3º CICLO Supergigante
{Folhear} Ana Pessoa · Bernardo P. Carvalho Edgar corre a toda a velocidade e deixa tudo para trás: a família, a escola, os amigos. Hoje é o dia mais triste da sua vida porque o avô desapareceu, mas é também o dia mais feliz porque Joana o beijou pela primeira vez. Nesta estrada sempre em frente, Edgar tropeça nas suas reflexões, nos almoços de família, nas gargalhadas dos amigos e nas longas conversas com Joana. À medida que avança, Edgar torna-se cada vez maior. A certa altura não cabe dentro do seu corpo. É um monstro. É uma explosão contínua. É supergigante. Ana Pessoa, autora de O caderno vermelho da rapariga karateca, regressa com uma história sempre em frente. Em Supergigante, o leitor corre contra o vento, contra o chão, contra tudo. Acelerem o passo e não percam o fôlego. A corrida de Edgar já vai a meio. - Nomeado Prémio Autor SPA 2015/ Melhor Livro Infanto-juvenil – Aconselhado pelo Plano Nacional de Leitura – Seleção WHITE RAVENS 2015 (Internacionale Jugendbibliothek de Munique) O segundo romance de Ana Pessoa merece a repetição de todos os elogios. Em “Supergigante” uma narrativa onde a perda e a descoberta do primeiro amor se cruzam numa corrida, confirma-se o domínio do ritmo, o trabalho da linguagem e o desassombro no tratamento de temas difíceis. Bernardo Carvalho ilumina algumas passagens com ilustrações a preceito. Sara Figueiredo Costa, revista Atual, Jornal Expresso, 12/07/2014
5 estrelas pelo jornal Expresso (...) o certo é que no fim, ou no princípio, a ordem não interessa, tudo se organiza e encaixa e faz sentido, é esse o milagre maior deste livro, tornar o caos da adolescência não só palpável, mas compreensível, belo na sua fragilidade, consegue-o a prosa subtilíssima e inteligente de Ana Pessoa, os seus diálogos tão verosímeis, mas também as ilustrações de Bernardo Carvalho, manchas de cor e silhuetas que captam as atmosferas certas (...) José Mário Silva, revista Atual, jornal Expresso, 26/07/2014
5 estrelas pela revista Timeout Contado como uma torrente, uma corrida inquieta de um adolescente revoltado que é retratado nas ilustrações também irrequietas de Bernardo Carvalho, "Supergigante" está cheio de perda, mas também de amor, provando o que escreve logo no início que “o fim é o princípio de outra coisa qualquer”. E o que se torna impressionante, sobretudo quando se escreve para jovens leitores (...) é a forma como Ana Pessoa consegue exprimir a revolta por um mundo que parece não fazer sentido dando-lhe também uma toada de esperança. Ana Dias Ferreira, revista Timeout, 26/08/2014
Supergigante traz um subtexto magnífico de temporalidade. Ana joga com a noção de presente, passado e futuro em paralelo com construções de identidade do personagem principal, que gosta de contar histórias começando pelo fim. O garoto tropeça entre viver o passado, entender o presente e escolher um futuro de acordo com a maneira que se enxerga e se posiciona no mundo. Roberto Almeida, Site Garatujas Fantásticas, 14/07/2014
O discurso torrencial deste livro (aparentemente) juvenil, que ziguezagueia entre passado e presente, é de Edgar, um rapaz que tenta lidar com a morte do avô e o primeiro beijo — cataclismos ocorridos no mesmo dia. Sílvia Souto Cunha, revista Visão, 30/7/2014
(...) When Edgar runs, he can express his feelings and organize his thoughts. He himself tells the story: Memories, images, conversations, and encounters race through his mind on this day, a day with both light and dark facets, which will mark a decisive step on his path to adulthood. Quick-paced with repetitions, ruptures, and temporal leaps in the plot, the structure of the text aptly conveys the protagonist’s inner life. As young adult novels are very rarely illustrated, Bernardo P. Carvalho’s silkscreen-style pictures are indeed worth mentioning: colourful and dynamic, they accompany the story beautifully. Catálogo White Ravens 2015, Internacionale Jugendbibliothek de Munique.
Trash Os Rapazes do Lixo Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para o 3º ciclo, destinado a leitura autónoma. Num país do terceiro mundo, num futuro não muito distante, três rapazes tentam sobreviver nas montanhas de lixo nos subúrbios de uma metrópole. Num dia de sorte e azar, Raphael encontra algo muito especial e misterioso. Tão misterioso que decide guardar, mesmo que a polícia da cidade ofereça uma bela recompensa pela sua devolução. Essa decisão traz terríveis consequências, e em breve os rapazes do lixo vão ter de usar toda a sua astúcia e coragem para escapar aos seus perseguidores. Trash - Os Rapazes do Lixo é um romance policial para leitores jovens, cuja leitura será interessante para os menos jovens, igualmente. Publicado em mais de quinze países, este é um livro sobre como a esperança e a determinação podem transcender até a pobreza mais indigna.
ENSINO SECUNDÁRIO
No Meu Peito Não Cabem Pássaros de Nuno Camarneiro
Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura. Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de Nova Iorque a um rapaz misantropo que chega a lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem? Muitas. Entre elas, as linhas que atravessam os livros. Em 1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas, aquilo que acreditavam ser o fim do mundo. Nos dias em que o céu pegou fogo, estavam vivos os protagonistas deste romance - três homens demasiado sensíveis e inteligentes para poderem viver uma vida normal, com mais dentro de si do que podiam carregar. Apesar de separados por milhares de quilómetros, as suas vidas revelam curiosas afinidades e estão marcadas, de forma decisiva, pelo ambiente em que cresceram e pelos lugares, nem sempre reais, onde se fizeram homens. Mas, enquanto os seus contemporâneos se deixaram atravessar pela visão trágica dos cometas, estes foram tocados pelo génio e condenados, por isso, a transformar o mundo. Cem anos depois, ainda não esquecemos nenhum deles. Escrito numa linguagem bela e poderosa, que é a melhor homenagem que se pode fazer à literatura, No Meu Peito não Cabem Pássaros é um romance de estreia invulgar e fulgurante sobre as circunstâncias, quase sempre dramáticas, que influenciam o nascimento de um autor e a construção das suas personagens.
Sinopse Victoria, livro de rara beleza narrativa, é uma das obras mais representativas de Knut Hamsun. O enredo marca o regresso do autor de Pan - escrito quatro anos antes - ao tema do trágico desencontro amoroso, que tem na descrição da beleza taciturna e melancólica da natureza nórdica o seu espelho. Johannes, filho de um modesto moleiro, que em jovem sonha trabalhar numa fábrica de fósforos para ter os dedos sempre sujos de enxofre e assim não ter de apertar a mão a ninguém, ama Victoria, jovem de família aristocrata mas com poucos meios financeiros. Contudo, o deles será um amor impossível, pois Victoria vê-se obrigada a casar com o rival Otto para salvar a família da bancarrota. Em adulto, Johannes em adulto tornar-se-á num poeta, que se orgulha de conhecer os nomes das árvores e dos pássaros. Continuará a jurar amor eterno a Victoria, mas o sentimento que nutre por ela é fruto da obsessão, do orgulho e da distância, precipitando um trágico final quando chamado a cumprir-se. Críticas de imprensa «Hamsun é o mais notável escritor norueguês desde Ibsen.» Times Literary Supplement