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Ivete Tannus

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Claudia Alencar

Claudia Alencar

(1936/1986)

Poeta paulista, professora universitária, socióloga e pedagoga. Estreou, em 1960, com A violeta e o espelho. Seguiram-se A irmã escolhida(1961), Canto de Amor e Morte para um rei(1963), Eu do teu ser(1964) e O poeta e a Origem(1966). Teve vários poemas traduzidos para o francês, inglês e espanhol. E participou de diversas antologias. Obteve boa repercussão crítica nos anos 60. E esteve presente no lançamento dos meus primeiros poemas publicados: 4 novos poetas na poesia nova, 1965, Livraria Atrium.

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A DANÇA DOS CIPRESTES Sou apenas uma mulher pequena que escuta o nascimento das plantas Sem entender-lhes o diálogo.

Sou pequena e estou cansada de interrogar-me, De perscrutar sempre as mesmas coisas Para sempre descobrir que os homens são tristes.

Ah, meus irmãos A estrêla se aproxima Para nunca mais regressar.

Ainda bem que a noite desceu E o luar me visita em casa É ele que me deixa nua Enquanto os ciprestes bailam.

PROFISSÃO DE FÉ Amo-te, Musa Espumosa e leda Mas de músculos de aço e hálito forte De pudor e pétala.

Amo-te a efígie Em que nasce o Mistério E a raiz da Música.

Quero-te límpida e concisa Como a Morte Mas não apenas mensageira da angústia Que o Destino põe no meu cabide Como um chapéu de outono

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