www.diarinho.com.br DIARINHO Terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
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Náutica
AZIMUT
Onde o luxo se torna realidade
nautica@diarinho.com.br
N
lo italiano ganha o mundo e, ao agregar ao seu quadro o designer Stefano Righini, a Azimut inova o design dos produtos. Paralelamente, são introduzidas técnicas de construção e soluções inovadoras, como os vidros colados, as garagens para botes, as janelas nos cascos e outras modas. Para dar conta da demanda de barcos de luxo com o padrão de excelência que é marca registrada do grupo, houve necessidade de manter os estaleiros Avigliana, Viareggio, Livorno, Fano e Sariano, na Itália, e no exterior os de Istambul, na Turquia, e de Itajaí, no Brasil. Neste último, o foco é a construção dos barcos entre 43 e 70 pés. “Os clientes brasileiros buscam barcos de tamanhos cada vez maiores, tanto os que querem se atualizar e trocar por um iate novo e até mesmo os que adquirem pela primeira vez”, comenta Davide Breviglieri. “Para este ano náutico (2013/2014), a previsão é fabricar 27 novas embarcações que levam o mesmo padrão e a mesma excelência dos iates fabricados na matriz italiana”, comemora o italiano, que fala português como se tivesse nascido em São Paulo. Nos próximos três anos, a produção no Brasil deve dobrar, segundo estimativas do grupo, além da inclusão de modelos ainda maiores, de até 100 pés. Com 138 sedes de serviços em 68 países, a Azimut Benetti conta com a maior rede de vendas do mercado náutico.
Azimut Benetti constrói iates cheios de beleza, conforto e tecnologia
Fábrica em Itajaí está funcionando desde 2010; as instalações foram transferidas para uma área maior, perto do rio Itajaí-açu, no ano passado
MARIANGELAFRANCO
Por Mariângela Franco mariangela@diarinho.com.br a edição anterior, a reportagem abordou a instalação da fábrica de iates Azimut Yachts em Itajaí, as dificuldades e as soluções encontradas que envolveram a formação de mão de obra não apenas para atuar no estaleiro, mas em benefício de toda a comunidade. Profissionais bem preparados produzem melhor, e o crescimento da empresa cria uma retroalimentação que se reflete num conjunto ascendente para todos. Como disse o CEO da Azimut no Brasil, Davide Breviglieri, “o sorriso do acionista tem que ser o sorriso do empregado”. Os conceitos de muito trabalho, inovação e qualidade vêm de longe no tempo e na geografia. A história da Azimut Benetti começou em 1969, quando Paulo Vitelli, fundador do grupo, junto com um amigo, começou a alugar barcos a vela, lá na Itália. Criou a empresa Azimut e já no ano seguinte negociou com a Amerglass, o mais moderno estaleiro da Europa, a possiblidade de vender suas embarcações. De representação em representação, evoluiu. Em parceria com a Amerglass, construiu o AZ 43 Bali, um dos maiores barcos em fibra de vidro produzidos em série. Dali em diante, os negócios foram de vento em popa. O esti-
E as marinas? As marinas do grupo Azimut Benetti são três unidades na Itália e uma em Moscou, na Rússia. Esta última ocupa um monumento histórico totalmente restaurado, com vagas para 190 barcos e uma vista deslumbrante do lago Khimki. As marinas italianas oferecem ampla gama de serviços, como restaurantes, escritórios, lojas, escolas de vela e espaços para espetáculos e shows. Ficam em Varazze (800 vagas para barcos e 900 para carros), Viareggio (capacidade para receber megaiates de até 60 metros) e Livorno (projeto original de 1500, em restauração). Aqui, no Brasil, a Azimut começou uma cruzada. O CEO Davide Breviglieri defende a ideia da construção de mais marinas. “Nós fomos envolvidos num projeto mostrado ao governo em Brasília, no qual demonstramos que a marina não é aquela coisa de luxo pro rico. Nós temos exemplos na Europa de comunidades que viraram a própria economia dentro de um mecanismo sustentável, totalmente verde, onde se criou profissionalização, riqueza, consumo, tudo isto num círculo sustentável muito interessante. Então, essa ideia da marina predatória tem que ser tirada.
Tem que ser pensada uma marina totalmente a favor da comunidade, dentro de um projeto social completo. E dentro desta história, nós estamos empenhados, mas é um caminho longo, me parece. Os projetos de várias marinas estão travados por problemas em órgãos federais, estaduais, Ibama, Fatma aqui, em São Paulo é a Cetesb, é sempre a mesma história: regulamentação, problema de leis, coisas erradas no passado; isto é um freio muito grande pros nossos negócios. Nós perdemos
realmente a venda por medo de que o proprietário não tivesse onde colocar o barco”. E não é só isso. Davide lamenta outro grande problema com relação ao Brasil. “Também perdemos clientes que resolveram comprar um barco Azimut, mas nos EUA, porque lá o nível de imposto é menor, lá a infraestrutura é bem mais madura; hoje ele pega um avião de qualquer lugar e vai pra Miami em seis horas, e aí a Azimut do Brasil perde, nossos funcionários perdem, a economia do país perde, todo mundo perde”.
TÁBUA DA MARÉ
ITAJAÍ
SÃO CHICO
FLORIPA
TER 18/02 04:34 09:10 16:27
1.0 0.3 1.1
01:24 02:43 06:13
21:02
0.3
10:23 18:04 22:11
0.9 0.8 1.5
04:45 09:26 16:39
1.1 0.3 1.1
0.1 1.4
20:53
0.3
05:13 09:43 17:09 21:11
1.1 0.3 1.1 0.3
0.2 QUA 19/02
05:04 09:46 17:02 21:29
0.9 0.3 1.0 0.3
01:47 03:49 07:02 11:00 18:51 22:47
0.9 0.8 1.4 0.3 1.4 0.4
DIVULGAÇÃO
A primeira Azimut 48 fabricada no Brasil foi a grande novidade no São Paulo Boat Show 2013, o maior salão náutico indoor da América Latina