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Clevane Pessoa
(1945)
Poeta mineira, é professora e vive em Araxá. É autora dos livros Borboleta Desfolhada e De Lua, publicados em Portugal (2009), Asa de Passarinho e Garimpo (finalista do prêmio jabuti – poesia – 2015), Cadela Prateada (2016). Participou das antologias Dedo de Moça e Cartas Embaralhadas. Tem poemas publicados em vários jornais, revistas e sites, entre eles a revista Germina, Cronópios, Mallarmargens e Balaio Porreta. Faz uma poesia aparentemente simples, porém forte e cheia de signos e símbolos. É muito atuante no facebook.
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AOS BONZINHOS não sou como o sândalo não perfumo o machado que me fere faço escândalo e o machado que se ferre
DISPARIDADES um furacão entre as pernas no coração a nevasca – o sexo no equador a alma lá no alasca
ROMANCE há que haver algum frisson susto arrepio pois ficar só por costume igual o poste da esquina é muito triste
vai amor melhor assim procura um olho d’água uma fagulha um rastilho algo que te arrebate
devolve-te à vertigem TEATRAL vestida de renda tirana me ronda eu não me rendo
finjo-me estátua ela passa e desatenta carrega outro
fim do primeiro ato