Temporada 2009|2010 18 Anos – Idade Maior Direcção artística: Cesário Costa
QUINTA SINFONIA — Gustav Mahler —
Domingo, 28 de Março, 17h00 Grande Auditório do Centro Cultural de Belém Orquestra Sinfónica Metropolitana Michael Zilm direcção musical
Programa Gustav Mahler (1860-1911) Sinfonia n.º 5 [1901-02] I. Marcha fúnebre II. Tempestuoso, comovido – Com grande veemência III. Scherzo IV. Adagietto V. Rondó – Finale
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A Quinta Sinfonia de Mahler Notas ao Programa por
Rui Campos Leitão
A Quinta Sinfonia de Mahler pode muito bem ser a música das nossas vidas; assim queiramos descobri‑la, lê‑la na nossa própria existência. Há quem defenda que a música é o meio mais eficaz para traduzir o quanto de mais profundo se conhece sobre o ser humano, sublinhando o facto de, para tal, não necessitar de recorrer a qualquer sistema de representação, como a linguagem ou o figurativo. Esta ideologia teve o seu apogeu no decorrer do século XIX. Depois, foi sendo esquecida pelas urgências do passar das décadas. Inventaram ‑se novos sons, ritmos, melodias, harmonias e estruturas formais. Maioritariamente, a música foi sendo apropriada como um bem de consumo ordinário, destinado a cumprir funções muito específicas no condicionamento do nosso humor. A música foi servindo para transmitir ou favorecer sentimentos, para nos dispor alegres, tristes, exaltados..., tendo este processo atingido a sua maior expressão na música para cinema. Por outro lado, a música também serviu as mais variadas ocasiões de entretenimento, circunstâncias cerimoniosas, fez‑nos companhia, etc. Quando nos verões de 1901 e 1902 Mahler escreveu esta sua Quinta Sinfonia já boa parte destas «utilizações» era conhecida e praticada. O músico austríaco colocou ‑as então ao serviço de uma monumental reflexão sobre a natureza psicológica do Homem, sobre o sentido da vida, por intermédio da música. O seu propósito criativo estava genericamente moldado nas ideias estéticas e filosóficas do século anterior. Porém, o seu projecto era extremamente moderno, pela forma como se apropriava de memórias colectivas e as convertia em símbolos sociais e psicológicos aplicados na obra artística. Desta forma, o século XIX deu de
caras com o século XX, quando tudo estava a mudar. Apesar não haver qualquer justificação biográfica evidente que tenha conduzido Mahler a empenhar‑se em temáticas de semelhante natureza, o compositor resolveu iniciar esta obra com uma marcha fúnebre – cabe aqui dizer que este foi um dos períodos mais felizes da sua vida; casou em Março de 1902 com uma mulher de quem gostava, Alma Mahler, e de quem teve seguidamente duas filhas. Representava assim, paradoxalmente, o pressentimento da morte ou, mais simplesmente, a ambiência dos rituais que lhe estão associados. Dramaturgicamente, este começo é determinante. Os dados ficam lançados para uma viagem lenta, cheia de sabores, que nos conduz desde um clima de tragédia até à positiva exaltação do último andamento. Os cambiantes sucedem‑se, por vezes de maneira arbitrária, ilógica, dando voz aos absurdos da vida, sem esquecer sentimentos tão contrastantes como a raiva e o consolo, o deslumbramento e a desolação. Com tudo isto, a Quinta Sinfonia de Mahler é um imenso retrato da existência humana. É expressionismo vienense na transição do século; numa altura em que Freud acabava de publicar o seu célebre livro A interpretação dos sonhos; quando o conceito de «inconsciente» assumiu a dimensão científica que hoje lhe conhecemos. A música Mahler era nesta altura director da Ópera Estatal de Viena e, por inerência, maestro da Orquestra Filarmónica de Viena. Significa isto que conhecia todos os detalhes da música orquestral que havia sido escrita pelos melhores compositores de sempre, assim como, aliás, também aquela dos compositores que então começavam a sua carreira e que se vieram a revelar figuras incontornáveis da História da Música, como foi o caso de Schoenberg. Esperava‑se de si, portanto, o perfeito domínio das técnicas de orquestração. Encontrou‑se, todavia, muito mais do que isso. Esta foi a primeira sinfonia que Mahler escreveu directamente na partitura de orquestra. As obras orquestrais compostas anteriormente eram primeiramente esboçadas nos seus contornos gerais, procedendo‑se depois, e somente após terminada esta fase, à orquestração propriamente dita.
Esta sinfonia foi originalmente pensada tal como se ouve. Qualquer intervenção de cada um dos instrumentos, por pouco notada que seja, não tem como função preencher um campo harmónico ou pontuar simplesmente com o seu ritmo um final de frase. Trata‑se de uma orquestra sem protagonistas, onde nada é supérfluo, tudo é essencial. Em resumo, estamos na presença de um tratado de orquestração. Apesar de ser constituída por cinco andamentos, divide ‑se em três secções. A primeira é composta pelos primeiro e segundo andamentos. A segunda corresponde ao Scherzo, a peça mais longa. Por último, o Adagietto e o Rondó/Finale, que dão término à obra. O primeiro andamento alterna a monumentalidade do maciço orquestral com uma cadência lenta e envolta por uma melodia com contornos bastante simples, sugerindo uma procissão pesarosa. Depois explode com grande intensidade. Só a quem não viveu a morte de alguém querido é possível não reconhecer esta revolta, este despojamento emocional. É o maior grito de que somos capazes. Tudo continua porém depois disso, de maneira impassível, em marcha compassada. É uma austera progressão de emoções, uma evocação de respostas conscientes e inconscientes perante a morte de alguém chegado. No final, Mahler cita uma obra da sua autoria que havia terminado pouco tempo antes. Trata‑se da primeira das cinco canções que compõem o Kindertotenlieder. Com base num poema de Friedrich Rückert sobre o tema da morte das crianças, Mahler optou por um primeiro sinal de resignação. Nessa altura da canção diziam‑se palavras de conforto: «Uma pequena luz apagou‑se na minha morada; Luz que dás alegria ao mundo, bem‑vinda sejais!» O segundo andamento é música de excessos. Sucedem ‑se discursos contrastantes, quase que de forma incoerente. É um processo cumulativo de ideias musicais muito diversas. Resulta desconcertante tentar buscar‑lhe qualquer lógica expositiva. É uma escrita sobressaltada, cheia de repentes. Com efeito, nem sempre a mente nos fala com sentido. Por vezes contradiz‑se, repete‑se muito, incomoda, deixa ‑se fascinar… é absurda, risível, assustadora. Pode depois surpreender‑nos com uma energia inesgotável que conduz a testemunhos de força aparentemente inalcançáveis, tais como aquele a que se assiste nos últimos minutos deste andamento.
Virando a página, aparece‑nos um Scherzo, em ritmo dançável, ternário, entretido, como se nada se tivesse passado anteriormente. É a segunda parte desta sinfonia, a primeira a ser escrita e onde se lembra a frivolidade do nosso quotidiano. Sucedem‑se citações de outras músicas. Entra ‑se, inclusivamente, com a valsa nos salões vienenses. É uma compilação de sonoridades mundanas. Pelo meio, parece haver um momento de introspecção e lucidez, onde «o que parece é». Passa‑se quando se ouvem os pizzicatos nas cordas. O que faz então aqui este adagietto, a parte mais conhecida do grande público? É uma melodia que parece nunca ter fim e que nos poderia paralisar durante horas, esquecidos de nós mesmos. Tudo assenta na voluptuosidade das cordas e no pontilhado da harpa. É, afinal, o interlúdio de uma sinfonia cheia de aparato. O seu efeito é imprevisível, dependendo inclusivamente se é tocada de forma mais ou menos lenta. Pode tratar‑se de uma imploração, de uma carta de amor, de um momento marcado pelo optimismo ou, talvez, de uma simples pergunta. Com efeito, a imagem decadente do filme de Visconti Morte em Veneza pode aqui ser contrariada, preferindo‑se uma disposição mais esperançosa. Em caso contrário, prevalecem a melancolia, o desespero a angústia, a nostalgia. Já no último andamento, os sopros, que pareciam adormecidos, assumem de início todo o destaque. Respondem‑lhe as cordas num contraponto intrincado. Junta ‑se depois toda a orquestra para dar seguimento a uma das páginas mais emblemáticas da História da Orquestração. Mahler orquestrou assim, como nunca o havia feito antes e, porventura, não o viria a fazer mais. Todos os músicos intervêm, em bloco ou isoladamente, construindo um discurso com uma consistência irrepreensível. Mahler recorreu a tudo o que havia aprendido enquanto maestro, desafiando limites. Beethoven teria adorado, conjectura‑se. Schoenberg, o mais ousado compositor da geração que o sucedeu, adorou seguramente; teve, aliás, a oportunidade de o expressar por escrito em cartas dirigidas ao mestre. Mahler brindou com esta sinfonia a paisagem sonora do século XX. Espartilhou a linearidade discursiva, quase que em jeito cinematográfico. Emoldurou em cada trecho sucessivas ambiências musicais: dramáticas, comoventes, heróicas, dançáveis… Afirmar que a batida minimal foi inventada
nos seus últimos compassos seria excessivo, mas, por uns instantes, pode‑se aí notar a tensão que se cumulou ao longo de mais de uma hora de música extraordinária. É música que não foi feita para cinema, mas que já ensinou muito à sétima arte. Muito mais filmes serão feitos, adivinha‑se, para ela. Harpa
Trompetes
Trombones
Tuba
Clarinetes
Fagotes
Flautas
Oboés
Violas
Segundos violinos
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bai
Primeiros violinos
Violoncelos Maestro
Em cima, a disposição mais corrente de uma orquestra a partir de meados do séc. XX. Em baixo, a disposição da orquestra neste concerto.
Percussões
Trompetes
Trompas
Trombones
Clarinetes
Tuba
Fagotes
Flautas
Oboés
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Harpa
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Violas
Primeiros violinos
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Violoncelos
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A partir da 2.ª Grande Guerra a mais corrente disposição em palco das orquestras foi sendo bastante diferente daquela que se praticava na época de Mahler. Por imposição dos estúdios de rádio, dispuseram-se no espaço os vários naipes em função da respectiva tessitura. Quer isto dizer que os instrumentos mais agudos foram colocados à esquerda, aparecendo sucessivamente os instrumentos mais graves até à ponta direita do palco, onde se encontram os contrabaixos. Desta forma, simplificava-se a técnica de captação do som, pois os âmbitos de frequência estavam relativamente isolados. Entretanto, e apesar desta razão ter deixado de existir, a rotina permaneceu. Se bem que haja outras, a diferença mais notada é o posicionamento dos naipes de violinos. O primeiro colocava ‑se à esquerda do maestro enquanto que o segundo se situava à direita. Tínhamos, portanto, os violinos à frente de toda a orquestra. Assim acontece neste concerto, com a acrescida particularidade de o maestro Michael Zilm optar pela divisão dos contrabaixos, apresentando-os em cada um dos lados da orquestra conforme sempre se praticou no teatro Bayreuth, de Wagner. Revela-se assim uma estereofonia elementar, mas extremamente eficaz. Pode-se explorar efeitos de «pergunta e resposta» que passariam despercebidos se se juntassem num só bloco todos os violinos. Melodias deliberadamente fragmentadas ver-se-iam diluídas num discurso a uma só voz. No princípio, esta sinfonia não faz uso ostensivo destes procedimentos técnicos. Acontece inclusivamente que nos primeiros dois andamentos são explorados amplos uníssonos, obtendo um timbre orquestral coeso. Mas à medida que a música avança assiste-se a uma maior complexidade nos diálogos entre as duas partes. Então sim, a presente disposição da orquestra revela favorecer a clarificação das ideias musicais.
Trompas
Co nt ra
Uma última nota: a disposição da orquestra
Percussões
Segundos violinos Maestro
Michael Zilm direcção musical Michael Zilm nasceu em Estugarda, em 1957. Descendente de uma família de músicos, começou a estudar violino aos seis anos de idade. Mais tarde frequentou as classes de violino e de viola da Escola Superior de Música da sua cidade natal. Em 1979 entrou para a classe de direcção de orquestra de Thomas Ungar. Estudou com Milan Horvat na Academia de Verão do Mozarteum de Salzburgo e com Franco Ferrara, Bruno Bartoletti e Carlo Maria Giulini na Academia Chigiana de Siena. A partir de 1979 manteve um contacto estreito com o maestro Herbert von Karajan. Trabalhou como assistente musical deste maestro nas produções de Aïda, Parsifal e Falstaff, realizadas nos Festivais de Verão e da Páscoa de Salzburgo e posteriormente gravadas em disco, em Berlim e Viena. Estreou ‑se como maestro em 1979, em Estugarda, na realização de um programa integralmente preenchido com obras de Webern. Dedicando-se sobretudo ao repertório do século XX, dirige desde 1986 o agrupamento Nova Música. Nesse mesmo ano, assumiu funções docentes na Escola Superior de Música de Estugarda. Como maestro trabalhou já com algumas das principais orquestras europeias, nomeadamente na realização de programas de concerto pouco frequentes: Orquestra Sinfónica de Berlim, Orquestra da RAI (Turim), Orquestra de Paris, Orquestra Sinfónica da Rádio de Colónia,
Orquestra da Radiodifusão de Saarlande e o agrupamento Ensemble Modern. Apresentou-se, entre outros, nos Festivais de Metz, Frankfurt, Siena, Leipzig e Varsóvia. Michael Zilm já foi galardoado em vários concursos internacionais: 4.º Prémio no Concurso Malko, em Copenhaga; 2.º Prémio no Concurso César Cui, em Florença; 1.º Prémio no Concurso Vuillermoz, em Besançon (1983); e 1.º Prémio no Concurso Fiterlberg, em Katovice (1987). Desde a temporada de 1991-92, desempenha as funções de Director Geral de Música e Teatro e de Maestro Titular da Norddeutsche Philharmonie, na cidade de Rostock. No exercício destas funções é responsável pela programação dos concertos e espectáculos de ópera, tendo realizado um ciclo com a obra integral de Gustav Mahler. Sob a sua orientação a Norddeutsche Philharmonie apresenta um ciclo anual de concertos dedicado a cada um dos compositores clássicos do século XX, incluindo Béla Bartók, Alban Berg, Leos Janácek e Arnold Schönberg. A concepção destes programas valeu a Michael Zilm o prémio para a melhor programação de concertos na Alemanha. A partir de 1989 manteve uma colaboração estreita com a Orquestra Gulbenkian apresentando principalmente obras do repertório sinfónico germânico. Foi maestro Convidado Principal desta mesma orquestra de 1994 a 2001. Desde a temporada 2005/2006 mantém uma colaboração regular com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Orquestra Sinfónica Metropolitana Espelho da mais-valia que representa a transversalidade do projecto da Metropolitana, a Orquestra Sinfónica Metropolitana (OSM) é a formação constituída pelos músicos da Orquestra Metropolitana de Lisboa e pelos melhores elementos da Orquestra Académica Metropolitana, que se juntam em concerto para dar corpo ao grande reportório sinfónico, que passa a ter um espaço regular na programação de Cesário Costa. Esta formação vinha já obtendo resultados visíveis, aplaudidos quer pela crítica especializada quer pelo público que assistia às apresentações. Mas assumiu recentemente o nome que lhe é merecido: Orquestra Sinfónica Metropolitana (OSM). Tendo sido escolhida pelo Centro Cultural de Belém como orquestra residente nas próximas três edições do festival Dias da Música em Belém, estatuto que representa um desafio e também uma importante plataforma de exposição a novos públicos que sempre acorrem a esta iniciativa.
Orquestra Metropolitana de Lisboa Cesário Costa direcção artística A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) estreou-se no dia 10 de Junho de 1992. Desde então, os seus músicos asseguram uma extensa actividade que compreende os repertórios barroco, clássico e sinfónico – integrando, neste último caso, os jovens intérpretes da Orquestra Académica Metropolitana. Esta versatilidade, que lhe permite abranger géneros tão diversos, como a Música de Câmara, o Jazz, o Fado, a Ópera ou a Música Contemporânea, tem contribuído para a criação de novos públicos e consolidado o carácter inovador do projecto da Metropolitana. Esta entidade, que tutela a orquestra, tem como principais singularidades a interligação entre a dimensão artística e a prática pedagógica das suas escolas – a Academia Nacional Superior de Orquestra, a Escola Profissional Metropolitana e o Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa – e uma criteriosa actuação no domínio da responsabilidade social, de que
é exemplo a recente implementação do ensino musical integrado nas escolas da Casa Pia de Lisboa. Cabe-lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar uma programação regular em várias autarquias da região centro e sul, para além de promover uma efectiva descentralização cultural do norte ao sul do país. Desde o seu início, a OML afirmou-se como uma referência incontornável do panorama orquestral nacional. Alémfronteiras, apresentou-se em Estrasburgo e Bruxelas somente um ano após a sua criação. Desde então tem tocado em Itália, Índia, Coreia do Sul, Macau, Tailândia e Áustria. Em Julho de 2009 deslocou-se a Cabo-Verde, numa ocasião histórica, em que pela primeira vez se apresentou uma orquestra clássica no arquipélago. Mais recentemente, no final de Dezembro de 2009 e início de Janeiro de 2010, efectuou uma digressão pela China. Ao longo dos anos foi dirigida pelos mais importantes nomes da direcção orquestral portuguesa e por inúmeros maestros estrangeiros de elevada reputação, onde se incluem Arild Remmereit, Nicholas Kraemer, Lucas Paff, Joana Carneiro, Jean-Sébastien Béreau, Álvaro Cassuto, Cesário Costa, Brian Schembri, Manuel Ivo Cruz, Michael Zilm, Victor Yampolsky e, mais recentemente, Christopher Hogwood e Theodor Guschlbauer. Colaborou com grandes solistas como Maria João Pires, José Cura, Monserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, José Carreras, Felicity Lott, Elisabete Matos, Leon Fleisher, Natalia Gutman, Augustin Dumay, Oleg Marshev, Pascal Rogé, Artur Pizarro, Tatiana Nikolayeva, Anabela Chaves, Anne Queffélec, Irene Lima, Paulo Gaio Lima, Eric Stern, Gerardo Ribeiro e António Rosado. Mais recentemente, juntaram-se a este rol os nomes de António Meneses, Sol Gabetta, Michel Portal, Marlis Peterson, Thomas Walker e Dietrich Henschel. Na presente temporada, a OML tem como principal solista convidado o violinista Augustin Dumay. A OML já gravou dez CDs – um dos quais disco de platina – para diferentes editoras, incluindo a EMI Classics, a Naxos e a RCA Classics. Desde a sua constituição, a Metropolitana foi presidida por Miguel Graça Moura, tendo esse lugar sido ocupado desde Novembro de 2003 até Novembro de 2008 por Gabriela Canavilhas. A actual direcção é constituída por Cesário Costa (Presidente), João Villa-Lobos e Paulo Pacheco (Vogais).
Orquestra Académica Metropolitana Estreou-se em 1993, na sequência da criação da Academia Superior de Orquestra – uma instituição única no país, destinada a formar músicos profissionais nas áreas de Instrumento e Direcção de Orquestra. O ensino aí ministrado baseia-se num acompanhamento individual especializado, na prática de música de câmara e numa componente teórica complementar, sendo a orquestra o eixo central da formação destes jovens músicos. Entre 1994 e 2000 a Académica Superior de Orquestra da Metropolitana foi orientada pedagogicamente pelo Professor João Pinheiro, a quem se deve parte do sucesso e reconhecimento que a escola tem hoje em dia. Desde o seu início a Orquestra Académica Metropolitana (OAM) é orientada por Jean-Marc Burfin, simultaneamente, seu maestro titular e director artístico. Constituída inicialmente por menos de trinta elementos, a OAM é hoje uma formação sinfónica com cerca de 100 músicos. Com uma temporada que se estende ao longo de cada ano lectivo, a OAM mantém uma actividade regular de ensaios e concertos, apresentando-se não só na área metropolitana de Lisboa como também noutras localidades do país. Já com largas centenas de concertos realizados, abarcando um reportório que vai do Barroco à música do século XX, a Orquestra Académica Metropolitana tem executado obras de compositores tão representativos como Bach, Haydn, Mozart, Beethoven, Brahms, Schubert, Mendelssohn, Mahler, Ravel, Debussy, Milhaud, Bartók, Hindemith, Stravinski e Varèse, entre outros. Para além do seu maestro titular, a OAM é habitualmente dirigida pelos alunos do Curso Superior de Direcção de Orquestra. Muitos dos concertos contam com a presença de maestros convidados, tais como Jean-Sébastien Béreau, Pascal Rophé, Robert Delcroix e Brian Schembri. A OAM possibilita aos alunos da Academia a apresentação regular a solo com orquestra. Já tocou com vários solistas de renome como António Rosado, Gerardo Ribeiro, Paulo Gaio Lima, Liliane Bizineche, Francine Romain, Miguel Borges Coelho, Artur Pizarro, François Leleux e, num concerto humorístico, o quarteto italiano Banda Osíris. Em Setembro de 2001 a OAM participou no Porto 2001 Capital da Cultura num encontro internacional de orquestras de jovens onde tocou o War Requiem de Britten. Já em Maio de 2002 e 2004 participou na Festa da Música, no CCB, executando obras de Mozart, Vivaldi e Mendelssohn.
Apresentou-se ainda, em Setembro de 2002, em São Miguel, Açores e, em Julho de 2004, no Festival MusicAtlântico nas ilhas de S. Miguel e Terceira. Já em 2007 integrou a programação dos Dias da Música, no CCB, esteve presente no VII Ciclo Internacional de Orquestras Universitárias, em Saragoça, e subiu ao palco do Theâtre de la Monnaie, em Bruxelas. Na temporada passada, fez onze concertos, tendo apresentado entre outras obras A Criação de Haydn, com o Coro Sinfónico Lisboa Cantat, no âmbito do Festival de Música de Alcobaça e também em Caldas da Rainha e Mafra. Jean-Marc Burfin director artístico e maestro titular Jean-Marc Burfin entra em 1983 para o Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, onde obtém, em Junho de 1987 e por unanimidade do júri, o 1.º prémio de Direcção de Orquestra na classe de Jean-Sébastien Béreau depois de ter feito os seus estudos nos Conservatórios de Nancy, Metz, Strasbourg e Reims. Durante as masterclasses que frequenta, é encorajado pelos seus mestres Franco Ferrara, Charles Bruck, Pierre Boulez e Vitaly Kataev. Diplomado pela Academia de Verão do Mozarteum, em Salzbourg, é convidado para dirigir a Orquestra do M.I.T. de Boston em 1984, ao lado de Lorin Maazel. Na sequência de um seminário internacional em Fontainebleau, é notado por Leonard Bernstein e em Julho de 1987 convidado para dirigir a Orquestra de Paris. Em 1990/1991 recebe uma bolsa franco-soviética para aperfei-çoamento dos seus conhecimentos do repertório russo com Alexandre Dmitriev, no Conservatório Rimski-Korsakov de S. Petersbourg. No Concurso Internacional de Jovens Directores de Orquestra de Besançon em 1991 foi finalista laureado, e recebeu um prémio especial da Orquestra da Rádio-Televisão de Moscovo através do seu Director Valdimir Fedosseiev. Jean-Marc Burfin dirigiu várias orquestras, tanto em França como no estrangeiro (Colonne, Lamoureux, Pays de la Loire, PoitouCharentes, Picardie, Potsdam Phillarmonie, Würtembergische Phillarmonie, Sinfónica de Oviedo, entre outras). Foi Director Artístico da Orquestra Metropolitana de Lisboa durante a temporada de 2003 /2004. Gravou um CD na editora Naxos, consagrado à obra de Vincent d’Indy. Pedagogo reconhecido, é um dos raros maestros em actividade a ensinar direcção de orquestra. Actualmente é professor na Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO) e Maestro Titular da Orquestra Académica Metropolitana.
ORQUESTRA SINFÓNICA METROPOLITANA
Primeiros Violinos
Christian Scholl (Concertino) Nuno Carapina (OAM) Ravena Mendonça (OAM) Ana Pereira Adrian Florescu Ana Catarina Pinto (OAM) Ana Rita Damil (OAM) Carlos Damas Alexêi Tolpygo Mafalda Pires (OAM) Joana Teodoro (OAM) Liviu Scripcaru Paula Carneiro (Convidada) Joana Ly (OAM) Segundos Violinos
Ágnes Sárosi Felix Duarte (OAM) João Baptista (OAM) Eldar Nagiev José Teixeira Carlota Pimenta (OAM) Pedro Oliveira (OAM) Daniela Radu Anzhela Akopyan Eliana Magalhães (OAM) João Silva(OAM) Elena Komissarova Luciana Cruz (Convidada)
Violas
Flautas
Trompetes
Valentin Petrov Juliana Lopes (OAM) Ana Monteverde (OAM) Irma Skenderi Andrej Ratnikov Ana Rita Cardona (OAM) Alexandra Carvalho (OAM) Gerardo Gramajo Joana Cipriano (Convidada) Tirza Vogel (OAM) Eldar Magalhães (OAM) Joaquim Rodrigues (Convidado)
Nuno Inácio Carolina Patrícia (OAM) Janete Santos Clara Saleiro (OAM)
Sérgio Charrinho Rui Mirra João Moreira (OAM) Milagros Castro (OAM)
Violoncelos
Marco Pereira Ana Catarina Braga (OAM) Olívia Funnell (OAM) Peter Flanagan Ana Cláudia Serrão João Pinto da Costa (OAM) Ricardo Ferreira Jian Hong Valter Freitas (OAM) Catarina Gonçalves (OAM) Hugo Paiva (OAM) João Matos (OAM)
Oboés
Trombones
Sally Dean Catarina Castro (OAM) Bryony Middleton
Reinaldo Guerreiro (Convidado) Filipe Alves (OAM) Tiago Noites (Convidado)
Clarinetes
Tuba
Nuno Silva Pedro Parreira (OAM) Jorge Camacho
Adélio Carneiro (Convidado) Harpa
Stéphanie Manzo Fagotes
Franz Dörsam Bertrand Raoulx Daniel Mota (OAM)
Tímpanos
Fernando Llopis Percussão
Trompas
Nuno Vaz Jerôme Arnouf Rodrigo Carreira (Convidado) Thomas Gomes (OAM) Gonçalo Pedrosa (OAM) José Abreu (OAM)
Joana Costa (OAM) Sandra Andrade (OAM) José Carlos Almeida (OAM) Tatiana Almeida (OAM)
Contrabaixos
Vladimir Kouznetsov Adão Pires (OAM) Bruna Domingues (OAM) Jorge Castro (OAM) Ercole de Conca Svetlin Chiskov (Convidado) Abel Carvalho (Convidado) Margarida Ferreira (OAM)
OAM – Alunos da Orquestra Académica Metropolitana Convidado – Artista convidado
Metropolitana
Centro cultural de belém (CCB)
Direcção
Conselho de Administração
Assistente de Produção
Técnico Executivo
Cesário Costa (Presidente) João Villa-Lobos (Vogal) Paulo Pacheco (Vogal)
António Mega Ferreira (Presidente) Ana Isabel Trigo Morais (Vogal) Margarida Veiga (Vogal)
Rita Bagorro
Produção
ASSESSORA PARA A PROGRAMAÇÃO
João Pires (Coordenador) João Barradas (Secretário de Orquestra) Carina Bravo (OAM) Artur Raimundo (Chefe de Palco)
Gabriela Cerqueira
Artur Brandão F. Cândido Santos Vítor Pinto César Nunes José Carlos Alves Hugo Campos Mário Silva Ricardo Melo Rui Croca
Director de Cena Coordenador
Jonas Omberg Directores de Cena
Miguel Leal Coelho
Pedro Rodrigues Patrícia Costa Paula Fonseca José Valério
Adjunta para a programação
Estagiária
Luísa Taveira
Francisca Rodrigues
Adjunta para o Planeamento
Secretariado de
Cláudia Belchior
Direcção de Cena
Direcção do Centro de Espectáculos
Técnicos de Palco
Alberto Correia Amadeu Mineiro José Garcia Luís Alves
Chefe Técnico de Audiovisuais
Nuno Grácio Técnico de Audiovisuais
Yolanda Seara Assessores para Programação Musical
Director Técnico
João Godinho Francisco Sassetti
Paulo Graça
Secretariado de Direcção
Rui Leitão Eduardo Nascimento Luís Garcia Santos Nuno Bizarro Paulo Cacheiro Nuno Ramos
Chefe Técnico de Palco
Chefe Técnico de Gestão
Rui Marcelino
e Manutenção
Luísa Inês
Siamanto Ismaily Secretariado de
Direcção de Produção
Direcção Técnica
Técnico de Manutenção
Carla Ruiz
Sofia Matos
Produção
Técnico Principal
João Santana Luís Teixeira Vítor Horta
Inês Correia Patrícia Silva Hugo Cortez Inês Lopes Vera Rosa João Martins
Pedro Campos Luís Santos Raul Seguro
Próximos Concertos Metropolitana Sexta-Feira, 2 de Abril, 21h30 Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa Concerto de Páscoa Ana Quintans soprano Armando Possante barítono Hakan Rosengren clarinete Robertas Servenikas direcção musical Coro Sinfónico Lisboa Cantat Orquestra Metropolitana de Lisboa Carl Nielsen | Gabriel Fauré
Sexta-Feira, 16 de Abril, 21h00 Auditório da Universidade Nova de Lisboa, Campus Campolide Domingo, 18 de Abril, 16h30 Auditório Maestro Manuel Maria Baltazar (AMAL), Lourinhã A Glória do Barroco Reinaldo Guerreiro direcção musical João Moreira e Milagros Castro trompetes Brass Ensemble da Metropolitana Jeremiah Clarke | Antonio Vivaldi Johann Sebastian Bach | George Frideric Handel | Derek Bourgeois
Sábado, 3 de Abril, 18h00 Teatro Camões Concerto de encerramento do Workshop da Páscoa – OML Júnior Pedro Neves e Rui Carreira direcção musical
Dias 23, 24 e 25 de Abril Dias da Música em Belém Participações de Orquestra Sinfónica Metropolitana, Pequenos Violinos da Metropolitana, Brass Ensemble da Metropolitana, Orquestra de Sopros da Escola Profissional Metropolitana, Orquestra de Cordas do Conservatório Metropolitano e Percussões da Metropolitana
Domingo, 11 de Abril, 17h00 Grande Auditório do Centro Cultural de Belém Pequenos Violinos da Metropolitana Inês Saraiva direcção artística Participação especial de Tiago Bettencourt [Concerto de solidariedade a favor da AMI]
Sexta-Feira, 30 Abril, 21h30 Museu do Oriente Sábado, 1 de Maio, 22h00 Sala Elíptica do Convento de Mafra Quinta Sinfonia de Beethoven Jano Lisboa viola Michael Zilm direcção musical Orquestra Metropolitana de Lisboa Paul Hindemith | Ludwig van Beethoven
METROPOLITANA
FUNDADORES
PATROCINADOR Turim Hotéis
Câmara Municipal de Lisboa
PROMOTORES REGIONAIS Câmara Municipal de Azambuja Câmara Municipal do Bombarral Câmara Municipal de Caldas da Rainha Câmara Municipal de Cartaxo Câmara Municipal de Lourinhã Câmara Municipal de Mafra Câmara Municipal de Montijo Câmara Municipal de Sesimbra
Ministério da Cultura
Ministério da Educação
Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – INATEL
Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto
Secretaria de Estado do Turismo
Secretaria de Estado da Segurança Social
MECENAS EXTRAORDINÁRIO Caixa Geral de Depósitos
PARCERIAS Centro Cultural de Belém São Luiz Teatro Municipal EGEAC El Corte Inglés Universidade Nova de Lisboa Universidade Lusíada Casa Pia de Lisboa Fundação Oriente Instituto dos Museus e da Conservação Festival Música Viva Cultivarte | Encontro Internacional de Clarinete de Lisboa Embaixada do Brasil em Lisboa Casa da América Latina Rui Pena, Arnaut & Associados - Sociedade de Advogados, RL NewsSearch etic_ APOIOS Antena 2 Revista Sábado Sapo