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Cora Coralina

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Claudia Alencar

Claudia Alencar

(1889/1985)

Começou a escrever cedo: aos 14 anos. Mas só começou a publicar quando tinha 76 anos: seu primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, só saiu em 1965. E foi graças a uma crônica do poeta Drummond, que Cora Coralina ganhou visibilidade e atenção --e passou a ser admirada por todo o Brasil. Foi redatora de jornal em Goiás e publicou seu primeiro conto, Tragédia na Roça, em 1910, no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do estado de Goiás. Além de outras premiações importantes, ganhou o prêmio Juca Pato, da UBE, em 1984.

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ANINHA E SUAS PEDRAS Não te deixes destruir… Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça. Faz de tua vida mesquinha um poema. E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Esta fonte é para uso de todos os sedentos. Toma a tua parte. Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede. ........................................................................... Fechei os olhos e pedi um favor ao vento: leve tudo que for desnecessário. Ando cansada de bagagens pesadas. Daqui pra frente levo apenas o que couber no bolso e nocoração.

MULHER DA VIDA Mulher da Vida, Minha irmã. De todos os tempos. De todos os povos. De todas as latitudes. Ela vem do fundo imemorial das idades e carrega a carga pesada dos mais torpes sinônimos, apelidos e ápodos: Mulher da zona, Mulher da rua, Mulher perdida, Mulher à toa. Mulher da vida, Minha irmã.

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