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Ilka Brunhilde Laurito

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Claudia Alencar

Claudia Alencar

(1925/2012)

Poeta paulistana, estreou cedo com o livro Caminhos ( 1948). No ano seguinte formou-se em letras e dirigiu a Cinemateca Brasileira (1962). Entre 1969 e 1975 participou de movimentos de divulgação, como Poesia na Praça e Poetas na Praça. Recebeu o Jabuti de poesia, pelo livro Canteiro de Obras,(1987) e o Jabuti de literatura juvenil, pelo livro A Menina que Fez a América.(1990)

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V (Canto ao arrumar a cama) Canto ao arrumar a cama, canto diligente verônica oficiando os passos da paixão cotidiana.

Exibo ao meu espelho atônito os lençóis que estampam o corpo do senhor que nunca me salvou da crucificação no pranto. E canto porque canto, sem esperanças de glória ou de ressurreição. aliança

PUBLICIDADE Proibido colocar cartazes: em chão parede poste.

(Em homem: pode.)

ADÁGIO Devagar não vim ao longe. Nem sequer cheguei aonde.

Eu me quebrei buscando a fonte. Mas inteira é a sede do meu cântaro.

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