95 3624 6958 EMAIL JORNALISMO: jornalismo@roraimaemtempo.com.br EMAIL ADMINISTRATIVO: administrativo@roraimaemtempo.com.br EMAIL COMERCIAL: comercial@roraimaemtempo.com.br
Economia A9
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
ESPECIAL DINHEIRO VIRTUAL
Você gostaria de ter o salário pago em criptomoeda, como o bitcoin? Para os críticos da moeda virtual, trata-se de uma jogada de marketing, anunciada no momento em que o interesse global pela tecnologia financeira está em alta
RISCOS Apesar dos repetidos alertas de economistas e analistas financeiros de que a euforia em torno do bitcoin é uma bolha prestes a estourar, parece que as pessoas estão dispostas a assumir o risco O bitcoin tem chamado a atenção do mundo pela hipervalorização. Mas poucas pessoas usam, de fato, a moeda virtual. Agora, já pensou se o seu salário fosse pago em criptomoedas? Desde o início deste ano, 4 mil funcionários da empresa japonesa de internet GMO Group passaram a ter a opção de receber parte dos salários em bitcoin. Para os críticos, tratou-se de uma jogada de marketing, anunciada no momento em que o interesse global pela tecnologia financeira passou a estar em alta. Eles alertam também para os riscos relacionados à volatilidade da moeda, que despencou na semana passada, mas desde então se recuperou em mais de 50%. Mas o que isso realmente significa para os empregadores e funcionários? Os salários em bitcoin geralmente são pa-
gos de acordo com o valor da moeda digital em data e hora previamente acordadas. Por exemplo, se o preço do bitcoin for US$ 10 mil e um funcionário escolher receber US$ 1 mil em criptomoeda, ele ganharia 0,1 bitcoin. Aqueles que optarem por vender a moeda virtual imediatamente receberiam a mesma quantia que teria sido paga em dinheiro (desde que tenham acertado a venda antecipadamente). Já quem quiser guardar a criptomoeda - seja por um dia, uma semana ou um ano - verá seu valor subir ou descer. Os US$ 1 mil podem acabar valendo US$ 5 mil. Ou até mesmo nada. Desta forma, especialistas argumentam que pagar salários em bitcoin estimula as pessoas a correrem risco.“Se um empregado está recebendo seu salário em bitcoin, ele também poderia receber em bilhetes de loteria”, compara Massimo Massa, professor de finanças da Escola INSEAD de Negócios. “Eles estão apenas participando de um jogo.” Segundo ele, os funcionários devem ser informados de que “não há garantias de que o preço (da moeda) aumentará e que não há valor intrínseco porque não há nada para respaldá-lo.” E acrescenta que esse tipo de transação nunca pode ser obrigatório.
GETTY IMAGES/BBC
Empresa que converte salários em criptomoedas ganhou milhares de novos usuários à medida que as pessoas foram atraídas pela rápida ascensão dos preços
Apesar dos repetidos alertas de economistas e analistas financeiros de que a euforia em torno do bitcoin é uma bolha prestes a estourar, parece que as pessoas estão dispostas a assumir o risco. A Bitwage, plataforma desenvolvida para converter salários em criptomoedas, ganhou milhares de
novos usuários à medida que as pessoas foram atraídas pela rápida ascensão dos preços. “Hoje em dia, muita gente quer ter parte e, às vezes, todo o salário pago em bitcoin”, afirma Jonathan Chester, fundador do Bitwage. A empresa já processou só neste ano US$ 30 milhões em salários de 20
mil usuários nos EUA, Europa, América Latina e Ásia, incluindo funcionários do Google, do Facebook, da GE, da Philips, da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Marinha norte-americana. Muitos trabalhadores se inscreveram no serviço por conta própria. Ainda segundo o alerta feito por Chester, que diz
converter 15% de seu próprio salário mensal, “é uma maneira de acumular bitcoin ou criptomoeda sem se preocupar se você está comprando no momento certo”. Desta forma, as pessoas podem, teoricamente, reduzir os riscos da volatilidade porque “só compram pequenas quantidades ao longo do tempo”.
GETTY IMAGES/BBC
Empresas têm oferecido salários virtuais há anos Para os especialistas no assunto consultados pela BBC, é complicado generalizar, e parece inevitável que, à medida que a indústria se desenvolva, as regras fiscais também evoluam. Como ocorrem nas relações tributárias normais, Em qualquer parte do mundo, os empregados estão sujeitos a pagar imposto sobre seus rendimentos. Assim também ocorre com relação ao bitcoin, calculado sobre o valor no momento em que o salário é pago.
Mas, assim como acontece com a compra de ações, os funcionários podem precisar pagar imposto sobre ganho de capital, se o bitcoin aumentar de valor, dependendo da jurisdição fiscal. Algumas empresas que trabalham na indústria de criptomoedas têm oferecido salários em bitcoin há anos. Afinal de contas, se você chegou cedo e comprou quando o preço estava muito baixo, poderia ser uma jogada inteligente usá-la agora para pagar os salários. GETTY IMAGES/BBC
Empregados sempre estão sujeitos a pagar imposto sobre rendimentos em bitcoin
Mike Ferrer (à direita) acredita que as criptomoedas são um investimento em longo prazo. Ele optou por receber parte de seu salário base em bitcoin
Para não correr grandes riscos, o segredo é investir somente aquilo que se pode pagar O grupo japonês GMO diz que quer levar a equipe a conhecer melhor o bitcoin. A empresa expandiu recentemente sua atuação para negociação de moedas virtuais e mineração de criptomoedas. E espera que, a partir da experiência pessoal direta com o bitcoin, os funcionários se familiarizem com o mercado de criptomoedas. “É vital para o crescimento e expansão do nosso negócio de criptomoedas”, diz a empresa.
A indústria de pagamentos digitais está em expansão, com novas moedas digitais surgindo o tempo todo. Na TenX, startup, com sede em Cingapura, os funcionários geralmente têm o salário base pago em suas contas bancárias, mas o bônus mensal é pago em tokens Pay, moeda digital própria da empresa. Os tokens, que podem ser negociados em operações digitais, foram emitidos em uma oferta inicial de moedas em ju-
nho de 2018, permitindo que a empresa levantasse US$ 80 milhões. Julian Hosp, cofundador e presidente da TenX, afirma que não fazia sentido comprar bitcoin para pagar bônus quando a empresa já tinha sua própria moeda. Segundo ele, pagar bônus em tokens pode incentivar os funcionários, uma vez que o valor do Pay aumenta de acordo com o sucesso da empresa. O gerente de comunidades da TenX, Mike Fer-
rer, foi além e optou por receber também parte de seu salário base em Pay, além do bônus mensal. Com 32 anos, ele investe em criptomoedas há algum tempo e admite que há grandes riscos. Mas afirma que só investe aquilo que pode pagar. “Eu me imagino pegando uma pilha de dinheiro e vendo as notas queimarem na minha frente. Quando não me sentir confortável com isso, é porque já investi demais”, afirma Ferrer. (Fonte: BBC).
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Economia
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
ESPECIAL NATUREZA&MINERAÇÃO
Mineradora garante que opera com segurança e estabilidade no Pará Essa planta da Alunorte está localizada no município paraense de Barcarena. A alumina é a principal matéria-prima do alumínio e é produzida a partir da bauxita DIVULGAÇÃO/HYDRO
A empresa garante que, ao contrário0 das antigas acusações, todo o processo é feito de acordo com os mais rigorosos padrões nacionais e internacionais de qualidade e excelência operacional para garantir respeito ao meio ambiente e à sociedade
O Tribunal Federal de Belém revogou o embargo de 50% de produção da refinaria de alumina Alunorte no último dia 20 de maio. Essa decisão permite à refinaria, considerada a maior do Ocidente nesse setor, retomar a capacidade plena de produção após mais de um ano. Esta decisão veio depois que o Ministério Público e a Alunorte assinaram uma petição conjunta, no dia 12 de abril deste ano para a retirada dos embargos de produção perante a Justiça Federal. Depois de acusações de que estaria poluindo rios da Amazônia,
esse parecer favorável à retirada do embargo ocorreu após a avaliação da consultoria técnica independente Ramboll Brasil Engenharia e Consultoria, escolhida pelo Ministério Público para analisar laudos e pareceres apresentados pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas) e por professores da Universidade Federal de Campina Grande, que concluíram que a Alunorte pode retomar com segurança suas operações em plena capacidade. Maior refinaria de alumina do mundo fora da China, essa plan-
ta da Alunorte está localizada no município de Barcarena, no Pará. A alumina é a principal matéria-prima do alumínio e é produzida a partir da bauxita. A empresa garante que, ao contrário0 das antigas acusações, todo o processo é feito de acordo com os mais rigorosos padrões nacionais e internacionais de qualidade e excelência operacional para garantir respeito ao meio ambiente e à sociedade. A respeito de matéria publicada por este jornal na segunda-feira passada (10), a Alunorte esclarece que não houve vazamento
ou transbordo dos depósitos de resíduos sólidos da empresa. Mais de 90 inspeções e visitas técnicas de órgãos públicos e entidades, como Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade) de Barcarena, Defesa Civil Municipal de Barcarena, Defesa Civil do Estado do Pará, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), confirmaram que não houve transbordo ou vazamento
dos Depósitos de Resíduos de Bauxita da Alunorte durante as chuvas extremas de fevereiro de 2018. Portanto, para o RORAIMA em tempo, diante de tantas comprovações atestando os cuidados da empresa, ficam retificadas as informações prestadas em reportagem da BBC News, as quais, na ocasião, o jornal classificou como creditáveis e corretas. O que, agora, fiou demonstrado que a situação não era bem essa, daí o pedido de desculpas pela publicação envolvendo o nome da Alunorte..
A empresa assegura que investimentos são contínuos e que mantém um bom relacionamento com a comunidade A Alunorte garante que monitora continuamente e analisa a qualidade e a conformidade dos efluentes com todos os parâmetros legais aplicáveis. De acordo com sua Licença de Operação, a refinaria realiza o monitoramento de metais pesados seguindo o CONAMA 430 (limites de descarga). Todos os resultados, incluindo cádmio, arsênio, cromo, mercúrio e chumbo estão abaixo dos limites legais. Esses dados são reportados à SE-
MAS (Secretária de Meio Ambiente & Sustentabilidade do Estado do Pará) anualmente. A empresa acrescenta que estará investindo R$ 675 milhões até 2020 em melhorias nos sistemas de recebimento, controle, bombeamento e tratamento de água e efluentes. As obras incluem a construção de novas bacias de estocagem de águas residuárias e pluviais, novos sistemas de bombeamento e tubulação para a transferência de efluentes, novos instrumen-
tos de automação e controle, novas câmeras de monitoramento das bacias de contenção e uma nova estação de tratamento de efluentes. O aumento da capacidade da bacia de armazenamento em 350%; ampliação da capacidade de tratamento de efluentes em 50%, além do crescimento de 311% no armazenamento de efluentes estão sendo realizados para que a empresa esteja preparada para mudanças climáticas ainda mais severas. MÁCIO FERREIRA/AGÊNCIA PARÁ
Esta publicação retifica informações prestadas pela BBC News, que a Alunorte considerou equivocadas e que não correspondem à realidade da atuação da empresa mineradora
DIVULGAÇÃO/HYDRO
Capacitação do projeto Amesa que atende agricultores de 24 comunidades de Barcarena, no Pará
O novo projeto é catalisar esforços para permitir a construção de uma cidade sustentável em Barcarena A Alunorte também assegura cumprindo devidamente os compromissos firmados no TAC firmado com o Ministério Público (estadual e federal) e o Governo do Estado do Pará, representado pela SEMAS. Somente este ano, mais de 500 pessoas da comunidade visitaram a Alunorte para conhecer as operações da refinaria, observando in loco seus sistemas produtivos e controles ambientais.
O relacionamento da Alunorte com a comunidade de Barcarena envolve diversas ações sociais
RETIFICAÇÃO
Além disso, 1200 pessoas participaram de 18 encontros realizados de janeiro a maio deste ano, chamados de “Diálogo Social”, que são realizados com o objetivo de compartilhar informações e fortalecer o relacionamento. A Hydro ainda anunciou publicamente sua intenção de ser o catalisador de um esforço para a construção de uma Barcarena Sustentável. A Iniciativa Barcarena Sustentável (IBS)
consiste em um esforço de vários atores sociais, incluindo a Hydro, para promover e acelerar a mudança social no município. A empresa acrescenta que está investindo R$ 100 milhões nesta iniciativa cuja gestão é independente e deverá desenvolver uma plataforma de desenvolvimento de longo prazo para a região. Mais informações podem ser conferidas no site https://www.hydro.com/pt-BR (Fonte: Hydro Brasil).
Mundo A11
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
ESPECIAL COMPORTAMENTO URBANO
As quatro explicações para a impressionante queda do índice de violência em Nova York A grande metrópole americana registra menor taxa de homicídios em mais de 70 anos e se torna exemplo em matéria de segurança - e em caso a ser estudado ROBYN BECK/AFP
HOMICÍDIOS
Em relação à população, a taxa de homicídios de 2018 foi de 3,4 por 100 mil pessoas - muito abaixo dos 30,7 registrados na década de 1990
Tiroteios em Manhattan e assaltos no Central Park são cada vez mais algo do passado e da ficção: Nova York vive seu momento mais seguro em décadas. A prova está nos números: a cidade, que é a mais populosa dos Estados Unidos, teve 290 homicídios em 2018, segundo dados oficiais. É o menor número desde 1951, quando essas informações começaram a ser coletadas. Em relação à população, a taxa de homicídios do ano passado foi de 3,4 por 100 mil pessoas muito abaixo dos 30,7 registrados na década de 1990. Para comparação, essa taxa foi de 30 no Brasil em 2018, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. “Uma queda dessa não foi registrada em
“A queda da violência registrada em Nova York ainda não foi alcançada por nenhuma outra grande cidade”, afirma Franklin Zimring, especialista da Universidade da Califórnia em Berkeley
nenhuma outra grande cidade”, afirma Franklin Zimring, especialista da Universidade da Califórnia em Berkeley e autor do livro The City That Became Safe: New York’s
Lessons for Urban Crime and Its Control (“A cidade que se tornou segura: as lições de Nova York sobre o crime nas ruas e seu controle”, em tradução literal).
JEWEL SAMAD /AFP
Aumento do número de policiais foi acompanhado da mudança tecnológica
1. Mais policiais O chefe da polícia, James O’Neill, foi na mesma linha: “Nova York não é mais o pesadelo violento que um dia já vimos na imprensa, na TV ou nos filmes”. Na hora de interpretar este fenômeno, especialistas apresentam diferentes dados e teorias. Uma das mudanças para a melhora da segurança em Nova York foi o aumento de pelo menos 35% na quantidade de policiais na cidade entre 1990 e 2000, quando o número o ultrapassou o de 53 mil funcionários, segundo dados oficiais. Foi o maior crescimento registrado em uma metrópole com mais de 250 mil pessoas nos Estados Unidos. A diferença foi mais significativa em algumas áreas: o número de policiais de narcóticos cresceu o dobro em Nova York nessa década, por exemplo. Depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, também cresceu a quantidade de policiais designados a tarefas de contraterrorismo. Com isso, diminuiu o número de funcionários dedicados a combater delitos nas ruas. O interessante, assinala Zimring, é que mesmo assim Nova York conseguiu manter os níveis de segurança.
Isoladamente, uma maior quantidade de policiais nas ruas está longe de garantir uma queda nos crimes. Mas, no caso de Nova York, isso foi acompanhado por uma mudança tecnológica chave. “Entraram em jogo os sistemas de computador, para que o chefe de polícia soubesse onde os policiais estavam posicionados, onde os crimes eram cometidos e o impacto do posicionamento dos policiais nas taxas de criminalidade”, disse Zimring. “Antes dos computadores, não se sabia onde estavam os policiais. Podiam estar comendo rosquinhas o tempo todo”, acrescenta. O sistema computadorizado foi denominado CompStat, e foi implementado pela polícia de Nova York a partir de 1994. O êxito foi tanto que outras cidades dos Estados Unidos seguiram o exemplo, ainda que com resultados diferentes. A isso se somaram outras mudanças tecnológicas, como a chegada dos telefones celulares - e posteriormente, dos smartphones. “Podemos chamar a polícia imediatamente, gravar um vídeo”, afirma Eugene O’Donnell, ex-policial e ex-promotor de Nova York que atualmente é professor de Justiça Penal no John Jay College.
Os números de tiroteios, assaltos, roubos e prisões também caíram. Exceção foram os casos de estupro, que aumentaram em 2018 em relação ao ano anterior -
algo que a polícia associa à enxurrada de denúncias de assédio sexual que envolve famosos no país. As autoridades de Nova York se mostram satisfeitas
com o resultado. “Ninguém acreditava que seria possível ter menos de 300 assassinatos em um ano”, disse o prefeito Bill de Blasio em maio último.
2. Nova tecnologia Recentemente, a cidade incorporou novas tecnologias, incluindo um sistema denominado ShotSpotter, que detecta tiros mediante sensores especiais. Este é um dos pontos que geram mais controvérsia, inclusive entre especialistas: qual foi a mudança na estratégia policial que contribuiu para aumentar a segurança de Nova York? Há quem associe o fenômeno à “tolerância
zero” ou à “teoria das janelas quebradas” que autoridades da cidade implementaram no passado, vigiando agressivamente pequenas violações da lei para evitar a ocorrência de crimes mais graves. Mas há quem negue que esse seja o segredo por trás da queda na criminalidade. “É preciso ir onde estão ocorrendo os homicídios. E isso é exatamente o que foi feito”, assegura Zimring.
JEWEL SAMAD /AFP
Polícia vigia agressivamente pequenas violações para evitar crimes mais graves
3. Mudança de estratégia ANDREW BURTON/AFP
A estratégia policial tem como foco acabar com mercados públicos de venda de drogas. Existentes em diferentes pontos da cidade, esses locais contribuíam para o aumento nos homicídios, devido à disputa violenta por controlá-los. A venda de drogas a varejo continuou, mas de forma mais discreta e menos sangrenta. Ainda assim, a polícia de Nova York reduziu consideravelmente sua política de “parar e revistar” (“stop and frisk”, em
inglês), ou seja, abordar e revistar os transeuntes. Em 2013, a Justiça determinou que a prática violava garantias constitucionais e que era discriminatória contra latinos e negros, já que eles tendiam a ser mais abordados que os brancos. Blasio tem enfatizado melhorar a confiança dos cidadãos na polícia, atribuindo a queda dos delitos em Nova York à estratégia de perseguir os grupos responsáveis por boa parte dos crimes.
O prefeito Bill de Blasio quer melhorar a confiança dos cidadãos na polícia
4. As pessoas e o dinheiro JEWEL SAMAD /AFP
Queda na violência em Nova York tem relação com a melhora da economia
Outro ponto por trás da melhora da segurança em Nova York são as mudanças econômicos e sociais. “As pessoas estavam fugindo da cidade. Agora, é um dos bens imobiliários mais valiosos do mundo”, disse O’Donnell. “Viver em Nova York se tornou um bem precioso.” A queda na criminalidade está muito relacionada a “fatores de nível macro”, opina James Austin, presidente do Instituto JFA, uma organização que avalia práticas de Justiça Penal.
Esses fatores, afirma, incluem taxas de juros, inflação, desemprego e até taxa de fecundidade. “As mulheres estão tendo filhos mais tarde - e menos filhos”, diz Austin. Segundo ele, isso aumenta o controle doméstico e contribui para uma queda nas prisões de jovens. “Todos esses fatores de nível macro mostram ter um efeito supressor muito forte sobre a taxa de criminalidade.” (Fonte: The New York Times).
A12
Mundo
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
ESPECIAL MUNDO ÁRABE
Guerra Fria no deserto: pequeno e rico, o Catar vira pária no Golfo O país árabe, que tem em seu sub solo uma inestimável reserva de petróleo, que lhe propicia a renda per capita mais alta do mundo, está hoje isolado por causa do boicote econômico TOMAS MUNITA/THE NEW YORK TIMES
BOICOTE Desde junho do ano passado, o minúsculo e riquíssimo minúsculo país é alvo de um boicote decretado pelos vizinhos e antes aliados Arábia Saudita e Emirados Árabes
Os canteiros de obra em Doha,capital do Catar, se transformam invariavelmente em uma floresta de vidro. O país gasta bilhões de dólares numa permanente modernização
Para o emir do Catar, existe pouca coisa que o dinheiro não compra. Adolescente, ele queria ser o Boris Becker do mundo árabe. Então,
seus pais pagaram para que o astro alemão do tênis desse aulas para o filho. Fanático por esportes, ele comprou o Paris Saint-Germain
e pagou US$ 263 milhões por Neymar – a transferência mais cara da história do futebol. Em 2022, ele receberá a Copa do Mundo – ao
TOMAS MUNITA/THE NEW YORK TIMES
Tamim é um típico soberano do Golfo: educado na Inglaterra, como seu pai, tem três mulheres e dez filhos
Sem opositores, país tem um estilo provocativo detestado na região Mas a riqueza trouxe também autonomia e o Catar foi seguindo um rumo diferente. Rapidamente, o país assumiu o papel de pacificador regional, transformando Doha em uma espécie de Genebra do Golfo, onde protagonistas de guerras podiam debater suas divergências em hotéis cinco estrelas. O país se aproximou dos EUA, aceitou abrigar uma base aérea americana e ganhou influência por meio da Al-Jazeera, TV de estilo pro-
vocativo que é detestada pelas autocracias da região. Durante a Primavera Árabe, o Catar permaneceu estável graças à riqueza, à presença americana e à ausência de opositores. A estabilidade sempre causou certa ansiedade em Riad e em Abu Dhabi. A crise com os vizinhos, porém, começou com uma série de eventos aleatórios, aparentemente sem relação um com o outro. Em março de 2017, Tamim se recusou a extraditar
uma dissidente dos Emirados. Em abril, pagou US$ 300 milhões para resgatar membros da família real capturados por extremistas no Iraque – o que lhe rendeu críticas por ter negociado com radicais islâmicos. Dois dias depois, hackers a serviço dos Emirados invadiram o site da agência de notícias catariana e postaram elogios ao Irã e ao Hamas. Era a desculpa que os vizinhos esperavam para anunciar o boicote e iniciar uma campanha midiática contra o Catar. (Fonte: The New York Times).
custo de US$ 200 bilhões, uma grande conquista para uma seleção que nunca se classificou. Mas hoje, aos 38 anos, o xeque Tamin bin Ha-
mad al-Thani enfrenta um problema que dinheiro nenhum pode resolver. Desde junho do ano passado, seu minúsculo país
é alvo de um boicote decretado pelos vizinhos Arábia Saudita e Emirados Árabes. Da noite para o dia, aviões e cargueiros foram obrigados a mudar de rota, relações diplomáticas foram cortadas e a única fronteira por terra, fechada. Nem os animais foram poupados. Cerca de 12 mil camelos que pastavam em terras sauditas foram expulsos. Os vizinhos acusam o Catar de financiar o terrorismo, se aproximar do Irã e abrigar dissidentes. Tamim nega e atribui a animosidade à inveja. “Nossa independência é uma ameaça”, disse. O boicote, o primeiro ato de uma campanha do príncipe saudita Mohamed bin Salman, parece uma briga de família. As populações de Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes vêm das mesmas tribos, compartilham a mesma religião e a mesma comida.
Graças ao petróleo, cerca de 300 mil catarianos enriqueceram rapidamente Durante grande parte do século 20, o Catar foi um remanso no Golfo Pérsico que servia de esconderijo de piratas. A população era pobre. No verão, procurava pérolas no mar.; no inverno, criava camelos. Entretanto, em 1971 surgiu o gás natural. No início, a notícia foi frustrante. “Queríamos petróleo”, lembrou Ahmed bin Hamad, ex-premiê. No entanto, nos anos 90, novas tecnologias permitiram que o gás fosse liquefeito e exportado em navios. O pai do emir, o xeque Hamad bin Khalifa al-Thani, investiu US$ 20 bilhões em uma usina de liquefação em Ras La-
ffan com ajuda da Exxon Mobil, na época comandada pelo exsecretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson. A aposta deu resultado e o Catar tem hoje 30% do mercado global de gás. Desde então, seus 300 mil habitantes enriqueceram rapidamente. A renda per capita chegou a US$ 125 mil, a mais alta do mundo, duas vezes maior que a dos EUA e a da Arábia Saudita. O Estado ajudou, oferecendo terras, saúde e educação. Hoje, carros de luxo e limusines trafegam pelas estradas e dificilmente se encontra alguém pobre no país.
Porte alto e figura diplomática, Tamim é um típico soberano do Golfo: educado na Inglaterra, como seu pai, tem três mulheres, dez filhos e vive em palácios luxuosos. Sua ascensão ao poder, em 2013, aos 33 anos, constitui um nítido contraste com a gerontocracia da Arábia Saudita, onde os dirigentes se agarram ao trono até a morte. Os sauditas, que têm um território 186 vezes maior, sempre trataram o Catar como um Estado vassalo. Nos anos 40, eles extraíam parte do petróleo do pequeno emirado e, mais tarde, passaram a ditar a política externa e de defesa do país. TOMAS MUNITA/THE NEW YORK TIMES
Apesar da modernidade, que inclui a costumes ocidentais, muitos catarianos mantém o tradicionalismo
Variedades
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
A13
NOVA PROPOSTA
Anvisa propõe plantio de maconha em locais fechados e com acesso controlado Agência levará à consulta pública projeto para regular cultivo da planta e acelerar liberação de remédios de Cannabis para doenças graves Ricardo Borges/Folhapress
Assim que for aprovado no país, o plantio de maconha deverá ocorrer em locais fechados e cujo acesso será controlado por portas de segurança e uso de biometria. Empresas também terão que apresentar planos de segurança para evitar desvios e serão alvo de inspeções periódicas. As medidas fazem parte
PLANO Medidas fazem parte de uma proposta apresentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada. Projeto será levado à consulta pública por 60 dias.
de uma proposta apresentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada para tentar liberar o cultivo da Cannabis no país com foco na pesquisa e a produção de medicamentos. Agora, a proposta será levada para consulta pública por 60 dias. Atualmente, o plantio de maconha é proibido no país. Desde 2006, no entanto, a lei 11.343 prevê a possibilidade de que a União autorize o plantio “para fins medicinais e científicos em local e prazo predeterminados e mediante fiscalização”. A iniciativa de propor regras para o plantio da Cannabis, assim, representa uma primeira tentativa da agência em regular o tema, o que deve aumentar o espaço para uso medicinal da maconha no país. O início da reunião para apresentar a proposta foi marcado por expectativa entre parte dos representantes de empresas e pacientes. Na última terça, uma faixa foi colocada em frente à sede da Anvisa, em Brasília, com os dizeres: “Anvisa, legalize o autocultivo de Cannabis para fins terapêuticos”. A proposta aprovada pela agência para ir a consulta pública, no entanto, vai na contramão dessa medida, o que gerou frustração em associações de pacientes que acompanharam o encontro. Isso porque, conforme a Folha adiantou no dia 7 de junho, a previsão é que o aval ao cultivo seja restrito apenas a empresas, que ganharão uma licença especial para funcionamento, seguida de autorização de cultivo. Para isso, cada empresa deverá apresentar um plano de segurança com medidas para evitar desvios. O aval também será condicionado à análise de antecedentes criminais de responsáveis técnicos e diretores. Embora o aval seja dado pela Anvisa, a Polícia Federal deverá ser consultada no processo. Se aprovado, o plantio deverá obedecer a regras específicas e ser realizado em locais fechados e não identificados, vedados por dupla porta com sistema de travamento e protegidos por alarmes e sistemas
Folha de maconha em plantação caseira na zona norte do Rio
de segurança. O acesso deverá ser controlado por meio de biometria. Também haverá cotas de cultivo por tipo de planta, as quais serão definidas em conjunto com a equipe técnica da agência, em modelo semelhante ao adotado hoje pelo Canadá. Os limites ainda não foram definidos. As plantas poderão ser cultivadas para pesquisa e produção de remédios pela própria empresa ou serem vendidas para instituições de pesquisa, fabricantes de insumos farmacêuticos e laboratórios que fazem medicamentos. Será vedada a possibilidade de venda a pessoas físicas e farmácias de manipulação. Apesar das restrições, a expectativa de membros da Anvisa é que a medida estimule um novo setor de produção de remédios à base de Cannabis no país. Desde 2015, a Anvisa autoriza pedidos para importação de óleos e medicamentos à base principalmente de canabidiol —substância da maconha que tem alguns efeitos terapêuticos e não é psicoativa, ou seja, não dá “barato”. Ao todo, 6.789 pacientes já obtiveram o aval para importar esses produtos, o qual é condicionado a documentos e laudos médicos. As doenças mais frequentemente tratadas são epilepsia, autismo, dor crônica, doença de Parkinson e alguns tipos de câncer. O problema é que, por serem feitos no exterior, não há controle de qualidade da pro-
dução e os custos são altos. Em alguns casos, um tratamento por três meses fica em torno de R$ 2.000, o que tem feito crescerem as ações judiciais para que planos de saúde e no SUS forneçam os produtos. Ao mesmo tempo, o Brasil tem apenas um medicamento registrado à base da planta. O produto, chamado de Mevatyl, é composto por THC e canabidiol e indicado para casos de espasmos ligados à esclerose múltipla. Além do uso restrito, o preço também é considerado alto: em torno de R$ 2.600 a embalagem. Para o presidente da Anvisa, William Dib, a liberação do cultivo por empresas pode dar impulso à produção novos medicamentos e reduzir o preço desses produtos. Segundo ele, a falta de regulamentação da possibilidade de cultivo no país tem levado a atrasos em pesquisa e produção de medicamentos, sobretudo para doenças em que há casos de pacientes refratários a tratamentos convencionais. Ele cita como exemplo tratamentos para alguns sintomas de esclerose múltipla e Parkinson. “Tais doenças impõem severos custos sociais ao sistema de saúde”, disse. DIVERGÊNCIA Ao mesmo tempo em que foi celebrada por parte dos presentes, a proposta de regulação do cultivo gerou divergência entre alguns representantes de empresas e especialistas. Nos bastidores, muitos classificaram a proposta como
restritiva a pequenas empresas devido à permissão para cultivo apenas em locais fechados. A estimativa é que isso aumente em até cinco vezes os custos de produção. Para André Brofman, da Greenmed, empresa da Califórnia que atende a pacientes no Brasil, a proposta pode gerar custos tão altos “a ponto que o produto nacional possa ser ainda mais caro que o importado.” “O cultivo indoor implica em um custo alto para criar um espaço adequado, sobretudo de energia elétrica. O excessivo controle desses meios pode gerar um mercado propício para grandes laboratórios, com produtos caros”, disse. “A proposta é um passo importante para a gente fazer o cultivo. Ao mesmo tempo, há muitas coisas que vão dificultar a produção. Os equipamentos que pedem são incrivelmente desnecessários”, diz Mario Grieco, da Knox Medical, empresa americana que espera a regulação para poder entrar no mercado de remédios à base de Cannabis no país. esma preocupação foi compartilhada por outros presentes. “Tememos que além de não garantir igualdade entre os agentes econômicos envolvidos nessa regulação, isso acabe por impedir também o acesso ao direito de fundo que se persegue nessa regulação, que é o acesso a saúde”, disse Rodrigo Mesquita, da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas. Associações de pacientes também reclamaram da falta
de aval para cultivarem a planta, possibilidade praticamente excluída da proposta da agência devido aos requisitos exigidos. “Estamos falando do césio 137 ou de uma planta que todos podem ter acesso?”, questionou Pedro Luis Sabaciauskis Pereira, da Associação de Cannabis Medicinal de Santa Catarina. Também houve pedidos para que a Cannabis fosse regulamentada como fitoterápico e para que fosse dado aval para cultivo por pequenos agricultores. Outros acusaram a agência de querem favorecer grandes empresas. “Será que a Anvisa quer regular a Cannabis ou quer trazer a indústria química para regular esse mercado?”, complementou Pereira. Ao votar a favor da proposta, o presidente da agência defendeu a medida. “A Anvisa não foi movimentada por motivos econômicos”, afirmou. Ele não descartou, porém, que a proposta seja ajustada após consulta pública. Outros diretores também sinalizaram medida semelhante. Mas não para liberar o plantio por pacientes e pessoas físicas. “Não temos a competência de liberar a cannabis,só os medicamentos”, diz Dib, que defende a opção por autorizar o plantio apenas em locais fechados. “Tenho que ter regras que sou capaz de fiscalizar.” APRESSAR AVAL Além das normas para liberação de cultivo, a Anvisa aprovou nesta terça a abertura
de consulta pública para avaliar novas regras para liberação de remédios à base da Cannabis. A ideia, segundo a agência, é que haja um modelo de registro acelerado para doenças graves em que houver ameaça à vida e que não haja outras alternativas terapêuticas. Neste caso, o projeto prevê que empresas possam apresentar o pedido de registro, nome dado à etapa que autoriza a venda de remédios no mercado, antes mesmo da conclusão da última fase de estudos clínicos. Em contrapartida, haveria necessidade de que os estudos anteriores apontem eficácia e comprovem segurança no uso do produto. Também deve haver cobrança de um plano de monitoramento e apresentação de dados posteriores. O tempo do registro, no entanto, seria válido por tempo menor: três anos. Hoje, cada registro de medicamento dura até cinco anos. Entre as doenças que podem entrar nesta regra, de acordo com a agência, estão casos como dores crônicas por câncer e esclerose múltipla, por exemplo. Não haverá, porém, uma lista definida --o que pode abrir espaço para que empresas busquem o processo para outros casos. Aprovado, o medicamento deve ser vendido com cobrança de receita médica --como é hoje para antibióticos, por exemplo. A definição de tarja será feita para cada produto, que deve ser vendido em cápsula, comprimido, óleo e outros formatos --mas somente para uso oral. Essa restrição foi outro ponto de impasse. “Tenho pacientes autistas que não permitem que não se coloque nada na boca deles. Ter uma forma, ou por supositório, ou por via transdérmica, permite incluir essa população no tratamento”, afirma o neurocirurgião Pedro Pierro, que prescreve Cannabis. ATRITO COM GOVERNO Apesar de aparente consenso entre diretores da Anvisa, a proposta ainda deve gerar atrito com o governo, que tem adotado postura mais rígida em relação às drogas. No último mês, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, disse em rede social que a Anvisa era “irresponsável” por querer liberar o plantio de Cannabis no Brasil: “Contra a lei, contra as evidências científicas e contra o Congresso e o Governo brasileiro!”. A posição foi defendida pelo Conselho Federal de Medicina, para quem ainda não há evidências consistentes de eficácia e segurança do uso de alguns canabinoides —desde 2014, o conselho, porém, autoriza que médicos prescrevam o canabidiol para crianças e adolescentes com epilepsia. Em resposta, Dib diz que o receio é por achar que o acesso para uso medicinal seria à planta, o que é vetado na proposta. “A hora que entenderem o projeto, o número de pessoas que serão contrárias vai ser bastante reduzido. Ele trata única e especificamente de medicamentos”, diz. “Se o governo um dia quiser liberar a Cannabis, o ópio, a coca, isso é problema de governo, não é problema da Anvisa”. Por: Folha de São Paulo
Social
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BOA VISTA,SEGUNDAFEIRA, 17 DE JUNHO DE 2019
Fotos: Reprodução/Instagram
Já deu pra perceber que a gente é fã do trabalho da retratista Flávia Gauger. E Estamos apenas de boca aberta com a simplicidade e beleza do ensaio feito pela linda Amanda Prola (@amandaprola). Essa moça iluminada é professora de sensual hip dance, um estilo que tem conquistado muita gente. Além disso, ela ainda mantém um IG super fofinho no estilo brechó, afinal fada consciente é a que investe em alternativas de sustentabilidade. Adoramos!
Sabe o que a gente adora também? Quando o fotografo vai pra frente das câmeras e nesse caso específico, a gente que é fã do trabalho do Allan Denizard ficou ainda mais encantada com seu amor pela querida Yasmin Bezerra. Tão lindos!
Aniversariante do Dia
Carmem Sá
Talisson Catão
A Coluna hoje tá só a inspiração, afinal tem jeito melhor de começar a semana? Então, pra melhorar ainda mais, vamos apreciar a beleza da querida Suliany Almeida nesse click estonteante feito pelo nossos amigo Jader Souza (@jadersouzafotografia). Só amamos!
E que tal uma surra de talento? Então, muitos aplausos para a linda e multitalento Kaline Barroso que compartilhou esse click com os amigos cantores Fabinho Farias e Márcio Alexandre. Um encontro estrelar!
Muito amor, muita saúde e muita luz para quem começa a semana soprando as velinhas. Confere aí, nossa lista de aniversariantes do dia.
Bruna Vitória
Karolainny Abreu
Natália Mourão
Sinval Veloso Junior
Esporte Local A15
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
MAIS UMA
Kart Endurance: roraimense conquista novo pódio em competição no Distrito Federal Equipe Demolidor Racing ficou com a vitória e a terceira colocação na quarta etapa da Copa Brasília de Kart Endurance (CBKE) DIVULGAÇÃO
Neste sábado (15), no Kartódromo Ferrari Kart, Rafael Lucena subiu mais uma vez ao pódio. A equipe Demolidor Racing ficou com a vitória e a terceira colocação na quarta etapa da Copa Brasília de Kart Endurance (CBKE). O time do roraimense domina o campeonato com quatro vitórias em quatro etapas disputadas. Foram duas baterias com duração de uma hora cada. Os resultados foram iguais nas duas provas, com vitória do kart
TIME Demolidor Racing esteve com os karts 18, 33, 81 e 91, e se revezando neles, os pilotos André Martinho, Felipe Neira, Hélio Trigueiro, Rodrigo Silva, Glauber Nassar, Pedro La Rocque e Elias Júnior 81 (Demolidor Racing), a segunda colocação do kart número 75 (Figvell) e kart 18 (Demolidor Racing) em terceiro. Rafael Lucena, nesta etapa, esteve no kart 18 e ajudou para conquista do pódio da equipe. A Demolidor Racing esteve com os karts 18, 33, 81 e 91, e se revezando neles, os pilotos André Martinho, Felipe Neira, Hélio Trigueiro, Rodrigo Silva, Glauber Nassar, Pedro La Rocque e Elias Júnior.
Foram duas baterias com duração de uma hora cada
“O kart [18] perdia um pouco em motor para o 81 e o 75, mas o André Martinho fez um ótimo trabalho na perna dele e ajudei a garantir o resultado. Na prova 2 ainda tive um incidente que danificou a carenagem e prejudicou um pouco a guiada. Era o que tinha para fazer e são pontos importantes para o campeonato. A equipe, o
Carlos Demolidor, tem feito um trabalho excelente, só crescendo a cada etapa e prova disso são as vitórias da equipe com todos os karts sendo competitivos”, ressaltou Rafael. O roraimense citou ainda que recebeu muitas mensagens de amigos em Roraima que acompanharam a prova ao vivo pela internet. “Bem
bacana a iniciativa do Ferrari Kart em transmitir as provas pelo Facebook, isso aproximou o pessoal que gosta e torce e recebi muitas mensagens no celular falando sobre isso. É uma oportunidade da turma que não está no nosso dia a dia de acompanhar e ver as provas”, disse o piloto. Lucena tem uma agen-
da cheia para os próximos dias. Na semana que vem, ele já disputa a 3ª etapa da Copa Planalto, que conta pontos também para os campeonatos Brasiliense e Goiano. O piloto vem de 2 pódios seguidos nesta competição. Após, a equipe terá todas atenções voltadas para a preparação do Brasileiro de Kart
que ocorre em meados de julho em Cascavel (PR). A Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) confirmou que mais de 350 pilotos já estão inscritos. A categoria de Rafael Lucena, F4 Sênior, é a segunda em maior quantidade de inscritos, com 30 pilotos. Estes números ainda podem aumentar até a data do evento.
Programa Abrindo Caminhos incentiva participação de meninas no futebol O futebol é um esporte comum entre os homens, mas
aos poucos vem ganhando adesão das mulheres, tanto na
arquibancada como no campo. Um exemplo disso são as
meninas Victória Rosal, de 12 anos, e Aldeniza Oliveira, de Divulgação/ALERR
Proposta da unidade é ofertar atividades esportivas sem distinção de gênero
14 anos, que treinam essa modalidade no programa Abrindo Caminhos, da Assembleia Legislativa de Roraima. Victória Rosal ficou sabendo do futebol pelos primos, e movida pela curiosidade foi assisti-los em campo. Ela gostou tanto do treino, que pediu para a avó lhe matricular. Com três meses de aula, ela deseja virar uma atleta profissional. “Eu me sinto poderosa e feliz no campo. Livre para fazer qualquer esporte que quiser! O futebol não é só para menino, se fosse assim a Marta, Mônica, Beatriz não jogariam futebol”, disse, ao se referir às jogadoras da Seleção Brasileira de Futebol. Rabo de cavalo, short, chuteira e bola no pé, descreve a jovem Aldeniza Oliveira, que começou a treinar no Abrindo Caminhos neste mês. Ela gosta do esporte desde pequena, inspirada pelo pai, e diz que já sofreu preconceito por jogar bola. “Os meninos não me aceitavam no começo. Diziam que eu não ia para frente, mas continuei e mostro que posso sim. As meninas podem jogar futebol, estudar e trabalhar”. Ela reclamou que embora esteja acompanhando a Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019, percebe que o evento tem menos visibilidade do que a masculina. “É uma injustiça, os meninos não são mais importantes
que as meninas”. FUTEBOL As aulas de futebol do programa Abrindo Caminhos contam com um total de 400 alunos. O professor de futebol, Márcio Cassiano, explicou que apesar de a turma ter apenas duas meninas inscritas, o treino físico é o mesmo para ambas partes. “Sempre trabalhei com meninas no futebol, e apoio essa causa. Elas são exemplo no time, por mostrarem dedicação no treino”, explicou. A diretora do programa Abrindo Caminhos, Viviane Lima, avalia que a participação das meninas no esporte tem potencial para aumentar ainda mais. Ela frisou que a instituição oferta atividades esportivas sem distinção de gênero. “Na verdade, ainda existe esse preconceito que a mulher não joga futebol, porém nós do Abrindo Caminhos estamos abertos para todos. O importante é fazer o que gosta, e ter a oportunidade de participar”, disse. O programa da Assembleia Legislativa de Roraima atua desde 2016, com aulas de esporte, artes e educação para crianças, de 5 a 17 anos, de forma gratuita. A unidade fica localizada na na avenida São Sebastião, 883, bairro Cambará. Mais informações pelo telefone 98402-5014.
A16
Esporte Nacional/Editais
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
ESTRELA BRASILEIRA
A 15 dias de ficar livre no mercado, Daniel Alves avisa que ‘não tem medo de desafios’ Segundo apurou o UOL Esporte, a renovação do vínculo é vista como improvável não só pela diretoria do clube Lucas Lima/UOL
Daniel Alves está a menos de 15 dias de ficar sem contrato com o PSG. Livre no mercado para assinar com qualquer outra equipe, o lateral da seleção brasileira tentou despistar sobre o seu futuro, mas avisou que está pronto para qualquer tipo de situação. Segundo apurou o UOL Esporte, a renovação do vínculo
NOVINHO EM FOLHA Aos 36 anos, Daniel Alves ainda pensa em continuar no futebol europeu e não descarta participar de mais uma Copa do Mundo com o Brasil, em 2022, no Qatar
é vista como improvável não só pela diretoria do clube, quanto por pessoas próximas do atleta. Ele já tem opções à mesa e fará a sua decisão após a disputa da Copa América. “Estou aqui na seleção, prefiro focar no compromisso que a gente tem agora. Foi um ano duro para mim, tive que me reinventar muito. Sou ba-
Daniel Alves no jogo Brasil x Bolívia na Copa América
talhador e foi difícil para voltar aqui. Não quero estragar esse momento pensando em outra coisa. Foi sofrido passar a situação que passei, e agora vou focar nisso, fazer o melhor para conseguir o objetivo aqui”, afir-
mou o jogador. “Temos uma missão, não pode haver distrações. Quero focar 100% em cumprir o objetivo e a partir daí vamos ver. Posso dizer só que não tenho medo de desafios, para qual-
quer coisa estou preparado”, completou. Depois, questionado por um repórter local se um dia ele voltaria a jogar na Bahia, Dani avisou que ainda não pensa nisso.
“Vai demorar um pouco, porque tenho grandes objetivos ainda. No meu meu livro ainda faltam algumas páginas e eu vou me dedicar ao máximo para poder escrever. E que sejam páginas vitoriosas”, afir-
mou. “Eu sou são-paulino, meu pai é palmeirense. Mas sempre falam de Bahia e São Paulo, são os dois times que eu tenho mais relação. Torci muito para o São Paulo na época do Telê. Eu construí essa relação. E o princípio de tudo foi aqui (na Bahia). Seria forma de agradecimento voltar aqui para encerrar. Mas eu não pretendo jogar uma temporada inteira, vai ser um mês ou dois. Tenho muita coisa para fazer”. Aos 36 anos, Daniel Alves ainda pensa em continuar no futebol europeu e não descarta participar de mais uma Copa do Mundo com o Brasil, em 2022, no Qatar. Vale lembrar que ele foi cortado por uma lesão grave às vésperas da Rússia de 2018. Sobre o tema, ele também prefere evitar uma resposta direta. “Quando você olha muito à frente, esquece um pouco de olhar o agora. As oportunidades que tenho de estar aqui não podem ser distraídas nem com futuro, nem com o passado. É o presente, me reinventar. Eu sou consciente que quando bate uma idade, começa a gerar dúvidas. Muito se fala que tem que renovar (a seleção). Independente da idade que a gente tem, estamos aqui para dar resultado, a partir do momento que não estiver mais dando, tem que ceder a vez para quem estiver dando”, analisou. Por: UOL/Esporte
Qatar busca empate contra o Paraguai e manda Argentina para a lanterna Pedro UGARTE / AFP
O Paraguai abriu vantagem de dois gols e dava indícios de que venceria com tranquilidade o Qatar na tarde de ontem (16), na estreia da Copa América. Mas os asiáticos foram persistentes, buscaram o empate por 2 a 2 e protagonizaram um jogo agitado no Estádio do Maracanã. Desta forma, a Argentina foi para a lanterna do grupo B. Óscar Cardozo, de pênalti, e Derlis González, com um golaço, fizeram para os sul-americanos. Abdulla e Boualam Khoukhi marcaram para os asiáticos. Com isso, ambas as seleções somam um ponto cada e derrubam para último da chave os argentinos, derrotados ontem pela Colômbia. Sem fazer força, o Paraguai abriu vantagem com quatro minutos de jogo. Valdez completou escanteio de cabeça
Derlis González durante partida entre Paraguai e Qatar
e o defensor do Qatar colocou a mão na bola, cometendo o pênalti. Na cobrança, Óscar Cardozo soltou uma bomba no meio do gol e venceu o goleiro adversário. A partir daí a situação melhorou para os asiáticos. Atrás
do placar, o Qatar passou a propor o jogo e ficou muito perto do empate. Na primeira grande chance, Al Haydos se atrapalhou e completou para fora um cruzamento na segunda trave, embaixo da linha; depois, Gatito Fernández saiu bem e blo-
queou chute forte da pequena área. Enquanto propunha jogo, no entanto, a seleção do Qatar demonstrou dificuldade principalmente para sair jogando. A equipe, que evitava a todo custo dar chutão, cedeu a bola
PREFEITURA MUNICIPAL DE CARACARAÍ RESULTADO DE JULGAMENTO DA CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 002/2018 A PREFEITURA MUNICIPAL DE CARACARAÍ/RR torna público o resultado final da licitação Concorrência Pública n° Nº 002/2018 – CPL, Processo nº 145/2018, cujo objeto é a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA EM OBRAS E ENGENHARIA PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DE RECUPERAÇÃO DE VICINAIS NO MUNICÍPIO DE CARACARAÍ/RR, mediante o regime Empreitada por Preço Unitário, devidamente Homologada e Adjudicada pela autoridade superior, conforme abaixo: Empresa: JB SERVIÇOS EIRELI – CNPJ 05.894690/0001-93. Menor Preço Global: R$ 8.862.355,25 (oito milhões, oitocentos e sessenta e dois mil trezentos e cinquenta e cinco reais e vinte e cinco centavos) Caracaraí/RR, 14 de junho de 2019. Maria Raquel Menezes de Oliveira Secretária Municipal de Administração
em diversos momentos aos paraguaios, que, por sua vez, não aproveitaram. Na segunda etapa, o time de Eduardo Berizzo chegou ao segundo gol com uma verdadeira obra-prima de Derlis González. O atacante do Santos soltou um foguete de longe e não deu chances para defesa. Antes, ele havia participado de lance que resultou em outro tento de Cardozo. Acontece que o santista estava em posição de impedimento e o VAR anulou. Na sequência, o Qatar diminuiu com uma dose de sorte. Abdulla emendou um chute que, desviado na marcação, foi no ângulo e venceu Gatito Fernández. Empolgada, a seleção
se lançou ao ataque e arrancou o empate com Boualam Khoukhi. O volante bateu na saída do goleiro do Botafogo, Rojas ainda tentou evitar, mas a bola encontrou o gol. Asiáticos com apoio brasileiro? A seleção do Qatar tem tudo para se tornar a ‘queridinha’ na Copa América. Apesar de público modesto, parte dos brasileiros no Maracanã decidiu apoiar os asiáticos, convidados para o torneio sul-americano. Durante a transmissão foi possível ouvir diversos gritos a favor dos qatarianos, como “Olê, olê, olê, olá, Qatar, Qatar” e “Vamos virar, Qatar”. Por: UOL/Esporte
Polícia A17
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
VIOLÊNCIA URBANA
Empresário é vítima de latrocínio dentro de oficina no Pricumã, zona Oeste de Boa Vista Vítima teria chegado cedo à oficina, quando foi surpreendida por um venezuelano, principal suspeito do crime DIVULGAÇÃO
NONATO SOUSA
nonatosousa@roraimaemtempo.com.br
Na manhã desse domingo (16), o empresário do ramo da construção civil, Antônio Coelho de Brito, 69 anos, foi assassinado em uma oficina mecânica de veículos, localizada na Avenida Brasil, no bairro Pricumã, zona Oeste de Boa Vista. O crime teria ocorrido durante assalto e o principal suspeito é um venezuelano. Policiais militares e agen-
CRIME Empresário foi atingido com golpes de uma pá. O corpo foi encontrado por um dos filhos por volta de 9h. Pá usada no crime foi deixada próxima do corpo de ‘Simbaíba’
tes de plantão da Delegacia Geral de Homicídio (DGH), da Polícia Civil, passaram o resto do dia realizando diligências na tentativa de identificar e localizar o criminoso, mas até a conclusão
Antônio Brito foi assassinado possivelmente por venezuelano com golpes de uma pá
dessa matéria nenhum suspeito foi preso ou identificado. Um agente da DGH falou
DIVULGAÇÃO
Crime ocorreu na Vicinal 14, região do paredão, zona Rural de Alto Alegre na noite de sexta-feira (14)
Homem briga com patrão, põe fogo em barraco e mata pessoa com 10 facadas Agentes da Polícia Civil e policiais militares do município de Alto Alegre, Noroeste de Roraima, investigam o latrocínio (roubo seguido de morte) de um morador da zona Rural. Conforme apurado pela reportagem, o crime ocorreu na noite de sexta-feira (14), na Vicinal 14, região do Paredão. Segundo um policial, o local é de difícil acesso e somente na manhã de sábado (15) as equipes foram acionadas. A vítima, Paulo Ferreira de Souza, 37 anos, foi atingida a princípio com paulada ou pedrada e depois esfaqueado. O delegado Wesley Costa de Oliveira falou com a reportagem na tarde desse domingo (16) e informou que o assassino já foi identificado e está sendo procurado. De acordo com a autoridade policial, antes de matar e roubar a motocicleta de Souza, o assassino teria se desenten-
dido com outra pessoa, para quem estava trabalhando, e incendiado o barraco do patrão. A vítima, que não teve nada a ver com o desentendimento, estaria passando de moto pelo local do incêndio, quando o criminoso lhe atingiu a com a pedrada e depois o esfaqueou. Depois pegou a motocicleta e fugiu. A vítima foi deixada caída e encontrada depois sem vida. O corpo foi removido ao Instituto de Medicina Legal ainda no sábado e no mesmo dia foi liberado para o velório e sepultamento. A reportagem apurou com uma fonte do IML que a vítima foi atingida com 10 facadas. FORAGIDO Até a conclusão da matéria o assassino não tinha sido localizado. A reportagem foi informada que a moto foi localizada em Boa Vista.
com a reportagem e informou que as equipes policiais verificavam toda a região em busca
de imagens de câmeras de segurança de casas e ruas próximas, para tentar identificar o
criminoso. CASO
Segundo informações da polícia, Antônio Brito, mais conhecido como “Simbaíba”, teria chegado cedo à oficina, quando foi surpreendido pelo estrangeiro. Ele teria reagido à tentativa de roubo e acabou assassinado. Antes de fugir, o criminoso teria coberto o corpo com uma lona. O empresário foi atingido com golpes de uma pá e morreu no local. O corpo foi encontrado por um dos filhos por volta de 9h no galpão da oficina. A pá usada no crime foi deixada próxima do corpo de ‘Simbaíba’. Um relógio e um estojo de óculos, que seriam a vítima, foram achados. Segundo um policial, a família informou que a carteira com dinheiro e documentos do empresário desapareceu. A principal suspeita é de que o assaltante roubou. Após a descoberta do crime as equipes da Perícia da Polícia Civil e do Instituto de Medicina Legal foram acionadas. Ao final do trabalho dos peritos, o corpo de Antônio ‘Simbaíba’ foi recolhido e removido ao Instituto para a realização do exame cadavérico que identifica a causa da morte. À tarde ao final do procedimento médico-legal o corpo do empresário foi liberado para a família fazer o velório e sepultamento.
Seis ladrões são presos em flagrante por roubo e tentativa de furto Seis suspeitos com idades entre 18 e 33 anos foram presos em flagrante no fim de semana. Dois dos presos, André Felipe da Silva Soares, 23, e Keyton Vital Nascimento, 28, foram detidos na madrugada por policiais do 2º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Raiar do Sol, após a fugirem de uma abordagem policial. Segundo os militares, os dois andavam numa motocicleta em alta velocidade, o que chamou a atenção da equipe. “A motocicleta tinha as mesmas características de uma moto que havia sido roubada horas antes no Laura Moreira. Foi solicitado ao condutor que parasse, mas ele não obedeceu e seguiu em fuga, praticando roleta-russa, cortando via principais, a ponto de causar um grave acidente”, relatou a equipe de agentes. AMEAÇA A PM informou que solicitou apoio de mais outras equipes, a fim de fazer o cerco policial e capturar os suspeitos. Durante a perseguição, os policiais informaram que por algumas vezes o indivíduo que estava na garupa, André Soares, apontou algo, possivelmente uma arma, em direção à equipe, ameaçando atirar. Em determinado momento jogou a arma na rua. Cerca de 100 metros depois, a dupla acabou abordada. Foi feita a verificação da motocicleta e constatado que era roubada. O veículo foi tomado de um casal no Conjunto Cidadão, quando chegava em casa no fim da noite de sábado. As vítimas reconheceram Soares e Nascimento como os assaltantes.
Aos PMs e à delegada, as vítimas contaram que os criminosos apontaram uma arma de fogo para o casal e mandou que descesse da moto e baixasse a cabeça. Montaram no veículo e fugiram. Ambos os presos revelaram em interrogatório que são reincidentes, já foram presos antes por roubo, tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Nascimento disse que passou seis meses na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo e Soares afirmou ter ficado no mesmo presídio por quatro meses. Sobre o roubo da motocicleta, não confessaram, nem negaram. Os dois se omitiram a falar do novo crime. OUTRA MOTO O jovem Gustavo de Souza, 20, também foi em flagrante suspeito de participar do roubo de outra motocicleta na noite de sábado. A vítima disse aos policiais militares que estava chegando a sua casa no bairro Nova Cidade, quando foi abordada por dois assaltantes que estavam a pé. Um deles com uma arma de fogo a ameaçou e mandou entregar a moto e o celular. Em seguida a dupla fugiu com o veículo modelo Titan Fan preta de placa NAR 7753. A vítima disse que a moto possuía alarme e que os ladrões fugiram sentido bairro Bela Vista. A equipe seguiu para o bairro e pouco tempo depois se deparou com a moto abandonada na Rua Guiba. Moradores informaram que o veículo tinha sido abandonado por duas pessoas. Os policiais seguiram em diligência pelas ruas para encontrar os ladrões e pouco tempo
depois capturaram o suspeito na Rua Rio Nilo. “Ele tinha as mesmas características de um dos ladrões, informadas pela vítima e populares. A vítima ao ver o suspeito na delegacia o reconheceu imediatamente como um dos assaltantes que haviam roubado a motocicleta. Souza acabou autuado em flagrante pelo crime. O outro assaltante não foi capturado.
son Mauricio Gonzalez Usuga, 24 anos, foi preso em flagrante suspeito de roubar um celular. Segundo a vítima disse à polícia, ela foi abordada pelo estrangeiro numa motocicleta YBR vermelha em via pública no bairro Jóquei Clube, por volta de 18h. “Ele me ameaçou com uma arma e mandou entregar o celular. Fiquei com medo que atirasse e entreguei o telefone” disse a vítima.
COMÉRCIO Josué dos Santos Alves, 21, também foi preso em flagrante por roubo após ser detido por moradores no bairro Buritis, suspeito de assaltar um comércio. Conforme apurado pela reportagem, o jovem invadiu uma pizzaria na Avenida dos Imigrantes e com a mão por baixo da camisa ameaçou a proprietária e clientes que estavam no local. Segundo a dona do estabelecimento, ele roubou cerca de R$ 300 e dinheiro das clientes. Depois do assalto, o ladrão fugiu. A mulher informou o caso ao marido que verificou as câmeras e posteriormente saiu à procura do assaltante. Ele encontrou o suspeito num posto de combustíveis no bairro Pricumã. Com a ajuda de outas pessoas, impediu que o jovem fugisse. Aos policiais, Alves confessou o roubo e disse que já havia gastado o dinheiro roubado com bebida e cigarro. Josué é reincidente e estava em prisão domiciliar. De acordo com a Dicap, ele já cumpre pena por roubo. Levado à delegacia, o jovem acabou preso em flagrante.
PRISÃO Por volta das 23h, quando passava pela Avenida Centenário, a vítima viu o suspeito e comunicou à Polícia Militar. Uma equipe foi ao local e fez a detenção de Maurício, que na ocasião estava com outro venezuelano. “Logo depois a vítima o reconheceu e durante a abordagem encontramos com ele três celulares suspeitos de serem roubados, porém o da vítima em questão não estava entre os aparelhos”, informou a equipe policial, ao acrescentar que a motocicleta vermelha que a vítima afirmou ter sido usada no roubo pelo acusado estava foi encontrada com ele. Após a abordagem o suspeito foi conduzido à Polícia Civil e acabou preso em flagrante pelo roubo do aparelho.
VENEZUELANO O venezuelano Ander-
FURTO Tiago de Paiva Estevan, 33, foi preso em flagrante por tentativa de furto a uma residência na Rua Pedro Rodrigues, região do Centro. Ele foi flagrado pela dona da casa tentando arrombar uma janela e fugiu. O marido da mulher foi atrás e com a ajuda de moradores o capturou.
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Polícia
Boa Vista, segunda-feira, 17 de junho de 2019
EM MEIO AO MATO
Cadáver supostamente venezuelano é encontrado no bairro Parque Caçari Ainda de acordo com uma fonte policial, ele foi executado com tiro na cabeça e estava com os braços quebrados NONATO SOUSA
nonatosousa@roraimaemtempo.com.br
Um cadáver masculino foi encontrado na tarde de sábado (15) em meio ao mato, próximo de uma estrada de chão no final do bairro Parque Caçari. A vítima estava sem documentos e a suspeita é de que seja venezuelana. Segundo um agente
SEM RASTRO Nenhum suspeito do crime foi preso ou identificado até a conclusão da matéria. Autoria e motivação estão sendo investigadas
da Delegacia Geral de Homicídio (DGH), da Polícia Civil, com a vítima foram encontradas uma bíblia em espanhol e uma nota de Bolívar. Ainda de acordo com a fonte policial, ele foi executado com tiro na cabeça e estava
Venezuelano é preso por tráfico de drogas ao ser flagrado traficando no Centro
DIVULGAÇÃO
com os braços quebrados. A suspeita é de que o crime ocorreu em outro local e jogado no Parque Caçari. No local, a equipe observou rastro de carro que teria sido usado no crime. O cadáver foi encontrado por uma pessoa que passou pela estrada e comunicou o caso à Polícia Militar pelo telefone 190. Logo depois, uma equipe confirmou o crime. Além dos militares e a equipe da DGH, Perícia e Instituto de Medicina Legam foram para o local, e ao final do trabalho dos peritos o corpo foi recolhido e removido ao IML para exames. Nenhum suspeito do crime foi preso ou identificado até a conclusão da matéria. Autoria e motivação estão sendo investigadas. Qualquer informação que ajude a esclarecer o crime, identificar a vítima e assassino deve ser repassada pelos telefones 190 e 197 da PM e Civil. Até o fim desse domingo (16), o corpo ainda estava sem identificação no IML, onde após o exame cadavérico que identifica a causa da morte foi colocado na geladeira para conservação até que algum parente compareça ao órgão para identificá-lo e fazer a liberação.
Vítima foi executada a tiros e suspeita é de que seja de nacionalidade venezuelana
Adolescente com bebê de cinco meses é detida com droga em casa na zona Oeste DIVULGAÇÃO
Jorny Jose Bravo Parra, 24, foi preso em flagrante por tráfico na madrugada desse domingo (15), ao ser flagrado por uma equipe da Guarda Civil Municipal (GCM), vendendo uma trouxinha de entorpecente a um usuário. O flagrante ocorreu em via pública no Centro, nas proximidades da Praça Bento Brasil, na Rua Cecília Brasil. Segundo relatório dos GCMs, a equipe fazia patrulhamento de rotina pelo local quando observou dois indivíduos em atitude suspeita e rapidamente os abordou. Ao fazer a revista nos dois encontrou uma trouxinha de droga no bolso da roupa do venezuelano. Também próximo a ele, no chão os guardas encontraram outra trouxinha e ao ser questionado sobre a droga confessou que eram suas. O outro individuo indivíduo também venezuelano alegou que estava comprando droga com Parra, quando a equipe da GCM apareceu. Os dois foram conduzidos ao Plantão da Polícia Civil e após se inteira da ocorrência a delegada Eliane Gonçalves fez a prisão de Jorny Parra por tráfico de drogas. Ele passou o resto da noite na carceragem da PC e pela manhã seguiu para audiência de custódia, mas o resultado não foi informado até a conclusão da matéria.
No apartamento onde a jovem mora no bairro Tancredo Neves foram encontradas trouxinhas de pedras de crack
A jovem de 16 anos foi detida na noite de sexta-feira (14) por policiais do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) da Polícia Militar, chegaram ao local onde a jovem mora após denúncia anônima. No apartamento de uma estância residencial localizada no bairro Tancredo Neves, onde a jovem mora com o filho de cinco meses e o marido, os PMs encontraram trouxinhas de pedra de crack, uma balança de precisão, e material para dolagem e produção de novas trouxinhas do entorpecente para venda, além de dinheiro, cerca de R$ 400, em baixo das gavetas de uma cômoda. Também foram apreendidos três celulares. Os aparelhos devem passar por perícia a fim de identificar possível conversas e mensagens referente à prática de tráfico de drogas. Ainda um projétil de arma de fogo calibre 36 foi encontrado no apartamento. CASO
Conforme relatório dos policiais a equipe fazia patrulhamento pelo bairro quando recebeu a informação de populares sobre a possível boca de fumo (ponto de venda de drogas) que funcionava no apartamento. “Quando chegamos ao endereço indicado estava apenas a adolescente com o filho. Conversamos com ela, falamos da denúncia e ela negou”, pontuou a equipe policial. Ainda de acordo com os PMs, a jovem autorizou a entrada da equipe no apartamento para fazer uma revista. “Começamos a procurar por drogas e encontramos 12 trouxinhas envolvidas em pedaços de saco plástico, a balança de precisão e vários outros pedaços de plástico que seriam usados para confecção de novas trouxinhas da droga”, informou os policiais no relatório. Ao final do trabalho policial no apartamento da jovem, ela foi conduzida ao Plantão da Polícia Civil, para que fosse adotada a medida cabível ao
caso. Por ser adolescente e a prática de tráfico não ser considerado crime praticado com grave violência, a reportagem do Roraima em Tempo apurou que o delegado de plantão fez um Boletim de Ocorrência Circunstanciado (BOC), por ato infracional (tráfico de drogas) e ao final do procedimento a jovem foi entregue aos pais ou responsáveis. NEGOU Em termo de declaração a jovem negou que fosse traficante ou mesmo usuária. Ela afirmou que o material entorpecente encontrado no apartamento é do seu companheiro que não teve o nome informado. A jovem confessou que sabia que o companheiro vendia drogas. Como o companheiro dela não estava na casa quando os PMs chegaram o caso será investigado pela Polícia Civil. Sobre os celulares ela afirmou que um é seu. Outro é da sua mãe e o terceiro de uma vizinha.
Cozinheiro é investigado por estupro de vulnerável contra as duas filhas Um homem de 33 anos (cozinho) que a princípio teve a identidade preservada foi detido por policiais militares no final de semana, na zona Oeste de Boa Vista, por suspeita de abuso sexual contra a filha de dois anos. Ele foi denunciado pela mulher, mãe da criança e informou que a filha disse que o pai tinha mexido em sua parte intima. Durante a conversa com os policiais a mulher disse que a convivência do casal só estava existindo em função das filhas. Ela revelou ainda que há dois anos a filha mais velha, hoje om 14 anos, acusou o pai de também, naquela ocasião ter passado a mão em sua
genitália, enquanto ela dormia. A mãe disse na época não denunciou o marido, porém o convívio marido e mulher ficou estremecido. Agora com o novo caso ela o denunciou. O suspeito foi detido em casa e conduzido ao Plantão da Polícia Civil para a delegada ter conhecimento do caso e adotar a medida cabível. A reportagem apurou que a delegada ouviu os envolvidos e solicitou o exame da criança para constatação do crime. O suspeito negou a denúncia e foi liberado. A delegada despachou a ocorrência para o Núcleo de Proteção da Criança e Adolescente (NPCA) da PC investigar.