Jornal Maior de 60 Setembro 2021

Page 1

Setembro de 2021 Ano 13 - Nº 166

www.maiorde60.com.br

Vamos falar sobre o Alemão? A psicóloga Lidiane Klein nos lembra que setembro, mais precisamente no dia 21, é instituído o Dia Nacional da Conscientização da Doença de Alzheimer

Página 3

Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de Novo Hamburgo Página 4 e 5

Consumo de carne e risco de demência Os pesquisadores estavam explorando uma ligação potencial entre o consumo de carne e o desenvolvimento de demência, uma condição de saúde que afeta 5% - 8% das pessoas com mais de 60 anos, em todo o mundo. Seus resultados, intitulados Consumo de carne e risco de demência incidente: estudo de coorte de 493.888 participantes do UK Biobank, foram publicados no American Journal of Clinical Nutrition.

Cientistas do Grupo de Epidemiologia Nutricional, da Universidade de Leeds, usaram dados de 500.000 pessoas e descobriram que consumir uma porção de 25g de carne processada por dia, o equivalente a uma fatia de bacon, está associado a um risco 44% maior de desenvolver a doença. Mas, suas descobertas também mostram que comer carne vermelha não processada, como boi, porco ou vitela, pode ser protetor, já que as pessoas que consumiram 50g por dia tinham 19% menos chances de desenvolver demência.

"Em todo o mundo, a prevalência de demência está aumentando e a dieta, como um fator modificável, pode desempenhar um papel importante. Nossa pesquisa se soma ao crescente corpo de evidências que liga o consumo de carne processada ao aumento do risco de uma série de doenças não transmissíveis." Huifeng Zhang, pesquisador principal, estudante de doutorado, Escola de Ciência Alimentar e Nutrição da University of Leeds. Continua na página 2


2 | SETEMBRO DE 2021 | MAIOR DE 60

OPINIÃO

Continuação da capa

Consumo de carne e risco de demência

Drapalhá é pôn! Cumôia! Cúc mol. Chá ton aprindo as gancéla te dúto gue é adivitád gon máiz chênde. E é o gue o povo gué: fésda e maíz fésda. Acóra invendáron “zesdô!” Máiz ninquên cósta de drapalhá? Zó gueren ze tiverdí? Tevían benzá melhôa: zên brassêr no drapálho, a víta zê torna máiz vassía. Máiz vassía gue o deu ganecôn te chop. E dú vai zê infelis, e vai dê uma víta pên ruin. Máiz, guen zô eu brá di tá gonzêlho, non é? Aliás, a pôc dêmbo dáva jorãnto gue nôn botía drapalhá bor gáussa ta bantemia. Acóra pode e zó dá bêla zêsda fêra. Vai endentê êsdes malúc! Ussá másgara, chél e non aclomeríra veio brá ficá. Endôn não brezizáva tizê gue dál evênt vai zequí os brodocól esichído belas audoritáde. Bor ôdro lado, dên gue tissê, borgue muits ájan gue tebôis te vaciníra tôn imunissádo brá zêmbre. Nêt, net, é múida inchenuitáde e gômo eu tís, ísdo vai múido lonche, uma vêiz. Um rabás vai fassê uma cirurchía pên telicáda e o mético dranquílissa êl: du non brecíssa dê mêto, amicôn. Olha pên ésda minha párba prãnga, eu zô múido esberiênt nésda área, denha gonfiãns. Guãnto du voldá tá anesdezía, a chênde gonvérza. Umas túas ora tebôis êl ápre os ólho e vê a párba prãnga to mético e tís: tángachên totôa, o zenhor zalvô a minha víta! Máin Cott, rabás, eu zô Zôn Bêdro!

CLOSSÁRIO Aclomeríra - aglomerar

Esichído - exigido

Prãnga - branca

Adivitád - atividade

Fésda - festa

Rabás - rapaz

Bêla - pela

Gancéla - cancela

Tángachên - obrigado

Benzá - pensar

Ganecôn - canecão

Tiverdí - divertir

Botía - podia

Gonfiãns - confiança

Totôa - doutor

Brassêr - prazer

Gonvérza - conversa

Túas - duas

Brezizáva - precisava

Guãnto - quando

Ussá - usar

Brodocól - protocolo

Inchenuitáde -

Vaciníra - vacinar

Chél - gel

ingenuidade

Vassía - vazia

Cúc mol – veja só

Jorãnto - chorando

Víta - vida

Cumôia - bom dia

Máin Cott - Meu Deus

Voldá - voltar

Dêmbo - tempo

Melhôa - melhor

Zalvô - salvou

Drapalhá - trabalhar

Ora - hora

Zequí - seguir

Endentê - entender

Párba - barba

Zêsda fêra – sexta feira

Esberiênt - experiente

Pôn - bom

Zesdô - sextou

A pesquisa foi supervisionada pela professora Janet Cade e pela professora Laura Hardie, ambas do Leeds. A equipe estudou dados fornecidos pelo UK Biobank, um banco de dados contendo informações genéticas e de saúde detalhadas, de meio milhão de participantes do Reino Unido, com idades entre 40 e 69 anos, para investigar associações entre o consumo de diferentes tipos de carne e o risco de desenvolver demência. Os dados incluíram a frequência com que os participantes consumiram diferentes tipos de carne, com seis opções: de nunca a uma ou mais por dia, coletados em 20062010 pelo UK Biobank. O estudo não avaliou especificamente o impacto de uma dieta vegetariana ou vegana no risco de demência, mas incluiu dados de pessoas que disseram não comer carne vermelha. Entre os participantes, 2.896 casos de demência surgiram ao longo de uma média de oito anos de acompanhamento. Essas pessoas eram geralmente mais velhas, mais carentes economicamente, menos educadas, mais propensas a fumar, menos fisicamente ativas, mais propensas a ter histórico de AVC e demência familiar e mais probabilidade de serem portadoras de um gene altamente associado à demência. Mais homens do que mulheres foram diagnosticados com demência na população do estudo. Algumas pessoas tinham três a seis vezes mais probabilidade de desenvolver demência, devido a fatores genéticos bem estabelecidos, mas as descobertas sugerem que os riscos de comer carne processada eram os mesmos, independentemente de a pessoa ter predisposição genética para desenvolver a doença ou não. Aqueles que consumiram maiores quantidades de carne processada eram mais propensos a serem homens, menos educados, fumantes, com sobrepeso ou obesos, tinham menor ingestão de vegetais e frutas e maior ingestão de energia, proteína e gordura (incluindo gordura saturada). O consumo de carne foi anterior-

mente associado ao risco de demência, mas acredita-se que este seja o primeiro estudo em grande escala de participantes ao longo do tempo a examinar uma ligação entre tipos e quantidades específicas de carne e o risco de desenvolver a doença. Existem cerca de 50 milhões de casos de demência em todo o mundo, com cerca de 10 milhões de novos casos diagnosticados a cada ano. A doença de Alzheimer representa de 50% a 70% dos casos e a demência vascular cerca de 25%. Seu desenvolvimento e progressão estão associados a fatores genéticos e ambientais, incluindo dieta e estilo de vida. A sra. Zhang disse: "É necessária uma confirmação adicional, mas a direção do efeito está ligada às diretrizes atuais de alimentação saudável, sugerindo que o consumo mais baixo de carne vermelha não processada pode ser benéfico para a saúde." A professora Cade disse: "Qualquer coisa que possamos fazer, para explorar os fatores de risco potenciais para a demência, pode nos ajudar a reduzir as taxas dessa condição debilitante. Esta análise é um primeiro passo para entender se o que comemos pode influenciar esse risco." Fonte: University of Leeds Disponível em: https:// www.news-medical.net/ news/20210321/Consumption-of-processed-meat-associated-with-increased-risk-of-dementia.aspx


MAIOR DE 60 | SETEMBRO DE 2021 | 3

SAÚDE

Vamos falar sobre o Alemão? Lidiane Andreza Klein

Psicóloga - CRP07/22872 Especilização em Neuropsicologia - UFRGS Mestre em Psicologia e Saúde - UFCSPA Doutoranda em Ciências da Reabilitação - UFCSPA

Resolvi entrar na brincadeira, que ouço muitas vezes sobre uma analogia da Doença de Alzheimer, com a doença do alemão, muito embora seja um tema de muita seriedade. Muitas vezes ouvimos frases do tipo “o alemão tá pegando”, quando as pessoas estão querendo se referir a alguma dificuldade em sua memória. Essa relação se dá, pois foi um alemão, o Alois Alzheimer, foto ao lado, que em 1906 descreveu a doença pela primeira vez. Ele era psiquiatra e neuropatologista. No mês de setembro, mais precisamente dia 21, é instituído o Dia Nacional da Conscientização da Doença de Alzheimer, e não poderia deixar passar em branco a oportunidade de melhor informar sobre esta doença tão assustadora, e que a cada ano aumenta o número de diagnósticos. A Doença de Alzheimer é a mais frequente forma de demência entre idosos. É caracterizada por um progressivo e irreversível declínio das funções cognitivas: memória, atenção, orientação temporal e espacial, linguagem, planejamento, abstração, etc, assim como da capacidade de realizar tarefas cotidianas. Além do comprometimento das habilidades cognitivas e funcionais, podem ocorrer alterações do comportamento e sintomas psiquiátricos. Na maioria das pessoas os sintomas iniciam depois dos 60 anos. A proporção de pessoas com a doença dobra a cada 5 anos, a partir dos 65 anos de idade. Normalmente o diagnóstico é feito pelo menos um ano depois dos primeiros sintomas que costumam ser leves e confundidos como “normais” no envelhecimento. Não se sabe exatamente qual é a causa da Doença de Alzheimer. O que se sabe é que se desenvolve como resultado de uma série de eventos complexos que ocorrem no interior do cérebro. A idade é o maior fator de risco para a doença. Quanto mais idade, maior o risco. Existem dois tipos de Doença de Alzheimer: a familiar, que ocorre em adultos jovens e parece ter um caráter hereditário importante e a forma esporádica, na qual o fator hereditário não é óbvio. Aproximadamente apenas 5% da Doença de Alzheimer é familiar e 95% esporádica. Mais mulheres do que homens têm a Doença de Alzheimer. Porém, como a expectativa de vida das mulheres é pelo menos cinco anos superior à dos homens, não se sabe se o risco está no gênero ou no fato das mulheres viverem mais do que os homens. A idade (envelhecimento) é o fator de risco mais conhecido e importante para a forma esporádica da Doença de Alzheimer. Outros possíveis fatores de risco têm sido estudados, como: medicamentos diversos, trauma craniano, estilo de vida, estresse, sedentarismo, infecções, doenças imunológicas, altos níveis de colesterol, obesidade, diabetes, baixo nível de escolaridade, etc. Acredita-se que quanto mais estimulada intelectualmente a pessoa for, desde a infância, maior será a rede de conexões interneuronais promovendo um tipo de “poupança” que irá retardar, no futuro, o aparecimento da

sintomatologia (neuroplasticidade). Pesquisas sugerem que quanto maior o número de anos de educação formal que uma pessoa tem, menor é a chance dela desenvolver a doença quando for idoso. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores serão as chances de tratar os sintomas corretamente, retardando a evolução da doença. Não existe um marcador biológico que confirme a doença. O diagnóstico é clínico, e feito por exclusão de outras enfermidades que apresentam sintomatologia parecida. O tratamento farmacológico para o Alzheimer é feito para controlar os sintomas e retardar o agravamento da degeneração cerebral provocada pela doença e inclui o uso de remédios. Coadjuvante a eles, há a indicação da reabilitação neuropsicológica, onde o profissional trabalha no sentido de estimular as funções prejudicadas, podendo também auxiliar as famílias no manejo da doença. Se tiver dúvidas sobre a intervenção neuropsicológica, fico a disposição para conversarmos. Alguns sinais importantes que podem ajudar na identificação precoce da doença incluem: • Perda de memória, especialmente de acontecimentos mais recentes; • Dificuldade em executar tarefas do cotidiano, como usar o telefone ou cozinhar; • Desorientação, não identificando a data, a estação do ano, o local onde se encontra; • Problemas de discernimento, como dificuldade em se vestir de acordo com a estação do ano, por exemplo; • Problemas de linguagem, como esquecimento de palavras simples associado à dificuldade de compreensão da fala e da escrita; • Repetir conversas ou tarefas, devido ao esquecimento constante; • Trocar o lugar das coisas, como colocar o ferro de passar roupa na geladeira, por exemplo; • Alteração brusca do humor, sem razão aparente; • Alteração na personalidade de modo a se identificar na pessoa apatia, confusão, agressividade ou desconfiança; • Perda de iniciativa, com características de desinteresse pelas atividades habituais, apresentado apatia.


PALAVRA DO PRESIDENTE

LEMBRANÇAS

Vergonha!

Conjunto Musical Os Sheiks, da década de 60

Nossas autoridades mudaram o símbolo de uma pessoa com bengala e encurvada. Não vi em cidades vizinhas, as autoridades preocupadas com este símbolo, onde para muitas pessoas é indispensável uma

bengala para sua segurança. Aposto que quem teve esta infeliz ideia, não assistiu aos jogos paralímpicos, pois iria sentir vergonha do que fez, mudanDa esquerda para a direita: Ademir, Alfeu, Reni Antônio de Soudo a imagem da pessoa curvada. Temos muita pouca colaboração, e devido a isso, se percebe za (nosso associado destaque) e Tostão (Vicente Osvaldo Hoff) que os deficientes sofrem quando vão fazer suas compras. Nossas autoridades têm que se preocupar com as calçadas, Trio Vokação na década de 70w que já estão precárias e não se preocupar com um símbolo que não muda nada. Tenho conhecimento de pessoas que ficararm com sequelas por ter pisado em buracos existentes em calçadas. Isso é um desrespeito com os idosos e os deficientes. 0 Brasil continua sendo o país do futebol, agora é a vez dos nossos cegos serem imbatíveis nos jogos paraolímpicos. Cego lembra bengala, bastão, cão guia, outra pessoa como guia. Em uma corrida atlética, o Brasil tem ótimos cegos e cegas corredores. Idailton Alexandre Velho Presidente da Atapnh 2º Vice-Presidente da Fetapergs

ESTAMOS ENGAJADOS

Jorge Adriano da Silva, João e Rui Mathias (nosso Vice-Presidente)

Aldrovando Chagas Campelo | Arsenio Arno Hoffmeister | Carlos Eloi Padilha | Claudio Pedro Stefen | Darcelio Staub | Diamarante Chaves | Iracema Borges Grusche | Iracema Pires dos Santos | Irair Theresinha Winter | Jandir Vicente Teixeira | Loni de Lourdes da Rocha | Louceval Rodrigues da Silva | Luiz Dorival Machado | Luiza Goncalves de Mello | Madalena Almeida da Silva | Maria Nelsi Linke Arnold | Pedro Dorival da Silva Flores Nossos sentimentos aos familiares e amigos!


MAIOR DE 60 | SETEMBRO DE 2021 | 5 BENEFÍCIOS OFERECIDOS NA SEDE

ASSOCIADO EM DESTAQUE Reni Antônio de Sou-

za, o Reninho, nasceu no

Clínico Geral (com agendamento) Fisioterapia | Ginástica Ginástica: 2ª feira: 8h, 9h e 14h30min e 15h30min 3ª feira: 8h, 9h, 14h30min e 15h30min 4ª feira: 8h, 9h e 14h30min e 15h30min Yoga: 3ª feira 8h às 9h | 9h15min às 10h15min Início dia 14/09 Jogos de Câmbio: 4ª feira às 16h Local: CESAPA - Centro Social Assistencial São Paulo Informações: 3066.4010, com o sr. Idailton

Além de descontos oferecidos por nossos parceiros

bairro Guarani, em Novo Hamburgo, em 4 de dezembro de 1947. Casado com Geci Terezinha da Rosa, tem dois filhos, Janaína e César e três netos, Gregory, Vitória e Felipe. De profissão costureiro de calçados, mecânico de máquinas de costura, tem a música no sangue. É guitarrista, violonista e vocalista e na década de 60 fez parte do grupo Os Sheiks, passando pelo Guaíba Show e Pepe Show.

FIQUE LIGADO!

AULAS DE GINÁSTICA IN Í CIO NO D I A 2 D E AGO ST O

TURMAS

Segunda: 8h Terça: 14h30min Quarta: 9h Quinta: 8h | 14h30min REGRAS * Obrigatório: TODOS vacinados (apresentar o comprovante na Secretaria, junto com a identidade)

SETEMBRO/2021

3700

Associados

ASSEMBLEIAS De março a novembro Sempre na última quinta-feira do mês às 14h30min

ASSOCIE-SE: A CONTRIBUIÇÃO MENSAL É DE 1,5% DO SALÁRIO DESCONTADO EM FOLHA

* Obrigatório uso de máscara * Tragam cangas ou toalhas para não ter contato com o colchonete * Cada aluno deverá trazer sua garrafinha de água * 15 alunos por turma

COMO SERÃO FEITAS AS INSCRIÇÕES? Cada aluno deverá escolher um dia da semana para participar das aulas As aulas terão 45 min de duração Iremos abrir turmas conforme a necessidade

CONTATO

Mensagem para a professora Cris (98427.1771) comunicando o dia e o horário escolhido

ATAPNH Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de N.H.


ANIMAL SILVESTRE NÃO É PET

Setembro 2021 - Ano 5 - Nº 71 Circulação mensal Filhotes de papagaio-verdadeiro apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal. Foto: Divulgação

AMARELINHO, com Rosane Santos

BRUCE LEE, com Carlos Wolffe

FERNANDO, com Jonathan

FIONA, com Letícia e Cleiton

FLOKI, com Ernani e Raquel

KIARA, com Alander e Débora

LADY, com Carol

MANCHA, com Cristian e Licia

Castração é a melhor opção. Castre seu animal de estimação! 6

Bichos de Estimação | Setembro de 2021

Milhões de animais silvestres são criados em cativeiro ou roubados da natureza para servirem como bichos de estimação. Isso precisa mudar. Passarinhos, papagaios, araras, macacos, jabutis - essas são apenas algumas das espécies que sofrem como animais de estimação no Brasil. O desejo humano de ter esses animais em casa gera enormes problemas de bem-estar para eles e riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Nenhum animal silvestre tem suas necessidades inteiramente atendidas em um ambiente doméstico. É impossível reproduzir o espaço e a liberdade que ele teria na natureza. É simples: tirados da natureza ou nascidos em cativeiro, eles sofrem. Ao contrário dos cães e gatos, os animais silvestres não passaram por um processo de domesticação, o que pode levar milhares de anos. Mesmo aqueles que nasceram em cativeiro ainda mantêm as características de um animal selvagem, o que os torna inadequados para um ambiente doméstico. É comum que os animais silvestres criados como bichos de estimação tenham seu bem-estar comprometido, porque a maioria das pessoas não recebe orientações corretas sobre como cuidar deles e têm expectativas não realistas sobre seu comportamento. A alimentação e o manejo inadequados em cativeiro geram muitos problemas de saúde para esses animais. Até 80% das araras e dos papagaios, por exemplo, arrancam as próprias penas por sofrerem de estresse crônico. Hoje, 60% das espécies mais traficadas em São Paulo são as mesmas encontradas na criação legalizada. O comércio legalizado não combate o tráfico de animais silvestres no Brasil. Ao contrário: a criação e a venda legalizadas incentivam essa prática cruel porque aumentam a procura por essas espécies, colocando em risco as populações de animais que estão livres na natureza. Outro problema que envolve a criação legalizada de animais silvestres é o envolvimento direto desta prática com o tráfico de fauna. O relatório "Crueldade à venda" revelou que existem muitos casos de fraudes em que os criadores “esquentam” animais recebidos do tráfico para parecer que nasceram em cativeiro. Um exemplo são os papagaios que chegam aos Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS). Muitos deles são encaminhados para criadores legalizados, onde se tornam matrizes para a criação comerciais. Em São Paulo, cerca de 87% dos papagaios que chegaram aos criadores tinham origem ilegal. A compra de animais silvestres em criadores legalizados nem sempre é uma garantia que o animal tenha nascido em cativeiro. Legal ou ilegal, eles sofrem. Não compre. Adote um animal doméstico É fácil entender por que as pessoas compram animais silvestres: elas amam animais. Eles trazem alegria para nossas vidas e, por isso, nós os Jornal Maior de 60 - CNPJ: 27.950.751/0001-25 - Inscrição Municipal: 9867 Rua Júlio de Castilhos, 600 - 93900-000 - Ivoti - RS - Fone: 51. 99400.9911 Diretora geral: Sandra Carvalho de Alcantara - Comercial: Gilberto R. Winter - Fone: 51.98456.4614 Jornalista Responsável: Rafael Geyger - MTb/RS: 12397 saberviver3@gmail.com | www.maiorde60.com.br - facebook.com/maiorde60 Retire seu exemplar gratuitamente em Novo Hamburgo: Tabacaria do Junka Em São Leopoldo: Tabacaria Central Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores


O MEDO

ADESTRAMENTO

queremos por perto. Muitos donos de animais silvestres não conhecem o sofrimento diário que esses animais enfrentam. Eles pertencem à natureza. Nossas casas devem ser compartilhadas apenas com animais domésticos, que evoluíram por milhares de anos para serem nossos companheiros. Se você está pensando em ter um animal de estimação, não compre um animal silvestre. Adote um cão ou gato e salve um animal do abandono. Só no Brasil, são mais de 40 milhões de animais vivendo nas ruas. Torne-se um defensor da vida silvestre. Assine agora o compromisso #AnimalSilvestreNãoéPet Acesse: https://www. worldanimalprotection.org. br/silvestre-nao-e-pet

Estava eu aqui pensando sobre o que escrever e lembrei de um sentimento muito presente nos momentos atuais que estamos vivendo. Um sentimento de proteção, que pode trazer consequências muito positivas se controlado e percebido de forma consciente. O medo. Mas vamos lembrar seu significado, antes de mais nada, para lembrar como ele funciona nas nossas vidas. Significado de Medo Substantivo masculino: estado emocional provocado pela consciência que se tem diante do perigo; aquilo que provoca essa consciência. Sentimento de ansiedade sem razão fundamentada; receio: medo de ser mordido por um cão. Grande inquietação em relação a algo desagradável, a possibilidade de um insucesso etc.; temor: tinha medo de perder o emprego. Comportamento repleto de covardia: correu por medo de apanhar. Etimologia (origem da palavra medo): do latim, metus.us. Sinônimos de Medo Medo é sinônimo de: covardia, fraqueza, pavor, pusilanimidade, pânico, susto, temor, terror, fobia. Eis a melhor parte do medo: antônimos de Medo

Medo é o contrário de: bravura, coragem, calma, despreocupação. Lembre que o medo é um excelente alarme, um alerta. Um aviso para você prestar mais atenção e se concentrar ou se ligar em algo. Porém, se ele te dominar... aí sim ele pode virar um problemão. Não deixe ele te dominar. Seja forte. Lembre que até um cão pode te dominar e virar um problema. O medo pode te privar de se relacionar com outras pessoas. Ele pode te limitar como ser humano. Ele pode te deixar fraco ou dependente de alguém ou de algo. Ele pode até te deixar doente. Te liga. O medo pode ser bom se você controlar ele. Mas se acontecer o contrário, procure ajuda e boa sorte. Até a próxima Raphael Piccoli, Adestrador desde 1997, especialista em comportamento obediência. Minhas redes são Facebook Raphael Piccoli Adestrador Instagram @adestradoraphaelpiccoli @petterapiacomajade

Setembro de 2021 | Bichos de Estimação

7


8 | SETEMBRO DE 2021 | MAIOR DE 60

DENTÍSTICA

Especialidades Odontológicas

Dentística ou odontologia estética é o ramo da odontologia que atua na área da cosmética e restauração dental. Entre outros serviços, os profissionais desta especialidade tratam de clareamentos dos dentes, uso de resinas diretas, facetas, lentes de contato dental e restaurações estéticas. O seu principal foco é a estética, ainda que a restauração de dentes também seja uma medida importante para a saúde individual, já que a permanência de cáries pode causar problemas a vários níveis, além de criar problemas na mastigação dos alimentos. Pesquisa os vários tipos de preparações dentárias, a relação dos materiais restauradores com a estrutura dentária e o resto do organismo, técnicas restauradoras, etc. Tornando possível ao cirurgião-dentista restaurar de forma direta ou indireta a estética e a função dos dentes comprometidos. Por mais que muitos utilizem a dentística como sinônimo de odontologia estética, essa é apenas uma de suas atuações. Por isso, podemos pensar nesses especialistas quando passarmos por problemas como dentes danificados, manchados ou escurecidos, por exemplo. Ele certamente saberá indicar qual o melhor tratamento para cada caso.

Procedimentos em que a dentística atua: Restaurações

É um dos procedimentos mais comuns a serem feitos, principalmente quando o paciente passou por algum trauma causado por cárie ou fratura e que visa à reconstrução da estrutura dentária. Isso porque a falta de um tratamento adequado pode trazer graves consequências para o paciente, podendo levar inclusive à perda do dente. Dessa forma, a restauração consiste em remover a parte afetada do elemento e preencher a área com materiais específicos para impedir a entrada de bactérias e deterioração do local.

Facetas de porcelana

Elas têm o objetivo de melhorar a aparência dos seus dentes e corrigir defeitos congênitos de formação do dente - em alguns casos pode até mesmo resolver problemas de trincas, fraturas, e, claro, a coloração. As facetas são restaurações de cerâmica de mais ou menos 1 a 1,5 milímetros que são cimentadas sobre a superfície dentária e que precisam de maior desgaste para isso.

Lentes de contato

São estruturas muito finas, que recobrem o dente e tem por objetivo dar uma nova forma ao sorriso e deixá-lo mais harmonioso e branquinho, com o mínimo de desgaste da estrutura dental.

Clareamento Dentário

Sem dúvidas a cor do sorriso é um dos símbolos da beleza estética. É normal que os nossos dentes escureçam com o tempo, principalmente devido às alterações pigmentares causadas pelos próprios alimentos. Através do contato com agentes clareadores e com o auxílio de um especialista, é possível deixá-los mais branquinhos. Isso é possível porque são utilizados produtos à base de peróxido de hidrogênio que, quando em contato com a superfície dental, liberam radicais livres que atuam no clareamento do dente.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.