ENTERRO DO BACALHAU ANIMA BARREIRO VELHO
QUANDO O VOLUNTARIADO DÁ VIDA À NÚMERO 08 FEVEREIRO/MARÇO 2013
FÃS DE HERMAN JOSÉ Uma relação de amizade UM ENCANTAMENTO QUE TRANSCENDE A PARTE ARTÍSTICA página 8
CIDADE
UM OLHAR NA CIDADE
A OBJECTIVA NOS ACONTECIMENTOS A «Maçã dos Afectos» transporta afectos para as Escolas…
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PRODUÇÃO DE SENTIDOS
Barreiro comemora centenário de Américo Marinho /// TEXTO: ANTÓNIO SOUSA PEREIRA
“Américo Marinho tinha ( e tem) a magia dos dedos – que são esse prolongamento de uma rara maneira de Olhar” – afirmou Augusto Cabrita
Ao consultar o meu dossier, onde registo algumas datas de efemérides, verifiquei que no dia 24 de Fevereiro passaram 16 anos sobre a data de falecimento do Mestre Américo Marinho. Recordei que Américo Marinho é um homem que inscreveu, por direito próprio, o seu nome na história da cultura do Barreiro (sua terra natal) e Santarém (terra onde viveu os últimos anos da sua vida). Por razões profissionais, tive o prazer de conhecer o Mestre Américo Marinho. Desloquei-me a sua casa, em Santarém, para recolher os dados necessários para escrever a sua biografia, que foi lida na cerimonia de atribuição do galardão «Barreiro Reconhecido», na área da Cultura, no ano de 1987. Conheci a sua obra. Conheci o homem, de grande simplicidade e ternura. Um homem que, recordo fazia-me sentir imagens nas histórias que contava, do Bairro Operário, de Alburrica, do Café Barreiro. Um homem que tinha o Barreiro no coração. Na Biblioteca Municipal do Barreiro, durante os anos que por lá andei, eu deliciava-me a olhar o seu quadro das musas, dedicado a Luís de Camões. Acho que, agora, está à entrada, mal iluminado, mas lá está… O ALUNO DOS TRÊS VINTES Ao recordar Américo Marinho, apercebi-me que, este, é o ano do centenário do nascimento do Mestre Américo Marinho. Uma efeméride que não pode, nem deve ser ignorada pela sua terra natal. Américo Marinho nasceu, no Barreiro, em 28 de Janeiro de 1913 e, desde cedo, se sentiu atraído pelas artes. Aluno exemplar, concluiu com distinção os sete anos do curso da Escola de Belas Artes de Lisboa, sendo na época conhecido como o “Três Vintes”, nota que obtinha com regularidade e pelo facto de, no tempo, existir uma marca de tabaco muito popular – “20,20,20”. Na sua atividade manteve convívio com grandes Mestres, como Carlos Reis ou Columbano. Passou os últimos anos da sua vida em Santarém, onde veio a falecer, sendo o seu funeral realizado para o Barreiro, sua terra natal e que amou desde sempre, nunca esquecendo os recantos telúricos de Alburrica. DESENHOS DE AMÉRICO MARINHO RETRATAM O QUOTIDIANO Américo Marinho, grande amigo do Mestre Augusto Cabrita e de Manuel Cabanas, doou à Câmara Municipal do Barreiro 139 obras com a finalidade de integrarem o acervo do Museu Municipal.
A autarquia possui um conjunto de desenhos de Américo Marinho, feitos "sobre o joelho" que retratam o dia-a-dia do autor - a viagem no barco que liga as duas margens do Tejo, os amigos, a família, em suma, a observação do seu quotidiano. Na produção destes desenhos a técnica empregue é, essencialmente, a grafite sobre papel. Recorde-se que a toponímia do concelho do Barreiro registou o seu nome atribuindo o nome de - Rua Américo da Silva Marinho – a uma artéria localizada na Urbanização dos Fidalguinhos. No Parque da Cidade, foi atribuído o nome de Américo Marinho, ao edifício localizado ao lado do AMAC – Auditório Municipal Augusto Cabrita. EXPOSIÇÃO EM 1989 NA GALERIA BOCAGE “Considero o Américo Marinho o meu primeiro mito dessa imensa e fabulosa galeria que é o Universo dos Pintores. É também o meu primeiro Mestre. Américo Marinho tinha ( e tem) a magia dos dedos – que são esse prolongamento de uma rara maneira de Olhar” –estas palavras escritas por Augusto Cabrita, num testemunho prestado a propósito de uma exposição realizada por Mestre Augusto Marinho, naquele que era o espaço nobre e de excelência para os artistas, no ano de 1989 – a Galeria Bocage. “Quantos e quantos retratos, inumeráveis, ele fez com o rigor e precisão do seu lápis a amigos e pessoas que, pela sua máscara, lhe interessavam” – escreveu Manuel Cabanas, como testemunho da mesma exposição. Recorde-se que Américo Marinho foi considerado pela critica nacional e internacional como sendo “um grande pintor europeu e um desenhador entre os maiores”. Neste ano do centenário do seu nascimento, o Barreiro não deverá esquecer este seu filho. Divulgá-lo. Homenageá-lo! Américo Marinho é um Rosto do Barreiro e um nome que faz parte da sua cultura! Após ter escrito uma nota, publicado no «Rostos on-line», o PS a correr atrás das «notícias», apresentou numa reunião da Assembleia Municipal do Barreiro uma recomendação para recordar o centenário de Américo Marinho. O Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, na mesma reunião, referiu que o centenário de Américo Marinho vai ser assinalado estando a ser preparada uma exposição, em colaboração com a família. Registamos e sentimos que afinal, o Barreiro, não esquece o centenário do grande Mestre a pintura nacional e europeia que foi Américo Marinho.
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EM DESTAQUE
Um Olhar na Cidade – PÁGINA 8
Fernanda Madeira e sua mãe Ivone do Barreiro Ser fãs de Herman José é mesmo um vício Fernanda Madeira e sua mãe Ivone, naturais do Barreiro, são duas fãs de Herman José, acompanham o artista por todos os espectaculos, assistem semanalmente, todas as quintas-feiras, à gravação do seu programa. O Herman não faz só humor. O Herman não é brejeirice. O Herman é inteligência. O Herman é uma pessoa que dá gosto conhecer, é uma pessoa por quem a gente se apaixona no sentido de gostar, não é no sentido físico, ou sexual, é uma pessoa muito querida” – sublinhou ao Rostos, Fernanda Madeira, uma barreirense, fã de Herman José, que transporta o artista no seu coração. Mosaicos da Região – PÁGINA 13
Um encontro com a família Toyota A apresentação nacional da nova geração Auris, na cidade do Porto, proporcionou um encontro com a família Toyota, os seus quadros e os seus embaixadores. A Toyota não para e não teme os desafios do futuro, foi essa energia e esse sentimento que trouxemos deste encontro onde, sentimos, se cultiva a palavra AMIZADE.
Em Foco – PÁGINA 16
Enterro do Bacalhau no Barreiro Reviver as tradições do Barreiro O «Enterro do Bacalhau», promovido pela Associação dos Amigos do Barreiro Velho, animou a noite do centro da cidade e a zona do Barreiro Velho. Foi um tempo para reviver tradições e um encontro de amigos que acreditam e sentem o prazer de dar vida à cidade.
Director: António Sousa Pereira sousa_pereira@rostos.pt; Redacção: Claudio Delicado, Maria do Carmo Torres, Vanessa Sardinha; Colaboradores Permanentes: Marta Sales Pereira, Luís Alcantara, Rui Nobre (Setúbal), Ana Videira (Seixal); Colunistas: Manuela Fonseca, Ricardo Cardoso, Nuno Banza, António Gama (Kira); Carlos Alberto Correia, Pedro Estadão, Nuno Cavaco e Paulo Calhau; Departamento Relações Públicas: Rita Sales Sousa Pereira; Departamento Comercial: Lurdes Sales lurdes@rostos.pt; Paginação: Alexandra Antunes xana@rostos.pt; Departamento Informático: Miguel Pereira miguel@rostos.pt Contabilidade: Olga Silva; Editor e Propriedade: António de Jesus Sousa Pereira; Redacção e Publicidade: Rua Miguel Bombarda, 74 - Loja 24 - C. Comercial Bombarda - 2830 - 355 Barreiro - Tel.: 21 206 67 58/21 206 67 79 - Fax: 21 206 67 78 E - Mail: jornal@rostos.pt; Website: www.rostos.pt; Nº de Registo: 123940; Nº de Dep. Legal: 174144-01;
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UM OLHAR NA CIDADE
HERMAN JOSÉ
«ELES NÃO SÃO UM GRUPO DE FÃS, SÃO UMA FRENTE ARMADA»
. Realizar espetáculos pelo país, nos tempos de hoje, não tem comparação possível, com os anos 70.
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las transcendem muito a ideia do fã, acaba por ser uma componente humana fortíssima. Acabamos por estar sempre juntos nos 384 espetáculos que elas já viram, vão a caminho de um milhão de espetáculos” – refere Herman José ao «Rostos» com o seu ar entre o sério e o brincalhão. ENCANTAMENTO QUE TRANSCENDE A PARTE ARTÍSTICA “Há um encantamento que transcende a parte artística, é uma experiência humana muito intensa que se estende para o lado pessoal. É muito giro” – salienta o artista. É IMPORTANTÍSSIMO TER ESTE PÚBLICO “É importantíssimo ter este público, porque sem público os espetáculos não fazem qualquer sentido. Ir pelo país é uma variante gira, porque é diferente der estar fechado no estúdio, sem contato com plateias reais. É muito inspirador a gente sair de casa, indo aos sítios e estar com as pessoas, e, principalmente, estar com as pessoas que nos estimam. Essa relação responsabiliza-nos, fortalece-nos e obriga-nos a melhorar a reagir. É muito agradável para ambas as partes” – sublinha Herman José. NA ALTURA ERA PURO SOFRIMENTO Na nossa breve conversa, ali no Estúdio Valentim de Carvalho, no final da gravação do «Programa Herman 2013», recorda que existe uma grande diferença na realização de espetáculos pelo país, nos tempos de hoje, comparativamente com as condições que existiam quando do seu começo de carreira. “Na altura era puro sofrimento. As estradas eram horríveis. Lembro-me que o Carlos Paião, perdeu a vida a caminho de um espetáculo. Eu quase que perdi a minha vida, por várias, vezes, nessas estradas
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miseráveis que tínhamos. Nesse tempo os Hotéis eram péssimos, a Pensões eram hediondas, comia-se miseravelmente mal na estrada – ou eram febras, com salada de tomate, ou galinhas com salada de tomate.” NOS SÍTIOS MAIS MODESTOS HÁ UM TURISMO DE HABITAÇÃO “Hoje em dia, isso não acontece, hoje em dia é um prazer, porque, mesmo nos sítios mais modestos há um Turismo de Habitação perto, há um sítio onde se come bem, as pessoas estão mais informadas e o público é muito mais exigente, em qualquer aldeia, em qualquer teatro, os espetáculos têm sempre alma, nunca são coisas simplórias, para despachar e ganhar dinheiro, o que acontecia muito nos anos 70. Realizar espetáculos pelo país, nos tempos de hoje, não tem comparação possível, com os anos 70.” ERA SEMPRE POR A VIDA EM RISCO “Eu lembro-me bem das razões porque deixei a estrada e deixei os espetáculos, porque começou a ser um sofrimento, porque, saímos em pânico de casa, sem saber se voltávamos, ou não, as estradas eram miseráveis. Ir para Bragança, ou para a Guarda, ou mesmo para o Algarve, era sempre por a vida em risco” – recorda Herman José. TRANSFORMOU-SE NUMA GRANDE AMIZADE Herman José sublinha que Fernanda Madeira e a sua mãe Ivone têm, para ele, um carinho muito especial – “começou com um simples conhecimento, transformouse numa grande amizade”. E, a fechar a conversa, a brincar e gracejando lá comentou, com um sorriso de amizade nos olhos - “isto é já uma coisa sexual”. Foi uma breve conversa, numa noite memorável, após a gravação direta, sem interrupções do Programa que dias depois foi para o ar, tal qual, como assistimos… ao vivo!
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Fernanda Madeira e sua mãe Ivone do Barreiro
SER FÃS DE HERMAN JOSÉ É MESMO UM VICIO /// TEXTO: ANTÓNIO SOUSA PEREIRA
“O Herman não faz só humor. O Herman não é brejeirice. O Herman é inteligência. O Herman é uma pessoa que dá gosto conhecer, é uma pessoa por quem a gente se apaixona no sentido de gostar, não é no sentido físico, ou sexual, é uma pessoa muito querida” – sublinhou ao Rostos, Fernanda Madeira, uma barreirense, fã de Herman José, que transporta o artista no seu coração.
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ernanda Madeira e sua mãe Ivone, naturais do Barreiro, são duas fãs de Herman José, acompanham o artista por todos os espetáculos, assistem semanalmente, todas as quintas-feiras, à gravação do seu programa. Numa relação com várias décadas construíram mais que um encontro entre o espectador e o artista, forjaram uma profunda amizade. UMA PAIXÃO NASCIDA NOS ANOS 70 Fernanda Madeira, natural do Barreiro, uma jovem de 56 anos, como ela nos diz, com orgulho – “sou filha de pai barreirense, mãe barreirense, avó e avô barrreirenses, tudo Barreiro» “O Alberto da Silva, meu avô, era Tio de Américo Marinho. O pai dele fez 8 /// REVISTA ROSTOS ONLINE
aquele comboio, aquela máquina que andava por aí, ele era o meu bisavô” – salienta. Fernanda Madeira recorda que no ano de 1978 foi ver um espetáculo de Herman José ao teatro – “ele chamou-me à atenção, porque andava por lá a dançar e a fazer palermices”. Depois, refere, ele começou a aparecer naquele anúncio da «Água de Castelo» também em programas de televisão. “Desde sempre simpatizei com o trabalho dele e o achei muito engraçado. Fui sempre acompanhando a carreira dele, comprava todas as revistas, todos os discos, todos os livros. Nunca perdia os programas dele que gravava sempre em cassetes, como ainda hoje continuo a fazer.” – refere Fernanda Madeira.
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«NO FINAL DO ESPETÁCULO O HERMAN CHAMOU AS PESSOAS. ESSE FOI O MEU PRIMEIRO ENCONTRO COM ELE, EU NEM LEVEI NADA PARA AUTOGRAFAR, PORQUE ESTAVA CONVENCIDA QUE NÃO SERIA POSSÍVEL FALAR COM ELE.» VÍCIO VIVIDO AO LONGO DE MAIS DE 20 ANOS “O Herman José foi um vício que vivi sempre ao longo de mais de 20 anos. Sempre a acompanhar o seu trabalho” – recorda Fernanda Madeira. Estamos a conversar sala de estar da casa de Fernanda Madeira, ali, no coração da freguesia da Verderena. Ela levanta-se, trás discos, livros, fotografias. Mostra-nos todas as recordações, bilhetes de espetáculos. Guarda tudo com um enorme carinho. São verdadeiras relíquias que trazem à memória o passado de Herman José, e, naturalmente, momentos inesquecíveis da sua riquíssima vida artística que se confunde, de facto, com as memórias daquilo que de melhor tem sido feito na televisão em Portugal. É importante referir que na sua casa, 10 /// REVISTA ROSTOS ONLINE
Fernanda Madeira, tem um espólio enorme dos trabalhos editados por Herman José de singles a LP’s, de livros a recortes de jornais, revistas e fotografias. UM ENCONTRO NO BARREIRO ABRIU AS PORTAS À AMIZADE Recorda que um dia, há cerca de quatro anos, foi ver um espetáculo no Restaurante Manuela Borges, no Barreiro. “Nunca antes tinha falado com ele, só o via nos espetáculos e na televisão.” – recorda. “No final do espetáculo o Herman chamou as pessoas. Esse foi o meu primeiro encontro com ele, eu nem levei nada para autografar, porque estava convencida que não seria possível falar com ele” – refere Fernanda, com emoção.
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“O Herman quando conversou comigo e com a minha mãe, disse que já nos conhecia, não sabia de onde. Eu pedi-lhe um autógrafo na agenda minha mãe. Tudo ficou por aí”- refere Fernanda Madeira, sentindo-se paixão nas suas palavras. NENHUM ESPETÁCULO DELE É IGUAL A OUTRO Recorda que, alguns dias depois, o Herman realizou um espetáculo em Azeitão – “lá fomos nós”. “Levei coisas para ele autografar no final do espetáculo” – refere. Saliente-se que os discos, LP’s, livros, CD’s, fotografias, que estão no verdadeiro «Museu Herman» de Fernanda Madeira, estão todos autografados pelo artista, com dedicatórias muito carinhosas, muito especiais, com de-
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senhos, caricaturas, que demonstram bem o sentido fraternal e de amizade do artista mantém com esta sua fã barreirense. Recorda Fernanda Madeira que, em Azeitão, Herman Jose, perguntou-lhes – “Vocês não se enjoam de ver tantos espetáculos?» “Eu respondi que não, porque nenhum espetáculo de Herman José é igual, nenhum espetáculo dele é igual a outro” – sublinha Fernanda Madeira. É MESMO UM VICIO
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E, tem sido assim, ano após ano, do Seixal ao Porto, do Cartaxo ao Montijo, do Barreiro a Lisboa, onde há um espetáculo com Herman José, lá estão sempre, na 1ª fila, Fernanda Madeira e sua mãe Ivone.
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Recorda que, um dia, no Montijo, uma equipa da RTP, do Programa «Entre Linhas», que estava a fazer uma reportagem sobre o humor em Portugal, resolveu entrevistar-nos, foi o Herman que sugeriu, refere, sentindo-se que Fernanda Madeira, vive com grande ternura e emoção, esta proximidade e cumplicidade que foi cultivando com Herman José, pela sua paixão pelo artista e pelo prazer que sente em ver os seus espetáculos – “é mesmo um vicio” – sublinha. NASCEU O GRUPO DE FÃS “Em 2010 começamos a ir ver as gravações do Herman. Nunca mais faltamos a gravação de nenhum programa, estamos lá sempre. Os espectaculos, igualmente, estamos PUB
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em todos.” – refere com uma alegria nos olhos. “O Grupo de fãs surgiu, por causa de uma fotografa nossa que foi colocada no facebook, na qual o Herman escreveu um comentário – “Olha a minha Presidente, e a herdeira do meu Grupo de Fãs”. Foi assim que nasceu o Grupo de Fãs, que nada tem a ver com a própria página do facebook do Herman. As pessoas começaram a aderir, do Montijo, do Porto, a página tem vindo a crescer já estamos com mais de 1800 fãs. HERMAN O FILHO QUE TODAS AS MÃES GOSTAVAM DE TER “Hoje, já nos organizamos entre nós para ir a espetáculos. Juntamo-nos uns quantos e vamos conhecendo outros, vamos convivendo e criando amizades por todo o país. Isto é engraçado e giro” – refere Fernanda Madeira. “Olha, isto à minha mãe tem feito muito bem, ela, então que adora o seu Herman” – sublinha Fernanda Madeira. “A minha mãe diz que o Herman é o filho que todas as mães gostavam de ter” – salienta. Fernanda Madeira, com uma lágrima a romper nos seus olhos, recorda 12 /// REVISTA ROSTOS ONLINE
momentos de afeto, de cumplicidade e proximidade que ao longo destes anos tem partilhado com Herman José, um homem que sente com parte da sua família. HERMAN É UMA PESSOA MUITO CULTA “Vamos a todos os espetáculos de Norte ao Sul do país. Quando nós não vamos já ele estranha. Nós iremos continuar, enquanto houver vida, saúde e dinheiro para gastos” – salienta Fernanda Madeira. “Sabes, o Herman é uma pessoa muito culta, não há muita gente neste país com a cultura do Herman. É uma pessoa que sabe explicar tudo, sabe falar de tudo, mas, digo-te, ele não fala por falar, fala com bases. Ele é uma pessoa extremamente educada, extremamente carinhosa. O Herman não é um ídolo de pés de barro, terá os seus defeitos, como toda a gente tem, mas, sei, que ele não é aquela pessoa, que não é acessível, é um amigo” – sublinha Fernanda Madeira. UMA PESSOA POR QUEM A GENTE SE APAIXONA “Ele é um homem que cativa, com ele aprende-se. Fale-se do que se fa-
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lar, ele explica, ele sabe tudo, aquela cabeça é uma enciclopédia. Ele sabe uma série de línguas. É um entrevistador com muita categoria. O Herman não faz só humor. O Herman não é brejeirice. O Herman é inteligência. O Herman é uma pessoa que dá gosto conhecer, é uma pessoa por quem a gente se apaixona no sentido de gostar, não é no sentido físico, ou sexual, é uma pessoa muito querida. Sabes para mim o Herman faz parte da minha família.” – refere colocando um grande calor e entusiasmo nas suas palavras. “Cá em casa tirando as fotografias do meu pai e da minha mãe, e família, só há fotografias dele, de mais ninguém” - salienta. Levanta-se mostra fotografias. Chama a atenção para um autógrafo. Mostra um single onde sentimos a marca do tempo. Ali respira-se Herman José, por paixão, por sentimento intelectual, por, afinal, quem aprendeu a descobrir o artista e o homem. UMA EXPERIÊNCIA HUMANA MUITO INTENSA Acompanhamos Fernanda Madeira e sua mãe aos Estúdios da Valetim de Carvalho onde assistimos à gravação do Programa de Herman 2013. Foi um momento único, onde, também partilhamos, a forma simples e o relacionamento amigável e fraterno de Herman José com Fernanda Madeira e sua mãe Ivone. “Há um encantamento que transcende a parte artística, é uma experiência humana muito intensa que se estende para o lado pessoal. É muito giro” – sublinhou Herman José ao «Rostos», a propósito da relação que mantém com estas suas fãs do Barreiro. “Começou com um simples conhecimento, transformou-se numa grande amizade” – sublinha Herman José. Fotos - Arquivo e espólio de Fernanda Madeira
MOSAICOS DA REGIÃO
Apresentação Nacional da Nova Geração Auris
UM ENCONTRO COM A FAMÍLIA
TOYOTA
A apresentação Nacional da Nova Geração Auris, decorreu nos dias 11 e 12 de Janeiro, no Porto, um encontro que proporcionou conhecermos de perto a «família Toyota», os seus quadros e os seus embaixadores.
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artimos do Barreiro acompanhados pela Raquel Silva, Técnica de Marketing da Caetano Auto (Barreiro), no caminho juntámo-nos com outro grupo de jornalistas oriundos de Setúbal e Évora, acompanhados por André Faria, Técnico de Marketing, da Caetano Auto (Setúbal). Foi uma viagem que permitiu conhecer a beleza e a estabilidade do novo Auri. Chegados ao Porto, fomos amavelmente recebidos pela equipa Toyota, sempre com grande simpatia. Foi tempo para facultar informação aos órgãos de comunicação social, sobre a FEVEREIRO/MARÇO
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MOSAICOS DA REGIÃO
actividade da empresa. Foi tempo para conviver com os jornalistas da imprensa regional de todo o país. Foi tempo para conhecermos de perto e conversarmos com os «embaixadores Toyota». TOYOTA CRESCEU EM PORTUGAL A Toyota não para e não teme os desafios do presente. Em Portugal, num contexto de consumo adverso, o conjunto das marcas Toyota e Lexus cresceu, em 2011, 0,2 pontos na quota de mercado para 4,5%, igualando a quota da TME na Europa. A Toyota registou 4952 vendas e a Lexus 88 unidades vendidas em Portugal. Refira-se que num ano marcado pela forte contração do mercado, a Toyota Motor Europe (TME) registou um aumento de 2% nas vendas em 2012, comercializando um total de 837.969 carros, mais 15.583 do que em 2011, incluindo 792.359 carros da marca Toyota e 45.610 da marca Lexus, correspondendo a uma quota de mercado de sensivelmente 4,5%, mais 0,3 pontos relativamente ao ano anterior. Recorde-se que em 2012 a Toyota e a Lexus lançaram 6 novas propostas de carros híbridos, incluindo uma variante hibrido plug-in. As versões híbridas do Yaris e Auris representaram um terço das vendas totais dessa gama de modelos. EM 2013 ESTAREMOS AINDA MAIS COMPETITIVOS José Ramos, Presidente e CEO da Toyota Caetano Portugal, referiu: "Num ano muito severo para o setor, conseguimos crescer quota fruto da abordagem centrada da satisfação de clientes e da boa performance da Nova Geração Yaris lançada no último trimestre de 2011. Em 2013 estaremos ainda mais competitivos ao disponibilizarmos ao consumidor propostas renovadas e de referência nos principais segmentos de mercado, nomeadamente no segmento C, com a Nova Geração Auris, cujo lançamento está a decorrer." Em 2013, espera-se que as vendas Toyota por toda a Europa aumentem ainda mais, como consequência do lançamento de várias propostas no importante segmento C, como a Nova Geração Auris, a nova carrinha Auris Touring Sports, o Novo Verso e a 4ª Geração do RAV4. PASSATEMPO - «TOYOTA 40 MIL FÃS» A Toyota promoveu um passatempo - «Toyota 40 mil fãs», que lançava o desafio de ser criada uma frase quer incluísse as expressões « Toyota», «nova geração auris», e
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MOSAICOS DA REGIÃO
«40 mil fans». Ali, no Porto, dialogamos com um dos jovens vencedor do «Passatempo», que para além da conversa sobre a sua criatividade, falou-nos do seu Porto e da sua paixão pelo Norte.
que ela usa todos os dias, por isso lembrei-me do carro e inclui-lo na frase” – refere Jorge, com um sorriso. Perguntámos se a inspiração foi o carro ou a namorada? Ele sorrindo respondeu – “Foi carro, só o carro”. A Ângela estava ao lado e sorria, olhando para o Jorge com cumplicidade.
TOYOTA DE 86 É FONTE DE INSPIRAÇÃO
ESTREITAR RELAÇÕES COM A COMUNICAÇÃO SOCIAL
“No Toyota corola de 86 vou ao Porto experimentar a nova geração auris que os 40 mil fãs as mãos querem deitar» foi uma das freses vencedoras, esta criada por um jovem de Gaia, Jorge Santos Silva, de 24 anos, que está a concluir o Curso de Engenheiro Civil. Quisemos saber fonte de inspiração da sua frase, ele respondeu-nos: “A minha namorada tem um Toyota de 86,
Os encontros Toyota com a comunicação social, são, sem dúvida, mais que uma acção de marketing, são um ponto de encontro, um porta que abre caminho para estreitar de laços de cooperação entre os colaboradores da empresa e os jornalistas da imprensa regional , desta forma, alargando o sentimento da «família Toyota» que se escreve, de facto, com a palavra AMIZADE!
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Enterro do Bacalhau no Barreiro
ANIMOU A NOITE DO CENTRO DA CIDADE E A ZONA VELHA
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. Foi o ano com maior participação Foram cerca de 50 figurantes, todos de forma voluntária e por iniciativa própria, fazendo ou alugando os fatos para o cortejo, numa acção promovida pelo Grupo de Amigos do Barreiro Velho, deram vida ao centro da cidade e ruas do Barreiro Velho. Os foliões foram acompanhados por mais de uma centena de pessoas, algumas vindas de fora do concelho, para se associarem a este evento, que se realiza há três anos e começa a fazer parte de um calendário de actividades com o objectivo de animar o Barreiro Velho.
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essoal começou a juntar-se junto ao Monumento de Malangatana, na rotunda do Forum Barreiro, eram freiras, viúvas, com lágrimas e pranto, que discutiam-se entre si o direito de chorar o defunto. Com toques musicais animados, um ambiente de grande «comoção» chegou o defunto e o «clero», mais viúvas, dizem-nos que entre eles vinha a «legitima» para dar início à folia, revivendo uma velha tradição barreirense. FOI O ANO COM MAIOR PARTICIPAÇÃO Recorde-se que há uns anos, era um grupo de jovens do Barreiro Velho que teimava em manter esta tradição na zona da Igreja de Santa Cruz. O Grupo de Amigos do Barreiro Velho, juntando vontades, pessoas de diferentes opções, profesosres, funcionários da Finanças, estudantes, começaram este convívio há três anos, tendo como ponto de encontro o Restaurante Cova Funda, onde se ensaiavam ao jantar os primeiros rituais e depois era sair para a a rua. A experiência foi vivida com entusiasmo e tem vindo a crescer de ano para ano.
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EM FOCO
Este ano dizem-nos alguns dos «veteranos» - "Foi o ano com maior participação". "Nós juntamo-nos e organizamos isto com muito gozo. São alguns dias a preparar"- comentava um dos Bispos para um amigo. O PRANTO PERCORREU O CENTRO DA CIDADE O cortejo arrancou do Forum Barreiro, subiu a Avenida Alfredo da Silva, escutavam-se os gritos de pranto, as discussões entre as viúvas e num ritual permanente, em sucessivas paragens encomendava-se o corpo do defunto com sermão especial dirigido à troika. Paragens obrigatórias junto à sede do Futebol Clube Barreirense. do Luso Futebol Clube, da SIRB «Os Penichei-
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ro» e Cine Clube do Barreiro, no Clube Praiense e na SDUB «Os Franceses». A finalizar, no Largo Rompana, o defunto foi cremado, com muito pranto, gritos de dor das viúvas, das freiras e a «oração» final do Bispo, sempre solene no seu acto litúrgico.
para o ano de novo esta iniciativa vai sair à rua e desvendou-nos um «segredo», que, com o objectivo de dar mais sofrimento às viúvas, disse-nos - "Já foi feita uma encomenda às Caldas da Rainha para que o defunto possa ser mais real».
CENTENAS DE PESSOAS NAS JANELAS DOS PRÉDIOS
GOSTO DE ESTAR AQUI NO BARREIRO
De registar que, ao longo do percurso, muitas centenas de pessoas abriam as suas janelas, fotografavam, riam-se, aplaudiam, famílias inteiras às janelas, partilhavam este «enterro do Carnaval» que deu vida ao centro da cidade e às ruas do Barreiro Velho. Rosário Vaz, do Grupo de Amigos do Barreiro Velho, referiu ao «Rostos» que
Um nota final, entre os participantes no cortejo, registámos a presença de Filipe Mendes - Phil Mendrix, um nome que marca a história do rock´n´roll português que nos disse: "Gosto de estar aqui no Barreiro, esta é uma terra de esquerda e a gente sente-se bem nesta terra de esquerda. Isto é muito bonito".
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