Pode ser amor

PARTE 1 Era um dia como qualquer outro, mas não seria tão comum quanto os outros sai de casa com a minha bicicleta atrasada para o trabalho, eu trabalhava como entregadora em uma venda num condomínio de luxo.

Sempre ia de bicicleta, pois era mais econômico e saudável também.

Naquele dia como sempre coloquei meu mp3 nos ouvidos e sai dando minhas pedaladas pela orla da praia da barra, curtindo a música como nunca é aquele parecia mesmo ser um dia especial e importante. A música estava chata resolvi trocar então tirei o mp3 do bolso enquanto pedalava para mudar a faixa assim que mudei coloquei-o novamente no bolso e quando voltei a olhar para frente já era tarde eu havia acabado de atropelar uma pessoa. Que tenso, pensei. Fiquei paralisada de medo e agora o que eu iria fazer eu havia acabado de atropelar alguém estava nervosa e todo mundo na rua estava olhando para mime eu não conseguia nem me mexer. Droga! Eu tinha que fazer alguma coisa antes que me matassem, então saí da minha bicicleta e fui ver se a pessoa que atropelei estava bem. Abaixei-me - Oi você está bem ?

- O que você acha? Acabou de me atropelar esperava o quê ?

- Desculpe, eu não vi você – Mas agora eu estava vendo, e como estava.

Eu havia atropelado uma mulher linda.

- Não viu ?

Garota estava olhando para onde afinal ?

- Desculpe, mas meu nome é Julia - É mesmo Julia usa a sabedoria de soletrar para andar de bicicleta - Quem pensa que é para falar assim comigo ?

- Olha eu não sei quem eu penso, mas sei que em sou - Ah é mesmo e quem você é a dona do mundo ?

- Eu posso te processar sabe disso ?

- Olha não quero nem saber você está bem então vou embora por que já estou enojada da sua cara Subi na minha bicicleta e continuei pedalando a garota era linda, mas esnobe até a alma. Eu deveria ter passado com as duas rodas em cima dela. Metida Fui para o trabalho e o estranho foi que eu havia odiado a menina, mas pensar nela me dava calores, bom achei que raiva provocasse outras coisas. Eu fechava os olhos e só imaginava aqueles olhos azuis lindos como o mar os seios fartos e a boca desenhada perfeitamente. Os cabelos lisos e sedosos e a pele branca deveria ser

macia como alvejante, nossa que tenso estou comparando a pele de uma mulher com alvejante isso nĂŁo deveria estar acontecendo ainda mais uma menina que mal vi e que para variar ĂŠ muito enjoada

Parte 2 No dia seguinte como de costume fui trabalhar dessa vez não atropelei ninguém, ainda bem por que imagina só se eu atropelo mais uma louca como a outra cheguei no trabalho rápido e o seu Paulo meu patrão já estava me esperando para fazer uma entrega a loja que eu trabalhava fazia parte de um condomínio de luxo eu fazia entrega nos apartamentos. Vendíamos de tudo desde comida a aqueles artigos básicos de cozinha de última hora que você pode precisar. E quando cheguei já tinha uma entrega a fazer - Bom dia Julia tem uma entrega no 416 - Nossa já cheguei no embalo Seu Paulo sabia que eu era lésbica, ma ele sempre me respeitou foi o único que aceitou me contratar por que a porta bateu na minha cara umas mil vezes desde que comecei a procurar emprego.

- Olha aqui Julia leva essa lata de ervilhas e milho no 416 - Quem pediu ?

- Ah foi a senhorita Alessandra, ela trouxe umas amigas da faculdade então pediu as latas para fazer um macarrão - Um está bem, mas eu nunca fiz entrega nesse apartamento - Ele foi alugado a uma semana e ela não fica muito em casa - Ah então é hóspede nova ?

- Sim, agora pare de fazer perguntas e vá logo Peguei o elevador como sempre com o meu mp3 cheguei finalmente ao apartamento até fiquei feliz, afinal poderia ser uma gata eu estava mesmo precisando namorar. Toquei a campainha. Demorou 15 minutos para alguém vir e quando já ia tocar novamente finalmente abriram a porta.

Eu realmente fiquei estagnada, o mp3 caiu e eu não conseguia pronunciar uma palavra sequer - Você - Ah não

acredito você está me seguindo ?

- Eu seguindo você ? Jamais garota ti fazendo o meu trabalho - Trabalha seguindo as pessoas?

- Trabalho fazendo entregas - Olha já que é isso então entrega as minhas latas e some você já me causou muitos problemas

- Você é grossa sabia ?

- É. E você com esse jeito esquisito - Jeito esquisito ? Quer dizer o que com isso ?

- Olha as roupas que usa, fala sério me dá as minhas sacolas - Só depois que pedir desculpas sua patricinha - Patricinha ? Fala sério - Fala sério garota, não sabe dizer outra coisa. Toma aqui as suas bolsas fui um azar encontrá-la Fiquei com muita raiva e sai dali como o diabo foge da cruz, o dia passou rápido e logo estava na hora de ir embora já estava arrumando minhas coisas para ir embora quando seu Paulo me chamou

Parte 3

- Julia venha cá rápido - Já vou Seu Paulo, oi diga - A dona Alessandra deseja falar com o senhor ela está ali seja breve nada de conversinha hein - Calma Seu Paulo de boa Apesar do Seu Paulo ser livre de homofobia ele era meio paranóico achava que eu ia “pegar” todas as mulheres do prédio, mal sabia ele que eu não estava pegando nem resfriado.

- Você novamente, por que não me assusto ?

- Ah mal agradecida você não ?

- Não sei por que eu tenho que te agradece Alessandra - Descobriu meu nome - É eu não gosto de sair por ai chamando os outros de garota sabe ?

- Você deixou seu mp3 cair e eu vim te devolver só isso - Deixei ?

- Se levasse menos tempo me criticando teria visto - Como se eu não tivesse um motivo para criticar você - Bom seu mp3 ta entregue - Obrigada - Olha. Ela sabe agradecer - E você sabe ser generosa ao menos uma vez - Diz isso por que não me conhece - Não, digo isso porque o pouco que conheci causou medo - Você me atropelou, o que queria ?

- Você falou das minhas roupas - Eu estava nervosa - Não acha que me visto mal ?

- Não

- Que bom - Eu tenho que ir. A novela já vai começar - Assiste novela ?

- Qual o problema ?

- Nenhum eu não tenho tempo para isso - Por que ta sempre dando um jeito de mostrar que é melhor que os outros - O quê ? Mais eu não falei nada - Nem precisa. Eu estava quase acreditando que você podia ser legal - E eu estava quase confirmando que você é um chata - Poupe-me Alessandra saiu. Ainda esperei ela olhar para trás e quem sabe voltar e falar algo que me animasse, mas ela não voltou. Dizem por ai que se a menina olha para trás enquanto está indo embora é porque pode ser amor, mas naquela situação eu não sabia mais o que pensar havia perdido todas as rédeas. Alessandra não saia mais da minha cabeça dormia e sonhava com aquela corpo maravilhoso, aquela voz, droga A voz não a voz da patricinha metida me fez acordar do sonho e ver que eram duas da manhã e eu não conseguia dormir.

Parte 4

Decidi sair um pouco e andar na orla da praia. Eu morava em uma comunidade em São Conrado mais era bem perto e dava para descer e caminha na praia quase sempre. Peguei a bicicleta e desci desistindo de vez do sagrado sono. Estava caminhando pela praia o mar estava lindo o tempo estava fresco até poderia pensar em dar um mergulho entrei na água com a roupa do corpo e fiquei ali parada só deixando o mar me levar, não haviam muitas ondas estava calmo.

Olhei para todos os lados e não tinha ninguém continuei na água quando ouvi gritos parecia um homem gritando sai da água correndo para ver o que era, afinal estava tudo calmo a segundos atrás. Olhei e vi um cara e uma mulher pareciam estar brigando eu não sei por que, nunca fui corajosa, mas naquele momento algo me levou até lá eu sai correndo feito uma louca na direção do barulho - O que aconteceu? Ah não posso acreditar você ?

-

Esse cara tentou me assaltar

- Ah duvido você deve ter falado tanto na cabeça dele que ele te apontou uma arma - O quê como ousa, eu estava vindo da faculdade e ele me seguiu até aqui - O moço seguir é coisa antiga, o senhor tem que roubar e correr.

Ainda mais de patricinhas assim O assaltante parecia confuso também imagina. Ele só queria roubar mais escolhi uma louca psicopata.

- Ta incentivando ele a me assaltar - Sim - Deve ter sido você que mandou não foi?

- Olha bem que eu gostaria, mas não - Escuta aqui o sapatão eu só quero roubar a bolsa dela e sair - Olha só ele me chamou de sapatão. Não quero ouvir ofensas, lha é só isso mesmo que quer ? Por quê não disse antes Peguei a bolsa da mão da Alessandra e dei na mão do bandido ele correu tanto que parecia mais estar com medo do que fugindo para não ser pego - Você ficou maluca ?

- Que foi não gostou ? Agora já pode ir para sua casa ele não vai mais te seguir - Deu minha bolsa para ele, você enlouqueceu ?

- Ele ia te assaltar mesmo. Deus sorte que eu cheguei.

- Tinha spray de pimenta na minha bolsa - É mesmo, e você ia fazer o quê ? Cozinhar o cara ?

- Não idiota eu ia afugentar ele, só estava ganhando tempo - Você estava gritando com o cara e ele com você eu ajudei - Quer saber eu vou embora - É uma boa ideia Alessandra andou três passos e voltou - Droga sua idiota você deu a minha bolsa para ele - Vamos falar desse assunto novamente ?

- Não to falando de assunto nenhum. Como vou entrar em casa - Não sei. Pule o muro - Acha que sou o quê ?

- Não sabe se virar patricinha ?

- Ok você conseguiu. Pode me ajudar eu não tenho aonde dormir - Pedindo ajuda ? Que avanço - Pensa que é engraçada ?

- Não está em condições de perguntar - Vai me ajudar, ou não ?

- Você pode dormir na minha casa - No morro ? Nunca - Está bem. Então você pode dormir na areia eu posso fazer um túnel e enterrar você assim ninguém vai ver - Ok! Você conseguiu eu durmo na droga da sua casa, mas vai me levar nessa coisa - Ta falando da melissa ?

- Quem é Melissa ?

- Minha bicicleta - Que tipo de louca você é - O tipo que arruma um lugar para você dormir Alessandra sorriu e subiu na bicicleta pedalei até um certo ponto, mas uma hora ela teve que descer alguma ruas do morro eram estreitas e tinhas escadas não dava para subir andando. Finalmente chegamos a porta da minha casa ela estava cansada e reclamando sem parar. Talvez por isso estivesse tão cansada, enquanto subíamos a ladeira e as escadas ela não calava a droga da boca

Parte 5 - Chegamos no Alabama?

- Engraçadinha você - Chegamos ou não ?

- Sim vou arrumar um lugar para você dormir - Não precisa eu não vou dormir só quero um lugar fechado para ficar por umas duas horas daí vou para casa - Está bem, eu vou dormir se quer ficar ai acordada olhando sei lá o que. Fique a vontade - Você vai mesmo dormir?

- Sim boa noite - Não vai trocar de roupa colocar sei lá um pijama uma roupa específica para dormir ?

- Vou dormir e não viajar no espaço.

- Ai não sei por que ainda falo com você - Por que eu te ajudei.

- Vai joga na cara agora ?

- Jamais, só espero que não esqueça disso.

- Será que não pode tentar ser uma boa amiga e ficar acordada ?

- Agora somos amigas ?

- Por favor estou pedindo não quero ficar acordada sozinha - Está bem vou ficar acordada com você, está bem assim ?

- Sim está ótimo, por que não me fala de você.

- Quer saber o que de mim Alessandra ?

- Sei lá o que quiser dizer - Hum! Fiquei em silêncio - Não vai falar Julia ?

- Disse para eu dizer o que quisesse, e não quero dizer nada.

- Olha quem foi que te disse que era engraçada ?

- Ninguém. Não tenho muito o que falar de mim - Por que ouve U2 ?

- U2? Você ouviu minhas músicas ?

- Não resisti - O que mais ouviu?

- Sei que também ouve Maria Gadú e Tem bastante MPB no seu mp3 - Gosto de MPB. - Também gosto.

- Que bom - Como foi ?

- Como foi o quê ?

- Sabe o que estou perguntando. Não se faça de boba Julia.

- Poderia falar normalmente comigo.

- Como foi quando seus pais descobriram ?

- Descobriram o quê ?

- Que você era lésbica ?

- Por que quer saber disso ?

Levantei-me da cama com pressa e fiquei um pouco agitada eu detestava falar do meu passado ainda mais com uma patricinha que achava que sabia de tudo.

- Eu quero saber por que, quero saber. O que vai dizer? Que não lesbica ?

- Eu sou. Só não gosto de falar disso - Diga eu não vou zombar - Pelo menos de alguma coisa não quer zombar. Mas mesmo assim não vou dizer não sei por que quer saber disso. Por quê não dorme.

Deitei novamente ela deitou ao lado, mas ao mesmo tempo bem distante

de mim na cama ficamos em silêncio por um instante e quando eu já estava quase dormindo ela falou.

- Meus pais reagiram mal quando contei.

Ouvir aquilo me deixou feliz e confusa, então ela não era assim tão imune ao que achava graça. Como se fosse novidade.

- Quando contou o quê que seu limite do cartão de crédito estourou ?

Fiz- me desentendida - Eu já te disse que não e engraçada Pela primeira vez eu a vi sorrir ela não parecia mas tão série e tão chata quanto antes, suas feições pareciam mais amenas e belas. Pela primeira vez pude olhar nos olhos dela sem ter medo - Eles reagiram muito mal, minha mãe até foi legal, mas meu pai.. Acho que ele nunca vai aceitar.

- Eles parecem não liga muito, afinal você mora sozinha. Pode fazer o que quiser.

- Hum eu morava com eles o Espírito Santo, então me apaixonei por uma menina que estudava na mesma faculdade que eu. Cometi o grande erro de contar a ele. Meu pai fingiu gostar da ideia e ofereceu d dinheiro para menina sumir, ela aceitou o dinheiro e depois me disse tudo.

Ficou com o dinheiro, mas não foi embora continuamos nos encontrando escondido, mas meu pai descobriu novamente. Então ele me trouxe para cá me deu dinheiro, apartamento. pagou minha faculdade e me impediu de voltar. Eu até pensei em voltar, mas a menina que eu tanto amava nem sequer buscou por mim, não ligou, não quis saber. Pensei que fosse melhor esquecer o que aconteceu.

- Abri mão da pessoa que amava por uma casa, dinheiro e faculdade ?

- Não eu só desisti por que não fui procurada - Mas não procurou por ela ? Sei lá facebook, orkut, msn existem um milhão de formas.

- Eu fiz isso. Um mês depois e vi fotos dela com outra pessoa. Então vi que fiz o certo.

- Sendo assim. Acho que fez.

- Já ia me julgar de novo ? Julia.

- Você deveria ser agradável assim sempre.

- Desculpas por ter agido feito idiota com você

- Tudo bem, já passou. Eu também admito que não sou agradável.

Ela sorriu. Sorrimos juntas.

- A quanto tempo trabalha no Seu Paulo ?

- Mais ou menos uns dois anos. Ele foi o único que me deu emprego. É um bom homem.

- Não conseguiu emprego ?

- Quando as pessoas olham para mim. Percebem que sou lésbica. Deve haver um tipo de estereótipo sei lá.

-Talvez por que tenha cabelos curtos - E daí ? Vou te confessar. Uso cabelos curtos por que me sinto bem. E não por que quero me sentir ou parecer com um cara.

- Tem gente que pensa assim - Sim e são enganados por lésbicas como você. Cabelos longos, maquilagem sempre a ponto. E pescoço dolorido de tanto olhar mulher passando na rua.

Ela sorriu novamente, mas dessa vez tocou nas minhas mãos e segurou-as - Sabe. Você é uma idiota Julia - Obrigada - Mas me faz bem desde o primeiro dia que te vi. Eu senti que podíamos ser amigas - Amigas?

- Sim, mas agora vejo que temos mais em comum do eu pensei - Mas ainda me acha idiota ?

- Sim. - Que bom. Por que ainda te acho uma patricinha chata.

Nos aproximamos, ela ainda não havia soltado minha mão já íamos nos beijar quando ouvi um barulho alguém estava me chamando - Julia Era Karina, ela morava lá em casa junto comigo, era uma amiga de épocas, mas não parava em casa nunca e quando resolvia chegar. Eram em momentos como esse

- Hum quem é essa ?

Alessandra me soltou rápido e olhou assustada - Quem é essa Julia ?

- Alessandra essa é Karina minha amiga. Karina, Alessandra - Oi Alessandra

tudo bem ?

- Sim Alessandra parecia frustrada sorriu para mim - Amiga ?

- Sim - Acho que já está na minha hora.

- Está cedo. Por que não toma café ?

- Nesse barraco ?

Não muda nunca não - Por que não toma café comigo lá em casa ?

- Está me convidando ?

- Sim. Eu tenho uma empregada que faz tudo para mim, a casa ta arrumada. Pode ir depois de mim.

- Acha que consegue descer sozinha ?

- Acho que sim Alessandra sorriu mais uma vez arrumou os lindos cabelo e saiu.

- Ótimo Karina. Agora somos eu e você - Que foi ?

- Não sabe bater ?

- Eu podia adivinhar que você estava mantendo relações sexuais na casa ?

- Eu não estava - Mais ia ?

- Não, eu não ia

- Estavam se beijando - Não, mas se você não tivesse chegado. Estaríamos - Eu moro aqui - Ótimo. Bata da próxima vez.

- Ela é bonita.

- Que bom para ela Tomei um banho peguei a bicicleta e sai para trabalhar, eu não havia dormido. Ia ser um dia difícil

Parte 6 Cheguei ao condomínio e já havia uma entrega a fazer - Bom dia Seu Paulo como vai ?

- Vou bem, nossa menina você não dorme ?

- Por quê ?

- Parece bem cansada. Esses jovens de hoje não perdem uma balada.

- Imagina Seu Paulo nada disso - Tem uma entrega para você no 416 - 416 ?

- Sim - Vou agora entregar Peguei a sacola para entregar no 416 ainda era cedo e quem sabe eu não poderia tomar uma rápido café com Alessandra. Subi de escadas para ser mais rápido e toquei a campainha - Oi - Oi, eu fiz um pão na chapa não quer entrar ?

- Eu estou no meu horário de trabalho senhorita - Seu Paulo não vai se importar se eu disser que precisei da sua ajuda - Espero que não, porque eu não posso ser demitida; - Não vai. Entre vou trocar de roupa - Sim Entrei no apartamento grande e bonito. A vista era para o mar deslumbrante, nem em um milhão de anos eu teria dinheiro para um apartamento daqueles.

- Pronto já cheguei - Cadê a sua empregada ?

- Pedi que ela viesse mais tarde eu mesma fiz o café - Hum então a patricinha sabe cozinhar ?

- Não tanto.

Provei o café havia de tudo parecia mais um almoço. Tinham pães de queijo, Pão de sal, Suco de soja enfim era um banquete.

- Está bom ?

- Alessandra está me surpreendendo - Estou ? Finalmente consegui agradar a senhorita chata - Não diga isso.

- Diga-me uma coisa Julia ?

- Sim pergunta - Teve medo quando me atropelou ?

- Na verdade tive medo quando você levantou e percebi que estava bem ?

Ela sorriu - Eu parecia brava ?

- Ainda parece, já disse você me dá medo - Sabe o que eu pensei ?

- Que eu era uma idiota ?

- Sim, e depois quando cheguei em casa. Não conseguia parar de pensar em você. Então comecei a ter ódio de você e muito mais raiva, por que não tinha o direito de me fazer sentir isso.

- Então a culpa foi minha ?

- Eu pensei que fosse, mas não passou. Quando esqueceu seu mp3 aqui na porta eu vi ali a chance que precisava para tentar conhecer mais de você. A verdade é que no dia que você me atropelou e havia acabado de ver a foto da menina que t falei no Facebook. Você não teve culpa de

ter me atropelado, eu estava triste e distraída.

- Então você estava andando feito doida pela rua ?

- Eu estava triste s senão fosse você, com certeza alguém iria me atropelar - Nossa tem que tomar mais cuidado - Na verdade ainda bem que me atropelou - Nossa deveria ter dito antes, vou pegar minha bicicleta - Não tem graça - Esta rindo - Eu adorei ter conhecido você. Mas tem um problema, ou melhor dois.

- Dois problemas ?

- Sim - Quais ?

- Primeiro: Você é uma idiota, metida a suburbana e grossa e odeio essa camisa xadrez que usa, - Na verdade só ai já tem mais de dois - Segundo: Eu estou completamente apaixonada por essa idiota sem estilo algum Ouvir aquilo foi assustador e animador ao mesmo tempo eu não sabia o que dizer, então não disse, simplesmente não disse nada olhei fixamente para Alessandra ela também me olhava, nos aproximamos e sem sequer perceber nos beijamos. Alessandra estava com um short curto e apertado no corpo, sua pele branca e macia como eu imaginei antes de tocá-la faziam meu corpo inteiro vibrar. Eu passei minha mão sobre o rosto dela e acariciei cada um de seus delicados traços aqueles olhos azuis brilhantes como o mar a boca desenhada como feita especialmente para encaixar na minha.

Quando vi Alessandra já estava sem o short e deitada sobre mim seu corpo suado contrastava com o meu num só movimento. Senti meu corpo explodir de desejo pelo dela e tirei a roupa sendo ajudada por ela é claro em poucos segundos estávamos nuas, até pensei em perguntar se ela era das que esperavam a bola ou jogavam, sabem ativa, passiva eu sempre fui muito presa a esses pequenos clichés, mas pela primeira vez senti-me livre e percebi que quando se ama isso não importa, os corpos se unem como se fossem únicos e o mais importante é prazer.

Nos beijamos loucamente e bastou que minhas mãos fossem ao lugar certo para que Alessandra gemesse por horas intensas de prazer depois ela me jogou no sofá, sim estávamos no sofá e ele não parecia mais tão pequeno, jogou-me no sofá e acariciou meu corpo por inteiro me consumi no desejo de não sair mais dali desejei que não acabasse nunca. A boca de Alessandra encontrou seu encaixe perfeito em meu corpo e num pequenos instante deixei-me adormecer de tanto prazer que havia sentido.

Dormi alguns minutos e acordei, já eram quase 11 da manhã. Seu Paulo ia me matar então percebi que eu já estava vestida estranho por que eu havia dormido sem roupas. Levantei e comecei a procurar meu relógio quando ouvi a voz de Seu Paulo, droga! Ele estava no apartamento. Vou pular! Pensei. Droga! Estou no quarto andar.

Parte 7 - Nossa você acordou graças a Deus -Alessandra…

Fui interrompido por ela. Como sempre - Seu Paulo tomei um grande susto quando ela desmaiou - Desmaiei ?

- Sim você não deve se lembrar, você trouxe o que pedi e começou a dizer que não estava bem então caiu no meu sofá daí te fiz uma massagem para tentar aliviar e quando vi você já estava dormindo - Massagem ?

- Bom isso não importa dona Alessandra eu peço desculpas pelo ocorrido com a minha funcionária. Isso não vai acontecer novamente - Não ? Que pena - Perdão senhora o que disse - Ah nada eu pensei alto, não foi problema nenhum isso acontece de passar mal. Deveria ir ver o médico Juca - Julia, meu nome é Julia - Isso nossa eu não costumo lembrar bem o nome das empregadas - Ah ta!

Seu Paulo saiu me arrastando de forma que se eu tivesse mesmo passado mal estaria morta eu não sabia bem como, mas ela conseguiu enganar direitinho. Eu nunca conseguia enganar o Seu Paulo ele sempre percebia que eu estava mentindo.

- Como você me passa mal dentro da casa de uma cliente ?

- Eu não sei agente não escolhe - Como foi que aconteceu?

- Então ela tirou minha roupa e depois…

Eu estava em transe então parecia falar qualquer coisa - O que disse ?

- Disse que ela me ajudou a afrouxar a roupa por que estava apertada - Entendi ai ela te ajudou e você voltaram para o quarto e você desmaiou ?

- Não me lembro Seu Paulo - Olha veja bem não quero saber de você dentro da casa das clientes faça a entrega na porta - Sim senhor peço desculpas pelo que houve - Olha, eu te dei esse emprego porque não tenho preconceito com você, mas aqui no condomínio - Já sei Seu Paulo, já sei o que vai dizer.

- Ótimo então espero que não volte a acontecer No fundo eu sabia que ia acontecer novamente, mas com certeza faria o possível para que não fosse ali na casa dela. Eu estava amando Alessandra e torcia para que ela realmente também estivesse me amando do mesmo jeito, naquele dia trabalhei como se nada pudesse me aborrecer fiz todo o trabalho e no fim do dia nem estava cansada. Seu Paulo saiu mais cedo e pediu para que eu fechasse a loja, no fim do expediente eu estava fechando tudo quando escutei uma voz suave atrás de mim. Era ela - Oi -Alessandra ? O que faz aqui ?

- Eu moro aqui

- Nem sabia - Como está ?

- Bem, e você ? Seu chefe falou muito ?

- Não muito, estou pronta pra outra - Quer sair comigo hoje a noite ?

- Para onde ?

- Não sei. Quem sabe um barzinho ?

- Tenho que ir em casa trocar de roupa, não tenho nada aqui - Ah não!

- Que foi ?

- Você não vai em casa colocar aquelas suas camisa de lenhador - Olha aqui pra você que não sabe estão super na moda - Aonde? Na história da chapeuzinho -Ok e quer que eu vá vestida como?

-Que tal se eu produzisse você ?

-Oh! Jesus -Eu sei o que faço -Eu sei -Toma banho lá em casa e te arrumo umas roupas - As suas ?

- Não faça perguntas, anda logo fecha a loja e vai lá.

- Está bem

Parte 8 Fechei a loja e fui direto para o apartamento de Alessandra. Tive bastante cuidado para ninguém me ver, afinal eu não sabia ainda o que esperar de toda essa situação, então fui cautelosa. Esbarrei num vaso de plantas e quebrei sem querer deixando-o cair escada abaixo, está bem não fui tão cautelosa, mas ninguém viu. Devem ter ouvido o barulho, mas ver ninguém viu.

- Até que enfim. Demorou Alessandra me deu um longo beijo. E depois me puxou para dentro.

- Então o que vai ser?

- Vou te produzir e você vai continuar com esse seu jeitinho. Sem perder a elegância - Ah! Ok Tomei banho. Alessandra fez minhas unhas, aparou as pontas do meu cabelo, passou uma maquilagem de leve e me arrumou roupas. Uma camiseta branca com um blazer, sapatos baixos fechados e um chapéu que mais parecia de malandro. Mas sabe ? Quando me olhei no espelho até gostei do visual estava clássico me senti bem. Para finalizar ela passou um cachecol em volta do meu pescoço - Está linda. Vou me arrumar rapidinho. Não se suje - Não sou criança.

- Tudo bem Ela sorriu me beijou e saiu. Logo voltou toda linda e produzida.

Vestido salto alto e os lindos olhos azuis brilhando como sempre.

Estava linda. Saímos e fomos a um barzinho que tinha perto da casa dela. Ficamos lá por horas, dançamos bebemos e depois cansadas sentamos em uma das mesas do bar.

- Nossa cansei de tanto dançar - Nem me diga. As pessoas nos olham estranho.

- Ah Julia! E porque será ?

- Não vejo nada de anormal patricinha - Ela tomou um gole do suco depois olhou para mim por uns instantes.

- Que foi ?

- Nada, estou te olhando, não posso ?

- Tenho que pensar - Ficou bonita, modéstia a parte, mas arrasei - Detesto admitir, mas sinto-me bem com essa roupa. Você leva jeito - Você acha ?

- Sim - Meu pai diz que não , ele acha que perco tempo na faculdade. Queria que eu fosse advogada - Faz faculdade de moda ?

- Sim. Eu não te te falei ?

- Não - Eu faço estou no primeiro período - Legal e gosta - Amo, meu sonho e se torna uma personal style daquelas bem famosas sabe ? Que só veste famoso.

- Tem talento - Acha ?

- Sim eu adorei as roupas - Eu tenho muitas peças em meu armário que não uso. Compro para estudar as tendências - Que estranho - Coleciono roupas. Acha estranho ?

- Sim , muito - Você fala muito pouco de você - Verdade. Vamos para outro lugar.

- Para onde. Não quero ir para casa - Podemos ir a praia - A esse hora ?

- O que tem ?

- Quer saber tem razão. Vamos Alessandra e eu caminhamos por algumas horas e logo chegamos a praia sentamos na areia, ela logo tirou o sapato. Nem parecia a patricinha que não queria dormir num barraco. Quem diria, agora estava sem calçados na areia da praia, na verdade achei que ela fosse muito fresca para isso, Alessandra me surpreendia cada vez mais.

- Então agora já pode me falar de você - O que quer saber ?

- Não fica perguntando fala - Está bem vou fazer m ping pong de mim - Ok. - Meu nome é Julia, tenho 23 anos, trabalho num market dentro de um condomínio de luxo. Vim de Brasília há dois anos. Para trabalhar e ajudar meus pais. Viajo todo ano para lá para visitá-los. Não estudo, gosto de sair e usar camisas xadrez. Não sou muito de beber, e estou apaixonada por você - Eu também.

- Então não estamos tão mal - Por que saiu de casa ?

- Eu queria ajudar meus pais - Eles são necessitados ?

- Na verdade meu pai sofreu um acidente de trabalho a uns anos. Perdeu a mão - Nossa - Pois é o patrão dele não quis pagar a indenização meu pai luta na justiça até hoje. Na época ele ganhava bem e eu estava fazendo faculdade. Meu pai pagava tudo eu estava começando na faculdade sabe ?

Estava quase conseguindo um estágio. Dai explodiu essa bomba e meu pai teve que parar de trabalhar minha mãe não podia fazer esforços, pois tem problemas cardíacos e eu tive que sair da faculdade para ajudar.

- Mas por que veio para tão longe ?

- Pois é. O ex patrão do meu pai. Ameaçou a minha família. Meu pai achou melhor eu ficar longe da situação.

- Gente, mas que homem é esse que faz esse tipo de e coisa

- Eu não sei - Não o conhece ?

- Não. Nem quero. Eu mando dinheiro para os meus pais todo mês. E vou lá nas festas de fim de anos, depois volto.

- Seu Paulo foi o único que empregou você - Sim - Seus pais te aceitam ?

- Sim eles são mente aberta - Que bom. Mas e você fazia faculdade ?

- Sim eu estava no começo.

- De quê ?

- Publicidade - Nossa é legal - Sim. Era - Eu sinto muito - Não tenha pena de mim, mas se estiver com pena, pode me dar um beijo para compensar.

- Folgada Nos beijamos, e nos desligamos do mundo. Exatamente por isso não percebemos que duas amigas da Alessandra estava se aproximando. As amigas pararam atrás de nós e nos ligamos novamente ao mundo ao ouvir.

- Eu não acredito. Alessandra - Pamela, Bruna. Não é o que vocês estão pensando.

- Você estava beijando uma mulher ?

Parte 9 - Não Meu coração pulsou. Não podia acreditar que Alessandra me negaria na frente das amigas só para manter a pose - Ela não uma mulher - Como não nós vimos - Ela é minha namorada Eu sorri por dentro e por fora, finalmente eu podia acreditar que ela realmente estava apaixonada por mim. Não estava mentindo. Uma pessoa só ama quando consegue colocar a outra a sua frente e ela fez isso. E eu gostei - Isso mesmo sou namorada dela Eu a abracei - Namorada ? Mulher com mulher é isso mesmo ?

- Pâmela nós somos amigas - E daí ? Você é a maior pervertida que já vi como pode? Não tem vergonha ?

- Não vejo nenhum tipo de falta de vergonha em namorar - Uma mulher ? Nem bêbada - Não vai rir também Bruna ?

- Vamos embora Pam - Bruna são duas mulheres não acha anormal ?

- A única anormalidade aqui é você - Não acredito. Está discordando de mim Bruna ?

A tal da Bruna não era tão idiota quanto a tal da Pâmela. As duas saíram rindo, Alessandra parecia frustrada com o que aconteceu. Ela se jogou na areia.

- Eu sinto muito - Tudo bem. Deu para ver que não tenho amigas.

- Escuta Alessandra.

- Tudo bem - Escute-me. Amigos não te fazem perguntas eles a respondem.

- Como assim ?

- Se fossem suas amigas. Não perguntariam se é lésbica. Sentariam do seu lado e diriam “Sim você é lésbica, mas ainda somos amigas” - Tem razão. Isso foi bonito.

- Não sei no que elas estavam interessadas, mas não era na sua amizade.

- Você tem razão eu sou uma patricinha, as pessoas só aproximam de mim pelo dinheiro - Não é assim. Não se mate por isso. Vamos para casa precisa descansar.

- Aonde vai dormir ?

- Vou te deixar em casa e voltar, amanhã é sábado não trabalho vou poder dormir um pouco mais.

- Dorme comigo?

Confesso que me derreti com aquele pedido. Mas fiquei com medo. Eu não trabalhava aos sábados, mas a loja abria e Seu Paulo poderia me ver.

Imagina a confusão que ia dar.

- Seu Paulo pode me pegar.

- Por favor.

- Sim, pedindo assim. Vamos

Levei-a até em casa e dormimos juntas dessa vez pude ficar mais tranqüila. Não tive medo, afinal eu não estava trabalhando e nem tinha que sair correndo. Mas a noite, ou melhor a madrugada, logo virou manhã. Acordei e Alessandra não estava na cama, sento o cheiro do café fresco e queijo minas. Levantei da cama e olhei de fininho, e não é que ela sabia mesmo fazer comida ? Dei um leve sorriso e voltei para cama logo depois ela veio com a bandeja na mão.

- Café na cama - Nossa assim vai me acostumar mal.

- Bom dia Deu-me um beijo e deitou ao meu lado. Tomamos café juntas.

- Eu estava pensando em pegar um cinema o que acha ?

- Boa ideia que filme quer ver ?

- Não sei Ju - Ju? Me chamou de Ju ?

- Não pode?

- Sim eu só não imaginava.

- Ju, Minha Julia qual o problema ?

- Vai saber.

- Quer ou não ir ao shopping ?

- Sim vamos. Eu posso tomar um banho ?

- Sim a casa é sua.

Antes mesmo que eu pudesse me levantar escutei alguém bater na porta.

- Ora. A essa hora ? Estava esperando alguém ?

- Eu não moro aqui - Tem razão espera. Vou espiar pelo olho mágico - Sim Alessandra olhou e voltou assustada.

- Jesus - O que foi é o matador de aluguel ?

- Que matador ?

- Não sei eu não moro aqui. Que diabos! O que foi ?

- É o meu Pai - O quê? Seu pai ?

- Sim - Por quê não me disse que ele vinha aqui ?

- Eu não sabia. Estranho ele nunca vem sem avisar - E agora ?

- Temos duas opções - Quais?

- Eu te apresento a ele como minha namorada e ele te mata e me mata depois.

- E a segunda ?

- Você pode entrar no armário Sem essa de entrar no armário já faz tempo que sai de lá.

- Não esse tipo e armário - Quer que eu finja que sou hétero ?

- Não quero que entre no armário - O armário de roupas ?

- Sim - Ah aonde fica ?

- Lá em cima rápido vá sem fazer barulho.

Subi as escadas correndo e fiz mais barulho do que jamais havia feito.

Ela fez um tipo de “shiu” para mim e subi em silêncio - Pai. Que surpresa - Oi querida como está ?

- Bem, eu não o esperava - É mesmo - Entre O pai de Alessandra entra e senta no sofá - Estranho tem café para mais de uma pessoa aqui, tem certeza que não sabia que eu vinha ?

- Não eu não sabia. Mas o que o trouxe ?

- Vim te ver estava com saudades.

- Ah que legal. E trouxe uma pessoa que você vai adorar rever - É mesmo ?

- Sim. Tente adivinhar - Pai eu não faço ideia - Pode entrar Ele gritou - Jonas - Oh Ale - Jonas ?

- Ale Jonas era ex namorado de Alessandra, mas ex namorado mesmo de uns 5 anos atrás quando Alessandra ainda não sabia o quanto mulher era bom não só para os olhos quanto para saúde. O fato é que O pai de Alessandra adorava o cara por que ele era advogado e metido a culto sempre fez questão que ficasse com Alessandra.

- Acho que essa coisa de nomes tinha que parar.

- Pai o que significa isto ?

- Eu pensei. Jonas vai resolver um caso aqui no Rio de Janeiro e você mora aqui e ele não tinha aonde ficar. E vocês já se conhecem. Então eu resolvi deixar ele aqui com você.

- E quando foi que me perguntou se eu queria isso ?

- Não tem que querer eu pago suas contas aqui.

- Pai esse cara não pode ficar aqui - Por que não ele é um ótimo partido - Eu não estou procurando homem - Querida eu sei que ainda está confusa com o que aconteceu. Sei que ficou com mulher por que era só uma fase, mas isso que já passou.

- Fase ?

- Sim. Tanto que esqueceu aquela tal menina - O senhor me fez esquecer - Querida - Pai não tem sentido - Ok. Já fui muito bonzinho. Você ainda vive com meu dinheiro eu pago essa droga eu pago a sua faculdade eu pago o que você veste e eu gasto tempo e dinheiro com a sua brincadeira idiota de moda então está na hora de ser legal comigo e agradar ao Jonas. Ele é um bom rapaz, vá tirar esse trauma que você tem de homens. Não tem outra opção e eu.

Vou embora O pai de Alessandra saiu e bateu a porta feito um cavalo o tal do Jonas? Ficou sentado na mesa tomando café. Eu sai do armário e desci as escadas em silêncio mas como sempre sou nada discreta fiz um barulhinho e o Jonas me viu. Alessandra também me viu e abaixou a

cabeça desconsolada.

- Então senhorita Alessandra o chuveiro está ótimo - Ah que bom eu estava louco para tomar um banho quente - Você é a síndica ?

- Não Jonas, ela é minha amiga - Sim, amiga - Eu também sou amigo da Julia. Prazer - Prazer - Quer tomar café com a agente ?

- Não ela já estava de saída não é amiga ?

- Sim Julia acenou para mim e fui logo pra casa

Parte 10 Mais tarde fui até o apartamento da Alessandra bati na porta e quem veio me atender adivinha quem veio me atender.

- Oi amiga da Alessandra tudo bem ?

- Sim a Julia está ai ?

- Sim ela está no banho que entrar ?

- No banho ? E você estava fazendo o quê ?

- Eu estava assistindo um programa de receitas sempre assisto.

- Receitas ?

- Sim. Sabe cozinhar ?

- Não eu só gosto de assistir. Na verdade eu gosto mesmo de roupas.

- Roupas - Sim admiro a Ale, ela é corajosa em fazer em moda é ousada.

- Você não é advogado ?

- Sim, adoro advogar. Mas na verdade eu tenho vário hobbies - Sei - E você ? Aposto que gosta de The L World ?

- Eu gosto como sabe ?

- É o melhor seriado que existe. Na verdade eu acho que deveria ter um tipo desse só de homens - O que disse ?

Nesse momento Alessandra chegou.

- Oi - Ou Julia está linda - Obrigado Jonas - Vocês vão sair ?

- Sim. - Bom - Jonas fique sinta-se em casa - Pode deixa Saímos do apartamento e pegamos o elevador - Ele é gay ?

- Não sei - Só pode ser gay - Se fosse. seria bom - Mas vocês já namoraram - Sim eu sou lésbica ele pode ser gay.

- Ele é gay ?

- Não perguntou ?

- Acredito que não, mas tenho uma notícia boa. Ele disse que não que fazer o jogo do meu pai. Não que namorara comigo nem me cantar. Só vai passar um tempo aqui - Por que ele é gay - Por que acha que todo mundo é gay - Ele assiste programa de receitas e não que ser “chef” - Isso é preconceito Julia - Não. È Gaydar - E dai ele gosta de cozinhar - The L world ?

- O que tem ?

- Ele assiste - Deve ser tarado por lésbicas

- Sei ?

- Sabe de uma coisa o que tem a ver isso? O fato é que não precisa se preocupar, ele não vai tentar te matar nem a mim.

- Ele sabe de nós - Não eu ainda não contei - Pretende ?

- Não sei. Escuta temos coisa séria a falar.

- O quê ?

- Meu pai. Eu não sei por que ele veio - Você não tinha falado que ele veio a negócios ?

- Foi o que ele disse, mas é final de semana não faz sentido - Tenho uma ideia e se você perguntasse ao Miss Jonas ?

- Miss Jonas ?

- O que é isso ? Você é louca.

- Vai saber Ela me olhou e me beijou.

- Acha que ele saberia ?

- Bom se o seu pai mandou que ele viesse - Mas e se ele não mandou ?

- Como assim tá na cara que esse Jonas é pau mandado ele é gay - Que diabos tem a ver uma coisa com a outra você também é gay. As pessoas mandam em você ?

- Não - Então estou mandando que para com isso - Já parei - Obrigada - Mas você tem razão vou perguntar ao Jonas.

- Está bem. Quer tomar um sorvete ?

- Não. Eu não vou poder ficar por ai hoje.

- Por aí ?

- Sim. Meu pai está em algum lugar no Rio de Janeiro e pode nos ver - Mas ele não disse que ia voltar ?

- Disse. Mas ele é o meu pai. Nunca diria a verdade.

- Está bem. Então hoje acho que vou ficar sem você - Vai ser por pouco tempo, logo isso acaba o Jonas se manda junto com o meu pai e agente volta a ficar juntinha. Pode passar um tempo lá em casa - Isso é bom - Ah aqui esse é o número do meu telefone - Nem acredito que esse tempo todo ainda não trocamos - Sim.Tenho que ir. E você direto para casa senhorita “Ninguém manda em mim” - Está bem.

Fiquei olhando Alessandra ir embora andava feito uma boneca era linda de qualquer jeito.

Parte 11 Alessandra chega em casa em Jonas está lavando louça - Jonas oi - Oi querida - O que está fazendo ?

- Ah! Eu lavei a louça tinha muita coisa suja na pia.

- Ah nem sei como agradecer por isso - Não precisa eu é que não sei como agradecer por me hospedar aqui - Eu fui intimada pelo meu pai - Não você tem um bom coração seu pai é um idiota - Você acha mesmo ?

- Sim. - Já que você acha mesmo isso. Me diz uma coisa Jonas - Claro - Por que você veio ? Por que meu pai te trouxe ?

- Ele me mandou pra te vigiar. Seu pai estava desconfiado que você estava saindo com mulher de novo - Idiota eu sabia - Sabe o estranho ? Ele falou como se fosse um desvio, uma coisa que você~e faz quando ta bêbada. Seu pai é um ignorante.

- Do que está falando. Ah qual é Ale ? Nós não somos idiotas - Nós ?

-Sim você e eu namoramos a uns 5 anos atrás. Eu sempre notei que você não curtia muito homem e só não liguei por que eu também não curtia muito mulher - O quê ?

- Por que a admiração ? Vai dizer que não sabia que sou gay ?

- Saber. Saber não, mas eu sei lá - Sua namorada sabe - Namorada ?

- A vai dizer que a menina bonita que veio aqui e que estava no seu armário no dia que cheguei não é sua namorada?

- Como sabe que ela estava no armário ?

- Acha que nunca fiz isso ? Olha segredo já escondi uma cara no armário do escritório do seu pai - Oh Deus é sério ?

- Sim. Quem diria ?

- Somos amigas então ?

- Sim. Isso parece uma piada não posso acreditar.

- Se te serve de consolo ainda que fosse hétero. Eu jamais teria preconceito com você. Jamais faria o jogo do seu pai.

- Obrigada - De nada. Escuta por que não chama a sua namorada para irmos ao shopping ? Podemos comprar roupas e ver umas coisas por ai. Andar pela noite.

- Não sei se é uma boa ideia. Meu pai ainda está por aí.

- Tem razão. Tem que ser discreta - Você também - Não diga que não estou você nem desconfiou.

- Verdade - Mas me fale. E a sua namorada ?

- O que tem ?

- Ela é boa pessoa ?

- Sim ela é incrível. Nunca conheci ninguém como ela antes - Nem a Fernanda ?

- Fernanda nunca me amou - Você sabe que seu pai pagou ele armou tudo - Sei, mas as coisas colaboraram para me mostrar que não era para ser - Entendo, mas você ama a Julia ?

- Acho que sim ?

- Já disse a ela - Não, ainda não.

- Deveria mostrar sentimentos faz bem as vezes - Agente se da muito bem. Ela me apoia me entende é uma grossa e se veste mal. Mas é uma mulher linda incrível.

- Bom mesmo que não diga que a ama eu já sei que ama - É bom ter você como amigo. Confesso que achei que fosse uma ameaça na minha história com a Julia.

- Eu acho você super fofas, jamais atrapalharia.

- Bom eu estou com um sono danado. Preciso dormir.

- Vai sim duma em paz

Parte 12 No dia seguinte Alessandra acordou mais cedo. Jonas ainda estava dormindo ela foi direto para casa de Julia. Bateu na porta Julia logo veio atender.

- Oi querida tão cedo ?

- Sim. Como você está ?

- Estou bem e você como está ?

- Bem, olha meus parabéns você acertou em cheio.

- Ta falando do quê ?

- Do “gaydar”. O Jonas é gay mesmo - Eu sabia Comemorei ainda não sei porque, mas comemorei.

- E ele me disse que meu pai ta vigiando. Mandou ele para me vigiar acredita nisso ?

- Pois é eu sabia, ma e ele ?

- Disse que não vai entrar no jogo do meu pai - Então está do seu lado ?

- Do nosso lado. Ele até gostou de você - Hum amiga!!!

- Para com isso. Com você está ?

- Bem tive uma ótima noite que só não foi melhor por que não estava comigo.

- Hum mocinha. Tenho uma notícia ruim.

- Notícia ruim ?

- Sim. Meu pai não está muito bem. Vou te que viajar para ver como ele está - Mas não é perigoso ?

- Acho que não ele disse que não tinha perigo - Mas e o patrão louco dele ?

- Bom isso já faz muito tempo ele já desistiu de ser louco. E além do mais devem ter sido só ameaças.

- Mais do jeito que você falou. Parecia muito pior que isso - É. Eu sei . Mas não se preocupe ele nem deve lembrar mais de mim - Está bem. Eu ainda to pensando como vai ser chegar na faculdade na segunda - Bom vai ter que saber lidar com a situação - Eu não sei se estou preparada para isso - As vezes parece que você nunca viveu uma situação como essa.

- Mas eu nunca vivi, lá na minha terra todo mundo sabia quem era meu pai, ninguém se arriscava a zombar de mim.

- Tem certeza que era por isso ?

- Não teria outro motivo - Talvez você apenas estivesse mais livre, mais solta.

- Como assim ?

- Sabe eu já fui vítima de preconceito várias vezes amor, e por muito tempo, muitas vezes me senti frustrada pelo que as pessoas diziam, ou pensavam. Eu assistia noticiários e pesquisava notícias de gays assassinados e chegou um momento em que achava que todos poderiam querer me matar se soubessem que eu era lésbica. Quando eu andava na rua achava que todos estavam me olhando.

- O que isso quer dizer ?

- Só mudei de postura quando decidi esquecer os outros e pensar só em

mim. Percebi que perdia muito tempo fugindo de um fantasma que só existia para mim. Preconceito é um fantasma interior que assombra quem não está disposto a fazer nada para mudar.

- Então está me dizendo que preconceito não existe e além de tudo é culpa nossa ?

- Não. Estou dizendo que se passássemos menos tempo gritando e chorando diante das atitudes insanas dos homofóbicos e gastássemos mais tempo fazendo coisas para mudar o mundo no geral para mostrar a comunidade LGBT de forma positiva provaríamos automaticamente que estão errados.

- Ainda não entendi - Está bem. Você é esperta pense. Einstein era retardado até que inventou leis que mudaram a história da física. Pelé era só mais um negro correndo atrás de uma bola, até que se tornou o que melhor se esperava de um artilheiro. Nós seremos só mais uns gays e lésbicas até que mostremos a que viemos.

- Já pensou em fazer política ?

- Não não me sinto bem como líder.

- É uma excelente teoria.

- Então entendeu ?

- Sim, mas no meu caso não adianta eu inventar a teoria da relatividade na faculdade, na segunda feira, todos vão zombar de mim - Pode ser, mas o que fará a diferença é o que vai fazer com o que eles vão dizer.

- Vou lembrar disso Ela me olhou de um jeito que nunca tinha olhado antes e aquilo de certa forma me espantou era como se Alessandra estivesse me conhecendo mais não desde o primeiro dia e sim daquele dia em diante.

-Você é um encanto.

- Que bom que descobriu - Tenho que ir - Cuide-se - Pode deixar Alessandra foi embora e eu entrei para arrumar as malas, afinal tinha uma longa viagem a fazer

PARTE 13 Arrumei minha mala e logo sai de casa para o aeroporto. Não parei de pensar na Alessandra naquele momento, afinal ela realmente teria um dia longo na segunda feira e eu não poderia estar lá para ajudá-la.

Mas meu pai estava mal e eu tinha que ir Viajei por horas e logo cheguei em casa. Achei estranho, pois não havia ninguém lá eu chamei por horas e ninguém veio. Então resolvi bater na porta da vizinha - Dona Teresa - Oi minha filha. Uai o que faz aqui - Como vai ?

- Bem, mas não sabia que você vinha assim tão do nada.

- Pois é,mas minha mãe me ligou disse que papai não estava bem - Estranho, seus pais viajaram ontem para casa de uns tios seus - Mas não me avisaram nada - Eles saíram as pressas ontem

- Mas por que me ligaram ?

- Bom tem certeza que foram eles - Sim era a voz do meu pai e da minha mãe - Por que não tenta ligar para o celular da sua mãe - Eu vou tentar, mas isso foi muito estranho - Bom você quer passar a noite aqui ?

- Não, eu vou tentar contato com meus pais e depois vou voltar para o Rio. - Está bem, mas entra come alguma coisa menina.

- Dona Teresa eu só queria mesmo deixar minhas malas aqui.

- Está bem deixe as malas aqui Peguei meu celular e liguei para ligar o telefone chamava, mas ninguém atendia a droga do telefone aquilo foi bastante estranho. Depois de muitas horas ligando finalmente minha mãe atendeu.

- Oi - Pai! Por quê não me atendeu antes ? Estou ligando há horas - Filha como está ?

- Bem pai eu estou aqui em casa.

- Em casa ?

- Sim, o senhor me ligou não foi?

- Filha na verdade eu tentei ligar ontem, mas não consegui porque seu celular estava desligado o tempo todo.

- Isso é muito estranho, pois eu não te liguei ia ligar pra avisar que vinha para a casa de sua tia Anne, mas você não me atendia - Pai algo aconteceu alguém me ligou e pediu para eu vir para cá.

- Bom se foi alguém mal intencionado o melhor que pode fazer é voltar para o Rio correndo.

- Vou fazer isso pai. Voltei para casa de Teresa eu havia me afastado um pouquinho da casa para poder telefonar. Mas quando voltei dona Teresa havia sumido eu entrei na casa devagar tentei não fazer barulho e ser o mais discreta possível peguei um guarda chuva e entrei gritando - Quem está ai ? Eu tenho uma arma Parecia mais um guarda chuva.

- Anda quem está ai ?

Entrei na casa e a Teresa estava desacordada caída no chão e minhas malas haviam sumido. Haviam roubado todo o meu dinheiro e minhas roupas - Teresa. Dona Teresa acorde por favor.

- O que aconteceu ?

- Me diga a senhora - Eu não me lembro. Alguém me atingiu na cabeça depois não lembro de mais nada - A senhora está bem ?

- Minha cabeça. E você - Eu me afastei um pouco para telefonar e quando voltei tinham roubado minhas malas - Que tipo de idiota rouba malas ?

- Na verdade nas minhas malas também estava o meu dinheiro que economizei para comprar as passagens.

- Não tem dinheiro para voltar ?

- Agora não tenho mais - Eu sinto muito. Posso te arrumar o dinheiro. Você tem que sair daqui

o mais rápido possível. Com certeza isso foi uma armação - A senhora tem razão.

- Vou pegar o dinheiro e você volta - Teresa. Não diga nada aos meus pais eles vão ficar aterrorizados.

- Sim vamos fazer uma coisa. Quando seus pais te ligarem você deve me ligar para confirmar assim vou perguntar a eles. Eles vão me dizer e eu te ligo de volta - Obrigada é uma excelente ideia - Sim vou pegar o dinheiro - Teresa me deu o dinheiro para eu voltar para casa eu fui direto ao aeroporto sentei-me para esperar o voo que só iria sair dali a uns 20 minutos o celular tocou.

- Alô - Julia - Sim sou eu que tá falando ?

- Você sabe - Não sei não - Pense bem. Vai saber - É o patrão do meu pai - Garota esperta - Eu sabia - Mas não sou, mas trabalho para ele - Um qual o nome do safado. Ele sabe tudo de mim e da minha família eu deveria saber algumas coisinhas dele - Não pode ele nunca se mostra é um grande empresário não pode andar por ai tem um milhão de pessoas querendo a cabeça dele - Ele negou um indenização ao meu pai sendo que ele perdeu a mão naquela máquina idiota - Seu pai é um golpista ele não te disse - Não disse o quê ?

- Ele não contou - Não sei do que está falando - Seu pai não é o santo que pensa. Meu chefe vai acabar com a a família de vocês se não desistirem do processo idiota - Não vamos desistir. Meu pai merece uma indenização.

- Não vamos falar sobre isso Julia, mas ainda vai de dar mal por confiar no seu pai - Aonde está aparece cara - Você é uma “menininha” bem abusada. Acha mesmo que vai encarar um cara?

- Sou mulher e não tenho medo de homem.

- Um deveria eu estarei no mesmo avião que você - O quê O telefone foi desligado fiquei desesperada eu não podia entrar no avião com medo de alguém que eu nem sabia quem era. O telefone tocou novamente.

Alô quem é você ?

- Sabe desisti. Não vou no avião não. Você já tem muitos inimigos não quero ser mais um. Pelo menos não mais um que você veja.

Aquilo foi tenso me senti num filme de ação o que aquele cara quis dizer com meu pai não era o que eu pensava ? Meu velho estava doente e sem uma das mãos ele era inofensivo. E por quê me atrair até a minha cidade para me aterrorizar ? Aquilo tudo me deixou louca. Mas pelo

menos eu iria poder voltar para casa mais cedo e estar com a Alessandra ela ia ter um dia difĂ­cil.

PARTE 14 - Alessandra ?

- Escuta Pamela, eu não estou afim de conversar - Nem eu. Eu quero é te zoar - Por favor - Me fala como é beijar a boca de uma mulher hum ? É gostoso?

- Não precisa fazer isso - Claro que preciso eu faço questão de que todos saibam que a representante da turma é gay.

- Vai ganhar o que com isso?

- Não sei, quem sabe eu não fico tão popular quanto você era.

- Achei que fôssemos amigas Um menino chamado Brad do qual Julia sempre zombava por que usava sapatos e roupas feias se aproximou e disse - Alessandra você ria dos meus sapatos, mas na verdade adora um sapatão não é ?

- Não ridículo Brad - É verdade Brad a Alessandra ria de você por que na verdade ela não gosta muito da fruta.

- Ui. Me diga como é ser lésbica. ?

Milhões de pessoas falavam ao mesmo tempo a cabeça de Alessandra parecia que ia pifar quando Julia chegou - E você digam. Qual foi a última vez que se olharam no espelho ?

- Julia - Oi querida - O que faz aqui ?

- Não sei.

- Eu me olhei no espelho e não sou gay.

- É mesmo. E qual seu nome ?

- Brad - Brad. Se você não for o Brad Pitt. Esse nome é de baitola.

- O quê ?

- Sim e me diz uma coisa quando foi mesmo que você teve uma ejaculação precoce vendo filme pornô lésbico - Nunca - Oh! É Mesmo? Com esse músculos sarados, aposto que toma bomba - Eu não te conheço - Não, e nem vai querer conhecer. E voces Falei gritando e com muita raiva - Vocês são um monte de medíocres pobres de espírito nunca vão se completamente felizes por que o preconceito idiota de vocês só está atingindo a vocês mesmo.

- Julia não precisa - Vamos - Vai me levar para casa ?

- Nunca. Você vai assistir aula com todo mundo e se um idiota desses toca num fio de cabelo seu eu mato.

- As vezes você pensa que é muito forte.

Todo mundo saiu olhando para nós duas de cara feia, mas logo se afastaram. Alessandra passava um pouco mal, mas era só o stress então eu a levei para tomar um suco numa lanchonete próxima dali - O que faz aqui não estava viajando ?

- Sim é uma longa história - Conte-me - Alguém armou para eu viajar.

- Como assim ?

- Armaram para e ir até a minha cidade, iam fazer algo, mas acho que desistiram.

- Eu te disse que era perigoso.

- Eu sei, mas para todos os efeitos não aconteceu nada estou bem.

- Graças eu não estou.

- Não esqueça do que eu disse. É o que pensa e não o que dizem.

- Eu sei. Mas não é fácil que bom que veio - Eu disse que estaria sempre aqui - Disse.

Nesse momento Bruna a mesma menina que estava com Pamela no dia da praia se aproximou.

- Ale - Bruna. Ah não acredito você veio até aqui para rir de mim ?

- Eu deveria você e a Pamela já humilharam muita gente na faculdade é merecido você sentir um pouco do seu veneno - Era só o que me faltava - Mas não vim aqui para isso.

- Então para quê - Vim dizer que eu não tenho preconceito com você - Você é lésbica também ?

- Julia Alessandra me cutucou - Que foi ? É ou não é ?

- Não sou. Mas não tenho nada contra. Vejo voces como um casal normal.

E acho que a Pamela é uma idiota.

- E vai fazer o quê dizer a ela ?

- Eu até poderia, mas não vou perder meu tempo. Quanto a você sabe que ela vai infernizar não sabe?

- Eu sei. Eu que pensei que ela era a minha amiga. E o Brad dizia que era apaixonado por mim - Ah é mesmo um cara apaixonado pela minha garota - Se manca Julia isso não é hora para isso.

- É mesmo Julia sem contar que é um ciúme ilógico a Ale nunca deu mole para ele.

- Quem bom Ale. Ela sorriu e me abraçou - E você Bruna você sabe como a Pamela é se ela te ver comigo vai arrumar um jeito de te afastar.

- Não parece, mas eu tenho personalidade e quero ser amiga de vocês e esquecer que a idiota da Pamela existe - É um bom começo na sua regeneração. Prazer eu sou Julia - É eu sei eu sou Bruna - Prazer Bruna.

- Vamos voltar para o campus me leva de volta - Está bem vamos

PARTE 15 Levei Alessandra de volta ao campus da universidade ela entrou ainda muito assustada, mas parecia mais tranquila. E fui para o trabalho.

- Bom dia Seu Paulo - Bom dia Precisamos conversar dona Julia - Claro Seu Paulo eu esqueci de alguma coisa - Na verdade eu esqueci.

- Esqueceu de quê ?

- Eu lhe disse que não aceitaria envolvimento com clientes - Do que está falando Seu Paulo ?

- Não precisa mais fingir senhora Julia eu vi as fotos - Fotos que fotos ?

- A que mandaram pela internet como um vírus.

- Desculpa, mas não sei do que está falando - Ah não olha aqui no meu celular.

Olhei o celular do Seu Paulo haviam vária fotos minhas com a Alessandra no dia em que saímos pra balada, no dia da praia enfim haviam fotos nossas juntas em vários momentos eu não podia negar e na verdade nem queria.

- Seu Paulo olha o senhor sempre me aceitou - Acontece que isso aqui já é demais aceito você ser lésbicas e ficar na sua agora pegar mulher aqui não.

- Seu Paulo não sei se o senhor sabe, mas entre mil coisas que significam ser lésbica uma dela é ficar com mulheres.

- Saia agora do meu estabelecimento.

Arrumei minhas coisas e fui para casa eu não sabia como aquelas fotos tinha se espalhado, não fazia ideia o que eu sabia é que estava demitida e agora estava ferrada também. Eu sai da loja com minhas coisas e fui para casa liguei para Ale.

PARTE 16 - Ale - Oi amor - Oi como estão as coisas por ai ?

- Tudo bem as pessoas estão me olhando estranho como já era de se esperar - Mais você está bem ?

- Sim. Você é que está com uma voz estranha parece até que tomou um tiro.

- Aconteceu uma coisa eu precisava muito te ver.

- Bom podemos almoçar juntas.

- Não sei se é boa ideia - Por quê não ? Você vai ter que almoçar não vai ?

- Sim, mas não… Enfim aonde podemos nos encontrar ?

- Vem aqui me buscar - Está bem - Beijos - Beijos Desliguei o telefone e fui tomar um banho fiquei horas em baixo do chuveiro tentando entender o que havia acontecido. Como aquelas fotos foram parar na internet ? Como foram parar no celular do seu Paulo ?

Eu precisava descobrir logo, pois estava enlouquecendo tinha sido o pior dia da minha vida. O tempo passou rápido e logo fui ao encontro de Alessandra.

- Oi - Oi Ale - Que cara é essa ?

- Agente pode ir a sua casa ?

- Sim claro, mas você não que almoçar comigo na rua ?

- É que eu estou sem dinheiro - Estou te convidando para almoçar e não te pedindo um empréstimo - É uma ótima justificativa.

- Podemos ?

- Sim Caminhamos de mãos dadas pelas rua, não eu nunca tive vergonha de exibir quem sou pela rua. Nem ligo para o que pensam eu já disse isso antes. Paramos num restaurante e sentamos.

- Então o que houve - Eu fui demitida - O quê ?

- Seu Paulo me demitiu - Mas como isso é possível você disse que ele era o único que te aceitava.

- Eu sei, ,mas ele descobriu que estávamos juntas disse que não aceitava namoro de patrão com empregado e me demitiu - Mas eu não sou sua patroa.

- Tecnicamente sim - Eu vou lá embaixo agora isso dá processo.

- E vamos fazer o quê colar figurinhas de The L World na parede da loja como protesto ?

- Claro que não. Eu posso pedir para o meu pai entrar com uma ação judicial

- Você está se ouvindo ?

- Seu pai é o cara mais homofóbico que já vi ficou louca ?

- Desculpa. Bom como vai fazer agora ?

- Eu não faço ideia, mas tenho que arrumar um emprego logo, afinal eu não posso ficar desempregada por muito tempo.

- Ai amor isso tudo é por minha causa.

- Não é. Nós decidimos ficar juntas e sabíamos que as coisas não seriam tão lindas como nos filmes.

- Verdade. Está tão triste.

Alessandra começou a beijar-me suavemente os lábios - Está se aproveitando da situação é ?

- Imagina, mas subliminarmente quero te dizer que o Jonas não está em casa. Estamos sozinhas - É mesmo ?

- Sim Subimos para o quarto, nos deitamos na cama e mais uma vez eu pude sentir o gosto de Alessandra em meus lábios sentir sua pele e seu corpo sobre o meu. Cada vez que fazíamos amor era como se o mundo parasse apenas naquele momento e nada mais importasse eu sentia isso enquanto a beijava, senti isso enquanto passava minha mão de leve em sua barriga e escorregava por entre suas pernas e senti isso e mais um pouco quando a fiz gemer de prazer sobre meu corpo. Estar com Alessandra era sempre um prazer. Fazer amor com ela era sempre assim, como um nada no paraíso.

Acordei depois de um tempo e fui comer alguma coisa, Jonas ainda não havia chegado em casa e Alessandra ainda dormia, então decidi eu mesma fazer algo para comer. Abri a geladeira e peguei algumas coisas para fazer um sanduíche. Sentei na mesa da cozinha e estava lá pensando em como tinha sido bom estar com Alessandra quando então olhei no alto do armário e vi uma coisa. Uma coisa que me parecia muito familiar - Mas o que é isso

PARTE 17 Mais é a minha carteira.

- Amor já está acordada ?

- Fica longe de mim - Que isso amor que você tem ?

- Eu disse para ficar longe de mim não se aproxima - Que isso na sua mão ?

- Isso é minha carteira - Amor eu não quero te roubar eu sei que você foi despedia,e eu não vou te roubar nesse momento. Se bem que depois de você ter dado a minha bolsa na mão de um bandido merecia.

- Para de se fazer de boba. Essa carteira tinha sido roubada - Tinha aonde - Eu não te falei que armaram para mim lá na minha cidade.

- Você está me deixando confusa.

- Cadê a mala ?

- Mala ? Que mala ?

- Com as minhas roupas você sabe de alguma coisa. Eu sei que sabe.

- Amor se controla Eu fui chegando perto de Alessandra com calma, afinal ela podia estar armada.

- Olha aqui você ficou maluca de vez Julia O que eu não sabia é que Alessandra também estava preparada para tudo e quando me aproximei dela ela me deu um soco no ombro que doeu até a alma eu caí. Gente de onde essa mulher tirou tanta força ?

- Você ficou maluca? Isso doeu.

- Você que ficou louca - Precisava me agredir?

- Você estava me acusando de roubo. Qual seria o próximo passo?

- Garanto que eu não ia bater em você.

- Você está bem ?

- O que acha - Eu vou pega gelo Ela foi até a geladeira e trouxe gelo colocou em meu braço e me deu um beijo - Desculpa - Tudo bem eu também pirei legal.

- Será que eu posso tentar entender agora ?

- Primeiro me diz se me roubou ?

- Claro que não.

- Está bem.

- Lembra que te falei que alguém me ligou …

- Sim e você foi para sua cidade e chegou lá seu pai não tinha ligado.

O que tem isso ?

- Então quando cheguei lá fui telefonar e deixei minha mala na casa de uma vizinha. Só que quando voltei alguém havia dado uma porrada nela e roubado minha mala com tudo o que tinha dentro.

- Mas e daí ?

- E daí que essa carteira estava na mala e não faz o menos sentido ela aparecer aqui na sua casa.

- Vendo por esse lado não faz sentido nenhum mesmo.

- Alessandra você ?..

- Nem pense em perguntar sabe que eu jamais faria isso - Então Nos olhamos como se tivéssemos encontrado o paraíso na terra ela assustada e eu mais ainda. Então num relance parece que disparamos em pensar juntas e gritamos.

- Jonas - Não pode ser, ele não sabe nada de você.

- Tá mais e se ele estiver envolvido com quem sabe sei lá para ganhar um dinheiro me matando quem sabe.

- Você disse que essa história do patrão do seu pai não era assim tão grave - Eu sei o que eu disse tá. Eu só não queria que ficasse nervosa - O que mais eu não sei?

- Eu fui ameaçada no aeroporto alguém sabia meu número e ligou me ameaçando depois desligou.

- Desligou e disse o quê ?

- Disse o quê ?

- É Julia disse o quê - Disse que eu já tinha inimigos de mais e não queria ser mais um.

- Mas espera se a pessoa disse que tem inimigos e você estava vindo para o Rio isso significa que alguém aqui ta trabalhando para ferrar com você.

- Mas quem ? Alessandra -Não ouse - Tudo bem.

PARTE 18 Parecia piada, mas enquanto eu desconfiava de Alessandra nem eu sei por que, Jonas chegou eu estava sentada na mesa da cozinha. A raiva foi tão grande que levantei da mesa como se fosse pular um muro - Boa Noite meninas lindas - Não vem com essa de boa noite não. Eu te mostro o boa noite seu - Julia quer se acalmar - Mas o que está acontecendo ?

- Ah você não sabe ?

- Não - O que isso te lembra Perguntei levantando a carteira para que Jonas pudesse ver - Nossa Julia ainda bem que você lembrou - Lembrei de quê - Hoje de manhã deixaram essa carteira aqui perguntaram se você morava aqui e a deixaram eu peguei e guardei ai em cima para não perder, mas acabei esquecendo de avisar - Jonas nem para mim você falou nada ?

- Puxa meninas estou envergonhado nem sei o que dizer - Onde você estava Jonas hum - Alessandra qual o problema da sua namorada ?

- Nenhum Jonas ela só está nervosa. Vem amor vamos conversar lá em cima - Se tem alguém aqui que vai para o andar de cima esse alguém não sou eu.

- ótimo senso de humor, vamos.

Eu fiquei estagnada na sala olhando na cara do sujeito. Aquela história não me coube. Eu não acreditei em nenhuma palavra do Jonas com certeza ele sabia de alguma coisa e estava metido naquela história.

- Você ficou doida ?

- Não ele roubou minha carteira - Você não está usando a lógica. O Jonas estava aqui enquanto você viajava eu estava com ele não faz o menor sentido.

- Você viu ele receber alguma coisa de alguém ?

- Não. Mas posso afirmar que ele não foi até a sua cidade te roubar.

- Então como essa carteira veio parar aqui?

- Escuta. Se quer descobrir isso não pode fazer muito barulho - Como ?

- Vamos agir com ingenuidade. Você só confia em mim e eu só em você.

Não conta nada para ninguém.

- E o Jonas ? Ele mora aqui.

- Ele ta indo embora na semana que vem. Menos um.

- Está bem ? Como vamos fazer ?

- Olha primeiro você tem que esquecer assunto. Já teve tanto stress hoje.

- Tem razão.

- Posso confiar ?

- Pode - Dorme aqui essa noite - Não Eu não quero ficar aqui com seu amigo gay - Você não é gay não né ?

- Eu não gosto dele - Ele não precisa saber. Existe um ditado que diz mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda.

- Lindo e tem um que diz. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

- O que isso tem a ver ?

- Quebrar, partir - O quê - Esquece Nós descemos a escada e eu tive que pedir desculpa ao Jonas. Mas aquela história ainda não tinha me convencido

PARTE 19 A noite chegou e Alessandra estava trancada no escritório fui até lá ver o que estava acontecendo.

- Oi amor posso entrar ?

- Já entrou - Oi Eu dei um beijo na bochecha dela.

- O que está fazendo ?

- Estou tentando ter ideias para criar um trabalho da faculdade mais tá difícil - O que quer fazer?

- Bom eu tenho que criar uma peça que tenha algo a ver com misticismo e a pior parte eu tenho que criar uma campanha para poder vender essa peça.

- Mas isso parece fácil.

- Não para mim eu não entendo nada dessas coisas e o meu trabalho de fechamento e vai ser também uma oportunidade imensa - É mesmo por quê ?

- Porque no dia da apresentação vai ter passarela, os professores estarão lá os olheiros estarão lá.

- Sério igual em time de futebol ?

- Quase isso, só que os meus olheiros são os caras top de linha da moda aqui no Brasil e no exterior. E detalhe quem ganhar como a melhor apresentação da noite ainda ganha um fundo para começar o próprio negócio já imaginou eu dona de uma grife de moda um.

- Imaginei e achei você maravilhosa de madame.

- Verdade, mas nada disso será possível se eu não conseguir pensar em nada - Hoje é o seu dia de sorte. Estou inspirada - Vai me ajudar ?

- Só se for agora Sentei-me ficamos por horas pensando em alguma coisa. Logo a noite começou a virar madrugada e sem perceber dormimos estiradas na mesa é só acordamos pela manhã, ou melhor acordamos não Alessandra me acordou.

- Bom dia amor - Bom dia parece que dormimos aqui.

- Dormimos sim eu vou buscar café para você, para nós.

- Eu vou com você lá na cozinha - Amor fica aqui eu mesma posso trazer o café - Eu prefiro ir junto ai agente traz junto - Está com medo do Jonas ?

- Medo ? Que medo o quê ficou louca ?

- Está bem vem.

Cheguei na cozinha e Jonas estava sentado tomando café - Oi menina bom dia - Bom dia Jonas - Bom dia Julia?

Eu nem respondi nada apenas fiquei olhando para a cara dele - Amor o Jonas te deu bom dia - Ele sabe a resposta Sentei numa cadeira bem longe do Jonas e fiquei espiando Alessandra

fazer o ovo mexido.

- O amor você não tinha uma empregada ? Por acaso ela foi roubada ?

- Não amor eu dispensei não preciso de uma empregada sei fazer o que preciso.

- Nossa eu achei que adorava ter alguém fazendo tudo para você amiga.

- Não Jonas essa Alessandra acomodada morreu.

- É Jonas ela morreu Eu disse bem nervosa - Amor por quê você não vai lá para o quarto ? Espera o café lá - Prefiro esperar aqui mesmo - Nossa Julia você está recusando café na cama ?

- Estou e daí ?

- Nossa quem me dera alguém assim como a Alessandra me oferecendo café na cama - É mesmo Jonas - É sim Julia, eu adoraria café na cama - O idiota quer café na cama dorme na cozinha Jonas Alessandra riu, mas abafou o som do riso com as mãos - Olha vocês dois parem de brigar está bem? Vamos amor vamos lá para o quarto.

- Vamos sim.

- Escuta o que prometeu ontem ?

- Amor eu não gosto desse cara.

- Eu sei que não, mas o que aconteceu com o ditado do inimigo. Olha se ele for inimigo temos que manter ele perto da gente.

- Acha que é fácil. Eu já não gostava desse cara antes.

- Amor.

- Está bem eu vou tentar.

- Ótimo eu tenho que ir para faculdade e você vai trabalhar no nosso projeto - Já é nosso projeto ?

- Sim nosso projeto. Prometeu me ajudar não foi ?

- Sim prometi - Ótimo, mas tarde vamos passar na sua casa e pegar suas coisas - Minhas coisas ?

- Sim, já tem um tem pinho não ? Quero que venha morar comigo.

- Sério ?

- Engraçado Ela sorriu e saiu me dando um tchau zinho.

Parte 20 Assim que Alessandra saiu comecei a trabalhar no projeto. O projeto era o seguinte ela tinha a prática e eu a teoria, pois é ela não tinha a menor ideia de como começar a desenvolver uma roupa e tão menos como vender divulgar aquilo por cartazes e propaganda e eu sabia disso muito bem. Só não sabia desenhar nem fazer roupas, mas tinha ideias brilhantes de como poderiam ser. Então fazíamos um belo time. Jonas ainda estava na cozinha preferi não sair do quarto enquanto ele estivesse em casa, afinal esbarrar com ele me dava úlcera. Então achei melhor ficar ali mesmo. Alessandra foi para faculdade.

Enquanto isso na faculdade…

- Bom dia Lésbica - Qual a graça que você acha nisso Pamela - Não sei, mas é engraçado.

- Escuta aqui se eu fosse você parava de me encher.

- Ah é e por quê - Porque eu estou pedindo - E se eu não quiser ?

- Ai vou ter que pedir para calar a boca - É mesmo ? E se eu não quiser fazer isso também ?

- Escuta aqui garota Nesse momento Bruna entrou no meio e separou as duas antes que se enrolassem numa briga.

- Parem vocês duas - Foi ela quem começou Bruna você não viu ?

- Isso não importa Ale. É isso que ela quer.

- Quer dizer que Bruna entrou no time também?

- Cala a boca Pamela eu só quero ajudar - Mudou de time mesmo hein!

Bruna levou Alessandra para outro lugar, as duas foram para lanchonete e começaram a conversar.

- Você ta legal ?

-Estou ótima Bruna, obrigada.

- Por nada - Agora pode ser sincera. O que você quer ?

- Como assim Ale ?

- Por quê está me ajudando ?

- Você é minha amiga sabe disso.

- É a Pamela também era. E você era amiga dela.

- Eu sei, mas eu nunca fui a favor das coisas que vocês faziam você zoavam de todo mundo na faculdade. Vocês zoavam de mim também porque eu sou bolsista não tenho dinheiro para pagar.

- E me diz porque não se revoltou contra mim ao invés de querer me ajudar? Por que se revoltou contra ela ? E não contra mim ?

- Olha, isso não importa.

- Importa para mim - Ale - Você é lésbica ? Ta dando em cima de mim ? Porque se for isso eu já vou te avisando eu amo a Julia e sou fiel a ela.

- Eu não sou lésbica. Vocês reclamam tanto de preconceito e quando aparece alguém que te vê com normalidade você já acha que ta dando em cima.

- Desculpa Bruna eu to nervosa. Eu não aguento mais essa situação - Olha eu tenho uma coisa para te falar - Que coisa?

- Uma coisa esquisita que eu vi, e outra que eu achei.

- Ta falando do quê exatamente ?

- Eu estava caminhando na praia na segunda a tarde.

- E daí ?

- Pois é. E daí que eu vi a Pam ela saiu e uma carro tipo top de linha sabe ?

- Mas o que tem isso ?

- Pois é não é novidade para ninguém que a Pam e maior periguete que existe, só que nesse dia eu fui atrás dela. E começamos a conversar ela foi ao banheiro e eu aproveitei para dar uma geral na bolsa dela.

- Eu quero saber aonde que isso me interessa?

- Eu achei uma coisa na bolsa dela e essa coisa vai te interessar muito.

- O Bruna ta me irritando com essa conversa - Eu sei.

- Então para de enrolar e fala logo.

- Eu achei uma carteira.

- Sei e ai você abriu roubou o dinheiro dela e deixou ela lá sozinha na praia ? Para nossa alegria.

- Não. Eu nunca tinha visto ela com aquela carteira antes, até porque era masculina, então eu achei que ela tinha roubado do dono do carro.

Eu abri a carteira e..

- Bruna será que dá para ser ? Eu tenho aula daqui a pouco.

- Eu sei, mas eu tenho que te contar todos os detalhes - Olha o que eu tenho a ver com essa história ?

- Você tem a ver que a carteira era da Julia - O quê ? O que você disse ?

- Eu disse que de alguma forma a carteira da Julia estava na bolsa da Pamela.

- Mas isso é impossível Bruna.

- Eu não sei se é possível, ou não.

- O que você fez com a carteira ?

- Eu deixei na portaria do seu prédio com um velho que trabalho num market lá. Na segunda a noite.

- Espera aí, mas você sabe se ele levou essa carteira para dentro do meu apartamento ?

- Olha ele que disse que não. Disse que ia esperar a Julia voltar para trabalhar para entregar a carteira.

- Você lembra que dia foi isso ?

- Lembro, foi na segunda a noite eu já disse.

- Mas a Julia foi demitida na Terça pela manhã. O dono do Market o Seu Paulo, ele sabia disso ele era o patrão dela se você entregou a carteira na segunda a noite então na terça quando a Julia chegou ele devia ter entregado a ela.

- Eu queria te te contado antes, mas não tive oportunidade.

- Mas hoje é sexta e o Seu Paulo não disse nada e para variar essa carteira apareceu lá em casa em cima do armário na quarta feira. Olha que confusão.

- Como ?

- Ai é que ta Eu não sei porque o Paulo ele não tem as chaves dos

apartamentos. Mas o Jonas ele disse que entregou e se não foi você nem o Seu Paulo. Quem foi ?

- Tem alguma coisa acontecendo e você tem que tomar cuidado.

- Eu sei, mas o que não entendo é por quê. Eu não consigo achar uma ligação nisso tudo. Será que a Homofobia da Pamela vai tão longe assim ?

- Eu não sei, mas olha eu quero ajudar, com o que for preciso.

- Obrigada.

- Por nada - Quer saber já pode começar a me ajudar.

- Como ?

- Eu não posso assistir aula hoje. A Ju preciso disso agora. Pode copiar a matéria para mim ?

- Claro posso sim.

- Obrigada.

Alessandra logo chegou em casa.

PARTE 21 - Oi amor!

- Oi como você está ?

- To bem por que você está tão ofegante o que houve ?

- Agente tá sozinha?

- Não sei me diz que você que chegou agora.

- Cadê o Jonas ?

- Eu não sei, não sai do quarto desde que você saiu.

- Ele não te disse se ia sair ?

- Eu não perguntei amor eu nem sai daqui. Quer me dizer o que ta havendo ?

- Espera vou fechar a porta.

- Está bem.

- Amor eu acabei de encontrar com a Bruna e você não imagina o que ela me disse - Não mesmo eu não estava lá.

- Escuta porque isso vai mudar a sua vida - É mesmo ?

- Sim. A Bruna disse que na segunda a tarde ela saiu pra caminhar na praia e viu a Pamela de longe saindo de um carrão de bacana sabe?

- Hum legal e daí ?

- Como e daí ela faz programa agente sabe disso.

- Pois é.

- Só que ela saiu desse carro e ai a Bruna resolveu ir atrás dela pra ver que rolo era.

- Amor ta me deixando nervosa.

- É eu sei, mas tenho que falar assim se não perde a graça.

- Não precisa ser engraçado, eu só preciso entender o que houve.

- Amor ela abriu a bolsa enquanto a Pamela foi ao banheiro.

- Já sei. E roubou o dinheiro e deixou a Pamela na praia sozinha - Nossa foi o mesmo que eu disse - Foi isso?

- Não amor. Ela abriu a bolsa e achou uma carteira la dentro - Amor eu não acredito que você fugiu da faculdade pra me contar uma coisa dessas.

- É importante.

- Não é não. Aposto que eu vestida de Barney consigo ser mais interessante que isso - A carteira era sua. A mesma que apareceu aqui na cozinha.

- Ok. O barney pode esperar. Como assim ?

- Eu não sei.

- O que a Bruna fez com a carteira ?

- Ai é que vem a parte mais estranha. Ela entregou ao Seu Paulo na segunda a noite.

- Espera se ela entregou na segunda a noite e o Seu Paulo me viu na Terça de manhã. Por quê ele não me entregou a carteira ?

- Eu não sei.

- E por quê a carteira apareceu aqui em na quarta de manhã e como.

- Pois é o Jonas disse que entregaram, mas ele não disse quem foi.

- O Jonas essa história está estranha. Mas sei como vou resolver.

- Como ?

- Vamos ficar na calada e investigar isso.

- Nossa é tão excitante essa coisa de suspense.

- Na verdade não Ale, mas você tá ótima hoje, já te disse ?

- Ei. Controle-se.

- Desculpe. Bom vamos pensar. A Bruna pode ajudar muito ela pode seguir a Pamela.

- Depois de hoje eu duvido que ela confie na Bruna ela foi ao meu favor deixou a Pamela constrangida na frente de todo mundo - É mesmo. E quando ela vai dizer que quer “comer” você - Ai amor que termos feios - Desculpa, mas quando ?

- Ela não é lésbica - E por que o interesse então?

- Não sei, mas ela só que ajudar confio nela.

- O que aconteceu com a história de não confie em ninguém ?

- O que vamos fazer ?

- deixa comigo.

PARTE 22 Era sábado Jonas não havia chegado em casa era estranho, pois não era a primeira madrugada que ele sumia, então decidi agora com inteligência.

- Amor - Oi Ju. Não vai tomar café ?

- Vou. O Jonas ainda não chegou ?

- Não ele dormiu fora - Ótimo. Hoje pego ele - Como assim ?

- Você ia fazer compras não ia ?

- Sim amor e você vai comigo agente mora junto agora e você tem que escolher coisas que você goste de comer.

- Amor eu como qualquer coisa.

- É mesmo não sabia que eu era qualquer coisa Ela sorriu - Você não disse que esse era um termo feio ?

- Usado da forma certa não - Hum é mesmo ?

- Agente nunca fez amor na cozinha. Hoje é um ótimo dia.

- Na verdade não Ale. - Não ?

- Não, pelo menos não hoje, mas fiquei entusiasmada com a proposta.

- O que você está tramando - Vou ficar em casa escondida. No armário - Hum vai entrar no armário como nos velhos tempos ?

- Sem graça. Vou sim eu vou ficar aqui como se não estivesse aqui.

Quem sabe o Jonas não chega e descubro alguma coisa.

- Está bem! Fica com o celular e me liga qualquer coisa - Pode deixar.

Alessandra saiu para o mercado e eu fui para o armário fiquei escondia por uns trinta minutos nada de chegar ninguém. Quando então já estava prestes a desistir escutei um barulho na porta. Jonas entrou em casa, mas estava sozinho. Eu desci as escadas do quarto de leve a parei atrás da cortina da sala vi que ele olhou toda a casa antes e depois foi para fora, logo depois voltou com uma cara. Espera aí que cara é esse. Tenso! Jonas começou a se agarrar com o cara dentro do AP olhei aquilo e vi que não queria continuar vendo o susto foi tão grande. Que minha discrição fez eu fazer um barulho e ele me viu - Jesus. Julia você está em casa, mas a Ale disse que você tinha saído - Desculpa Jonas eu não queria atrapalhar O cara olhou para mim e ai foi o espanto total.

- Brad - Você mora aqui ?

- Brad essa é a minha amiga ela e namorada da menina que divide o apartamento comigo - Eu não acredito.

- Qual a graça Julia. Achou o Brad tão feio assim?

Eu não conseguia parar de rir - O Brad tudo bem cara eu sei que é difícil - Você não ousa contar para ninguém lá na faculdade hein!

- Eu não sou homofóbica

- Brad você já conhecia a Julia ?

- Sim ela é namorada da Alessandra - Espera como conhece a Ale ?

- Ela é da minha sala na faculdade e você por que não me disse que era amigo da Ale ?

- Eu não achei que você conhecia ela - Que mico cara - Mico por que agente ta junto a 3 meses e você nunca achou nada de mais - Três meses Brad.

Foi quando em meio a piada que tinha se tornado aquele momento eu ouvi um barulho na porta - Que barulho é esse Jonas quem mais está ai ?

- Droga vocês tem que se esconder - Aonde ?

- Sei lá vão para cozinha rápido entra na dispensa Eu fui, mas ainda não estava entendendo fiquei em silêncio a pior parte disso tudo foi ficar na dispensa com uma cara semi-nu. Pior ainda é que esse cara era o Brad. Mas fiquei em silêncio para tentar saber o que estava acontecendo. Então ouvi a voz do pai da Ale - Seu Jorge como vai ?

- Jonas aonde está minha filha ?

- Ela saiu para fazer compras - Não foi com ela ?

- Não ela achou melhor ir sozinha o senhor sabe como ela é - Sei que devia ser uma cavalheiro e acompanha-la - Claro senhor - Por que está sem camisa?

- Ah eu ia tomar banho senhor Jorge - Para de me chamar de senhor. O que tem para mim ?

- Nada de mais a sua filha ta estudando feito uma louca ta indo bem na faculdade.

- Não minha para mim. Eu sei de tudo - Senhor Jorge deve ter algum engano - Não tem. Eu sei tudo. Tenho testemunhas para você ver que seu trabalho de vigia é uma merda.

- Senhor - Cala a boca. Paulo, pode entrar Aquilo era a coisa mais bizarra que eu já havia visto o Seu Paulo conhecia o Pai da Alessandra como isso e por que isso ?

- Patrão. Esse idiota ai deixou a filha do operário entrar aqui. E tem mais ela e a sua filha estão morando juntas.

- É mesmo Jonas ? O que aconteceu com você converter a minha filha mostrar a ela que tem que ser mulher de homem ?

- Senhor - Não me chama de senhor idiota. Que tipo de homem você é? O que eu disse sobre a filha do operário ?

- Desculpe, mas eu não pude evitar.

- Amanhã você pega as suas coisas e volta para casa eu tenho que resolver isso. Essa garota essa Julia ela só que se vingar da minha família por que o pai dela decepou a mão para arrancar dinheiro de nós e não conseguiu.

- Senhor eu acho que toda forma de amor é permitida.

- Primeiro lugar seu idiota. Amor só existe se for entre homem e mulher. Segundo lugar imbecil, ainda que existisse amor pelo mesmo sexo, essa Julia não ama ela só quer o dinheiro da minha filha.

- Não é o que parece eu vi como as duas se amam - Eu odeio veadagem, ainda mais quando a veadagem vem seguida de interesse. Eu sou capaz matar uma sapatão igual essa garota. Eu desejo morte a toda essa raça de viado que tem no mundo!

- O senhor ta enganado - Agora deu para defender a” viadada”? O que deu em você ? Ficou maluco de vez ?

- Eu acho que não devia gritar comigo - É e por que não ?

- Por que eu sei muito bem o que o senhor faz quando ninguém vê - Que "medinho" de você. Eu posso acabar com a sua carreira de advogado se você abrir o bico.

- E eu posso contar para todo mundo o que eu sei de você.

- Jonas. Diz um motivo para eu não dar um fim em você agora ?

- Tenho dois. Sua filha vai chegar daqui a pouco.

Nesse momento não me aguente e sai do esconderijo - Na verdade são três Jonas.

- O que essa garotinha ta fazendo aqui?

- Eu sou a filha do operário - Não posso acreditar armou isso Jonas ?

- Não seu Jorge eu armei - Eu tenho que sair daqui agora você^vão me pagar. Vão me pagar.

O pai de Ale saiu correndo eu cai no chão não podia acreditar no que vi e ouvi.

- Eu sinto muito Julia eu não podia contra, mas eu nunca estive contra você eu escondi o quanto pude - Pessoal eu to de saída Brad saiu como se não quisesse se envolver na situação Jonas estava tão ligado em mim que nem percebeu que ele saía.

- Julia eu nunca iria contra o amor de vocês, mas eu não podia agir de qualquer jeito.

- Não precisa se explicar você tem toda razão.

- Que bom que você não ta nervosa - Espera só eu recuperar o meu fôlego e ai eu vou arrebentar você inteirinho.

- Julia que isso. Você ta nervosa vou ligar para Ale. Em questão de minutos Ale chegou - Amor o que houve - O seu pai ele sabe toda a história da minha vida - Isso é impossível como assim ?

- Ele sabe do meu pai ele é o patrão do meu pai. Foi ele que não quis pagar a indenização para minha família.

- O quê ? Não pode ser.

- Seu pai tem uma firma de advocacia não tem ?

- Sim, ele é advogado - É mais o quê ?

- Ele é dono de uma fabricante de motores, mas ele não gosta de se expor como dono para evitar algumas coisas quase ninguém sabe que ele é o dono da empresa - O nome da empresa e JRS Motors?

- Sim. Ele não se expõe tem um gerente que sempre faz tudo para ele, mas para mim o meu pai sempre diz tudo ele nunca me falou do seu pai.

Alessandra começou a chorar e sentou no chão desanimada - Não chore - Eu não posso acreditar nisso. Se eu tivesse perguntado mais sobre esse assunto a você eu já - Escuta não precisa se culpar ninguém aqui é culpado de nada - É verdade Ale a Julia tem razão Olhei para Jonas e segurei ele pelo colarinho naquele momento esqueci por um instante que eu era mulher e agi feito uma louca.

- Menos você. Sabia disso tudo e não falou nada - Eu não podia eu já expliquei - Ta certo, mas agora pode você vai abrir essa droga da sua boca e dizer tudo.

- Está bem - Anda Jonas - Ale o Brad é gay - O quê - O seu idiota não é isso - O Brad é gay - Amor isso é uma outra história, agora temos um outro problema o Jonas conta tudo agora

PARTE 23 Jonas ficou bem nervoso, mas começou a falar - Bom para começar Julia o Jorge ele não é vilão sozinho na história - Como assim ?

- O seu pai ele trabalhava para o Jorge a mais de dez anos, os dois eram super amigos.

- Como eu nunca vi o pai da Julia com o meu pai ?

- Você conhece seu pai ele jamais admitiria a família ou a alguém de poder de fora que era amigo de um funcionário, mas eram muito amigos.

Só que essa amizade ela decaiu muito quando aconteceu - Aconteceu o quê?

- O seu pai pediu um aumento ao Jorge em nome da amizade, mas ele não quis dar o aumento. Seu pai era o único que sabia que o Jorge era dono da empresa, os outros achavam que ele era só um acionista que aparecia de vez em quando, mas eu pai sabia de tudo.

- Como ?

- É uma história difícil - É bom você dizer Jonas se não vai ficar difícil falar sem dentes -Amor se acalma Disse Alessandra - Bom Alessandra você lembra da sua ex namorada ?

- A Paula ?

- Sim a Paula.

- O que tem ela ?

- Seu pai não ofereceu dinheiro a ela. Ela sumiu por medo - Como assim - O seu pai Julia e o pai da Alessandra são os dois caras mais homofóbicos que conheci eles estupravam gays e lésbicas na cidade.

- O quê ? O meu pai ? Meu pai sempre me aceitou isso é absurdo eu vou quebrar a sua cara - Amor senta eu quero ouvir.

- O seu pai Julia e o seu Jorge tentaram estuprar a Paula sua ex namorada.

- Meus Deus!

- Mas ela conseguiu fugir, mas eles sabiam aonde a família dela morava então ameaçaram eles. A Paula achou melhor fugir. Ela fez você pensar que tinha sumido e que estava com outra pessoa, mas não estava.

- Mas ela disse que meu pai deu dinheiro a ela. E que ia ficar com o dinheiro, mas não ia embora.

- O dinheiro que ela recebeu foi do pai da Julia ele se arrependeu do que fez e decidiu pagar para ela sumir para que não sofresse riscos maiores depois deu enganada no Jorge e disse que ela não ia mais perturbar.

- Então a Paula ainda me amava ?

- Suponho que sim.

- Jonas eu ainda não entendi por que meu pai se virou contra o Jorge.

- Pois é depois que ele se arrependeu e pagou a fuga da Paula, ele descobriu que você era lésbica foi na época que contou a eles não foi ?

- Foi mais ou menos isso e daí - E dai que o Jorge sabia disso e seu pai ficou com medo do feitiço voltar contra o feiticeiro

- Como assim - Bom ele tentou estuprar uma lésbica e você, a filha dele, era lésbica ele jamais estupraria você, mas o Jorge sim. Então ele deixou a opinião bem clara. E o Jorge não concordou. Então os dois começaram a se odiar. E o seu pai E o Jorge viraram inimigos - Ai ele arrancou a mão do meu pai ?

- Não seu pai forjou o acidente para tirar dinheiro do Jorge - Isso é impossível - É a verdade seu pai queria um aumento, e o Jorge não queria dar então decidiu demitir seu pai só que no dia que ele ia fazer isso, seu pai cortou a mão na máquina uma forma de defesa para um bom ataque.

Ele ia alegar acidente de trabalho e tirar uma boa grana em cima disso.

Aquilo doeu no fundo do meu peito eu sempre acreditei no meu pai.

- Mas então quem me ligou naquele dia, quem deixou a carteira aqui ?

- Bom eu sei que quem te ligou foi o seu Paulo, mas da carteira eu não sei nada não sei explicar como aconteceu o Seu Paulo estava aqui ele não viajou.

- Como Seu Paulo entrou nessa?

- Ele é só um cara ganhando dinheiro, não sabe nada da história - Meu pai estuprava homossexuais ?

- Sim. - Isso inclui homens ?

- Sim. - Isso incluiu você ?

- Não ele tentou e eu reagi, mas como sou advogado e conheço todos os amigos dele ele preferiu ter a minha cumplicidade e abafou o caso o que eu fiz foi usar isso ao meu favor e ao favor de vocês.

- Então ele sabia desde o começo que você era gay ?

- Sim. - E você não disse pra gente - Eu já expliquei que não podia agir por impulso - Seu pai é um viado “incubado” era só o que faltava - O seu pai também. E cuida do seu vocabulário - Meninas vocês não tem culpa de nada, se encontraram por acaso. Vocês não fazem ideia da cara do Jorge quando soube que vocês estavam juntas por obra do destino.

- E meu pai ?Ele sabe também ?

- Seu pai sabe de tudo, mas não está metido com o Jorge não mais.

- Como assim não mais ?

- É uma parte difícil - Diz logo - Quando foi a sua cidade seus pais tinham ido a casa de um tio seu não foi ?

- Sim - Na verdade eles mudaram de estado.

- Por que fariam isso - Querem ficar longe de você seu pai desistiu do dinheiro e de tudo por que sabe que se continuar vão queimar o filme dele, ele soube de você e da Ale, e viu a história vazando e enfim..

- Meu pai me abandonou e levou minha mãe junto por medo de ser preso e isso ?

- Isso. E quem me atraiu para cidade e por quê ?

- Bom Seu Paulo forjou a ligação, mas isso ainda não sei por quê. Não sei por que armaram o roubo da mala e a coisa da carteira.

- Eu só quero saber aonde que a Pamela entra nessa história Disse Alessandra com um olhar triste e choroso - Tem muita coisa pra ser resolvida.

PARTE 24 Assim que terminamos a conversa Jonas resolveu sair ia passar a noite com Brad o gay encubado aliás parece que ficar no armário virou tática. Ficamos sozinhas Ale e eu, ela correu para o quarto e desatou a chorar.

- Amor não chora.

- Você não entende ?

- Isso não é culpa nossa nossos pais são dois safados, mas isso não tem a ver com agente - Julia, você não entende essa tática é conhecida como estupro corretivo. Os idiotas acham que estuprando uma mulher lésbica. Vão conseguir com que elas mudem de opinião. Um homem, ou um grupo de homens estupram a mulher com a ideia louca de que pode “curá-la”. É uma estupidez.

- Olha não importa o que seja, mas nós…

- Agente não pode mais ficar junta - E porque não ? Como não ?

- Você ouviu o que Jonas disse ?

- Ele disse que nossos pais eram loucos, e não nós - Nossos pais tentaram estuprar a minha ex. Nossos pais afastaram a mulher que eu amava de mim.

- A mulher que você amava, mas você tinha falado que não sentia mais nada - Eu achei que ela tinha ido embora desistido de mim.

- Então quer dizer só ficou comigo porque pensou que a sua namoradinha não ia querer nada com você - Não fala besteira você sabe que não - Você tem razão. Não podemos ficar juntas, mas não pelo que nossos pais fizerma e sim pelo que você está fazendo - Eu to sendo realista - Está sendo louca como sempre é - Tão louca que ainda assim quer ficar comigo - Verdade eu fui.

Sai da casa da Ale, mal peguei minhas coisas e fui para minha casa precisava esfriar a cabeça e descansar tinha sido um dia difícil e antes de mais nada eu não poderia desistir de investigar. A história ainda não havia terminado e eu precisava descobrir o que ainda faltava.

PARTE 25 Logo amanheceu o dia era domingo. Meu coração apertava de falta da Ale. Mas ela havia agido com impulsividade. Eu não podia aceitar isso.

Resolvi sair e ir a praia caminhar um pouco. E assim fiz, enquanto eu ainda descia vi Pamela entrando num carro, uma caminhonete de primeira linha. Primeiro babei com o carro era lindo. Eu levaria uns 30 anos trabalhando para comprar um igual. Subi na bicicleta e fui seguindo o carro pelas estreitas tive que pedalar bastante pra conseguir acompanhar o carro de longe, mas meu desatino acabou quando o carro finalmente parou próximo a um quiosque na orla da praia. Peguei meu celular para tirar fotos do que poderia aparecer. O carro parou, as portas abriram e Pamela desceu. Até aí nenhuma novidade. Logo depois o pai de Alessandra apareceu também. Isso sim era uma novidade. Tirei um milhão de fotos quis tentar me aproximar e tentar ouvir, mas não seria possível se eu me aproximasse eles poderiam acabar me vendo. Fiquei observando de longe e vi que o pai de Alessandra entregou a Pamela uma bolsa parecia ser de uma loja de grife. A minha grande vontade era ir até lá e acabar com os dois, mas não podia. Os dois ainda conversaram por um tempo o pai de Ale deu um beijo na boca de Pamela e saiu. Logo depois vi Bruna saindo de trás de uma árvore. Beleza aquilo foi estranho. A Bruna estava ajudando não poderia ter mudado de time tão rápido. Assim que o carro saiu e Pamela desapareceu entre a multidão.

Eu me aproximei e vi Bruna falando no celular de mais perto pude ouvir a conversa - Alô, oi acabei de ver os dois você já pode ir até lá, mas deve fazer rápido encontre a Alessandra o mais rápido que puder Nesse momento apareci e falei alto - Tá falando com quem Bruna Ela se assustou - Julia - Eu sabia que você não queria ajudar coisa nenhuma - Calma eu posso explicar - Para quê ? Eu já vi e ouvi tudo - A quanto tempo você está ai ?

- Faz tempo eu vi a Pamela e agora vi você - Tudo bem, não acha que se estivesse junto com Pamela eu tinha ido com ela ? Tinha falado com ela ?

- Faz sentido - Que bom que você ainda pensa - Bom, mas se não está junto para quem estava ligando ?

- Pra mim Olhei pra trás e … Vi alguém que até então eu não conhecia na história - Você. Espera quem é você ?

- Não me conhece. É bom que continue assim - Quem é ela Bruna - Não importa quem eu sou. Quero ajudar e se faz bem saber. O pai da Alessandra vai atrair a Alessandra para um lugar aonde ela não deveria estar.

- Mas para quê - Aquele cara é maluco. Ele quer estuprar a própria filha - Isso não é possível - Bom eu posso dizer que sim.

- Mas e agora ?

- Agora temos que avisar a ela - Ótimo eu vou fazer isso - Você ? Acha mesmo que a Alessandra vai acreditar em você ? Ela te dispensou está nervosa com você e mesmo que esteja certa ela não vai te ouvir.

- Legal como sabe disso ?

- Eu contei Disse Bruna - Contou Bruna ? E como você sabe disso ?

- Ale me contou.

- Bom se ela não vai me ouvir então o que vamos fazer ?

- Eu vou dizer - E você acha mesmo que ela vai acreditar numa desconhecida - Veremos se não.

- A desconhecida tinha um carro bem bonitinho. Entramos no carro e fomos para o apartamento de Alessandra, mas quando chegamos lá encontramos Jonas caído no chão - Jonas, Jonas acorda!

- Droga o que aconteceu ?

- Jonas eu que te pergunto. O que houve ?

- Eu não lembro. Alguém entrou aqui Jonas mal falou e desmaiou novamente - Agente tem que correr a Pamela já esteve aqui - Eu não entendo, a Alessandra jamais iria com a Pamela a lugar algum.

- A bolsa era um presente pra Alessandra na certa a Pamela deve ter tentando se desculpar e ofereceu a roupa.

- Não parece. Parece que entraram aqui e levaram ela a força o Jonas estava caído no chão. Não faz sentido - Isso não importa temos que sair agora rápido A desconhecida estava mais por dentro da história que eu e na verdade eu nao sabia como ela sabia de tanta coisa

PARTE 26 Entramos no carro e saímos eu me senti num filme de ação.

- Julia pega seu celular e liga para Alessandra.

- Vou tentar - Bruna você tenta ligar para a Pamela - A desconhecida está dando mais ordens do que deveria.

- E você deveria cumprir - Quem é você ? Por quê não diz ?

- Não é uma boa ideia. Acredite vamos nos dar muito melhor assim.

- Você é lésbica - Julia que pergunta foi essa Bruna parecisa sem graça com a miniha pergunta - Sério você tem maior jeitão - Primeiro essa coisa de jeito é pre conceito e segundo se eu for ou não. Não vai mudar muito vai ?

- Não. Não vai - Ótimo, então concentra a sua namorada está em perigo Peguei o celular para ligar para Ale. O telefone chamou umas mil vezes, mas ela não atendia - Ela não atende!

Abaixei e comecei a chorar eu amava a Alessandra e não podia pensar na hipótese de ela não estar bem eu precisava estar com ela - Escuta fica calma. Nos vamos encontrar a Ale - Tomara que sim.

- Gosta dela ?

A desconhecida me perguntou - Eu a amo - Isso é bom.

- Sim Paramos o carro havíamos chegado a um lugar parecia um fábrica abandonada.

- Que lugar é esse ?

- Bom é o lugar aonde o rastreador mostrou parece um galpão de uma fábrica - Que rastreador ?

- Eu coloquei um no carro já fez um tempo, mas agora precisamos dele.

- Bruna você me assusta! Sabia ?

- Fica tranquila Julia nós somos do bem.

Disse Bruna rindo - Esse rastreador nos trouxe até aqui agora precisamos entrar

PARTE 27 - Agente tem que entrar sério - Claro como acha que vamos ajudar ?

- Tem razão esquisita vamos entrar Nós entramos o galpão e escutamos gritos era a voz da Alessandra - Temos que ir até lá - Nada disso ficou maluca não podemos entrar lá assim. Eu vou dar uma olhada pra ver o que está acontecendo de verdade e nós vamos chamar a polícia.

- Se era pra chamar a polícia então para que viemos até aqui hien desconhecida - Você poderia parar de me chamar de desconhecida - Me diz seu nome então porque receber ordens de alguém que nem sei o nome é tenso - Quer saber meu nome ?

- Claro que sim você sabe o meu. Sabe mais da história do que eu mesma posso saber.

- Isso porque estou acompanhando faz tempo. Até mesmo antes de você aparecer - Hum é mesmo, então além de tudo estava seguindo a mim e a Alessandra ? Você quer mesmo ajudar será ?

- Cala essa boca e vai você lá ver o que está acontecendo - Vou mesmo.

- Tá mais não deixe eles verem você Antes mesmo dela terminar de falar eu já estava saindo. Ai você conhecem a minha descrição. Já sabem. Me viram.

- Julia ?

- Ale - Olha se não é a sapata macho - O senhor devia ter vergonha - Porquê ? Não sou eu que ando por ai agarrando mulher - É a sua filha vai fazer mal a sua filha ?

- Nada melhor que um pai para dar um corretivo na filha não acha ?

- A polícia está vindo pra cá.

Nesse momento Pâmela apareceu.

- Isso quer dizer que precisaremos de reféns Pamela colocou a arma na minha cabeça - Pamela. Você não precisa disso esse cara é doido.

- Eu nunca gostei de você nem dessa metida da Ale, então pra mim. Eu preciso sim.

- Vmaos conversar seu Jorge agente pode dar um jeito - O jeito é eu acabar com essa safadeza de uma vez por todas Pamela me colocou na cadeira e amarrou minhas mãos meus pés numa cadeira velha que havia lá. E saiu andando pelo corredor do galpão, claro que não demorou muito para acharem Bruna e a outra esquisita.

Elas também foram amarradas a cadeira.Assim quando chegamos o espanto foi ainda maior.

- Paula ?

- Ale - Paula ? Você conhece ela Ale ? Espera Paula não é a sua ex? Você é a ex dela - Eu disse que não seria bom saber meu nome antes da hora, mas mesmo

assim você estragou tudo - Porque está aqui você ainda tem um caso com a minha namorada. Hein Paula ?

- Cala essa boa tem uma arma apontada pra gente e pra sua namorada e olha o assunto que você está falando - Veja só Jorge, briga de família!!

Disse Pamela - Bom eu pensei bem e como a história tá ficando maior do que deveria eu acho que não vou estuprar vocês não. Olha que legal vocês são heroínas. São as panteras lésbicas. Heroínas não merecem um estupro merecem morrer. Então o que acham de morrer pela causa ?

- Jorge a polícia vão chegar logo. Esquece essa coisa idiota

PARTE 28 -

FINAL

- Antes que cheguem voces vão estar mortas. Eu nunca vou esquecer.

Alessandra minha filha eu te disse que havia cura que poderia te ajudar - Pai não há cura porque eu não estou doente - Claro que está filha. Você tinha o mundo nas mãos é rica tem dinheiro. Nós temos, você poderia ter o homem que quisesse, mas preferiu uma mulher como você - Uma mulher como eu e como você pai, uma mulher batalhadora que luta pelo que é seu.

- Ah me poupe disso Alessandra! Eu vou acabar com essa palhaçada em poucos minutos e você minha filha eu não terei coragem de te matar, mas a Pamela sim - Com certeza amor - Amor? Que nojo Eu disse com toda força porque imaginar a Pamela com aquele velho do Jorge era nojento de mais - Calada sua "sapatazinha" de quinta - De quinta não eu sou de todos os dias querida - Eu tenho uma arma sabe disso engraçadinha ?

- Hum é mesmo ?

- Pai escuta. O senhor é meu pai a Julia é a pessoa que mais amo mundo. Não faça mal a ela. Faça mal para mim. Mas não toque nela - Se não é tão lindo ? Eu amo você. Eu Ale, ninguém vai amar mais um filha que seu pai. Seu próprio pai - Se me ama então acaba com isso. Solta a gente. A polícia ta vindo ai vai ser pior o senhor vai responder um monte de processo.

- Eu amo você e se for para te mostrar o quanto você ta enganada eu topo tudo - Enganada ? Pai eu sei o quero para minha vida. Não to enganada - Não sabe ainda, mas está.

- O senhor está cometendo um grande erro. O senhor tem um caso com a minha amiga de faculdade isso é um engano. Não eu.

- Já chega e vou acabar agora com tudo isso - Pai o que o senhor vai fazer - Eu vou acabar com o que te faz mal filha. Essa garota nunca devia ter entrado no seu caminho nenhuma das duas. Elas são a sua perdição.

- Pai faça mal a mim - Mudei de ideia. Você tem razão é minha filha. Jamais tocaria num fio de cabelo seu, mas vou te salvar filha Vou te salvar desse mal.

Jorge apontou a arma para mim naquele momento eu não consegui dizer mais nada - Jesus - Pai não faça isso Eu já estava pronta para dizer adeus ao mundo quando ouvi um grito.

Não podia ser era Jonas ele entrou com um pedaço de pau na mão gritando na direção do Jorge.

- Desgraçaaaaaaaaaado!

Olha aquele foi sem dúvida o momento mais tenso de toda a minha vida.

Ver o Jonas entrando com um pedaço de madeira na mão foi uma coisa de arrepiar, mas fiquei tão distraída com aquilo que mal percebi que a desconhecida, que agora eu sabia que se chamava Paula. Levantou da

cadeira de onde estava amarrada e de algum jeito que nem sei qual conseguiu tirar a arma da mão da Pamela e joga-la longe. Jorge caiu no chão com a paulada que levou do Jonas e eu fui desamarrada por Bruna que já havia conseguido se soltar.

Confuso ? Sim eu também achei ainda não sei como aconteceu só sei que em questão de minutos Jorge estava desmaiado no chão, Jonas caído por cima dele.

- Agente precisa sair daqui agora.

- Desculpa Paula, mas eu não recebo ordens de você - Qual é o seu problema ? A gente tem que sair daqui agora o Jorge vai acordar e vão acabar com a gente - Porque não me disse que era a ex da Minha namorada ?

- Isso não interessa nós tínhamos que salvar a vida dela. Era vida dela dane-se o resto - Você estava doidinha para salvar para poder ficar com ela não é ?

- Que idiota!

- A única idiota aqui é você. Estamos no meio de uma caos e você falando de sei lá o que.

- Vou te avisar uma coisa, só uma coisa. A Alessandra é minha namorada fica longe dela.

- Quer saber sua namorada ta caída no chão. Vai levantar ela para gente fugir daqui antes que eu me estresse com você - Ta me dando ordens ?

- Estou!

Eu estava um pouco assustada porque Paula era meio grande e me causava medo, mas sabe como é naquele momento tenso eu não podia reagir só por isso eu não reagi.

- Ale - Amor Nos abraçamos parecia que o tempo tinha parado ali eu beijei Alessandra - Eu te amo - Você me ama ?

- Sim - Você nunca disse que me amava assim - É porque eu nunca tive tanta certeza como hoje. Eu não sei o que seria de mim Olhei para trás e Pamela e Jorge ainda estava desmaiado, mas Pamela havia sumido. Bruna,e Paula já haviam saído do galpão com Jonas e eu ainda estava ali no chão com Ale. - Agente tem que ir embora Quando olhei para trás Pamela estava de pé com a arma na mão.

- Vão para algum lugar ?

- Pamela - Não. Megan Fox. - Pamela larga essa arma você não quer fazer isso.

- Mais que mania de vocês essa de ficar falando que não quero fazer as coisas. Eu quero matar voces duas e eu sei disso.

- Pamela nada disso vai te levar a lugar nenhum.

- Vai sim Pamela estava mesmo decidia a atirar em mim ou na Ale, eu não sabia o que fazer. Mas sabia que precisava fazer alguma coisa. Foi nesse momento que tive a brilhante ideia de tentar me aproximar não sei

como, mas num instante eu já estava em luta corporal com Pamela fiz de tudo para tentar tirar a arma dela, mas num instante ela me acertou com uma coronhada e eu cai no chão mal fiquei desacordado quando olhei ela já estava apontando a arma para Ale. Não pensei duas vezes levantei e corri em direção a Alessandra na intenção de protege-la a última coisa que me lembro foi de sentir uma queimação nas costas e deixar cair meu corpo sobre o da Alessandra. Depois não me lembro de mais nada.

- Polícia! Largue a arma moça - Isso ai largue a arma moça é o Jonas quem tá mandando - Cala a boca Jonas!

- Deixa eu ser feliz Bruna O policial algemou Pamela que ainda parecia hipnotizada de ver o corpo de Julia caído no chão sobre o corpo de Alessandra.

- Ale o que houve - Ela ta baleada ela não fala comigo Paula ela precisa acordar agora.

- Calma, olha fomos chamar a polícia e eles vão trazer resgate calma.

- Olha ela não ta bem, Paula ela não tá bem.

A ambulância levou Julia. Jorge acordou horas depois e também foi preso junto com Pamela. Ale parecia descontrolada com o que havia acontecido.

- Paula ela vai morrer ?

- Não ela vai ficar bem calma.

- O que vou fazer sem ela ? Jesus Todos foram para o hospital aonde Julia estava internada ficaram horas lá até que finalmente o médico veio com notícias.

- Quem está com Julia ?

- Nós estamos, eu sou a namorada dela. Como ela está ?

- Bom conseguimos tirar a bala que estava alojada nas costas, mas ainda não podemos dizer se ela terá seqüelas temporárias ou permanentes.

- Seqüelas ?

- Sim. É uma possibilidade, mas pelo menos por enquanto ela parece bem.

3 SEMANAS DEPOIS - Amor, tem que dormir.

- Eu sei, mas estou quase terminando o cartaz para anunciar o seu projeto - Nossa deixa eu ver.

- O que acha ?

- Nossa amor está ficando ótimo você é boa nisso.

- Nem tanto sem você Ale - Como se sente ?

- Bem Eu já havia me recuperado do acidente, mas anda andava a base de muletas. Alessandra me abraçou como se tudo dependesse daquilo. Do nosso abraço - Eu não sei o que seria de mim sem você quando te vi caída no chão pensei tanta coisa.

- Eu só pensei em uma coisa quando vi que a Pamela ia atirar em você.

Em salvar sua vida. Mesmo que para isso tivesse que sacrificar a minha.

- Poderia ter morrido - Foi uma escolha eu faria qualquer coisa por você Alessandra.

- Eu te amo tanto - Eu também Íamos nos beijar quando escutamos a campainha.

- Deixa que eu vou fique ai Julia Alessandra saiu, mas logo voltou - Amor você tem visitas.

- Tenho ?

- E ai esquisita Eram Bruna e Paula - Você ?

- Surpresa ?

- Aterrorizada.

- Amor seja gentil com as visitas.

-Ótimo agora que tudo já se acertou quem sabe eu possa entender de onde a sua ex namorada surgiu tão interessada em você.

- Você é muito teimosa mesmo hein garota.

- Teimosa não ainda quero explicações - Como você está Ale ?

- Bem e bom te ver de novo - Para mim também - O Paula já tirou a sua mão da minha mulher ?

As três começaram a rir eu fiquei pau da vida não entendi a graça - Amor para de ser ciumenta. Paula e eu somos amigas ainda mais depois de tudo que ela fez por nós não seja chata.

- Ela quer explicações vou dar.

- Acho bom mesmo - Acha é ?

- Assim eu quis dizer, se você quiser é claro.

- Eu não estava seguindo a sua namorada porque estou afim dela. Até porque eu já tenho namorada e sei que Alessandra e eu já passamos eu a amo pelo que vivemos, mas não pelo agora. Porque agora sei que ela ama você e fico feliz por fazê-la feliz. Eu fiz uma escolha, quando o pai dela começou a surtar eu sabia que precisava protege-la e fazer isso de longe então fingi que sumi, mas na verdade eu observei cada passo dela e do Jorge e sua quadrilha. Por isso eu sabia de tanta coisa.

- Namorada você tem namorada ?

- Sim Nesse momento Paula beijou Bruna na boca meus dentes quase caíram - Vocês ?

- Sim nos conhecemos quando fui pedir ajuda a ela já que sabia que ela era amiga da Pamela e também da Ale. Contei toda a história ela decidiu me ajudar por isso se aproximou tanto de vocês. Com o tempo acabamos nos aproximando também e deu nisso.

- Bruna você é a esquisita. Ah! Não espero mais nada.

- Eu fico feliz por vocês duas Paula!

Alessandra parecia mesmo satisfeita com a nova paixão de Paula.

- Isso é estranho.

Nesse momento Jonas entrou no quarto com um pedaço de madeira na mão - E ai “boys and girls”

- O Jonas porque ta com essa coisa na mão?

-Ah nada de mais eu percebi que você estavam esclarecendo as coisa então decidi vir até aqui. E trazer a arma que eu usei para derrubar aquele idiota do Jorge se não fosse por esse pau ele ainda estaria em pé.

- Que conversa tensa de pau é essa cara ?

- Segura Julia .

- Segurar o quê ?

- O pau - Você ta maluco que palhaçada é essa - Cara esse pau salvou a nossa vida - Isso ai é uma madeira chama de madeira - Ta então segura na madeira e vamos tirar uma foto - Foto ?

- Sim esse dia merece uma comemoração anda gente venham tirar foto - Eu não vou segurar isso to avisando logo Rimos muito nesse dia Jonas tinha o dom de fazer todo mundo rir e naquele dia estávamos tão felizes que tudo tinha dado certo.

Alessandra sorria tanto que mal parecia se lembrar de tudo que deu tão errado. Estava linda. Eu tirei a foto segurando a tal madeira.

Era o dia do projeto finalmente. Ale estava super animada com tudo o desfile iria começar dali a meia hora. Eu também já estava nervosa com tudo aquilo. Mas ao mesmo tempo me sentia bem.

- Acha mesmo que eles vão gostar das minhas roupas e de tudo ?

- Tenho certeza. Você está linda amor!

- Nossa eu estou com tanto medo e se eles não gostarem da coleção da campanha.

- Amor o não deles a gente já tem fica calma. A grife da diversidade tá ótima larga de ser boba.

- Você tem razão. É que na verdade eu ainda estou com medo de apresentar um projeto gay - Projeto gay não. Projeto para gays é diferente e eu acho uma ótima oportunidade. É um trabalho incrível.

- Nós formamos um bom time - Isso eu sempre soube. Agora eles vão chamar você em minutos. Fique forte sem desespero certo ??

- Sim. Eu sei Alessandra foi chamada ouvi o mestre de cerimônias chamar por ela fiquei toda orgulhosa, mas ainda assim fiquei só observando de longe.

- E agora com vocês Alessandra Becker com a sua coleção vestindo a diversidade.

Ela subiu a passarela e começou a apresentar o projeto - Boa Noite. Meu nome é Alessandra sou aluna do curso de moda. E pensei em algo que pudesse ser diferente e ao mesmo tempo inovador.

Porém pensei em algo que incluísse um papel social. Então resolvi criar um grife para lésbicas de todos os tipo.

Na hora que ela pronunciou a palavra lésbicas todos olharam como se ela falasse que ia vender drogas ali ou ficar pelada, ou coisa do tipo.

O desfile logo começou, as músicas todas tinham temática LGBT. Os cartazes que fiz eram super brilhantes mais ao mesmo tempo bem “cleans”. Demorou mais ou menos meia hora e logo chamaram a outra

participante. Julia veio falar comigo e me abraçou forte - Amor! Deu tudo certo.

- Eu disse que daria. Como se sente ?

- Bem to ótima amor sabe foi tão emocionante que eu nem precisava ganhar. Adorei mesmo estar lá em cima mesmo que eu não ganhe estou muito feliz de ter participado - Essa é a minha garota.

- Você é incrível Nesse momento Bruna e Paula chegaram. Jonas também chegou - E ai moça como está ?

- Bem Jonas estamos ansiosas aqui Naquele momento nós parecíamos grandes amigas nem parecíamos que tínhamos passado por tanta coisa ruim juntos. Paula até que era legal e gostando ou não eu tinha que admitir que não fosse por ela eu não estaria ali vivendo aquele momento com a Ale. - Oi Paula - Ainda não acabaram as formalidades ?

- Estão quase - Ah Julia da aqui um abraço não seja boba!

Eu até pensei em recusar, mas tudo estava bem não teria porque não abraça-la. Depois do abraço ouvi anunciarem que estava na hora de conhecer o vencedor do concurso então fomos para perto do palco eu fiquei perto da Ale. Apenas esperando ouvindo o cara falar - Bom meninas e meninos está chegando ao final mais um concurso aqui no nosso camping. E está mais do que na hora de saber quem vai levar o prêmio desse ano. Para aumentar o suspense vamos chamar as 3 melhores apresentações de projeto.

Nesse momento uma das amigas, que e na verdade não podem ser chamadas de amigas da Alessandra apareceram - Olha hoje está casada menina.

- Cala a boca - Você é quem vai calar a boca quando ver que perdeu - Não sabe de nada - Sei que um projeto gay como o seu não vai ganhar - E eu sei que você ainda vai se desculpar querendo ou não - O meu projeto vai ganhar eu sei disso - Ah da licença ok Alessandra e eu saímos o cara continuou anunciando lá em cima - Bom então vamos chamar as 3 melhores da noite que claro vão estar levando um troféu de participação, mas somente a melhor a primeira ganhará o prêmio da noite. Vamos lá em terceiro lugar vamos chamar Thiffanny cm sua coleção verão alternativo.

Todos aplaudiram Alessandra parecia nervosa - Calma amor vai dar tudo certo - Acho que não E o locutor continuo falando - E agora o nosso segundo lugar Marcela Abraão com sua coleção esportiva pode subir por favor.

Todos aplaudiram - E agora a nossa última canditada da noite e a melhor claro da noite a que vai levar o premio em dinheiro Eu ainda parecia não acreditar, mas a última candidata tinha sido

exatamente a amiga que foi provocar Alessandra antes, ou melhor a última não a primeira ela ganhou o concurso. Alesandra ficou bem abalada e eu fiquei triste também, afinal tinha trabalhado com ela naquele projeto a meses era difícil ver que deu pau.

- Vamos embora vai Ju, eu não quero ficar - Amor nada a ver vamos ficar comer alguma coisa, o seu trabalho estava ótimo.

- Tão ótimo que perdeu que por da Estefanie.

- A Estéfanie precisava alimentar o ego e não ser reconhecida ela teve o que precisava - E eu precisava perder ?

- Amor não vai fica assim Nesse momento Estéfanie se aproximou com o troféu na mão e cheia de orgulho e vontade de encher o saco meu e da Ale. - Então quem vai ter que pedir desculpas agora ?

- Parabéns Stefanie você ganhou o prêmio foi merecido - Que bom pelo menos é humilde de reconhecer que eu sou melhor que você e sua namoradinha ridícula!

- Eu não mereço - Realmente não merece, tanto que fui eu quem ganhei.

- Falei de você. eu não mereço você Nesse momento uma homem meio velho se aproximou de nós ele estava muito bem vestido e falava muito bem todos o conheciam e falavam com ele eu não fazia a menor ideia de quem era, mas estava vindo em nossa direção - Alessandra aquele cara ta vindo para cá - Que cara amor ?

Todo mundo olhou inclusive Estefanie que fel logo questão de arrumar a roupa e deixar o troféu a vista.

- Quem é ?

- Amor aquele e Jean Clusou - Jean cozinhou o quê ?

- Esquece o nome dele. Ele é um dos maiores estilistas desse país e donos de uma grife lá em Paris.

- Nossa com um nome desse ele podia ser até jogador.

- Ela ta vindo para cá - Foi o que eu disse.

- Nem se anime ele veio falar com a campeã Finalmente o homem chegou e sorriu - Olá você deve ser a Estefanie - Sou eu mesma - Muito prazer eu queria dizer que sua coleção foi ótima eu adorei todo o projeto - Ah eu sabia por isso ganhei - Verdade ganhou - E o senhor ta interessado em alguma coisa ?

- Sim qual de voces se chama - Sou eu sou o senhor falou com a pessoa que procurava Estefanie não perdia uma - Perdão você é Alessandra ?

- Alessandra ?

- Alessandra sou eu seu Jean -Olá encantado em conhece-la. Devo dizer que sua coleção me tremeu as

estruturas. Não sei como não ganhou.

- Não foi tão boa - Eu disse que foi ótima e por isso exatamente por isso eu queria convidá-la para trabalhar comigo em Paris.

- O senhor o quê ?

- Eu quero as duas trabalhando comigo em Paris.

- As duas ?

- Sim seu nome estava em toda campanha publicitária do projeto dela e modéstia parte adorei toda a publicidade da grife só não foi melhor que a grife.

- Isso é sério o senhor vá levar elas, mas eu ganhei o concurso.

- Verdade você ganhou - O senhor acabou de dizer que foi ótimo - Verdade, mas eu busco algo extraordinário fora do comum e isso que essa jovem fez foi mais extraordinário que tudo que já vi até hoje - Ela colocou um monte de cara que gosta de homem para desfilar numas roupas ridículas.

- Queria qual o seu sobrenome - Stefanie Lounge - Lounge ? É exatamente assim que vai estar da minha grife. Você acabou de entrar para lista das 80 pessoas que nunca vou contratar.

- Falei de você eu não mereço você Nesse momento uma homem meio velho se aproximou de nós ele estava muito bem vestido e falava muito bem todos o conheciam e falavam com ele eu não fazia a menor ideia de quem era, mas estava vindo em nossa direção - Alessandra aquele cara ta vindo para cá - Que cara amor ?

Todo mundo olhou inclusive Estefanie que fel logo questão de arrumar a roupa e deixar o troféu a vista.

- Quem é ?

- Amor aquele e Jean Clusou - Jean cozinhou o quê ?

- Esquece o nome dele. Ele é um dos maiores estilistas desse país e donos de uma grife lá em Paris.

- Nossa com um nome desse ele podia ser até jogador.

- Ela ta vindo para cá - Foi o que eu disse.

- Nem se anime ele veio falar com a campeã Finalmente o homem chegou e sorriu - Olá você deve ser a Estefanie - Sou eu mesma - Muito prazer eu queria dizer que sua coleção foi ótima eu adorei todo o projeto - Ah eu sabia por isso ganhei - Verdade ganhou - E o senhor ta interessado em alguma coisa ?

- Sim qual de voces se chama - Sou eu eu sou o senhor falou com a pessoa que procurava Estefanie não perdia uma - Perdão você é Alessandra ?

- Alessandra ?

- Alessandra sou eu seu Jean -Olá encantado em conhece-la. Devo dizer que sua coleção me tremeu as estruturas. Não sei como não ganhou.

- Não foi tão boa - Eu disse que foi ótima e por isso exatamente por isso eu queria convidá-la para trabalhar comigo em Paris.

- O senhor o quê ?

- Eu quero as duas trabalhando comigo em Paris.

- As duas ?

- Sim seu nome estava em toda campanha publicitária do projeto dela e modéstia parte adorei toda a publicidade da grife só não foi melhor que a grife.

- Isso é sério o senhor vá levar elas, mas eu ganhei o concurso.

- Verdade você ganhou - O senhor acabou de dizer que foi ótimo - Verdade, mas eu busco algo extraordinário fora do comum e isso que essa jovem fez foi mais extraordinário que tudo que já vi até hoje - Ela colocou um monte de cara que gosta de homem para desfilar numas roupas ridículas.

- Queria qual o seu sobrenome - Stefanie Lounge - Louge ? É exatamente assim que vai estar da minha grife. Você acabou de entrar para lista das 80 pessoas que nunca vou contratar.

- Ainda não acreditei no que havia acabado de ouvir. As coisas finalmente terminaram bem. E eu ainda não conseguia acreditar. Tudo tão bem que até parecia final de história. Espera, mas é um final de história então é melhor eu contar logo o que aconteceu com todo mundo.

Jonas foi morar com Brad no apartamento que era da Alessandra, até hoje ainda não acredito que um cara com tanta pinta de homofóbico como o Brad podia ser gay. Na verdade sempre achei ele um idiota, mas fazer o quê ? Cada um com seus problemas e agora esse era o problema do Jonas e não meu.

Bruna e Paula também foram morar juntas, Paula sumiu novamente do mapa e u demorei a entender que ela gostava da Ale como amiga, mas que uma vez que se ama alguém é difícil deixar de amar assim ainda que você não esteja ali com a pessoa. Amar as vezes significa cuidar mesmo longe mesmo quando a pessoa já tem outro alguém. E Paula fez isso da forma mais pura possível quando me ajudou a salvar a vida da Ale. Seu Jorge e Pamela ainda estão presos. Da última vez que Ale teve coragem de visitá-lo soube que ele estava dividindo a cela com mais de 40 caras. Eu não acho que ele ainda seja homofóbico, mas acredito fielmente que ele deve ter encontrado um rumo na vida.

Pamela começou a usar drogas na prisão, envolveu-se com um esquema pesado e acabou sendo morta na cela. Triste ela não precisava disso eu sempre disse.

Seu Paulo foi preso algum tempo depois por estar metido nas armações do *orge ele só queria ganhar um dinheirinho extra e acabou na prisão.

O marketing foi fechado e no lugar dele Alessandra e eu abrimos uma loja para vender as roupas que ela fazia na Grife no Jean. Jonas e Brad ficaram como nossos representantes na loja.

Meus pais nunca mais soube deles, para falar verdade depois de tudo que descobri. Não sei se quero saber

Bom e eu? Eu estou bem moro numa casa linda em Paris comecei minha faculdade e abri uma agência de publicidade aqui mesmo. Faturo um bom dinheiro todos os meses e juntando a minha grana com a a da Alessandra temos uma boa vida, por isso pensamos que já estava na hora de quem saber termos filhos e resolvemos tentar a inseminação artificial o que me levou a gravidez, na verdade não eu, mas ela. Eu descobri muitos talentos quando parei de ter medo do que eu era e poderia ser. Um deles foi escrever. Sabe eu poderia até dizer que tudo isso ainda é um sonho e que aquele dia. Era um dia como qualquer outro, mas não seria tão comum quanto os outros sai de casa com a minha bicicleta atrasada para o trabalho e atropelei a mulher da minha vida. A mulher que me deu a oportunidade de realizar meu sonho e perceber que eu era muito mais do que parecia ser. A mulher que sempre esteve em mundos diferentes do meu e sabia que eu não tinha nada a oferecer a ela, mas disse a sim a minha pergunta. Pode ser amor ?

- E agora vamos receber aqui em nosso programa a autora do livro Pode ser Amor uma luta pela diversidade. Pode entrar Julia e sua esposa Alessandra sejam bem vindas ao meu programa.

Sim essa é a minha, vida essa sou eu, essa é a minha história.

“Nunca deixem que te assustem por ser o que você é. Nunca deixem que te digam que não pode fazer alguma coisa, as pessoas são incapazes de fazer as coisas ai dizem que você também é. São frustradas e ai dizem que você também tem que ser. Não caia nisso. Não tenha medo, a luta pode ser dolorosa. Você pode até cair. Mais porque caímos ? Por que algo muito maior além do nosso entendimento sabe que temos força para levantar. Cair não é uma escolha, mas ficar no chão. Isso sim é uma escolha”