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Visualização de informações complexas Aula 01: Informação, hipermídia e infografia Prof. Rui Alão

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Visualização de informações complexas Material disponível em

http://www.caramboladigital.com.br/blog/datavis/

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Visualização de informações complexas 26/03 Aula 1: Informação, hipermídia e infografia 28/03 Aula 2: Prática de banco de dados, fusion tables e motion charts 02/04 Aula 3: Sistemas complexos, big data, visualização da complexidade e redes 31/03 Aula 4: Prática de visualização de redes e data visualization 09/04 Aula 5: Visualização dos alunos e prova final

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Visualização de informações complexas Aula 01 Informação, hipermídia e infografia 26/03/2014 quarta-feira / sala de aula Organização de dados e a hipermídia. O Mudaneum de Paul Otlet, DDC de Dewey. O paradigma bottom-up de Vannevar Bush. O funcionamento da wikipedia. Arquitetura de informação, infografia e data visualization. Conceitos de Tufte de boa visualização. Hans Rosling e o Gapminder.

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Visualização de informações complexas Aula 02 Prática de banco de dados, fusion tables e motion charts 28/03/2014 sexta-feira / laboratório de informática Conceito e modelagem de banco de dados. Relacionamentos. Formulários e relatórios. Análise de relações. Montagem de banco de dados em Access. Automação de imagens no Photoshop usando Datasets. Utilização de Fusion Tables e “Open Data” (Prefeitura de São Paulo, IBGE, The Gardian etc) para lidar com grandes quantidades de dados. Visualização com geolocalização. Uso de Motion Charts para dados dinâmicos e séries históricas.

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Visualização de informações complexas Aula 03 Sistemas complexos, big data, visualização da complexidade e redes

02/04/2014 segunda-feira / sala de aula Data visualization e complexidade. Sistemas complexos, conceito, características. Emergência e robustez. Big data. Visualização para dados de redes. Topologias e propriedades de rede. Modelagem de redes sociais. Conceitos de nós, links e hubs.

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Visualização de informações complexas Aula 04 Prática de visualização de redes e data visualization 31/03/2014 quarta-feira / laboratório de informática Entra

Uso de Motion Charts para dados dinâmicos e séries históricas. Google Analytics. Dashboard e painéis. Visualização de dados através de Processing. Importação, tratamento e visualização de dados complexos. Análise e visualização de dados com Gephi, software para visualização de redes complexas.

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Visualização de informações complexas Aula 05 Visualização dos alunos e prova final 09/04/2014 quarta-feira / sala de aula Assistência na elaboração das visualizações dos alunos Prova

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Visualização de informações complexas Avaliação O aluno pode

- fazer a prova no último dia de aula (09/04). e/ou - elaborar uma visualização através das técnicas dadas em aula (até dia

16/04) O aluno que decidir fazer as duas avaliações ficará com a sua melhor nota.

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Visualização de informações complexas Avaliação Caso o aluno opte por ser avaliado através do envio de sua visualização,

deve fazê-lo por este endereço até o dia 16/04. http://www.caramboladigital.com.br/blog/datavis/ Serão aceitos os trabalhos entregues até dia 19/04, com desconto de 1

ponto por dia de atraso. Aqueles entregues depois das 23:59 de 19/04 receberá nota zero.

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1.1 Transição para a comunicação digital Mídias de massa

fonte de informação editor

consumidores de informação leitores

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1.1 Transição para a comunicação digital Mídias digitais

fonte e consumidor de informação editor e leitor

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1.1 Transição para a comunicação digital Mídias digitais

narrativas não-lineares

incorporação de áudio e vídeo

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1.1 Transição para a comunicação digital Mídias digitais

interatividade; usuário pode interferir no caminho da narrativa

autoria múltipla e/ou difusa

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The Long Tail Chris Anderson

editor da revista WIRED

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1.2 O efeito cauda longa

popularidade

MĂ­dias de massa: hits vs nichos

hits

outros produtos

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1.2 O efeito cauda longa Mídias de massa vs digital “Tudo” se torna disponível com a popularidade

codificação digital

hits

outros produtos pré digital digital

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1.2 O efeito cauda longa Mídias de massa

popularidade

compare com o gráfico da próxima página

hits

outros produtos mercado dos hits mercado dos nichos

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1.2 O efeito cauda longa Os anĂşncios do Google fazem tanto sucesso justamente porque atuam, popularidade

principalmente, na cauda longa.

hits

outros produtos mercado dos hits mercado da cauda longa

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1.2 O efeito cauda longa Com o suprimento ilimitado, nossas convicções sobre os papéis relativos dos maiores hits e dos nichos estão todos errados. A escassez precisa de hits. Se só existem poucos espaços nas prateleiras, faz sentido preenchê-los com os mais vendidos. E se é só isto que está disponível, é só isto que as pessoas vão comprar. Mas e se existirem prateleiras infinitas. Talvez seja então errado ver os negócios pela perspectiva dos hits. Existem, afinal, muito mais não-hits do que hits, e agora os dois estão igualmente disponíveis. E se os não-hits, somados, formarem um negócio maior do que os hits?

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1.2 O efeito cauda longa Vejamos, por exemplo, o livro de papel... Prateleiras finitas... Já que as editoras vão apostar nos livros de alta vendagem, fazendo promoções, ações de marketing e propaganda etc, existe um efeito de retroalimentação. Isto é, os livros que vendem mais recebem mais atenção, são melhor expostos, etc, e por isso, vendem mais ainda... é o efeito Tostines... Para minimizar seu risco de ficar com o produto encalhado, o mercado só aposta no livro seguro, best-seller. Assim, edita-se só o que o grande público quer, o que reafirma o que já foi dito, aquilo que o público já conhece.

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1.2 O efeito cauda longa Por que indústria do cinema só tem feito remakes, continuações de filmes de sucesso ou histórias com personagens de HQs? Porque para estes filmes, o público já está feito. O risco é mínimo. Daí o abuso do remix...

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1.2 O efeito cauda longa

Everything is a Remix, de Kirby Ferguson

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1.3 Ansiedade de informação Uma edição do New York Times em um dia da semana contém mais informação do que o comum dos mortais poderia receber durante toda a vida na Inglaterra do século XVII. (WURMAN, 2003, p. 36)

Atualmente, a quantidade de informação disponível duplica a cada cinco anos; em breve estará duplicando a cada quatro. (WURMAN, 2003, p. 36)

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1.3 Ansiedade de informação A poluição de informação é o legado de quem trabalha com informação... Atolados por dados técnicos, alguns cientistas alegam que leva menos tempo realizar um experimento do que descobrir se ele já foi realizado anteriormente. (WURMAN, 2003, p. 36)

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1.4 Organização da informação Classificar um grande volume de dados é sempre uma tarefa ingrata. Existiram e continuarão a existir iniciativas para classificar o conhecimento humano de forma a deixá-lo disponível a todos. Uma das primeiras tentativas significativas foi a de D’Alembert e Diderot - enciclopedistas - França do século XVIII - Voltaire, Rousseau e Montesquieu contribuíram - 33 volumes, 71 818 artigos, e 2 885 ilustrações - divisão do conhecimento em áreas, conforme a visão filosófica da época

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1.4 Organização da informação Melville Dewey, um bibliotecário americano, criou em 1876 o sistema de classificação que usamos até hoje em bibliotecas, a Dewey Decimal Classification. A ideia de Melville foi a de categorizar todo o conhecimento humano dentro de dez categorias principais. Dentro delas, criou mais subdivisões e dentro delas outras... até chegar ao nível de detalhe desejado. Um exemplo: 500 Natural sciences and mathematics 510 Mathematics 516 Geometry 516.3 Analytic geometries 516.37 Metric differential geometries 516.375 Finsler Geometry

Veja aqui uma relação expandida da classificação decimal de Dewey.

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1.4 Organização da informação A partir de 1895 Paul Otlet e La Fontaine começaram a coletar dados de todos os livros já publicados, juntamente com uma vasta coleção de revistas e artigos de jornal, fotografias, pôsteres e todo tipo de texto perecível — como panfletos — que as bibliotecas normalmente ignoram. Cartões de índice de 7 por 12 centímetros. A partir de 1934, Otlet fez planos para uma rede global de "telescópios elétricos” A ideia é que pessoas buscassem por milhões de documentos interligados, imagens, áudios e arquivos de vídeo.

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1.4 Organização da informação Ele descreveu como as pessoas usariam os dispositivos para mandar mensagens, compartilhar arquivos e até formar redes sociais online. Ele chamou a coisa toda de "reseau", que pode ser traduzido como rede. Criaram um vasto banco de dados com mais de 12 milhões de entradas individuais.

Mondothèque de Otlet

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1.4 Organização da informação Ao consultar seguidamente duas ou mais fichas, este "link" entre elas ficava armazenado para que outros leitores pudessem continuar a fazer o percurso que outros já havia feito. Esperava-se o efeito "fomos mais longe porque estávamos montados nas costas de gigantes". Mais tarde o Memex de Vannevar Bush manteria a ideia de se poder vincular dois documentos em função de uma consulta. É um sistema "top-down" pois usava uma classificação feita por experts, mas usava este recurso de memória de linkagem, que era "bottom-up"...

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1.4 Organização da informação Esta imagem de um leitor Kindle mostra trechos de texto que foram destacados por outros usuários. Este recurso pode ser usado de forma colaborativa pelos leitores de um mesmo conteúdo.

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1.4 Organização da informação Depois de 1934, Mundaneum entrou em uma fase difícil. Governo belga perdeu o interesse no projeto, após a oferta de o país para ser sede da Liga das Nações ser recusada. Otlet teve que mover o arquivo para um local menor e, após dificuldades financeiras, teve que fechá-lo ao público. Durante a II Grande Guerra, nazistas destruíram o local. Veja o site feito pelo Instituto Cultural Google sobre a iniciativa de Otlet.

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1.4 Organização da informação Em um artigo de 1945, o cientista Vannevar Bush especula sobre a criação de um aparelho que pudesse armazenar e organizar a informação da humanidade. O artigo se chama “As we may think”. Nele, seu autor afirma que, apesar de organizarmos a informação em ordem alfabética, em nossa mente, ela funciona por associação. O Memex seria uma tentativa de mecanização deste procedimento associativo. Veja neste vídeo uma demonstração de como seria, hipoteticamente, o Memex.

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1.4 Organização da informação Quais as diferenças entre as propostas históricas dos enciclopedistas, de Otlet e Dewey, em relação ao proposto por Vannevar Bush e ao que temos hoje com a wikipedia?

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1.4 Organização da informação Wikipedia - dispensa a classificação pré estabelecida em grandes áreas do conhecimento - usa hiperlinks - segue o modelo de Bush? A grande diferença da wikipedia em relação às tentativas antecedentes é, fundamentalmente, sua estrutura bottom-up, isto é, de baixo para cima.

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1.4 Organização da informação Algo tão grande deveria exigir a atuação de gerentes, ter um orçamento, e um processo de work-flow formal. Sem estas coisas como pode funcionar? A resposta simples mas surpreendente é: divisão espontânea de trabalho. A divisão de trabalho é normalmente associada com atribuição da alta gerência, mas é implementado aqui de um jeito muito menos gerenciado. A wikipedia é capaz de agregar contribuições individuais e frequentemente mínimas, centenas de milhões delas por ano, feitas por milhões de contribuidores, todos eles fazendo funções diferentes. (SHIRKY, 2008,p.118).

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1.4 Organização da informação Depois de ser acusada de imprecisão devido ao fato de ser editada por seus usuários, a revista Nature desfez esta impressão quando a comparou à Encyclopedia Britannica. Os resultados, apesar de darem uma pequena vantagem à Britannica, colocam lado a lado as duas enciclopedias. Estudos mais recentes dão a vantagem à wikipedia.

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1.5 Infografia A infografia é a representação visual de informações complexas com o objetivo de tornar sua compreensão mais rápida e clara. A infografia como a conhecemos hoje é um fenômeno do século XIX, como veremos em breve. Ela sempre mistura informação textual com gráficos, desenhos, esquemas. A combinação destes elementos pode resultar em um poderoso aliado à comunicação e à persuasão. - comunicação - persuasão

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1.5 Infografia Na página seguinte temos um pôster publicado por Dwight Barr, um consultor da empresa W. M. Welch Scientific Company, dedicado a explicar as radiações eletromagnéticas. Nas três imagens subsequentes, temos detalhes do pôster principal. Repare que, ao invés de resumir a informação, o pôster se aprofunda em cada aspecto do assunto, dando uma “aula” sobre radiação, um tema bastante misterioso na data de sua publicação, 1944.

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1.5 Infografia

Pra que serve a infografia?

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Envisioning information Edward Tufte

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1.5 Infografia histórica De acordo com Edward Tufte, pode-se atingir a excelência em gráficos estatísticos se seguirmos os seguintes mandamentos: - Acima de tudo, mostre os dados - Induza o observador a refletir sobre a substância ao invés de sobre a tecnologia, design gráfico, técnicas de impressão etc. Evite distrações. - Evite distorcer o que os dados têm a dizer - Torne coerentes grandes quantidades de dados - Encoraje os olhos a comparar trechos diferentes de dados - Revele os dados em muitos níveis diferentes, desde a visão geral, até o detalhe

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1.5 Infografia histórica Por trás dos princípios de Tufte está o fato de que as pessoas conseguem interpretar e absorver melhor a informação na forma de uma narrativa, e não na forma de dados puros.

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1.5 Infografia histórica Um infográfico deve revelar informação, mostrar tendências, trazer à luz o que está contido em grandes quantidades de dados. Por exemplo:

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1.5 Infografia hist贸rica

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1.5 Infografia hist贸rica

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1.5 Infografia hist贸rica

http://goo.gl/lWB69z

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Elaborar um bom infogrĂĄfico ĂŠ, de certa forma, decodificar a Matrix para o usuĂĄrio interpretar

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1.5 Infografia histórica Aqui ocorre o oposto do que Tufte recomenda: a metáfora ornamental fica mais importante graficamente do que os dados... O design ideal, para Tufte, é o design invisível. A apresentação deve servir à apresentação dos dados, e não a si mesma.

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1.5 Infografia histórica Aqui a decoração é extravagante e ocupa mais espaço que os dados relevantes. Além do mais, a decoração pouco tem a ver com o conteúdo do gráfico.

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Charles Joseph Minard

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1.5 Infografia histórica Distorção dos dados: os daos falam a “verdade”, a visualização mente! No gráfico ao lado, com a desculpa de destacar um período, a proporcionalidade se perde e, com ela a possibilidade de comparar graficamente o lado esquerdo do gráfico com o direito. Ao mesmo tempo, o lado direito mostra apenas um ano, ao passo que o esquerdo, seis... Ambas as escalas foram distorcidas.

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1.5 Infografia

Dashboard do Google Adwords

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1.5 Infografia Dashboard do Google Analytics

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1.5 Infografia Dashboard do Facebook Insights

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1.5 Infografia Infografia para mídia impressa. Infográficos atuais, da revista Época.

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1.5 Infografia Infográficos animados e interativos Ao se desligar do universo exclusivamente impresso, a infografia ganha alguns recursos que potencializam a sua utilização. - a animação - a interação

http://goo.gl/lWB69z

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1.5 Infografia A animação -

conquista a dimensão temporal no tempo contam-se histórias som! narração, música, ruído! outras narrativas temporais: música, narração de histórias, literatura, teatro, TV, rádio...

http://goo.gl/1LVVhu http://goo.gl/89ghO

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1.5 Infografia

http://goo.gl/uwGKea

A interação A partir da interação, consegue-se tornar os infográficos mais efetivos: - mais informação em menos espaço - o usuário pode “fazer perguntas” ao infográfico - o usuário pode combinar perguntas e visualizações para responder às SUAS perguntas, e não às que o infografista quer... - usuário torna-se co-autor,, pois manipula e, no limite, altera

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O GapMinder, de Hans Rosling

http://goo.gl/VXCUWd

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Leituras ANDERSON, Chris. A cauda longa, introdução. WURMAN, Richard Saul, Ansiedade de informação. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2006, da p. 36 à 45

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