MAIOR DE 60 FEVEREIRO 2019

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Fevereiro de 2019 Ano 12- Nº 136

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A psicóloga Lidiane Andreza Klein, nos leva nesta edição, a

uma reflexão sobre a importância do desenvolvimento da espiritualidade

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Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de Novo Hamburgo Página 4 e 5

Probióticos: nova arma contra o Alzheimer Pesquisa faz ligação entre o intestino e o cérebro, relacionando a ingestão de probióticos com o aumento da qualidade de vida dos pacientes

o suficiente para os pacientes terem melhorias notáveis em suas várias tarefas mentais. Os probióticos são encontrados naturalmente em alimentos fermentados como o iogurte, produtos fermentados à base de soja, no tradicional chucrute (receita na página 6) e no kefir ou em bebidas próprias, pós liofilizados, cápsulas e comprimidos. Estas bactérias “amigáveis” equilibram os níveis de microorganismos nos intestinos e diminuem o número de bactérias nocivas. A pesquisa realizada em probióticos mostrou que eles podem ajudar a proteger contra certas condições, incluindo diarréia, doença inflamatória intestinal, alergias e cárie dentária. No entanto, os cientistas também colocaram em cima da mesa a hipótese de potencializar a função cerebral. Por exemplo, ensaios com ratinhos mostraram que os probióticos melhoraram a aprendizagem O estudo dirigido pelo Professor Mahmoud Salami, da Kashan University of Medical Sciences, no e a memória, e também reduziIrã, conclui que as pessoas que sofrem de Alzheimer têm a memória melhorada através do consumo de ram a ansiedade e a depressão. probióticos. Página 3 Uma dose diária das bactérias Lactobacillus e Bifidobacterium, tomadas ao longo de 12 semanas, é


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OPINIÃO

Probióticos em adultos com mais de 65 anos

HITS Cumôia! Bois eu non vô nen gomendá o híts. Adé borguê o galôr é um esdáto te esbírito, nôn é? Eu resolvi nôn fala máiz têl, borgue taí dalvêiz êl tessabarés. Ôdro tí eu li o gue um indernáut falô: “ Eu moro gueimáto, máiz nôn dróc o galôr bêlo winda”. Gáda un, gáda un... Eu cósdo te súp, goberdôr, pecamôt no zól, núdla, váin... pôn, máiz eu cósdo dampên te pía. Múido, múido. E chop. Múido chop! Zó azín brá aquendíra êsde inferno adualmênt. Opa, agapêi falãnto tinovo! Eu dampên cósdo te zorvêt e nêstia a Hulda gombrô um mônde te chocolóda, gasdãnha e ôts telícia numa lócha te brotúts nadurál e tís

gue ía fassê un: - Hôche vô fassê chicapôn, gue du e os birú cósda te gomê! Maravilha, umas hóra tebôis o gonchelatôa dava jêio de gácha te sorvêt te chocolóda. No ôdro tía, te dárte, tebôis tuma zonéc eu adaguêi: beguêi un túsia pên crãnde (na vertáde, túsia zignifíc bóte beguêno, máiz eu beguêi un crôs), enjí te sorvêt e fui brá tipácho te uma árvore, brá zaporeá o chicapôn. Main Cott, dáva túro gue nen zêi e guásse gueprêi os tênde! Taí eu critêi: Hulda, du non fêiz chicapôn, du fêiz chicapau! Fáiz uns drêis tía gue ela zó me ólha adravezáta, aínta máiz gue o pót dá gáda vêiz máiz vassío e ela guásse non gôme!

CLOSSÁRIO Adaguêi - ataquei Cósda - gostam Adravezáto – Critêi - gritei atravessado Crôs - grande Adualmênt Cumôia - bom dia atualmente Drêis - três Aínta - ainda Dróc - troco Aquendíra - aguentar Esdáto - estado Beguêi - peguei Goberdôr - cobertor Beguêno - pequeno Gôme - come Bóte - pote Gueimáto - queimado Brotúts - produtos Gueprêi - quebrei

Hits - calor Indernáut internauta Jêio – cheio Lócha - loja Main Cott - Meu Deus Moro - morro Nêstia - nestes dias Núdla - massa Pecamôt bergamota

Pía - cerveja Súp – sopa Tebôis - depois Têl - dele Tende - dentes Tipácho - de baixo Túsia - potinho Váin - vinho Winda – inverno Zaporeá - saborear sorvete

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O estudo mais recente realizado por uma equipe das Universidade Kashan de Ciências Médicas e da Universidade Azad Islâmica no Irã, afirma ser o primeiro a demonstrar esse efeito com as pessoas. Seu pequeno ensaio clínico durou 12 semanas e envolveu 52 homens e mulheres, com idade entre 60 a 95 anos, que tinham doença de Alzheimer. O grupo foi dividido em dois, metade recebendo 200 ml de leite por dia, que tinha sido enriquecido com quatro tipos de probióticos. O Lactobacillus acidophilus, L. casei, L. fermentum e Bifidobacterium bifidum As pessoas do segundo grupo receberam apenas leite puro. Todos os participantes completaram um teste que mede diferentes habilidades mentais, incluindo a memória de uma pessoa, atenção e habilidades de linguagem. A maior pontuação atingível no teste é 30. Conclusão do estudo traz mais para além de benefícios cognitivos A pontuação média entre os voluntários que tomam os probióticos aumentou de 8,7 para 10,6. Em contraste, aqueles que receberam leite ordinário viram uma queda na sua pontuação de 8,5 para 8,0. Eles reconhecem que todos os participantes tiveram naturalmente dificuldades de memória e habilidades mentais. Mas eles dizem que a diferença nos resultados entre os dois grupos foi significativa. Os pesquisadores pensam que as mudanças metabólicas podem ser responsáveis pela diferença nos grupos.

Por exemplo, aqueles que receberam probióticos também mostraram melhorias no metabolismo da glicose, graças à regularização da insulina e dos perfis lipídicos. O professor autor do estudo disse em um comunicado: “Um estudo anterior revelou que o tratamento probiótico melhora a noção espacial e a memória em ratos diabéticos, mas esta é a primeira vez que a suplementação probiótica demonstrou beneficiar a cognição em humanos prejudicados.” O cérebro e o intestino estão ligados Rosa Sancho, chefe do Centro de Pesquisa de Alzheimer do Reino Unido, disse: “O cérebro é muitas vezes visto como parte separada do corpo, mas os cientistas estão entendendo mais sobre como as mudanças no corpo podem afetar o cérebro, também. Este novo estudo levanta questões interessantes sobre as ligações entre o intestino e o cérebro, e sua associação com a doença de Alzheimer. As melhorias cognitivas vistas em pessoas com doença de Alzheimer neste estudo foram animadoras, contudo, este estudo terá de ser repetido e convertido em um muito maior, para que possamos compreender os benefícios reais de probióticos para o cérebro. “Não entendemos completamente como as mudanças no intestino podem afetar o cérebro. O Centro de Pesquisa de Alzheimer do Reino Unido está financiando pesquisas nesta área para melhorar a nossa compreensão neste âmbito”, afirma Rosa Sancho. Fonte: www.dicasonline.com


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SAÚDE

Espiritualidade: uma aliada ao bem-envelhecer Lidiane Andreza Klein Psicóloga - CRP07/22872

A escolha da temática do artigo deste mês, se dá pela crescente relevância do tema do envelhecimento, tendo em vista o aumento da expectativa de vida e a promessa de longevidade pela medicina, nos levando a uma reflexão sobre o desenvolvimento da espiritualidade humana. A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende a sua importância e considera-a indispensável para definir o conceito de saúde integral, junto às dimensões corporais, sociais e psíquicas. O termo espiritualidade é comumente associado à religiosidade, porém são conceitos distintos, que muitas vezes ocasionam confusão no seu entendimento. Assim julgo necessário iniciarmos com estas definições. Religiosidade é o quanto um indivíduo acredita, segue e pratica uma religião. É muitas vezes vista como tendo uma base institucional, mais estruturada e envolvendo rituais e práticas mais tradicionais. Espiritualidade é uma busca pessoal para entender questões relacionadas à vida, ao seu sentido, se refere ao imaterial e intangível. Ela pode referir-se a sentimentos, pensamentos, experiências e comportamentos relacionados com a alma ou com uma busca pelo sagrado. A busca pela espiritualidade ou transcendência não significa necessariamente uma busca de Deus, demonstrando um caráter particular e subjetivo, sem precisar seguir verdades absolutas impostas pelas religiões. Estudos indicam que é no envelhecimento a maior busca pela espiritualidade, quando relacionado a outras etapas da vida. Esta característica pode estar relacionada a indagações sobre respostas existenciais, que possam abrandar medos, ansiedades e as ameaças que todos estamos sujeitos, entre elas a finitude e a morte. O envelhecimento é um processo dinâmico que vai levando o indivíduo a adaptações de diversas ordens, muitas vezes ocasionando um amadurecimento e uma visão mais realista sobre seu futuro. Envelhecer exige nos depararmos com questões existenciais. Período de reflexões sobre como a longevidade está sendo conduzida, se o caminho percorrido valeu a pena, sobre as dores e frustrações, sobre as conquistas e alegrias, sobre valores existenciais, perdas, enfim, processo muito individual de cada um. Este momento acaba favorecendo a busca pelo caminho da espiritualidade e consequente resignificação da vida. Este encontro com a espiritualidade é o momento propício de busca pelo autoconhecimento, através de constante exercício para identificar o que sente falta, em analisar as responsabilidades consigo e com seu viver, rever atitudes, relacionamentos e comportamentos. Pode-se abrir uma nova visão de horizontes, em busca de longevidade e qualidade de vida. De acordo com estudos e revisões literárias científicas, a espiritualidade fornece recursos para que se aumente a frequência de emoções positivas e se reduza aquelas que vão conduzir a problemas maiores. Ao entender que sua vida está sob controle de algo ou alguém maior, fora de seu domínio, a pessoa tende a enfrentar o sofrimento de forma mais positiva. A certeza de um suporte 'além' faz com que a angústia diminua, e os sentimentos favoráveis tragam conforto.

Benefícios da espiritualidade segundo a ciência PSICOLÓGICOS A espiritualidade diminui a ansiedade, a depressão e o estresse. Promove reflexões e autoconhecimento. É uma importante aliada da saúde mental. SOCIAIS O suporte social da religião, especialmente para quem frequenta alguma instituição. COMPORTAMENTAIS Pessoas espiritualizadas tendem a ter uma vida mais regrada, fazendo mais exercícios, tendo uma dieta mais saudável, evitam fumar e beber, e aderir com mais disciplina aos tratamentos médicos. BIOLÓGICOS A espiritualidade reduz os índices de cortisol e adrenalina, gerando melhor resposta do organismo ao estresse. ALOSTÁTICOS A religiosidade controla o sistema alostático, que é a carga de eventos estressantes que o organismo sofre no decorrer da vida. Pessoas que frequentam igrejas têm cargas alostáticas menores.


OS ASSOCIADOS QUE PRESTIGIARAM O 35º BAILE DA FETAPERGS

PALAVRA DO PRESIDENTE

ESTAMOS ENGAJADOS

Precisamos dar valor à vida *Agradeço aos associados que participaram do tradicional baile da Federação, que aconteceu no dia 24 de janeiro passado, na Sogipa, em Porto Alegre. *Agradeço também às pessoas que colaboraram nas campanhas: Tampinhas Plásticas – Troco Solidário e Esponjas de Limpeza. Estas campanhas continuam e esperamos a adesão de mais associados: a caridade que se faz, sempre retorna! *A minha missão: É importante investir sempre na Saúde. Aqui na Associação, a ideia é sempre usar uma reserva da arrecadação em prol dos associados, afinal são eles que contribuem para o bom andamento da casa. Há associações que precisam contrair empréstimos para sobreviver. Graças a Deus, aqui temos uma casa enxuta e com possibilidades de sempre melhorar o atendimento. *Estamos passando por uma época de muitos acontecimentos catastróficos: enchentes, deslizamentos de morros, casas sendo arrastadas, incêndios em casas, em alojamentos esportivos, penitenciários e danceterias. *São muitos os Postos de Saúde que são construídos, porémnão são entregues à população. Isso é um grande descaso com a Saúde Pública. Sempre há a necessidade de médicos no Município e no Estado. Idaílton Alexandre Velho Presidente

ANOTE:

A nossas próxima Assembleia será no dia 28 de março


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Fevereiro/2019 Geraldo Jost nasceu no

dia 18 de julho de 1947 em Picada Hartz. Veio para Novo Hamburgo em 1964, para estudar no Colégio São Jacó. Após, seu primeiro emprego foi no comércio, na empresa Lipp & Cia. Ltda., uma ferragem situada na rua Primeiro de Março. Casado com Judite, é pai de Eliana e Ingo. Ainda hoje exerce a profissão de Técnico em Contabilidade. Seu passatempo preferido é acessar as redes sociais.

4200

Associados

GALERIA DE FOTOS

ASSEMBLEIAS De março a novembro Sempre na última quinta-feira do mês às 14h30min

Passeio Sítio Areia Branca em Parobé Saída de Novo Hamburgo, no dia 22 de março às 9h e retorno com chegada prevista para às 17h30min. Investimento: R$120,00, estando incluídos o transporte, o ingresso no sítio e o almoço.

ATENÇÃO: não esqueçam documentos, chimarrão e roupas de banho.


CULINÁRIA

Fevereiro 2019 Ano 3 - Nº 39 Circulação mensal

RECEITA DE CHUCRUTE

ALECRIM, com Nara

FRIDA, com Andressa, Verena e Jean

JACK, com Claudine e Alexandre

LICI, com Aquiles

SHELDON, com Bruna e Mateus

MEG, com Maria Eduarda

AXEL, com Pâmela, Mauro e Iara

PRINCESA, com Deise e Tiago

BRIGITE, com Cris

CRISTAL, com Thais e Márcio

Ingredientes

1 repolho grande, roxo ou branco (ou dois pequenos) 3 colheres (sopa) de sal grosso moído ou sal marinho temperos a gosto Dica: use como tempero o kümmel (alcarávia), mostarda em grãos, grãos de zimbro e folhas de louro

Modo de preparo

O primeiro passo é higienizar bem o repolho, secando-o bem. Em seguida, corte-o em tiras bem fininhas. Em um recipiente, coloque o repolho e o sal, alternando camadas. Misture bem e, na sequência, aperte bem o repolho fatiado. Deixe a mistura descansar por 5 minutos e volte a amassar bem. Amasse o repolho até que ele tenha soltado bastante água. Caso seja necessário, use um socador de alhos para amassar bem o repolho: a água salgada que ele irá soltar é muito importante para o processo de fermentação do chucrute (reserve). A seguir, acrescente os temperos a gosto. Coloque o repolho em um recipiente hermético e acrescente a salmoura reservada, por cima. É importante ficar uma distância de no mínimo um dedo da mistura para a tampa. O pote deve ficar bem fechado, para que o processo de fermentação não seja arruinado. Coloque o pote em um local escuro e longe do calor: o ideal é um armário que não seja aberto com frequência, longe do fogão. Deixe nesse armário por uma semana. Passado esse tempo, está pronto para o consumo. Depois de aberto, deixe o pote guardado na geladeira. O chucrute de repolho dura até seis meses e pode ser servido junto com carnes, linguiças e o que mais quiser!


ADESTRAMENTO

Você para no semáforo quando ele está vermelho às 13 horas da tarde? Você para no semáforo quando ele está vermelho à uma hora da manhã? Você fala a verdade sempre, mesmo correndo o risco de magoar? Você mente às vezes para evitar magoar alguém que você gosta? Constantemente, ao longo do nosso dia, nos deparamos com decisões que, às vezes, tem respostas distintas, mas não se preocupe, você não está sozinho. Para todas as nossas dúvidas a solução é o bom senso. No meu ponto de vista, ponderar e repensar antes de decidir, sempre é o melhor caminho. Contudo, algumas vezes esquecemos de fazer isso, quando discordamos da decisão de alguém e, infelizmente, ficamos mais propensos a cometer injustiças. Sabia que pessoas que tentam educar seus cães, sem antes parar para tentar observar o ponto de vista do animal, também cometem injustiças? Pois é, acontece e muito. Um cão que mora com você em um apartamento há dois, três meses, não comete um erro ao fazer suas necessidades na sala, no meu ponto de vista. Sabe por quê? Respondo-te perguntando: por quanto tempo você fez suas necessidades na fralda? Hum... alguém te ensinou e teve paciência para esperar você aprender, não é? Um cão com sete meses de vida que morde e roi objetos da sua casa, ou do seu pátio, está

fazendo “arte”? Te respondendo, perguntando novamente: mas quantos objetos, coisas, um ser humano com capacidade mental incrível, coloca na boca até um ano de idade? Você deve estar pensando: ah mas é diferente! Com certeza é bem diferente. Nós somos mais inteligentes e sabemos o que é certo e errado. Hum... Será mesmo?

Raphael Piccoli Adestrador desde 1997, especialista em comportamento e obediência

Fevereiro de 2019 | Bichos de Estimação

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