ANOVARTE Magazine - Pandemia

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´ Sumario

A PANDEMIA 6

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Centro Universitário Jorge Amado - UNIJORGE Planejamento em Produção Gráfica. Curso: Publicidade e Propaganda. Alunos: Davi Gomes, Jonas Barbosa, Marcos Vinícius, Rodrigo Almeida, Yasmin Goes. Imagens: FreePik, Getty Images, ShutterStock, Santa Casa de Sorocaba. Publicidade: PicPay, Amazon Prime Video, Doces Goes. Fontes: BBC, G1, Folha de S. Paulo, Estadão, UOL. https://www.instagram.com/anovarte

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4 - Saúde na Bahia

O colapso no sistema de saúde da Bahia é uma realidade a ser enfrentada.

6 - Chega ao Brasil o primeiro lote da vacina da Pfizer

As primeiras doses da vacina contra COVID-19 8 - O Psicológico dos chegaram.

Jovens

Os adolescentes no contexto da COVID-19.

10 - Como viver trancado nos dias atuais

12 - Cenário de Pan- Os desafios do confinademia fortalece a mímento. dia e o jornalismo A dura jornada desses profissionais.

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SAÚDE

© Santa Casa de Sorocaba/Divulgação

Saúde na Bahia

O colapso no sistema de saúde da Bahia é uma realidade a ser enfrentada

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esde o surgimento da Pandemia, é difícil mensurar o quanto ela se alastrou no país e no mundo. O aumento de casos da Covid-19 colocou o estado da Bahia em alerta, porque o colapso no sistema de saúde já é uma realidade a ser enfrentada. Sob essa ótica, de acordo com dados fornecidos pelo G1 em fevereiro de 2021: São pelo menos nove unidades de saúde da Bahia em situação crítica, com 100% de ocupação de leitos de UTI ou clínicos. Em Feira de Santana,

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segunda maior cidade do estado, o hospital de campanha para Covid está com 88% de ocupação de leitos de UTI. Vale ressaltar, que a vacina coronavac também já é uma realidade existente. E a Bahia desde o mês de abril ultrapassou a marca de 2 milhões de pessoas vacinadas contra a Covid-19. É motivo de entusiasmo, mas também de extremo cuidado, para que o mundo e os baianos vençam essa batalha travada contra a Pandemia, que teve


© Michael Dantas/GettyImages

data e hora de chegada, mas não sabe-se mensurar o momento de partida da mesma. Em suma, de acordo com estudos realizados pelo G1 em 2018: A Bahia sofre um descaso muito grande no investimento na ambiência da saúde, sobretudo, o recôncavo é considerado como o terceiro pior do país, aponta estudo do CFM; Salvador ocupa mesmo lugar entre capitais. Portanto, indubitavelmente, além de cobrar respostas do governo e da grande atuação das prefeituras do estado. Se faz necessário também, a conscientização das pessoas para seguirem todas as restrições de isolamento e higiene que foram sancionadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a fim de vencer essa luta contra a Covid-19.

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SAÚDE

Chega ao Brasil o primeiro lote da vacina da Pfizer

Chegou nesta quinta-feira (29) ao Brasil o primeiro lote da vacina da Pfizer.

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temperatura maior, mas a aplicação deve ocorrer em até cinco dias. Esse é o primeiro lote de um total de 100 milhões de doses que devem ser entregues até o fim do ano. A distribuição começará entre sexta-feira (30) e sábado (1). Primeiro vão as 500 mil doses destinadas à primeira etapa da vacinação.

© Rawpixel Ltd./Freepik.com

voo veio da Europa e fez uma escala nos Estados Unidos. 120 profissionais atuaram no desembarque da carga de 1 milhão de doses em Campinas, São Paulo. Os cuidados com a refrigeração começaram na fábrica da Pfizer, na Bélgica. A vacina da Pfizer requer armazenagem em baixíssimas temperaturas para se manter estável. Ela ficará armazenada a 80 graus negativos. O Ministério da Saúde vai enviar esse lote apenas para as capitais. A distribuição será feita em caixas com bobinas de gelo, onde ficar por até 14 dias. Assim que forem para os postos, as vacinas podem ficar em uma


Uma semana depois mais 500 mil para a segunda etapa. O intervalo de aplicação entre as duas doses é de 21 dias. O desembarque da vacina foi acompanhado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o ministro Carlos Alberto França, das Relações Exteriores; Fábio Faria, das Comunicações; e o presidente regional da Pfizer, Carlos Murillo. No ano passado, a Pfizer chegou a fazer três ofertas para vender 70 milhões de doses, que começariam a ser entregues em dezembro. O governo só assinou o acordo com o laboratório em março.

Pfizer prevê entrega ao Brasil de 2,4 milhões de doses da vacina contra Covid-19 nesta semana

A farmacêutica Pfizer confirmou a entrega de 2,4 milhões de doses da vacina contra Covid-19 para o Ministério da Saúde nesta semana. Os voos para o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), vão ocorrer na terça-feira (1º), quarta e quinta. Cada um dos dois primeiros voos terá 936 mil doses. Na quinta-feira (3), mais 527 mil doses chegam em Viracopos. As remessas compõem o primeiro contrato entre a farmacêutica e o Ministério da Saúde, firmado em 19 de março e que prevê totalização de 100 milhões de doses até fim do terceiro trimestre. Há, ainda, outro acordo que estipula entrega de mais 100 milhões até dezembro deste ano. Com as três entregas desta semana, a farmacêutica vai chegar a 5,8 milhões de doses enviadas ao Brasil desde 29 de abril, quando o primeiro lote foi encaminhado.

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PSICOLOGIA

O Psicológico dos Jovens Desafios na internet: adolescentes no contexto da Covid-19

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© Dragana Gordic/ShutterStock

m geral, os mais jovens são internautas mais assíduos do que os adultos, portanto, no cenário excepcional da atual pandemia, o consumo da internet tem aumentado a sociabilidade digital dessa população, considerando desde uma visão geral, apenas as aulas online e a conservação dos seus relacionamentos por meio de redes sociais e aplicativos. O incremento da exposição na internet, trouxe também um aumento na vulnerabilidade dos adolescentes aos desafios online que envolvem algum tipo de agressão. Como exemplo disso, nas redes sociais encontramos desde inúmeros vídeos de adolescentes ‘brincando’ de der-

rubar um no chão - popularizada entre os jovens como ‘quebra-crânios’ no inicio da pandemia -, até a viralização, em setembro, de uma nova prática de ‘lixar’ os dentes com lixa de unha para ‘deixá-los mais uniformes’, tem ligado o sinal de alarme entre profissionais da saúde, pelos riscos que isso pode causar, en-


quanto são vistos como piada e eventos a serem filmados e postados, por muitos adolescentes no mundo. Segundo Orli Carvalho “sobre a sociabilidade digital que vem sendo experimentada e liderada pela geração ‘nativa digital’, destacam-se alguns elementos que podem explicar o aumento dos desafios virtuais: hiperexposição, diluição de fronteiras público-privadas-íntimas e espetacularização de si. Consideramos os desafios como práticas assumidas como ‘brincadeiras ou games’ lançadas por alguma microcelebridade que estimula a realização de tarefas a serem cumpridas, filmadas e compartilhadas para a afirmação de seu ‘eu digital’; prescrições, contudo, que muitas vezes estimulam autolesões ou provocam danos geralmente desconsiderados pelos adolescentes”. Conforme ensaio divulgado, em maio de 2020, pela Revista da Associação Brasileira de Saúde Coletiva Ciência e Saúde Coletiva, “A partir de uma

pesquisa realizada no Google Trends foi possível observar que a busca pelo termo “desafios online” (challenges online) cresceu bastante no mundo inteiro após a medida de isolamento social ter sido implementada”. A adolescência é uma fase de transição para a idade adulta, em que os grupos tendem a assumir um maior protagonismo em uma rede que potencializa as trocas relacionais entre os próprios pares, no processo de construção de um novo rol social. “Com um sistema cerebral ainda em maturação, as ponderações entre causa e consequência recebem uma maior pressão externa, gerando vulnerabilidades em diferentes âmbitos do cotidiano. Assim, podem ser explicados os diversos desafios experimentados em nossas sociedades ocidentais, objetivando uma demonstração pública de coragem, protagonismo e autonomia”, diz Orli Carvalho sobre a motivação dos adolescentes a se gravarem fazendo desafios para as redes sociais. 9


PSICOLOGIA

Como viver trancado nos dias atuais? Os desafios do confinamento causado pela pandemia.

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stima-se que pelo menos 2,6 bilhões de pessoas foram colocadas sob alguma forma de quarentena em março. Isso representa um terço da população mundial. Segundo Elke Van Hoof, professora de psicologia da saúde na Universidade de Vrije, em Bruxelas, e especialista em estresse e trauma, estamos diante do “maior experimento psicológico da história”. A seguir, veja trechos da entrevista de Elke Van Hoof à BBC Mundo, feita por telefone.

seguiu se reinventar e recriar nossas vidas da melhor maneira possível durante a quarentena. Temos forças para nos tornar a melhor versão de nós mesmos, independentemente da situação difícil em que nos encontramos.

Por que diz que a quarentena é o maior experimento psicológico da história? Porque não sabemos como as pessoas vão reagir. O surto de Ebola, foi local, em menor escala e apenas em alguns países. Agora, temos empresas que tiveram O que a pandemia pode nos que fechar e um terço do munensinar sobre como as pessoas do está confinado. Portanto, não respondem à adversidade? sabemos o que vai acontecer.. Primeiro, que somos resilientes, isso para mim é a definição de ou seja, a maioria de nós con- um experimento. 10 | Anovarte


©Juan Medina/Reuters

Quais podem ser as consequências psicológicas? A quarentena tem algumas possíveis consequências mentais. A primeira pode ser a pessoa ter a sensação de estar sobrecarregada, não ser capaz de lidar, ter problemas para dormir, e ficar mais irritada. Se você tem uma estrutura familiar, não está sozinho. Mas se você não tiver, tudo se torna bastante solitário. Muitas pessoas estão em quarentena há mais de dois meses, apenas com o contato social de ir ao supermercado ou conectar-se online em uma reunião. Então, os sentimentos de solidão aumentaram muito. Por que diz que é necessário prestarmos atenção aos tratamentos psicológicos, do contrário, sofreremos consequências? Se não prestarmos atenção suficiente e dermos uma reação tar-

dia ao estresse tóxico, as pessoas ficarão mal e não conseguiremos fazer a economia funcionar novamente. As empresas fecharam e, para recuperar a economia e prosperar novamente como sociedade, precisamos que as pessoas se sintam bem, sem estresse ou esgotamento. É tarde demais para agir? Nunca é tarde demais, mesmo que um país não esteja fazendo nada no momento. Você sempre ganha quando se encaminha para melhores cuidados de saúde mental para a população em geral. Temos muitas ferramentas, como assistentes sociais, psicólogos e autoajuda. Pergunte ao seu clínico geral e ele poderá encaminhá-lo para o melhor atendimento psicossocial possível. Não duvide

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MASS MEDIA

©Freepik Company S.L.

Cenário de pandemia fortalece a mídia e o jornalismo

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pandemia causada pelo coronavírus colocou quase toda a população mundial em isolamento. Antes, na correria do dia a dia, as mídias sociais eram usadas por muitos de nós como fonte de informação (tudo na ponta do dedo) em textos curtos. Quase não havia a preocupação em confirmar a veracidade dos fatos.

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Com o isolamento social, as pessoas estão se dando conta de que, em se tratando de uma crise sanitária de proporções inimagináveis, as redes sociais podem ser um criadouro de notícias falsas, de fontes pouco confiáveis, que espalham o vírus das fake news. No passado, nossa população abraçou o conceito do


A pandemia está contribuindo para aumentar a audiência dos meios tradicionais de informação, num movimento inverso ao que vinha sendo registrado. Nos últimos anos, os jornais perderam leitores, tanto nas versões impressa quanto digital. O total de assinantes dos nove maiores jornais, em dezembro de 2014 (início da recessão), era de 1.712.424. Em dezembro de 2019, esse número havia baixado para 1.476.303, queda de 13, 8% Apenas para efeito de comparação, nesse mesmo período, o Brasil tornou-se um dos maiores mercados da Netflix, respondendo por mais da metade dos 29 milhões de assinantes latino-americanos.

©Freepik Company S.L.

“free” (conteúdos gratuitos), colocando o Brasil como líder mundial no uso das redes sociais. Mas tal posição tem um preço muito alto, na medida em que a desinformação traz prejuízos às democracias. Hoje, o cenário é outro. As chamadas mídias tradicionais, como emissoras de rádio e TV e jornais impressos e digitais, reconquistaram o seu papel de protagonistas na disseminação de informações confiáveis. O trabalho jornalístico e incansável na cobertura da pandemia e seus impactos em todas as esferas da sociedade, feito por profissionais comprometidos com a verdade dos fatos e com o bem-estar coletivose tornou uma vacina poderosa no combate à propagação do Covid-19. Graças ao trabalho desenvolvido pela imprensa, informações corretas, orientações e alertas sobre o momento mais difícil vivido pela humanidade desde a Segunda Guerra Mundial chegam à população de todas as regiões do país.

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MASS MEDIA

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É hora de nos unirmos para encontrar meios de valorizar os profissionais que garantem a saúde mental e física da população. A pandemia já nos trouxe inúmeros aprendizados, como reconhecer o valor da ciência, da tecnologia e inovação, e dos profissionais de saúde e da informação, entre outras atividades públicas e privadas, que estão se expondo ao risco para que a maioria da população possa ficar em casa. Os jornalistas estão na linha de frente e muitos continuam levantando informações nas ruas, faça sol ou faça chuva, e muitas vezes sendo alvos de ataques verbais ou até físicos.

©Hosny Salah/Pixabay

Cientes do seu papel social e da importância de ajudar no trabalho de prevenção do Covid-19, muitos jornais abriram seus conteúdos online sobre a crise, permitindo assim à população acompanhar as políticas públicas que estão sendo implantadas. Além de cumprir uma função social fundamental no enfretamento do vírus, essa iniciativa contribui para diferenciar o joio do trigo. Como foi mencionado inicialmente, a internet se tornou um espaço fértil para a contrainformação, o que é altamente prejudicial ao desenvolvimento da civilização. Nesse sentido, temos o dever de prestigiar a iniciativa dos veículos jornalísticos e ajudá-los a se fortalecer, aumentando o número de assinaturas e os investimentos publicitários. A liberdade de expressão e o trabalho da imprensa profissional é fundamental para que o país atravesse essa crise, reafirmando que somos uma nação soberana e democrática.


Em meio a tanta insegurança e instabilidade, temos uma certeza: é fundamental fomentar a pluralidade e o debate das ideias, mas para que esse debate seja rico e frutífero é necessário ter informação confiável. Agora é a hora e a vez de apoiar a mídia tradicional. Se queremos construir um país melhor e mais justo é preciso reconhecer o valor do jornalismo profissional. Se você concordar com meu ponto de vista, que tal assinar um jornal ou presentear quem você ama com uma assinatura, mesmo que seja só para acesso no digital? Informação de qualidade é um bem precioso na vida de todos nós.

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Também disponível para leitura em formato digital online através do:

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