Versos e Poesias

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Versos e Poesias por Eduardo Ramos Cinta

São Paulo 2003



Para não ver o tempo passar, Cobrimos os olhos com o lenço da memória. Provérbio Chinês


V么, Com muito carinho e saudade, de sua fam铆lia.


Quando esse dia chegar... A Vida é muito linda Cheia de muita emoção. Quando se tem um amor Alegrando o coração. Quando acontece o contrário O corpo todo fica triste. Mesmo pegando um rosário O coração não resiste. Por isso fiquemos calmos Não precisamos nos alterar. Há muito tempo pra frente Para poder se amar. Quando esse dia chegar Vai ser uma coisa louca. Eu sentindo uma saudade

Dos beijos da tua boca. Eu estava muito cansado Deitei, não senti mais nada. Adormeci e acordei Nos braços da minha amada.


É triste viver sozinho A minha vida é tristonha É um rosário de espinhos. Eu vivo por este mundo Sem ter amor e nem carinho. Vagando por este mundo Cheio de tanto tormento O coração não resiste A este grande sofrimento. Eu vou fazer uma promessa Com carinho e devoção: Não quero viver nesta vida Nas trevas da solidão.

Eu cumprindo esta promessa E pagando o mal que fiz Quero ter o meu amor E viver muito feliz. Agora vivo contente Acabou‐se a minha dor Eu vivo com minha amada Com carinho e muito amor.


Amor falso Se soubesses, querida, Que findou‐se a vida Deste, que tu adoras, Não vertas teu pranto Por quem sofre tanto E tanto padece agora. Se porque jurastes E depois deixastes De cumprir a jura Que fizeste quando Eu também jurando Dei‐te amor por jura.

Não irei agora Sofra muito embora Nunca mais amar Um coração ferido Por amor fingido Deve‐se vingar. Se tu com a falsidade Pagas a minha amizade Que eu te tenho ainda, Resta‐me ir sofrendo De paixão morrendo De saudade finda.


Solidão Eu andava pelo mundo Numa triste solidão, Mas um dia fiquei feliz, Encontrei teu coração. Eu estava tão sozinho Sem saber o que fazer Minha vida mudou muito Quando encontrei você. Eu estava muito contente Tenho amor, tenho carinho. Arranjei uma mulher Não vivo mais sozinho. Para eu conquistar teu amor Muita coisa aconteceu Mas felizmente deu certo, Devo dar “Graças a Deus”! Foi uma coisa tão linda Foi um ato de louvor Foi nessa hora bendita Que eu conquistei o teu amor!


O Namoro Eu vou fazer estes versos Quero ver se vão rimar Se não estiverem bem feitos Peço pra me perdoar. Os teus olhinhos pequenos São dois faróis a brilhar O teu cabelo molhado São como as ondas do mar. O teu corpinho tão lindo É um paraíso em flor Recordações do passado, Lembranças do nosso amor. O teu amor e o meu São dois astros a brilhar, São como dois passarinhos Que vivem para se amar. Quando falei com você Não tive resposta não Mas não parei de escrever Eu queria uma solução. Fui falar com o seu pai Ele me disse que “Não”! Eu fiquei bem constrangido Fui falar com o seu irmão.

Escrevi uma cartinha Com muito carinho e cautela Mandei um colega entregar Mas somente para ela. A madrasta viu a carta E dela se apoderou Sem dizer uma palavra Para o pai dela entregou. O pai dela se enfureceu Mas soube se conter Mandou então me chamar: “Eu quero falar com você”. Ele me disse então O que eu tinha que fazer: “Nela não ponha a mão... ...sem antes eu saber!” Ele foi dizendo para mim: “Não quero saber de gracinha, o namorado fica na sala e a namorada na cozinha!” A história de meu namoro Veja só quanta tristeza O meu coração ficou alegre Quando saímos da igreja.


Boiadeiro errante Eu sou um boiadeiro errante Que vive sempre na estrada Chegando tarde da noite Saindo de madrugada. O coitado do boiadeiro Vive sempre no sertão Vai tocando a boiada Com o berrante na mão. Nós saímos do Sul de Minas Para ir no Maranhão Entregar uma boiada Pro coronel Mané João. Isto foi no mês de Agosto Saímos com a boiada. No começo de Setembro Chegamos na pousada. Descansamos aquela noite De manhã cedo saímos Tocando toda a boiada Seguindo nosso destino. A peãozada estava toda contente Quando a boiada disparou Fomos ver o que era Todo mundo se assustou. Olhamos por toda a parte

Ouvimos a Juriti1 Cantando ela dizia: “Cuidado com a Sucuri!” A cobra era enorme Como uma raiz gigantesca A cobra estava escondida Esperando sua preza. Nós passamos com cuidado Devagarzinho pela trilha De repente um peão gritou: “Está faltando uma novilha!” Procuramos em toda a parte De repente ao longe eu vi, A novilha estrebuchando Na boca da sucuri! No dia quinze de Setembro Nós chegamos em Maranhão Entregamos a boiada Pro coronel Mané João. Ele foi e agradeceu E ficou muito contente Falando com muito amor “Vocês são peões valentes!” 1

JURITI: Segundo a Grande Enciclopédia Larousse Cultural, “(...) espécie de pomba das mais conhecidas. Apresenta uma mancha azul ao redor do olho, bico pardo-escuro, pés corde-rosa e cauda branca. ENCICL. Folc.: A tradição indígena registra na Amazônia uma juriti-pequena invisível, cujos lamentos anunciam desgraças, só evitadas por um feiticeiro, pajé ou mestre que saiba rezar, afastando o presságio. Essa juriti vive no âmago de um tinhorão, e aquele que ela escolhe para vítima de seus malefícios acaba paralítico”.


História do Leão e da Pantera Isto foi há muito tempo Aconteceu no Sertão Uma briga gigantesca Entre a pantera e o leão. Todos nós sabemos Que as feras São como os índios Dividem suas terras Cada qual no seu cantinho. Estavam o leão e a fêmea Na diviza do terreno Apareceu uma pantera Que a tudo vinha mordendo A bicha vinha com raiva Deu um bote no leão Aí formou‐se a briga Foi a maior confusão. A leoa se retirou Ficou um pouco afastada Vendo a briga das duas feras Com os corpos já rasgados. O leão ficava urrando A pantera respondia Naquela luta de feras Mas nenhum deles cedia Começou de manhã cedo Terminou no fim do dia.

Depois de tanto brigarem Vejam só quanto trabalho Acabaram os dois sem vida Cada qual caindo pro lado. A fêmea se aproximou Para ver o seu marido Vendo o leão morto Ela soltou um rugido De raiva mordeu a pantera Que também tinha morrido. Ela não podia fazer nada Nem sequer soltou um grito. Na briga de dois gigantes A mulher não põe o bico. Ela dali se retirou Com o coração ferido Foi para dentro da selva Procurar outro marido. Isto tudo aconteceu Eu nada pude fazer Fiquei olhando a briga Vendo os bichos ali morrer. Dizem que o leão Das feras ele é o mais forte Mas quando encontra outra Lutam até a morte.


Recordação Tudo passa na vida Sorriso, tristeza, mágoa. Não te aborreças, querida, O que deve se paga. Pensei um dia ser feliz Juntinho ao teu coração Mas o destino não quis Veio a cruel solidão. O meu amor e o teu São dois faróis a brilhar São como dois passarinhos Que vivem para se amar. O nosso amor foi tão belo Cheio de tanta emoção Essas palavras divinas Eu guardo no coração.


Pipoca Pipoca, pipoca O milho verde Tem pro Paulista A espiga é assada E também pro Carioca Pipoca feita É mistura recheada. O milho seco 2 Ta guardado na gamela Pipoca feita com sal Pipoca boa E também açucarada Com gostinho diferente É feita na panela. De qualquer jeito Nós temos milho durante Pipoca pra toda a gente. O ano inteiro Pipoca boa Para o povo brasileiro. O milho seco Tem bastante vitamina. Feito pipoca É a delícia da menina. 2Gamela: Segundo a Grande Enciclopédia Larousse Cultural, “(...) 1. Vasilha em forma de tigela muito grande, de madeira ou barro, usada para diversos fins: na cozinha, para dar de comer aos porcos, para banhos, lavagens, etc. – 2. Mentira. – 3. Gír. Boca – 4. Vaso quadrado cheio de água, colocado perto da forja, que permite aos forjadores, Pop. serralheiros, etc., banhar o fogo ou refrescar os utensílios.


A Moreninha No tempo que eu era moço Namorei uma moreninha Ela era muito jovem E também uma gracinha. Fui falar com a mãe dela Fui pedir a sua mão. Ela foi e me respondeu A mão dela eu não dou não. Eu fiquei muito triste E minha face meio corada, Ela me disse sorrindo Se dou a mão ela fica aleijada! Não é isso minha senhora, O que eu queria lhe falar Assumir um compromisso Com sua filha me casar. Ela foi e me respondeu Minha filha é muito nova Ela estuda no colégio Todo ano ela tem prova.

Minha filha eu não concinto Que você vá se casar É melhor tu ir embora E bater noutro lugar. Ai, Moreninha, Moreninha do Sertão Eu queria ser dono De teu lindo coração. Ai, Moreninha, Moreninha do Sertão, Eu queria ser dono De teu lindo coração. Você diz que não me ama Mas sei que não deixou de me amar, Eu estou vendo nos teus olhos Que não param de chorar. Estou sendo sincero Do começo até o fim Quero ter o teu amor Inteirinho só pra mim.


A vida dos animais Eu vou fazer estes versos Com carinho e atenção Começando pelo rei O nosso lindo leão. Dizem que ele é o rei das feras Isso eu não posso provar Ele pode ser o rei da mata No cantinho onde ele morar. Isto ficou comprovado Numa grande reunião A bicharada toda reunida Foram falar com o leão. O leão ficou aflito Estava meio perturbado. Vendo toda a bicharada Reunida do seu lado. O leopardo foi o primeiro A falar com o leão Vamos dividir a mata Para evitar confusão. Depois falaram os outros Ficando tudo acertado. No dia seguinte, bem cedo, Já estava tudo demarcado

Eles dali se despediram Cada um foi para o seu lado. Por isso os animais vivem Cada qual na sua diviza Aquele que sai de lá Vai arriscar a sua vida. Na mata tem muita caça. Tem veado, girafa e javali. Até o coitado do coelho Não pode viver ali. O que menos se preocupa É o nosso lindo elefante Eles andam em manadas Como se fossem gigantes. Até nossa zebrinha Com a cor da natureza Tem que andar de olho vivo Para não servir de sobremesa. O nosso lindo macaco Que pula sem fazer esforço Tem que ter muito cuidado Para não servir de almoço. Por aqui vou terminando Esses versos que eu fiz O leão lá na Europa A pantera aqui no Brasil.


O Beija‐Flor e a Abelha Eu vou narrar uma estória Ela é real e verdadeira Isto aconteceu comigo No Jardim das Oliveiras Eu estava olhando Para um lindo beija‐flor Estava ele sugando O mel que havia na flor Estava ele entretido Fazendo a sua refeição Aí vem chegando uma abelha Chamou o coitado de ladrão O “coitado” bateu asas E dali se retirou A abelha, muito gulosa, No lugar dele ficou A abelha ficou irritada Voando sem cessar Na flor não havia mel Ela ficou sem jantar O beija‐flor voou para a mata E dali ficou olhando A abelha chamou as outras E atrás dele foram voando O beija‐flor mais sabido

Delas se escondeu Elas passaram por ele Mas nenhuma percebeu Foram parar no deserto Eu não sei o que aconteceu Quando as abelhas sumiram O perigo já passava Ele voltou para a casa Para junto de sua amada Quando em casa ele chegou Vejam só o que aconteceu Entre sorrisos e abraços Muitos beijos ela lhe deu Fizeram uma grande festa Com amor e com carinho No Alto das Oliveiras Construíram o seu ninho. Quando nasceram os filhotes Vejam só quanta alegria A mata com muitas flores Tinham tudo que queriam Eles estavam felizes Muito tempo se passou Viveram por muitos anos Com carinho e amor.


Que país e esse? (Título sugerido) Eu vou narrar esta estória Vou falar desta querida Nação Tem prata, cobre e ouro E nunca sai da inflação. Tanto cobre, prata e ouro Tudo tirado do chão Com tanta riqueza divina É tão pobre esta Nação. Esse nosso presidente Muita coisa ia fazer Ia proteger os pobres Vendo o corpo apodrecer. O primeiro plano dele Era conter a inflação Pegando o dinheiro do povo Mais afundou a Nação. Eu desejava saber Se ele tem muito dinheiro Ele é nosso presidente Mas só vive no estrangeiro. Oito meses de mandato Já conheceu o mundo inteiro Percorreu toda a Europa Gastando o nosso dinheiro. Ele foi para a Argentina Paraguai, Chile e Venezuela

E o povo aqui chorando Sem ter o feijão na panela. Ele deixou aqui a Ministra Para cuidar da Nação A Ministra anda falando “Está baixa a inflação!” Eu queria que ela ganhasse O nosso triste salário Pagar água, luz e gás E fazer compras no mercado. Os americanos fazem um protesto Para o povo brasileiro “Viemos cobrar os juros do nosso rico dinheiro.” O presidente saiu Foi cumprir uma missão Ele e sua comitiva Viajaram para o Japão. Quando no Japão chegou Foi recebido com alegria Fizeram ele vestir uma saia Do jeito que o japonês queria. Enquanto ele está lá fora Aqui as coisas deram um giro Os preços dos produtos dispararam E alguns produtos sumiram...


Conhecendo o estrangeiro (Título sugerido) Eu vou narra minha estória Vou falar sem rodeio Chegando o fim do ano Eu viajo para o estrangeiro. Chegando na Europa Vou procurar um apartamento Que tenha uma piscina Para eu passar o tempo. Chegando a hora do almoço Vejo tudo enlatado Como carne de cachorro Pensando que é de gado. Vendo tudo diferente Sem arroz e nem feijão Comprei uma passagem Embarquei para o Japão. Chegando no Japão Perguntei pro japonês Eu estava era com fome Como é que eu vou fazer? Ele foi me respondeu “O senhor está com fome

Mas aqui, no Japão, Quem não trabalha não come!” Eu estava conversando Quando escutei um urro Ele me disse sorrindo “É que estão matando um burro!” Eu perguntei para ele “Matam os burros para quê?” Ele foi me respondeu “É a carne para comer.” Eu fiquei tão constrangido E resolvi ir embora de repente Embarquei num avião Fui parar no Oriente. Quando desci do avião Todo mundo deu risada Eu de terno e gravata Eles todos tinham saia. Eu aí senti saudades Do berço onde nasci. Eu vou embora de volta Para o meu querido Brasil.


Curió triste Estava em cima do muro Quando avistei um Curió Coitadinho estava triste Dava pena e dava dó. Fui perguntar para ele O que foi que aconteceu Ele virou o rostinho Nem sequer me respondeu. Vendo o bichinho triste Me doeu o coração Eu procurei socorrê‐lo Mas não tive tempo não. Eu vi o Curió tremendo Mas dali não se mecheu Saindo lágrimas dos olhos Ali mesmo ele morreu. Perguntei para o irmão dele O que foi que aconteceu Ele também estava triste

Mesmo assim me respondeu. Eles foram numa festa Foram os três muito contentes Mas no meio do caminho Aconteceu um acidente. Estavam os dois conversando Do presente que seu irmão comprou De repente veio uma águia E a mulher dele levou. Ele ficou assustado Não podia fazer nada O bicho desceu num embalo E roubou sua amada. Agora vou terminar Esta triste poesia Quem não gostou que clame: “O resto é pra outro dia!”


Vai, vai, vai Vem, vem, vem Eu saio da minha casa Vou para casa do meu bem. Na casa dela Vou duas vezes por semana A semana que eu não vou Ela logo me reclama: “É assim que você me quer É assim que você me ama?” Vem, Moreninha, Vem pros braços meus Nunca despreze Esse amor que é todo teu.



As parreiras Nós estávamos na sala Estávamos todos conversando Chegou a filha e o marido E já foram nos falando. “Já faz um ano que o senhor prometeu ir podar as parreiras...” se aprontem andem depressa Vamos sair “às carreiras”. Eu falei para a Vera E também pro José Luiz “Falem com a Maria Peçam desculpas por mim.” Nós saímos daqui de casa Mais ou menos oito horas Pusemos as coisas no carro E saímos estrada afora. Para chegar na casa da mãe dele O carro ia bem devagarinho As ruas eram bem estreitas Não podia sair do caminho.

A noite estava escura Nem um cachorro latindo Quando nós chegamos lá Estavam todos dormindo. O Edson tocou a buzina A luz logo se acendeu A mãe dele abriu a porta E logo nos atendeu. No dia seguinte bem cedo Estava tudo “orvalhado” Eu desci até a cachoeira Fui ver o Polaco Tirar o leite do gado. Estavam todos no terraço As crianças na brincadeira Eu com a tesoura na mão Fui podar logo as parreiras. Não terminei o serviço Já estava muito cansado O braço estava doído E os dedos todos furados.


Versos Tristes Estou escrevendo Para minha querida Com a alma dolorida. Por este mundo sem fim Deixei minha pombinha Lá em casa sozinha Tão longe de mim. Coração calado O corpo molhado De tanto calor Não vejo a hora De chegar em casa Tomar o meu banho E abraçar o meu amor. Coração que ama Nunca se esquece Estando longe O corpo reclama Não encontra na cama

O coração padece. Levanto bem cedo Pensando em você Eu pego o caderno Caneta na mão Começo a escrever. Meu Deus do Céu Quanta amargura Não deixes tristeza Somente riqueza Para minha doçura. Os dias aqui são compridos As noites são diferentes São tantos os pernilongos Comendo os pés da gente. Coração que ama Com esplendor

Procura na cama O corpo reclama Porque não encontra O seu grande amor. Chegando em casa Eu desabo Sinto uma forte emoção Num curto espaço Vem minha querida Ficar em meus braços! Eu vou para casa Vou ver a minha amada Pois eu sei que em pé na porta ela espera A minha chegada.


Choro sem razão Os preços subindo O povo reclama Vou fazer compras Não tenho mais grana. Os nossos políticos Parecem um rosário Fazendo os estudos Congelam os salários. O dinheiro que eu ganho É muito suado Eu vejo a diferença Quando vou no mercado. A mulher reclama “O dinheiro não dá, os preços subiram, não posso comprá!.”

Aqui eu vou fazer Uma pequena pesquisa Muitos guardam o dinheiro Pra jogar na esportiva. Já fizeram muitos jogos Pra mim é uma besteira Mas o povo muito bobo Vão cair na ratoeira. A nossa querida Erundina É do partido do PT Agora ela está rindo Vendo o operário sofrer. O povo todo reclama Que o dinheiro não está dando Quando chega o Carnaval O dinheiro vão esbanjando!


Versos dispersos (Título sugerido) Maria, Maria Maria Conceição Não sei o motivo Não sei a razão Pegou a sua trouxa Me deixou aqui na mão! Maria, Maria Maria Marieta Fizeram um complô Igualzinho uma falceta As duas embriagadas Dormiram na sarjeta. * * * Eu estou aqui em casa Estou sozinho Olhando o quintal Vendo a chuva caindo. A chuva que está caindo Ela é lenta e devagar. Vai molhando toda a terra

Não precisamos regar. * * * Olho pro Céu Vejo uma Luz Divina Olho para a terra Vejo uma linda menina Olho para o mar Vejo as ondas com esplendor Onde estará meu amor? * * * Levantei da cama Fui andar um bocado Cheguei na cozinha Quase que eu caio Na ponta da mesa Eu fiquei agarrado A mulher deu um grito Com os olhos arregalados.


Madrugada (Título sugerido) Foi de madrugada Eu estava dormindo Acordei assustado A chuva caindo Levantei fui para sala Fiquei observando A mulher toda aflita Comigo falando A chuva não pára Ela cai sem cessar A Vera reclama “Eu vou me molhar!” A mãe toda aflita Sem saber o que fazer Procura todos os meios Para a filha socorrer. Até que enfim ela achou Uma luz tão divina Minha capa ela pegou E a vestiu na menina.


Amor de fazenda Foi numa festa Na fazenda do Arno Por incrível que pareça Que encontrei meu amor. Estava dançando Quando olhei pela janela Vi então uma cabocla De olhos verdes e muito bela. Ela era jovem E também muito linda Ela morava na Colina Bem pertinho de um riacho Os seus cabelos tão ondulados Eram todos cheios de cachos. Falei com ela Fomos os dois para o salão Eu juntinho perto dela Com a mão no coração. Estava dançando A valsa de nosso amor Estava vendo o seu sorriso Dos seus lábios sedutores. Fui falar com o pai dela Ele logo me falou: “Primeiro quero saber

de que família é o senhor. Se o senhor é fazendeiro E estiver bem de vida, Amanhã mesmo pode casar Com minha filha querida.” Eu peguei e falei para ele: “Já estive muito pior mas hoje, graças a Deus, já estou muito melhor.” Ele foi e me respondeu: Deixo as coisas muito claras Se não for um fazendeiro Com minha filha não casa.” A filha escutando aquilo Não disse uma palavra Pôs as mãos em cima do rosto Para eu não ver as lágrimas. Eu peguei e falei para ela: “Não chore assim, meu amor, riquezas não trazem felicidades só trazem brigas e dor Nós seremos diferentes, Do começo até o fim Seremos sempre felizes Por este mundo sem fim!”


Conto da Sereia Estava na beira da praia Sentadinho na areia De repente olhei pro mar Vinha vindo uma sereia! Ela era muito linda De olhos verdes, muito bela. Eu fiquei emocionado Mas não pude falar com ela. Isto era dez e meia ou onze horas Ela sorrindo para a gente Disse “Adeus” E foi embora. Todo mundo ficou olhando Quando a sereia partiu Num abrir e fechar de olhos Num mergulho ela sumiu.

Todo mundo está esperando Aquela sereia voltar Até agora não voltou Estamos cansados de esperar. Todo mundo ali sentado Estavam todos comentando De ter visto uma sereia Era um ato muito estranho. Nós estávamos sentados Debaixo de uma sombra Quando alguém ali falou: “Tomem cuidado com as ondas!” Olhamos uns para os outros Quando fomos perguntar Quem tinha falado aquilo Ela logo respondeu: “Foi a Sereia do Mar!”


Versos Dispersos II (Título sugerido) Vejo o céu Vejo o mar Vejo a Lua As estrelas no ar Tudo eu fiz Nada quis Pra fazer‐te, querida, feliz! Às vezes fico pensando Nos versos que vou fazer Eu dedico esta poesia Somente pra você. Estes versos são muito lindos Feitos com amor e alegria Eu quero ver você sorrindo Dia e noite, noite e dia.


Coração que bate forte Às vezes fico escutando O cantar dos passarinhos Meu coração fica alegre Vendo você sorrindo. Eu, vendo você sorrindo, Sinto uma grande emoção Eu, vendo você chorando, Machuca o meu coração. O nosso amor é uma estrela Que brilha na escuridão O coração não se cansa De cantar esta canção. Coração que bate‐bate Vai batendo devagar Coração que bate forte Não se cansa de amar.


Sofrimento Como sofre, como padece, Como chora essa infeliz mulher Isso para mim é um prazer Ver sofrendo quem já me fez sofrer. Quando eu sofria ela gargalhava Hoje em dia quem dá gargalhada sou eu Ao vê‐la neste mundo de Deus Sofrendo sem os carinhos meus. Eu dedico este presente Com amor e com carinho Para o meu querido genro A quem amo como um filho Se não gostar do presente Peça outro para o vizinho.


Valsa do Adeus Vamos dançar esta valsa Cheia de tanta emoção Com muito amor e carinho Cantando esta canção. Adeus, adeus, adeus Palavras que nos fazem chorar Adeus, adeus, adeus Não a quem possa suportar Adeus é tão triste E não se resiste Sem teu amor Esta vida não tem mais valor. O nome de Deus é sagrado É nosso Pai e Senhor Foi Ele que fez este mundo Com muita paz e amor.


Mal‐entendido (Título sugerido) Quando eu te conheci Morava na Bahia Vieste para São Paulo Para ver o que eu fazia. E quando aqui chegaste De nada encontrou Ficou aborrecida Com outro se juntou. Passado muito tempo Formou‐se a confusão Bateu em minha porta Para pedir perdão. Ainda eu me lembro O nosso triste passado Melhor viver sozinho Que mal acompanhado.


Valsa das estações O inverno vai saindo Vai mudando a atmosfera O povo fica contente Vai chegando a primavera A primavera chegando É um ato de louvor As plantas ficam floridas Exalam perfume e amor A primavera saindo Fica tudo na tristeza O verão que vem chegando Transformando a natureza A natureza mudando Mais aumenta a aflição As plantinhas vão morrendo Machucando o coração.



Versos dispersos III (Título sugerido) Eu trato das minhas plantas Com muito amor e carinho Fico alegre e satisfeito Quando os botões vão surgindo Começando pelo lírio Azaléia e Manacá Tem Rozeiras e Margaridas Plantadas no meu quintal Fico alegre e satisfeito Vendo as plantinhas floridas Cheias de tanto perfume Transformando as nossas vidas.


Samba de Ipanema Ai Morena, ai Morena Vamos sambar no baile de Ipanema. E nesse baile Todo mundo ali dançando As caboclas vão sorrindo E o corpo rebolando Roda pra cá Roda pra lá E as morenas Não se cançam de sambar. Estava dançando O sambinha do Bom Fim Eu olhei para a morena Estava rindo para mim Fiquei olhando O seu rosto sedutor Ela olhando para mim Começou o nosso amor.


A Mansão A noite vem caindo Vou fazer minha oração O Júlio vem chegando Vou fazer a refeição Aqui quando ele chega Vem sempre apressado Eu quero ficar pronto E sair bem sossegado A mansão já está feita É grande e tem muito espaço Está faltando alguma coisa São as calhas do terraço A casa já está pronta Tem um aspecto encantado Está faltando uma coisa Aqueles lustres dourados Nós viemos para cá Para o corpo descansar Esperando a Sabesp Para a água vir ligar Eu fiquei aqui pensando Sem saber o que fazer Perguntei para a mulher Ela não soube me responder Ela quis falar alguma coisa Mas a fala não saiu Ficou toda atrapalhada Mesmo assim ela sorriu

Eu estava ali esperando Encostado no sipreste De repente veio um carro Era o carro da Sabesp Eles falaram pra mim “Viemos fazer a ligação.” Ligaram e foram embora Ficou tudo muito bom A água estava ligada As caixas estavam enchendo Eu olhei para o telhado Parecia que estava chovendo Eu falei para a mulher “É algum cano quebrado” A água que vinha do teto E descia pelo telhado O chão parecia uma piscina Estava tudo alagado Quando o Júlio aqui chegou Eu com ele fui falando Vai chamar o encanador Tem muita coisa vazando O Júlio foi chamar E eles logo aqui chegaram Começaram o serviço A noite estes terminaram

Depois que tudo passou A água tinha escorrido A mulher deu um suspiro Do susto que tinha tido A mulher levou um tombo Ficou no chão sentadinha Ela ficou tão engraçadinha Que parecia uma santinha Ela olhou para mim E me deu uma risadinha Estão fazendo sete dias Que nesta casa cheguei Os versos que ainda faltam Vão ficar para outra vez Quando eu vier outra vez Quero ver tudo diferente Os lustres e as calhas prontas Todo mundo sorridente Eu vou fazer uma surpresa Se não houver objeção Plantar aqui uma folhagem São as penas de pavão Plantando uma em cada canto E mais duas em cada lado Vai ficar uma coisa muito linda Vai ficar mesmo encantado.


As Plantas (Título sugerido) Eu trato das minhas plantas Com muito amor e carinho Fico alegre e satisfeito Quando os botões vão surgindo. Começando pelo Lírio Azaléia e o Maracá Tem Roseiras e Margaridas Plantadas em meu quintal. Fico alegre e satisfeito Vendo as plantinhas floridas Cheias de tanto perfume Transformando as nossas vidas. As plantas cheias de flores Deixam um perfume no ar As pessoas passam na rua Ficam olhando pra cá “Vejam que coisa linda” – dizem – “Mas eu não posso pegar”.

As pessoas ficam comentando “Esse homem tem bom gosto Tem o quintal plantadinho De cada coisa tem um pouco” Outros param e não resistem Vão mudando logo de prosa Vão tocando a campainha Pedindo um botão de rosa. Eu logo falo para elas Com amor e com carinho “Eu trato das minhas plantas Não vou chamar o vizinho”. Eu vendo as plantas floridas É a coisa que mais me agrada Às vezes eu corto um maço E coloco em minha sala.


Na Praia (Título sugerido) Nós vínhamos descendo a Serra Vinham todos comentando De ter matado alguns gatos Que na casa estavam morando Eu achei que era estranho Ou talvez uma brincadeira Mas quando eu aqui cheguei Vi que a coisa era verdadeira Os gatos andavam aos pares Fazendo a sua reunião Entravam pelo vitrô Faziam a maior confusão O cheiro que havia na casa O pior era o colchão Fizeram uma sujeira Foi a maior confusão O Júlio desesperado Foi comprar outro colchão.

Todo mundo foi para a praia Eu fiquei aqui sozinho Olhando para a tv Fazendo os meus versinhos Enquanto vocês estão na praia Das tristezas vão esquecendo Eu, com a caneta na mão, Estes versos vou fazendo Eu fiquei aqui olhando Vendo vocês sumindo Eu estou aqui escrevendo E vocês se divertindo A vida é assim mesmo Cheia de muito prazer Uns gostam de se banhar no mar Outros gostam de escrever Eu aqui vou terminando Já estou bem satisfeito A vocês peço desculpas Se os versos não foram bem feitos.


Mulher Ingrata Aquela ingrata foi embora Nem sequer se despediu Pegou a sua trouxa de roupa Neste mundo ela sumiu Eu fiquei aqui sozinho Sem saber o que fazer Uma estrela brilhou em meu caminho Acabando o meu sofrer Ainda tenho certeza Que ela um dia vai voltar Chorando as suas mágoas Para comigo ficar Quando ela aqui chegar E vier pedir perdão Para a mulher que é ingrata Não se abre este portão.


Crônicas do Paraíso (Título sugerido) Deus quando fez o mundo Fez tudo com perfeição A mulher chamava Eva O homem chamava Adão Deus preparou a terra Deu o nome de Paraíso A mulher chamada Eva Fez o homem perder o juízo Viviam os dois felizes No Paraíso em flor Eis que surgiu a serpente Destruindo aquele amor A serpente, muito astuta, Da mulher se aproximou Com palavras muito doces A coitada ele enganou Pegando a fruta do Bem e do Mal Para ela entregou


Noite de Natal A noite que vem chegando O luar que vem surgindo Alegrando os corações Iluminando os caminhos Na Era em que nós estamos Cheia de tanto pavor Todo mundo está correndo Destruindo o seu amor Deixemos tudo de lado E vamos comemorar Esta data tão divina É a Noite de Natal

As crianças estão esperando Receber os seus presentes Papai Noel que não chega O coitado está ausente As crianças estão tristes Eis que surge de repente O seu papai Noel Trazendo todos os presentes A criançada se alegra Ficam todas na euforia Pulando de um lado para outro O natal é alegria.



Ano Novo (Título sugerido) O ano está terminando O outro está surgindo O povo já está festejando Todo mundo está sorrindo O povo todo está ansioso Em ver o ano chegar Que tenham muita alegria Muito amor e muita paz Este ano terminando Todo mundo dá um suspiro Ficam todos comentando Este ano foi dos “Vampiros” Todos ficaram na ruína Com os corações feridos De uma coisa tenho certeza Quem mais sofre é o aposentado Quando vou buscar a grana Sempre falta um bom bocado Isto acontece comigo Quando eu recebo é que eu vejo

Vou andando para traz Igualzinho a um caranguejo Nunca mais pude comer Um pedacinho de queijo Nesta hora tão bendita Cheia de tanta emoção A vocês eu agradeço A Deus eu peço perdão O ano novo está chegando Vamos fazer a oração Fiquemos todos juntinhos Com a mão no coração Eu fiquei muito alegre Vendo a família reunida Meu coração está contente A missão já está cumprida Para reunir os meus parentes A Deus eu peço perdão Que ilumine o meu caminho E me dê a Salvação


O rico e o pobre O mundo é muito grande E dele nada se leva O rico fica sorrindo Vendo o outro na miséria O mundo dá muitas voltas Eu acho muito bonito O rico ficando pobre E o pobre ficando rico A vida é que nos ensina A receber e dar o troco O rico ficando pobre Acaba ficando louco Todo mundo trabalhando Não é preciso dar o troco Seja rico, seja pobre, Um não vive sem o outro


Samba Dolorido Às vezes fico pensando Olhando só para o espelho A perna dolorida Da pancada no joelho A mulher olha para mim Diz “Meu Deus, não sei o que faço... O reumatismo me pegou Justamente nos dois braços.” A vida é assim mesmo Cheia de tanta agonia Muitos choram de tristezas Outros cantam de alegria Isto já vem há tempos Desde o começo do mundo Uns morrem trabalhando Sustentando os vagabundos


Versos I (Título sugerido) Estas palavras escrevo Com amor e com carinho, Você me deu um Whisque E sua mãe um vinho. Este mundo é muito grande É a obra que Deus fez Minha filha Brasileira Casada com um português Ele tem uma oficina E um sócio japonês. Vocês logo me perguntam Como é que eu faço isso Cada coisa no lugar Cada qual tem o seu ofício. Disto tudo temos prova Vou fazer uma comparação Uns estudam para mecânica E outros para escrivão Eu, como não estudei, Vou fazendo esta canção


Canção da Saudade Sinto saudades da casinha Onde eu morava Era uma vila Bem em frente a um cafezal E foi ali que conheci Uma morena E dias depois começamos A namorar Um belo dia Eu estava trabalhando E de repente ouço um grito Muito rouco Fui ver de perto O que é que acontecia Era ela agarrada Com um outro Eu fiquei escondido observando Só para ver o que eles faziam Estavam os dois Entre beijos e abraços Enquanto isso o meu Coração sofria

No dia seguinte Embarquei para São Paulo Cheguei aqui não Tinha onde morar Fiquei pensando Eu aqui estou sozinho Senti saudades da Minha Terra Natal.


Na beira da praia Era uma princesinha Tão linda ela estava Brincando comigo Na beira da praia Ela foi embora Eu fiquei sozinho Na beira da praia Eu fiquei adormecido Ela foi embora Nem rastro ela deixou Adormeci e acordei O sonho acabou...


Fogo sem cinza O amor é uma fogueira Que nasce no coração O fogo, quando se apaga, A cinza fica no chão A vida é que nos ensina A receber e dar o troco Há pouco tempo casados Você já andava com outro O mundo é tão grande e belo Foi feito pelo Criador Deus pai do universo Que nos deu carinho e amor

Deus quando fez o mundo Fez tudo com formosura Fez o Sol e fez a Lua Fez as estrelas brilhantes Para as noites mais escuras O astro rei é o Sol E jamais teve vingança Durante o dia ele nos aquece E de noite ele descansa Os astros do infinito Cada qual tem sua função As estrelas reluzentes Só brilham na escuridão.


Amor à Primeira Vista Ai amor, ai amor, ai amor, Causadora do meu padecer Por te amar é que eu ando pensando: “Ei de amar‐te até morrer!” Menina diga logo aos seus pais Que eu já sou o seu namorado E avise aos seus irmãos Que me chamem de cunhado Menina de olhos verdes De amor e tanta paixão Eu peço que não me deixes Nas trevas da solidão O coração bate forte Outras vezes devagar Esperando a imensa sorte Para contigo casar Mandei fazer um relógio Da casca de um caranguejo Para marcar os minutos Das horas em que não te vejo.


Arrependimento Há muito tempo eu não via Aquela cabocla feliz Ela dali foi embora Felicidade não quis Estava aqui num cantinho Eu vi a cabocla passar Olhando para o ranchinho Saudades deste lugar Ela estava chorando Com a mão no coração Chegando em minha porta Veio pedir perdão Ficamos os dois conversando A Deus fizemos uma oração Ficamos muito felizes Fizemos nossa união.


Samba dos velhos Eu vou fazer este samba Com carinho e devoção Com muito amor e ternura Do fundo do coração Às vezes fico pensando Em toda a minha estrada passava os dias felizes Nos braços da minha amada Hoje já estamos velhos Com idade avançada A mulher está reclamando Meu velho não dá mais nada A mulher vive chorando Com a dor que tem no braço Já fiz de tudo na vida Já não sei mais o que faço Para viver mais alegre Vamos esquecer o passado Vem me fazer um carinho E um abraço bem apertado.


Saudade Quem ama sente saudade Do seu amor tão querido Quando algum fica ausente Deixa o coração ferido Dois corações que se amam Fizeram a sua união Construíram o seu lar Com amor no coração A vida é muito bela Como as águas de um riacho Às vezes ficamos tristes Vendo o nosso fracasso Vamos andar para a frente E seguir a nossa trilha O nosso amor bem unido É a estrela que mais brilha


Lágrimas nos Olhos Tenho os olhos razos d`água Coração cheio de mágoa Por não ter aquele amor Sigo triste o meu caminho Defendendo‐me dos espinhos Que já me causaram muita dor E assim, nesta amargura, Vou colhendo a desventura De amar quem não me amou Sou cinzas do passado Num cantinho abandonado Que o vento não levou Para esquecer esta maldade Vou embora da cidade Para aliviar a minha dor Procurar outros caminhos Que não tenham tantos espinhos E me dê um novo amor Eu andava pelo mundo Igualzinho a um vagabundo Lamentando a minha dor Hoje eu vivo sossegado Já estou bem empregado E já tenho um novo amor.


Versos A nossa vida é tão bela Cheia de tanta emoção Às vezes ficamos tristes Machucando o coração Este país que é tão rico Tem uma grande imensidão E dele nada se leva Só fica a recordação Lá no Rio de Janeiro Estão fazendo uma fachina O povo todo está em pé de guerra Por causa da cocaína Nos outros Estados também Todo mundo está com medo Vai aumentando a inflação E o povo perdendo o emprego

O nosso querido presidente Que se chama Itamar Franco Quando ele está cansado Vai se sentar logo no banco Ele fica ali sentado Até a mente refrescar Ele ali fica estudando O que é que vai aumentar Já refeito Pula de alegria Ele já tem os planos feitos Vai aumentar a gasolina De quinze em quinze dias.


Gratidão A Deus eu peço perdão Para reunir os meus pecados Não posso viver sozinho Quero ter você ao meu lado Para Deus eu agradeço Que me deu esse louvor Para viver sempre juntinho Ao lado do meu amor Nós vamos viver juntinhos Com muito amor e harmonia Seremos muito felizes Teremos muita alegria Eu vou agradecer a Deus Que me deu inspiração Pra conquistar o teu amor E também teu coração.


Choro de amor Meu amigo, porque choras desse jeito? Não é direito um homem chorar assim Se é amor, meu amigo, não tem jeito Guarda no peito essa mágoa sem fim Estou sozinho, vivo abandonado, E nesta vida já não sei o que fazer Chegando a noite vejo o céu todo estrelado Deito e não durmo fico pensando em você Vivo no mundo de um lado para o outro Estou cansado, não posso viver assim Meu amigo, deixe esse amor de lado Há muitos outros por esse mundo sem fim.



Em tua Voz eu Ví Em tua voz eu vi Muitas vozes a cantar E olhando para além eu vi Flutuando ao luar A luz do teu olhar Tu és brasileirinha Uma canção de amor A musa de um poeta A lira de um cantor Teu riso nos traz Amor e muita paz


Natal Nesta data tão querida Festejada noite e dia É o nosso querido Natal Que nos traz muitas alegrias Chegando o fim do ano É uma imensa correria É um corre‐corre Pra comprar mercadorias Este mês de Dezembro É um mês bem diferente As festas de fim de ano Ajeitando toda a gente Quando chega o Natal Ficam todos sorridentes Pulando, falando e sorrindo Esperando os seus presentes

Papai Noel não existe É uma grande invenção Quem tem dinheiro se diverte Quem não tem fica na mão Para findar a estória Eu peço que escutem bem Já deram os seus presentes Eu vou dar o meu também Nesta data gloriosa Cheia de tanto esplendor Vamos rezar todos juntos E pedir para o Senhor Que nos dê felicidade Saúde, paz e amor.


Mal me quer Eu perguntei ao mal me quer Se o meu bem ainda me quer Ele foi e me respondeu que não Chorei mas depois eu me lembrei Que a flor também é uma mulher Que nunca teve coração A flor mulher iludiu o meu coração O seu amor é uma rosa ainda em botão O seu olhar diz que ela me quer bem O seu amor é só meu e de mais ninguém De mais ninguém


Eu não te quero bem e nem mal Eu não te quero bem Eu não te quero mal A matriz deu meia‐noite O rei momo deu o sinal Vou fazer barulho neste carnaval Não bato pregos sem estopa Quero uma cachopa1 Pro meu carnaval Não quero loura Nem morena e nem mulata Vão pro raio que os parta Viva Portugal!

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CACHOPA: Segundo a Grande Enciclopédia Larousse Cultural: 1. Lus. Rapariga, moça. – 2. Casta de Uva do Douro.


A Vida A vida nos dá o fruto A vida nos dá prazer A vida nos dá alegria A vida nos faz sofrer E nossa vida é um romance É um livro de Oração Sem querer fazemos coisas Que machucam o coração Eu ontem cheguei em casa Procurei e não te encontrei Fiquei tristonho a chorar Passei o resto da noite a chamar Elena, Elena vem me consolar Mesmo depois da madrugada Teu nome me chamava baixinho Elena dos meus encantos Vem me fazer um carinho Eu fiquei desesperado Cadê Elena, meu bem, O dia já vem raiando E a minha amada não vem Porque será?


Meu aniversário Hoje é dia do meu aniversário Estão todos em correria Todo mundo trabalhando Com muito amor e alegria A minha mulher tão querida Que já não se sente muito bem Foi a primeira na vida A me dar os parabéns Os filhos e os genros chegando Vem me dar os parabéns Saúde e felicidade Para todos eles também Esta data tão feliz Cheia de tanto esplendor Alegria que nós temos Damos graças ao Senhor


Vida sem Sentido (Título sugerido) Eu vou fazer estes versos Comparando os tempos antigos Que chovia e alagava E tudo ficava perdido Hoje tudo é diferente Está tudo sem sentido O gado morrendo de fome Até parece castigo O povo que mora no norte Todos vivem a padecer É um corre‐corre Procurando o que comer Tem que andar léguas e léguas Pra pegar água para beber Eles olham para cima E vêem as nuvens correndo E aí ficam falando “No outro Estado está chovendo e aqui com tanta seca até o gado está morrendo.”

Todo mundo anda triste E todos ficam reclamando A chuva que Deus não manda O pasto está se acabando Se não chover daqui há um mês Vou perder o meu rebanho De repente lá de cima Deus manda uma tempestade De relâmpagos e trovões Assustando a humanidade Que ficam todos com medo Vendo tremer a cidade Quando passou a tempestade Ela daqui se retirou Foi para outra cidade Proclamar o seu furor Nós aqui ficamos em paz Demos graças ao Senhor.


Presente de aniversário Eu te dou este presente Ele é um pouco temporário Que Deus de te muita saúde E um feliz aniversário Espero que você goste Destas lindas sandalinhas Muito amor, muita saúde Para você e toda a família Eu vim trazer o meu presente Já vim no meio do dia Quero ver todos sorrindo Com muito amor e alegria O seu pai já está velho Já tem idade avançada Quem quiser fazer os versos Que ponha os pés na estrada.




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