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Adélia Fonseca

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Claudia Alencar

Claudia Alencar

(1827/1920)

Poeta soteropolitana foi presença destacada no meio cultural de seu tempo.Foi alvo de elogios de Gonçalves Dias, Machado de Assis e outras personalidades.Pertencia a família de intelectuais e recebeu desde menina esmerada educação. Distinguiu-se em saraus e tertúlias poéticas.Em 1870, muda-se para o Rio de janeiro, acompanhando o marido. Mais adiante torna-se sogra do historiador Capistrano de Abreu. Publicou o livro de poemas Ecos da Minha Alma(1852)e divulgou seus trabalhos poéticos na imprensa da época.

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Ninguém nas asas da mais leve aragem, A ti enviou lembranças tao saudosas; Ninguém horas passou tão deleitosas De amor te ouvindo a férvida linguagem; Ninguém de tua vida na passagem Semou, sem espinhos, tantas rosas; Ninguém te diz palavras tão mimosas, Contra o peito estreitanrto tua imagem; Ninguém de alma te deu tão lindas flores, nem tanto desejou como eu desejo, Delas, tão puras, conservar as cores; Ninguém sabe beijar como eu te beijo; Ninguém assim por ti morre de amores; Ninguém sabe te ver como te vejo Neste poema ,dedicado ao visconde da Pedra Branca,Adelia faz denúncia: Que preconceito tirano m‘impede De voar pressurosa a teus lares? De poder, na ventura de ouvir-te, Extinguir da saudade os pesares? .............................................. Com tuas sábias palavras Vem m‘ensinar a esquecer Este mundo de mentiras, Em que forçam-me a viver. Ele, como tu sabes, Tem costumes sociais, Que nos privam de fazermos O que desejamos mais. .................................... Vem ensinar-me a esquecer D‘estes usos sociais, Que, sem razão nos proíbem O que desejamos mais.

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