Apostila de Literatura Inglesa

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ENGLISH LITERATURE

CLASSES

5º SEMESTRE DE LETRAS

Profa. Esp. Roselena Diogo Bueno Patelli Coord: Profa. Dra. Maria Suzett B. Santade

FIMI – FACULDADE INTEGRADAS MARIA IMACULADA MOGI GUAÇU


SUMÁRIO

1. ENGLISH LITERATURE (DEFINITION).........................................................................

2

2. ANGLO SAXON LITERATURE ..........................................................................................

3

3. BEOWULF (THE EPIC POEM).............................................................................................

5

4. ENGLISH RENAISSANCE ....................................................................................................

9

5. ELIZABETHAN LITERATURE ..........................................................................................

10

6. WILLIAN SHAKESPEARE ( 1564-1616)...............................................................................

13

7. JACOBEAN LITERATURE ................................................................................................... 40 8. BEN JONSON (1572-1637).....................................................................................................

43

9. JOHN DONNE ( 1572-1631)..................................................................................................

47

10. CAROLINE AND CROMWELLIAN LITERATURE.......................................................

81

11. RESTORATION LITERATURE .......................................................................................

83

12. JOHN MILTON (1608-1674)...................................................................................................

90

13. AUGUSTAN LITERATURE ..................................................................................................

95

14. DANIEL DEFOE ( 1660-1731)..............................................................................................

101

15. JONATHAN SWIFT (1667-1745)...........................................................................................

108

16. ROMANTICISM ..................................................................................................................

113

17. MARY SHELLER( 1797-1851)................................................................................................. 120 18. JANE AUSTEN( 1775-1817)...................................................................................................

124

19. WILLIAN BLAKE ( 1757-1827)..............................................................................................

128

20. VICTORIAN LITERATURE ...............................................................................................

134

21. CHARLES DICKENS “OLIVER TWIST”………………………………………………… 135 22. LEWIS CAROLL “ALICE’S ADVENTURES IN WONDERLAND”………………

136

23. OSCAR WILDE – “THE PICTURE OF DORIAN GRAY”…………………………

137

24. MODERNIST LITERATURE ...........................................................................................

138

25. POSTMODERN LITERATURE ……………………………………………………….

139

26. GEORGE ORWELL ( 1903- 1950)............................................................................................ 140 27. GENERAL REVEIW ...........................................................................................................

144


CURSO DE LETRAS – HABILITAÇÃO EM PORTUGUÊS-INGLÊS Literatura Inglesa Código: Sigla: Carga Horária: 36 Ano : Semestres: 1º Turno: Noturno Turma: Única Professor(a): Roselena Diogo Bueno Patelli

Curso: Disciplina:

Aula/Semana 1º semana aulas(1 e 2)

Planejamento Diário Tópico do Conteúdo Programático English Literature – definition and Anglo – Saxon period - Beowulf

2º semana aulas(3 e 4)

English Renaissance Elizabethan literature

3º semana aulas(5 e 6) 4º semana aulas(7 e 8) 5º semana aulas(9 e 10) 6º semana aulas(11 e 12) 7º semana aulas(13 e 14) 8º semana aulas(15 e 16) 9º semana aulas(17 e 18) 10º semana aulas(19 e 20) 11º semana aulas(21 e 22) 12º semana aulas(23 e 24) 13º semana aulas(25 e 26) 14º semana aulas(27 e 28) 15º semana aulas(29 e 30)

16º semana aulas(31 e 32) 17º semana aulas(33 e34) 18ªsemana (aulas 35e36)

Willian Shakespeare ( 1564-1616) Jacobean Literature – Ben Jonson ( 1572-1637) John Donne ( 1572-1631) Caroline and Crowmellian Literature Restoration Literature John Milton ( 1608-1674) Augustan Literature – Daniel Defoe ( 1660-1731) O século WVIII e o Iluminismo - Jonathan Swift ( 1667 – 1745) Romanticism - Mary Sheller ( 1797-1851) Jane Austen Willian Blake ( 1757-1827) Lord Byron Victorian Literature - Charles Dickens : “Oliver Twist” Lewis Carrol : “ Alice’s Adventures in Wonderland – George Bernard Shaw – Man and Superman – Oscar Wilde “ The Picture or Dorian Gray”

Observações Aula expositiva – apostila (e-mail) Estudo e interpretação . Aula em slides e data - show

Definições e debates em sala Análise e interpretação Aula expositiva Exibição de filme Exibição de filmeanálises Análise de poemas Análise e interpretação Análise de textos Aula expositiva Seminário Seminário Seminário

Modern and Postmodern Literature – James Joyce : “Ulysses “ – Virginia Wolf : “ The Waves” George Orwell – “ Animal Farm”

Seminários

O Contemporãneo – J.K. Rowling : “ Harrt Potter”

Seminário

Seminário


AULAS DE LITERATURA INGLESA PROFª. ROSELENA DIOGO BUENO PATELLI FIMI – MOGI GUAÇU

English literature English literature The term English literature refers to literature written in the English language, including literature composed in English by writers not necessarily from England; Joseph Conrad was Polish, Robert Burns was Scottish, James Joyce was Irish, Dylan Thomas was Welsh, Edgar Allan Poe was American, V.S. Naipaul was born in Trinidad, Vladimir Nabokov was Russian. In other words, English literature is as diverse as the varieties and dialects of English spoken around the world. O termo Literatura Inglesa refere-se a literatura escrita na língua inglesa, incluindo a literatura composta em inglês por escritores não necessariamente da Inglaterra; Joseph Conrad era Polonês, Robert Burns era Escossês, James Joyce era Irlandês, Dylan Thomas era Galês, Edgard Allan Poe era Americano, V.S. Naipaul nasceu em Trinidad, Vladimir Nabokov era Russo. Em outras palavras, a literatura Inglesa é tão diversa quanto as variedade de dialetos do Inglês falado ao redor do mundo. In academia, the term often labels departments and programmes practising English studies in secondary and tertiary educational


systems. Despite the variety of authors of English literature, the works of William Shakespeare remain paramount throughout the English-speaking world. Na academia, o termo rotula frequentemente departamentos de programas e práticas de Estudo de Inglês em sistemas educacionais secundários ou terciários. Apesar da variedade de autores da Literatura Inglesa, os trabalhos de Willian Shakespeare permanecem como parâmetros por todo o Inglês falado no mundo.

Old English

Anglo-Saxon literature The first works in English, written in Old English, appeared in the early Middle Ages (the oldest surviving text is Cædmon's Hymn). The oral tradition was very strong in early British culture and most literary works were written to be performed. Epic poems were thus very popular and many, including Beowulf, have survived to the present day in the rich corpus of Anglo-Saxon literature that closely resemble today's Norwegian or, better yet, Icelandic. Inglês Antigo Literatura do período Anglo-Saxão Os primeiros trabalhos em Inglês, escritos no Inglês arcaico, apareceram no início da idade Média (o texto sobrevivente mais velho é o Hino Caedmon). A tradição oral era muito forte no início da cultura Britânica e a maioria dos trabalhos literários foram escritos para serem encenados. Os poemas épicos foram portanto muito populares e muitos, incluindo “Beowulf”, sobreviveram até os dias de hoje no rico corpo da Literatura do período Anglo-Saxão que relembra de perto os Noruegueses de hoje, ou melhor ainda, a terra gelada Much Anglo-Saxon verse in the extant manuscripts is probably a "milder" adaptation of the earlier Viking and German war poems from the continent. When such poetry was brought to England it was still being handed down orally from one generation to another, and the constant presence of alliterative verse, or consonant rhyme


(today's newspaper headlines and marketing abundantly use this technique such as in Big is Better) helped the Anglo-Saxon peoples remember it. Such rhyme is a feature of Germanic languages and is opposed to vocalic or end-rhyme of Romance languages. Muitos versos anglo-saxões na extensão manuscrita são provavelmente uma “meia” (moderada) adaptação do início dos poemas de guerra dos Vikings e dos Alemães do continente. Quando tal poesia foi trazida para a Inglaterra ela ainda era mantida pela oralidade passada de uma geração para a outra, e uma presença constante de versos aliterativos, ou rimas consonantais (hoje, as manchetes dos jornais e propaganda em geral usam abundantemente esta técnica tais como em : Maior é Melhor) ajudam o povo Anglo-Saxão a lembrá-la. Tal rima é uma característica das línguas Germânicas e é oposta à rima vocálica final das línguas de Romance. But the first written literature dates to the early Christian monasteries founded by St. Augustine of Canterbury and his disciples and it is reasonable to believe that it was somehow adapted to suit to needs of Christian readers. Even without their crudest lines, Viking war poems still smell of blood feuds and their consonant rhymes sound like the smashing of swords under the gloomy northern sky: there is always a sense of imminent danger in the narratives. Sooner or later, all things must come to an end, as Beowulf eventually dies at the hands of the monsters he spends the tale fighting. The feelings of Beowulf that nothing lasts, that youth and joy will turn to death and sorrow entered Christianity and were to dominate the future landscape of English fiction. Mas, o primeiro escrito em literatura data dos primeiros Monastérios Cristãos fundados por Santo Agostinho de Cantenbury e seus discípulos para encaixar-se às necessidade dos leitores Cristãos. Mesmo sem suas linhas mais cruéis, os poemas de guerra dos Vikings ainda cheiram sangue dos feudos e suas rimas consonantais soam como o bater das espadas sob o sombrio céu do norte: há sempre uma sensação de perigo iminente nas narrativas. Mais cedo ou mais tarde, todas as coisas devem ter um final, como em Beowulf que eventualmente morre nas mãos dos monstros com quem ele passa o conto lutando. Os sentimentos de Beowulf de que nada dura, de que a juventude se juntará a morte e o lamento que entraram no Cristianismo e que iriam dominar toda a paisagem futura da ficção Inglesa.


Beowulf: The Epic Poem The epic poem, "Beowulf", describes the most heroic man of the Anglo-Saxon times. The hero, Beowulf, is a seemingly invincible person with all the extraordinary traits required of a hero. He is able to use his super-human physical strength and courage to put his people before himself. He encounters hideous monsters and the most ferocious of beasts, but he never fears the threat of death. His leadership skills are superb and he is even able to boast about all his achievements. Beowulf is the ultimate epic hero who risks his life countless times for immortal glory and for the good of others. O poema épico “Beowulf” descreve o maior herói dos tempos Anglo-Saxões. O herói, Beowulf, é uma pessoa aparentemente invencível com todos os traços extraordinários requeridos de um herói. Ele é capaz de usar seu poder super humano e sua força física e coragem para fazer as pessoas se dobrarem na presença dele. Ele encontra monstros horrendos e as mais ferozes das bestas, mas ele nunca teme a ameaça da morte. Suas hablilidades de liderança são supremas e ele é até mesmo capaz de vangloriar-se acima de todas as suas realizações. Beowulf é o último herói épico que arrisca sua vida inúmeras vezes pela glória imortal e pelo bem dos outros. Beowulf is a hero in the eyes of his fellow men through his amazing physical strength. He fought in numerous battles and returned victorious from all but his last. In his argument with Unferth, Beowulf explains the reason he "lost" a simple swimming match with his youthful opponent Brecca. Not only had Beowulf been swimming for seven nights, he had also stopped to kill nine sea creatures in the depths of the ocean. Beowulf é um heroi aos olhos de seus companheiros por causa de sua impressionante força física. Ele lutou em inúmeras batalhas e retornou vitorioso de todas exceto da última. Em sua discussão com Unferth, Beowulf explica a razão de ter perdido uma simples disputa de natação com seu mais jovem oponente “Brecca”. Não apenas Beowulf tinha nadado durante sete noites, como também tinha parado para matar nove criaturas do mar nas prodfundezas do oceano.


Beowulf is also strong enough to kill the monster Grendel, who has been terrorizing the Danes for twelve years, with his bare hands by ripping off his arm. When Beowulf is fighting Grendel's mother, who is seeking revenge on her son's death, he is able to slay her by slashing the monster's neck with a Giant's sword that can only be lifted by a person as strong as Beowulf. When he chops off her head, he carries it from the ocean with ease, but it takes four men to lift and carry it back to Herot mead-hall. This strength is a key trait of Beowulf's heroism. Beowulf é também forte o bastante para matar o monstro Grendel, que está aterrorizando os Danes por doze anos, com suas mãos desnudas, cortando fora seu braço. Quando Beowulf está lutando com o monstro Grendel, que está buscando vingança pela morte de seu filho, ele é capaz de derrotá-la cortando o pescoço do monstro com uma espada gigante que só pode ser caregada por uma pessoa tão forte quanto Beowulf. Quando ele corta a cabeça fora, ele a carrega do oceano com facilidade, mas quatro homens são requeridos para carregá-la de volta ao aposento central de Herot. Esta força e a característica chave para o heroísmo de Beowulf. Another heroic trait of Beowulf is his ability to put his peoples welfare before his own. Beowulf's uncle is king of the Geats, so he is sent as an emissary to help rid the Danes of the evil Grendel. Beowulf risks his own life for the Danes, asking help from no one. He realizes the dangers, but fears nothing for his own life. After Beowulf had served his people as King of the Geats for fifty years, Outro traço característico heróico de Beowulf é sua habilidade de colocar o bem estar do povo a frente do seu próprio. O tio de Beowulf é o rei dos Geats, então ele é enviado como emissário para ajudar a derrotar os Danes do maldoso Grendel. Beowulf arrisca sua própria vida pelos Danes, sem pedir a ajuda de ninguém. Ele percebe os perigos, mas nada teme pela sua própria vida. Depois Beowulf serviu seu povo como rei dos Geats por 50 anos. He goes to battle one last time to fight a horrible dragon who is frightening all of his people. Beowulf is old and tired but he defeats the dragon in order to protect his people. Even in death he wished to secure safety for the Geats, so a tall lighthouse is built in order to help the people find their way back from sea.


Ele vai batalhar pela última vez para lutar contra um terrível dragão que está amedrontando todo seu povo. Beowulf está velho mas derrota o dragão, a fim de proteger seu povo. Mesmo na morte ele deseja manter segurança para os Geats, então uma grande torre iluminada é construída, a fim de ajudar o povo a encontrar seu caminho de volta ao mar. The most heroic of traits within Beowulf is that he is not afraid to die. He always explains his death wishes before going into battle and requests to have any assets delivered to his people. "And if death does take me, send the hammered mail of my armor to Higlac, return the inheritance I had from Hrehtel, and from Wayland. Fate will unwind as it must! (18)" He is aware of the heroic paradox; he will be glorified in life or death for his actions. He knows that when he fights an enemy like Grendel or Grendel's mother he will achieve immortality as the victor or the loser. Um dos traços mais heróicos dentro de Beowulf é que ele não tem medo de morrer. Ele sempre explica seu desejo de morrer antes de entrar em uma batalha e requer qualquer recurso endereçado a seu povo. “E se a morte me levar, envie a carta enebrecida do meu amor aos Higlac, devolva a herança que eu recebi de Hrethel e de Wayland. A fatalidade vai soprar tanto quanto ela deve” (18). Ele está consciente de seu paradoxo heróico; ele será glorificado em vida ou na morte pelos seus atos. Ele sabe que quando ele lutar com um inimigo como Grendel ou a mãe de Grendel, ele alcançara a imortalidade como vitorioso ou como perdedor. "When we crossed the sea, my comrades and I, I already knew that all my purpose was this: to win the good will of your people or die in battle, pressed in Grendel's fierce grip. Let me live in greatness and courage, or here in this hall welcome my death! (22)" Even with the enormous amount of confidence Beowulf possesses, he understands that Fate or Wyrd will work its magic no matter what and he could be killed at any point in his life. He faces that reality by showing no fear and preparing for a positive or a fatal outcome. Quando nós cruzamos o mar, meus companheiros e eu, eu já sabia que meu propósito era este: conseguir o bem de seu povo ou morrer em batalha, pressionado no feroz aperto de Grendel. Deixe-me viver em grandeza e coragem, ou aqui, neste lugar, seja benvinda minha morte! (22). Até mesmo com a enorme confiança que Beowulf tem, ele entende que o destino ou a fatalidade trabalharão sua mágica,


não importa como e ele poderia ser morto a qualquer momento em sua vida. Ele encara aquela realidade, sem mostrar medo e preparando-se para um resultado positivo ou fatal. Beowulf is the prime example of an epic hero. His bravery and strength surpass all mortal men; loyalty and the ability to think of himself last makes him reveared by all. Beowulf é o perfeito exemplo de um heroi épico. Sua bravura e força ultrapassam todos os homens mortais, a lealdade e a habilidade de pensar nele mesmo por último fazem com que ele seja reverenciado por todos. Beowulf came openly and wholeheartedly to help the Danes which was an unusual occurrence in a time of war and wide-spread fear. He set a noble example for all human beings relaying the necessity of brotherhood and friendship. Beowulf is most definitely an epic hero of epic proportions. Beowulf veio de coração inteiro e completamente aberto para ajudar os Danes o que era ocorrência incomum naqueles tempos de guerra e de medo amplamente espalhado. Ele coloca um exemplo nobre para os seres humano com relação à necessidade de irmandade e amizade. Beowulf é definitivamente um herói épico de proporções épicas. SUGESTÃO : ASSISTIR AO FILME “ BEOWULF”

English Renaissance Following the introduction of a printing press into England by William Caxton in 1476, vernacular literature flourished. The Reformation inspired the production of vernacular liturgy which led to the Book of Common Prayer, a lasting influence on literary English language. The poetry, drama, and prose produced under both Queen Elizabeth I and King James I constitute what is today labelled as Early modern (or Renaissance).


RENASCIMENTO INGLÊS Seguindo a introdução da imprensa na Inglaterra por Willian Caxton em 1476, a literatura vernicular floresceu. A Reforma inspirou a produção da liturgia vernacular que levou ao livro do Pregador Comum, uma derradeira influência na Literatura de língua Inglesa. A poesia, o drama, a prosa produzidas sob o reinado da Rainha Elizabeth I e do Rei James I cosntituem o que hoje é reconhecido como Inicio Moderno ( ou Renascença) Early Modern period

Elizabethan literature The Elizabethan era saw a great flourishing of literature, especially in the field of drama. The Italian Renaissance had rediscovered the ancient Greek and Roman theatre, and this was instrumental in the development of the new drama, which was then beginning to evolve apart from the old mystery and miracle plays of the Middle Ages. Literatura Elizabetana A era Elizabetana assistiu a um grande florescimento da literatura, especialmente no campo do drama. O Renascimento Italiano tinha redescoberto o velho teatro Greco-Romano e desta foram foi imprescindível no desenvolvimento do velho drama, que estava então começando a se desenvolver ao lado das velhas peças de mistério e milagres da Idade Média. The Italians were particularly inspired by Seneca (a major tragic playwright and philosopher, the tutor of Nero) and Plautus (its comic clichés, especially that of the boasting soldier had a powerful influence on the Renaissance and after). Os italianos foram particularmente inspirados por Seneca (um dos principais dramaturcos e filósofos, tutor de Nero) e Platão (seus cômicos cliclês, especialmente aquele do soldado embustido tiveram uma forte influencia na Renascença e depois). However, the Italian tragedies embraced a principle contrary to Seneca's ethics: showing blood and violence on the stage. In Seneca's plays such scenes were only acted by the characters. But


the English playwrights were intrigued by Italian model: a conspicuous community of Italian actors had settled in London and Giovanni Florio had brought much of the Italian language and culture to England. It is also true that the Elizabethan Era was a very violent age and that the high incidence of political assassinations in Renaissance Italy (embodied by Niccolò Machiavelli's The Prince) did little to calm fears of popish plots. As a result, representing that kind of violence on the stage was probably more cathartic for the Elizabethan spectator. Entretanto, as tragédias Italianas abraçaram um princípio contrário à ética de Sêneca : mostrar sangue e violência no palco. Nas peças de Sêneca, tais cenas só eram atuadas pelos personagens. Mas os escritores Ingleses ficaram intrigados com o modelo Italiano: uma comunidade suspeita de atores italianos tinha se estabelecido em Londres e Giovanni Fiorio tinha trazido muito da língua ilaliana e da cultura da Inglaterra. É também verdade que a Era Elizabetana foi uma época muito violenta e de alta incidência de atentados políticos. Na Renascença a Itália (envolvida por Niccolò Machiavelli, O Príncipe) fez pouco para acalmar os medos das peças populares. Como resultado, mais catártese para o espectador Elizabetano. Following earlier Elizabethan plays such as Gorboduc by Sackville & Norton and The Spanish Tragedy by Kyd that was to provide much material for Hamlet, William Shakespeare stands out in this period as a poet and playwright as yet unsurpassed. Shakespeare was not a man of letters by profession, and probably had only some grammar school education. Seguindo as primeiras peças Elizabetanas tais como Gorboduc de Sackville & Norton e A Tragédia Espânica de Kyd que iria prover muito material para Hamlet, de Willian Shakespeare aparece neste período como um poeta e dramaturgo ainda não superado. Shakesperare não era um homem de letras por profissão, e provavelmente tinha apenas pouca educação gramatical escolar. He was neither a lawyer, nor an aristocrat as the "university wits" that had monopolised the English stage when he started writing. But he was very gifted and incredibly versatile, and he surpassed "professionals" as Robert Greene who mocked this "shake-scene" of low origins. Though most dramas met with great success, it is in his later years (marked by the early reign of James I) that he wrote what have been considered his greatest plays: Hamlet, Romeo and Juliet, Othello, King Lear, Macbeth, Antony and Cleopatra, and The Tempest, a tragicomedy that inscribes within the main drama a


brilliant pageant to the new king. Shakespeare also popularized the English sonnet which made significant changes to Petrarch's model. Ele não era nem um advogado, nem um aristocrata como os sábios universitários que monopolizaram o palco Inglês quando ele começou a escrever. Mas ele era agraciado com uma incrível versatilidade e sobrepujava os profissionais como Robert Greene que ridicularizava estas cenas agitadas de origens baixas. Foi em seus útimos anos (marcados pelo início do reino de James I) que ele escreveu o que tem sido considerado como suas maiores peças: Hamlet, Romeo e Julieta, Otelo, Rei Lear, Macbeth, Antonio e Cleópatra e A Tempestade, uma tragicomédia que inscreve dentro do drama principal um brilhante camponês ao novo rei. Shakespeare também popularizou o soneto Inglês que fez mudanças significantes ao modelo Petraqueano. The sonnet was introduced into English by Thomas Wyatt in the early 16th century. Poems intended to be set to music as songs, such as by Thomas Campion, became popular as printed literature was disseminated more widely in households. See English Madrigal School. Other important figures in Elizabethan theatre include Christopher Marlowe, Thomas Dekker, John Fletcher and Francis Beaumont. Had Marlowe (1564-1593) not been stabbed at twentynine in a tavern brawl, says Anthony Burgess, he might have rivalled, if not equalled Shakespeare himself for his poetic gifts. O soneto foi introduzido para o Inglês por Thomas Wyatt no início do século 16. Os poemas pretendiam ser postos em músicas como canções, tais como Thomas Campion , tornou-se popular por difundir a literatura impressa mais amplamente difundida nas casas. Ver ”A Escola Madrigal Inglesa”. Outras figuras importantes da era Elizabetana incluem Christopher Marlowe, Thomas Dekker, John Fletcher e Francis Beaumond. Se Marlowe não tivesse sido apunhalado aos 29 anos em uma briga na taberna, diz Anthony Burgess, ele poderia ter sido rival, se não equiparado ao próprio Shakespeare por seus dotes poéticos. Remarkably, he was born only a few weeks before Shakespeare and must have known him well. Marlowe's subject matter, though, is different: it focuses more on the moral drama of the renaissance man than any other thing. Marlowe was fascinated and terrified by the new frontiers opened by modern science. Drawing on German lore, he introduced Dr. Faustus to England, a scientist and magician who is obsessed by the thirst of knowledge and the desire to push man's technological power to its limits. He acquires supernatural


gifts that even allow him to go back in time and wed Helen of Troy, but at the end of his twenty-four years' covenant with the devil he has to surrender his soul to him. His dark heroes may have something of Marlowe himself, whose untimely death remains a mystery. Extraordinariamente, ele nasceu apenas umas poucas semanas antes de Shakespeare e deve tê-lo conhecido pessoalmente. O principal assunto de Marlowe, no entanto, é diferente: ele foca mais no drama moral do homem da renascença do que em qualquer outra coisa. Marlowe era fascinado e horrorizado pelas novas fronteiras abertas pela ciência moderna. Direcionado pela sabedoria popular Alemã, ele introduziu o Dr. Faustus a Inglaterra, um cientista e mágico que é obcecado pela sede do conhecimento e o desejo de empurrar o poder tecnológico ao seu limite. Ele adquire poderes sobrenaturais que até mesmo permitiram que ele voltasse no tempo e se casasse com Helena de Tróia, mas, no final, dos seus 24 anos de conveniência com o demônio ele tem que devolver sua alma para ele. Seus heróis obscuros podem ter algo do próprio Marlowe, cuja morte prematura permanece um mistério. He was known for being an atheist, leading a lawless life, keeping many mistresses, consorting with ruffians: living the 'high life' of London's underworld. But many suspect that this might have been a cover-up for his activities as a secret agent for Elizabeth I, hinting that the 'accidental stabbing' might have been a premeditated assassination by the enemies of The Crown. Beaumont and Fletcher are less-known, but it is almost sure that they helped Shakespeare write some of his best dramas, and were quite popular at the time. It is also at this time that the city comedy genre develops. Ele ficou conhecido por ser ateu, levando uma vida sem lei, mantendo muitas amantes, amigo de ladrões: vivendo um elevado padrão de vida no submundo de Londres. Mas muitos suspeitam que isso pode ter sido uma farsa para suas atividades como agente secreto da Rainha Elizabeth I, escondendo que a facada acidental possa ter sido uma assassinato premeditado pelos inimigos da coroa. Beaumont e Fletcher são menos conhecidos, mas é quase certo de que eles ajudaram Shakespeare a escrever alguns de seus melhores dramas, e foram bastante populares naquele tempo. Foi também naquele tempo que o gênero de comédias da cidade se desenvolve. In the later 16th century English poetry was characterised by elaboration of language and extensive allusion to classical myths.


The most important poets of this era include Edmund Spenser and Sir Philip Sidney. Elizabeth herself, a product of Renaissance humanism, produced occasional poems such as On Monsieur’s Departure. No final do século 16, a poesia Inglesa foi caracterizada pela elaboração da língua e a uma alusão extensiva de mitos clássicos. Os poetas mais importantes desta era incluem Edmund Spencer e Senhor Philip Sidney. A própria Elizabeth, um produto do Humanismo Renascentista, produziu poemas ocasionais tais como “Na partida do Senhor”.

William Shakespeare – Vida e Obras Breve histórico William Shakespeare

O Retrato de Chandos; pintura atribuída a John Taylor e com autenticidade desconhecida. National Portrait Gallery, London. Nascimento

Abril de 1564 (data exata não se sabe) Stratford-upon-Avon,


Warwickshire, Inglaterra Falecimento

23 de Abril de Stratford-upon-Avon, Inglaterra

1616

Ocupação

Dramaturgo e poeta.

Gênero literário

Tragédia, Drama, Comédia, Poesia, Romance, Aventura.

Magnum opus Romeu e Julieta Idéias notáveis

Ser ou não ser?

Principais trabalhos

Romeu e Julieta, Hamlet, Sonho de uma Noite de Verão, etc.

Influências

Acredita-se que grande parte dos dramaturgos gregos, Arthur Brooke, Sêneca, Ovídio e Mitologia.

Influenciados Foram muitos os influenciados. Os mais visíveis são Goethe, Beethoven, Machado de Assis, Freud, Akira Kurosawa e Ariano Suassuna. William Shakespeare (Stratford-upon-Avon, 23 de Abril de 1564 — Stratford-upon-Avon, 23 de Abril de 1616)[1] foi um dramaturgo e poeta inglês, amplamente considerado como o maior dramaturgo da Língua inglesa e um dos mais influentes no mundo ocidental. Suas obras que permaneceram ao longo dos tempos consistem de 38 peças, 154 sonetos, dois poemas de narrativa longa, e várias outras poesias. Suas obras são mais atualizadas do que as de qualquer outro dramaturgo. Muitos de seus textos e temas, especialmente os do teatro, permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com freqüência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Entre suas obras é impossível não ressaltar Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that’s the question (Ser ou não ser, eis a questão).


É certo que muito pouco se sabe sobre a vida de William Shakespeare. Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-uponAvon. Aos 18 anos, segundo alguns estudiosos, casou-se com Anne Hathaway, que lhe concedeu três filhos: Susanna, e os gêmeos Hamnet e Judith Quiney. Entre os anos 1585 e 1592, William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, dramaturgo e proprietário da companhia de teatro Lord Chamberlain’s Men, mais tarde conhecida como King’s Men. Parece que ele reformou a Stratford em torno de 1613, morrendo três anos depois. Há especulações sobre sua sexualidade, sobre suas convicções religiosas, e sobre a autoria de suas peças, pois há especulativas que na realidade ele pode nunca ter existido, isto é, talvez suas obras tenham sido compostas por outras pessoas. Essa última especulação é extensa e tem diversas suposições, desde a de que esses autores assinavam como William Shakespeare, escondendo sua identidade, até a de que William Shakespeare foi provavelmente um ator passando-se como o autor das obras, que na verdade eram compostas por outros dramaturgos. Produziu suas obras mais famosas entre 1590 e 1613. Suas primeiras peças foram principalmente comédias e histórias, gêneros do qual ele refinou com sofisticação. Em seguida, escreveu principalmente tragédias até 1608, incluindo Hamlet, Rei lear e Macbeth, considerados alguns dos melhores exemplos do idioma inglês. Em sua última fase, escreveu tragicomédias e colaborou com outros dramaturgos. Shakespeare era um respeitado poeta e dramaturgo em sua época, mas sua reputação só chegou ao nível em que está hoje a partir do século XIX. O Romantismo, em particular, aclamou a genialidade de Shakespeare. A maioria das informações que se fazem acerca de William Shakespeare são meras especulações derivadas de estudos, leituras, interpretações, pontos de vistas, hipóteses, lógicas. A única coisa de que se tem certeza absoluta é que as peças atribuídas a Shakespeare marcaram praticamente todos os séculos seguintes, começando pelo tempo em que viveu. Nome Embora o mundo o conheça como William Shakespeare, na época de Elizabeth I de Inglaterra a ortografia não era fixa e absoluta, então encontrou-se nos documentos os nomes Shakspere, Shaksper e Shake-speare.


Vida Primeiros anos

Casa de John Shakespeare em Stratford-upon-Avon. Acredita-se que William Shakespeare foi filho de John Shakespeare, um bem-sucedido luveiro e sub-prefeito de Straford (depois comerciante de lãs), vindo de Snitterfield, e Mary Arden, filha afluente de um rico proprietário de terras. Embora a sua data de nascimento seja desconhecida, admite-se a de 23 de Abril de 1564 com base no registro de seu batizado, a 26 do mesmo mês, devido ao costume, à época, de se batizarem as crianças três dias após o nascimento. Shakespeare foi o terceiro filho de uma prole de oito e o mais velho a sobreviver. Muitos concordam que William foi educado em uma excelente grammar schools da época, um tipo de preparação para a Universidade. No entanto, Park Honan conta, em Shakespeare, uma vida que John foi obrigado a tirá-lo desta escola, quando William deveria ter quinze ou dezesseis anos (algumas fontes citam doze anos). Na década de 1570, John passou a ter um declínio econômico que o impossibilitou junto aos credores e teve um desagradável descenso da sociedade. Acredita-se que, por causa disso, logo o jovem Shakespeare possuiu uma formação colegial incompleta. Segundo certos biógrafos, Shakespeare precisou trabalhar cedo para ajudar a família, aprendendo, inclusive, a tarefa de esquartejar bois e até abater carneiros. Em 1582, aos 18 anos de idade, casou-se com Anne Hathaway, uma mulher de 26 anos, que estava grávida. Há fontes que dizem que Shakespeare queria ter uma vida mais favorável ao lado de uma esposa rica. O casal teve uma filha, Susanna, e dois anos depois, os gêmeos Hamnet e Judith. Após o nascimento dos gêmeos, há pouquíssimos vestígios históricos a respeito de Shakespeare, até que ele é mencionado como parte da cena teatral de Londres em 1592. Devido a isso,


estudiosos referem-se aos anos 1585 e 1592 como os Anos perdidos de Shakespeare. As tentativas de explicar por onde andou William Shakespeare durante esses seis anos, foi o motivo pelo qual surgiram dezenas de anedotas envolvendo o dramaturgo. Nicholagas Rowe, o primeiro biógrafo de Shakespeare, conta que ele fugiu de Stratford para Londres devido a uma acusação envolvendo o assassinato de um veado numa caça furtiva, em propriedade alheia (provavelmente de Thomas Lucy). Outra história do século XVIII é a de que Shakespeare começou uma carreira teatral com os Lord Chamberlains. Londres e carreira teatral

O Globe Theatre, com a restauração moderna de 1996 Foi em Londres onde se atribui a Shakespeare seus momentos de maiores oportunidades para destaque. Não se sabe de exato quando Shakespeare começara a escrever, mas alusões contemporâneas e registros de performances mostram que várias de suas peças foram representadas em Londres em 1592. Neste período, o contexto histórico favorecia o desenvolvimento cultural e artístico, pois a Inglaterra vivia os tempos de ouro sob o reinado da rainha Elizabeth I. O teatro deste período, conhecido como teatro elisabetano, foi de grande importância e primor para os ingleses da alta sociedade. Na época, o teatro também era lido, e não apenas assistido e encenado. Havia companhias que compravam obras de autores em voga e depois passavam a vender o repertório às tipografias. As tipografias imprimiam os textos e vendiam a um público leitor que crescia cada vez mais. Isso fazia com que as obras ficassem em domínio público. Biógrafos sugerem que sua carreira deve ter começado a qualquer momento a partir de meados dos anos 1580. Ao lado do The Globe, haveria um matadouro, onde aprendizes do açougue deveriam trabalhar. Ao chegar em Londres, há uma tradição que diz que Shakespeare não tinha amigos, dinheiro e estava pobre, completamente arruinado. Segundo um biógrafo do século XVIII, ele foi recebido pela companhia, começando num serviço pequeno, e


logo fora subindo de cargo, chegando provavelmente à carreira de ator. Há referências que apresentam Shakespeare como um cavalariço. Ele dividiria seu emprego entre tomar conta dos cavalos dos espectadores do teatro, atuar no palco e auxiliar nos bastidores. Segundo Rowe, Shakespeare entrou no teatro como ponto, encarregado de avisar os atores o momento de entrarem em cena. O então cavalariço provavelmente tinha vontade mesmo era de atuar e de escrever. Seu talento limitante como ator teria o inspirado a conhecer como funcionava o teatro e seu poeta interior foi floreando, floreando, foi lembrando-se dos textos dos mestres dramáticos da escola, e começou a experimentar como seria escrever para teatro. Desde 1594, as peças de Shakespeare foram realizadas apenas pelo Lord Chamberlain’s Men. Com a morte de Elizabeth I, em 1603, a companhia passou a atribuir uma patente real ao novo rei, James I da Inglaterra, mudando seu nome para King’s Men (Homens do Rei). Todas as fontes marcam o ano de 1599 como o ano da fundação oficial do Globe Theatre. Foi fundado por James Burbage e ostentava uma insígnia de Hércules sustentando o globo terrestre. Registros de propriedades, compras, investimentos de Shakespeare o tornou um homem rico. William era sócio do Globe. O edifício tinha forma octogonal, com abertura no centro. Não existia cortina e, por causa disso, os personagens mortos deveriam ser retirados por soldados, como mostra-se em Hamlet. Inclusive, todos os papéis eram representados pelos homens, sendo os mais jovens os encarregados de fazerem papéis femininos. Em 1597, fontes dizem que ele comprou a segunda maior casa em Stratford, a New Place. De 1601 a 1608, especula-se que ele esteve motivado para escrever Hamlet, Otelo e Macbeth. Em 1613, O Globe Theatre foi destruído pelo fogo. Alguns biógrafos dizem que foi durante a representação da peça Henry VIII. Shakespeare teria estado um tanto cansado e por esse motivo resolveu se desligar do Globe e voltar para Stratford, onde a família o esperava.

Possível assinatura de Shakespeare.


Últimos anos e morte Após 1606-7, Shakespeare escreveu peças menores, que jamais são atribuídas como suas após 1613. Suas últimas três obras foram colaborações, talvez com John Fletcher, que sucedeu-lhe com o cargo de dramaturgo no King’s Men. Escreveu a sua última peça, A Tempestade terminada somente em 1613.

Em Strantford, a tumba de Shakespeare. Então, Rowe foi o primeiro biógrafo a dizer que Shakespeare teria voltado para Stratford algum tempo antes de sua morte; mas a aposentadoria de todo o trabalho era rara naquela época; e Shakespeare continuou a visitar Londres. Em 1612, foi chamado como testemunha em um processo judicial relativo ao casamento de sua filha Mary. Em março de 1613, comprou uma gatehouse no priorado de Blackfriars; a partir de novembro de 1614, ficou várias semanas em Londres ao lado de seu genro John Hall. William Shakespeare morreu em 23 de Abril de 1616, mesmo dia de seu aniversário. Susanna havia se casado com um médico, John Hall, em 1607, e Judith tinha se casado com Thomas Quiney, um vinificador, dois meses antes da morte do pai. A morte de Shakespeare envolve mistério ainda hoje. No entanto, é óbvio que existam diversas anedotas. A que mais se propagou é a de que Shakespeare estaria com uma forte febre, causada pela embriaguez. Recebendo a visita de Ben Jonson e de Michael Drayton, Shakespeare bebeu demais e, segundo diversos biógrafos, seu estado se agravou.


Bom amigo, por Jesus, abstém-te de profanar o corpo aqui enterrado. Bendito seja o homem que respeite estas pedras, e maldito o que remover meus ossos. Epitáfio na tumba de Shakespeare Admite-se que Shakespeare deixou como herança sua segunda melhor cama para a esposa. Em sua vontade, ele deixou a maior parte de sua propriedade à sua filha mais velha, Susanna. Essa herança intriga biógrafos e estudiosos porque, afinal, como Anne Hathaway aguentaria viver mais ou menos vinte anos cuidando de seus filhos, enquanto Shakespeare fazia fortuna em Londres? O escritor inglês Anthony Burgess tem uma explicação ficcional sobre esse assunto. Em Nada como o Sol, um livro de sua autoria, ele cita Shakespeare espantado em um quarto diante de seu irmão Richard e de sua esposa Anne; estavam nus e abraçados. Os restos mortais de Shakespeare foram sepultados na igreja da Santíssima Trindade (Holy Trinity Church) em Stratford-upon-Avon. Seu túmulo mostra uma estátua vibrante, em pose de literário, mais vivo do que nunca. A cado ano, na comemoração de seu nascimento, é colocada uma nova pena de ave na mão direita de sua estátua. Acredita-se que Shakespeare temia o costume de sua época, em que provavelmente havia a necessidade de esvaziar as mais antigas sepulturas para abrir espaços à novas e, por isso, há um epitáfio na sua lápide, que anuncia a maldição de quem mover seus ossos. Com a morte de Shakespeare, a Inglaterra passou por alguns momentos políticos e religiosos. Jaime I morreu em 27 de março de 1625, em Theobalds House, e tão logo sua morte foi anunciada, Carlos I, seu filho com Ana da Dinamarca, assumiu o reinado. É válido lembrar que, com a morte de Elizabeth I, Shakespeare e os demais dramaturgos da época não foram prejudicados. Jaime I, o sucessor da rainha, contribuiu para o florescimento artístico e cultural inglês; era um apaixonado por teatro. Em 1649, a Câmara dos Comuns cria uma corte para o julgamento de Carlos I. Era a primeira vez que um monarca seria julgado na história da Inglaterra. No dia 29 de janeiro do mesmo ano, Carlos I foi condenado a morte por decapitação. Ele foi decapitado no dia seguinte. Foi enterrado no dia 7 de fevereiro na Capela de St.George do Castelo de Windsor em uma cerimônia privada.


Nota: É bem conhecida a coincidência das datas de morte de dois dos grandes escritores da humanidade, Miguel de Cervantes e William Shakespeare, ambos com data de falecimento em 23 de Abril de 1616). Porém, é importante notar que o Calendário gregoriano já era utilizado na Espanha desde o século XVI, enquanto que na Inglaterra sua adoção somente ocorreu em 1751. Daí, em realidade, Miguel de Cervantes faleceu dez dias antes de William Shakespeare Peças Os eruditos costumam anotar quatro períodos na carreira de dramaturgia de Shakespeare. Até meados de 1590, escreveu principalmente comédias, influenciado por modelos das peças romanas e italianas. O segundo período iniciou-se aproximadamente em 1595, com a tragédia Romeu e Julieta e terminou com A Tragédia de Júlio César, em 1599. Durante esse tempo, escreveu o que são consideradas suas grandes comédias e histórias. De 1600 a 1608, o que chamam de “período sombrio”, Shakespeare escreveu suas mais prestigiadas tragédias: Hamlet, Rei Lear e Macbeth. E de aproximadamente 1608 a 1613, escrevera principalmente tragicomédias e romances. Os primeiros trabalhos gravados de Shakespeare são Ricardo III’ e as três partes de Henry V, escritas em 1590, adiantados durante uma moda para o drama histórico. É difícil datar as primeiras peças de Shakespeare, mas estudiosos de seus textos sugerem que A Megera Domada, A Comédia dos Erros e Titus Andronicus pertecem também ao seu primeiro período. Suas primeiras histórias, parecem dramatizar os resultados destrutivos e fracos ou corruptos do Estado e têm sido interpretadas como uma justificação para as origens da dinastia Tudor. Suas composições foram influenciadas por obras de outros dramaturgos isabelinos, especialmente Thomas Kyd e Christopher Marlowe, pelas tradições do teatro medieval e pelas peças de Sêneca. A Comédia dos Erros também foi baseada em modelos clássicos. As clássicas comédias de Shakespeare, contendo plots (centro da ação, o núcleo da história) duplos e sequências cênicas de comédia, cederam, em meados de 1590, para uma atmosfera romântica em que se encontram suas maiores comédias. Sonho de uma Noite de Verão é uma mistura de romance espirituoso, fantasia, e envolve também a baixa sociedade. A sagacidade das anotações de Muito Barulho por Nada’, a excelente definição da área rural de Como Gostais, e as alegres sequências cênicas de Noite de Reis completam essa sequência de ótimas comédias. Após a peça lírica


Ricardo II, escrito quase inteiramente em versículos, Shakespeare introduziu em prosa as histórias depois de 1590, incluindo Henry VI, parte I e II, e Henry V. Seus personagens tornam-se cada vez mais complexos e alternam entre o cômico e o dramático ou o grave, ou o trágico, expandindo, dessa forma, suas próprias identidades. Esse período entre essas tais alternações começa e termina com duas tragédias: Romeu e Julieta, sem dúvida alguma sua peça mais famosa e a história sobre a adolescência, o amor e a morte; e Júlio César. O período chamado “período trágico” durou de 1600 a 1608, embora durante esse período ele tenha escrito também a “peça cômica” Medida por medida. Muitos críticos acreditam que as maiores tragédias de Shakespeare representam o pico de sua arte. Seu primeiro herói, Hamlet, provavelmente é o personagens shakesperiano mais discutido do que qualqueis outros, em especial pela sua frase “Ser ou não ser, eis a questão”. Ao contrário do reflexivo e pensativo Hamlet, os heróis das tragédias que se seguiram, em especial Otelo e Rei Lear, são precipitados demais e mais agem do que pensam. Essas precipitações sempre acabam por destruir o herói e frequentemente aqueles que ele ama. Em Otelo, o vilão Iago acaba assassinando sua mulher inocente, por quem era apaixonado. Em Rei Lear, o velho rei comete o erro de abdicar de seus poderes, provocando cenas que levam ao assassinato de sua filha e à tortura e a cegueira do Conde de Glócester. Segundo o crítico Frank Kermode, “a peça não oferece nenhum personagem divino ou bom, e não supre da audiência qualquer tipo de alívio de sua crueldade”. Em Macbeth, a mais curta e compactada tragédia shakesperiana, a incontrolável ambição de Macbeth e sua esposa, Lady Macbeth, de assassinar o rei legítimo e usurpar seu trono, até à própria culpa de ambos diante deste ato, faz com que os dois se destruam. Portanto, Hamlet seria seu personagem talvez mais admirado. Hamlet reflete antes da ação em si, é inteligente, perceptivo, observador, profundamente proprietário de uma grande sabedoria diante dos fatos. Suas últimas e grandes tragédias, Antônio e Cleópatra e Coriolano contêm algumas das melhores poesias de Shakespeare e foram consideradas as tragédias de maior êxito pelo poeta e crítico T.S. Eliot. No seu último período, Shakespeare centrou-se na tragicomédia e no romance, completando suas três mais importantes peças dessa fase: Cimbelino, Conto de Inverno e A Tempestade, e também Péricles, príncipe de Tiro. Menos sombrias do que as tragédias, essas quatro peças revelam um tom mais grave da comédia que costumavam produzir na década de 1590, mas suas personagens terminavam com reconciliação e o perdão de seus erros. Certos


comentadores vêem essa mudança de estilo como uma forma de visão da vida mais serena por parte de Shakespeare. Shakespeare colaborou com mais dois trabalhos, Henry VIII e Dois parentes nobres, provavelmente com John Fletcher. Performances Ainda não está claro para as companhias as datas exatas de quando Shakespeare escreveu suas primeiras peças. O título da página da edição de 1594 de Titus Andronicus revela que a peça havia sido encenada por três diferentes companhias. Após a peste negra de 1592-3, as peças shakesperianas foram realizadas por sua própria empresa no The Theatre e no The Curtain, em Shoreditch. As multidões londrinas foram ver a primeira parte de Henrique IV. Depois de uma disputa com o caseiro, o teatro foi desmantelado e a madeira usada para a construção do Globe Theatre, a primeira casa de teatro construída por atores para atores. A maioria das peças shakesperianas pós-1599 foram escritas para o Globe, incluindo Hamlet, Otelo e Rei Lear. Quando a Lord Chamberlain’s Men mudou seu nome para King’s Men, em 1603, eles entraram com uma relação especial com o novo rei, James I. Embora as performances realizadas são díspares, o King’s Men realizou sete peças shakesperianas perante à corte, entre 1 de novembro de 1604 e 31 de outubro de 1605, incluindo duas performances de O mercador de Veneza. Depois de 1608, eles a realizaram no teatro Blackfriars Theatre. A mudança interior, combinada com a moda jacobina de aprimorar a montagem dos palcos e cenários, permitiu com que Shakespeare pudesse introduzir uma fase com dispositivos e recursos mais elaborados. Em Cibelino, por exemplo, “Júpiter desce em trovão e relâmpagos, sentado em uma águia e lança um raio”. Os atores da empresa de Shakespeare incluem o famoso Richard Burbage, William Kempe, Henry Condell e John Heminges. Burbage desempenhou um papel de liderança em muitas performances das peças de Shakespeare, incluindo Richard III, Hamlet, Otelo e Rei Lear. O popular ator cômico Will Kempe encenou o agente Peter em Romeu e Julieta e também encenou em Muito barulho por nada. Kempe fora substituído na virada do século XVI por Robert Armin, que desempenhou papéis como a de Touchstone em Como Gostais e os palhaços no Rei Lear. Sabe-se que em 1613, Sir Henry Wotton encenou Henry VIII e foi nessa encenação que o Globe foi devorado por um incêndio causado por um canhão. Imagina-se que Shakespeare, já retirado em Stratford-on-Avon, retornou para auxiliar na recuperação do prédio.


Imortalidade Em 1623, John Heminges e Henry Condell, dois amigos de Shakespeare no King’s Men, publicaram uma compilação póstuma das obras teatrais de Shakespeare, conhecida como First Folio. Contém 36 textos, sendo que 18 impressos pela primeira vez. Não há evidências de que Shakespeare tenha aprovado essa edição, que o First Folio define como “stol’n and surreptitious copies”. No entanto, é nele em que se encontram um material extenso e rico do trabalho de Shakespeare. As peças shakesperianas são peculiares, complexas, misteriosas e com um fundo psicológico espantoso. Uma das qualidades do trabalho de Shakespeare foi justamente sua capacidade de individualizar todos seus personagens, fazendo com que cada um se tornasse facilmente identificado. Shakespeare também era excêntrico e se adaptava a gêneros diferentes. Trabalhando com o sombrio e com o divertido ou cômico, Shakespeare conseguiu chegar perto da unanimidade. Diversos filósofos e psicanalistas estudaram as obras de Shakespeare e a maioria encontrou uma riqueza psicológica e existencial. Entre eles, Arthur Schopenhauer, Freud e Goethe são os que mais se destacam. No Brasil, Machado de Assis foi muito influenciado pelo dramaturgo. Diversas fontes alegam que Bentinho, de Dom Casmurro, seja a versão tropical de Otelo. A revolta dos canjicas, em O Alienista, é provavelmente uma outra versão da revolta fracassada do Jack Cage, descrita em Henrique IV. Na introdução de A Cartomante, Assis utiliza a frase “há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe vossa vã filosofia”, frase que pode ser encontrada em Hamlet. Poemas Em 1593 e 1594, quando os teatros foram fechados por causa da peste, Shakespeare publicou dois poemas eróticos, hoje conhecidos como Vênus e Adônis e O Estupro de Lucrécia. Ele os dedica a Henry Wriothesley, o que fez com que houvesse várias especulações a respeito dessa dedicatória, fato esse que veremos mais tarde. Em Vênus e Adônis, um inocente Adônis rejeita os avanços sexuais de Vênus (mitologia); enquanto que o segundo poema descreve a virtuosa esposa Lucrécia que é violada sexualmente. Ambos os poemas, influenciados pela obra Metamorfoses, do poeta latino Ovídio, demonstram a culpa e a confusão moral que resultam numa determinada volúpia descontrolada. Ambos tornaram-se populares e foram diversas


vezes republicados durante a vida de Shakespeare. Uma terceira narrativa poética, A Lover’s Complaint, em que uma jovem lamenta sua sedução por um persuasivo homem que a cortejou, fora impresso na primeira edição do Sonetos em 1609. A maioria dos estudiosos hoje em dia aceitam que fora Shakespeare quem realmente escreveu o soneto A Lover’s Complaint. Os críticos consideram que suas qualidades são finas e dirigidas por efeitos. Sonetos Publicado em 1609, a obra Sonetos foi o último trabalho publicado de Shakespeare sem fins dramáticos. Os estudiosos não estão certos de quando cada um dos 154 sonetos da obra foram compostos, mas evidências sugerem que Shakespeare as escreveu durante toda sua carreira para leitores particulares. Ainda fica incerto se estes números todos representam pessoas reais, ou se abordam a vida particular de Shakespeare, embora Wordsworth acredite que os sonetos abriram suas emoções. A edição de 1609 foi dedicada a “Mr. WH”, creditado como o único procriados dos poemas. Não se sabe se isso foi escrito por Shakespeare ou pelo seu editor Thomas Thorpe, cuja sigla aparece no pé da página da dedicação; nem se sabe quem foi Mr. WH, apesar de inúmeras teorias terem surgido a respeito. Os críticos elogiam os sonetos e comentam que são uma profunda meditação sobre a natureza do amor, a paixão sexual, a procriação, a morte e o tempo. Especulações quanto à sua identidade Alguns estudiosos e pesquisadores acreditam na hipótese de que Shakespeare não seja realmente o autor das próprias obras, discutindo a questão da identidade de Shakespeare. A maioria dos pesquisadores, porém, despreza essa hipótese. Principais obras Comédias • • • • • • • • • • •

Sonho de uma Noite de Verão O Mercador de Veneza A Comédia dos Erros Os Dois Cavalheiros de Verona Muito Barulho por Nada Noite de Reis Medida por Medida Conto do Inverno Cimbelino A Megera Domada A Tempestade


• Como Gostais • Tudo Bem quando Termina Bem • As Alegres Comadres de Windsor • Trabalhos de Amores Perdidos • Péricles, Príncipe de Tiro Tragédias • Tito Andrônico • Romeu e Julieta • Júlio César • Macbeth • Antônio e Cleópatra • Coriolano • Timão de Atenas • Rei Lear • Otelo, o Mouro de Veneza • Hamlet • Tróilo e Créssida • A Tempestade Dramas históricos • Rei João • Ricardo II • Ricardo III • Henrique IV, Parte 1 • Henrique IV, Parte 2 • Henrique V • Henrique VI, Parte 1 • Henrique VI, Parte 2 • Henrique VI, Parte 3 • Henrique VIII • Eduardo III Notas e referências 1. ↑ A data refere-se ao calendário juliano. No calendário gregoriano, Shakespeare foi batizado em 6 de Maio e faleceu em 3 de Maio. 2. ↑ Barton, Anne, ed. 1968. The Tempest (New Penguin Shakespeare Series) Nova York: Penguin. Poemas de William Shakespeare amor


Sonnet

LXXXVIII When thou shalt be disposed to set me light, And place my merit in the eye of scorn, Upon thy side against myself I’ll fight, And prove thee virtuous, though thou art forsworn. With mine own weakness being best acquainted, Upon thy part I can set down a story Of faults conceal’d, wherein I am attainted, That thou in losing me shalt win much glory: And I by this will be a gainer too; For bending all my loving thoughts on thee, The injuries that to myself I do, Doing thee vantage, double-vantage me. Such is my love, to thee I so belong, That for thy right myself will bear all wrong.

SONETO LXXXVIII Quando me tratas mau e, desprezado, Sinto que o meu valor vês com desdém, Lutando contra mim, fico a teu lado E, inda perjuro, provo que és um bem. Conhecendo melhor meus próprios erros, A te apoiar te ponho a par da história De ocultas faltas, onde estou enfermo; Então, ao me perder, tens toda a glória. Mas lucro também tiro desse ofício: Curvando sobre ti amor tamanho, Mal que me faço me traz benefício, Pois o que ganhas duas vezes ganho. Assim é o meu amor e a ti o reporto: Por ti todas as culpas eu suporto. William Shakespeare Sonnet

CV Let not my love be call’d idolatry, Nor my beloved as an idol show, Since all alike my songs and praises be To one, of one, still such, and ever so. Kind is my love to-day, to-morrow kind, Still constant in a wondrous excellence; Therefore my verse to constancy confined,


One thing expressing, leaves out difference. ’Fair, kind and true’ is all my argument, ’Fair, kind, and true’ varying to other words; And in this change is my invention spent, Three themes in one, which wondrous scope affords. ’Fair, kind, and true,’ have often lived alone, Which three till now never kept seat in one. William Shakespeare SONETO CV Não chame o meu amor de Idolatria Nem de Ídolo realce a quem eu amo, Pois todo o meu cantar a um só se alia, E de uma só maneira eu o proclamo. É hoje e sempre o meu amor galante, Inalterável, em grande excelência; Por isso a minha rima é tão constante A uma só coisa e exclui a diferença. ’Beleza, Bem, Verdade’, eis o que exprimo; ’Beleza, Bem, Verdade’, todo o acento; E em tal mudança está tudo o que primo, Em um, três temas, de amplo movimento. ’Beleza, Bem, Verdade’ sós, outrora; Num mesmo ser vivem juntos agora. William Shakespeare Sonnet

LXX That thou art blamed shall not be thy defect, For slander’s mark was ever yet the fair; The ornament of beauty is suspect, A crow that flies in heaven’s sweetest air. So thou be good, slander doth but approve Thy worth the greater, being woo’d of time; For canker vice the sweetest buds doth love, And thou present’st a pure unstained prime. Thou hast pass’d by the ambush of young days, Either not assail’d or victor being charged; Yet this thy praise cannot be so thy praise, To tie up envy evermore enlarged: If some suspect of ill mask’d not thy show, Then thou alone kingdoms of hearts shouldst owe. SONETO LXX Se te censuram, não é teu defeito,


Porque a injúria os mais belos pretende; Da graça o ornamento é vão, suspeito, Corvo a sujar o céu que mais esplende. Enquanto fores bom, a injúria prova Que tens valor, que o tempo te venera, Pois o Verme na flor gozo renova, E em ti irrompe a mais pura primavera. Da infância os maus tempos pular soubeste, Vencendo o assalto ou do assalto distante; Mas não penses achar vantagem neste Fado, que a inveja alarga, é incessante. Se a ti nada demanda de suspeita, És reino a que o coração se sujeita. William Shakespeare Sonnet

LXV Since brass, nor stone, nor earth, nor boundless sea, But sad mortality o’er-sways their power, How with this rage shall beauty hold a plea, Whose action is no stronger than a flower? O, how shall summer’s honey breath hold out Against the wreckful siege of battering days, When rocks impregnable are not so stout, Nor gates of steel so strong, but Time decays? O fearful meditation! where, alack, Shall Time’s best jewel from Time’s chest lie hid? Or what strong hand can hold his swift foot back? Or who his spoil of beauty can forbid? O, none, unless this miracle have might, That in black ink my love may still shine bright. SONETO LXV Se a morte predomina na bravura Do bronze, pedra, terra e imenso mar, Pode sobreviver a formosura, Tendo da flor a força a devastar? Como pode o aroma do verão Deter o forte assédio destes dias, Se portas de aço e duras rochas não Podem vencer do Tempo a tirania? Onde ocultar - meditação atroz O ouro que o Tempo quer em sua arca? Que mão pode deter seu pé veloz, Ou que beleza o Tempo não demarca?


Nenhuma! A menos que este meu amor Em negra tinta guarde o seu fulgor. William Shakespeare Não, Tempo, não zombarás de minhas mudanças! As pirâmides que novamente construíste Não me parecem novas, nem estranhas; Apenas as mesmas com novas vestimentas. William Shakespeare Perguntei a um sábio, a diferença que havia entre amor e amizade, ele me disse essa verdade... O Amor é mais sensível, a Amizade mais segura. O Amor nos dá asas, a Amizade o chão. No Amor há mais carinho, na Amizade compreensão. O Amor é plantado e com carinho cultivado, a Amizade vem faceira, e com troca de alegria e tristeza, torna-se uma grande e querida companheira. Mas quando o Amor é sincero ele vem com um grande amigo, e quando a Amizade é concreta, ela é cheia de amor e carinho. Quando se tem um amigo ou uma grande paixão, ambos sentimentos coexistem dentro do seu coração. William Shakespeare

Aprendi

que

não

posso

exigir

o

amor

de

ninguém...

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto...


William Shakespeare O tempo é muito lento para os que esperam Muito rápido para os que tem medo Muito longo para os que lamentam Muito curto para os que festejam Mas, para os que amam, o tempo é eterno. William Shakespeare Há certas horas, em que não precisamos de um Amor... Não precisamos da paixão desmedida... Não queremos beijo na boca... E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama... Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado... Sem nada dizer... Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir... Alguém que ria de nossas piadas sem graça... Que ache nossas tristezas as maiores do mundo... Que nos teça elogios sem fim... E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável... Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado... Alguém que nos possa dizer: Acho que você está errado, mas estou do seu lado... Ou alguém que apenas diga: Sou seu amor! E estou Aqui! William shakespeare Duvida da luz dos astros, De que o sol tenha calor, Duvida até da verdade, Mas confia em meu amor. William Shakespeare


Eu aprendi... ...que ignorar os fatos não os altera; Eu aprendi... ...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você; Eu aprendi... ...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas; Eu aprendi... ...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa; Eu aprendi... ...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda; Eu aprendi... ...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu. Eu aprendi... ...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar; Eu aprendi... ...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito; Eu aprendi... ...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a; Eu aprendi... ...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer. (Boa noite , Amor ) William Shakespeare Há

quem

diga

que

todas

as

noites

são

de

sonhos.

Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo,

isto

não

tem

muita

importância.

O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos


que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado. William Shakespeare “O

maior

erro

que

você

pode

cometer

É o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum.” William Shakespeare De almas sinceras a união sincera Nada há que impeça: amor não é amor Se quando encontra obstáculos se altera, Ou se vacila ao mínimo temor. Amor é um marco eterno, dominante, Que encara a tempestade com bravura; É astro que norteia a vela errante, Cujo valor se ignora, lá na altura. Amor não teme o tempo, muito embora Seu alfange não poupe a mocidade; Amor não se transforma de hora em hora, Antes se afirma para a eternidade. Se isso é falso, e que é falso alguém provou, Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou. William Shakespeare ~ Soneto 17 ~ Se te comparo a um dia de verão És por certo mais belo e mais ameno O vento espalha as folhas pelo chão E o tempo do verão é bem pequeno.


Ás vezes brilha o Sol em demasia Outras vezes desmaia com frieza; O que é belo declina num só dia, Na terna mutação da natureza. Mas em ti o verão será eterno, E a beleza que tens não perderás; Nem chegarás da morte ao triste inverno: Nestas linhas com o tempo crescerás. E enquanto nesta terra houver um ser, Meus versos vivos te farão viver. William Shakespeare Quanto mais fecho os olhos, melhor vejo... Meu dia é noite quando estás ausente... E à noite eu vejo o sol se estás presente... ~ Soneto 35 ~ Não chores mais o erro cometido; Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho; O sol no eclipse é sol obscurecido; Na flor também o inseto faz seu ninho; Erram todos, eu mesmo errei já tanto, Que te sobram razões de compensar Com essas faltas minhas tudo quanto Não terás tu somente a resgatar; Os sentidos traíram-te, e meu senso De parte adversa é mais teu defensor, Se contra mim te excuso, e me convenço Na batalha do ódio com o amor: Vítima e cúmplice do criminoso, Dou-me ao ladrão amado e amoroso Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente. William Shakespeare


Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te. William Shakespeare Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor. William Shakespeare Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes. William Shakespeare Lamentar uma dor passada, no presente, / é criar outra dor e sofrer novamente. William Shakespeare É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada. William Shakespeare A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial William Shakespeare A paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõe. William Shakespeare Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião.


William Shakespeare Os homens de poucas palavras são os melhores. William Shakespeare O amor não se vê com os olhos mas com o coração. William Shakespeare O amor é como a criança: deseja tudo o que vê. William Shakespeare Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos. William Shakespeare Chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras. William Shakespeare A alegria evita mil males e prolonga a vida. William Shakespeare É um amor pobre aquele que se pode medir. William Shakespeare Chorar é diminuir a profundidade da dor. William Shakespeare


Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia. William Shakespeare Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez. Poemas de William Shakespeare amor SONETO LXXXVIII Quando me tratas mau e, desprezado, Sinto que o meu valor vês com desdém, Lutando contra mim, fico a teu lado E, inda perjuro, provo que és um bem. Conhecendo melhor meus próprios erros, A te apoiar te ponho a par da história De ocultas faltas, onde estou enfermo; Então, ao me perder, tens toda a glória. Mas lucro também tiro desse ofício: Curvando sobre ti amor tamanho, Mal que me faço me traz benefício, Pois o que ganhas duas vezes ganho. Assim é o meu amor e a ti o reporto: Por ti todas as culpas eu suporto. William Shakespeare

SONETO LXX Se te censuram, não é teu defeito, Porque a injúria os mais belos pretende; Da graça o ornamento é vão, suspeito, Corvo a sujar o céu que mais esplende. Enquanto fores bom, a injúria prova Que tens valor, que o tempo te venera, Pois o Verme na flor gozo renova, E em ti irrompe a mais pura primavera. Da infância os maus tempos pular soubeste, Vencendo o assalto ou do assalto distante; Mas não penses achar vantagem neste Fado, que a inveja alarga, é incessante.


Se a ti nada demanda de suspeita, És reino a que o coração se sujeita. William Shakespeare SONETO LXV Se a morte predomina na bravura Do bronze, pedra, terra e imenso mar, Pode sobreviver a formosura, Tendo da flor a força a devastar? Como pode o aroma do verão Deter o forte assédio destes dias, Se portas de aço e duras rochas não Podem vencer do Tempo a tirania? Onde ocultar - meditação atroz O ouro que o Tempo quer em sua arca? Que mão pode deter seu pé veloz, Ou que beleza o Tempo não demarca? Nenhuma! A menos que este meu amor Em negra tinta guarde o seu fulgor. William Shakespeare Não, Tempo, não zombarás de minhas mudanças! As pirâmides que novamente construíste Não me parecem novas, nem estranhas; Apenas as mesmas com novas vestimentas. William Shakespeare

O Menestrel (Willian Shakespeare) ”Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim “.

O Menestrel Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.


E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que levase anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos


deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, e se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que e se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia


se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!”

Jacobean literature After Shakespeare's death, the poet and dramatist Ben Jonson was the leading literary figure of the Jacobean era (The reign of James I). However, Jonson's aesthetics hark back to the Middle Ages rather than to the Tudor Era: his characters embody the theory of humours. According to this contemporary medical theory, behavioral differences result from a prevalence of one of the body's four "humours" (blood, phlegm, black bile, and yellow bile) over the other


three; these humours correspond with the four elements of the universe: air, water, fire, and earth. This leads Jonson to exemplify such differences to the point of creating types, or clichés.

LITERATURA JACOBETANA Após a morte de Shakespeare, o poeta e dramaturgo Ben Jonson foi a figura literária líder da era Jacobeana ( o reino de James I). Entretanto a estética de Jonson voltou para as da Idade Média, ao invés daquela da Era Tudor: seus personagens envolviam a teoria do humor. De acordo com esta teoria médica contemporânea, as diferenças comportamentais resultam da prevalência de um dos quatro humores (sangue, plasma, bile preta e bile amarela) sobre as outras três; esses humores correspondem aos quatro elementos do universo: ar, água, fogo e terra. Isto leva Jonson a exemplificar tais diferenças a ponto de criar tipos ou clichês. Jonson is a master of style, and a brilliant satirist. His Volpone shows how a group of scammers are fooled by a top con-artist, vice being punished by vice, virtue meting out its reward. Jonson é um mestre do estilo e um satírico brilhante. Seus shows Volpone mostram como um grupo de fraudadores são enganados por um alto falso artista, um sendo punido pelo outro, a virtude recebendo sua recompensa. Others who followed Jonson’s style include Beaumont and Fletcher, who wrote the brilliant comedy, The Knight of the Burning Pestle, a mockery of the rising middle class and especially of those nouveaux riches who pretend to dictate literary taste without knowing much literature at all. In the story, a couple of grocers wrangle with professional actors to have their illiterate son play a leading role in a drama. He becomes a knight-errant wearing, appropriately, a burning pestle on his shield. Seeking to win a princess’ heart, the young man is ridiculed much in the way Don Quixote was. One of Beaumont and Fletcher’s chief merits was that of realising how feudalism and chivalry had turned into snobbery and make-believe and that new social classes were on the rise. Outros que seguiram o estilo de Jonson incluem Beaumont e Fletcher que escreveram a brilhante comédia The Knight of the Burning Pestle, uma comédia da ascensão da classe média e especialmente daqueles novos ricos que fingiam ditar o gosto


literário sem conhecer muito de literatura afinal. Na história, um casal de mercadores briga com atores profissionais para conseguirem para seu filho analfabeto um papel principal na peça. Ele torna-se um cavalheiro-andarilho vestindo, apropriadamente, uma peste queimada em seu escudo. Buscando ganhar o coração de uma princesa, o jovem é ridicularizado do mesmo modo que Dom Quixote foi. Um dos principais méritos de Beaumont e Fletcher foi o de perceber como o feudalismo e “chilvary” ( estilo de vida dos antigos cavaleiros ) tinham se transformado em esnobação e um fazer-acreditar que aquela nova classe social estava em ascensão. Another popular style of theatre during Jacobean times was the revenge play, popularized by John Webster and Thomas Kyd. George Chapman wrote a couple of subtle revenge tragedies, but must be remembered chiefly on account of his famous translation of Homer, one that had a profound influence on all future English literature, even inspiring John Keats to write one of his best sonnets. Outro estilo popular do teatro durante os tempos Jacobetanos foram as peças de vingança, popularizadas por John Webster e Thomas Kyd. George Chapman escreveu umas poucas e pequenas tragédias de vingança , mas deve ser lembrado principalmente por causa de sua famosa tradução de Homero, uma que teve profunda influência em todo o futuro da literatura Inglesa, até mesmo inspirando John Keats a escrever um de seus melhores sonetos. The King James Bible, one of the most massive translation projects in the history of English up to this time, was started in 1604 and completed in 1611. It represents the culmination of a tradition of Bible translation into English that began with the work of William Tyndale. A bíblia do Rei James, um dos maiores projetos de tradução em massa na história da Inglaterra até aquela época, foi iniciado em 1604 e completado em 1611. Ele representa o auge da tradução da bíblia para o inglês que começou com o trabalho de Willian Tyndale. It became the standard Bible of the Church of England, and some consider it one of the greatest literary works of all time. This project was headed by James I himself, who supervised the work of fortyseven scholars. Although many other translations into English have been made, some of which are widely considered more accurate, many aesthetically prefer the King James Bible, whose meter is made to mimic the original Hebrew verse.


Ela tornou-se o padrão bíblico da Igreja da Inglaterra, e alguns a consideram um dos maiores trabalhos literários de todos os tempos. Este projeto foi encabeçado pelo próprio James I, que supervisionou o trabalho de 47 alunos. Embora muitas outras traduções em inglês tenham sido feitas, algumas das quais consideradas amplamente mais precisas, muitos preferem esteticamente a Bíblia do Rei James, cujos metros parecem imitar o original verso Hebreu. Besides Shakespeare, whose figure towers over the early 1600s, the major poets of the early 17th century included John Donne and the other Metaphysical poets. Influenced by continental Baroque, and taking as his subject matter both Christian mysticism and eroticism, metaphysical poetry uses unconventional or “unpoetic” figures, such as a compass or a mosquito, to reach surprise effects. Além de Shakespeare, cuja figura se eleva sobre o início dos anos de 1600, os maiores poetas do início do século 17 incluem John Donne e outros Poetas Metafísicos. Influenciados pelo Barroco continental e tratando em seus assuntos tanto sobre o Cristianismo místico quanto o erotismo, os poetas metafísicos usam figuras não poéticas ou não convencionais, tais como um compasso ou um mosquito para alcançar efeitos surpresa. For example, in “A Valediction: Forbidding Mourning”, one of Donne’s Songs and Sonnets, the points of a compass represent two lovers, the woman who is home, waiting, being the centre, the farther point being her lover sailing away from her. Por exemplo, em “A Valediction: Forbidding Mourning” uma das Canções e Sonetos de Donne, o ponto de um compasso (bússola ) representa dois amantes, a mulher que está em casa, esperando, sendo o centro, e o mais distante sendo seu amado navegando distante dela. But the larger the distance, the more the hands of the compass lean to each other: separation makes love grow fonder. The paradox or the oxymoron is a constant in this poetry whose fears and anxieties also speak of a world of spiritual certainties shaken by the modern discoveries of geography and science, one that is no longer the centre of the universe. Mas, quanto maior a distância, mais as mãos do compasso se inclinam uma para a outra, a separação faz o amor crescer mais. O paradoxo ou o contraste é uma constante nesta poesia cujos medos e ansiedades também falam de um mundo de certezas espirituais


sacudido pelas descobertas da geografia e da ciência, uma já não é mais o centro do universo. Apart from the metaphysical poetry of Donne, the 17th century is also celebrated for its Baroque poetry. Baroque poetry served the same ends as the art of the period; the Baroque style is lofty, sweeping, epic, and religious. Many of these poets have an overtly Catholic sensibility (namely Richard Crashaw) and wrote poetry for the Catholic counter-Reformation in order to establish a feeling of supremacy and mysticism that would ideally persuade newly emerging Protestant groups back toward Catholicism. Ao lado da poesia metafísica de Donne, o século 17 é também celebrado pela poesia Barroca. A poesia Barroca serviu aos mesmos fins da arte do período. O estilo Barroco é mais amplo, limpo, épico e religioso. Muitos desses poetas tem uma exagerada sensibilidade Católica (chamado Richard Crashaw) e escreveram poesias para os Católicos da Contra-Reforma a fim de estabelecer um sentimento de supremacia e misticismo que idealisticamente, persuadiria os novos grupos de Protestante emergentes a voltarem para o Catolicismo.

BEN JONSON – BIOGRAFIA Benjamin Jonson (Westminster, 11 de Junho de 1572 — Londres, 6 de Agosto de 1637) foi um dramaturgo inglês mais conhecido como Ben Jonson. Nascido dois meses após a morte do pai, um pregador escocês, Ben Jonson foi criado pelo padastro, um maçom pobre. Por algum tempo estudou na Universidade de Westminster. No entanto, deixou a escola para aprender o ofício de mestre-de-obras de seu padastro. Após servir no exército (1597) na Baixa Escócia, Jonson casou-se, tansformou-se em ator itinerante e depois em dramaturgo. Casou-se antes de 1592, tendo tido uma filha que morreu aos seis meses e dois filhos de nome Benjamin, um deles falecido na infância, devido


à peste. Não vivia bem com a esposa, tanto que ele viveu cinco anos fora de casa, em companhia de Lord Albany. Começou

a

afirmar

sua

reputação

quando

a

trupe

Lord

Chamberlain’s Men montou pela primeira vez uma de suas peças que tratam de humor, Everyman in his Humour (Cada homem em seu humor), em 1598 e que foi representada no Globe Theatre pela Companhia de Shakespeare, Lord Chamberlain’s Men: Shakespeare não somente aprovou a peça: ele atuou na sua primeira versão ambientada na Itália, e também na versão “londrinizada” de Jonson. Pouco depois da estréia da peça, num duelo em 22 de setembro, Ben Jonson matou Gabriel Spencer, um ator que passara um período preso com ele, na prisão de Marshalsea. Para escapar da forca, Jonson reivindicou isenção de julgamento por ser letrado e, para provar que sabia a língua, realizou em latim a leitura de um poema. Escapou da forca, mas foi marcado com ferro em brasa na base do seu polegar esquerdo com a letra “T”, de Tyburn (lugar em Londres onde, até 1783, eram executados criminosos), para identificá-lo caso viesse a matar outra vez. Ben Jonson volta a trabalhar como pedreiro, porém retornou ao teatro em seguida, com o seu trabalho Every Man Out of is Humour (Cada homem fora de seu humor). No prólogo da peça ele diz fazer a cada quinze dias uma “boa refeição em companhia de Atores” embora viva de “feijão e leitelho” em casa. Suas tragédias Sejanus, de 1603 e Catilina, de 1611 foram muito apreciadas na época, mas Ben Jonson foi sobretudo um autor de comédias como Volpone, de 1605, Epiceno ou a mulher silenciosa, de 1609, O alquimista, de 1610, Bartholomew Fair, de 1614 e outras.


Jonson foi também um expoente da lingüística, por sua atenção à fonética

e

classificação

dos

verbos.

Embora

sem

curso

universitário, Bem Jonson se tornou um dos homens de maior cultura de seu tempo, chegando a merecer graus honorários das Universidades de Oxford e Cambridge. Sob sua lápide, seus contemporâneos colocaram as palavras: “Ó rare Ben Jonson!”. Características literárias Seguindo o exemplo dos autores latinos, como Plauto, e adaptando para suas finalidades pessoais a teoria medicinal dos humores (isto é, definido por suas qualidades, defeitos, tendências e manias mais acentuadas), criou um estilo que durou diversas gerações. Essa “comédia de costumes”, que misturava o realismo e uma atmosfera satírica ao uso dos humores, influenciou dramaturgos até o século XVIII, estendendo-se até mesmo ao Romantismo. A comédia de Bem Jonson é o que se convencionou chamar de “drama”, pois possui trechos entremeados de fantasias, defendendo que “em cada um de nós um atributo particularmente se acentua, apossando-se de tal forma de nosso ser, que, por esse aspecto predominante, se define pela exageração de um grotesco que cria o humor,

ou

seja

um

temperamento

característico[1]”.

Seus

personagens cômicos são intencionalmente ridículos, compondo essa característica a tessitura da própria peça. Apesar do cunho realista de sua obra, ela se acha impregnada de fantasias que beiram o absurdo. Ben Jonson parece ter sido influenciado pelo teatro da Idade Média, refletindo a aspiração do autor por um mundo mais equitativo. Talvez sua moral intransigente tenha se modelado quando de sua conversão ao catolicismo, na época em que cumpria, na prisão, a


pena pelo seu crime de morte; com o auxílio do clero, obteve naquela ocasião o perdão. Esse traço de moralização inflexível permeia sua obra, representando, muitas vezes, uma concessão da estética à moral. Ben

Jonson

foi

mestre

na

produção

de

mascaradas,

entretenimentos festivos que utilizavam a música, a dança e o canto em cuidadosa coreografia. Dotado de uma genialidade multiforme, sua obra conta não apenas com peças teatrais, mas com a poesia lírica, o epigrama, a crônica, o gênero epistolar, as traduções e até a gramática. Obras principais Comédias • Isle of Dogs - (“Ilha de Cães”) - foi co-autor e também ator da peça. • Every Man in his Humour – 1598- (“Cada qual com o seu Humor”, ou “Cada Homem em seu Humor”) • The Case is Altered – 1597/1598 • Every Man out of his Humour – 1599 - (“Cada Homem fora de seu Humor”) • Cinthia’s Revels – 1600 • The Poetaster – 1601 • Volpone or The Fox – 1605/1606- (“Volpone ou A Raposa”) • Eastward Ho – 1604/1605 – como colaborador de Marston e Chapman • Epicoene or The Silent Woman – 1609 - (“Epiceno ou A Mulher Silenciosa”) • The Alchemist – 1614 - (“O Alquimista”) • Bartholomew Fair – 1614 • The Devil is an Ass – 1614/1616 • The Staple of the News • The New Inn – 1629 • The Magnetic Lady – 1632 • The Tale of a Tub – 1633 Tragédias


• Sejanus his Fall – 1603 • Catilline his Conspiracy – 1611 Mascaradas • • • • • • • • • • • • •

The Satyre – 1603 The Penates – 1604 Masque of Blackness – 1605 Hymanael – 1606 Masque of Beauty – 1608 The Hue and Cry after Cupid – 1608 Masque of Queens – 1609 – tem sido considerada, pela crítica, como sua melhor peça[2]. Oberm, the Feary Prince – 1611 Love freed from Ignorance and Folly – 1611 Love Restored – 1612 The Irish Masque – 1613 Mercury vindicated from the Alchemists – 1615

JOHN DONNE 1. The poems of John Donne 2. “The Good-Morrow” 3. Metrical scheme 4. Ornamentation 5. Conclusion 1. The poems of John Donne John Donne (1572-1631) is credited with the honour of being the poet who broke the Petrarchan tradition in England and created a new mode of poetry. John Donne recebe a honra de ser o poeta que quebrou a tradição petrarquiana na Inglaterra e criou um novo tipo de poesia Rather than a complete breach, Donne’s poetry is a widening of the scope of the Elizabethan tradition. Ao invés de um galho completo, a poesia de Donne é uma abertura ao escopo(direcionamento) da tradição Elizabetana.


He implements already existing modes in every aspect: new metrical schemes (although he will return to the sonnet in his last works), a rich and original imagery, a colloquial, conversational tone, and a mingling of intellect and passion which disconcerted his contemporaries: he and his followers were labeled as “metaphysical poets.” Not that Donne’s poems have any philosophical intention: his themes are the traditional ones, although renewed by a new attitude: love, religious feeling, satire. Ele implementa modelos já existentes em todos os aspectos: novos esquemas métricos ( embora ele retornará ao soneto em seus últimos trabalhos), um imaginário rico e original, um colóquio, um tom de conversa, e um intelecto confundido de paixão que desconecta seus contemporâneos: ele e seus seguidores foram rotulados como “poetas metafísicos” Não que os poemas de Donne tenham uma intenção filosófica: seus temas são de atitudes tradicionais, embora renovadas por uma nova atitude: amor, religião, sentimento, sátira. The love poems correspond roughly to the early period of his career. He abandons the rigid Elizabethan conventions, which sprung from Petrarchism, and adds realism, sincerity, psychological penetration and a great variety of moods enhanced with images taken from every field of experience. Os poemas de amor dificilmente correspondem ao início do período de sua carreira. Ele abandona as rígidas convenções Elizabetanas, que vem do Petrarquismo, e adiciona realismo, sinceridade, penetração psicológica e uma grande variedade de humor envolvido com imagens tiradas de cada campo de experiência. Some of his love poems are harsh and cynical; others are nearly ecstatic, and celebrate love as the supreme thing in the world. The most famous among these are “The Sun Rising,” “The Dreame” and “The Good-Morrow”. Alguns de seus poemas de amor são duros e cínicos; outros são quase estáticos e celebram o amor como coisa suprema no mundo. Os mais famosos entre eles são “O Nascer do sol” , “O Sonhador” e “Bom Dia“ (traduzidos abaixo) Love as the supreme experience suggests to Donne connections between it and other aspects of reality: everything can be used to try to describe an ineffable feeling. His imagery ranges from the vulgar to the sublime, from daily activities to old scientific theories; it may be of a deplorable bad taste or combine sheer originality with beauty and


accuracy. O amor como experiência suprema, sugere as conexões de Donne entre ele e outros aspectos da realidade: tudo pode ser usado para descrever um sentimento inefável. Seu imaginário varia de vulgar a sublime, de atividades diárias a velhas teorias científicas; pode ser um sabor ruim deplorável ou combinar vaga originalidade com beleza e precisão. It is never ornamental: the poet seems to think that sensation must be subordinated to thought. Much the same happens with the sound pattern of his poems, which is very far away from the smoothness of previous poets. Rhythm is secondary; at its best, it merely helps to underline ideas. Ele nunca é ornamental: o poeta parecer achar que a sensação deve ser subordinada ao pensamento. O mesmo acontece com um padrão de som de seus poemas, que é muito distante da suavidade dos poetas anteriores. A rima é secundária, e, no máximo, ela meramente ajuda a sublinhar suas ideáis.

2. “The Good-Morrow” O Bom Dia 1 - I wonder by my troth, what thou, and I Espanta-me, em verdade, o que fizemos, tu e eu 2 - Did, till we lov’d? Were we not wean’d till then? Até nos amarmos? Não estariamos ainda criados, 3 - But suck’d on countrey pleasures, childishly? E, infantilmente, sorvíamos rústicos prazeres? 4 - Or snorted we in the seaven sleepers den? Ou ressonávamos na cova dos Sete Santos Adormecidos? 5 - T’was so; But this, all pleasures fancies bee. Assim era. Salvo este, todos os prazeres são fantasia 6 - If ever any beauty I did see, Se alguma vez beleza eu de fato vi, 7 - Which I desir’d, and got, ‘twas but a dreame of thee. desejei e obtive, não foi se não um sonho de ti 8 - And now good morrow to our waking soules, E agora, bom dia às nossas almas que acordam, 9 - Which watch not one another out of feare; E que, por medo, uma à outra se não contemplam;


10 - For love, all love of other sights controules, Porque Amor todo o amor de outras visões influencia 11 - And makes one little roome, an every where. E transforma um pequeno quarto numa imensidão. 12 - Let sea-discoverers to new worlds have gone, Deixa que os descobridores partam para novos mundos, 13 - Let Maps to other, worlds on worlds have showne, E que aos outros os mapa-mundos sobre mundos mostrem. 14 - Let us possesse one world; each hath one, and is one. Tenhamos nós um só, porque cada um possui, e é um mundo. 15 - My face in thine eye, thine in mine appeares, A minha face nos teus olhos, e a tua nos meus, aparecem, 16 - And true plaine hearts doe in the faces rest, Que os corações veros e simples nas faces se desenham; 17 - Where can we finde two better hemispheares Onde poderemos encontrar dois melhores hemisférios, 18 - Without sharpe North, without declining West? Sem o agudo Norte, nem o declinado Oeste? 19 - What ever dyes, was not mixed equally; Só morre o que não foi proporcionalmente misturado, 10 - If our two loves be one, or, thou and I E se nossos dois amores são um, ou tu e eu nos amamos 21 - Love so alike, that none doe slacken, none can die. Amor assim, que ninguém pode sacudir, ninguém pode morrer The subject. This is one of Donne’s best known poems, and a perfect sample of his way. The subject is love, love seen as an intense, absolute experience, which isolates the lovers from reality but gives them a different kind of awareness; a simultaneous narrowing and widening of reality. O ASSUNTO: Este é um poemas mais conhecidos de Donne e uma amostra perfeita do seu jeito. O assunto é amor, amor visto como sendo uma experiência absoluta e intensa, que isola os amantes da realidade mas também que dá a eles um tipo diferente de conciência: um simultâneo estreitamento e alargamento da realidade


The contents: The poem is divided in three stanzas: In the first one the lover rejects the life he led until he met his present love. He describes it as childish (“were we not weaned,” “childishly”) and unconscious, a kind of sleep (“Or snorted we in the Seven Sleepers’ den”?). His past loves must not be considered as serious, since he was not completely aware of himself at the time. So, they are rejected: OS CONTEÚDOS: O poema é dividido em 03 estrofes : Na primeira, um dos amantes rejeita a vida até que tenha encontrado seu atual amor. Ele a descreve como infantil ( ) e inconsciente, um tipo de sono ( …. ). Seu amor do passado não deve ser considerado como sério, uma vez que ele não estava completamente consciente de si mesmo, naquela época. Então, eles são rejeitados. . . . But this, all pleasures fancies be; If ever any beauty I did see, Which I desired, and got, ‘twas but a dream of thee. The second stanza is, in contrast, a celebration of the present. Each soul has “awakened” to the other, and has discovered a whole world in it. The union is self-sufficient; the “little room” where they are is all the world, “an everywhere.” Consequently, the outer world is rejected, under the symbols of maps and discoverers. Up to now, the poet has cut off his superfluous experience; past time (the first stanza), external space (2nd stanza). He seems to be saying “Here and now.” A segunda estrofe, em contraste, é uma comemoração do presente. Cada alma foi despertada na outra, e descobriu um mundo inteiro nele.A união do sub-consciente, o quartinho, onde eles estão no mundo, e em todo lugar.Consequentemente, o mundo exterior é rejeitado, sob os símbolos de mapas e descobridores. Até agora, o poeta cortou sua expericência supérflua, o pasado (na 1ª estrofe), espaço externo (segunda estrofe). Ele parece estar dizendo “ aquí e agora” The third stanza shows the perfect sincerity and adequation of both lovers, and it adds a hope for the future to that assertion of the present we have met in the first stanza. This perfect love is not only immortal: it makes the lovers immortal, too: If our two love be one, or thou and I


Love so alike that none do slacken, none can die. A terceira estrofe mostra a perfeita sinceridade e adequação de ambos os amantes, e acrescenta uma esperança ao futuro para esta afirmação do presente que temos na 1ª estrofe. Este amor perfeito não é somente imortal, ele torna os amantes imortais também. 3. Metrical scheme 1U U / U U /

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U U /U U U U/ U U / U UU U U/ 20 U U U U U // //

10 G 10 H 10 A U U U U /U U 10 A 12 A

I use (/) to mark internal pauses and verse pauses; (//) to mark caesura and strophic pause. This stanza form is not traditional: it may have been invented by Donne. The decasyllables are used in the sonnet, but Donne adds a 12-syllable line at the end which gives a nice and nearly imperceptible variety to the scheme and rounds off the stanza. Eu uso (/) para marcar as pausas internas e as pausas dos versos; (//) para marcar a cisura e a pausa estrófica. Esta forma de estrofe não é tradicional: ela deve ter sido inventada por Donne. Os decassílabos são usados no soneto, mas Donne acrescenta uma linha de 12 sílabas no final que dá uma variedade quase imperceptível do esquema e das voltas fora da estrofe. It is worth noting that some of the rhymes have changed sound since the seventeenth century: “one” (line 14) does no longer rhyme with “gone” (line 12) or “shown” (line 13). The rhymes “childishly”/”I” and “equally”/”die”/”I” are now imperfect ones. Although the rhyme in /ai/ resumed at the end of the poem makes Donne repeat one rhyming word, “I” (1ines 1 and 20), the two instances are far apart and this is not a major defect in the rhyme-scheme. Vale a pena notar que algumas das rimas mudaram o som desde o século 17: “one” um (linha 14) não mais rima com “gone” (“ido”) ( linha 12) ou “shown” (“mostrado”) ( linha 13). As rimas em “childishly” (infantilidade)/ “I”(Eu) e”equally” ( igualmente) / “die” (morrer) / “I” (eu) / são agora imperfeitas. Embora a rima seja um /ai/ resumida no final do poema faz Donne repetir uma palavra rimada. “I” (linhas 1 e 20), as duas ocorrências estão longe e este não é o maior defeito no esquema de rima. Lines 9 and 11 have no real metrical regularity, unless we pronounce


“fear” (line 9) as a monosyllable and “discoverers” (line 11) in the relaxed form [dIs’k^vr z], not suitable to poetic style. But then syllabic regularity is not essential in English verse, which is mainly accentual; foreign schemes must adapt themselves to the characteristics of the English language. Some of the stresses (marked =) would be anomalous in an Italian or Spanish decasyllable (or rather hendecasyllable), but Donne was never too careful with this kind of harmonyin Ben Jonson’s words, “for not keeping of accent, he deserved hanging”. Donne would not subordinate the idea to the rhythm. Whether this is a vice or a virtue is a matter of opinion. As linhas 9 e 11 não tem uma regularidade métrica verdadeira, ao invés, nós pronunciamos “fear” (medo) na linha 9 como um monossílabo e “dicoverers” ( linha 11) de forma relaxada, não compatível com o estilo poético. Mas dai, a regularidade silábica não é essencial no verso inglês, o qual é principalmente acentual, esquemas estrangeiros devem adaptar-se às características da Língua inglesa. Algumas das entoações (marcadas) seria uma anomalia no decassílabo Italiano ou Espanhol (ou ao invés, hendecassílaba), mas Donne nunca foi muito cuidadoso com este tipo de harmoniosidade, nas palavras de Ben Jonson, por não manter o acento, ele merecia ser pendurado. Donne não se subordinaria a idéia de ritmo. Se isto é um vício ou uma virtude é uma questão de opinião. 4. Ornamentation We are going to examine in the first place those figures of speech that contribute to enhance musicality, not sense; those that could be appreciated on hearing the poem even by a person with no knowledge of English. Of course, the main of these are the metrical scheme and the rhyme, but these are taken almost for granted in a poem of the seventeenth century, and deserve a separate section. Ornamentação Vamos examinar em primeiro lugar aquelas figuras do discurso que contribuem para inserir musicalidade, não sentido, aquelas que poderiam ser apreciadas ao ouvir o poema mesmo por uma pessoa sem conhecimento de Inglês. É claro que, a maioria delas, são de esquemas métricos e rimas, mas essas são tiradas quase por obrigação em um poema do século 17 e merecem uma seção separada. - Alliteration is a device frequently used by Donne. There are several


instances in our poem:

Line 2: “. . . Were we not wean’d till then?” Line 4: “Or snorted we in the Seven Sleepers’ den?”

Here alliteration has an onomatopoeic character; alliteration in s appears in two words related to sleep, “snorted” and “sleepers”, helping thus to underline the sense. Aliteração é uma ferramenta frequentemente usada por Donne. Há várias citações no nosso poema: Aquí as aliterações tem um caráter onomatopéico; a aliteração em “s” aparece em 2 palavras relacionadas a sono “snorted” e “sleepers”, ajudando portanto a sublinhar o sentido. - Anaphora in lines 12, 13 and 14; “Let sea-discoverers . . . Let maps . . . let us . . . “ - Anáfora nas linhas 12,14 e 13 Vamos ver os descobridores.. vamos…. - Epanadiplosis in line 1 (though perhaps a chance one): “I wonder, by my troth, what thou and I . . . “ Epanadiplosi na linha 1 ( embora talvez uma única chance) I wonder by my troth, what thou, and I Espanta-me, em verdade, o que fizemos, tu e eu - Parallelism of construction on two occasions: Line 18: without sharp north, without declining west PREP ADJ N PREP ADJ N Line 15: M y face in

thine eye,

thine

in

mine . . . “

POSS +N PREP POSS + N POSS.Pron. PREP POSS Pron. Both parallelisms are strongly emphasized byt the pause in the middle of the line. They appear in association with other figures, such as - chiasm: Line 15: My face in thine eye, thine in mine . . . “ 1st

p. poss. 2ND. P. POSS. 2ND PL. POSS. 1st p. poss.


Paralelismo de construção em 02 ocasiões: Linha 18: Without sharpe North, without declining West? Sem o agudo Norte, nem o declinado Oeste? prep / adj / subst, prep/ adj / subst. Linha 15: M y face in thine eye, thine in mine . . . A minha face nos teus olhos, e a tua nos meus, 1st p.poss 2nd.p.poss. 2nd pl.poss. 1st. p. poss. - Reduplication (present too in several other instances): Line 10: “For love all love of other sights controls” Line 13: “Let maps to others, worlds on worlds have shown” The word “world” or “worlds” is also present in lines 12 and 14, but the effect is not so conspicuous. Line 14: “Let us possess one world; each hath one, and is one” Line 15: “My face in thine eye, thine in mine appears” (1)

(2) It is of no consequence that (1) is an adjective while (2) is a pronoun; the effect is the saqme as far as the ear is concerned. Line 18: “Without sharp north, without declining west” Line 21: “. . . love so alike that none do slacken, none can die” Reduplicação: segmentos:

Presente

também

em

vários

outros

10 - For love, all love of other sights controules, Porque Amor todo o amor de outras visões influencia Line 13: “Let maps to others, worlds on worlds have shown” E que aos outros os mapa-mundos sobre mundos mostrem. As palavra mundo e mundos também estão presentes nas linhas 12 e 14, mas o efeito não é notável. 14 - Let us possesse one world; each hath one, and is one. Tenhamos nós um só, porque cada um possui, e é um mundo. 15 - My face in thine eye, thine in mine appeares, A minha face nos teus olhos, e a tua nos meus, aparecem, Não é por acaso que (1) seja um adjetivo enquanto que no (2) seja um pronome; o efeito é o “saqme” (choque) no que diz respeito ao som.


18 - Without sharpe North, without declining West? Sem o agudo Norte, nem o declinado Oeste? Now for the figures of speech which add to the sense: it is in these that Donne’s imagination ran more freely: Agora pelas figuras do discurso que acrescentam sentido: é nisto que a imaginação de Donne transcorre mas livremente. - Rhetorical interrogative The first four lines are a series of these: - “I wonder . . .what thou and I / Did, till we lov’d?” Were we not wean’d till then? But sucked on country pleasures, childishly? Or snorted we in the Seven Sleepers’ den?” - Interrogativa retórica: As primeiras 4 linhas são uma série destes: - Exclamation: Line 1: “by my troth” - Exclamação: Linha 1 : “na verdade” - Invocation: In line 8, the poet addresses himself to his soul and his lover’s, and wishes them a “good-morrow”. In fact, the whole of the poem is a sort of invocation; the poet is speaking to his lady, who doesn’t intervene. - -Invocação: Na linha 8, o poeta se remete a sua alma e a de sua amante, e deseja lhes um “Bom dia “. Na verdade, o todo do poema é um tipo de invocação; o poeta está falando para sua senhora, que não intervém. - Metonymy: Line 6: “If ever any beauty I did see” Beauty = beautiful woman. In fact, this is everyday speech. The same occurs in lines 8 (souls = minds, people) and 16 (heart=mind, especially if in love). A far more interesing metonymy is developed in line 14: “Let us possess one world; each hath one, and is one”. Metonímia: Linha 6 : Se alguma vez beleza eu de fato vi Beleza= Bela mulher. Na verdade, este é o discurso de todo dia. O mesmo ocorre nas linhas 8 e 16. A metonímia desenvolvida na linha 14 é muito mais interessante. Let us possesse one world; each hath one, and is one. Tenhamos nós um só, porque cada um possui, e é um mundo.


So, each lover is a world for the other. If I consider this a metonymy rather than a metaphor, it is because of Donne’s cultural background. At that time it was widely heldit was the traditional beliefthat man was a “microcosm”: everything was ordered in the “macrocosm” or universe just as it was in man; fluids governed the body just as elements governed the macrocosm; man’s destiny was already fixed in the stars. Knowledge of the world was knowledge of man, and viceversa. So it was not difficult for a 17th-century man to think that a person can assume the proportions of a whole world. Love makes the lover’s attention focus on a part of that great whole. The part is named with the name of the whole (metonymy). Então, cada amante é um mundo para o outro. Se eu considero isto uma metonímia e não metáfora, é por causa da criação cultural de Donne Naquele tempo o que era amplamente pregado era a crença tradicional no homem como sendo um microcosmo: tudo era ordenado no macrocosmo ou era no universo exatamente como era no homem; fluidos governavam o corpo exatamente como os elementos governavam o macrocosmo: o destino do homem já estava fixado nas estrelas. O conhecimento do mundo era o conhecimento do homem, e vice-versa. Então, não era difícil para um homem do século 17 achar que uma pessoa pudesse assumir as proporções do mundo todo. O amor faz com que a atenção dos amantes focalize na parte do grande todo. A parte é chamada com o nome do todo ( metonímia) - Metaphors are fairly frequent: Implicit metaphor in lines 2-3 “Were we not wean’d till then? But suck’d on country pleasures, childishly?” The state of the lovers prior to their falling in love with each other is identified with childhood. The explicit metaphor would be “we were babies before we loved”. As metáforas são bastante frequentes: Metáforas implícitas nas linhas 2-3: Were we not wean’d till then? Até nos amarmos? Não estariamos ainda criados, But suck’d on countrey pleasures, childishly? E, infantilmente, sorvíamos rústicos prazeres? O estado dos amantes prioriza seu apaixonar-se um pelo outro sendo identificado com a infância. A metáfora explícita seria : nós não


éramos bebês até nos amarmos? There is another implicit metaphor in line 4. It runs much in the same way as the other: “Or snorted we in the Seven Sleepers’ den?” This time, the previous state of both lovers is identified with sleep. Explicitly: “We were asleep before we loved”. Line 5: “But this, all pleasures fancies be”. Line 6-7: “. . . any beauty I did see . . .was but a dream of thee”. This metaphor is the direct consequence of the one in line 4: if the lover was asleep, it is altogether fitting that anything he saw should be a dream. It is easy to see how these metaphors enhance the contents of the poem. Há outra metáfora implícita na linha 4. Ela se desenvolve de muitas maneiras da mesma forma que a outra: “Or snorted we in the seaven sleepers den? Ou ressonávamos na cova dos Sete Santos Adormecidos? Desta vez, o estado anterior de ambos é identificado com o sono. Explícitamente: Nós estávamos adormecidos até nos apaixonarmos. Linha 5: But this, all pleasures fancies bee. Assim era. Salvo este, todos os prazeres são fantasia If ever any beauty I did see, Se alguma vez beleza eu de fato vi, ’twas but a dreame of thee. não foi se não um sonho de ti Esta metáfora é uma consequência direta daquela na linha 4: se o amado estava adormecido, vai junto encaixar-se que qualquer coisa que ele tenha visto antes deva ter sido um sonho. É fácil ver como essas metáforas reforçam os conteúdos do poema. Line 8: “And now good-morrow to our waking souls”. This is but another extension of the metaphors in lines 3 and E agora bom dias às nossas almas despertadas Este não é senão uma outra extensão das metáforas nas linhas 3 e … 7. We have already seen that the first stanza deals with the past, and that the metaphors were those of unconsciousness (childhood and sleep). The second stanza deals with the present, with the lovers having discovered one another, and, accordingly, this is dealt with with a metaphor of waking in the first line of the stanza. “The “good-


morrow” with which Donne addresses the two lovers could be interpreted as a metaphor of the whole of the poem, if we suppose the latter to be autobiographical and as sincere as as it seems to be; the “good-morrow” in the poem is the lover’s rejoicing because of the love he and his lady have found in each other; “The Good-Morrow” (the poem) amouts to very much the same in real life. The title would be fully justified. 7. Nós já tínhamos visto que a primeira estrofe lida com o passado, e que as metáforas eram aquelas da inconsciência (infância e sono). A segunda estrofe lida com o presente, com os amantes tendo descoberto um ao outro e, concordantemente, este tem a ver com a metáfora de acordar na primeira linha da estrofe. O “Bom-Dia“ao qual Donne se dirige aos dois amantes poderia ser interpretado como uma metáfora do todo do poema, se supormos que o último seria autobiográfico e tão sincero quanto parece ser, o “bom-dia “do poema é a do amante se regozijando porque o amor dele e de sua senhora encontraram-se um ao outro: O “Bom dia” ( o poema) assemelha-se muito ao mesmo na vida real. O título seria completamente justificável. Line 11: “Love . . . makes one little room an everywhere”. This is in the same line as the metonymy “lover = world”. The outer world is discarded and the little room becomes an “everywhere”. Line 16: “And true plain hearts do in the faces rest”. Sincerity is depicted as a heart “resting” on a face: no secret intentions for the lovers; their faces show their hearts. They are externally and internally just as true to one another. A sinceridade está descrita como um coração “repousado” no rosto: nenhuma intenção secreta para os amantes; seus rostos mostram seus corações. Eles são externa e internamente verdadeiros um para com o outro. Lines 17-18: “Where can we find two better hemispheres Without sharp north, without declining west?” The lovers were called “worlds” in line 14. Now the idea is rounded off; they are not worlds, they are “hemispheres”. This adds three notions to the previous idea. First, the lovers aren’t complete by themselves, they need each other. A hemisphere is a perfect metaphor for any incomplete thing. Second, once the lovers are together, they form not only a complete body, but a whole world (the


word “hemisphere” suggests half of the world). Third, the being they form when they are together is perfect: perfection has been associated with the spheric shape since Greek times (Democritus, Parmenides). So the world they form will have no imperfections, no sharp north or declining west. “Sharp” may stand for quarrels between the lovers, and “declining” for the gradual decay of love because of time. This last metaphor opens the way for the final conceit, which states the idea in a bolder way: immortal love makes the lovers immortal. Os amantes são chamados de “mundos” na linha 14. Agora a idéia é revertida, eles não são mundos, eles são hemisférios. Isto acrescenta três noções à idéia anterior. Primeiro, os amantes não são eles completamente, eles precisam um do outro. Um hemisfério é uma metáfora perfeita para qualquer coisa incompleta. Segundo, uma vez que os amantes estão juntos, eles formam não apenas um corpo completo, mas um mundo completo (a palabra “hemisfério” sugere metade de um mundo). Terceiro, o ser que eles formam quando estão juntos é perfeito: perfeição tem sido associada com as formas esféricas desde os tempos Gregos ( Demócritus, Parmenides). Então o mundo que eles formam não terá imperfeições, nenhum “agudo Norte”, nenhum “declinado Oeste” pode se levantar para discussão entre os amantes e declinam para a queda gradual do amor por causa do tempo. Esta última metáfora abre um caminho para o conceito final, que afirma a idéia de maneira ampla: amor imortal torna os amantes imortais This last metaphor is an implicit one. It is quite complicated, for it takes Donne three lines to develop it: Esta útima metáfora está implícita em uma. É bastante complicado, porque Donne demora três linhas para desenvolvê-la Whatever dies, was not mix’d equally; If our two loves be one, or thou and I Love so alike that none do slacken, none can die. The first line (19) is, poetically speaking, rather superfluous, but it is necessary to make the reader understand the nature of the metaphor


that follows. It is an allusion to a scholastic theory concerning matter, which is based on Aristotle’s ideas on heavenly and sublunary bodies. According to that theory, heavenly bodies are eternal, they don’t change, while sublunary matter is composed of elements in endless changing combinations and warfare. Sublunary matter cannot reach stability because it is not “mix’d equally”. Donne applies this as a metaphor of eternal love in lines 20-21. If the total love which is formed with the love of each of the members of the couple is in perfect poise, that love will be a perfect body, a heavenly being, and it will never die. If love can never cease, it means that the couple will go on living and loving each other forever. This image is very typical of Donne, and a perfect sophism. A primeira linha (19) é, poeticamente falando, bastante supérflua, mas é necessária para fazer o leitor entender a natureza da metáfora que segue. É uma alusão a escolástica teoria com relação a matéria, que é baseada nas ideias de Aristóteles nos corpos celestiais e sublunários. De acordo com esta teoria, os corpos celestes são eternos, eles não mudam, enquanto que a matéria sublunar é composta de elementos numa combinação infinita de mudanças e estratégias. A matéria sublunária não consegue atingir a estabilidade porque não está igualmente misturada. Donne aplica isto como uma metáfora de amor eterno nas linhas 20-21. Se o amor total que é formado com o amor de cada um dos membros do casal está em perfeita pose, o amor será um corpo perfeito, um ser celestial, e nunca morrerá. Se amor pode nunca cessar, isto significa que o casal continuará vivendo e amando um ao outro para sempre. Esta imagem é muito típica de Donne, e um perfeito sofisma. So much for the figures of speech. One more thing to note: the overtly hyperbolic character of the metaphors, in accordance with the subject of the poem. In line 4, the hyperbole already present in the metaphor of sleep is rounded out with an allusion to the Seven Sleepers of Ephesus; these were seven Christian youths who slept for two hundred years in the cave where they had been immured during Decius’ persecution (AD 251). Assim sendo, para as figuras do discurso, uma coisa mais há para se notar: o personagem exageradamente hiperbólico das metáforas, de acordo com o sujeito do poema. Na linha 4,a hipérbole já presente na metáfora do som é circundada com uma alusão dos Setes Anões de Éfeso: estes eram sete jovens cristãos que adormeceram por 200 anos na caverna onde eles tinhan sido trancados durante a perseguição de Décio ( 251 anos depois de Cristo).


5. Conclusion The general characteristics we attributed to Donne’s poetry in section 1 are all present in this poem. In section two, we have seen that it follows one of Donne’s two optional views of love, love as a nearly mystical experience which defies mutability, in contrast to the cynical attitude of other poems (“The Flea”, or “Woman’s Constancy” among the best known). In section 3, the metrical scheme has proved itself to be original, although slightly imperfect. Donne’s poems gain nevertheless in conversational directness and sincerity what they lack in rhythm. In section 4 we have observed the imagery to be in perfect tune with the contents of the poem. Even figures of speech such as parallelism or chiasm help to underline a sense of reciprocity between the lovers. As for the metaphors and other figures of thought, they carry Donne’s seal. It is interesting to compare the last and most important metaphor of the poem to these lines of “A Valediction: Forbidding Mourning”: Traduzam a conclusão: ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ____________. Dull sublunary lovers love (Whose soule is sense) cannot admit Absence, because it doth remove Those things which elemented it. No amor, os amantes do mundo (Cuja alma está só nos sentidos) não

sublunar suportam


Ausência porque ela pode Os elementos que no seu amor se entrosam.

desarticular

The allusion is the same and is used in much the same way. It is not difficult to understand why Donne was termed a “metaphysical” poet. The poem is a moving one: the emotion it carries can be seen even in the language, which is overtly emphatical; there are three instances of affirmative clauses with “do” in only 21 lines (liness 6, 16, 21). Even the adverb “everywhere” (line 11) is turned into a noun to make expression stronger. The impression of totality, of closeness and of rejection of the outer world that the poem converys finds here its perfect expression, although it can be found in other poems by Donne, such as “The Sun Rising”, whose last three lines run thus (the poet is also in a room with his lover, addressing the sun): . . . since thy duties be To warm the world, that’s done in warming us, Shine here to us, and thou art everywhere; This bed thy centre is; these walls, thy sphere. …….. , e se teu ofício É aquecer o mundo, aquece a ela e a mim, Brilha em nós - que este é o mundo todo à tua espera; Este leito teu centro, estes muros tua esfera. A alusão é a mesma e é muito usada da mesma forma: Não é difícil de entender porque Donne foi chamado de poeta metafísico O poema é móvel: a emoção que ele carrega pode ser vista até mesmo na linguagem, que é excessivamente enfática: há 3 cláusulas afirmativas com “do” em apenas 21 linhas ( linhas 6,16,21). Ate´mesmo o advérbio “em todo lugar” ( linha 11) transforma-se em substantivo para tornar a expressão mais forte. A impressão de totalidade, de clausura e de rejeição do mundo exterior a que o poema converge encontram aqui perfeita expressão, embora ela possa ser encontrada em outros poemas de Donne, tais como o nascer do Sol, cujas últimas tres linhas são assim: ( o poeta também está no quarto com sua amada, dirigindo-se ao


sol , e se teu ofício É aquecer o mundo, aquece a ela e a mim, Brilha em nós - que este é o mundo todo à tua espera; Este leito teu centro, estes muros tua esfera.

Bibliografia • “Shakespeare: uma vida” (O polegar de Ben Jonson, pgs. 311 a 318); Park Honan; tradução Sonia Moreira. São Paulo, Companhia das Letras, 2001. • JONSON, Ben (1977), Volpone ou A Raposa, Rio de Janeiro: Emebê. Trad. Newton Belleza. Coleção Teatro Clássico, vol. 3 A Valediction - Forbidding Mourning As virtuous men pass mildly away, And whisper to their souls to go, Whilst some of their sad friends do say ”The breath goes now,” and some say “No”; So let us melt, and make no noise, No tear-floods, nor sigh-tempests move; ’Twere profanation of our joys To tell the laity our love. Moving of th’ earth brings harms and fears; Men reckon what it did and meant; But trepidation of the spheres, Though greater far, is innocent. Dull sublunary lovers’ love (Whose soul is sense) cannot admit Absence, because it doth remove Those things which elemented it. But we, by a love so much refined That ourselves know not what it is, Inter-assurèd of the mind, Care less, eyes, lips, and hands to miss. Our two souls, therefore, which are one, Though I must go, endure not yet


A breach, but an expansion Like gold to airy thinness beat. If they be two, they are two so As stiff twin compasses are two: Thy soul, the fixed foot, makes no show To move, but doth, if th’ other do. And though it in the center sit, Yet when the other far doth roam, It leans, and hearkens after it, And grows erect, as that comes home. Such wilt thou be to me, who must Like the other foot, obliquely run; Thy firmness makes my circles just, And makes me end, where I begun. Uma Despedida: Proibido Chorar Como homens de virtude passam sem alarde, Meio a sussurros em que entregam a sua alma, Enquanto alguns amigos tristes dizem, é tarde, ”Já não respira; e outros, inda não, tem calma: Assim choremos nós, quietos, sem alarido, Sem dilúvios causar ou mover tempestade, Que nossa emoção se profana em alheio ouvido Falar de nosso amor, só muito à puridade. Os movimentos da terra causam tremores, E o homem calcula seus efeitos consequentes; Mas trepidações nas esferas, tão maiores Que abalos sísmicos, estas são inocentes. No amor, os amantes do mundo sublunar (Cuja alma está só nos sentidos) não suportam Ausência - que ela pode desarticular Os elementos que no seu amor se entrosam. Mas nós - o nosso amor é tão mais refinado Que nem podemos sondar seus múltiplos folhos, Nosso espírito é tão coeso e afinado Que nem ligamos para mãos, lábios ou olhos. Embora eu tenha de partir, eu te asseguro Que em nossas almas não haverá separação. Elas são uma, e, assim como bloco de ouro Que é distendido em folha, juntas ficarão. Ou se elas são duas, serão duas apenas Como duas, as hastes gémeas de um compasso: Tu és a haste fixa, mas moves-te em verdade Todas as vezes que a outra alma avança um passo.


E, enquanto a outra lã bem longe circunvaga, Essa em seu centro, p’ra ela inclina-se depressa, Solícita; e só se ergue de novo erecta Quando a outra haste de sua viagem regressa. Assim és tu p’ra mim, que, como a haste oblíqua, Obliquamente vago distante de ti; Tua permanência faz perfeitos meus circuitos E ajuda-me a voltar ao ponto de que parti. The Sun Rising Busy old fool, unruly Sun, Why dost thou thus, Through windows, and through curtains, call on us? Must to thy motions lovers’ seasons run? Saucy pedantic wretch, go chide Late school-boys and sour prentices, Go tell Court-huntsmen that the King will ride, Call country ants to harvest offices; Love, all alike, no season knows nor clime, Nor hours, days, months, which are the rags of time. Thy beams so reverend and strong Why shouldst thou think? I could eclipse and cloud them with a wink, But that I would not lose her sight so long. If her eyes have not blinded thine, Look, and to-morrow late tell me, Whether both th’ Indias of spice and mine Be where thou left’st them, or lie here with me. Ask for those kings whom thou saw’st yesterday. And thou shalt hear, “All here in one bed lay.” She’s all states, and all princes I; Nothing else is; Princes do but play us; compar’d to this, All honour’s mimic, all wealth alchemy. Thou sun art half as happy as we, In that the world’s contracted thus; Thine age asks ease, and since thy duties be To warm the world, that’s done in warming us. Shine here to us, and thou art everywhere; This bed thy centre is, these walls, thy sphere. O NASCER DO SOL


Velho sol bisbilhoteiro, importunador, Por que hás de assim acordar-nos, Pelas janelas e cortinas convocar-nos? Teu curso acaso rege os horários do amor? Pedante, audaz vilão, vai acordar Alunos tardos, acres aprendizes, Vai lembrar à corte que o rei sai a caçar, Vê se as formigas às colheitas tu conduzes. O amor, um todo igual, não tem clima ou estação, Nem horas, dias, meses - do tempo, ilusão. Teus raios, por que tu os crês também Tão possantes, venerandos? Eu podia eclipsá-los, olhos fechando, Se com isso não perdesse a visão de meu bem. Se os olhos dela inda não te cegaram, Contempla-os, e amanhã tu me dirias Se os tesouros das índias e as especiarias Ainda lá estão, ou se a mim não vieram. Pergunta pelos reis que ontem mesmo viste; Dirão: Tudo só neste leito aqui existe. Ela, todos os reinos; todos os príncipes, eu, Nada mais permaneceu. Príncipes nos imitam; em cotejo, se diria Sua glória é mímica, seu ouro é alquimia. Tu, sol, terás parte do benefício, Caso teu mundo se contraia assim; Descansa a tua velhice, e se teu ofício É aquecer o mundo, aquece a ela e a mim, Brilha em nós - que este é o mundo todo à tua espera; Este leito teu centro, estes muros tua esfera. AGORA FAÇA UMA ANÁLISE LITERÁRIA DESTE POEMA DE DONNE ELEGY XX. TO HIS MISTRESS GOING TO BED. Come, madam, come, all rest my powers defy ; Until I labour, I in labour lie. The foe ofttimes, having the foe in sight, Is tired with standing, though he never fight. Off with that girdle, like heaven’s zone glittering, But a far fairer world encompassing. Unpin that spangled breast-plate, which you wear, That th’ eyes of busy fools may be stopp’d there.


Unlace yourself, for that harmonious chime Tells me from you that now it is bed-time. Off with that happy busk, which I envy, That still can be, and still can stand so nigh. Your gown going off such beauteous state reveals, As when from flowery meads th’ hill’s shadow steals. Off with your wiry coronet, and show The hairy diadems which on you do grow. Off with your hose and shoes ; then softly tread In this love’s hallow’d temple, this soft bed. In such white robes heaven’s angels used to be Revealed to men ; thou, angel, bring’st with thee A heaven-like Mahomet’s paradise ; and though Ill spirits walk in white, we easily know By this these angels from an evil sprite ; Those set our hairs, but these our flesh upright. Licence my roving hands, and let them go Before, behind, between, above, below. O, my America, my Newfoundland, My kingdom, safest when with one man mann’d, My mine of precious stones, my empery ; How am I blest in thus discovering thee ! To enter in these bonds, is to be free ; Then, where my hand is set, my soul shall be. Full nakedness ! All joys are due to thee ; As souls unbodied, bodies unclothed must be To taste whole joys. Gems which you women use Are like Atlanta’s ball cast in men’s views ; That, when a fool’s eye lighteth on a gem, His earthly soul might court that, not them. Like pictures, or like books’ gay coverings made For laymen, are all women thus array’d. Themselves are only mystic books, which we —Whom their imputed grace will dignify— Must see reveal’d. Then, since that I may know, As liberally as to thy midwife show Thyself ; cast all, yea, this white linen hence ; There is no penance due to innocence : To teach thee, I am naked first ; why then, What needst thou have more covering than a man? Elegia: indo para o leito Vem, Dama, vem que eu desafio a paz; Até que eu lute, em luta o corpo jaz. Como o inimigo diante do inimigo,


Canso-me de esperar se nunca brigo. Solta esse cinto sideral que vela, Céu cintilante, uma área ainda mais bela. Desata esse corpete constelado, Feito para deter o olhar ousado. Entrega-te ao torpor que se derrama De ti a mim, dizendo: hora da cama. Tira o espartilho, quero descoberto O que ele guarda quieto, tão de perto. O corpo que de tuas saias sai É um campo em flor quando a sombra se esvai. Arranca essa grinalda armada e deixa Que cresça o diadema da madeixa. Tira os sapatos e entra sem receio Nesse templo de amor que é o nosso leito. Os anjos mostram-se num branco véu Aos homens. Tu, meu anjo, és como o Céu De Maomé. E se no branco têm contigo Semelhança os espíritos, distingo: O que o meu Anjo branco põe não é O cabelo mas sim a carne em pé. Deixa que minha mão errante adentre. Atrás, na frente, em cima, em baixo, entre. Minha América! Minha terra a vista, Reino de paz, se um homem só a conquista, Minha Mina preciosa, meu império, Feliz de quem penetre o teu mistério! Liberto-me ficando teu escravo; Onde cai minha mão, meu selo gravo. Nudez total! Todo o prazer provém De um corpo (como a alma sem corpo) sem Vestes. As jóias que a mulher ostenta São como as bolas de ouro de Atalanta: O olho do tolo que uma gema inflama Ilude-se com ela e perde a dama. Como encadernação vistosa, feita Para iletrados a mulher se enfeita; Mas ela é um livro místico e somente A alguns (a que tal graça se consente) É dado lê-la. Eu sou um que sabe; Como se diante da parteira, abreTe: atira, sim, o linho branco fora, Nem penitência nem decência agora. Para ensinar-te eu me desnudo antes: A coberta de um homem te é bastante.


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E outro mais bravo como efeito, Que foi acobertá-lo. Seria então tolo partilhar Da pedra especular o Corte, quando quem tem a arte, Em parte alguma a encontra. Se eu hoje disso faço alarde, Outros ― que já não existem tais pedras em que se trabalhe ― Em amar como antes insistem. Quem tenha alma a quem se revele, Todo o exterior despreza; Pois esse, que ama cor, e pele, só ama a roupa mais velha. Se você pôde, como eu falo, Enxergar valor na mulher, E ousar amá-la, e afirmá-lo, E deixá-la escolher; E se esse amor você esconde Dos profanos, vulgares, Que do fato buscam a fonte, Ou lhe lançam olhares; Então você alcançou um feito Mais bravo que dos Bravos; E outro mais bravo como efeito, Que será acobertá-lo. THE UNDERTAKING I HAVE done one braver thing Than all the Worthies did ; And yet a braver thence doth spring, Which is, to keep that hid. It were but madness now to impart The skill of specular stone, When he, which can have learn’d the art To cut it, can find none. So, if I now should utter this, Others—because no more Such stuff to work upon, there is— Would love but as before. But he who loveliness within Hath found, all outward loathes, For he who color loves, and skin, Loves but their oldest clothes.


If, as I have, you also do Virtue in woman see, And dare love that, and say so too, And forget the He and She ; And if this love, though placèd so, From profane men you hide, Which will no faith on this bestow, Or, if they do, deride ; Then you have done a braver thing Than all the Worthies did ; And a braver thence will spring, Which is, to keep that hid. NASCER DO DIA Fica, doçura, não te levantes; A luz que brilha vem dos teus olhos neste instante; Não é o dia que se levanta, meu coração é que tropeça Porque devemos tu e eu nos separar com pressa. Fica, senão minhas alegrias perecem, Ainda na infância, já se extinguem. BREAK OF DAY Stay, O sweet, and do not rise; The light that shines comes from thine eyes; The day breaks not, it is my heart, Because that you and I must part. Stay, or else my joys will die, And perish in their infancy. OUTROS COMENTÁRIOS SOBRE O POETA JOHN DONNE Magnífico poeta inglês do século de Shakespeare ― isto é, o final do 16 e começo do 17. Ao contrário de Shakespeare, Donne não foi sempre admirado, e em hipótese alguma pode ser dito unânime, embora o gosto moderno, de maneira geral, seja-lhe favorável. Assim consta: era chamado metafísico ― outros o seguiram ― como hoje às vezes chamamos alguém de hermético, não no sentido de um elogio, mas querendo dizer que exagera em referências, nem sempre explícitas, e numa maneira muito particular de escrever, nem sempre em conformidade com o padrão da época. Por exemplo, sua


métrica soa, boa parte do tempo, como se não fosse regular, pelo uso das pausas freqüentes. John Donne era um homem do mundo. De ser um homem do mundo lhe vinham poemas tais quais a “Elegia: indo para o leito”, sumamente erótica, na qual descreve, em tom vocativo, sua amante se despindo, peça por peça, e termina com algo como “para ensinála, eu me dispo primeiro; por que, então, precisaria você usar mais roupa que um homem?”, assim propondo um amor puramente carnal ― mas não por isso menos precioso; não é por aí que aparecem seus raros momentos satíricos. Mas era um homem da religião, também, dilacerado por dúvidas e pela situação da Igreja na Inglaterra. Sua família é católica, mas o Estado havia se tornado protestante, com a Igreja Anglicana. Esse movimento de antagonismo, presente em quase toda a produção artística do período das Reformas, aparece bastante em Donne. Além disso, ele não se furtou a tomar parte nos conflitos do mundo, atuando como diplomata, de onde retirou sua familiaridade com o espanhol e o italiano; converte-se ao anglicanismo, tornando-se grande orador tem a carreira arruinada pelo sogro, por ter casado em segredo e contra a vontade dele ― o que não o impediu de amar a mulher e chorar sua morte após o 12° parto, nem de continuar escrevendo, fazendo sermões e nos legando uma obra bastante moderna, bela, e corajosa


Retrato de Donne em sua juventude (1595). Artista desconhecido. Parte da coleção da National Portrait Gallery, Londres.[1] John Donne nasceu em Londres, Inglaterra, por volta do final do ano de 1571 ou entre janeiro e 19 de junho de 1572;[2] o terceiro de uma família de seis filhos. Seu pai, de ascendência galesa e também chamado John Donne, era administrador da Ironmongers Company na cidade de Londres e um respeitável católico, o qual evitava a atenção de governo indesejável, sem ter medo de ser perseguido por seu catolicismo.[3][4] O pai de John Donne morreu em 1576, deixando para sua esposa, Elizabeth Heywood, a responsabilidade de criar seus filhos.[4] Elizabeth Heywood, também proveniente de uma célebre família católica, era a filha de John Heywood, o dramaturgo, e irmã de Jasper Heywood, o tradutor e jesuíta. Ela era sobrinha-neta do mártir católico Thomas More.[5] Essa tradição de martírio continuaria entre os parentes mais próximos de John Donne, sendo muitos deles executados ou exilados por razões religiosas.[6] Apesar dos perigos óbvios, a família de Donne arranjou para que recebesse educação religiosa, a qual lhe conferiu um conhecimento profundo de sua religião, que o equipou para os conflitos ideológico-religiosos de sua época.[5] Elizabeth Donne, nascida Heywood, casou-se, poucos meses depois da morte de seu marido, com o Dr. John Syminges, um viúvo rico com três filhos. No ano de 1577, Elizabeth, irmã de John Donne, morreu, assim como mais outras duas, Mary e Katherine, em 1581. Antes que o futuro


poeta completasse dez anos de idade, experimentou a morte de quatro entes próximos.

Parte da casa onde John Donne viveu em Pyrford. Donne foi um estudante na Hart Hall, agora conhecida como Hertford College, Oxford, a partir dos 11 anos. Três anos depois, foi admitido na Universidade de Cambridge, onde estudou por mais três anos. Ele foi incapaz de obter o diploma em ambas as universidades, porque recusou-se a a fazer o Juramento de Supremacia exigido dos formandos.[5] Em 1591, Donne foi aceito como estudante na escola legal de Thavies Inn, uma das Inns of Court em Londres. Em 1592, foi admitido na Lincoln’s Inn, mais uma das Inns of Court.[5] Seu irmão Henry era, também, um aluno antes de sua prisão em 1953 por abrigar um padre padre católico. Henry Donne morreu na prisão de peste bubônica, fazendo com que John Donne começasse a questionar sua fé no catolicismo.[4] Durante e depois de seus estudos, Donne gastou uma boa parte de sua considerável herança com mulheres, literatura, hobbies e viagens.[5][3] Embora não haja qualquer registro informando precisamente para onde viajou, sabe-se que visitou o continente europeu e, mais tarde, lutou junto com o Conde de Essex e Sir Walter Raleigh contra os espanhóis em Cádiz (1596) e em Açores (1597), testemunhando a derrota da nau almirante espanhola São Felipe e sua tripulação. De acordo com Izaak Walton, quem escreveu a biografia de Donne em 1640: “

... ele não retornou à Inglaterra antes de ficar por alguns anos na Itália e, depois, na Espanha, observando bastante esses países, suas leis e forma de governo, conseguindo aprender perfeitamente seus respectivos idiomas.

Aos 25 anos, encontrava-se bem preparado para a carreira diplomática, a qual parecia almejar.[7] Foi nomeado secretário de Sir


Thomas Egerton, 1º Visconde de Brackley e Lord Keeper of the Great Seal, estabelecendo-se na casa de Egerton em Londres, York House, Strand, próxima ao Palácio de Whitehall, o maior centro social e inflente da Inglaterra naquela época. Durante os quatro anos seguintes, Donne apaixonou-se pela sobrinha de Egerton, Anne More, uma menina de 17 anos (alguns dizem que tinha 16 ou 14 anos), casando-se secretamente em 1601 contra o desejo tanto de Egerton quanto de seu pai, George More, Tenente da Torre. Este passo arruinou sua carreira, custando-lhe um pequeno período na Prisão Fleet junto com o padre que os casou e o homem que servira como testemunha no casamento. Donne foi solto quando o casamento foi provado válido, assegurando a soltura dos outros dois também. Walton nos diz que, quando escreveu a sua esposa a fim de dizer-lhe sobre a perda de seu posto, ele escreveu após seu nome: John Donne, Anne Donne, Un-done. Donne conseguiu reconciliar-se com seu sogro no ano de 1609, recebendo o dote de sua esposa. Após sua soltura, Donne teve de aceitar uma vida calma e interiorana em Pyrford, Surrey. Nos anos seguintes, viveu com dificuldades exercendo o ofício de advogado, dependendo do primo de sua esposa, Sir Francis Wolly, que albergava a ele, sua esposa e filhos. Como Anne Donne tinha um filho praticamente a cada ano, foi um gesto generoso da parte de seu primo. Embora exercesse a advocacia e trabalhasse como panfletário assistente do bispo Thomas Morton, estava em um estado de constante insegurança financeira, tendo que cuidar de uma família sempre em crescimento.[5] Antes de sua morte, Anne deu-lhe onze filhos (incluindo-se os que nasceram mortos). Os nove que viveram receberam os seguintes nomes: Constance, John, George, Francis, Lucy (em homenagem a protetora de Donne, Lucy, Condessa de Bedford, sua madrinha), Bridget, Mary, Nicholas e Margaret. Francis e Mary morreram antes de completarem dez anos de idade. Em desespero, John percebeu que a morte de uma criança significaria uma boca a menos para alimentar, mas não tinha como pagar as custas do enterro. Durante esse período, Donne escreveu, mas não publicou, Biathanatos, sua ousada defesa do suicídio. Primeiras poesias Os primeiros poemas de Donne mostravam um brilhante conhecimento da sociedade inglesa, em conjunto com uma crítica sutil de seus problemas. Suas sátiras baseavam-se em tópicos elisabetanos, tais como corrupção no sistema legal, poetas medíocres, e pomposos homens da corte, sobressaindo devido a sua sofisticação intelectual e extraordinária figura de retórica. Suas


imagens de doença, vômito, estrume e peste o ajudaram na criação de um forte mundo satírico, povoado por todos os idiotas e velhacos da Inglaterra. Sua terceira sátira, entretanto, fala sobre a problemática da verdadeira religião, um assunto de grande importância para Donne. Ele argumenta que seria melhor examinar cuidadosamente a convicção religiosa de alguém, do que seguir cegamente qualquer tradição estabelecida, pois ninguém seria salvo no Juízo Final apenas por dizer que “um tal Harry ou Martin me ensinou isso”. O início da carreira de Donne também foi notável no que se refere a sua poesia erótica, especialmente suas elegias, nas quais empregou metáforas não convencionais, tal como “uma pulga mordendo dois amantes” relacionando com “sexo”.[7] Em sua Elegia XIX, To His Mistress Going to Bed, ele praticamente despe sua amante e comparou as carícias à exploração da América. Na Elegia XVIII, ele compara a lacuna entre os seios de sua amante com o Helesponto. Donne não publicou esses poemas, embora permitisse que os mesmos circulassem largamente na forma de manuscrito. Como a poesia amorosa estava na moda àquela época, há diferentes opiniões sobre se os poemas de amor que Donne escreveu eram endereçados a sua esposa Anne, mas é provável que sim. Ela passou a maior parte de seu casamento ou grávida ou cuidando das crianças, o que se supõe tivessem uma grande atração física. Em 15 de agosto de 1617, sua esposa morre cinco dias depois de dar a luz a um bebê morto em seu ventre; seu décimo segundo filho em um casamento de dezesseis anos. Donne sofreu muito com sua morte e escreveu a obra Holy Sonnets.[5] Ele nunca se casou novamente, o que era bastante incomum para a época, especialmente porque tinha uma grande família para cuidar. Carreira e 3ª idade Done foi eleito como membro do parlamento de Brackley em 1602, mas não era um emprego remunerado e Donne esforçou-se para dar algo a sua família, dependendo excessivamente de amigos ricos.[5] A moda da poesia costeira da época deu a ele meios para de procurar apoio e muitos de seus poemas foram escritos para amigos ricos e clientes, especialmente Sir Robert Drury, que se tornou chefe de John Done em 1610. Foi para Sir Robert que Donne escreveu Anniversaries, (1611), e Of the Progress of the Soul, (1612). Historiadores não estão certos a respeito das razões pelas quais Donne deixou a Igreja Católica; ele, certamente, comunicava-se com o reiJaime I da Inglaterra e, em 1610 e 1611, ele escreveu dois


artigos polêmicos contra a Igreja Católica: Pseudo-Martyr e Ignatius his Conclave. Embora James estivesse satisfeito com o trabalho de Donne, ele recusou a se reintegrar na corte e, ao invés disso, apressou-se em ordenar-se padre. Embora Donne, logo de início, relutasse, devido ao sentimento despresível a respeito de uma carreira clerical, Donne finalmente concordou com o desejo do rei e foi ordenado padre pela Igreja Anglicana em 1615.[ Meses

antes

de

sua

morte,

pediu

Donne

que

o

retratassem como pareceria quando saísse de sua sepultura na época do Apocalipse. Ele pendurou o retrato em uma das paredes de sua casa como um lembrete da transição da vida. Donne tournou-se capelão no final de 1615, professor de teologia na Lincoln’s Inn em 1616, e recebeu o título de Doutor em teologia pela Universidade de Cambridge em 1618. Mais tarde, no mesmo ano, Donne tornou-se o capelão do Visconde de Doncaster, o qual estava na embaixada dos Príncipes germânicos. Donne não retornou para sua terra natal até o ano de 1620. Em 1621, Donne foi nomeado Decano da St Paul Cathedral, uma posição de liderança (e bem remunerada) na Igreja da Inglaterra, onde permaneceu até sua morte em 1631. Durante o período como Decano, sua filha Lucy morre aos dezoito anos de idade. Foi no final de novembro e início de dezembro de 1623 que ela começou a sofrer por causa de uma doença fatal, podendo ser tifo ou uma combinação de gripe, seguida por uma febre incessante durante sete dias. Durante a sua


convalescência, Donne escreveu uma série de reflexões e orações sobre saúde, dor e doença, as quais foram publicadas em formato de livro em 1624 com o título Devotions upon Emergent Occasions. Meditation XVII Mais tarde, Meditation XVII tornou-se conhecida por sua frase “for whom the bell tolls” (por quem os sinos dobram) e pela declaração “no man is an island” (nenhum homen é uma ilha). Em 1624 tornou-se Vigário da St Dunstan-in-the-West e em 1625, Capelão de Charles I. Dono de uma boa reputação, ficou conhecido como um pregador eloqüente e impressionante e 160 de seus sermões sobreviveram, incluindo-se o famoso Death’s Duel sermon, feito no Palácio de Whitehall, perante o rei Charles I, em fevereiro de 1631. Acredita-se que sua doença fatal foi câncer de estômago. Ele morreu em 31 de março de 1631, sem nunca ter publicado um poema em toda sua vida, porém deixando uma obra rica em conflitos intelectuais e emocionais de sua época. John Donne foi enterrado em St Paul, onde uma estátua sua foi erigida (tendo como modelo um desenho que estava em sua mortalha), com um epígrafe em latim provavelmente escrito por ele mesmo. Poesia posterior A morte de cada homem diminiu-me, cada vez que me envolvo com a humanidade. Portanto, enviado para não saber por quem os sinos dobram, eles dobram por você.

— John Donne

Suas doenças, problemas financeiros e as mortes de seus amigos contribuíram para o desenvolvimento de um tom mais sombrio e piedoso em seus poemas.[7] Essa mudança pode ser claramente observada em An Anatomy of the World (1611), um poema que Donne escreveu em memória de Elizabeth Drury, filha de seu protetor, Sir Robert Drury. Esse poema trata do faleciimento de Elizabeth com extrema melancolia, usando-o como um símbolo para a Queda do homem e a destruição do universo. O poema A Nocturnal upon S. Lucy’s Day, sendo o dia mais curto, fala sobre a preocupação e desespero do poeta com a morte de um ente querido. Nele, Donne expressa um sentimento de total negação e desesperança, dizendo que “Eu sou cada coisa morta... recriado / De ausência, escuridão, morte”. Esse trabalho famoso foi escrito provavelmente em 1627, quando tanto Lucy, Condessa de Bedford, e sua filha Lucy Donne, morreram. É interessante notar que, três anos depois, Donne escreveu seu testamento no dia de Santa Lúcia, 13 de dezembro, data que o poema descreve como “Meia-noite profunda tanto do dia quanto do ano”.


A crescente melancolia no tom de Donne também pode ser observado nos trabalhos religiosos que começou a escrever durante a mesma época. Anteriormente, possuía uma crença no ceticismo muito grande e, aos poucos, foi dando lugar a uma fé forte nos ensinamentos tradicionais da bíblia. Convertido à Igreja Anglicana, Donne concentrou sua carreira literária na literatura religiosa. Tornou-se célebre por seus sermões profundamente mundanos e seus poemas religiosos. As linhas ardentes desses sermões influenciaria trabalhos futuros da literatura inglesa, tais como Por quem os sinos dobram, de Ernest Hemingway, que recebeu esse título a partir da passagem na Meditation XVII, e Nenhum homem é uma ilha, de Thomas Merton, que recebeu esse título a partir da mesma fonte. Já perto do fim de sua vida, Donne produziu trabalhos que desafiaram a morte e o medo que ela inspirava em muitos homens, baseados em sua crença de que aqueles que morrem são enviados ao céu para viver a vida eterna. Um exemplo deste desafio é o seu Holy Sonnet X, do qual provém as seguintes linhas “Morte, não se orgulhe, embora alguns a tenham chamado / Poderosa e terrível, não trabalhe assim”. Mesmo morrendo durante a Quaresma em 1631, levantou-se da cama e leu o sermão Duelo de Morte, o qual foi considerado o sermão de seu próprio funeral. Duelo de Morte mostra a vida como uma descida estável de sofrimento e morte, porém percebe esperança na salvação e imortalidade através de Deus, Cristo e da Ressurreição. Legado

John Donne é homenageado como padre tanto pelo calendário hagiológico da Igreja Anglicana como pelo da Igreja Luterana nos Estados Unidos no dia 31 de março.[12] O monumento a John Donne, modelado com base na figura acima, foi um dos poucos monumentos que conseguiu sobreviver ao Grande Incêndio de Londres em 1666 e, agora, está ao lado da St Paul’s Cathedral, no lado sul do coro. Estilo

John Donne ficou famoso por sua poesia metafísica no século XVII. Seu trabalho sugere um grande apetite pela vida e seus prazeres,


porém expressava uma profunda emoção. Ele conseguia isso com a utilização de conceitos, sagacidade e intelecto — como se nota nos poemas The Sunne Rising e Batter My Heart. Donne é considerado um mestre do conceito metafísico, uma metáfora abrangente que combina duas idéias imensas em apenas uma, freqüentemente utilizando imagens.[6] Um exemplo disso é a sua equação de amantes com santos em The Canonization. Diferentemente dos conceitos encontrados em outra poesia elizabetana, mais notoriamente conceitos petrarquianos, os quais formavam comparações cliché entre objetos mais intimamente relacionados (tais como uma rosa e amor), os conceitos metafísicos avança mais profundamente no que diz respeito à comparação de dois objetos completamente deferentes, embora, às vezes, pelos paradoxos radicais e antíteses de Shakespeare. Um dos mais famosos conceitos de Donne está em A Valediction: Forbidding Mourning, no qual compara dois amantes separados pelas hastes de um compasso. A obra de Donne é também engenhosa, empregando paradoxos, trocadilhos e analogias sutis porém notáveis. Suas peças são geralmente irônicas e cínicas, especialmente quando trata de amor e de temas humanos. Os assuntos mais comuns dos poemas de Donne são amor (especialmente em sua juventude), morte (especialmente quando da morte de sua esposa) e religição. A poesia de John Donne representou uma mudança das formas clássicas para uma poesia mais pessoal.[ Donne é célebre por sua métrica, a qual foi estruturada com ritmos alternantes e recortados e que se parece bastante com a linguagem coloquial (foi por isso que Ben Jonson, de uma escola mais clássica, disse que Donne deveria ser enforcado por não manter o ritmo). Sua obra foi muito criticada com o passar dos anos, com muitas respostas críticas sobre sua forma metafísica. Os seguidores de Donne na poesia tenderam a considerar sua obra com ambivalência, enquanto os poetas neoclássicos consideraram seus conceitos como abuso da metáfora. Ele foi redescoberto pelos poetas românticos como Samuel Taylor Coleridge e Robert Browning, embora seu renascimento no início do século XX por poetas como T. S. Eliot tendem a vê-lo como um anti-romântico.


Caroline and Cromwellian literature The turbulent years of the mid-17th century, during the reign of Charles I and the subsequent Commonwealth and Protectorate, saw a flourishing of political literature in English. Os turbulentos anos da metade do século 17, durante o reinado de Charles I, e a subseqüente Riqueza Comum e Protestantismo, viram um florescimento da literatura política na Inglaterra. Pamphlets written by sympathisers of every faction in the English civil war ran from vicious personal attacks and polemics, through many forms of propaganda, to high-minded schemes to reform the nation. Panfletos escritos por simpatizantes de cada facção em Inglês durante a guerra civil Inglesa, variavam de viciosos ataques pessoais e polêmicas, através de muitas formas de propaganda, até altos esquemas para reformar a nação. Of the latter type, Leviathan by Thomas Hobbes would prove to be one of the most important works of British political philosophy. Um dos tipos mais importantes, Leviatan por Thomas Hobbes provaria ser um dos mais importantes trabalhos da filosofia política Britânica. Hobbes’s writings are some of the few political works from the era which are still regularly published while John Bramhall, who was Hobbes’s chief critic, is largely forgotten. Os escritos de Hobbes são um dos poucos trabalhos políticos da era que ainda são regularmente publicados enquanto John Bramhall, que era o principal crítico de Hobbes, está grandemente esquecido. The period also saw a flourishing of news books, the precursors to the British newspaper, with journalists such as Henry Muddiman, Marchamont Needham, and John Birkenhead representing the views and activities of the contending parties.


O período também viu um florescimento de novos livros, os precursores dos jornais Britânicos, com jornalistas como Henry Muddiman, Marchamont Needham e John Birkenhead representando as visões e atividades da partes oposicionistas. The frequent arrests of authors and the suppression of their works, with the consequence of foreign or underground printing, led to the proposal of a licensing system. The Areopagitica, a political pamphlet by John Milton, was written in opposition to licensing and is regarded as one of the most eloquent defenses of press freedom ever written. Os constantes raptos de autores e a suspensão de seus trabalhos, com o consequente submundo da imprensa estrangeira, levou a uma

proposta

de

sistema

de

licenciamento.

A

AEROPAGITICA, um panfleto político de John Milton, foi

escrito em oposição ao licenciamento e é considerado como uma das defesas mais eloqüentes de liberdade de imprensa jamais escrito.

Specifically in the reign of Charles I (1625 – 42), English Renaissance theatre experienced its concluding efflorescence. The last works of Ben Jonson appeared on stage and in print, along with the final generation of major voices in the drama of the age: John Ford, Philip Massinger, James Shirley, and Richard Brome. With the closure of the theatres at the start of the English Civil War in 1642, drama was suppressed for a generation, to resume only in the altered society of the English Restoration in 1660. Especificamente no reino de Charles I ( 1625 a 1642), o teatro da Renascença Inglesa experimentou sua conclusiva efervescência. Os últimos trabalhos de Ben Jonson apareceram no palco e na imprensa, junto com a última geração das maiores vozes no drama de seu tempo: John Ford, Philip Massinger, James Shirley e Richard Brome. Com o fechamento dos teatros e o começo da Guerra Civil Inglesa em 1642, o drama foi suprimido por uma geração, para resumir somente na sociedade alterada da Restauração Inglesa em 1660. Other forms of literature written during this period are usually ascribed political subtexts, or their authors are grouped along political lines. The cavalier poets, active mainly before the civil war, owed much to the earlier school of metaphysical poets.


Outras formas de literatura escrita durante este período, são geralmente assinadas por subtextos políticos, ou seus autores são agrupados junto a linhas políticas. Os poetas cavaleiros, ativos principalmente antes da guerra civil, deveram muito à primeira escola de poetas metafísicos. The forced retirement of royalist officials after the execution of Charles I was a good thing in the case of Izaak Walton, as it gave him time to work on his book The Compleat Angler. A aposentadoria forçada dos oficiais da realeza após a execução de Charles I foi uma boa coisa no caso de Izaak Walton, pois deu a ele tempo para trabalhar em seu livro “ The Compleat Angler” ( O Ãngulo Completo). Published in 1653, the book, ostensibly a guide to fishing, is much more: a meditation on life, leisure, and contentment. The two most important poets of Oliver Cromwell’s England were Andrew Marvell and John Milton, with both producing works praising the new government; such as Marvell’s An Horatian Ode upon Cromwell’s Return from Ireland. Publicado em 1653, o livro, aparentemente um guia de pesca, é muito mais uma meditação sobre a vida, laser e contentamento. Os dois poetas mais importantes da Inglaterra de Oliver Cromwell eram Andrew Marvell e John Milton, com ambos produzindo trabalhos elogiando os novos governos, tais como” Marvell , Ode de um Horaciano sobre o Retorno de Cromwell da Irlanda”. Despite their republican beliefs they escaped punishment upon the Restoration of Charles II, after which Milton wrote some of his greatest poetical works (with any possible political message hidden under allegory). Thomas Browne was another writer of the period; a learned man with an extensive library, he wrote prolifically on science, religion, medicine and the esoteric. Apesar de suas crenças republicanas , eles escaparam do castigo da época da Restauração de Charles II, depois que Milton escreveu alguns de seus maiores trabalhos poéticos (com alguma possível mensagem política escondida em forma de alegoria). Thomas Browne foi outro escritor desse período, um homem experiente com uma extensa biblioteca, ele escreveu amplamente sobre religião, ciência, medicina e esoterismo.


Restoration Literature Restoration literature includes both Paradise Lost and the Earl of Rochester’s Sodom, the high spirited sexual comedy of The Country Wife and the moral wisdom of Pilgrim’s Progress. A literatura da Restauração Inglesa inclui “Paraíso Perdido“ e “A Sodomia do Visconde de Rochester”, a comédia altamente espirituosa de” A Mulher do Campo” e a sabedoria moral de “O Progresso do Peregrino”. It saw Locke’s Treatises on Government, the founding of the Royal Society, the experiments of Robert Boyle and the holy meditations of Boyle, the hysterical attacks on theatres from Jeremy Collier, the pioneering of literary criticism from Dryden, and the first newspapers. Ela viu os Tratados do Governo de Locke, as descobertas das Sociedade Real, as experiências de Robert Boyle e as meditações santas de Boyle, os histéricos ataques aos teatros de Jeremy Collier, o pioneirismo da crítica literária de Dryden e os primeiros jornais. The official break in literary culture caused by censorship and radically moralist standards under Cromwell’s Puritan regime created a gap in literary tradition, allowing a seemingly fresh start for all forms of literature after the Restoration. A ruptura oficial na cultura literária, causada pela censura e os padrões radicais de moralismo sob o regime puritano de Cromwell, criaram uma lacuna na tradição literária, permitindo um aparente novo começo para todas as formas de literatura após a Restauração. During the Interregnum, the royalist forces attached to the court of Charles I went into exile with the twenty-year old Charles II. The nobility who travelled with Charles II were therefore lodged for over a decade in the midst of the continent’s literary scene. Charles spent his time attending plays in France, and he developed a taste for Spanish plays. Those nobles living in Holland began to learn about mercantile exchange as well as the tolerant, rationalist prose debates that circulated in that officially tolerant nation. Durante o “interregnun” (interrrogatório da inquisição) as forças reais ligadas a corte de Charles I foram para o exílio com Charles II, com 22 anos na época e portanto alojaram-se por mais de uma


década no meio da cena literária do continente. Charles passou seu tempo assistindo peças na França, e desenvolveu um gosto pelas peças Espanholas. Aqueles nobres que viveram na Holanda, começaram a aprender sobre trocas mercantes assim como os tolerantes debates e a prosa racionalista, que circulava naquela nação oficialmente tolerante. The largest and most important poetic form of the era was satire. In general, publication of satire was done anonymously. There were great dangers in being associated with a satire. On the one hand, defamation law was a wide net, and it was difficult for a satirist to avoid prosecution if he were proven to have written a piece that seemed to criticize a noble. A maior e mais importante forma poética daquele tempo era a sátira. Em geral, a publicação de uma sátira era feita no anonimato. Havia grandes perigos em estar ligado a sátira. De um lado, a lei da difamação era uma grande rede, e era difícil para um satírico evitar o processo se fosse provado que ele tinha escrito algo que parecesse criticar um nobre. On the other hand, wealthy individuals would respond to satire as often as not by having the suspected poet physically attacked by ruffians. John Dryden was set upon for being merely suspected of having written the Satire on Mankind. Por outro lado, indivíduos ricos responderiam às sátiras tão frequentemente quanto possível tendo o suspeito poeta atacado fisicamente por salteadores. John Dryden foi castigado por ter sido meramente suspeito de ter escrito a “Sátira da Humanidade”. A consequence of this anonymity is that a great many poems, some of them of merit, are unpublished and largely unknown. Uma consequência deste anonimato é que a maioria dos poemas, alguns deles de mérito, não estão publicados e são grandemente desconhecidos. Prose in the Restoration period is dominated by Christian religious writing, but the Restoration also saw the beginnings of two genres that would dominate later periods: fiction and journalism. Religious writing often strayed into political and economic writing, just as political and economic writing implied or directly addressed religion. A Prosa na Restauração é dominada pelos escritos religiosos cristãos, mas a Restauração também viu o começo de 02 gêneros


que dominariam os últimos períodos: ficção e jornalismo. Escritos religiosos frequentemente perdiam–se em escritos políticos e econômicos, assim como os escritos políticos e econômicos implicavam direta ou indiretamente em religião. The Restoration was also the time when John Locke wrote many of his philosophical works. Locke’s empiricism was an attempt at understanding the basis of human understanding itself and thereby devising a proper manner for making sound decisions. A Restauração foi também o tempo em que Locke escreveu muitos de seus trabalhos filosóficos. O empirismo de Locke era uma tentativa de compreender as bases da própria compreensão humana e assim encontrar uma maneira apropriada de tomar decisões de sentido. These same scientific methods led Locke to his three Treatises on Government, which later inspired the thinkers in the American Revolution. Esses mesmos métodos científicos levaram Locke a escrever os Três Tratados do Governo, que mais tarde inspirariam os pensadores da Revolução Americana. As with his work on understanding, Locke moves from the most basic units of society toward the more elaborate, and, like Thomas Hobbes, he emphasizes the plastic nature of the social contract. For an age that had seen absolute monarchy overthrown, democracy attempted, democracy corrupted, and limited monarchy restored, only a flexible basis for government could be satisfying. Como com o seu trabalho sobre o entendimento, Locke muda-se das mais básicas unidades da sociedade em direção a uma mais elaborada, e, como Thomas Hobbes, ele enfatiza a natureza plástica do contrato social. Para uma época que tinha visto uma derrotada monarquia absoluta, a tentativa de democracia, a democracia corrompida, e a limitada restaurada monarquia, somente uma base flexível para o governo poderia ser satisfatória. The Restoration moderated most of the more strident sectarian writing, but radicalism persisted after the Restoration. Puritan authors such as John Milton were forced to retire from public life or adapt, and those Digger, Fifth Monarchist, Leveller, Quaker, and Anabaptist authors who had preached against monarchy and who had participated directly in the regicide of Charles I were partially suppressed.


A Restauração moderou a maioria dos escritos sectários mais estridentes, mas o radicalismo persistiu depois da Restauração. Os autores puritanos como John Milton era forçados a se aposentarem da vida pública ou adaptar-se, e aqueles autores : “Digger” “Fifth Monarchist”, “Leveller”, “Quaker” e “Anabaptist”, que pregavam contra a monarquia e que tinham participado diretamente na regicida de Charles I foram parcialmente esmagados. Consequently, violent writings were forced underground, and many of those who had served in the Interregnum attenuated their positions in the Restoration. John Bunyan stands out beyond other religious authors of the period. Consequentemente, escritos violentos foram forçados ao mundo subterrâneo e muitos daqueles que tinham servido ao “interregnum” atenuaram suas posições na Restauração. John Bunyan aparece além de outros autores religiosos do período. Bunyan’s The Pilgrim’s Progress is an allegory of personal salvation and a guide to the Christian life. Instead of any focus on eschatology or divine retribution, Bunyan instead writes about how the individual saint can prevail against the temptations of mind and body that threaten damnation. “O Progresso do Peregrino” de Bunyan é uma alegoria da salvação pessoal e um guia da vida Cristã. Ao invés de focar na escatologia ou na retribuição divina, Bunyan escreve sobre como o indivíduo santo pode prevalecer contra as tentações da mente e do corpo que ameaçam à condenação eterna. The book is written in a straightforward narrative and shows influence from both drama and biography, and yet it also shows an awareness of the grand allegorical tradition found in Edmund Spenser. O livro é escrito em narrativa direta e mostra a influência tanto do drama quanto da biografia e ainda mostra também uma consciência da grande tradição alegórica encontrada em Edmund Spenser. During the Restoration period, the most common manner of getting news would have been a broadsheet publication. A single, large sheet of paper might have a written, usually partisan, account of an event.


Durante o período da Restauração, a maneira mais comum de se obter notícias seria uma publicação aberta. Uma simples, grande folha de papel poderia ser um escrito, usualmente partidário, contando um evento. However, the period saw the beginnings of the first professional and periodical (meaning that the publication was regular) journalism in England. Journalism develops late, generally around the time of William of Orange’s claiming the throne in 1689. Coincidentally or by design, England began to have newspapers just when William came to court from Amsterdam, where there were already newspapers being published. Entretanto, o período viu o começo dos primeiros profissionais e jornalismo periódico (significando que a publicação era regular) na Inglaterra. O Jornalismo desenvolve-se tarde, geralmente no tempo de “Willian of Orange” reivindicar o trono em 1689. Coincidentemente ou por desígnio, a Inglaterra começa a ter jornais exatamente quando Willian veio para a corte de Amsterdam, onde já havia jornais sendo publicados. It is impossible to satisfactorily date the beginning of the novel in English. However, long fiction and fictional biographies began to distinguish themselves from other forms in England during the Restoration period. An existing tradition of Romance fiction in France and Spain was popular in England. É impossível, satisfatoriamente, datar o começo do romance na Inglaterra. Entretanto, as biografias fictícias e as longas ficções começaram a se distinguir de outras formas na Inglaterra durante o período da Restauração. Uma tradição existente de Romance de ficção na França e Espanha era popular na Inglaterra. The “Romance” was considered a feminine form, and women were taxed with reading “novels” as a vice. One of the most significant figures in the rise of the novel in the Restoration period is Aphra Behn. She was not only the first professional female novelist, but she may be among the first professional novelists of either sex in England. Behn’s most famous novel was Oroonoko in 1688. This was a biography of an entirely fictional African king who had been enslaved in Suriname. Behn’s novels show the influence of tragedy and her experiences as a dramatist. O “Romance” era considerado uma forma feminina e as mulheres leitoras de novelas eram taxadas como um vício. Uma das figuras mais importantes no surgimento do romance no Período da


Restauração é Aphra Behn. Ela foi não somente a primeira profissional feminina da novela, mas também está entre as primeiras profissionais de novela de ambos os sexos na Inglaterra. O romance mais famoso de Behn foi “Oroonoko” em 1688. Este era uma biografia inteiramente fictícia de um Rei Africano que foi escravizado no Suriname. Os romances de Behn mostram a influência da tragédia e das experiências dela como dramaturga. As soon as the previous Puritan regime’s ban on public stage representations was lifted, the drama recreated itself quickly and abundantly. Assim que as representações do antigo Regime Puritano banido do palco público foi erguido, o drama recriou-se rapidamente e abundantemente. The most famous plays of the early Restoration period are the unsentimental or “hard” comedies of John Dryden, William Wycherley, and George Etherege, which reflect the atmosphere at Court, and celebrate an aristocratic macho lifestyle of unremitting sexual intrigue and conquest. As peças mais famosas do início do período da Restauração são as comédias sem sentimento ou “duras” de John Dryden, Willian Wycherley e George Etherege que refletem a atmosfera da Corte e celebram um estilo de vida machista e aristocrático de imperdoáveis intrigas e conquistas sexuais. After a sharp drop in both quality and quantity in the 1680s, the mid90s saw a brief second flowering of the drama, especially comedy. Comedies like William Congreve’s Love For Love (1695) and The Way of the World (1700), and John Vanbrugh’s The Relapse (1696) and The Provoked Wife (1697) were “softer” and more middle-class in ethos, very different from the aristocratic extravaganza twenty years earlier, and aimed at a wider audience. Depois de uma dura queda tanto em qualidade quanto em quantidade em 1680, o meio dos anos 90 viu um segundo breve florescimento do drama, especialmente da comédia. Comédias como as de Willian Congreve (Amor por Amor em 1695) e “O jeito que o Mundo é” em 1700 , e ”A Recaída”(1696) de John Vanburught e “ A Esposa Provocada” (1697) eram mais suaves e mais no estilo da classe-média em estética, muito diferentes da extravagância aristocrática de 20 anos antes, e almejavam um público maior.


The playwrights of the 1690s set out to appeal to more socially mixed audiences with a strong middle-class element, and to female spectators, for instance by moving the war between the sexes from the arena of intrigue into that of marriage. The focus in comedy is less on young lovers outwitting the older generation, more on marital relations after the wedding bells. Os dramaturgos dos anos de 1690 estabeleceram um apelo para públicos mais misturados com um forte elemento de classe-média e o público feminino, por exemplo, movendo-se da guerra entre os sexos da arena de intriga para a do casamento.O foco na comédia é menos entre jovens amantes desafiando a geração mais velha e mais sobre as relações matrimoniais depois de soar os sinos. Diarists John Evelyn and Samuel Pepys depicted everyday London life and the cultural scene of the times. Diaristas como John Evelyn e Samuel Pepys elegeram a vida do dia a dia londrino e as cenas culturais daquela época.

John Milton

John Milton (1608-1674), politico, dramaturgo, poeta e estudioso das religiões britânico. John Milton (9 de dezembro de 1608 - 8 de novembro de 1674) foi um escritor inglês, um dos principais representantes do classicismo de seu país, e autor do célebre livro O Paraíso Perdido, um dos mais importantes poemas épicos da literatura universal. Foi político,


dramaturgo e estudioso de religião. Apoiou Oliver Cromwell durante o período republicano inglês, porém foi preso e acabou por ficar cego; na prisão, ditou o Paraíso Perdido, sua obra-prima, que conta a história da queda de Lúcifer, e foi publicado em 1667. Quatro anos mais tarde, lança o livro Paraíso Reconquistado, uma seqüência do primeiro poema, trata da vinda de Cristo à Terra reconquistar o que Adão teria perdido. Biografia O pai de John Milton, John Milton Senior (c. 1562 – 1647) mudou-se para Londres cerca de 1583 depois de ser deserdado pelo seu devoto católico pai Richard Milton, um próspero proprietário agrícola em Oxfordshire, por ter revelado o seu protestantismo. Por volta de 1600 o pai do poeta casa-se com Sara Jeffrey (1572 – 1637), e John Milton nasce a 9 de Dezembro de 1608, em Cheapside, Londres, Inglaterra. Milton foi educado na St Paul’s School, em Londres. Estava destinado originalmente a uma carreira eclesiástica, mas a sua independência de espírito levaram-no a desistir. Matriculou-se no Christ’s College, Cambridge em 1625 e ali estudou durante sete anos, antes de tornar mestre em Artes cum laude (com louvor) a 3 de Julho de 1632. Em Cambridge, Milton foi tutor do teólogo americano Roger Williams em hebreu, por troca com lições em holandês. Aparentemente, a sua experiência em Cambridge não foi a mais positiva, como se comprova nos seus escritos mais tarde sobre educação. Ao terminar os seus estudos, em discíplinas como teologia, filosofia, história, política,literatura e ciência, Milton foi considerado um dos mais bem preparados e educados poetas ingleses de sempre. Num poema em latim, provavelmente composto na década de 1630, Milton agradece ao seu pai todo o apoio que recebeu no seu período escolar. Após terminar os seus estudos, em 1638, Milton realiza uma viagem por França e Itália, tendo tido oportunidade de conhecer o astrónomo italiano Galileu Galilei. Em Junho de 1642, com 33 anos, Milton casa-se com Mary Powell, de 16 anos de idade. Um mês depois, ela visita os seus pais e não regressa. Nos três anos seguintes Milton publica uma série de panfletos defendo a legalidade e moralidade do divórcio. O primeiro, intitulado The Doctrine and Discipline of Divorce (A doutrina e disciplina do divórcio), no qual ele ataca a lei do casamento inglesa (a qual era uma quase completa transcrição das leis medievais da Igreja Católica, sancionando o divórcio apenas em casos de consaguinidade). Em 1645, Mary finalmente regressa. Em 1646, a


sua família, tendo sido expulsa de Oxford por apoiar Carlos I durante a Guerra Civil Inglesa, muda-se, juntamente com o casal. Tiveram quatro filhos: Anne, Mary, John, e Deborah. A sua esposa Mary morreu a 5 de Maio de 1652, de complicações de parto, após o nascimento de Deborah a 2 de Maio, o que afectou profundamente Milton, como se torna evidente no seu 23º soneto. Em Junho, John morre com 15 meses; as suas irmãs sobeviem até à idade adulta. A 12 de novembro de 1656, Milton casa-se com Katherine Woodcock. Ela faleceu a 3 de Fevereiro de 1658, menos de quatro meses de dar à luz a sua filha Katherine, que igualmente faleceu a 17 de Março. A 24 de Fevereiro de 1663, Milton casa-se com Elizabeth Minshull, que dele cuidou até ao seu falecimento, a 8 de Novembro de 1674. Obras principais • • • • • • • •

L’Allegro (1631) Il Penseroso (1633) Comus (a masque)(1634) Lycidas (1638) Areopagitica (1644) Paradise Lost (O Paraíso Perdido) (1667) Paradise Regained (Paraíso Reconquistado) (1671) Samson Agonistes (Sansão Guerreiro) (1671)

From Paradise Lost a poem by John Milton


Of Man’s first disobedience, and the fruit Of that forbidden tree whose mortal taste Brought death into the world, and all our woe, With loss of Eden, till one greater Man Restore us, and regain the blissful seat, Sing, Heav’nly Muse, that, on the secret top Of Oreb, or of Sinai, didst inspire That shepherd who first taught the chosen seed In the beginning how the Heav’ns and Earth Rose out of Chaos; or, if Sion hill Delight thee more, and Siloa’s brook that flow’d Fast by the oracle of God, I thence Invoke thy aid to my advent’rous song, That with no middle flight intends to soar Above th’ Aonian mount, while it pursues Things unattempted yet in prose or rhyme. And chiefly thou, O Spirit, that dost prefer Before all temples th’ upright heart and pure, Instruct me, for thou know’st; thou from the first Wast present, and, with mighty wings outspread, Dovelike sat’st brooding on the vast abyss, And mad’st it pregnant: what in me is dark Illumine; what is low, raise and support; That, to the height of this great argument, I may assert Eternal Providence, And justify the ways of God to men. Paradise Lost - a poem by John Milton

Do homem primeiro canta, empírea Musa, A rebeldia — e o fruto, que, vedado, Com seu mortal sabor nos trouxe ao Mundo A morte e todo o mal na perda do Éden, Até que Homem maior pôde remir-nos E a dita celestial dar-nos de novo.


Do Orebe ou do Sinai no oculto cimo Estarás tu, que ali auxílios deste Ao pastor que primeiro aos escolhidos Ensinou como do confuso Caos Se ergueram no princípio o Céu e a Terra? Ou mais te agrada Sião e a clara Síloe Que mana ao pé do oráculo do Eterno? Lá donde estás, invoco o teu socorro Para este canto meu que hoje aventuro, Decidido a galgar com vôo inteiro Muito por cima da montanha Aônia, De assuntos ocupado que inda o Mundo Tratados não ouviu em prosa ou verso. E tu mais que ela, Espírito inefável, Que aos templos mais magníficos preferes Morar num coração singelo e justo, Instrui-me porque nada se te encobre. Desde o princípio a tudo estás presente: Qual pomba, abrindo as asas poderosas, Pairaste sobre a vastidão do Abismo E com almo portento o fecundaste: Da minha mente a escuridão dissipa, Minha fraqueza eleva, ampara, esteia, Para eu poder, de tal assunto ao nível, Justificar o proceder do Eterno E demonstrar a Providência aos homens. TRADUÇÃO II– PARAÍSO PERDIDO ( ADAPTADA ) Do pecado original e do fruto da árvore proibida cujo sabor fatal Trouxe morte para o mundo, e todos os nosso males, com a perda do Éden, até que o Maior Homem nos restaurasse, e resgatasse novamente a graça Canta, ó Musa celestial, Que naquele cume secreto de Orebe, ou do Sinai, inspirou aquele pastor que ensinou - primeiro os descendentes escolhidos Como - No princípio - os céus e a terra


se ergueram para fora do Caos: ou, o alto de Sião e o riacho de Siloé que flui veloz Do Oráculo Divino te agrada mais. Dalí Clamo por ajuda para minha aventurosa canção, A qual não prentende fazer um vôo incompleto Sobre o monte Aonian, enquanto persegue coisas que ainda não foram apreendidas em prosa ou verso. Paraíso Perdido é uma obra poética do século XVII, escrita por John Milton, originalmente publicada em 1667 em dez volumes. Uma segunda edição foi publicada em 1674 em doze volumes, em memória à Eneida de Virgílio com revisões menores ao longo do texto e notas sobre os versos. O poema descreve a história cristã da “queda do homem”, através da tentação de Adão e Eva por Satanás e a sua expulsão do Jardim do Éden. Esta epopéia inspira-se no Gênesis, demonstrando preocupação de ordem puritana. Satanás, sabendo que uma nova raça irá ocupar o lugar dos anjos rebelados, resolve agir. Deus prevê a perdição do homem e sua possível redenção, caso alguém se sacrifique por ele. O Filho oferece-se em holocausto, e o homem, mesmo antes da queda, já se acha redimido. Deus ordena ao arcanjo Rafael que previna os pais da humanidade sobre os projetos diabólicos. O arcanjo relata-lhes a rebelião dos anjos e a sua conseqüente precipitação no inferno. Mas Eva deixa-se seduzir, e induz também Adão ao pecado. Adão sofre as conseqüências da falta irremediável e tem uma visão na qual contempla tudo que acontecerá em tempos futuros até o nascimento de Cristo. Com a morte física Deste, o homem salvar-se-á. Em seu poema, Milton estilizou o verso branco com admirável perícia e amplo domínio de técnica.


Augustan literature The term Augustan literature derives from authors of the 1720s and 1730’s themselves, who responded to a term that George I of England preferred for himself. O termo Literatura Augustiana deriva-se dos próprios autores dos anos de 1720 e 1730, que responderam ao termo que George I da Inglaterra preferia para si próprio. While George I meant the title to reflect his might, they instead saw in it a reflection of Ancient Rome’s transition from rough and ready literature to highly political and highly polished literature. Because of the aptness of the metaphor, the period from 1689 - 1750 was called “the Augustan Age” by critics throughout the 18th century (including Voltaire and Oliver Goldsmith). Enquanto George I significava o título que reflete seu poderio, eles ao invés viram nisto um reflexo da transição da Velha Roma de uma literatura áspera e pronta para uma literatura altamente política e altamente polida. Por causa da aptidão da metáfora, o período de 1689-1750 foi chamado de “A era Augustiana” pelos críticos por todo o século 18 (incluindo Voltaire e Oliver Goldsmith). The literature of the period is overtly political and thoroughly aware of critical dictates for literature. It is an age of exuberance and scandal, of enormous energy and inventiveness and outrage, that reflected an era when English, Scottish, and Irish people found themselves in the midst of an expanding economy, lowering barriers to education, and the stirrings of the Industrial Revolution. A literatura do período é ‘exageradamente’ política e totalmente consciente dos debates críticos para a literatura. É uma era de exuberância e escândalos, de enorme energia e criatividade e ultraje, que refletiam uma era quando a Inglaterra, Escócia e os Irlandeses descobriram-se em meio a uma economia em expansão, derrubando barreiras para a educação e as instigações da Revolução Industrial. The most outstanding poet of the age is Alexander Pope, but Pope’s excellence is partially in his constant battle with other poets, and his serene, seemingly neo-Classical approach to poetry is in competition with highly idiosyncratic verse and strong competition from such poets as Ambrose Philips.


O poeta mais impressionante da época é Alexander Pope, mas a excelência de Pope é parcialmente por sua constante batalha com outros poetas, e sua aparentemente serena abordagem neo-clássica é uma competição com versos altamente idiossincráticos e uma forte competição de tais poetas como Ambrose Philips. It was during this time that James Thomson produced his melancholy The Seasons and Edward Young wrote Night Thoughts. It is also the era that saw a serious competition over the proper model for the pastoral. In criticism, poets struggled with a doctrine of decorum, of matching proper words with proper sense and of achieving a diction that matched the gravity of a subject. At the same time, the mock-heroic was at its zenith. Pope’s Rape of the Lock and The Dunciad are still the greatest mock-heroic poems ever written. Foi durante este tempo que James Thompson produziu sua melancólica “As Estações” e Edward Young escreveu : “Pensamentos Noturnos”. É também um tempo que assistiu sérias competições sobre o modelo apropriado para a pastoral. Na crítica, os poetas lutavam com a doutrina do decoro, de encontrar as palavras apropriadas com o sentido apropriado e alcançar uma dicção que relacionasse à gravidade do assunto. Naquela mesma época, os heróis-escarnecedores estavam em seu auge. O “Rapto da Fechadura” e “O Dunciad” são ainda os mais famosos poemas de heróis escarnecedores já escritos. In prose, the earlier part of the period was overshadowed by the development of the English essay. Joseph Addison and Richard Steele’s The Spectator established the form of the British periodical essay, inventing the pose of the detached observer of human life who can meditate upon the world without advocating any specific changes in it. However, this was also the time when the English novel, first emerging in the Restoration, developed into a major artform. Na prosa, a parte inicial do período foi encoberta pelo desenvolvimento do jornal Inglês. Joseph Addison e Richard Steele que escreveram “O Espectador” estabeleceram a forma dos jornais periódicos, inventando a pose do observador desligado da vida humana, que pode meditar sobre o mundo sem advogar qualquer mudança específica nele. Entretanto, este também foi o tempo quando o romance inglês primeiramente emergiu na Restauração, desenvolvido em uma maior forma de arte.


Daniel Defoe turned from journalism and writing criminal lives for the press to writing fictional criminal lives with Roxana and Moll Flanders. He also wrote a fictional treatment of the travels of Alexander Selkirk called Robinson Crusoe (1719). The novel would benefit indirectly from a tragedy of the stage, and in mid-century many more authors would begin to write novels. Daniel Defoe passou do jornalismo e escritos sobre crimes para a imprensa para a escrita de crimes fictícios com “Roxana” e “ Moll Flanders”. Ele também escreveu o tratamento fictício das viagens de Alexander Selkirk chamado de “Robinson Crusoe (1719). O romance seria beneficiado indiretamente por uma tragédia no palco e muitos autores da metade do século começariam a escrever romances. If Addison and Steele overawed one type of prose, then Jonathan Swift did another. Swift’s prose style is unmannered and direct, with a clarity that few contemporaries matched. He was a profound skeptic about the modern world, but he was similarly profoundly distrustful of nostalgia. Se Addison e Steele sobrepujaram um tipo de prosa, então Jonathan Swift fez outra. O estilo de prosa de Swift é sem modos e direta, com uma clareza que poucos contemporâneos conseguiram Ele era profundamente cético sobre o mundo moderno, mas era similarmente desconfiante da nostalgia. He saw in history a record of lies and vanity, and he saw in the present a madness of vanity and lies. Ele via na história uma gravação de mentiras e vaidade e via no presente uma loucura de vaidades e mentiras. Core Christian values were essential, but these values had to be muscular and assertive and developed by constant rejection of the games of confidence men and their gullies. O núcleo de valores cristãos eram essenciais, mas esses valores tinham que ser musculares (fortes) e diretos e desenvolvidos pela constante rejeição de jogos de confiança nos homens e suas ravinas. Swift’s A Tale of a Tub announced his skeptical analysis of the claims of the modern world, and his later prose works, such as his war with Patridge the astrologer, and most of all his derision of pride in Gulliver’s Travels left only the individual in constant fear and humility safe. After his “exile” to Ireland, Swift reluctantly began


defending the Irish people from the predations of colonialism. His A Modest Proposal and the Drapier Letters provoked riots and arrests, but Swift, who had no love of Irish Roman Catholics, was outraged by the abuses and barbarity he saw around him. O conto de Swift “A Tale of a Tub” anunciava sua análise cética dos clamores do mundo moderno e seus últimos trabalhos na prosa, tais como sua guerra com Patridge, o astrólogo, e a maioria de todo seu escárnio e orgulho em “As viagens de Gulliver” deixavam somente o indivíduo em constante medo e segura modéstia. Swift começou relutantemente a defender os Irlandeses dos predadores colonialistas. Suas obra “Proposta Modesta” e “Drapier Letter” provocaram revoltas e prisões, mas Swift que não tinha amor pelos Católicos Romanos da Irlanda, ficou indignado com os abusos e barbaridades que viu ao seu redor. Drama in the early part of the period featured the last plays of John Vanbrugh and William Congreve, both of whom carried on the Restoration comedy with some alterations. However, the majority of stagings were of lower farces and much more serious and domestic tragedies. George Lillo and Richard Steele both produced highly moral forms of tragedy, where the characters and the concerns of the characters were wholly middle class or working class. O drama no primeira parte do período caracterizou as últimas peças de John Vanbrught e Willian Congreve, ambos que conduziram a comédia na Restauração com algumas alterações. Entretanto, a maioria das apresentações no palco eram de farsas mais baixas e muito mais tragédias sérias e domésticas . George Lillo e Richard Steele produziram formas de tragédia altamente morais, onde os personagens e as preocupações dos personagens eram inteiramente da classe média ou da classe trabalhadora. This reflected a marked change in the audience for plays, as royal patronage was no longer the important part of theatrical success. Additionally, Colley Cibber and John Rich began to battle each other for greater and greater spectacles to present on stage. The figure of Harlequin was introduced, and pantomime theatre began to be staged. Isto refletiu uma acentuada mudança no público das peças, a medida em que o apadrinhamento real não era mais parte tão importante no sucesso teatral. Adicionalmente, Coller Cibber e John Rich começaram a lutar um com o outro por maiores espetáculos


para apresentar no palco. A figura de Harlequin foi introduzida, e o teatro “pantomínia” começou a ser encenado. This “low” comedy was quite popular, and the plays became tertiary to the staging. Opera also began to be popular in London, and there was significant literary resistance to this Italian incursion. This trend was broken only by a few attempts at a new type of comedy. A “baixa” comédia era bastante popular e as peças começaram a ser terciárias na encenação. A Opera também começou a ser popular em Londres, e houve bastante resistência literária a esta incursão Italiana. Esta tendência foi quebrada somente por poucas tentativas de um novo tipo de comédia. Pope and John Arbuthnot and John Gay attempted a play entitled Three Hours After Marriage that failed. In 1728, however, John Gay returned to the playhouse with The Beggar’s Opera. Gay’s opera was in English and retold the story of Jack Sheppard and Jonathan Wild. Pope e John Arbuthnot e John Gay tentaram uma peça chamada “Três Horas após o Matrimônio” que fracassou. Em 1728, no entanto, John Gay retornava a casa de espetáculos com a Opera chamada “O Mendigo da Opera” . A opera de Gay era em Inglês e recontava a história de Jack Sheppard e Jonathan Wild. However, it seemed to be an allegory for Robert Walpole and the directors of the South Sea Company, and so Gay’s follow up opera was banned without performance. The licensing act of 1737 brought an abrupt halt to much of the period’s drama, as the theatres were once again brought under state control. Entretanto, parecia ser uma alegoria para Robert Walpole e os diretores da Companhia dos Mares do Sul, e então a opera de Gay foi banida sem ser encenada. O licenciamento artístico de 1734 trouxe um brusca quebra de muitos dramas do período, porque os teatros foram novamente trazidos para o controle do estado. An effect of the Licensing Act was to cause more than one aspiring playwright to switch over to writing novels. Henry Fielding began to write prose satire and novels after his plays could not pass the censors. Um efeito do licenciamento da arte foi a causa de muitos aspirantes a dramaturgos pararem de escrever novelas. Henry Fielding começou a escrever prosa e romances satíricos depois que sua peça não passou pela censura.


Henry Brooke also turned to novels. In the interim, Samuel Richardson had produced a novel intended to counter the deleterious effects of novels in Pamela, or Virtue Rewarded (1749). Henry Brooke também passou para os romances. Neste ínterim, Samuel Richardson tinha produzido um romance que pretendia contar sobre os efeitos perniciosos das novelas em “Pámela, ou Virtude Recompensada ( 1749)”. Henry Fielding attacked the absurdity of this novel with two of his own works, Joseph Andrews and Shamela, and then countered Richardson’s Clarissa with Tom Jones. Brooke wrote The Man of Feeling and indirectly began the sentimental novel. Henry Fielding atacou o absurdo deste romance com dois de seus trabalhos : Joseph Andrews e “Shamela” e então Richardson contou “ Clarissa” com Tom Jones. Brooke escreveu “ O homem de Sentimentos” e indiretamente deu início aos romances sentimentais. Laurence Sterne attempted a Swiftian novel with a unique perspective on the impossibility of biography (the model for most novels up to that point) and understanding with Tristram Shandy, even as his detractor Tobias Smollett elevated the picaresque novel with his works. Laurence Sterne tentou fazer um romance ao modo Swifitiano com uma perspectiva única na impossibildiade de biografia ( o modelo para a maioria dos romances até aquele ponto) e de compreensão com Tristam Shandy mesmo com seu caluniador Tobias Smollett tendo elevado os romances pitorescos com seu trabalho. Each of these novels represents a formal and thematic divergence from the others. Each novelist was in dialogue and competition with the others, and, in a sense, the novel established itself as a diverse and open-formed genre in this explosion of creativity. The most lasting effects of the experimentation would be the psychological realism of Richardson, the bemused narrative voice of Fielding, and the sentimentality of Brooke. Cada um destes romances representa uma divergência formal e temática dos outros. Cada novelista estava em diálogo e competição com os outros e de certo modo, o romance estabeleceu-se como um gênero tão diversificado e de formação tão aberta nesta explosão de criatividade. A maioria dos últimos efeitos da experimentação


seria o realismo psicológico de Richardson, a voz narrativa bem usada de Fielding e o sentimentalismo de Brooke.

Daniel Defoe

Daniel Defoe Daniel Defoe (Londres, 1660 – Londres, 21 de Abril de 1731) foi um escritor e jornalista inglês, famoso pelo seu romance Robinson Crusoe. Nascido como Daniel Foe, provavelmente na paróquia de St.Giles Cripplegate, foi aluno de Charles Morton, cujo estilo, juntamente com aqueles de John Bunyan e da oratória da época, poderá tê-lo influenciado construtivamente. Depois de acabados os estudos, Defoe tornou-se comerciante, embora a sua tendência para a especulação não tenha favorecido essa carreira. Defoe escreveu panfletos famosos, muitos deles favoráveis a Guilherme III. Para além disso, fundou e incrementou o jornal periódico The Review quase sozinho, desenvolvendo um trabalho que viria a favorecer a afirmação dos famosos The Tatler e The Spectator. Contudo, foi graças a Robinson Crusoe, de 1719, que ficou famoso. Os críticos consideram geralmente que a forma moderna do romance nasceu com esse texto narrativo, que, partindo das memórias de alguns viajantes, nomeadamente do marinheiro escocês Alexander Selkirk, configura um relato cuja verdade depende sobretudo da acumulação de pormenores concretos.


Neste romance narra-se a história do único sobrevivente de um naufrágio que o isola numa ilha aparentemente deserta. Assim se figura o percurso de uma personagem que, tudo fazendo para conservar os valores da sua humanidade básica, afirmando-os sobre uma natureza hostil e frequentemente incompreensível, acaba por ser adoptada pela História das Ideias como um arquétipo dessa condição. Em Moll Flanders de 1722, Daniel Defoe continuou a problematizar narrativamente os percursos de personagens solitárias e em crise. Uma outra obra significativa é A Journal of the Plague Year, também de 1722, na qual constrói um relato de uma epidemia de peste com admirável e original realismo. Robinson Crusoe

A Vida e as Estranhas Aventuras de Robinson Crusoé (em inglês Robinson Crusoe) é o mais célebre romance de Daniel Defoe, escrito em 1719. Seu título completo no original é The Life and strange Surprizing Adventures of Robinson Crusoe of York, Mariner: Who lived Eight and Twenty Years, all alone in an un-inhabited Island on the coast of America, near the Mouth of the Great River of Oroonoque; Having been cast on Shore by Shipwreck, where-in all the Men perished but himself. With An Account how he was at last as strangely deliver’d by Pyrates. Written by Himself. Defoe inspirou-se na história verídica de um marinheiro escocês, Alexander Selkirk, abandonado, a seu pedido, numa ilha do arquipélago Juan Fernández, onde viveu só de 1704 a 1709. Robinson Crusoe herda desta história o mito da solidão, na medida em que, depois de um naufrágio de que é o único sobrevivente, vive sozinho durante vinte e oito anos, antes de encontrar a personagem Sexta-Feira. O romance simboliza a luta do homem só contra a natureza, a reconstituição dos primeiros rudimentos da civilização


humana, testemunhada apenas por uma consciência e dependente de uma energia própria. Robinson Crusoe constitui uma obra-prima dos alvores do realismo, distinguindo-se assim, desde logo na composição das personagens, de outros romances da época. De fato, era freqüente a narração da história amorosa e sentimental dos homens mas não a sua vida prática. Daí que a criação de Crusoe seja francamente inovadora: com um espírito prático e positivo, alheio a todo o sentimentalismo e à debilidade poética, Crusoe é um homem para quem as coisas existem concretamente, sem possibilidade alguma de transformação fantástica. Não é uma personagem afetada e melindrosa, como as que, na época, eram importadas da literatura francesa, apenas compreensíveis nos círculos da corte. Crusoe é um ingênuo que não se deixa enganar facilmente, é ativo e tem plena confiança na força do homem e no seu destino vitorioso. Apesar de não possuir uma inteligência extraordinária, pertence ao grupo dos vencedores: é infatigável, tenaz e engenhoso na sua necessidade de sobrevivência e no seu desejo de se sobrepor à natureza. Ao mesmo tempo, Crusoe é uma personagem perturbada por problemáticas espirituais, bem próprias do mundo inglês do seu tempo, que o colocam no limiar de uma certa modernidade, aquela que permite afirmar o individualismo radical nos mais diversos domínios: filosófico, político, econômico, etc. O impacto internacional de Robinson Crusoe foi fortíssimo. Pouco tempo depois da sua publicação, surgiram numerosas imitações, denominadas geralmente robinsonnades, que compreendiam peças de teatro, melodramas, vaudevilles, operetas, romances, etc. Ao mesmo tempo, a obra afirmava-se como um dos elementos fundadores da tradição do romance moderno (de feição realista e centrado no indivíduo), enquanto a figura do protagonista alcançava a estatura de um mito ou símbolo da condição humana. No nosso tempo, a história de Crusoe foi objeto de várias adaptações cinematográficas, entre as quais a de Luis Buñuel, com Dan O’Herlihy e Jaime Fernandez nos papéis principais, datada de 1952. Na literatura do século XX destaca-se a obra Sexta-feira ou a vida selvagem de Michel Tournier, com uma abordagem menos colonialista e de maior consciência ecológica. Bibliografia Algumas das suas obras: • The True-born Englishman (1701) • The History of the Kentish Petition (1701)


• The Shortest Way with the Dissenters (1702) • Hymn to pilori (1703) • History of the Union (1709) • The Family Instructor (1715) • Robinson Crusoe (1719) • Memoirs of a Cavalier, (1720) • Captain Singleton (1720) • Moll Flanders (1722) • A Journal of the Plague Year (1722) • Colonel Jack (1722) • Roxana (1724) • A Tour Through the Whole Island of Great Britain (1724-1727) • A General History of the Pirates (1724-1728) • The Complete English Tradesman (1725-1727) • Moll Flanders Moll Flanders é um romance do escritor ingles Daniel Defoe escrito em 1722. O título original é “The Fortunes and Misfortunes of the Famous Moll Flanders Who Was Born In Newgate, and During a Life of Continu’d Variety For Threescore Years, Besides Her Childhood, Was Twelve Year a Whore, Five Times a Wife [Whereof Once To Her Own Brother], Twelve Year a Thief, Eight Year a Transported Felon In Virginia, At Last Grew Rich, Liv’d Honest, and Died a Penitent. Written from her own Memorandums.” . Defoe escreveu essa obra após trabalhar como jornalista e panfletário. Defoe tinha sido reconhecido como um novelista de talento após o sucesso do livro Robinson Crusoe, lançado em 1719. Defoe se envolveu na disputa política entre o Whig ( British Whig Party) (liberais) e os Tory (da aristocracia). Com a ascensão ao governo de Robert Walpole, antigo partidário Whig, Defoe (e outros artistas) passaram a criticá-lo. A história de Defoe sobre uma prostituta, faz referências a esse momento da história inglesa.


Resumo A mãe de Moll é condenada à prisão de Newgate mas é beneficiada pelo costume conhecido por “pleading her belly”, dirigido às prisioneiras grávidas. A mãe então é deportada para a América e Moll Flanders (que não é seu nome de nascimento, como ela enfatiza, mas nunca revela qual é) passa a infância e adolescência numa casa aristocrata, como serva. Muito bonita, ela é causa de disputa de dois irmãos da família. O mais velho a induz a agir como se fossem casados (“act like they were married”), na cama, mas depois ele a convence a se casar com o irmão mais jovem. Ela então enviúva, deixa seus filhos aos cuidados dos sogros e começa a se passar por uma viúva rica para atrair homens com quem pudesse se casar e alcançar a segurança financeira. A primeira vez que ela consegue seu intento, seu marido vai à falência e foge da Inglaterra. Da segunda vez, ela é levada a Virginia (nos EUA) por um bom homem que a apresenta a sua mãe. Após dois filhos, Moll descobre que sua sogra é na verdade sua mãe biológica, o que torna seu marido seu meio-irmão. Ela se separa e volta para a Inglaterra, deixando suas duas crianças para trás. Ela vai morar então em Bath, Somerset, e procura por um novo marido. Ela se envolve com um homem casado, cuja esposa está confinada por insanidade. Mantendo amizade e desenvolvendo um tipo de amor platônico, os dois acabam tendo um filho. Mas o seu amante não fica com ela e acaba voltando para a esposa. Moll, agora com 42 anos de idade, conhece então um banqueiro casado e adúltero. Usando do dinheiro dele enquanto espera que se divorcie, Moll na verdade quer atrair outro cavalheiro para casar. Ela


então conhece e se casa com um suposto homem rico. Ao contar para ele que na verdade não tinha dinheiro, o seu marido se revela também como aventureiro, que havia contraido o matrimônio pois queria se apossar do seu rico dote, e a abandona, deixando-a grávida novamente. Moll deixa o banqueiro acreditar que ela continua disponível, esperando que seu marido retorne. O filho de Moll nasce quando a esposa do banqueiro comete sucídio, logo depois que ele lhe pedira o divórcio. Moll se casa com o banqueiro. O banqueiro morre em ruina financeira após cinco anos e dois filhos Sem esperanças, Moll se torna uma ladra e vai para a prisão de Newgate, como sua mãe (e o autor do livro, 20 anos antes). Na prisão ela reencontra um dos seus maridos. E os dois são condenados ao desterro, enviados para as colônias da América. O casal é levado a uma fazenda na Virgínia. Aos 69 anos, ela retorna à Inglaterra. Temas e Análises Alguns definem a obra como um conto sobre o capitalismo, com diversas alusões a dinheiro, contratos, etc, que outros consideram como próprias da personalidade calculista de Moll, pois o conceito econômico não era familiar na época. O tom do livro o torna um conto picaresco sobre a moralidade. Nesse segundo aspecto, a história de Moll possui dois ângulos: ao desejar ser uma dama (lady) ela comete adultério, prostituição, abandono de crianças e incesto. Por outro lado, ela pode ser vista como uma criminosa que alcança a paz com a confissão cristã e almeja a redenção. Dessa forma, a novela explora as ideologias conservadoras e liberais do século XVIII.


Defoe se define como um Puritano. Ele acredita e escreve sobre devoção e trabalho para alcançar a Divina Graça. A novela reserva muitas páginas para crime e pecado, mas transparece muito remorso, com Moll sendo uma personagem ambígua. A novela combina os interesses de Defoe em narrativas sobre conversões e suas experiências e idéias sobre o crime. Moll Flanders foi uma novela popular e Defoe aumentou essa sua reputação. No início ele havia escrito sobre criminosos em vários jornais e Moll Flanders o transformou em um escritor de criminosos. Aliás, depois de Moll Flanders, ele escreveu um texto sobre Jack Sheppard (1724) e uma novela sobre Jonathan Wild (1725). Também em 1724, Defoe voltou a tratar sobre a “Queda de Mulheres” em Roxana, sobre a vida de Moll Cutpurse, informação mencionada no livro. Adaptações • O filme The Amorous Adventures of Moll Flanders de 1965, foi estrelada por Kim Novak como Moll Flanders. • Em 1975 a BBC adaptou Moll Flanders para a TV, em duas partes. Dirigido por Donald Mcwhinnie, com Julia Foster como Moll. • Uma adaptação musical foi gravada em 1993, com Josie Lawrence como Moll Flanders. • Em 1996, foi lançado o filme Moll Flanders, com Robin Wright Penn. Esta adaptação não segue fielmente a obra. • Uma segunda adaptação para a TV britânica foi feita em 1996: The Fortunes and Misfortunes of Moll Flanders, com Alex Kingston. • Em 2007, o diretor Ken Russell estava preparando uma nova versão, com Lucinda Rhodes-Flaherty.


Jonathan Swift

Jonathan Swift (Dublin, 30 de Novembro de 1667 — Dublin, 19 de Outubro de 1745) foi um escritor irlandês. Órfão de pai, com um ano de idade, é levado secretamente por sua ama para a Inglaterra e, após dois anos em solo inglês, volta para Irlanda em virtude dos problemas políticos que ocorriam no país. É entregue então ao seu tio Godwin que o manda estudar na escola Kilkenny, em Dublin em 1673. O tio ensina-lhe boas maneiras, mas não lhe dá amor e carinho, limitando-se a medicá-lo quando tinha crises de surdez, mal que o ameaçou pelo resto da vida. Em 1681 Swift matricula-se no Trinity College de Dublin, onde só se distingue pelas punições. Em 1688 recebe o diploma da congregação e, com a morte de seu tio, neste mesmo ano, Swift vai para Leicester viver junto de sua mãe. Como ela não dispunha de muito dinheiro para ajudá-lo, é obrigado a procurar um emprego e sustentar-se. Em 1689 vai Moor Park, Surrey (Inglaterra) e torna-se secretário de Sir William Temple (1628-1699), estadista e escritor de grande prestígio. Swift amadurece intelectualmente entre os livros de Temple e conhece uma menina de oito anos chamada Esther Johnson que, segundo diziam, era filha de William Temple com uma ama da casa. Swift chama-a carinhosamente de Stella e lhe dedica alguns de seus mais belos poemas. A diferença de idade entre os dois não serviu de barreiras para que desabrochasse um grande afeto entre eles.


A presença de Stella era um bálsamo para Swift, mas não o suficiente para retê-lo como empregado de Sr. Temple. Swift tinha ambições e compreendia que, para realizá-las, precisava de um diploma. Em 1693 doutorou-se em Teologia pela Universidade de Oxford e, em 1695, assume o posto de Cônego em Kilbroot, na Irlanda. Ainda em 1695 volta para Moor Place e encontra o Sir Temple escrevendo um panfleto altamente conservador sobre a “Batalha dos Livros”, pelo qual foi muito atacado. Swift, promovido por ele a secretário, se viu obrigado a defendê-lo e redigiu em 1697 A Batalha dos Livros. Por trás da defesa ironizava sutilmente tanto os conservadores quanto os liberais. Com a morte de Sr. Temple em 1699, Swift, desempregado, pleiteia o cargo de deão (coordenador de um grupo de párocos) de Serry, mas as autoridades eclesiásticas consideravam o posto elevado demais para um pastor tão jovem e o nomeiam Cônego de Dublin, na Irlanda. A nomeação não lhe agradou muito, mas Swift não teve alternativa senão aceitá-la. Pede então que Stella vá viver ali perto. A proximidade da menina dá-lhe ânimo para continuar escrevendo e em 1701 publica anonimamente o “Discurso sobre as Dissensões entre os nobres e comuns em Atenas e Roma”. Nessa obra, a alusão aos partidos ingleses é clara, como também é nítida a sua posição ao lado dos Whigs (liberais). Por isso, Tories (conservadores) passam a atacá-lo. No entanto, passa a ser admirado por estadistas como Somers (1651 -1716) e Halifax (1633 -1695), de elevado prestígio junto ao governo. Vislumbrando a possibilidade de ascender-se na Igreja anglicana e com ajuda dos políticos, Swift começa a viajar freqüentemente para Londres. Consegue então editores para A Batalha dos Livros e O Conto de Tonel. Além disso, apoiado por escritores satíricos Pope (1688 -1744), Richard Steele (1672 -1729) e Joseph Addison (1672 1719), ganha popularidade. Em 1708 escreve um panfleto para desmascarar o astrólogo Patridge, tido por ele como charlatão. Sob o pseudônimo de Isaac Bickestaff profetizava, no estilo de adivinho, a morte de Patridge. A luta entre os dois acirra-se em 1709 e Swift escreve o artigo “A Vingança de Isaac Bickertaff”, na qual resume satiricamente a disputa. A ambição e as amizades fazem com que Swift permaneça em Londres, mas, sempre pensando em Stella, lhe escreve numerosas cartas. Em seu “Diário”, falava de tudo: de encontros com


aristocratas e políticos; das impressões suscitadas; das intrigas da corte; do fumo do Brasil; da invasão do Rio de Janeiro pelos franceses (1710); dos sonhos; das aversões etc. Ao falar de assuntos íntimos, se expressa numa linguagem cifrada, compreensível só para ele e Stella; mais tarde, essa experiência deu frutos em Viagens de Gulliver. Em 1713 torna-se deão da catedral de Saint Patrick em Dublin. Sua a acolhida nesse local foi fria, pois desconfiavam que suas atividades políticas não eram compatíveis com as funções religiosas. Ao saber de seus problemas, Stella vai juntar-se a ele em Dublin. Pouco depois outra mulher o procura: ela é Esther Vamhomrigh, filha de um rico mercador alemão. Swift dedicou a ela o poema “Cadenus e Vanessa” em 1726. Vanessa fica sabendo da sua ligação com Stella e, não suportando a hipótese de amá-lo só no espírito sufocando os ímpetos da carne, escreve à rival uma carta falando de seus laços com Swift. Furioso, Swift procura Vanessa e, sem dizer nem uma palavra, atira-lhe aos pés uma carta de despedida. Nunca mais a viu. Semanas depois a moça morreu de tristeza. Em 1725 começa escrever Viagens de Gulliver onde pretendia agredir o mundo, não diverti-lo. A Enciclopédia Barsa assim se refere a essa obra: Em 1728 Stella morre de um mal desconhecido. No ano de 1731 Swift faz da sua própria morte um objeto da sátira ao escrever um poema sobre a morte do Dr. Swift. Sua última obra foi escrita em 1738 um ensaio destinado a despojar a conversação inglesa das banalidades e incorreções que o levam ao ridículo. Com o título de “A Conversação Polida” a qual representava o resultado de vinte anos de observação e pesquisa. Em 19 de Outubro de 1745 Jonathan Swift, surdo e louco, morre em Dublin. Ele é enterrado na Catedral de São Patrício. Em sua lápide, o epitáfio em latim, escrito por ele mesmo: “Aqui jaz o corpo de Jonathan Swift, doutor em Teologia e deão desta catedral, onde a colérica indignação não poderá mais dilacerar-lhe o coração. Segue, passante, e imita, se puderes, esse que se consumiu até o extremo pela causa da Liberdade”. Obra • História de um tonel (1704) Sátira em prosa. • A batalha dos livros (1704) Sátira em prosa.


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Argumento contra a abolição do cristianismo (1708) Panfleto. Diário para Stella (1710-1713) Cartas. The Conduct of the Allies (1711) Panfleto politico. As viagens de Gulliver (1726) Romance. Modesta proposição (1729) Sátira política. Versos sobre a morte do doutor Swift (1739) Poema.

As Viagens de Gulliver As Viagens de Gulliver (Gulliver’s Travels, no original) é um romance satírico escrito por Jonathan Swift em 1726. Resumo

As Viagens de Gulliver, quadro de Richard Redgrave, no Victoria and Albert Museum, Londres. A narrativa inicia-se com o naufrágio do navio onde Gulliver seguia. Após o naufrágio ele foi arrastado para uma ilha chamada Lilliput (o nome dos países pode variar conforme a tradução). Os habitantes desta ilha, que eram extremamente pequenos, estavam constantemente em guerra por futilidades. Foi através dos lilliputianos que Swift demonstrou a realidade inglesa e francesa da época. Na segunda parte, Gulliver conheceu Brobdingnag, uma terra de gigantes onde todos eram gananciosos, tal como os aristocratas ingleses. Já na terceira parte Swift criticou a Royal Society, a administração inglesa na Irlanda e a imortalidade, através da descrição dos habitantes dos países por onde Gulliver passou. Na última viagem Gulliver encontrou os Houyhnhm, uma raça de cavalos que possuía muita inteligência. Os Houyhnhm temiam que alguém dos Yahoo (uma raça imperfeita de um tipo de “humanos”)


se tornasse culto. Swift voltou a satirizar a raça humana através dos Yahoo. Por fim Gulliver regressou a Inglaterra para ensinar aos outros as virtudes que aprendera com os Houyhnhm.

18th century literature- The Age of Sensibility During the Age of Sensibility, literature reflected the worldview of the Age of Enlightenment (or Age of Reason) – a rational and scientific approach to religious, social, political, and economic issues that promoted a secular view of the world and a general sense of progress and perfectibility. Led by the philosophers who were inspired by the discoveries of the previous century (Newton) and the writings of Descartes, Locke and Bacon. Durante a Era da Sensibilidade, a literatura refletiu uma visão mundial da Era do Iluminismo (ou a Idade da Razão) uma abordagem científica e racional ao invés daquelas questões religiosas, sociais, políticas e econômicas que promoveram uma visão secular do mundo e um sentido geral de progresso e perfeição. Conduzida por filósofos que eram inspirados pelas descobertas do século anterior (Newton) e os escritos de Descartes, Locke e Bacon. They sought to discover and to act upon universally valid principles governing humanity, nature, and society. They variously attacked spiritual and scientific authority, dogmatism, intolerance, censorship, and economic and social restraints. They considered the state the proper and rational instrument of progress. The extreme rationalism and skepticism of the age led naturally to deism; the same qualities played a part in bringing the later reaction of romanticism. The Encyclopédie of Denis Diderot epitomized the spirit of the age. Eles buscavam descobrir e agir sobre os princípios válidos que regem do universo, a humanidade, a natureza e a sociedade. Eles variavelmente atacavam as autoridades espirituais e científicas, o dogmatismo, a intolerância, a censura e as restrições econômicas e sociais. Eles consideravam o estado um instrumento apropriado e racional do progresso. O extremo ceticismo e racionalismo da época levaram naturalmente ao deísmo, as mesmas qualidades encenadas e que em parte trouxeram mais tarde uma reação do romantismo.


During the end of the 19th century Ann Radcliffe would be the pioneer of the Gothic Novel. Her novel, The Castles of Athlin and Dunbayne in 1789, sets the tone for the majority of her work, which tended to involve innocent, but heroic young women who find themselves in gloomy, mysterious castles ruled by even more mysterious barons with dark pasts. The Romance of the Forest would follow and her most famous novel, The Mysteries of Udolpho, is considered the ultimate Gothic Novel of the late 18th century. Durante o fim do século 19, Ann Radcliffe seria a pioneira da novela gótica. Sua novela, “Os castelos de Athin e Dunbayne” em 1789 deram o tom da maioria de seus trabalhos, que tendiam a envolver jovens inocentes mas heroínas que se encontravam em castelos sombrios e misteriosos, regidos por barões ainda mais misteriosos com passados sombrios. O “Romance da Floresta” seguiria uma de suas novelas mais famosas: “Os mistérios do Udolpho” é considerada a derradeira novela gótica do final do século 18. Increased emphasis on instinct and feeling, rather than judgment and restraint. A growing sympathy for the Middle Ages during the Age of Sensibility sparked an interest in medieval ballads and folk literature. Ann Radcliffe’s novel would embody all of this in The Mysteries of Udolpho. A ênfase foi acrescentada aos instintos e sentimentos, ao invés de julgamento e barreira. Uma crescente simpatia pela Idade Média durante a Era da Sensibilidade acendeu um interesse pelas baladas e literatura folclórica. A novela de Ann Radcliffe envolveria tudo isso em seu : “Mistérios do Udolpho”.

ROMANTICISM The changing landscape of Britain brought about by the steam engine has two major outcomes: the boom of industrialism with the expansion of the city, and the consequent depopulation of the countryside as a result of the enclosures, or privatisation of pastures. Most peasants poured into the city to work in the new factories.


ROMANTISMO A mudança da paisagem britânica trazida pelo trem a vapor tem duas realizações maiores: o estouro da industrialização com a expansão da cidade e o consequente despovoamento da paisagem rural como um resultado do confinamento, ou privatização das pastagens. A maioria dos camponeses foram postos dentro da cidade para trabalhar nas novas fábricas. This abrupt change is revealed by the change of meaning in five key words: industry (once meaning “creativity”), democracy (once disparagingly used as “mob rule”), class (from now also used with a social connotation), art (once just meaning “craft”), culture (once only belonging to farming). Esta mudança repentina é revelada pela mudança de significado em 5 palavras chaves: indústria ( que antes era “criatividade), democracia ( menosprezadamente usada como regra turba), classe ( de agora em diante usada com uma conotação social), arte ( antes significando apenas artesanato), cultura ( tendo um vez pertencido somente a agricultura). But the poor condition of workers, the new class-conflicts and the pollution of the environment causes a reaction to urbanism and industrialization prompting poets to rediscover the beauty and value of nature. Mother earth is seen as the only source of wisdom, the only solution to the ugliness caused by machines. Mas, a pobre condição dos trabalhadores, os conflitos da nova classe e a poluição do meio ambiente causam uma reação do urbanismo e da industrialização empurrando os poetas a redescobrirem a beleza e o valor da natureza. A mãe terra é vista como a única fonte de sabedoria, a única solução para a feiura causada pelas máquinas. The superiority of nature and instinct over civilisation had been preached by Jean Jacques Rousseau and his message was picked by almost all European poets. The first in England were the Lake Poets, a small group of friends including William Wordsworth and Samuel Taylor Coleridge. A superioridade da natureza e o instinto sobre a civilização foram pregados por Jean Jacques Rousseau e sua mensagem foi pega por quase todos os poetas Europeus da época. Os primeiros na


Inglaterra foram os poetas do lago, um grupo de amigos, incluindo Willian Wordsworth e Samuel Taylor Coleridge. These early Romantic Poets brought a new emotionalism and introspection, and their emergence is marked by the first romantic Manifesto in English literature, the “Preface to the Lyrical Ballads”. Esses primeiros poetas românticos trouxeram um novo emocionalismo e introspecção, e sua imergência é marcada pelo 1º manifesto romântico na literatura inglesa, o prefácio para as baladas líricas. This collection was mostly contributed by Wordsworth, although Coleridge must be credited for his long and impressive Rime of the Ancient Mariner, a tragic ballad about the survival of one sailor through a series of supernatural events on his voyage through the south seas which involves the slaying of an albatross, the death of the rest of the crew, a visit from Death and his mate, Life-in-Death, and the eventual redemption of the Mariner. Esta coleção foi na maioria uma contribuição de Wordsworth, embora Coleridge mereça um crédito por seu longo e impressionante “Rima do Velho Marinheiro”, uma balada trágica sobre a sobrevivência de um marinheiro através de uma série de eventos sobrenaturais em sua viagem pelos mares do sul que envolve a escravidão de um albatroz, a morte do resto da tripulação, uma visita da morte e sua companheira, Vida-na-Morte, e a eventual redenção do marinheiro. Coleridge and Wordsworth, however, understood romanticism in two entirely different ways: while Coleridge sought to make the supernatural “real” (much like sci-fi movies use special effects to make unlikely plots believable), Wordsworth sought to stir the imagination of readers through his down-to-earth characters taken from real life (for eg. in “The Idiot Boy”), or the beauty of the Lake District that largely inspired his production (as in “Lines Composed a Few Miles Above Tintern Abbey”). Coleridge e Wordsworth, entretanto, entenderam o romantismo de duas maneiras inteiramente diferentes: enquanto Coleridge buscava tornar o sobrenatural real ( muito semelhante aos efeitos especiais que os filmes de ficção usam para tornar acreditável o enredo improvável ), Wordsworth buscava incitar a imaginação dos leitores através de personagens do fundo da terra tirados da vida real ( por exemplo : o garoto idiota), ou a beleza do lago do distrito que


grandemente inspirou sua produção ( como em : “Linhas Compostas a poucas milhas acima da Abadia Tintern”). The “Second generation” of Romantic poets includes Lord Byron, Percy Bysshe Shelley, Mary Shelley and John Keats. Byron, however, was still influenced by 18th-century satirists and was, perhaps the least ‘romantic’ of the three. A segunda geração de poetas românticos inclui Lord Byron, Percy Bysshe Shelley, Mary Shelley e John Keats. Byron, entretanto, ainda foi influenciado pelos satíricos do século 18 e foi talvez o ao menos o romântico dos três. His amours with a number of prominent but married ladies was also a way to voice his dissent on the hypocrisy of a high society that was only apparently religious but in fact largely libertine, the same that had derided him for being physically impaired. His first trip to Europe resulted in the first two cantos of Childe Harold’s Pilgrimage, a mock-heroic epic of a young man’s adventures in Europe but also a sharp satire against London society. Seus amores com um número de mulheres casadas proeminentes foi também um jeito de dar voz à sua discordância da hipocrisia da alta sociedade que apenas aparentemente era religiosa mas na verdade era grandemente libertina, a mesma que o tinha ridicularizado por ser fisicamente debilitado. Sua primeira viagem a Europa resultou nos dois primeiros cantos de “A peregrinação de Childe Harold”, um épico das aventuras de um jovem herói – ridículo ( atrapalhado, falso ) pela Europa, mas também uma afiada sátira contra a sociedade londrina. Despite Childe Harold’s success on his return to England, accompanied by the publication of The Giaour and The Corsair his alleged incestuous affair with his half-sister Augusta Leigh in 1816 actually forced him to leave England for good and seek asylum on the continent. Here he joined Percy Byshe Shelley, his wife Mary, with his secretary Dr. John Polidori on the shores of Lake Geneva during the ‘year without a summer’ of 1816. Apesar do sucesso de Childe Harold em seu retorno a Inglaterra, acompanhado da publicação de “ The Giaour” e “O Corsário” seu alegado incestuoso romance com sua meia-irmã, Augusta Leigh em 1816, forçou-o na verdade a deixar a Inglaterra para sempre e buscar asilo no continente. Aqui ele se une a Percy Bysshe Shelley, sua esposa Mary e seu secretário o Dr. John Polidori nas margens do Lago Geneva durante um ano sem um verão em 1816.


Although his is just a short story, Polidori must be credited for introducing The Vampyre, conceived from the same competition which spawned Mary Shelley’s Frankenstein, to English literature. Percy, like Mary, had much in common with Byron: he was an aristocrat from a famous and ancient family, had embraced atheism and free-thinking and, like him, was fleeing from scandal in England. Embora dele seja apenas uma breve história, Polidori deve ser lembrado por introduzir “O Vampiro”, concebido da mesma competição que consagrou Mary Shelley com seu Frankenstein, para a literatura Inglesa Percy, assim como Mary tinha muito em comum com Byron: ele era um aristocrata de uma famosa e antiga família, que tinha abraçado o ateísmo e o pensamento livre e, como ele, estava fugindo de um escândalo na Inglaterra. Shelley had been expelled from college for openly declaring his atheism. He had married a 16-year-old girl, Harriet Westbrook whom he had abandoned soon after for Mary (Harriet took her own life after that). Harriet did not embrace his ideals of free love and anarchism, and was not as educated as to contribute to literary debate. Mary was different: the daughter of philosopher and revolutionary William Godwin, she was intellectually more of an equal, shared some of his ideals and was a feminist like her late mother, Mary Wollstonecraft, author of Vindication of the Rights of Women. Shelley tinha sido expulso de uma faculdade por se declarar abertamente ateu. Ele tinha se casado com uma garota de 16 anos, Harriet Westbrook a quem ele tinha abandonado logo depois por Mary (Harriet tocou sua própria vida depois disso). Harriet não abraçou seu ideal de amor livre e anarquismo e não foi educada para contribuir com o debate literário. Mary era diferente. Filha de um filósofo e revolucionário Willian Godwin, ela era intelectualmente mais do que uma igual, ela compartilhava dos ideais dele e era uma feminista como sua mãe, Mary Wollstonecraf, autora de “Reivindicação do Direitos da Mulheres”. One of Percy Shelley’s most prominent works is the Ode to the West Wind. Despite his apparent refusal to believe in God, this poem is considered a homage to pantheism, the recognition of a spiritual presence in nature. Um dos trabalhos mais proeminentes de Shelley é a Ode para o Vento Oeste. Apesar de sua aparente recusa de acreditar em Deus, este poema é considerado uma homenagem ao panteísmo, o reconhecimento da presença espiritual na natureza.


Mary Shelley did not go down in history for her poetry, but for giving birth to science fiction: the plot for the novel is said to have come from a nightmare during stormy nights on Lake Geneva in the company of Percy Shelley, Lord Byron, and John Polidori. Mary Shelley não entrou para a história por sua poesia, mas por ter dado nascimento a ciência da ficção: é dito que o enredo para a novela veio após um pesadelo numa noite de tempestade no Lago Geneva na companhia de Percy Shelley, lord Byron e John Polidori. Her idea of making a body with human parts stolen from different corpses and then animating it with electricity was perhaps influenced by Alessandro Volta’s invention and Luigi Galvani’s experiments with dead frogs. Frankenstein’s chilling tale also suggests modern organ transplants, tissue regeneration, reminding us of the moral issues raised by today’s medicine. But the creature of Frankenstein is incredibly romantic as well. A idéia dela de fazer um corpo com partes roubadas de diferentes corpos e então animá-los com eletricidade foi talvez influenciado pela invenção de Alessandro Volta e pelas experiências de Luigi Galvani com sapos mortos. O esfriamento de Frankestein também sugere o moderno transplante de órgãos, a regeneração dos tecidos, lembrando-nos das questões morais levantadas pela medicina de hoje. Mas a criatura de Frankestein é também inacreditavelmente romântica. Although “the monster” is intelligent, good and loving, he is shunned by everyone because of his ugliness and deformity, and the desperation and envy that result from social exclusion turn him against the very man who created him. Embora o monstro seja inteligente, bom e adorável, ele é evitado por todos por causa de sua feiúra e deformidade e o desespero e raiva resultantes da exclusão social transformam no contra o homem que o criou. John Keats did not share Byron’s and Shelley’s extremely revolutionary ideals, but his cult of pantheism is as important as Shelley’s. Keats was in love with the ancient stones of the Parthenon that Lord Elgin had brought to England from Greece, also known as the Elgin Marbles). John Keats não compartilhou os ideais extremamente revolucionários de Shelley e Byron, mas seu culto ao panteísmo é


tão importante quanto o de Shelley. Keats estava apaixonado pelas velhas pedras de Parthenon que Lord Elgin tinha trazido para a Inglaterra da Grécia, também conhecida como “ Mármores de Elgin”. He celebrates ancient Greece: the beauty of free, youthful love couples here with that of classical art. Keats’s great attention to art, especially in his Ode on a Grecian Urn is quite new in romanticism, and it will inspire Walter Pater’s and then Oscar Wilde’s belief in the absolute value of art as independent from aesthetics. Ele celebra a velha Grécia, a beleza da liberdade, jovens casais apaixonados aqui com a arte clássica. A grande atenção de Keats a arte, especialmente em sua “Ode a uma Urna Grega”, é bastante nova no romantismo e inspirará a crença de Walter Pater e Oscar Wilde no absoluto valor da arte como independente da estética. Some rightly think that the most popular novelist of the era was Sir Walter Scott, whose grand historical romances inspired a generation of painters, composers, and writers throughout Europe. His most remembered work, Ivanhoe, continues to be studied to this day. Alguns acreditam com certeza que o novelista mais famoso da era foi o Sr. Walter Scott, cujos grandes romances históricos inspiraram uma geração de pintores, compositores e escritores por toda a Europa. Seu trabalho mais lembrado é Ivanhoé, que continua a ser estudado até os dias de hoje. In retrospect, we now look back to Jane Austen, who wrote novels about the life of the landed gentry, seen from a woman’s point of view, and wryly focused on practical social issues, especially marriage and choosing the right partner in life, with love being above all else. Em retrospecto, nós agora voltamo-nos para Jane Austen, que escreveu novelas sobre a vida da pequena nobreza, vista do ponto de vista feminino e que tortamente focou na prática de questões sociais, especialmente no casamento e na escolha do parceiro certo na vida, com o amor estando acima de qualquer coisa. Her most important and popular novel, Pride and Prejudice, would set the model for all Romance Novels to follow. Jane Austen created the ultimate hero and heroine in Darcy and Elizabeth, who must overcome their own stubborn pride and the prejudices they have toward each other, in order to come to a middle ground, where they finally realize their love for one another.


Seu principal e mais importante romance é “Orgulho e Preconceito”, que criaria um modelo para todas as Novelas de Romance a seguir. Jane Austen criou o herói e heroína finais em Darcy e Elizabeth, que tinham que superar seu orgulho tolo e seus preconceitos com relação ao outro, a fim de chegar ao meio termo, onde eles finalmente percebem seu amor um pelo outro. In her novels, Jane Austen brings to light the hardships women faced, who usually did not inherit money, could not work and where their only chance in life depended on the man they married. Em seus romances, Jane Austen traz a luz a dificuldade que as mulheres enfrentavam, as quais geralmente não herdavam dinheiro, não podiam trabalhar e onde sua única chance na vida dependia do homem com quem se casavam. She brought to light not only the difficulties women faced in her day, but also what was expected of men and of the careers they had to follow. Ela trouxe à luz não apenas as dificuldades que as mulheres enfrentavam nos dias delas, mas também o que se esperava dos homens e da carreira que eles tinham que seguir. This she does with wit and humour and with endings where all characters, good or bad, receive exactly what they deserve. Jane Austen started a genre that is still followed today. Her works generally are seen as ‘realist’ and not romantic in the artistic sense. Isto ela faz com sabedoria e humor e com finais onde todos os personagens, bons ou maus, recebiam exatamente o que mereciam. Jane Austen começou um gênero que ainda é seguido hoje. Seu trabalho geralmente é visto como realista e não romântico no sentido artístico. Poet, painter and printmaker William Blake is usually included among the English Romanticists, though his visionary work is much different from that of the others discussed in this section. Poeta , pintor e editor, Willian Blake é geralmente incluído entre os Românticos Ingleses, embora seu trabalho visionário é muito diferente de outros discutidos nesta seção.


MARY SHELLER – BIOGRAFIA

FOTO DE MARY Biografia de Mary Wollstonecraft Shelley

SHELLEY

Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851) foi uma escritora inglesa do período romântico, além de editora e biógrafa. Tornou-se conhecida pela obra Frankenstein, o Prometeus moderno, de 1818. Shelley tinha 21 anos quando a obra foi publicada, embora tenha começado a escrever quando tinha apenas 18 anos. A história fala de um ambicioso jovem cientista que cria um monstro, por ele depois rejeitado. Mary Shelley nasceu em Londres. Sua mãe, Mary Wollstonecraft, morreu 10 dias após o seu nascimento. Mais tarde, tornou-se uma das primeiras feministas, autora de A reivindicação dos direitos da mulher (1792) e do romance Os erros da mulher. Seu pai, um teórico anarquista, era o escritor e jornalista político William Godwin, que se tornou famoso pela obra Uma investigação concernente à justiça política (1793). Godwin tinha atitudes revolucionárias perante as instituições sociais, incluindo o casamento, além de defender as causas feministas. Dentre suas outras obras estão As coisas como são e As aventuras de Caleb Williams (1794). Durante a infância, Mary Shelley foi educada entre os intelectuais que participavam de seu círculo de amizades, como o crítico Hazlitt, o ensaísta Lamb, os poetas Coleridge e Percy Bysshe Shelley, com quem viria a casar mais tarde. Mary publicou seu primeiro poema aos 10 anos. Aos 16, ela fugiu para a França e


Suíça com Shelley. Casaram-se em 1816, após o suicídio da primeira mulher de Shelley. Tiveram uma filha, que faleceu pouco depois em Veneza. Depois, voltaram à Inglaterra, onde nasceu o filho, William. A história de Frankenstein começou no verão de 1816, quando Mary e Shelley reuniram-se com Claire Clairmont e Lord Byron em Genebra (Suíça). Ela aceitou o desafio, proposto por Byron, para escrever a mais terrível história de fantasmas. Com o encorajamento do marido, completou o romance em um ano. Durante o período em que permaneceu em Villa Diodati, ela foi uma “ouvinte silenciosa” dos debates entre o marido e Byron sobre o galvanismo. Isto porque, na Universidade Eton, Shelley havia se interessado pelas experiências de Luigi Galvani com choques elétricos para movimentar os músculos de rãs mortas. É possível que seu professor, James Lind, tenha demonstrado a técnica a Shelley. Na edição de 1831, Mary revelou haver tirado a história de um sonho. A primeira edição da obra, em 1818, tinha um prefácio não assinado de Percy Shelley e foi um imenso sucesso. No mesmo ano, os Shelley deixaram a Inglaterra, voltando à Itália, onde permaneceram até a morte do poeta Shelley, que afogou-se em 1822, na Baía de Spezia, próximo a Livorno. Em 1819, Mary teve uma crise nervosa, após a morte do filho William, que morreu aos 3 anos, de malária. De seus filhos, apenas um – Percy Florence – sobreviveu. Em 1823, ela voltou com o filho para a Inglaterra, determinada a não mais se casar. Ela devotou-se à educação e continuou sua carreira como escritora profissional. Sir Timothy Shelley, seu sogro, em nada a ajudou, nem a seu filho. Embora Shelley nunca tenha mais se casado, “flirtou” um jovem escritor francês, Prosper Merimee. Nenhuma de suas outras obras (cerca de 30) obteve o mesmo sucesso que a primeira. Seus trabalhos mais tardios incluem Lodore (1835) e Faulkner (1937), Mathilde (de 1819, publicada em 1959), que traça as relações entre Godwin e Shelley. Valperga (1823) é um romance passado no século 14, e “O último homem” (1826) prevê o fim da civilização humana e a gradual destruição da raça humana através de uma praga. A história é narrada por Lionel Verney, que mora nas ruínas de Roma. As feministas interpretaram como sendo uma fantasia da corrosão total da ordem patriarcal. Com o tempo, Mary Shelley deixou de escrever romances, quando o realismo começou a ganhar popularidade, com nomes como Charles Dickens. Ela escreveu vários contos para jornais,


particularmente para o The Keepsaker, além de produzir vários volumes de “vidas” para a Enciclopédia Cabinet, da Lardner. A primeira edição dos poemas de Shelley (em 1839, 4 volumes) também teve a sua inscrição. Ela ainda tentou fazer uma biografia de Shelley, mas abandonou o trabalho sem o concluir. FRANKENSTEIN: Discípulo de alquimistas famosos, Viktor Frankenstein vive obcecado pela idéia de vencer a morte, recriando a vida. Devotado incansavelmente a seu objetivo, ele desenvolve um método original e, usando partes retiradas de pessoas mortas, termina por alcançá-lo. Mas o ser que consegue trazer à vida tem um aspecto tão monstruoso que o Dr. Frankenstein acaba por fugir dele. O monstro tenta de tudo para se aproximar dos seres humanos, aprende a falar como eles, a sentir o que eles sentem, mas tudo é em vão: sua face horripilante apavora todos os que o vêem. Condenada a viver numa solidão extrema, a criatura vai em busca do seu criador, a quem pede uma companheira. A recusa do médico desencadeia na criatura um desejo de vingança que arrastará os dois numa jornada extenuante por vários continentes, até as terras geladas do Ártico. A história toda começa com uma série de cartas escritas por um explorador do ártico chamado Robert Walton, descrevendo os eventos ocorridos quando seu navio encalhou no gelo. Como estavam há centenas de milhas de qualquer local habitado, a tripulação surpreende-se ao ver um homem de estatura aparentemente gigantesca num trenó. No dia seguinte, eles resgatam um segundo homem, quase congelado, e ofereceram a ele abrigo. Com a ajuda de Walton, o homem recupera-se um pouco. Temendo morrer, esse homem pede a Walton para ouvir e registrar sua história, que explicava o que o levou àquele deserto gelado. A partir desse ponto, é o Dr. Victor Frankenstein, nascido em Genebra, Suiça, filho de uma ilustre família, quem começa a contar a história. Quando criança, Victor teve contato com escritos de alquimistas, esquecidos desde o advento do racionalismo da era moderna. Quando ingressa na Universidade de Ingolstadt, Alemanha, ele combina seus estudos de ciências naturais com sua antiga obsessão de descobrir o “elixir da vida”. Ele cresceu com uma órfã, Elizabeth Frankenstein e mais dois irmãos. Victor Frankenstein não tinha amigos, Henry Clerval foi uma exceção.


Ele era particularmente fanático por matéria humana e o princípio da vida. Depois de quatro anos como estudante fanático, num laboratório isolado consegue reunir pedaços de corpos roubados de cadáveres do necrotério, do cemitério e da sala de dissecação da universidade. Victor pretendia dar vida à matéria morta e obtém sucesso na sua experiência, mas fica horrorizado com a coisa que havia criado, e foge do laboratório. Voltando lá no dia seguinte, percebe que a criatura tinha desaparecido. Victor procura associar todo o acontecimento com um simples pesadelo, mas cerca de dois anos depois, recebe a notícia do assassinato de seu irmão William, de 7 anos. A ama do menino foi acusada do crime. Frankenstein intui, porém, a verdade: aquele monstro que ele criara é, de alguma forma responsável pela morte, mas ele não tem provas, e qualquer tentativa de afirmar isso faria com que o chamassem de louco. Justine, a ama, é enforcada, e agora Frankenstein tem duas mortes na sua consciência. Buscando refúgio e isolamento, Frankenstein vai para os Alpes, e acaba se encontrando com sua criação, que relata o que acontecera naqueles dois anos. Ao ser desertado por seu criador, a criatura aprendeu a viver nas florestas, até encontrar um lugar seguro perto de uma cabana habitada por um ancião cego e sua família. Observando-os pelas frestas na paredes, familiariza-se com a vida em sociedade. Pegando livros escondido na cabana, ensina a si mesmo a ler, absorvendo a literatura romântica, bem como papéis de Victor Frankenstein, que ele carregara consigo na fuga do laboratório. A criatura finalmente ousa apresentar-se ao cego, que, não vendo sua aparência monstruosa, recebe-o simpaticamente. Mas quando a família do ancião retorna, reage com horror e expulsa o monstro. Declarando-se inimigo da humanidade, a criatura viaja para Genebra, onde mata o irmão mais novo de Victor – ele o matou quando o menino se apresentou como um membro da família Frankenstein. Colocou, então, o menino no colo de uma jovem, que se encontrava adormecida. Esta era Justine, a ama, que foi sumariamente julgada e executada. O monstro então alcança seu propósito de reencontrar seu criador. Ele deseja uma companheira, tão medonha e deformada quanto ele próprio, que deveria ser criada por Victor. Este a princípio recusa, mas apiedase do ser, que clama sua solidão e garante que deixará a civilização para viver com sua companheira nas selvas da América do Sul. Com o juramento da criatura de deixar a Europa, Victor concorda com o terrível pedido.


A terceira parte do romance começa com Victor evitando cumprir a sua promessa ao monstro. Seu pai pressiona-o a casar com sua namorada de infância, Elizabeth, e ele aceita. Antes, porém, ele viaja para fazer estudos adicionais. Vai para uma parte remota da Escócia, onde constrói um laboratório numa cabana isolada. Em todos os momentos ele sente a presença do monstro, que o avisara: todos os seus movimentos seriam observados, até que a promessa da criação de sua companheira fosse cumprida. Victor vislumbra, porém, as implicações da tarefa a que havia se disposto – temendo que o monstro e sua esposa não fossem para o exílio, em vez disso, povoariam o mundo com demônios. Num ato de fúria, ele destrói a criatura semi-construída em cima de sua mesa e o monstro, que testemunhara o fato, promete: “estarei contigo na tua noite de núpcias”. Primeiro, o monstro mata o amigo de seu criador, Henry Clerval e, então, apesar de todas as precauções de Victor, estrangula Elizabeth em sua noite de núpcias. Tomado pelo ódio, Victor persegue a criatura, que foge em direção ao Norte. O monstro avisa: pretende atraí-lo para “os eternos gelos do norte, onde você experimentará o tormento do frio e do gelo, o que para mim nada representam”. Quando os cães de seu trenó já estão morrendo e ele próprio agoniza, Victor é encontrado pelo Navio de Walton. Após contar a história, ele morre. Pouco depois, Walton encontra a gigantesca criatura na cabine. Ao lado do corpo de Victor, lamentando por seu criador, ele confessa a Walton seu ódio e sua culpa, e, então, foge, “saltando para a jangada que estava junto ao navio e logo depois foi impelido pelas ondas, perdendo-se na escuridão infinita.”

Jane Austen


Retrato a óleo de Jane Austen feito em 1875, de autor desconhecido, baseado na aquarela feita pela irmã em 1810 Jane Austen (16 de Dezembro de 1775 - 28 de Julho de 1817) foi uma escritora inglesa proeminente, considerada por alguns como a segunda figura mais importante da literatura inglesa depois de Shakespeare. Ela representa um exemplo de uma escritora cuja vida sem grandes sobressaltos em nada reduziu a estatura da sua ficção. Biografia Nasceu na casa da paróquia de Steventon, Hampshire, Inglaterra, tendo o pai sido sacerdote e vivido a maior parte de sua vida nesta área. Ela teve seis irmãos e uma irmã mais velha, Cassandra, da qual era muito íntima. O único retrato conhecido de Jane Austen é um esboço colorido feito por Cassandra, que se encontra agora na National Gallery em Londres, Inglaterra.

A "cottage" em Chawton onde Jane Austen viveu, hoje a casamuseu Os seus irmãos, Frank e Charles serviram na Marinha, tendo se tornado almirantes. Em 1801 a família mudou-se para Bath. Com a morte do pai em 1805, Jane, sua irmã e a mãe mudaram-se para Chawton, onde o seu irmão lhes tinha cedido uma propriedade (uma cottage). Esta casa está hoje aberta ao público. Jane nunca se casou; foi noiva de um rapaz muito mais novo que ela, Harris BiggWisley, mas mudou de opinião. Tendo-se estabelecido como romancista, continuou a viver em relativo isolamento, na mesma altura em que a doença a afecta. Pensa-se que ela poderá ter sofrido de doença de Addison, cuja causa era então desconhecida. Viajou até Winchester para procurar uma cura mas faleceu ali, tendo sido sepultada na catedral. Obras •

Lady Susan (1794, 1805)


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Razão e Sensibilidade (Sense and Sensibility) (1811) Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice) (1813) Mansfield Park (1814) Emma (1815) Abadia de Northanger (Northanger Abbey) (1818) póstumo Persuasão (Persuasion) (1818) póstumo Sir Charles Grandison (sua única peça teatral, escrita provavelmente em 1791 ou 1792 e publicada somente em 1980)

Obras inacabadas • •

The Watsons (1804) Sanditon (1817)

Juvenília • • •

Love and Freindship [sic] (1790) The History of England (1791) The Beautifull Cassandra [sic] (?)

Representações na televisão e no cinema Suas obras foram por diversas vezes adaptadas para a grande e pequena tela. •

Orgulho e Preconceito

- Primeira adaptação em 1940, com Greer Garson e Laurence Olivier nos papéis principais. Venceu o Oscar de Melhor Direção de Arte em 1941. - A adaptação para a minissérie para a televisão pela BBC de Londres, estrelando Jennifer Ehle, como Elizabeth Bennet, e Colin Firth, como Mr. Darcy. Esta minissérie é considerada por muitos como a melhor e definitiva adaptação do livro para a mídia televisiva e de cinema. - Sua mais recente adaptação, de 2005, tem no elenco Keira Knightley, Matthew Macfadyen, Rosamund Pike, Jena Malone, Donald Sutherland, Brenda Blethyn, entre outros. Em 2006 foi indicado a 4 Oscars, 3 BAFTA e 2 Globos de Ouro (entre outros), o diretor levou o BAFTA de nova promessa para o cinema. - Bollywood produziu em 2005 uma versão musical inspirada no romance chamada "Bride and Prejudice" ("Noiva e Preconceito" fazendo o trocadilho em inglês entre "pride" e "bride"), dirigida por Gurinder Chadha.


Enredo O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casadas, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo. Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma das suas filhas. De facto, ele parece interessar-se bastante por Jane, sua filha mais velha, logo no primeiro baile em que ele, as irmãs e o Sr. Darcy, seu amigo, comparecem. Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, o Sr. Darcy, por seu jeito frio, é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do facto. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, mostrando também, desse modo, a sociedade do final do século XVIII.

Razão e Sensibilidade

Há cinco adaptações, sendo que a mais conhecida é a versão cinematográfica de de 1995, dirigida por Ang Lee. Contou no elenco com Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant e Alan Rickman. Ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 1996. - Está em pré-produção "Sense and Sensibilidad", versão latina dirigida por Fina Torres. •

Persuasão

Há quatro adaptações conhecidas do romance, todas para a televisão: - 1960, Reino Unido, dirigida por Campbell Logan; - 1971, Reino Unido, dirigida por Howard Baker; - 1995, EUA, dirigida por Roger Michell (considerada pelo Internet Movie Data Base como a melhor adaptação até o momento); - 2007, EUA, dirigida por Adrian Shergold. •

Emma


Há várias adaptações deste romance, mas a mais conhecida é a de 1996, dirigido por Douglas McGrath e estrelado por Gwyneth Paltrow, James Cosmo, Alan Cumming e Toni Collette. •

Palácio das Ilusões

O Internet Movie Data Base lista três adaptações de "Mansfield Park" para TV ou cinema. A única adaptação cinematográfica é de 1999, EUA, dirigida por Patricia Rozema. As outras adaptações foram feitas para a TV. •

Northanger Abbey: A Abadia de Northanger

As duas adaptações conhecidas foram produzidas para a TV, uma em 1986 (dirigida por Giles Foster, co-produção EUA/Reino Unido) e a outra em 2007 (dirigida por Jon Jones, EUA). •

Becoming Jane*

Filme sobre a adolescência e início da vida adulta de Jane Austen.AO qual dá ênfase ao seu suposto amor com Thomas Langlois Lefroy,este que teria inspirado Jane em seus romances.

Miss Austen Regrets*

O filme retrata os ultimos anos da escritora, que tenta ajudar a sobrinha a encontrar um marido. Ainda sem tradução no Brasil, o filme de 2008 mostra em forma de flash back, as possíveis decepções amorosas de Jane Austen. Dirigido por Jeremy Lovering

WILLIAN BLAKE William Blake nasceu em Londres no dia 28 de novembro, no ano de 1757. Filho de comerciante, desde a infância ajudava na loja de seu pai e entregavase à leitura e ao desenho nas horas vagas. Lia Paracelso, Jakob Boheme, Swedenborg e outros. Nesta época, o jovem Blake já dava sinais do imenso potencial artístico que desenvolveria no decorrer de sua vida. O jovem Blake recebeu influência intelectual de seu irmão mais velho Robert, que morreu aos vinte anos vitimado pela tuberculose. Nesta época, dizia ter visto a alma de seu irmão ascendendo ao céu. Aos dez anos de idade, afirmava ver e se comunicar com anjos. A


crença no mundo espiritual iria acompanhá-lo por toda vida e influir diretamente no misticismo de sua obra. Pouco tempo depois, foi matriculado na “Royal Academy of Arts”, onde aprendeu os estilos convencionais de gravura. Aos catorze anos tornou-se aprendiz de James Basire; função que exerceu por sete anos. Aos dezesseis, passou a se dedicar intensamente no estudo e reprodução gráfica das catedrais londrinas; especialmente a Abadia de Westminster, cujo estilo gótico fascinou o jovem artista. Ainda desenvolveu uma técnica própria de gravação, denominada Illuminated Printing; onde utilizava-se uma mesma matriz de cobre para desenhar e imprimir o texto de seus poemas. Aos vinte e cinco anos, casou-se com Catherine Boucher; analfabeta e filha de jardineiro. Este matrimônio não rendeu filhos ao casal. Mas Blake ensinou sua esposa a ler, escrever e a ajudá-lo nas impressões das gravuras. A partir de 1784, publicou largamente suas obras até cerca de 1803. Neste período, caracterizou-se a parcela mais importante de toda sua produção literária. Alguns títulos como The Book of Thel, seguido de The French Revolution (1791), e The Marriage of Heaven and Hell (1793), denotam o apogeu de sua criação. Este último é considerado a obra em prosa mais significativa de sua vida, cujo título deriva de Swedenborg e contém a Doutrina dos contrários; onde o autor em tom profético e misterioso, afirma: “sem contrários não há progresso”. Em Visions of the Daughters of Albion (1793), Blake expressa mais uma opinião polêmica para seu tempo. Nesta obra, o autor afirma que os prazeres sexuais são sagrados e através destes, se alcança um novo estágio de pureza: a inocência. Em 1794, Blake passou a interagir com mais intensidade seus grandes talentos: a poesia e a pintura. Assim, The Gates of Paradise, Song of Experience and of Innocence representavam uma fase distinta de sua criação; onde as ilustrações e as palavras compunham uma obra única. Segundo o autor, manifestam “lados contrários da alma humana”. Blake também prestava seu talento ilustrando obras de seus amigos. Por um certo tempo, o poeta sustentou-se exclusivamente com os ganhos de suas publicações. Mas, vivia a beira da pobreza. Os livros não tinham uma vendagem expressiva e eram muito baratos. A partir de 1803, integrou uma sociedade comercial de tipografia na Broad Street, 27. Lesado pelo sócio, Blake atravessou o momento financeiro mais conturbado de sua vida. O poeta só viria a se estabelecer novamente em 1809,


quando promoveu uma exposição das próprias obras. Mas não houve o retorno esperado. O período entre 1810 e 1817, é considerado um momento obscuro em sua vida; onde Blake passa a ilustrar catálogos de fábrica de porcelanas. Em 1824, aos 67 anos de idade, iniciou as ilustrações para Inferno, da Divina Comédia (Dante). Sua dedicação foi tanta que até mesmo estudou o idioma italiano para compreender profundamente as idéias de Dante, chegando a produzir mais de cem ilustrações. No ano seguinte fez mais de vinte gravuras para Book of Job, uma de suas obras artísticas mais célebres. A fase final de Blake é essencialmente mística. Seus poemas de atmosfera épica-proféticas como The Four Zoas, Milton, The Everlasting Gospel e Jerusalém, são complexas mitologias poéticas onde anuncia a redenção humana em uma “nova Jerusalém”. Neste período, Blake já era visto como louco; mas ainda compôs obras líricas e herméticas como o Auguries of Innocence. Os versos iniciais deste trabalho sintetizam a grandeza de seu pensamento: To see a World in a Grain of Sand / and a Heaven in a Wild Flower (Ver um mundo num grão de areia / e o céu numa flor silvestre). Embora religioso, Blake rejeitava a moral da época e a Igreja institucionalizada. Ainda desenvolveu uma linguagem própria e é um dos responsáveis diretos pelo ressurgimento do romantismo inglês. Não é possível dissociar o poeta e o pintor, já que sua obra é uma composição única, onde suas atividades artísticas somadas à intelectualidade contestadora, compõem um universo pessoal. Talvez por esse motivo, a grandeza de William Blake não foi compreendida por seus contemporâneos e ainda hoje, não é vista com o devido merecimento. William Blake faleceu em Londres, em 12 de agosto de 1827; deixando incompleto um ciclo de gravuras que ilustrariam a Divina Comédia, de Dante. A grande maioria das chapas de cobre gravadas por Blake, foi destruída por Catherine, atendendo ao pedido do marido. Catherine morreu quatro anos depois.

The School Boy I love to rise in a summer morn When the birds sing on every tree; The distant huntsman winds his horn, And the sky-lark sings with me.


O! what sweet company. But to go to school in a summer morn, O! it drives all joy away; Under a cruel eye outworn, The little ones spend the day In sighing and dismay. Ah! then at times I drooping sit, And spend many an anxious hour, Nor in my book can I take delight, Nor sit in learning’s bower, Worn thro’ with the dreary shower. How can the bird that is born for joy Sit in a cage and sing? How can a child, when fears annoy, But droop his tender wing, And forget his youthful spring? O! father & mother, if buds are nip’d And blossoms blown away, And if the tender plants are strip’d Of their joy in the springing day, By sorrow and care’s dismay, How shall the summer arise in joy, Or the summer fruits appear? Or how shall we gather what griefs destroy, Or bless the mellowing year, When the blasts of winter appear? O Menino da Escola Gosto da manhã de verão: Ouvem-se as aves nas árvores, Lá longe a trompa de caça, Canta comigo a cotovia. Oh, que bela companhia! Mas escola em manhã de estio, Oh!, mata o contentamento; Sob olhar cruel e frio, Passam o tempo os pequenos Suspirando desalento.


Às vezes vejo, curvado, Compridas horas passar, Sem sentir no livro agrado, Ou ter no saber lugar, E tremo c’o trovejar. A ave nasceu pra voar. Pode estar presa e cantar? À criança, receosa, Só resta perder a asa E a força poderosa. Oh!, pai, oh!, mãe, se partem o botão, E mais, se sopram as flores, Se tenras plantas privadas são Ao nascer dos seus amores, Por mágoas e por temores, Pode o verão nascer alegre E o fruto medrar sadio? Havemos de colher o que o mal destrói, Ou dar graças pelo ano bom, Quando chega o tempo frio? The Tiger - William Blake Tiger, tiger, burning bright, In the forest of the night, What immortal hand or eye Could frame thy fearful symmetry? In what distant deeps or skies Burnt the fire of thine eyes? On what wings dare he aspire? What the hand dare seize the fire? And what shoulder, and what art, Could twist the sinews of thy heart? When thy heart began to beat, What dread hand forged thy dread feet? What the hammer? What the chain? In what furnace was thy brain? What the anvil? What dread grasp Dared its deadly terrors clasp? When the stars threw down their spears And watered heaven with their tears,


Did He smile his work to see? Did He who made the lamb make thee? Tiger, tiger, burning bright, In the forest of the night, What immortal hand or eye Dare frame thy fearful symmetry? William Blake Tradução de Vasco Graça Moura, publicada em Laooconte, rimas várias, andamentos graves (Lisboa: Quetzal Editores, 2005). tigre, tigre, chama pura nas brenhas da noite escura, que olho ou mão imortal cria tua terrível simetria? de que abismo ou céu distante vem tal fogo coruscante? que asas ousa nesse jogo? e que mão se atreve ao fogo? que ombro & arte te armarão fibra a fibra o coração? e ao bater ele no que és, que mão terrível? que pés? e que martelo? que torno? e o teu cérebro em que forno? que bigorna? que tenaz pro terror mortal que traz? quando os astros lançam dardos e seu choro os céus põem pardos, vendo a obra ele sorri? fez o anho e fez-te a ti? tigre, tigre, chama pura nas brenhas da noite escura, que olho ou mão imortal cria tua terrível simetria?

Fazer análise do poema acima.... ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________


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A ERA VITORIANA

Victorian literature

Charles Dickens It was in the Victorian era (1837-1901) that the novel became the leading form of literature in English. Most writers were now more concerned to meet the tastes of a large middle class reading public than to please aristocratic patrons. Foi na Era Vitoriana ( 1837-1901) que o romance tornou-se a forma líder da literatura em Inglês. A maioria dos escritores estavam agora mais preocupados em conhecer os gostos de leitura do público da grande classe média do que agradar os patronos aristocráticos. The best known works of the era include the emotionally powerful works of the Brontë sisters; the satire Vanity Fair by William


Makepeace Thackeray; the realist novels of George Eliot; and Anthony Trollope’s insightful portrayals of the lives of the landowning and professional classes. Os trabalhos mais conhecidos da era incluem os trabalhos emocionalmente poderosos das irmãs Bronte, a sátira “Justa Vaidade” de Willian Makepeace Thackeray, as novelas realistas de George Eliot e os retratos da vida dos donos de terra e das classes profissionais. Charles Dickens emerged on the literary scene in the 1830s, confirming the trend for serial publication. Dickens wrote vividly about London life and the struggles of the poor, but in a goodhumoured fashion which was acceptable to readers of all classes. His early works such as the Pickwick Papers are masterpieces of comedy. Later his works became darker, without losing his genius for caricature. Charles Dickens emergiu na cena literária no final de 1830 confirmando a tendência de publicações em série. Dickens escreveu euforicamente sobre a vida em Londres e a luta dos pobres, mas de um jeito bem humorado que foi aceito pelos leitores de todas as classes. Seus primeiros trabalhos tais como “Pickwick Papers” são peças mestras da comédia. Mais tarde seus trabalhos tornaram-se mais sombrios, sem perder sua geniosidade para a caricatura. The Bronte sisters were English writers of the 1840s and 1850s. Their novels caused a sensation when they were first published and were subsequently accepted into the canon of great English literature. As irmãs Bronte foram escritoras inglesas de 1840 a 1850. Seus romances causaram sensação quando foram primeiramente publicados e foram subsequentemente aceitos nos anais da grande literatura. They had written compulsively from early childhood and were first published, at their own expense, in 1846 as poets under the pseudonyms Currer, Ellis and Acton Bell. Elas tinham escrito compulsivamente desde a mais tenra infância e foram primeiramente publicados por suas próprias custas em 1846 como poetas usando os pseudônimos de Ellis e Acton Bell. The book attracted little attention, selling only two copies. The sisters returned to prose, producing a novel each in the following


year. Charlotte’s Jane Eyre, Emily’s Wuthering Heights and Anne’s Agnes Grey were released in 1847 after their long search to secure publishers. O livro atraiu pouca atenção, vendendo apenas 2 cópias. As irmãs retornaram a prosa, produzindo um romance no ano seguinte. Carlotte’s Jane Eyre, Emily’s Wuthering Heighs, and Anne’s Agnes Grey foram publicados em 1847 depois de longa busca por editores seguros. An interest in rural matters and the changing social and economic situation of the countryside may be seen in the novels of Thomas Hardy, Elizabeth Cleghorn Gaskell, and others. Leading poetic figures included Alfred Tennyson, Robert Browning, Elizabeth Barrett Browning, Matthew Arnold, Dante Gabriel Rossetti, and Christina Rossetti. Um interesse em assuntos rurais e a troca de situação econômica e social na paisagem rural podem ser vistos nos romances de Thomas Hardy, Elezabeth Cleghom Gaskell e outros. Figuras poéticas lideres incluíam Alfred Tennyson, Robert Browning, Elizabeth Barrett Browning, Matthew Arnold, Dante Gabriel Rossetti, e Christina Rossetti. Literature for children developed as a separate genre. Some works become globally well-known, such as those of Lewis Carroll and Edward Lear, both of whom used nonsense verse. Adventure novels, such as those of Anthony Hope and Robert Louis Stevenson, were written for adults but are now generally classified as for children. A Literatura para crianças desenvolveu um gênero separado. Alguns trabalhos começaram a ser conhecidos globalmente, tais como aqueles de Lewis Carroll e Edward Lear, ambos usando versos sem sentido. Novelas de aventura , tais como de Anthony Hope e Robert Louis Stevenson, foram escritas para adultos mas geralmente são classificadas como para crianças. At the end of the Victorian Era and leading into the Edwardian Era, Helen Beatrix Potter was an English author and illustrator, best known for her children’s books, which featured animal characters. In her thirties, Potter published the highly successful children’s book The Tale of Peter Rabbit in 1902. Potter eventually went on to published 23 children’s books and become a wealthly woman. No final da era Vitoriana conduzindo para a Era Eduardiana, Hellen Beatrix Potter era autora e ilustradora inglesa, mais conhecida por


seus livros para crianças, que se caracterizavam pelos personagens animais. Em seus 30 anos, Potter publicou o bem sucedido livro para crianças “O Conto do Peter Rabbit “( o coelho Rabbit) em 1902. Potter eventualmente chegou a publicar 23 livros para crianças e tornou-se um mulher rica. Her books along with Lewis Carroll’s are read and published to this day. Seus livros, junto com Lewis Carroll são lidos e publicados até hoje.

1. Alice e o autor Alice no País das Maravilhas (título em inglês: Alice's Adventures in Wonderland, frequentemente abreviado para "Alice in Wonderland") é a obra mais conhecida do professor de matemática inglês Charles Lutwidge Dodgson, sob o pseudónimo de Lewis Carroll, que a publicou a 4 de julho de 1865, e uma das mais célebres


do gênero literário nonsense ou do surrealismo, sendo considerada a obra clássica da literatura inglesa. Este livro é uma continuação da obra do mesmo autor Alice do Outro Lado do Espelho, e ambos influenciam ainda diversos autores e filmes como A Liga Extraordinária, de Alan Moore e Sandman, de Neil Gaiman.

2. Origem

A

R e t r a t o

4

passeio de barco

de 1862, pelo

d e

d e

D o d g s o n

A l i c e

1 8 6 3 .

V e r ã o

rio Tâmisa, Charles Lutwidge Dodson, na companhia do seu Robinson Duckworth, conta uma história de improviso para irmãs Liddell (Lorina Charlotte, Edith Mary e Alice Pleasance Henry

George

Liddell,

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1

de

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L i d d e l l

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R e t r a t o

vice-chanceler da

1 8 5 8

de Oxford e decano da Igreja de Cristo, bem como diretor da Westminster. A maior parte das aventuras foram baseadas e

amigo entreter as três Liddell). Eram Universidade escola

1

de

influenciadas

em pessoas, situações e edifícios de Oxford e da Igreja de

Cristo,

por

exemplo, o Buraco do Coelho (Rabbit Hole) simbolizava as

escadas

na


parte de trás do salão principal na Igreja de Cristo. Acredita-se que uma escultura de um grifo e de um coelho presente na Catedral de Ripon, onde o pai de Carroll foi um membro, forneceu também inspiração para o conto[1]. Essa história imprevista deu origem, a 26 de Novembro de 1864, ao manuscrito de Alice Debaixo da Terra (título original Alice's Adventures Under Ground) com a finalidade de oferecer a Alice Pleasance Liddell a história transcrita para o papel. [2] Mais tarde, influenciado tanto pelos seus amigos como pelo seu mentor George MacDonald (também escritor de literatura infantil), decidiu publicar o livro e mudou a versão original, aumentando de 18 mil palavras para 35 mil, acrescentando notavelmente as cenas do Gato de Cheshire e do Chapeleiro Louco(ou Chapeleiro Maluco). [2] Deste modo, a 4 de Julho de 1865 (precisamente três anos após a viagem) a história de Dodgson foi publicada na forma como é conhecida hoje, com ilustrações de John Tenniel. Porém a tiragem inicial de dois mil exemplares foi removida das prateleiras devido a reclamações do ilustrador sobre a qualidade da impressão[nota 1]. A segunda tiragem, ostentando a data de 1866, ainda que tenha sido impressa em Dezembro de 1865, esgotou-se nas vendas rapidamente, tornando-se um grande sucesso, tendo sido lida por Oscar Wilde e pela rainha Vitória. Na vida do autor, o livro rendeu cerca de 180 mil cópias[nota 2]. Foi traduzida para mais de 125 línguas e só na língua inglesa teve mais de 100 edições. Em 1998, a primeira impressão do livro (que fora rejeitada) foi leiloada por 1,5 milhões de dólares americanos. Algumas impressões desta obra contêm tanto As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, como também a sua sequência Alice no Outro Lado do Espelho.

3. Calendário

4 de Julho de 1862: Passeio de barco no rio Tâmisa;

4 de Julho de 1865: Primeira edição da obra que foi destruída;

1865: A primeira edição americana de Alice, que foi lançada sem quaisquer direitos de autor, tal como diversos livros contemporâneos[3];

1866: Data na capa da edição da segunda tiragem (na verdade, produzida em Dezembro de 1865);

1869: Alice's Abenteuer im Wunderland é publicada em tradução alemã por Antonie Zimmermann;

1869: Aventures d'Alice au pays des merveilles é publicado em tradução francesa por Henri Bué;

1870: Alice's Äfventyr i Sagolandet é publicado em tradução sueca por Emily Nonnen;

1871: Dodgson encontra outra Alice durante a sua estadia em Londres, Alice Raikes, com quem fala sobre o reflexo no espelho, originando o livro Alice no Outro Lado do Espelho, que vende ainda mais que a primeira obra;

Dezembro de 1886: Carroll publica o Prefácio ao Fac-símile de Alice Debaixo da Terra;

1890: Carroll publica A Creche "Alice"(The Nursery "Alice"), uma edição especial para crianças entre os zero a cinco anos de idade[4];

1908: Alice é pela primeira vez traduzida para a língua japonesa;

1910: La Aventuroj de Alicio en Mirlando é publicada em tradução Esperanto por Elfric Leofwine Kearney;

1916: Publicação da primeira edição da Série Windermere, Alice's Adventures in Wonderland. Ilustrado por Milo Winter.


1960: O escritor americano Martin Gardner publica uma edição especial sob o nome de Alice - edição comentada[5] (The Annotated Alice), onde combina o texto de Alice no País das Maravilhas e de Alice no Outro Lado do Espelho e acrescenta notas explicativas das alusões escondidas, e fornece conteúdo original da época vitoriana, tal como os poemas infantis que são objetos de paródia na obra;

1964: Alicia na Terra mirabili é publicado em tradução latina por Clive Harcourt Carruthers;

1998: Um dos poucos exemplares sobreviventes da primeira edição foi vendida em leilão por 1,5 milhões de dólares, tornando-se o livro infantil mais caro já alguma vez comprado[6] (O recorde anterior foi eclipsado em 2007, quando uma edição limitada do livro de Harry Potterpor JK Rowling, foi vendido em leilão por 3,9 milhões de dólares[7]);

2003: Eachtraí Eilíse dTír i na nIontas é publicado em tradução irlandesa por Nicholas Williams.

4. Sinopse As ilustrações originais de John Tenniel, não dão a aparência real de Alice Liddell, que tinha cabelo escuro e uma franja curta. Diz uma lenda que Carroll enviou ao ilustrador uma fotografia de Maria Hilton Tennielowi Babcock, outra amiga do autor, mas não está definido se Tenniel realmente utilizou-a como modelo. O livro começa com um poema, explicando a gênese da sua criação, onde descreve uma viagem no rio Tâmisa.

1. No Buraco do Coelho Título Original: Down the Rabbit-Hole. Enquanto passa preguiçosamente o tempo com sua irmã, Alice vê o Coelho Branco de colete, carregando um relógio de bolso. Surpreendida, segue-o até à toca do coelho e cai nele, revelando-lhe a sua longa profundidade como um poço e as suas paredes repletas de prateleiras cheias de objetos estranhos e de livros. Após uma aterragem segura num átrio, Alice vê uma pequena mesa de vidro maciço e em cima dela havia uma pequena chave dourada. À procura de fechaduras correspondentes, descobre, atrás de uma cortina, a pequena porta e através desta Alice vê, maravilhada, um lindo jardim. No entanto, a porta é demasiado pequena para ela conseguir entrar. Mas devido a uma pequena garrafa com uma etiqueta BEBE-ME, Alice diminui de tamanho ao bebê-la. Infelizmente, esquece-se da chave que, entretanto tinha posto em cima da mesa e agora não consegue alcançá-la. No final, descobre um bolo com as palavras COMA-ME inscritas e ao comê-lo o tamanho de Alice aumenta.

2. O Lago de Lágrimas Título Original: The Pool of Tears. Como resultado de comer o bolo, Alice cresce até atingir 9 metros de altura. Triste por não conseguir entrar no jardim, chora tanto que cria um lago de lágrimas. O Coelho Branco atravessa o átrio e ao ver Alice tão grande, deixou cair as luvas brancas e o leque que trazia enquanto fugia rapidamente. Alice apanhou-os do chão, e como estava calor, não parou de refrescar-se com o leque que, sem se aperceber de imediato, reduziu-lhe a altura; mas felizmente ela parou de abaná-lo antes do seu desaparecimento total. Entretanto escorregou e mergulhou até ao pescoço no lago de lágrimas que ela própria criou. Aí encontra o


Rato que acaba por ajudá-la a atravessar o lago. Na costa, encontra uma grande quantidade de aves e outros animais; todos molhados tentam assim arranjar uma solução para secarem o pêlo e as penas, preocupados com as doenças que poderiam apanhar se continuassem encharcados.

3. Uma Corrida Eleitoral e Uma História Comprida Título Original: A Caucus-Race and a Long Tale. Um Dodô decide que os todos devem ser secos através da Corrida Eleitoral, onde não existem regras exceto a que obriga a correr apenas em círculos. Meia hora depois a corrida acaba e todos ganham, concluindo que todos devem receber prêmios. Alice dispõe então, à ordem de Dodô, os seus doces que estavam nos bolsos como recompensa; ela obtém igualmente uma recompensa, mas no seu caso é apenas um dedal. De seguida o Rato conta-lhes a sua história longa e triste acerca da origem do seu ódio por gatos e cães. O capítulo termina quando Alice deixa finalmente os corredores do átrio.

4. A Encomenda do Coelho Título Original: The Rabbit Sends in a Little Bill[nota 3]. Entretanto o Coelho Branco passa por Alice e, confundindo-a com o seu servo, ordena-lhe tão apressadamente para trazer umas luvas e um leque que Alice vai imediatamente à sua casa; porém encontra uma garrafa com a inscrição BEBE-ME e bebe-a sem demoras. Consequentemente o seu tamanho aumenta tanto que ocupa totalmente a casa. Impedido de entrar, o Coelho Branco manda o seu servo, um lagarto chamado Bill, entrar pela chaminé da casa, mas Alice dá-lhe um pontapé que o faz voar de volta até ao exterior. O Coelho Branco começa a atirar pedras para a janela que, quando caiem no chão, transformam-se em bolos com uma aparência deliciosa. Alice come alguns e transforma-se novamente em pequena. Sai então de casa e encontra uma multidão de animais à sua espera, que ao vê-la precipitam-se na sua direção. Assustada Alice foge para um denso bosque, onde encontra primeiro um grande cachorro e depois a Lagarta azul sentada num cogumelo a fumar calmamente o seu cachimbo de água.

5. Conselhos de uma Lagarta Título Original: Advice from a Caterpillar. Durante a conversa com a Lagarta azul, Alice admite a sua crise de identidade causada pelas constantes transformações no tamanho e agravada pela perda da habilidade de recitar poemas. Entretanto a Lagarta revela-lhe que um dos lados do cogumelo faz crescer e a outra diminuir. Já sozinha Alice tenta primeiro o lado direito e diminui tanto de altura que até acerta com a cabeça nos próprios pés. De seguida experimenta o lado esquerdo e cresce de tal forma que atinge a copa de uma árvore onde pousava um pombo que, assustado com o longo pescoço dela, está determinado de que Alice é uma serpente que tem a intenção de comer os seus ovos. Alice tenta convencê-lo que é apenas uma menina e imediatamente come um segundo pedaço do cogumelo, retornando ao seu tamanho normal.

6. Porco e Pimenta Título Original: Pig and Pepper. Um Peixe-Lacaio entrega a um Sapo-Lacaio um convite para a Duquesa da casa. Alice observa esta operação curiosa e, após uma conversa com o sapo que a deixa perplexa, atreve-se a entrar na casa. Depara-se com a cozinheira da Duquesa a atirar pratos e frigideiras contra esta e a fazer uma sopa simultaneamente, mas utiliza tanta pimenta nela que todos na divisão - a Duquesa, o bebê e a própria Alice espirram violentamente, com a exceção da cozinheira e do Gato de Cheshire. Irritada com o bebê que não parava de berrar e chorar, a Duquesa atira-o para os braços de Alice e parte para ir jogar croquete com a Rainha. Indignada com a violência que acaba de presenciar, Alice leva o bebê consigo para o bosque, mas para a sua surpresa o


pequeno transforma-se num porco, abandonando-o nesse mesmo instante. Por fim encontra o Gato de Cheshire e pergunta-lhe o que tem que fazer para entrar naquele lindo jardim que havia por detrás da pequena porta inicial e, não obtendo uma resposta concreta, questiona a existência de criaturas que não sejam loucas no lugar onde se encontra. O Gato de Cheshire responde-lhe que todos são loucos, inclusive o próprio e Alice, acabando por lhe indicar a hipótese de visitar o Chapeleiro Louco ou a Lebre de Março e desaparece lentamente, deixando apenas o seu sorriso. Após ter escolhido a última na esperança de se não tratar de uma criatura louca, apesar de ter ouvido o que o gato disse parte imediatamente.

7. O Chá dos Loucos Título Original: A Mad Tea Party. Alice faz-se de convidada duma festa de chá louco, onde estão presentes o Chapeleiro Louco, a Lebre de Março e o Arganaz que permanece adormecido durante uma grande parte do capítulo. Todos eles desafiam Alice com enigmas lógicos, porém estes revelam uma incoerência nas suas declarações. O Chapeleiro Louco revela que está perpetuamente destinado a beber chá porque o Tempo puniu-o em vingança, parando o tempo às 6 da tarde, a hora do chá. Alice sente-se insultada e cansada de ser bombardeada com tantos enigmas e sai imediatamente, afirmando que esta era a festa mais estúpida de chá em que já tinha estado. Entretanto encontra uma porta num tronco de uma árvore e entra, voltando novamente para o átrio inicial. Desta vez, abre primeiro a pequena porta, depois come um pedaço do cogumelo que estava guardado no bolso e por fim entra apressadamente no tão desejado jardim.

8. O Campo de Croquete de Sua Majestade Título Original: The Queen's Croquet Ground. No jardim vê três cartas de um baralho a discutirem entre si enquanto pintam rosas brancas com tinta vermelha, dado que a Rainha de Copas odeia rosas brancas. Mas são interrompidos por uma procissão de cartões, onde estão presentes os reis, as rainhas e até mesmo o Coelho Branco. Alice conhece então o Rei e a Rainha de Copas, revelando-se a última como uma figura difícil de agradar, ao introduzir sua deixa de marca, Cortem-lhe a cabeça! Que expressa à menor insatisfação. Entretanto é convidada (ou ordenada) para jogar uma partida de cróquete com a Rainha e o resto dos seus súbitos. Porém rapidamente instalase o caos durante o jogo. São utilizados flamingos vivos como marretas, ouriços como bolas e cartas vivas como balizas. Na confusão Alice vê, para seu agrado, o Gato de Cheshire. Em seguida a Rainha de Copas ordena que o gato seja decapitado, mas o capataz recusa-se a cumprir a ordem porque só aparece a cabeça do gato no campo e por ser demasiado velho para começar a cortar cabeças sem corpo. Devido ao fato do gato pertencer à Duquesa, a Rainha é solícita a liberação desta da prisão para resolver a questão.

9. A História da Tartaruga Fingida Título Original: The Mock Turtle's story. Quando a Duquesa aparece no campo, vai ao encontro de Alice com uma grande simpatia, e durante uma conversa admite a sua pretensão para encontrar uma moral em tudo ao seu redor, mesmo que não faça relação ou sentido. A Rainha de Copas despede-se dela sobre a ameaça de execução e apresenta Alice ao Grifo, sob o pretexto de levá-la apresentar à Tartaruga Fingida. Quando a encontram, ela demonstra-se muito triste, mesmo que não tenha motivos para sentir tristeza. A Tartaruga conta a sua história onde tenta justificar o seu estado depressivo, narrando com nostalgia o tempo em que vivia no mar, em que era uma verdadeira tartaruga, mas o Grifo interrompe-a de modo a poderem começar um jogo.


10. A Contradança das Lagostas Título Original: The Lobster Quadrille. A Falsa Tartaruga e o Grifo dançam a Contradança das Lagostas, e depois Alice recita, embora incorretamente, o poema Disse o preguiçoso. A Falsa Tartaruga canta por fim a Sopa da Tartaruga, durante a qual o Grifo arrasta Alice para longe, de modo a irem assistir a um julgamento que estava prestes a dar início.

11. Quem Roubou as Tortas? Título Original: Who Stole the Tarts? O Valete de Copas é levado a julgamento, acusado de roubar as tortas da Rainha. No jurado há doze animais, incluindo o lagarto Bill, o juiz é o Rei de Copas, e o cargo de oficial de diligências é desempenhado pelo Coelho Branco. A primeira testemunha é o Chapeleiro Louco, que não ajuda no processo, mas antes torna o Rei impaciente. A segunda testemunha é a cozinheira da Duquesa, e a outra testemunha é a própria Alice, que desde o início do julgamento começou a crescer novamente.

12. O Depoimento de Alice Título Original: Alice's Evidence. Alice derruba acidentalmente os jurados e à ordem do Rei, os animais terão de ser colocado de volta aos seus lugares antes do julgamento continuar. Depois o Rei cita um artigo do seu caderno (Todas as pessoas mais de uma milha de altura devem deixar o órgão), mas Alice contesta a validade da restrição e recusa-se a sair. É provocada assim uma discussão de Alice com o Rei e com a Rainha de Copas, enfatizando as atitudes ridículas cometidas durante todo julgamento. A Rainha ordena tipicamente Cortem-lhe a cabeça! Mas Alice não tem medo, por ser agora muito alta, confrontando-a com o fato de ser apenas um baralho de cartas e de seguida todos se revoltam e atacam-na. Mas de repente a Irmã de Alice faz-lhe acordar para ir tomar um chá, tirando do seu rosto folhas que caíram e não uma chuva de cartas de jogar. Alice conta tudo o que sonhou e retorna a casa, deixando a irmã, que ficou a sonhar o sonho de infância das Maravilhas de Alice.

5. Personagens

Ilustração de Alice cercada pelos personagens do País das Maravilhas, Peter Newell. (1890)

5.1.

Personagens listadas consoante a ordem de aparição nas páginas da obra.


Alice: é a protagonista da história; Tem cabelo loiro amarrado por uma faixa preta; É racional e corajosa, e vai fazendo considerações à medida que a aventura prossegue.

Coelho Branco: é quem inicia a aventura, quando Alice o segue até a toca. Ele carrega um relógio e parece estar muito atrasado para alguma coisa. Em contraste com a Alice, o Coelho Branco tem medo de tudo da sua rainha, da Alice e das próprias situações onde se encontra. Esta oposição foi pretendida pelo autor para enfatizar os atributos positivos da personalidade principal. E durante o julgamento de um valete de copas (o último capítulo), dá-se uma mudança repentina na covardia, revelando uma vontade de manipular.

Rato: Revela um grande pavor de gatos e um caráter muito seco quando cita a História com a intenção de secar os animais molhados, deixando-os antes aborrecidos e molhados (terceiro capítulo). Provavelmente foi baseado numa governanta da casa das irmãs Liddell.

Dodô: É uma caricatura do autor, e este terá usado o nome numa paródia ao modo como ele pronunciava o próprio nome, uma vez que era gago (Do... do... Dodgson); Usa palavras excessivamente complicadas.

Arara: Personificação da irmã Loriny Liddell.

Pato: É uma caricatura do reverendo Robinson Duckworth (Duck significa pato), amigo do autor que esteve presente na viagem pelo rio Tâmisa que deu origem à obra presente.

Aguieta (The Eaglet): Reflexão da irmã Edith Liddell e não entende as palavras muito difíceis.

Lagarto: É o humilde servo do Coelho Branco que é empurrado por Alice pela chaminé à cima (quarto capítulo) e mais tarde é um dos jurados durante o julgamento de um valete de copas (décimo primeiro capítulo). Esta personagem (Bill), pode ser uma brincadeira com o nome do estadista britânico Benjamin Disraeli, pois uma das ilustrações de Tenniel em Alice no Outro Lado do Espelho retrata a personagem referida como o Man in White Paper (quem Alice conhece como um passageiro com quem partilha um trem no comboio), como uma caricatura de Disraeli, usando um chapéu de papel. [8]

Lagarta: Está sentada num cogumelo a fumar calmamente um cachimbo de água. Não presta muita atenção a Alice, respondendo às suas perguntas com monossílabos.

Duquesa: Muito feia, com um queixo pontiagudo. Concordava com tudo que Alice dizia e procurava issentemente uma moral para tudo, embora raramente tivesse relação ou sentido (oitavo capítulo).

Gato de Cheshire ou Gato Risonho: É extremamente independente e consegue desaparecer e aparecer. Carroll obteve o nome na expressão idiomática da língua inglesa sorrir como um gato de Cheshire. Além disso, o gato representado nas figuras de Tenniel é considerado representativo da raça British Shorthair, devido à forma da boca, considerada como um sorriso[9].

Chapeleiro Louco e a Lebre de Março: São figuras retiradas de expressões correntes no período vitoriano da língua inglesa louco como uma Lebre de Março ou louco como um Chapeleiro, devido ao vapor de mercúrio usado na fabricação de feltro que causa transtornos psicóticos[10]; O Chapeleiro Louco é provavelmente uma referência a Teófilo Carter, um conhecido comerciante de móveis em Oxford pelas suas invenções pouco ortodoxas e pelo uso de uma cartola na parte de trás da cabeça à porta da sua loja [11]; São ambos totalmente loucos (como todos os moradores do País das Maravilhas, segundo o Gato Risonho). Estão perpetuamente na hora do chá, porque, segundo eles, o Chapeleiro discutiu no mês de Março com o Tempo e, em vingança, este não muda a hora para os dois habitantes. O Chapeleiro aparentemente teve problemas com a Rainha ao cantar uma música na sua presença, pelo que esta sentenciou a sua decapitação sob o pretexto de estar a matar o Tempo.

Arganaz: Está constantemente a dormir e ocasionalmente acorda durante alguns segundos. Conta uma história sobre três irmãs, nomeando-as de Elsie, Lacie e Tillie. Estas são as irmãs Liddell: Elsie é LC (Lorina Charlotte), Tillie é Edith (seu apelido de família é Matilda), e LaCie é um anagrama de Alice.


Rainha de Copas: É talvez a caricatura da mãe das irmãs Liddell; É extremamente autoritária e impulsiva, estando constantemente a ordenar aos seus soldados (cartas de baralho) decapitar todos. Porém o Grifo disse que tal é apenas uma fantasia dela, uma vez que depois ninguém morre.

Valete de Copas: Inicialmente é o criado que transporta a coroa do Rei, mas mais tarde é acusado de roubo de torta (décimo primeiro capítulo).

Rei de Copas: O rei tem menos influência do que ela, pelo que vive na sombra desta; É talvez a caricatura do pai das irmãs Liddell.

Grifo: Diz as piores deixas, em contraste à sua antiga linhagem. Provavelmente é uma caricatura dos estudantes do colégio onde lecionava o escritor (é o brasão de armas do Trinity College, em Oxford, e aparece no respectivo portão[10]).

Tartaruga Fingida: É uma triste vítima do destino, pois foi em tempos uma tartaruga de verdade que vivia no mar. O nome tem origem na Sopa de Tartaruga Fingida (no idioma original Mock-Turtle Soup) vulgar na Inglaterra, sendo um caldo verde feito com cabeça de vitela de modo a imitar sopa de tartaruga[10]. Daí Tenniel ter ilustrado esta figura com uma cabeça de bezerro, cauda e pernas; Esta personagem fala de um professor de Desenho que era um Congro, que costumava ensinar-lhe uma vez por semana Desenho Destroço e Tintura a Carvão. Esta é uma referência ao crítico de arte John Ruskin, que ia uma vez por semana a casa de Liddell ensinar Desenho e Pintura a óleo às irmãs.

[nota 4]

; A personagem também canta "Sopa de Tartaruga",

uma paródia a Bela Estrela (Beautiful Star), que foi executada como um trio por Lorina, Alice e Edith Liddell para Carroll em casa de Liddell, durante o mesmo verão em que foi contada a história de As Aventuras de Alice Debaixo da Terra.[12] Comece pelo começo, siga até chegar ao fim e então, pare. — Lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas

6. Equívocos sobre personagens Embora o Jabberwocky seja muitas vezes confundido como personagem desta obra, na verdade só aparece na sua sequência, Alice no Outro Lado do Espelho. É, no entanto, muitas vezes incluído nas versões de cinema, que geralmente são chamados simplesmente de Alice no País das Maravilhas, causando a confusão. A Rainha de Copas é igualmente confundida com a Rainha Vermelha, que aparece na sequência da história, Alice no Outro Lado do Espelho, mas não têm nenhuma característica em comum, exceto o caráter de serem ambas rainhas. A Rainha de Copas pertence a um baralho de cartas que está presente no primeiro livro, enquanto a Rainha Vermelha é representada por uma peça de xadrez vermelha, dado que o xadrez é o tema presente do segundo livro.

7. Simbolismo O livro pode ser interpretado de várias maneiras. Uma das interpretações diz que a história representa a adolescência, com uma entrada súbita e inesperada (a queda na toca do coelho, iniciando a aventura), além das diversas mudanças de tamanho e a confusão que isso causa em Alice, ao ponto de ela dizer que não sabe mais quem é após tantas transformações (o que se identifica com a psicologia adolescente).

8. Língua francesa


Tem sido sugerido por várias identidades, entre os quais Martin Gardner Goodacre Selwy que Dodgson tinha interesse na língua francesa, criando referências e trocadilhos ao longo da obra, provavelmente influenciado pelas aulas de francês, uma característica vulgar na educação feminina vitoriana. Por exemplo:

No segundo capítulo, Alice dirige-se ao Rato utilizando a língua francesa, Où est ma chatte?(Onde está o meu gato?), julgando que este não percebia inglês, uma vez que não lhe respondia.

No capítulo 4, o Lagarto diz ao Coelho Branco que estava a desenterrar maçãs, uma provável referência à expressão pomme de terre, que significa "batata" em francês, mas a tradução literal dessa expressão é "maçã da terra".

9. Línguas clássicas No segundo capítulo, Alice chama inicialmente o rato como Oh Rato, baseada na vaga memória de quando leu a Gramática Latina do irmão: Um rato (nominativo) - de um rato (genitivo) - para um rato (dativo) - um rato (acusativo) - O rato! (vocativo).

10. Referências históricas No capítulo oitavo, três cartas estão a pintar rosas brancas de vermelho, porque acidentalmente plantou uma roseira de rosas brancas, cor que a Rainha odeia. As rosas vermelhas simbolizam a Casa Inglesa de Lancaster, enquanto as rosas brancas são um símbolo da casa rival York, fazendo deste modo alusão à Guerra das Rosas.


1. Oscar Wilde


Nome completo Nascimento

Morte Nacionalidade

Ocupação

Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde 16

de

outubro de 1854

Dublin, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda 30

de

Paris, França Irlanda

Escritor

novembro de 1900


1.1.

Biografia

Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde nasceu em 16 de outubro de 1854 em Dublin, Irlanda. Criado numa família protestante era filho de William Robert Wilde, cirurgião-oculista que servia à rainha. Sua mãe, Jane Speranza Francesca Wilde, escrevia versos irlandeses patrióticos com o pseudônimo de Speranza. Foi educado na Portora Royal School de Enniskillen e no Trinity College, Dublin e mais tarde em Oxford. Lá ele recebe a influência de Walter Pater e da doutrina da "arte pela arte". Sobressaiu como latinista e helenista. Ganhou depois uma bolsa de estudos para o Magdalene College de Oxford. Wilde saiu de Oxford em 1878. Um pouco antes havia ganhado o prêmio "Newdigate" com o poema "Ravenna". Em 1879, vai para Londres, começou a ter uma vida social bastante agitada, sendo logo caracterizado pelas atitudes extravagantes. Seu intuito era estabelecer-se como líder do "movimento estético". Em 1881 é publicada uma coletânea de seus poemas. Em 1882, sem dinheiro, aceita participar de um ano de viagens entre USA e Canadá. Essa viagem lhe rendeu fama e fortuna. Em 1884, casa-se com a bela Constance Lloyd. Com a publicação de "Retrato de Dorian Gray", sua carreira literária deslancha. Oscar e Constance tinham 2 filhos: Cyril em 1885 e Vyvyan em 1886. Mas uma noite, Robert Ross, um hóspede canadense jovem, seduziu Oscar e forçou-o, finalmente, a confrontar-se com seus sentimentos homossexuais que o perseguiam desde a época em que era estudante. Anos depois Oscar foi preso com acusações de conduta homossexual e sentenciado a dois anos de prisão com trabalhos forçados, sendo a última parte em Reading Gaol. As condições calamitosas da prisão causaram uma série de doenças e o levou às portas da morte. Foi declarada, ainda, sua falência.

1.2.

O sucesso

Em 1892, começa uma série de bem sucedidas comédias, hoje clássicos da dramaturgia britânica: O Leque de Lady Windernere (1892), Uma mulher sem importância (1893), Um marido ideal e A importância de ser fervoroso (ambas de 1895). Nesta última, o ar cômico começa pelo título ambíguo: Earnest, "fervoroso" em inglês, tem o mesmo som de Ernest, nome próprio Publica contos como O Príncipe Feliz e O Rouxinol e a Rosa, que escrevera para os seus filhos, e O crime de Lord Artur Saville. O seu único romance foi O retrato de Dorian Gray. A situação financeira de Wilde começou a melhorar cada vez mais, e, com ela, conquista uma fama cada vez maior. O sucesso literário foi acompanhado de uma vida cada vez mais mundana. As atitudes tornaram-se cada vez mais excêntricas.

1.3.

Os julgamentos e prisão

W i

Em Maio de 1895, após três julgamentos, foi condenado a dois anos de prisão, com trabalhos forçados, por "cometer atos imorais com diversos rapazes".[1] Wilde escreveu uma denúncia contra um jovem chamado Bosie, publicada no livro De Profundis, acusando-o de tê-lo arruinado. Bosie era o apelido de Lorde Alfred Douglas, um dos homens de que se suspeitava que Wilde fosse amante. Foi o pai de Bosie, oMarquês de Queensberry, que levou Oscar Wilde ao tribunal. No terrível período da prisão, Wilde redigiu uma longa carta

1


a Douglas. A imaginação como fruto do amor é uma das armas que Wilde utiliza para conseguir sobreviver nas condições terríveis da prisão. Apesar das críticas severas a Douglas, ele ainda alimenta o amor dentro de si como estratégia de sobrevivência. A imaginação, a beleza e a arte estão presentes na obra de Wilde. Após a condenação a vida mudou radicalmente e o talentoso escritor viu, no cárcere, serem consumidas a saúde e a reputação. No presídio, o autor de Salomé (1893) produziu, entre outros escritos, De Profundis, o clássico anarquista, A alma do homem sob o socialismo e a célebre Balada do cárcere de Reading.

1.4.

Os últimos anos

Foi libertado em 19 de maio de 1897. Poucos amigos o esperavam na saída, entre eles o maior, Robert Ross. Passou a morar em Paris e a usar o pseudônimo Sebastian Melmoth. As roupas tornaram-se mais simples, e o escritor morava em um lugar humilde, de apenas dois quartos. A produtividade literária é pequena. O fato histórico de seu sucesso ter sido arruinado pelo Lord Alfred Douglas (Bosie) tornou-lhe ainda mais culto e filosófico, sempre defendendo o amor que não ousa dizer o nome, definição sobre a homossexualidade, como forma de mais perfeita afeição e amor. Oscar Wilde morreu de um violento ataque de meningite (agravado pelo álcool e pela sífilis) às 9h50min do dia 30 de novembro de 1900. Em seu leito de morte Oscar Wilde foi aceito pela Santa Igreja Católica Romana e Robert Ross, em sua carta para More Adey (datada de 14 de Dezembro de 1900), disse "Ele estava consciente de que havia pessoas presentes, e levantou sua mão quando pedi, mostrando entendimento. Ele apertou nossas mãos. Eu então fui enviado em busca de um padre, e depois de grande dificuldade encontrei o Padre Cuthbert Dunne, que foi comigo e administrou o Batismo e a Extrema Unção - Oscar não pode tomar a Eucaristia". Wilde foi enterrado no Cemitério de Bagneux fora de Paris, porém mais tarde foi movido para o Cemitério de Père Lachaise em Paris. Sua tumba em Père Lachaise foi feita pelo escultor Sir Jacob Epstein, a requisição de Robert Ross, que também pediu um pequeno compartimento para seus próprios restos. Seus restos foram transferidos para a tumba em 1950.

1.5.

A obra

Wilde foi grande porque conseguiu escrever para todos as formas de expressão em palavras, embora tenha sido menos conhecido em algumas delas. Em seu único romance, O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde trata da arte, da vaidade e das manipulações humanas. Aliás, é considerado por muitos de seus leitores, como a maior obra-prima, sendo rica em diálogos. Já em novelas escritas por ele, como a maioria de todos seus escritos, Wilde criticava o patriotismo da sociedade. Isso fica claro na novela O Fantasma de Canterville. Em seus contos infantis sempre tratou da criança que vive em cada um de nós, com lições de moral na mais bela e pura forma com linguagens simples. O Filho da Estrela (ver em Ligações Externas) é exemplo disso. No teatro, escreveu nove dramas, que inclusive fizeram sucesso na época. Wilde poeta usou a poesia simplesmente talvez para ampliar a sensibilidade para as artes, embora não seja muito conhecido nesse campo. É recomendado ler Rosa Mystica, Flores de Ouro.

2. Cronologia

2


1874- Ganha a medalha de Ouro de Berkeley por seu trabalho em grego sobre os poetas helenos no Trinity College.

1876- Ganha o prêmio em literatura grega e latina, no Magdalen College. Publica a primeira poesia, versão de uma passagem de As Nuvens de Aristófanes, intitulada O coro das Virgens das Nuvens.

1878- Ganha o prêmio Newizgate, com seu poema Ravenna, escrito em março desse ano.

1879- Phèdre, sob o título A Sara Bernhardt, é publicado no The Word.

1880- Escreve o drama em cinco atos Vera, ou Os Niilistas, sobre o niilismo na Rússia.

1881- Publica em julho a primeira edição de Poemas, coligidos por David Bogue.

1883- Em Paris termina sua tragédia A Duquesa de Pádua.

1887-89- Trabalha como editor de The Woman's World.

1888- Publica O Príncipe Feliz e Outras Histórias, contos de fadas.

1889- Publica O Retrato do Sr. W.H., baseado no mistério criado em torno do protagonista e do autor dos Sonetos de Shakespeare, sendo recebido de forma hostil pela crítica.

1890- A primeira versão de O Retrato de Dorian Gray é publicada no Lippincott's Monthly Magazine.

1891- O ensaio A Alma do Homem sob o Socialismo é publicado no The Fortnightly Review. Publica a versão revisada de O Retrato de Dorian Gray. Também publica Intentions, Lord Arthur Savile's Crime and Other Stories e A house of Pomegranates.

1892- Estréia com grande sucesso no St. James Theatre, de Londres, O Leque de Lady Windermere. Sarah Bernhardt ensaia em LondresSalomé, peça em um ato escrita em francês, sobre a morte de São João Batista, cuja estréia, à última hora, é proibida por apresentar personagens bíblicos.

1893- Salomé é bem recebida quando produzida em Paris e Berlim. Uma mulher sem importância é montada em Londres, também com êxito, e O Leque de Lady Windermere é publicado.

1894- Edição de Salomé em Londres, com ilustrações do desenhista Audrey Bearsdley. Publica Uma Mulher sem importância e o poema A Esfinge que não obteve sucesso.

1895- As peças Um marido ideal e A Importância de ser fervoroso são montadas em Londres com êxito total. Em 27 de maio deste ano Oscar Wilde é preso, primeiro na Prisão de Pentoville, depois na de Wandsworth. Ainda em maio, o ensaio A Alma do Homem sob o Socialismo é publicado em livro. A 13 de novembro é transferido para a Prisão de Reading, na cidade do mesmo nome, onde ficará até o final da sentença.

1896- Salomé é representada em Paris, tendo Sarah Bernhardt no papel principal. Em 7 de julho é executado na Prisão de Reading o ex-sargento Charles T. Woolridge, cuja morte inspira Oscar Wilde ao seu maravilhoso poema A Balada do Cárcere de Reading.

1897- Ainda na prisão, Oscar Wilde escreve De Profundis, uma longa carta a Lorde Douglas.

Sai da Prisão e em 28 de maio, aparece no Daily Chronicle, a primeira carta sobre o regime penitenciário britânico, sob o título O Caso do Guarda Martin.

1898- Publica A Balada do Cárcere de Reading e escreve outra longa carta ao Daily Chronicle sobre as condições carcerárias.

1899- A Importância de Ser Fervoroso e Um marido ideal são publicados em livro.

1900- Em 30 de novembro morre Oscar Wilde vítima de meningite. O Retrato de Dorian Gray (no original em inglês, The Picture of Dorian Gray) é um romance publicado por Oscar

Wilde, considerado um dos grandes escritores irlandeses do século XIX. Foi publicado inicialmente como a história principal da Lippincott's Monthly Magazine em 20 de junho de 1890 [1]. Wilde depois reviu, alterou e ampliou essa edição, que foi publicada como a versão mais tarde por Ward, Lock e Company em abril de 1891.

3


3. Sinopse Este "Retrato de Dorian Gray" é curioso. Um jovem que se envaidece de si mesmo, que se torna amante de si mesmo e da arte abstrata e pura, e que em seu nome de inanidades sociais, insensibiliza, diagnóstica e se auto-desculpa. Não há redenção naquele jovem, mesmo quando acaba por querer mudar de vida, já que o faz pelo fato novidade, pelo amor ao novo, à arte de viver... Cheia de ilustrações que ele já quase tinha esgotado numa vida sensaborona e sem interesse humano do que a vilanização do ser... O romance, de forte cariz estético, conta a história fictícia de um homem jovem chamado Dorian Gray na Inglaterra aristocrática e hedonista do século XIX, que se torna modelo para uma pintura do artista Basil Hallward. Dorian tornou-se não apenas modelo de Basil pela sua beleza física (um "Adônis que se diria feito de marfim e pétalas de rosa"), mas também se tornou uma fonte de inspiração para outras obras e, implicitamente no texto, uma paixão platônica por parte do pintor. Mas o seu retrato, que Basil não quer expôr por ter colocado "muito de mim mesmo", foi sua grande obra-prima. Lord Henry Wotton, um aristocrata cínico e hedonista típico da época e grande amigo de Basil, conhece Dorian e o seduz para sua visão de mundo, onde o único propósito que vale a pena ser perseguido é o da beleza e do prazer: "sou de parecer que se o homem vivesse plena e totalmente a sua vida, dessa forma a todo sentimento, expressão a toda idéia, realidade a todo devaneio... creio que o mundo receberia um novo impulso eufórico, um impulso de alegria que nos faria esquecer todos os males do medievalismo e voltar aos ideais helênicos..." No entanto, segundo Henry, a beleza é efêmera. Até mesmo a inteligência lhe é prejudicial: "a beleza, a verdadeira beleza, acaba onde principia a expressão inteligente", enquanto que "a beleza é uma forma de gênio... mais elevada que o gênio, pois dispensa explicação". Dorian foi seduzido pelas palavras de Henry e pela tristeza de seu destino: "o senhor dispõe só de alguns anos para viver deveras, perfeitamente, plenamente. Quando a mocidade passar, a sua beleza ir-se-á com ela; então o senhor descobrirá que já não o aguardam triunfos, ou que só lhe restam as vitórias medíocres que a recordação do passado tornará mais amargas que destroçadas.". Ao ver-se em seu retrato finalmente pronto, exaspera-se: "Eu irei ficando velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho... Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!”.

4. Importância

Esta obra tornou-se um símbolo da juventude intelectual "decadente" da época e de suas críticas à cultura vitoriana, além de ter despertado grande polêmica em relação ao seu conteúdo homoerótico (o autor, Oscar Wilde, era homossexual e foi preso por isso). O próprio Oscar Wilde foi apontado como o pai do decadentismo na Inglaterra, coisa que ele sempre negou. A quando do julgamento de Wilde algumas partes deste livro foram usadas contra si. O fato de ser imoral não abonou nada a favor de Wilde, além disso provou-se ter sido influenciado pela literatura francesa de então que promovia um estilo estético a converter para a decadência. Hoje, o livro tem sido descrito como "um dos clássicos modernos da Literatura Ocidental". A BBC classificou a obra como 118 na sua lista de "Big Read", uma lista com os 200 romances mais populares. Afinal, o livro é mais importante que a polêmica que gerou como Oscar Wilde escreveu em seu prefácio: "Não existe livro moral ou amoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo." Algumas bandas dos anos 80 como Smiths se influenciaram em Oscar Wilde.

4


5. Frases e pensamentos de Wilde Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe. A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre. Se você não se atrasar demais, posso te esperar por toda a minha vida. A vida é muito importante para ser levada a s

Modernist literature The movement known as English literary modernism grew out of a general sense of disillusionment with Victorian era attitudes of certainty, conservatism, and objective truth. The movement was greatly influenced by the ideas of Romanticism, Karl Marx’s political writings, and the psychoanalytic theories of subconscious - Sigmund Freud. The continental art movements of Impressionism, and later Cubism, were also important inspirations for modernist writers.

Modernismo O movimento conhecido como Inglês literário moderno cresceu de um sentimento de desilusão geral com as atitudes de certeza da era Vitoriana , conservadorismo e de verdade objetiva. O movimento foi grandemente influenciado pelas idéias do Romantismo, dos escritos políticos de Karl Marx e das teorias psicoanalíticas do subconsciente e mais tarde o cubismo, também foram importantes inspirações para os escritores modernos. Although literary modernism reached its peak between the First and Second World Wars, the earliest examples of the movement’s attitudes appeared in the mid to late nineteenth century. Gerard Manley Hopkins, A. E. Housman, and the poet and novelist Thomas Hardy represented a few of the major early modernists writing in England during the Victorian period. 5


Embora o movimento moderno tenha alcançado seu auge entre a 1ª e 2ª guerras, os primeiros exemplos das atitudes do movimento apareceram na metade do século 19. Gerald Manley Hopkins, A. E. Housman e o poeta e novelista Thomas Hardy, representaram uns poucos dos principais primeiros modernistas na Inglaterra durante o período Vitoriano. The first decades of the twentieth century saw several major works of modernism published, including the seminal short story collection Dubliners by James Joyce, Joseph Conrad’s Heart of Darkness, and the poetry and drama of William Butler Yeats. As primeiras décadas do século 20 viram vários dos principais trabalhos do modernismo publicados, incluindo a pequena coleção de histórias produtivas Dubliners de James Joyce, Joseph Conrad “Coração da Escuridão” e a poesia e drama de Willian Butler Yeats. Important novelists between the World Wars included Virginia Woolf, E. M. Forster, Evelyn Waugh, P.G. Wodehouse and D. H. Lawrence. T. S. Eliot was the preeminent English poet of the period. Across the Atlantic writers like William Faulkner, Ernest Hemingway, and the poets Wallace Stevens and Robert Frost developed a more American take on the modernist aesthetic in their work. Novelistas importantes entre as guerras mundiais incluiram Virginia Woolf, E. M. Forster, Evelyn Waugh, P.G. Wodehouse e D. H. Lawrence. T. S. Eliot era um poeta proeminente do período. Cruzando o Atlântico escritores como Willian Faulkner, Ernest Hemingway e os poetas Wallace Steves e Robert Frost desenvolveram uma tomada mais Americana na estética modernista em seu trabalho. Perhaps the most contentiously important figure in the development of the modernist movement was the American poet Ezra Pound. Credited with “discovering” both T. S. Eliot and James Joyce, whose stream of consciousness novel Ulysses is considered to be one of the century’s greatest literary achievements, Pound also advanced the cause of imagism and free verse, forms which would dominate English poetry into the twenty-first century. Talvez a figura sem dúvida mais importante no desenvolvimento do movimento moderno foi a americana Ezra Pound. Tida como descobridora tanto de T.S. Ellit quanto James Joyce, cujo romance “Ulisses” de correntes conscientes é considerado ser uma das maiores realizações literárias. Pound também avançou a causa do imaginismo e do verso livre, formas que iriam dominar a poesia inglesa no século 21. 6


Gertrude Stein, an American expat, was also an enormous literary force during this time period, famous for her line “Rose is a rose is a rose is a rose.” Gertrude Stein , uma exímia Americana, também foi de tremenda força literária durante este período de tempo, famosa por sua linha: “A Rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa”. Other notable writers of this period included H.D., Marianne Moore, Elizabeth Bishop, W. H. Auden, Vladimir Nabokov, William Carlos Williams, Ralph Ellison, Dylan Thomas, R.S. Thomas and Graham Greene. However, some of these writers are more closely associated with what has become known as post-modernism, a term often used to encompass the diverse range of writers who succeeded the modernists. Outros notáveis escritores deste período incluem H.D. Marianne Moore, Elisabethe Bishop.W.H. Auden, Vladimir Nabokov, Willian Carlos Willians, Ralph Ellison, Dylan Thomas, R.S. Thomas e Graham Greene. Entretanto alguns desses escritores são mais de perto associados com o que ficou conhecido como o pós modernismo, um termo frequentemente usado par encaixar a tendência divergente de escritores que sucederam os modernistas

Postmodern literature The term Postmodern literature is used to describe certain tendencies in post-World War II literature. It is both a continuation of the experimentation championed by writers of the modernist period (relying heavily, for example, on fragmentation, paradox, questionable narrators, etc.) and a reaction against Enlightenment ideas implicit in Modernist literature. O termo literatura pós moderna é usado para descrever certas tendências do Pós II Guerra Mundial. É tanto a continuação de uma experiência liderada pelos escritores do período modernista (tendo bastante a ver, por exemplo, com fragmentação, o paradoxo, os narradores questionáveis, etc ) e a reação contra as idéias do iluminismo implícitas na literatura moderna. Postmodern literature, like postmodernism as a whole, is difficult to define and there is little agreement on the exact characteristics, scope, and importance of postmodern literature. Henry Miller, William S. 7


Burroughs, Joseph Heller, Kurt Vonnegut, Hunter S. Thompson, Truman Capote, Thomas Pynchon. A literatura pós moderna, bem como o pós-modernismo como um todo, é difícil de se definir e há pouca concordância nas características exatas,alcance e importância da literatura dos pós–modernos. Views of English literature “I had always thought of English literature as the richest in the world; the discovery now of a secret chamber (sc. Old English literature) at the very threshold of that literature came to me as an additional gift.” - Jorge Luis Borges, ‘An Autobiographical Essay’, The Aleph & Other Stories Eu sempre pensei na Literatura Inglesa com a mais rica do mundo, a descoberta agora de uma câmara secreta ( a velha literatura inglesa) o verdadeiro limiar dessa literatura calhou para mim como sendo um presente a mais.

George Orwell Eric Arthur Blair

Nascimento

25

de

junho

de

1903 8


Bengala, Índia Falecimento Ocupação

21 de janeiro de Londres, Inglaterra

1950

escritor, jornalista

Eric Arthur Blair (Motihari, 25 de junho de 1903[1][2] - Londres, 21 de janeiro de 1950) foi um jornalista, ensaísta e romancista britânico, que escreveu sob o pseudônimo George Orwell. Sua escrita é marcada por descrições concisas de eventos e condições sociais e o desprezo por todos os tipos de autoridade. É mais conhecido por suas duas obras maiores, Nineteen Eighty-Four, crítica ao autoritarismo, e Animal Farm, uma sátira ao stalinismo.

Biografia Oriente Foi agente de polícia no oriente trabalhando em Mianmar. Decidiu então deixar o seu emprego após cerca de cinco anos de trabalho, por se sentir mal ao estar oprimindo um povo estrangeiro, desenvolveu então um ódio contra o imperialismo, conforme relatou brevemente em The Road to Wigan Pier (A Caminho de Wigan). Reino Unido Regressou então ao Reino Unido, onde sua vida tomou um rumo incerto. Desempregado ou com empregos de circunstância, deixou definitivamente de ter um percurso convencional; descreveu este período difícil na obra Down and Out in Paris and London (Na Pior em Paris e Londres). Nunca fez estudos superiores. Revolução Espanhola Juntou-se à luta no POUM (Partido Operário de Unificação Marxista), uma milícia de tendência trotskista contra Francisco Franco e seus aliados Mussolini e Hitler, na Guerra Civil Espanhola. Foi ferido no pescoço. Uma bala danificou-lhe as cordas vocais, saindo pelas costas, e desde então sua voz ficou ligeiramente alterada. Mais tarde escreveria o livro Homage to Catalonia (pt: Homenagem à Catalunha, br: Lutando na Espanha), em que relata sua experiência no conflito.

9


Morte

Lápide de George Orwell Orwell morreu em Londres vítima de tuberculose, aos 46 anos de idade.[3] Tendo solicitado um funeral de acordo com os ritos anglicanos, foi enterrado na All Saints' Churchyard, Sutton Courtenay, Oxfordshire, com o simples epitáfio: "Here lies Eric Arthur Blair, born June 25, 1903, died January 21, 1950" ("Aqui jaz Eric Arthur Blair, nascido em 25 de junho de 1903, falecido em 21 de janeiro de 1950"); nenhuma menção é feita a seu célebre pseudônimo. [Obras Romances • • • • • •

Burmese Days (1934) — [1] (Dias na Birmânia) A Clergyman's Daughter (1935) — [2] (A Filha do Reverendo) Keep the Aspidistra Flying (1936) — [3] (Mantenha o Sistema) Coming Up for Air (1939) — [4] (Um Pouco de Ar, Por Favor!) Animal Farm (1945) — [5] (A Revolução dos Bichos (no Brasil), O Triunfo dos Porcos (em Portugal)) Nineteen Eighty-Four (1949) — [6] (1984)

Baseadas em experiências pessoais Enquanto a substância de muitos dos romances de Orwell, particularmente Burmese Days, é tirado de suas experiências pessoais, as obras a seguir são apresentadas como documentários narrativos, ao invés de fictícios. • • •

Down and Out in Paris and London (1933) - [7] (Na Pior em Paris e Londres) The Road to Wigan Pier (1937) — [8] (A Caminho de Wigan) Homage to Catalonia (1938) — [9] (Lutando na Espanha) RESUMO DE ANIMAL FARM (A REVOLUÇÃO DOS BICHOS)

O autor descreve uma granja, cujo dono é o Sr. Jones (Granja do Solar). Os vários animais da granja, porcos, galinhas, vacas, cachorros, gatos, cavalos, gansos e pássaros são induzidos a uma revolta por um porco 10


mais velho (Major). Este diz ter tido um sonho no qual via um lugar onde todos os animais eram iguais e auto-suficientes. Era o princípio do que chamaram de Animalismo. Este porco morreu duas semanas mais tarde, fortalecendo assim a idéia da revolução. Tempos depois, a revolução ocorreu e o Sr. Jones, sua mulher e seus peões foram expulsos da fazenda. Liderados por Bola-de-Neve (um porco), os animais reorganizaram toda a fazenda, plantavam e faziam colheitas, aprendiam a ler e escrever, estipularam datas comemorativas, hinos, bandeiras e celebrações. A granja mudou de nome para “Granja dos Bichos”, foram criados sete mandamentos que eram a síntese do Animalismo e todos os assuntos eram discutidos em círculo e sugestões eram dadas. Mas tinha um porco (Napoleão) que sempre se discordava de Bola-de-Neve. Um dia Napoleão traiu Bola-de-Neve expulsando-o da granja com a ajuda de nove cães fiéis que ele havia criado em segredo. Depois desse acontecimento a política da granja mudou radicalmente. Os animais não mais podiam dar opiniões nem fazer protestos, porque estavam sob a ameaça dos cães. Os assuntos da granja passaram a ser discutidos somente entre os porcos e não mais com toda a comunidade. Eles agora apenas recebiam ordens e as executavam. Aos poucos Napoleão desrespeitou todos os sete mandamentos. Dormiu em camas, usou roupas, bebeu álcool, mandou matar vários animais da granja, fez comércio com humanos, e finalmente, começou a andar sob duas patas. E tudo sempre com uma boa desculpa dada pelo seu fiel amigo Garganta. Este foi um aliado imprescindível de Napoleão na imposição do novo regime que se procedia na granja; uma espécie de ditadura. Napoleão foi aos poucos mostrando sua ambição e personalidade totalitarista. Proibiu o canto do hino “Bichos da Inglaterra” pois lembrava os princípios da revolução, modificou a bandeira, obrigava os bichos a trabalhar com comida reduzida e as galinhas a botar mais ovos que sua capacidade. No fim, os animais estavam trabalhando mais do que quando o Sr. Jones era dono da granja e com menos alimento. George Orwell utiliza-se da ficção para condenar o aburguesamento do regime soviético. 11


Condena os revolucionários em tese, mas burgueses na prática. O livro é indicado para pessoas que se interessam pelo relacionamento humano em sociedades e lutas de poder. Considerando o contexto no qual Revolução dos Bichos foi escrito, o autor cria uma ficção para mostrar, condenar e protestar o totalitarismo político. Ele tenta mostrar que tanto o capitalismo opressor instalado na Inglaterra da época, quanto o socialismo na Rússia, eram a mesma coisa. Napoleão, o porco do livro, representa Stalin, que o autor considera um traidor da revolução. As figuras como Sansão e Quitéria (eqüinos), mostram a classe trabalhadora ingênua e oprimida. O que o autor deixa em aberto é se houve mesmo uma revolução verdadeira ou se tudo não passou de jogo de poderes entre os porcos. Como o conto faz alusão a revolução socialista em 1917, a de se supor que Bola-de-Neve era Lênin. Porém esta suposição não se confirma. Ao mesmo tempo em que o autor mostra que na época em que Bola-de-Neve liderava, a granja era mais democrática e justa, mostra também que os boatos que Napoleão fala sobre Bola-de-Neve eram verdadeiros, já que muitos animais da granja morreram por confessar ajudar Bola-de-Neve em seus planos de sabotagem, o que exclui a possibilidade de serem falsos os boatos. Os boatos eram que Bola-de-Neve pretendia entregar a granja a Frederick (dono da fazenda vizinha), que destruiu o moinho de vento, e que influenciava os animais a sabotar a granja. O que para um líder revolucionário serie impraticável já que a Granja dos Bichos era uma espécie de sonho realizado. Há quem diga que Bola-de-Neve foi Trotsky, porém também não se confirma esta hipótese, já que quem iniciou a revolução foi o próprio Bola-de-Neve.

12


SYLVIA PLATH “THE BELL JAR”, A redoma de vidro

“O mundo é uma experiência muito ruim para quem vive dentro de uma redoma de vidro“

Trecho do romance “The bell jar”

VIDA Sylvia Plath foi uma poetisa,romancista e contista norte-americana. Reconhecida principalmente por sua obra poética, Sylvia Plath escreveu também um romance semiautobiográfico, "A Redoma de Vidro" ("The Bell Jar"), sob o pseudônimo Victoria Lucas, com detalhamentos do histórico de sua luta contra a depressão. Em 1936, durante a Grande Depressão a família Plath passa a viver em Winthrop, Massachusetts. Sylvia, então com quatro anos de idade, passaria em Johnson Avenue grande parte de sua infância. Sylvia publicou seu primeiro poema em Winthrop, na sessão infantil de BostonHerald, aos oito anos de idade. Otto Plath, seu pai, morre em 5 de novembro de 1940, uma semana e meia após o aniversário de oito anos de Sylvia, devido a complicações seguidas à amputação de uma das pernas em decorrência de diabetes. A doença já era tratável nessa época, porém ele não havia recebido o tratamento necessário, tendo diagnosticado a doença por conta própria. O pai de Sylvia Plath está enterrado no cemitério de Winthrop, onde sua lápide continua a atrair leitores de um dos poemas mais famosos de Plath, "Papai" ("Daddy"): Eu tive de matar você, papai. Você morreu antes que eu pudesse 13


Peso de mármore, saco repleto de Deus, Estátua medonha com um dedão gris Do tamanho de uma foca de Frisco* (...) Você está de pé na lousa, papai, Na imagem que levo comigo, Em vez do pé, o queixo fendido, Mas não menos diabo por isso, oh não Não menos que o homem que em dois Partiu meu belo e rubro coração. Eu tinha dez anos quando o enterraram. Aos vinte, eu tentei morrer E voltar, voltar pra você. Achei que mesmo os ossos serviram. Mas me puxaram saco afora, Juntaram meus pedaços com cola. E aí eu soube o que fazer. Eu fiz um modelo de você, Homem de negro, Meinkampf no jeito (...) Durante o verão após seu terceiro ano na faculdade, Plath recebeu a posição de editora convidada na revista "Mademoiselle", morando por um mês na cidade de Nova York ao ocupá-la. A experiência não foi nada do que Sylvia esperava, começando então um redemoinho em sua visão sobre si própria e da vida em geral. Muitos dos eventos ocorridos naquele verão inspiraram o seu único romance, A Redoma de Vidro. No seu primeiro ano em Smith

College,

Sylvia

tenta

o suicídio pela

primeira

vez,

tomando

uma overdose de narcóticos. Após esse episódio, Plath esteve brevemente comprometida a uma instituição psiquiátrica, onde recebeu terapia através de eletro choques. Sylvia recupera-se de seu estado satisfatoriamente, formando-se em Smith College com louvor em 1955. Aluna brilhante, obteve bolsa integral na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde continuou a escrever poesia ativamente

14


No final de fevereiro de 1955, na festa de lançamento da "St. Botolph's Review", em Cambridge, conhece o jovem poeta britânico Ted Hughes, o que Plath afirmou em uma carta à mãe ser paixão imediata, visto que já acompanhava e admirava seu trabalho literário. Casaram-se em uma pequena cerimônia no dia 16 de junho de 1955. O jovem casal de poetas passou o período de julho de 1957 a outubro de 1959 vivendo e trabalhando nos Estados Unidos, onde Plath lecionava inglês em Smith. Com a descoberta da gravidez de Plath, o casal muda-se de volta para a Inglaterra, Londres. Nessa época, é publicada a primeira coletânea de poemas de Sylvia Plath, chamada "The Colossus". Em fevereiro de 1961, Plath sofre um aborto, que seria um dos seus temas principais, presente em grande número de poemas. O casal fixa-se então, na pequena cidade de North Tawton, em Devon. O casamento de Plath com Ted Hughes começa, então, a enfrentar muitos obstáculos, particularmente com as relações extra-conjugais de Hughes, e o casal separase no final de 1962. Plath, então, retorna a Londres com seus dois filhos, Frieda e Nicholas, de três anos e um ano, respectivamente. Em Londres escreve o "A Redoma de Vidro", seu único romance. Na manhã de 11 de fevereiro de 1963, Plath veda completamente o quarto das crianças com toalhas molhadas e roupas, deixando leite e pão perto de suas camas, tendo ainda o cuidado de abrir as janelas do quarto, ainda que em meio à uma forte nevasca. Então, toma uma grande quantidade de narcóticos, deitando logo após a cabeça sobre uma toalha no interior do forno, com o gás ligado. Na manhã seguinte foi encontrada pela enfermeira que havia contratado, que, ao chegar ao apartamento, sentiu um cheiro muito forte de gás. Pediu ajuda. A porta foi arrombada. O quarto das crianças estava gelado, e ambas com muito frio. Em 16 de março de 2009 seu filho Nicholas Hughes (biólogo marinho e professor universitário em Fairbanks, Alasca), em consequência de uma depressão, também cometeu suicídio enforcando-se em sua casa. Não era casado e não tinha filhos.

DIÁRIOS

Plath manteve o hábito de escrever em diários desde a idade de 11 anos, até o seu suicídio. Seus diários da fase adulta, começando com seu anos como caloura em Smith 15


College em 1950, foram publicados primeiramente em 1980, editados por Frances McCullough. Em 1982, quando o Smith College recuperou os diários que faltavam, Ted Hughes os selou até 11 de fevereiro de 2013, decorridos cinquenta anos da morte de Sylvia. Hughes recebeu foi alvo de muito criticismo, pelo papel que desempenhou destruindo a última parte dos diários de Plath, que continham escritos desde o inverno de 1962 até a sua morte. Ele se defende, afirmando que os havia destruído em um ato de proteção de seus filhos, e que o esquecimento para ele era uma parte essencial da sua sobrevivência.

OBRAS

The Colossus and Other Poems (1960), coletânea de poemas;

The Bell Jar (1963), único romance da autora;

Ariel (1965), poemas;

Crossing the Water (1971), coletânea de poemas;

Johnny Pannic and the Bible of Dreams (1977), livro de contos e prosa;

The Collected Poems (1981), poemas inéditos;

CINEMA

O filme Sylvia - Paixão além das palavras, de 2003, com Gwyneth Paltrow, retrata a relação conturbada de Plath com Hughes.

“THE BELL JAR”, A redoma de vidro RESUMO Esther Greenwood é uma jovem de 19 anos, aluna brilhante de uma universidade em Boston, Massachusetts.

16


Como acadêmica é excepcional , se sobressai, conquista prêmios, e ganha um concurso que a leva para Nova York, em uma prestigiada revista feminina Mademoiselle, na qual exerce a função de redatora. O que poderia ser um mundo de oportunidades, a leva cair em abismo profundo, onde alguns aspectos sombrios de sua vida vão sendo desvelados. Esther se sente entediada pela vida, revela-se sensível ao mundo e a todo o momento debate-se contra aquilo que lhe é imposto e, portanto, impossível de suportar. Passa por muitos desafios na cidade grande, e em seus relacionamentos só há decepção, frustração, e sofrimento. Em uma passagem muito interessante do livro, Esther descreve a vida como uma grande bela figueira, cheia de frutos, e cada fruto significaria um sonho. Escolher um seria negar a todos. Devido a essa incerteza, ela ficou ali diante da árvore com fome, parada sem reação. À medida que o tempo ia passando um a um dos frutos foram caindo e apodrecendo, e ela ali ainda em dúvida sobre o qual escolher. Indecisa sobre o futuro, ela vê a volta para casa à única solução viável. Mas rodeada pela mãe, com atitudes burocráticas, piora. Ela fica sabendo da não aceitação para um curso de literatura, que desencadeou em Esther uma série de sentimentos, dúvidas, depressão, levando a jovem a pensar em diversas maneiras de cometer um suicídio. Passando quase pela morte, sendo internada em uma clínica psiquiátrica, se considerando louca, chega ao mais profundo abismo. E é onde, todos pensam como ela vai resistir, mas felizmente o internamento, é como um céu azul, o renascimento para a vida. Ao completar 20 anos Esther está internada em uma clínica de reabilitação, mas ainda não tem certeza se a redoma de vidro desapareceu para sempre. E sua mãe vai visita-lá, e diz para ela esquecer, recomeçar, fingir que tudo foi um sonho ruim. E Esther diz: “Um sonho ruim! Eu me lembrava de tudo. Talvez o esquecimento é uma camada de neve, que poderia cobrir e amortecer tudo isso.Mas fazia parte de mim. Era a minha paisagem.

English literature classes – Review Roselena – English Literature teacher 1) Who was the leading literary figure after Shakespeare’s death in

Jacobean era?

17


2) How was his aesthetics?

3) What did his characters embody? Explain his theory

4) Who wrote the brilliant comedy, The Knight of the Burning

Pestle?What is it about? 5) What was another popular style during Jacobean times ? Who

popularized them?

6) Who translated Homer? What influence did it have in all English

Literature?

7) What was one of the most massive translation projects in the

history of English up to this time? When did it start? What did it represent?

8) Why do many people prefer the king James Bible?

9) What kind of poetry use unconventional or unpoetic figures such

as a compass or a mosquito to reach surprise effects? th

10) What did the mid-17 century see?

11) What was the Aeropagitica? Who wrote it? Why was it written?

12) What was suppressed during the English Civil war?

13) Who wrote The Compleat Angler? What is the book about?

18


14) What kind of books are The Country Wife and Pilgrim’s Progress?

15) What happened during the Interregnun?

16) Why do many satire poems were not published ?

17) What has inspired the thinkers in the American Revolution?

18) What happened to puritan authors such John Milton who had

preached against monarchy?

19) What is the book from Bunyan “ The Pilgrim’s Progress” about?

20) How was the way to get news during the Restoration period?

21) What is the date of the beginning of the novel in English?

22) What was considered a feminine form during the Restoration?

23) Who is Aphra Behn. What is she responsible for?

24) Where does the term Augustan literature derive from?

25) How was the literature of the period ? What did it reflect?

19


26) Who was the most outstanding poet of the age ?

27) Which were Pope’s most mock-heroic poems ever written?

28) Who wrote the travels of Alexander Selkirk called Robinson Crusoe

(1719)? 29) How were the most famous plays of the early Restoration period ?

Who were their poets? What did they reflect? 30) Which comedies were “softer” and more middle-class ? 31) How was the literature of the Augustan literature period?

32) Who was the most outstanding poet of the age ?

33) Who were the most mock-heroic poems ever written by Pope?

34) How is Swift’s prose style ?

35) What did “Swift’s A Tale of a Tub” announce ?

36) What happened to Swift, after his “exile” to Ireland ?

37) __________ and _____________both produced highly moral forms

of tragedy, where the characters and the concerns of the characters were wholly middle class or working class.

20


38) A kind of theatre became popular and began to be staged. Who was

the main figure in this kind of theatre and what kind of theatre was it ? What kind of comedy was it ? Was it popular ?

39) What kind of Italian incursion did become popular in London? Was

it easily accepeted?

40) Which opera has failed ?

41) Who returned in 1728 with “ The Beggar’s Opera”?

42) What kind of opera was it?

43) What happened to theatres in 1737?

44) Which era was Known as the “Age of Sensibility”?

45) What did it reflect?

46) What did they attack?

47) What did this age lead to?

th

48) Who was Ann Radcliffe in the 19 century?

49) What did she write? What were the stories about?

21


50) What did the boom of industrialism bring?

51) What did the poor conditions of workers bring?

52) Who were the first romantic poets? Who influenced them?

53) How did Coleridge and Wordsworth understand romanticism?

Explain the differences‌

54) Which poets belong to the second generation of romanticism?

55) Talk about Lord Byron.

56) Why was Lord Byron forced to leave London?

57) The

Vampyre and Frankestein were respectively written by

__________________ and ________________

58) One

of

most

prominent

works

of

Percy

Shelley

is

____________________. What is this poem considered?

59) What did Mary Shelley give birth?

60) What did John Keats celebrate?

61) Who wrote Ivanhoe?

22


62) Who wrote the popular novel “Pride and Prejudice” ? 63) Who was Jane Austen’s heroine ? What did this heroine do?

64) Who is included among English Romanticists, but is different from

the others ? Why?

65) When did Charles Dickens emerge? What did he write about? 66) Who were The Bronte sisters ? What did their novels cause?

67) What pseudonyms did the Bronte sisters first use ?

68) Who first wrote Literature for children ?

69) Who wrote the successful children’s book The Tale of Peter Rabbit

in 1902 ?

70) Where did the movement known as English literary modernism

grow out ? Whose ideas greatly influenced the movement ?

71) Who

was

the most contentiously important figure in the

development of the modernist movement ?

72) What is the novel Ulysses considered ?

ESCRITORES PARA PESQUISA: 1) Christopher Marlowe 2) John Webster 23


3) Thomas Kyd 4) Oliver Cromwell 5) Andrew Marvell 6) John Bunyan 7) Edmund Spenser. 8) William Congreve 9) Thomas Hardy 10) Elizabeth Bishop

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ENGLISH LITERATURE CLASSES

5º SEMESTRE DE LETRAS

Profa. Esp. Roselena Diogo Bueno Patelli Coord: Profa. Dra. Maria Suzett B. Santade

FIMI – FACULDADE INTERGRADAS MARIA IMACULADA MOGI GUAÇU / 2009

30


SUMÁRIO

27.28. ENGLISH LITERATURE (DEFINITION).........................................................................

2

28.29. ANGLO SAXON LITERATURE ..........................................................................................

3

29.30. BEOWULF (THE EPIC POEM).............................................................................................

4

30.31. ENGLISH RENAISSANCE ....................................................................................................

8

31.32. ELIZABETHAN LITERATURE ..........................................................................................

9

32.33. WILLIAN SHAKESPEARE ( 1564-1616)...............................................................................

13

33.34. JACOBEAN LITERATURE ...................................................................................................

40

34.35. BEN JONSON (1572-1637).......................................................................................................

43

35.36. JOHN DONNE ( 1572-1631)....................................................................................................

47

36.37. CAROLINE AND CROMWELLIAN LITERATURE.........................................................

81

37.38. RESTORATION LITERATURE .........................................................................................

83

38.39. JOHN MILTON (1608-1674)....................................................................................................

90

39.40. AUGUSTAN LITERATURE ..................................................................................................

95

40.41. DANIEL DEFOE ( 1660-1731).................................................................................................

101

41.42. JONATHAN SWIFT (1667-1745)..............................................................................................

108

42.43. ROMANTICISM .....................................................................................................................

113

43.44. MARY SHELLER( 1797-1851).................................................................................................

120

44.45. JANE AUSTEN( 1775-1817).....................................................................................................

124

45.46. WILLIAN BLAKE ( 1757-1827)................................................................................................

128

46.47. VICTORIAN LITERATURE ..................................................................................................

134

47.48. MODERNIST LITERATURE ...............................................................................................

136

48.49. POSTMODERN LITERATURE ……………………………………………………………

139

49.50. GEORGE ORWELL ( 1903- 1950)............................................................................................

140

51. GENERAL REVEIW ...............................................................................................................

144

Ebook Design: Wellshofar www.wellshofar.com.br

31


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