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Alexandrina dos Santos
(1859/1934)
Poeta carioca, nasceu em Campos e faleceu em Campinas. Pelo testemunho de alguns historiadores foi jornalista e poeta festejada em círculos restritos.Não publicou nenhum livro, mas apenas um caderno manuscrito herdado por seu sobrinho-neto, o escritor Guilherme de Figueiredo, que a considera a primeira poeta satírica e escatológica brasileira. Esse caderno tem mais de 250 páginas e reúne 72 poemas de sua lavra e de poetas românticos como Victor Hugo, Lamartine, Casimiro de Abreu e outros.
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A UM APAIXONADO Stás a falar na morte a cada passo! Eu não sei por que a queres já, tão cedo! Repara que morrer é grande maço... Que a morte não coisa de brinquedo.
Ai! De te ver tão preso tenho medo... Bem pode acontecer qualquer fracasso! Tu podes te soltar, eu to concedo, Mas sem quebrar do amor o doce laço.
Bem sabes que na vida o meu norte Esse tiveres morte prematura, Talvez esse desgoste eu não suporte; Pois eu receio tanto essa tortura, Que acontece a lembrança da morte Postou-me no urinol... a cobrar soltura.