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Dalila Teles Veras

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Claudia Alencar

Claudia Alencar

(1943)

Poeta carioca, ensaísta e crítica de arte, estudou história da arte, educação artística e filosofia, área em que defendeu tese de doutorado. Docente na UFRJ, lecionou estética. Em 1999, publicou seu primeiro livro de poesias: Cantos do Visitante (Edição da autora). Seguiram-se Teia dos Labirintos (2004), O Camaleão no Jardim (2005), Travessias (2006), Violinos de Barro (2009), Roteiro de Mitavaí(2012) e 50 poemas escolhidos pelo autor. Tive o privilégio de prefaciar seu último livro: Vazadouro(2013).

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DESEJO À DISTÂNCIA Herdeiros do mito, eu Os escrevo na tela de cristal Onde os humanos são deuses Do desejo à distância.

Ante a impossível proximidade Do corpo do outro, minha cabeça De serpente enrola-se na própria Cauda.

Ás vezes (muitas vezes) Respirar é doloroso.

INCOMPREENSÕES DO TATO Perdidas em meio à selva de códigos Deságuam cachoeiras de mensagens Que emergem entre estranhos na ânsia De algum projeto de encontro.

Aperto de mão ou abraço não há. Troca de carícias não há. Olhar não Se completa se não aquele do voyeur Colecionando imagens do amor intocável. Às incompreensões do tato, O que sobrevive é cio. E poesia.

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