Jornal Maior de 60 Abril 2022

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Abril de 2022 Ano 14 - Nº 173

www.maiorde60.com.br

Grupos terapêuticos: uma possibilidade viável para idosos A psicóloga Lidiane Klein nos conta sua experiência com as oficinas de memória junto a grupos de idosos.

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INFORMATIVO Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de Novo Hamburgo

Páginas 4 e 5

VELHICE NÃO É DOENÇA, DIZ OMS!

Em 2020, a Assembleia Geral da ONU declarou 2021-2030 como a Década para um Envelhecimento Saudável, assim torna-se importante ressaltar alguns pontos. A expectativa de vida ao nascer passará de 80,5 anos em mulheres e 73,5 em homens, em 2021, para 84,2 e 77,9 anos, respectivamente, em 2060, e a população de idosos com 65 anos ou mais aumentará de 10,2% para 25,5%. Estes dados apontam uma conquista social, melhoria das condições de vida e acesso aos serviços de saúde, porém, o envelhecimento deverá produzir demandas que requerem políticas sociais e novas formas de cuidado, com foco na reabilitação física e cognitiva. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), em 2019, mostra que 28,7% da população de 65 anos ou mais referiu possuir algum tipo de deficiência e 10,6% dos com 60 anos ou mais tiveram algum tipo de internação hospitalar. Mais além, 78% da população entre 60 e 74 anos e 84% com 75 anos ou mais relataram algum diagnóstico de Doença Crônica Não Transmissível (DCNT). As DCNTs devem ser encaradas como um problema de saúde pública que podem resultar em incapacidades para as atividades cotidianas e diminuição da qualidade de vida. Diante deste cenário torna-se urgente avaliar a realidade de saúde desses indivíduos frente às DCNTs e fatores de riscos relacionados a elas e as possíveis perdas funcionais, para que o sistema de saúde acompanhe as mudanças que a nova perspectiva possa instruir políticas de saúde e medidas preventivas e de intervenções voltadas para a manutenção da capacidade funcional dessa população. Nas internações no SUS, 28% ocorreram na população de 60 anos e Após pressão internacional de organizações científicas e da socieda- mais, representando 39% dos valores gastos. Ao projetarmos para 2060, de civil, a Organização Mundial de Saúde decidiu não classificar velhice passarão para 62% das internações e 85% dos valores gastos. No ambulatório, só 0,001% do total de atendimentos ambulatoriais como doença, inclusão que poderia impedir a investigação das reais causas de enfermidades, identificando e quantificando as mais prevalentes e Continua na página 2 permitindo seu melhor conhecimento.


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OPINIÃO

A FALTA DE ATENDIMENTO ADEQUADO AO IDOSOS Continuação da capa

Cumôia! O Mindo, guãnto fêiz zedênda ano, foi no totor, gue tís gue êl dinha gue oberá a brósdada. Ôdro tía, tebôis tá zirurchía, o mético deu as insdruzôn bós-oberadório: “o zenhor den gue tesgancíra, zê alimendá pên, non pepê e, brinzibalmênt, non bode fassê amor gon a frau, ãnts te guarênda e zíngo tía, sob rísgo te morde. Páss úff! A brimêra brovitêns foi tormí em guardo zebaráto. Non foi fázil, êl guería dranscreti dôtas as broipizôn e, guãnto gombledõ drínda tia, êl patêu no guardo tá frau: - “Máin Cott, ápre a bórta” - “O gue du gué?” - “Eu guéro morêêêê!”

O batrôn jamô a atenzôn to embrecádo: “du dáva tormindo no zervís!” “Tesgúlbe, é gue ésda noide o meu filinho jorô múido e eu non gonzequí tormí.” “Zérdo, tis o batrôn, dá tesgulpádo. Máiz amanhã drás o curí brá cá, azín êl non vai te techá tormí.” - Muti, eu non gonzígo me tessití, zê eu gásso gon o Chuôn, gue é pancário, ô gon o Chérson, gue é milidar. - Non den o gue benzá, filinha - tiz a muti Gássa gon o milic. - Gomo du checô a ésda gonclussôn ton rábito, máma? - É gue êsde bezoál chá dá agosdumato a gossinhá, lavá rôpa, fassê arumazôn, arumá as cama, opetecê órten...

CLOSSÁRIO Agosdumato acostumado Alimendá alimentar Atenzôn - atenção Batrôn - patrão Benzá - pensar Broipizôn proibição Brósdada próstata Brovitêns providência Checô - chegou Chérson - Gérson Chpilarái brincadeiras Chuôn - João Cumôia - bom dia Dranscreti transgredir Embrecádo empregado

Fázil - fácil Frau - esposa Gásso - caso Gombledõ completou Gonzequí conseguiu Gonzígo - consigo Gossinhá cozinhar Guãnto - quanto Guarênda quarenta Guería - queria Insdruzôn instrução Jamô - chamou Jorô - chorou Máin Cott Meu Deus Milic - milico Milidar - militar Morde - morte

Morê - morrer Muti - mãe Opetecê obedecer Órten - ordens Páss úff - cuide-se Patêu - bateu Pepê - beber Rábito - rápido Rísgo - risco Tebôis - depois Tesgancíra descansar Tesgúlbe desculpe Tessití - decidir Tormí - dormir Zebaráto separado Zedênda - setenta Zervís - serviço Zíngo - cinco Zirurchía - cirurgia

Foto: divulgação

Chpilarái

é em saúde do idoso. Isto não significa que o idoso não é atendido, mas sim que este atendimento se dá de forma geral e não em programas próprios para esta população. Utilizando uma média de 15,86 atendimentos per capita, teríamos de 0,001% para 14,9% do total e se projetamos para 2060, os atendimentos seriam de 32,2% do total. Percebemos também, que somente 0,6% dos atendimentos destina-se a reabilitação, que representa 1,6% dos valores gastos. Para finalizar este cenário do atendimento à pessoa idosa no SUS, percebe-se que encontramos somente 46 centros de referência de atenção à saúde do idoso, o que representa 0,2% de todos os estabelecimentos de saúde no Brasil e estão presentes em 12 dos 26 estados, com uma concentração de 46% deles no Estado de São Paulo e que as unidades de reabilitação são somente 110, ou seja, 0,5% do total. Esses dados demonstram o descompasso existente entre o atendimento ambulatorial e de internação, a falta de equipamentos de saúde destinados à reabilitação e um atendimento não especializado aos idosos. Nesse sentido, devemos assumir uma abordagem transformadora na maneira como os sistemas de saúde e os serviços serão planejados para garantir cuidados de alta qualidade, integrados, acessíveis e focados nas necessidades e direitos das pessoas idosas, como atendimento integrado para idosos e pessoas com condições crônicas de saúde. É urgente pensar no papel da Universida-

Reflexão Pronila Krug Professora e escritora

O tempo de vida Não vi os anos de minha vida passarem, foi muito rápido. Cheguei aos setenta anos sem muito preparo mental para essa idade e naquele momento, eu estava em plena atividade. A pandemia me parou, tive todo tempo para refletir sobre minha estada aqui na Terra e foi quando me dei conta que eu fazia parte do grupo que tinha mais que setenta anos. Não me assustei com minha idade, comecei a resgatar alguns sonhos que me deixavam muito feliz em época de atividade e na minha mente surgiram vários que estavam escondidos e adormecidos. Surpreendida com uma luz que veio na mente e falou: “continue ativa do jeito como você sem-

de Pública na formação de recursos humanos especializados, ensino, pesquisa e assistência para um atendimento mais adequado à população idosa e a criação de centros especializados que consigam distribuir conhecimento e cuidado com esta população. Grupo de Trabalho do Centro de Longevidade da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) Paola Zucchi, Maykon Anderson Pires de Novais, Maria Aparecida Ferreira de Mello, Frederico Cohrs, Alessandra Paula Ferreira Moreira Neumann, Maria Cecília Martinelli, Luiz Ramos

pre gostou. Vá e aproveita o resto de tua vida, dê sempre o melhor de ti, fale com pessoas, seja sociável, dê sua participação nos grupos da comunidade, sorria, faça o bem. Mesmo depois que você tem cabelos brancos não há necessidade de parar, vá em busca dos teus sonhos, a mudança da cor do cabelo não significa parada final. Continue escrevendo o que você sempre gostou desde tua infância.” Escrevi três livros que já me deram muitas alegrias. Pode parecer brincadeira, mas a verdade é que quem chega à terceira idade pode se considerar um privilegiado, ele desfrutou de uma vida feliz, sorriu muito, era sociável e teve até alguns hobbies que fez com que ele envelhecesse mais tarde, nunca teve tempo de se lamentar. Com o tempo há restrições, algumas das nossas peças enferrujadas precisam frequentemente de lubrificação e isso começa a fazer parte dos que tem uma idade avançada. Sempre há um jeito enquanto há remédios e esperanças.


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Lidiane Andreza Klein

Psicóloga - CRP07/22872 Especilização em Neuropsicologia - UFRGS Mestre em Psicologia e Saúde - UFCSPA Doutoranda em Ciências da Reabilitação - UFCSPA

Neste mês, o nosso artigo será diferente. Resolvi contar para vocês um pouquinho sobre a minha experiência com grupos de idosos, na Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de Novo Hamburgo (ATAPNH), em clínica geriátrica e no meu consultório. Espero que com ele, outros profissionais possam ser motivados a seguirem o mesmo caminho, mas adianto que só boa vontade não é suficiente, tem que se ter domínio das demandas relacionadas ao processo de envelhecer, estarmos tecnicamente habilitados para tal. Incentivo com este artigo, também as associações e grupos de idosos a investirem nesta modalidade terapêutica. Acredito que quem nos lê mensalmente, saiba que sou uma psicóloga e neuropsicóloga com foco de trabalho voltado ao envelhecimento, é nele que debruço meus estudos, assim como minha prática clínica. Atendimento psicológico individual (Psicoterapia) é indicado, eficiente e válido para esta parcela da população, mas acredito muito no potencial dos grupos como mais uma ferramenta disponível. A Psicoterapia tem um custo que muitas vezes acaba sendo oneroso ao idoso, o grupo pode ser uma possibilidade mais acessível. Os grupos podem assumir diversas modalidades, de acordo com a necessidade de seus participantes. Tenho experiências muito positivas com oficinas de memória, oficinas de estimulação cognitiva e oficinas das emoções. Compartilharei com vocês a experiência que estamos tendo na ATAPNH, desde o final do ano passado, com a Oficina das emoções. Inicialmente, fui entendendo a demanda e ajustando a forma de conduzir o grupo, tendo atualmente optado pelo enfoque psicoeducativo, principalmente por ser um grupo aberto, e que conta com um expressivo número de participantes. A cada encontro o grupo escolhe um tema a ser trabalhado no seguinte. Já abordamos a temática da depressão, solidão e ansiedade. Utilizo-me sempre de um material de apoio, que são os meus próprios artigos sobre o assunto, pois acredito que além da discussão que gera no grupo, depois quando retornarem as suas casas, podem retomar com a leitura do texto. É sabido que com o envelhecimento fica mais complicado para algumas pessoas assimilar tantas informações num curto espaço de tempo, assim os participantes podem contar com recurso extra. Os retornos que eu e a instituição temos recebido, estão sendo muito positivos, o que me alegra muito e me faz cada vez mais apostar nesta modalidade terapêutica. A oficina de memória é um outro projeto que tenho muito apreço e que agrada muito aos participantes. A memória está diretamente relacionada a autonomia do idoso, então por que não buscar recursos para potencializá-la? A oficina segue o enfoque psicoeducativo, onde transmito, de forma Jornal Maior de 60 - CNPJ: 27.950.751/0001-25 - Inscrição Municipal: 9867 Rua Júlio de Castilhos, 600 - 93900-000 - Ivoti - RS - Fone: 51. 99400.9911 Diretora geral: Sandra Carvalho de Alcantara Comercial: Gilberto R. Winter - Fone: 51.98456.4614 Jornalista Responsável: Rafael Geyger - MTb/RS: 12397 saberviver3@gmail.com | www.maiorde60.com.br - facebook.com/maiorde60 Retire seu exemplar gratuitamente em Novo Hamburgo: Tabacaria do Junka Em São Leopoldo: Tabacaria Central Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores

SAÚDE

Grupos terapêuticos: uma possibilidade viável para idosos

descomplicada, conhecimentos referentes à memória, seu funcionamento, fatores intervenientes, normal e patológico no envelhecimento, além do ensino de estratégias de memorização e atenção. Oficina de estimulação cognitiva é outra modalidade terapêutica que realizo em uma clínica geriátrica. Nesta oficina estimulamos diretamente as funções cognitivas (memória, atenção, linguagem, percepção e funções executivas), através de atividades desenvolvidas especificamente para as condições do grupo. É sabido que muitos idosos acabam entrando em um ciclo de sedentarismo mental, não tendo motivação para manter o seu cérebro ativo, o que poderá acelerar o processo das perdas de funções cognitivas. Os grupos ainda têm o potencial de estimular a interação social e senso de pertencimento, fazendo com que os idosos tenham melhor entendimento sobre o processo de envelhecer, desenvolvam habilidades pessoais como autoestima, autoconhecimento, confiança e motivação.


imento, Para atend traga sua carteira de associado

palavra do presidente

atendimentos março/22 fisioterápico

Saúde: um assunto tão necessário! No dia 7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde. Ao lembrar esta importante data para a humanidade, fico satisfeito em fazer parte deste universo comemorativo, devido à nossa entidade dar uma pequena parcela aos nossos idosos, que tanto precisam de atenção na área da saúde. Dicas para quem precisa se manter ativo, praticar alguma atividade recreativa, fazer exercícios físicos, como dançar, fazer Yoga, pequenas caminhadas e fazer amizades. Na alimentação, ter uma refeição controlada, rica em proteínas, frutas e verduras. Dormir bem é outro controle que devemos ter para uma boa noite de sono e principalmente, ter cuidado com o que comer antes de dormir. Têm pessoas que só conseguem dormir através de medicamentos, mas eles só trazem atraso para a saúde. Participações:

Agende pelo fone 3066.4010

63 atendimentos

jurídico

Quarta-feira das 10h às 11h e das 13h30min às 15h30min

100 atendimentos

carteira de transporte De 2ª a 6ª das 8h às 11h e das 13h30 às 16h30

123 carteiras

médico Agende pelo fone 3066.4010

294 atendimentos

* 5 de Abril - Aniversário de Novo Hamburgo, tivemos torneio de câmbio promovido pela prefeitura, no ginásio da Fenac. * 12 de Abril - Participação da inauguração da sede social ATAPES de Sapiranga. A ATAPNH se fez presente neste evento. * 13 de Abril - Participamos da reunião executiva na FETAPERGS. * 27 de Abril - Pedido na Câmara para divulgar a ATAPNH - Associação dos Aposentados de NH - o quanto contribuímos para aliviar os atendimentos nos postos de saúde.

Convite: * 1° de Maio, Dia do trabalho - a ATAPNH irá participar, na Praça do Imigrante, de um movimento alusivo ao Dia do Trabalho, com diversas atrações e divulgação da nossa associação.

Participamos da Copa de Câmbio do Programa Melhor Idade (PMI) Novo Hamburgo

associado destaque Nome: Maria Ivone Alves Coelho

Idailton Alexandre Velho Presidente da ATAPNH 2º Vice-Presidente da FETAPERGS

Data e local de nascimento: Nasceu em 18 de maio de 1947, em Santana da Boa Vista. Família: Viúva de Adão T. Rosa. É mãe do Paulo e Carlos. Profissão: iniciou no Hospital Darcy Vargas, atual Hospital Geral, após, Cartonagem Júlio Diehl e se aposen-tou como calçadista, na Kalce Ind. Com. Calcados Ltda. É aposentada desde 2007. Associado desde: 2008 Passatempos: Seus passatempos são jardinagem, tricô, palavras-cruzadas e culinária.


lembranças

Entre o grupo de jogadores que foi a Tramandaí, em 1964: Odir, Alício Borges, Jorge Louzada Martins, Claucir (Caco), José Borges, Adão Melo (nosso sócio), Niu, Lamparina, Corrente, Negão Chita, Fumaça, Mandinho e Renato

Agende suas aulas de: GINÁSTICA com a professora Cris pelo fone 98427-1771 YOGA com o professor João pelo fone 99266-2803

quem lembra disto?

Anildo Pires da Silveira | Antonio Teixeira Novo Neto | Dirceu Basei Erenita Schneider | Geni de Oliveira Marcos | Inesia Dolty Kich de Carvalho Marcirio dos Santos Ribeiro | Maria Lucena Dieter Berwian | Nelson de Almeida Nossos sentimentos aos familiares e amigos!

Ginástica: 2ª feira: 8h e 9h 3ª feira: 14h30min 4ª feira: 9h 5ª feira: 8h e 14h30min Yoga: 3ª feira 8h e 9h15min 6ª feira: 8h e 9h15min Jogos de Câmbio: 4ª feira às 16h Local: CESAPA - Centro Social Assistencial São Paulo Informações: 3066.4010, com o sr. Idailton

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A contribuição mensal é de 1,5% do salário descontado em folha


O CÃO HUMANIZADO

Abril 2022 - Ano 6 - Nº 79 Circulação mensal

Fotos cedidas

ALEMÃO, com Débora

AMORA, com Elza

DUDA, com Geovana

FIFI, com Luisa

FRIDA, com Murilo, Tati, Khetrine e Adro

LEG, com Marcelo e Bruna

MEL, com Helena

PRETINHA, com Daniel

Castração é a melhor opção. Castre seu animal de estimação! 6

Bichos de Estimação | Abril de 2022

Se observarmos a história do cão, desde a domesticação do canídeo selvagem até os dias de hoje, é nítido que a relação homem-animal foi se estreitando cada vez mais. E esse relacionamento passou a ser tão forte e íntimo, que surgiu uma "nova espécie", o cão humanizado. É muito comum encontrarmos cães com esse padrão de comportamento. Criado pelo dono como um bebê e não como um animal, ele passa a ter reações humanas e se torna um ser totalmente dependente de seu "senhor". Um caso típico é aquele cãozinho macho extremamente mimado, que na presença de uma fêmea no cio não dá a mínima atenção a ela. Pelo contrário, foge e prefere se aninhar no colo de seu dono. A reação desse cão é natural, ele simplesmente não reconhece a cadela como um ser de sua espécie, afinal, ele não se considera um cão, não foi criado como tal. Embora a herança genética dos animais seja o fator mais importante para determinar o seu comportamento, observamos que, no caso de animais que recebem um exagerado tratamento "de gente" desde a fase de filhote, com pouco contato com outros de sua espécie, o ambiente passa a determinar seu modo de reagir. E esses cães sofrem com essa perda de identidade. Não se julgam cães para conviver com os de sua espécie, e não podem participar de todas as atividades da vida de seu dono, afinal, eles não são gente. Pela proximidade com o homem, muitas características do cão se perderam no tempo. Por exemplo, os cães sabiam caçar. Hoje, muitos deles não conseguiriam sobreviver se tivessem que depender de si próprios para conseguir seu alimento. Um cão que vive num sítio ou fazenda, próximo ao seu ambiente original, pode ser um ótimo caçador. Mas, à medida em que o cão se aproxima do homem e do meio urbano, mais humanizado ele vai se tornando e perdendo seus instintos naturais. Assim, devemos ter muito cuidado na maneira que criamos nossos cães. Se você enxerga seu amigão como um bebê indefeso, que necessita de mimos e um arsenal de assessórios, saiba que sua visão da espécie canina está equivocada. Você só fará com que seu animal se torne um ser dependente, inseguro e infeliz, coisa que os cães definitivamente não são. Cuidar bem sim, mas sem exageros.


GATINHOS, GATOS E GATÕES ADESTRAMENTO

Todos temos nossas necessidades básicas, e como as próprias palavras definem, elas não são opcionais. Caso estas necessidades não sejam atendidas, obviamente irão acarretar na lei do retorno e suas consequências. Assim como nós precisamos de água, comida, atividades físicas e mentais, sol, oxigênio e banho, gatos também precisam. Da mesma forma quando falamos de cães. O que tenho observado, nos tempos de hoje, com os felinos cada vez mais dentro da vida e da rotina das pessoas, e, por serem mais independentes que os cães, acabam que algumas das suas necessidades básicas, eventualmente, são deixadas de lado. Com esta ressalva, quero passar algumas dicas para melhorar a vida dos gatinhos, gatos e gatões, e, como consequência, do ambiente humano também. 1. Deixe comida à vontade nos comedouros. 2. Mantenha a caixa de areia (banheiro) do felino em um local arejado, que seja um local mais privativo e limpe diariamente. 3. Eles adoram locais altos, então providencie algumas prateleiras ou nichos com visão para as janelas, ou até mesmo na área externa se for uma casa ou sacada. 4. Não use o nome do gato para corrigi-lo. 5. Faça carinho quando solicitado, mesmo que por alguns segundos.

6. Arranhadores próximos à sua cama ou sofás, irão ajudar a evitar prejuízos. 7. Cordas de sisal penduradas nas maçanetas ajudam a ocupar o instinto de caça. 8. Caixas de papelão ajudam a ocupá-los na sua ausência mais prolongada. Bom, espero que estas dicas ajudem a manter a casa de vocês e a deles mais equilibrada e inteira. Casa gatificada, gato equilibrado. Até a próxima. Feliz Páscoa! Que Jesus te abençoe hoje e sempre!

Raphael Piccoli, há 24 anos adestrando com amor. Especialista em comportamento obediência. Facebook Raphael Piccoli Adestrador Instagram @adestradoraphaelpiccoli @petterapiacomajade

Abril de 2022 | Bichos de Estimação

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8 | ABRIL DE 2022 | MAIOR DE 60 A importância de cidades acessíveis para todas as idades O Instituto de Longevidade MAG lançou novo episódio da Websérie Longevidade. Com o objetivo de discutir sobre as cidades, Thais Castro, assistente social do SESC-RJ, abordou sobre os principais pilares para desenvolvermos lugares mais acessíveis para as pessoas. Segundo Thais, uma cidade que está preparada para a vida ativa dos idosos é capaz de atender a qualquer pessoa.

MÁTRIA PARQUE DAS FLORES EM SÃO FRANCISCO DE PAULA

R$ 245,00

EVENTO DIA DAS MÃESS - GRAMADO G O UFFET DDEE CCAFÉ AFÉ CCOLONIAL OLONIAL NOVA PETRÓPOLIS - BUFFET

R$ 169,90

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R$ 245,00

FAZENDA PARK HOTEL - SC

RR$$ 22.590,00 .5590,000

TERMAS ROMANAS

R$ 259,90 ,

( ) (51)3556-4344 6

plo transporte público acessível para todas as pessoas, a segurança do pedestre em relação aos semáforos e ter espaços de lazer que atendam todas as idades. “Se você não tem uma cidade preparada em todos os aspectos, seja ele de lazer, de saúde, de mobilidade, de planejamento urbano, você não tem uma cidade que atenda aquela população idosa. Então, você acaba segregando cada vez mais essa população dentro de suas residênEntretanto, de acordo com ela, os municípios brasileiros ainda não estão prontos para cias ou das instituições que elas moram”, opiestimular o envelhecimento mais ativo e saudável das pessoas. “Não conseguimos acompanhar a evolução da nossa pirâmide etária, a gente tem uma pirâmide etária que já se inverteu, cada vez mais a gente vê que temos muito mais avós do que netos em várias cidades do Brasil, e nós não conseguimos acompanhar. As cidades precisam se adaptar ao formato da sua população e isso não acontece”, comentou Castro. Além disso, a assistente social também en- na Thais. No episódio também foi falado sobre o Ínfatizou que a mobilidade é um dos principais desafios em centros urbanos; como por exem- dice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), estudo elaborado pelo Instituto de Longevidade MAG, que tem o objetivo de orientar as pessoas sobre a preparação das cidades para o envelhecimento da população. “Dados mais qualificados, como os dados do IDL, são superimportantes para que a gente possa pensar em soluções para longevidade”, finaliza. Saiba mais em: https: //institutodelongevidademag.org/


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