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Laura Brandão
(1890/1942)
Poeta carioca, foi professora e ardorosa defensora dos direitos humanos e das ideias de igualdade social e racial.Começou a escrever muito cedo e ainda criança alguns poemas saíram publicados na imprensa. Era considerada grande declamadora. Estréia aos 25 anos com o livro Poesias. Na sequência aparecem Imaginação(1916) Meia Duzia de Fábulas(1917) e Serenidade(1918). Com as greves operárias que acontecem em 18 e 19, em São Paulo e Rio, Laura conhece Otávio Brandão, dirigente comunista. Casam-se em 1921 e dez anos depois o casal e as 4 filhas são deportados para a União Soviética. Após 10 anos de exílio, Laura morre e é sepultada por lá mesmo.
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NOITE DE ARTISTA “Noite irmã do Silêncio, Noite amiga Cuja luz é mais calma sem mormaço Em que o corpo repousa da fadiga, E a grande mente busca o grande Espaço
Oh! Noite! é no teu seio que se abriga Quem medita, fugindo ao mundo escasso, Depois, flores da aurora, aos frutos, liga Da idéia germinada em teu regaço!
Tal a Noite, sem trevas e sem frio, Um pouco primavera, um pouco estio Artista, no teu sono, que irradia!
Cenário dos projetos mais risonhos, Que das tantas estrelas, quantos sonhos - Noite tão clara que parece dia!”
ENTRE ARTISTAS Entre artistas não deve ser assim Como na sociedade: É preciso outras leis para esta gente Que vive do que sente ( ... ) para esta gente aflita, Que, no meio de tanto horror, inda acredita Na coragem, na Luz; (...) E esta gente que luta e sofre e pensa, às vezes Abandonando um pouco as coisas graves, Procura a fantasia e canta como as aves (...)