BOLETIM INFORMATIVO
Ed. Nº 23 12/12/2017 Pres. RI 2017-18 Ian Riseley R.C. Sandringham - Austrália
Gov. D - 4430 2017-18 Doris Pittigliani Pestana RCSP- Brás
C. D. 2017-18 Presidente: Marlene da Fonseca Fabri
A cada dia de nossa vida, aprendemos com nossos erros ou nossas vitórias, o importante é saber que todos os dias vivemos algo novo. Conselheiro Pessoal: João Luiz Fernandes Alves 1º Vice Presidente: Edgard Garcia do Souto 2º Vice Presidente: Eneas Júlio Masságlia 1º Secretário: Vera Lúcia Joany Greghi 2º. Secretário: Dante Barros Campofiorito 1º. Tesoureiro: Márcia Barreto 2º Tesoureiro: Dorival Martins Diretor de Protocolo: Ronaldo de Sousa Marques Administração: Eduardo A. Ávila Nadruz Projetos Humanitários: Eduardo Oliveira Troeira D.Q.A: Minoru Ueta Fundação Rotária: João Luiz Fernandes Alves Imagem Pública: Walter Patrício Jesus Filho Novas Gerações: Dante Barros Campofiorito Presidente 2018-19: Vera Lúcia Joany Greghi Presidente 2016-17: Eduardo Oliveira Troeira
Que no novo ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento, com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva, e cada instante é uma benção de Deus...
Que as realizações alcançadas este ano sejam apenas sementes plantadas, que serão colhidas com maior sucesso. Que nunca te falte um sonho pelo que lutar, um projeto para realizar, algo que aprender, um lugar onde ir, e alguém a quem amar...
Rua Diamante Preto, 290—Tatuapé / São Paulo—CEP: 03317-040
COMISSÃO DO BOLETIM
2091-2159— secretaria@rotarytatupe.com.br -
BOLETIM Nº 23 - 12/12/2017
DESTAQUES DA SEMANA
REUNIÃO DE HOJE: 12/12. BOTA FORA 2017 REUNIÃO ANTERIOR:05-12 TEMA: “Quem Sou Eu.” EXPOSITOR: Comp. Walter Padula. MESA DA PRESIDENCIA: 1. Marlene Fabri. 2. Valter Padula. 3. Vera Lucia J. Greghi. CONVIDADOS: Carlos Felice - Pelo clube. Nicolas - Pelo clube. Guilherme Colombo - Pelo clube. Bete da Cruz - Pelo clube. Valmir - Pelo clube. Luiz Francisco - Pelo clube. Rosana Sales - Pelo clube. Douglas Alexandre - Por Marcia Barreto. ESTATÍSTICA: Comps. Tatuape – Convidados – Total – Media –
Walter Padula durante a apresentação do “Quem sou eu”.
CONFRATERNIZAÇÃO DE NATAL BUFFET PRINCE
19 08 27 69 %
EXPEDIENTE DA PRESIDENTE: A Presidente Marlene Fabri cumprimentou a todos pela passagem do Dia do Voluntario, dizendo que voluntario e aquele que trabalha sem esperar nenhuma recompensa em troca; agradeceu ao comp. Valter Padula por sua exposiçao com o “Quem sou eu”; convocou a todos para a nossa Festa de Confraternizaçao de Natal do dia 08-12, no Buffet Prince e avisou que as reunioes do dia 19 e 26-12 e, tambem, 02 e 09-01 -2018 estavam canceladas e que a primeira reuniao do proximo ano sera no dia 16-01, com a realizaçao da Assembleia Geral Ordinaria em que serao revisados o Plano de Atividades e o Plano Orçamentario.
PRÓXIMA REUNIÃO: 16-01-2018. 5ª ASSEMBLEIA GERAL ORDINARIA
ANIVERSARIANTES: 12-12 - Ronaldo de Sousa Marques 17 -12 - Avila e Marcy – cas. 19 -12 - Adelaide Ueta. 20 -12 - Gilson Jr. 02 -01 - Joao Perez e Lucema - cas. 09 -01– Edgard.
08-12-2017
Da Conscientização e do Espírito Rotário * Ha muito tempo o Rotary Internacional se preocupa com o grau de conscientizaçao dos companheiros e dos clubes, os quais sao associados, tanto que dedica o mes de janeiro para dar enfase a reflexao sobre tao relevante tema. No entanto, tao importante quanto a conscientizaçao rotaria, aparece o que chamo de “ESPIRITO ROTARIO”, o qual e o sentimento que move cada rotariano. Enquanto a Conscientizaçao Rotaria vem do conhecimento e aprendizado, tornando cada rotariano conscio, ciente e bem informado sobre a doutrina e estatutos rotarios, para bem empregar todo seu potencial de generosidade em favor da comunidade e da instituiçao, bem como conhecendo profundamente possa admirar o Rotary, o Espírito Rotario ja faz parte dos predicados do indivíduo antes mesmo de ser convidado e admitido a participar de um clube de Rotary International. Neste contexto de crescimento da Consciencia Rotaria, ganha especial relevo e importancia a “Prova Quadrupla”, onde estao insculpidos os princípios basilares da conduta rotaria, valores e compromissos, que devem ser vivenciados diuturnamente para que nosso papel no mundo como rotarianos seja efetivo e eficaz em prol das comunidades e na busca da felicidade e da partilha com a humanidade. Cada rotariano tem como responsabilidade, alem de praticar o companheirismo salutar, de motivar os socios como serem autenticos rotarianos, despertarlhes a vocaçao de serviço e ensinar e orientar os novos socios nas açoes rotarias. E transformar o antigo companheiro, com poucas açoes e estímulo, em autentico homem de açao, reacendendo em seu coraçao a chama da amizade, da boa vontade, da paz e compreensao. O “Espírito Rotario”, como anteriormente frisado, antes mesmo de ser empossado em um clube de Rotary, o indivíduo ja demonstrava sua disposiçao e interesse de agir e de servir as comunidades com a maxima boa vontade. O carater e a conduta do cidadao e que indicarao se tem perfil e “Espírito Rotario”, pois deve ser despido de egoísmos e sentimentos que nao convirjam para o clube e o coletivo, e que se disponha a aceitar os mandamentos rotarios e a agir em favor e promover o bem estar dos seres vivos. Este espírito e que torna um rotariano diferenciado de um bom cidadao correto e etico, pois ele devotando e cultivando os ideais rotarios estara sempre disposto a pratica dos melhores serviços sem buscar nenhuma recompensa senao a da satisfaçao de ver consagrada sua açao integrada, em favor de um mundo melhor de paz e compreensao. O lema rotario, que possui um simbolismo especial, “Dar de Si Antes de Pensar em Si”, ja faz parte do Espírito Rotario que desejamos ver expresso em cada rotariano, retratando a essencia de suas açoes rotarias, que somado a conduta etica e retilínea do rotariano, dentro e fora do clube, o que servira de exemplo e difusao do nobre trabalho desenvolvido para atuais e futuras geraçoes. Assim, cada rotariano devera estar consciente de que faz parte de um clube de serviços, de ajuda ao proximo, de trabalho voluntario, de doaçao, que visa fazer o bem e promover açoes humanitarias e que tem como coluna mestra a “PROVA QUADRUPLA”, que na simplicidade dos seus princípios serve como verdadeiro codigo de conduta. Consciente, pois, e o rotariano que se doa antes de pensar em si. * Elton Elmar Cechinel Engres - Rotary Club de Santa Maria/ RS
Cometas e Estrelas
Há pessoas estrelas. Há pessoas cometas. Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam. As estrelas permanecem. Os cometas desaparecem. Há muita gente cometa. Passam pela vida da gente apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende. Gente sem amigos. Gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença. Há muita gente cometa. Assim são muitos e muitos artistas. Brilham apenas por instantes nos palcos da vida. E com a mesma rapidez com que aparecem, também desaparecem... Assim são muitos reis e rainhas de todos os tipos. Reis das nações, rainhas de clubes ou concurso de beleza. Assim rapazes e moças que se enamoram e se deixam, com a maior facilidade. Assim são pessoas que vivem numa mesma família e que passam pelo outro sem serem presença. Importante é ser estrela. Estar presente. Marcar presença. Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida. Amigo é estrela. Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração. Coração que não quer enamorar-se de cometas, que apenas atraem olhares passageiros. E muitos são cometas por um momento. Passam, a gente bate palma e desaparecem. Ser cometa é não ser amigo. É ser companheiro por instantes. É explorar sentimentos. É ser aproveitador das pessoas e das situações. É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo. A solidão de muitas pessoas é consequência de que não podem contar com ninguém. A solidão é resultado de uma vida cometa. Ninguém fica. Todos passam. E a gente também passa pelos outros. Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder vê-las e senti-las. Todos os dias poder contar com elas. Todos os dias ver sua luz e calor. Assim são os amigos. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são uma presença. São aragem, nos momentos de tensão. São luz, nos momentos escuros. São pão, nos momentos de fraqueza. São segurança, nos momentos de desânimo. Olhando os cometas é bom não sentir-se como eles. Olhando os cometas é bom sentir-se estrela. Marcar presença. Ter vivido e construído uma história pessoal. Ter sido luz para muitos amigos. Ter sido calor para muitos corações. Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas, acima de tudo, uma recompensa. É nascer e ter vivido e não apenas existido.
O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDÃO
S
ou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mae mandando a gente caprichar no banho, porque a família toda iria visitar algum conhecido. Iamos todos juntos, família grande, todo mundo a pe. Geralmente, a noite. Ninguem avisava nada, o costume era chegar de paraquedas, mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um. – Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre. E o garoto apertava a mao do meu pai, da minha mae, a minha mao, e a mao dos meus irmaos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia. – Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável! A conversa rolava solta, na sala. Meu pai conversando com o compadre, e minha mae de papo com a comadre. Eu e meus irmaos ficavamos assentados, todos num mesmo sofa, entre olhando-nos, e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. A nossa tambem era assim. Tambem eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tao acolhedoras que era tambem costume servir um bom cafe aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguem la da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia: – Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa. Tratava-se de uma metonímia gastronomica. O cafe era apenas uma parte: paes, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa. Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas tambem. Pra que televisao? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no cafe, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... Era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade... Quando saíamos, os donos da casa ficavam a porta ate que virassemos a esquina. Ainda nos acenavamos. E voltavamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coraçao aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim tambem la em casa. Recebíamos as visitas com o coraçao em festa... A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, tambem ficavamos, a família toda, a porta. Olhavamos, olhavamos... ate que sumissem no horizonte da noite. O tempo passou e me formei em solidao. Tive bons professores: televisao, vídeo, DVD, internet, email, whatsapp ... Cada um na sua, e ninguem na de ninguem. Nao se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros, com os amigos, fora de casa: – Vamos marcar uma saída!... – ninguem quer entrar mais. Assim, as casas vao se transformando em tumulos sem epitafios, que escondem mortos anonimos e possibilidades enterradas. Cemiterio urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas, mais assustados que assustadores. Casas trancadas... Pra que abrir? O ladrao pode entrar e roubar a lembrança do cafe, dos paes, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite... Que saudade do compadre e da comadre.
AQUELAS COISAS DE SEMPRE Tenho inveja dos cronistas novos. Nao porque eles nao sabem que todas as cronicas de Natal ja foram escritas e podem escreve-las de novo. Mas porque podem fazer isto sem remorso. Tem a cronica de Natal tipo “o que eu gostaria que Papai Noel me trouxesse”. A Luana Piovani ou um fac-símile razoavel, a paz entre os povos, um centroavante para o Internacional (ou um fac-símile razoavel) etc. Tem as infinitas variaçoes sobre problemas encontrados por Papai Noel no mundo moderno (seu treno levado num assalto, sua dificuldade em se identificar em portarias eletronicas, protestos de ambientalistas contra o seu tratamento das renas, suspeita de exploraçao de trabalho escravo, suspeita de pedofilia etc.). Tem as muitas maneiras de atualizar a historia da Natividade (Maria e Jose em fila do SUS, os Reis Magos chegando atrasados porque foram detidos por patrulhas israelenses ou militantes palestinos, Jesus vítima de uma bala perdida). Tem as versoes diferentes da cena na manjedoura, inclusive — juro que ja li esta, se nao a escrevi — narrada do ponto de vista do boi. Todas ja foram feitas. Ha tantas cronicas de Natal possíveis quanto ha meios de se desejar felicidade ao proximo. Os cartoes de fim de ano sao outro desafio a criatividade humana. Pois todas as suas variaçoes tambem ja foram inventadas. Quando eu trabalhava em publicidade, todos os anos recebia encomendas de saudaçoes de Natal e Ano Novo “diferentes”, porque os clientes nao se contentavam em apenas desejar que o Natal fosse feliz e o Ano Novo fosse prospero. Uma vez sugeri um cartao de Natal completamente branco com a frase “Aquelas coisas de sempre…” num canto, mas acho que este foi considerado diferente demais. E de-lhe poesia, pensamentos inspiradores, ma literatura e a busca desesperada do diferente. Um cartao em forma de sapato, de dentro do qual saía uma meia: a meia para o Papai Noel encher de presentes e o sapato para entrar no Ano Novo de pe direito. Coisas assim. Enfim, tudo isto e apenas para desejar a voces aquelas coisas de sempre...
por Luis Fernando Veríssimo *