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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE TÁBUA
Elaborado pelas crianças e educadoras dos Jardins-de-Infância de:
Ázere, Candosa, Espariz, Meda de Mouros, Mouronho, Pinheiro de Coja, Sinde e Tábua
Ano lectivo : 2008-2009
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Era uma vez um sapo. Ele vivia à beira de um rio. Passava os dias a observar tudo o que se passava à sua volta. Gostava de morar ali. Havia muita água e tinha muitos amigos. Ele sabia muitas coisas... Era um sapo sábio! Todos os amigos gostavam de conversar com ele: as gotinhas de água, as pedras do rio, as borboletas, as tartarugas, as libelinhas e os peixinhos. Ele sabia como era o dia e como era a noite, como era o rio por dentro e por fora, de onde vinha a água e para onde ia....
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Um dia o Sapo acordou e viu que a água do rio tinha desaparecido. Procurou os amigos e não os encontrou. Alguns peixes vermelhos estavam a morrer sem a água. Espantado, olhou com muita atenção e viu um buraco no fundo do rio. Então o Sapo sábio reuniu com os outros animais e decidiram todos ir à procura da água do rio desaparecida.
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O sapo e os outros animais entraram no buraco no fundo do rio onde estavam os peixes a morrer sem água. O buraco era muito escuro e fundo, então o sapo sábio e sem medo entrou lá para dentro e foi para o outro lado à procura da água. Mas não a encontrou... onde estaria a água? O sapo sábio e sem medo continuou a andar no buraco escuro e fundo até chegar a um rio, mas nesse rio não estava a água desaparecida, era um rio de água poluída, com papéis, sapatos, rolhas, garrafas e chinelos, enfim, uma lixeira. O sapo resolveu chamar os amigos e todos juntos limparam o rio com esfregonas e baldes para pôr o lixo.
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O sapo e os amigos ficaram muito cansados, muito sujos e cheios de fome. Tomaram um bom banho e comeram um belo jantar. Ao serão ainda conversaram um bocadinho e decidiram construir um ecoponto junto do rio para que não ficasse poluído, cheio de lixo. A seguir foram dormir e ao outro dia começaram a fazer o ecoponto com caixas de madeira. Pintaram uma de azul para colocarem cartão e papel, uma de amarelo para colocarem plástico e metal, e outra de verde para colocarem vidro.
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Um dia, o sapo estava ao sol a descansar à beira do lago depois do almoço, quando viu uma linda sapinha aproximarse dos ecopontos. Ela era muito bonita, tinha os lábios pintados e no cabelo uma fita cor-de-rosa com um grande laço e na mão trazia uma garrafa verde de vidro. O sapo ao vê-la pensou: — Quem me dera que fosse minha namorada, é mesmo gira! Mas nisto o sapo reparou que ela ia colocar a garrafa no ecoponto amarelo e num grande pulo chegou perto dela e disse: — Espera, tu vais enganar-te a garrafa é de vidro e o vidro é no ecoponto verde e não no amarelo! — Pois é a garrafa é de vidro e não de plástico. Ai a minha cabeça! Obrigada. Então o sapo que era espertalhão perguntou-lhe o seu 10
nome. Ela disse-lhe que se chamava Rosa e para lhe agradecer convidou-o para irem juntos comer um gelado. O sapo ficou muito feliz.
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Depois de comerem o gelado foram dar um passeio ao jardim e brincaram juntos. A seguir foram para casa conversaram um bocado e foram dormir. De manhĂŁ apanharam flores, levaram-nas para casa e colocaram-nas numa jarra grande e castanha. As flores foram para o casamento deles. Depois do casamento fizeram um piquenique com todos os amigos. Mais tarde tiveram bebĂŠs, uma filha e um filho.
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A mãe e o pai sapo ficaram muito contentes quando nasceram os filhos e cuidaram muito bem deles com carinho beijinhos e muito amor. A filha chamava-se Mariana e o filho Leonardo. Os pais estavam tão felizes que resolveram fazer uma festa, ao pé do rio e convidaram todos os amigos. Mas a tartaruga, a lagarta e a avestruz moravam longe. Então o papá sapo mandou-lhes um convite que dizia: - “Olá amigas podem vir à nossa festa?” A amiga tartaruga, a amiga lagarta e a amiga avestruz mandaram uma carta a dizer: -―Claro que sim, nós vamos à festa.‖ No dia da festa todos os amigos trouxeram muitos presentes. Havia muitos balões, luzes e fitas, muitos bolos, sumo e música para todos dançarem. 13
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A festa foi gira e fantástica. Foi um sucesso. O pai sapo e a mãe sapo estavam muito felizes e até o sol brilhava com mais intensidade porque no final da festa deixaram tudo limpo, as margens do rio e a floresta. Todos os amigos ajudaram a limpar. O pai sapo que era muito sábio lembrou-se que faltava o ecoponto vermelho para pôr as pilhas. Chamou os filhos e juntos construíram o ecoponto para pôr as pilhas, que se chama pilhão.
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Depois de construírem o pilhão foram para a sombra de uma árvore descansar. Foram depois passear e começaram a subir o rio. De repente, ouviram chamar: - Sapo Sábio… Sapo Sábio… - Oh! Quem me chama? Perguntou o Sapo Sábio. - Somos nós, os peixinhos vermelhos do rio. Já não te lembras de nós? - Oh meus queridos amigos conseguiram cá chegar? - Sim, viemos atrás de ti pelo buraco do rio e como limpaste e cuidaste do rio, nós agora moramos cá e estamos muito felizes! … Até já temos muitos peixinhos, filhinhos… - Oh que bom agora vivemos todos juntos e felizes! …
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- Mas afinal, ó sapo, para onde foi a água do nosso rio? - Pois é, peixinhos vermelhos, a água do nosso rio misturou-se com a água deste rio, e como este estava tão sujo, nós não a conseguia-mos ver! Disse o sapo. - Este rio estava mesmo a precisar de ajuda! Disseram os peixinhos vermelhos. - Pois é, e quando todos ajudam… os problemas resolvem -se depressa, disse o sapo sábio! - Adeus! Adeus! Disseram os peixinhos. O sapo sábio ficou muito contente, porque finalmente tudo estava bem. - Mas, o que vamos fazer agora? Perguntou ele à sapinha Rosa. - Já sei! Disse ela. Agora temos que ensinar os outros a cuidar da ―Mãe Natureza‖. Para isso podemos construir uma escola à beira do rio. 18
- Boa ideia, ia ser divertido – disse o sapo sábio! Assim podes ensinar aos outros tudo aquilo que tu sabes, de certeza que vão gostar!
E assim foi, passado algum tempo a escola estava construída e todos os dias apareciam novos amigos para ouvir as histórias e aventuras do sapo sábio. 19
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