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Marly Medalha
(1934)
Poeta fluminense, licenciou-se em letras e trabalhou como jornalista durante vários anos em São Paulo. Foi diretora do Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, em Niterói. Publicou: A Canção da Ternura Inútil (1961); Queima-Sangue de Narda (1973); Lírica de Antonha do Céu por Raimundo Vira-Flor (1975),cordel. Participou de várias leituras públicas de poemas com o grupo Catequese Poética, nos anos 60.
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CANTIGAS DA BENDIÇÃO E repousada em ti me tenho como um pombo no ninho. Nem te faço de correio, nem te arreio, és passarinho.
Passarinho, passarminho, entre as penas do arvoredo, Francis Hime, arvorinho, passarinho, passaredo.
Quando tu voas, eu vôo. Se desfaleces, te aqueço. Ah, passarinho-do-vento, passarinho-do-moinho, pombo-sem-pombo-correio, só por ser teu alimento enfeito a casa de milho, forro de folhas por dentro.
Por te amar, não tenho pena, por cantar, perdi meu medo. Que te olhando eu viro um ninho. Tenho bem mais que mereço.