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Helena Armond
(1940/2014)
Poeta mineira radicada em São Paulo, publicou quase duas dezenas de livros de poesia. Já foi premiada pela APCA, mas viveu distante das badalações literárias. Já lançou livro em supermercado, sem avisar ninguém. É artista plástica também e já se apresentou em salões e galerias.Participou de uma das Bienais com uma instalação de protesto à sociedade de consumo. Valdir Rocha, escultor e editor, disse coisas interessantes sobre ela: “é uma figura curiosíssima, não tem o verniz da cultura dita convencional, é uma intuitiva e uma autora reclusa ou semi, por opção. E é também uma autora virtuosa e corajosa.”
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NÃO CRIO TOLAS MENTIRAS Nem da verdade um vão a escandir cada verso arremedo em canto chão
QUE TE SAIBAS TERRA Que te saibas água Que te saibas pedra que te saibas ser aos saltos de um girino a espermatozóide a centelha a ser uma estrela que erra... mas ilumina a terra
PAZ já aqui e agora há paz ... no lá fora deveria haver floração de acácias ao vento filtrando um mantra... mais adiante há instantes variáveis de tumultos des-encontros... e insultos
aos que comem pedra e se deliciam sem argumentos...envio um vale aos mantras redefinidos de cada grito há muito deixei as aquarelas pesquiso fractais da humanidade e...sem ruídos desço o vidro da janela