MAIOR DE 60 JUNHO 2017

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JUNHO de 2017 Ano 11 - Nº 116

GERAL

A importância da reciclagem Somos o quarto maior gerador de resíduos sólidos do mundo, mas estamos longe de nos destacarmos como os mais recicladores.

Página 6

INFORMATIVO

ATAPNH - Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de Novo Hamburgo A festa de 32 anos na Sociedade Ginástica Novo Hamburgo

Páginas 4 e 5

Um segundo idioma para manter a mente afiada

Os cientistas da Northwestern University de Chicago - EUA, dizem que o bilinguismo é uma forma de treinamento do cérebro - uma "ginástica" mental que apura a mente. Segundo eles, falar duas línguas afeta profundamente o cérebro e muda a forma como o sistema nervoso reage ao som. Em um grupo com pessoas bílingues e não bilingues, num contexto de conversa barulhenta, os bilíngues processaram muito melhor os sons. Eles foram mais capazes de sintonizar informações importantes - a voz do orador - e bloquear outros ruídos que distraem - as conversas de fundo. As diferenças de resposta dos dois grupos foram visíveis no cérebro. As reações do tronco cerebral dos

que falam duas línguas foram intensificadas. De acordo com a professora Nina Kraus, que coordenou a pesquisa, "a experiência do bilíngue é aprimorada, com resultados sólidos em um sistema auditivo que é altamente eficiente, flexível e focado no seu processamento automático de som, especialmente em condições complexas de escuta". A pesquisadora e co-autora do estudo Viorica Marian disse: "As pessoas fazem palavras cruzadas e outras atividades para manter suas mentes afiadas, mas nada supera aprender um segundo idioma". "Parece que os benefícios do bilinguismo são particularmente poderosos e amplos, e incluem a atenção, seleção e codificação de som", completou Músicos parecem ganhar um benefício semelhante quando ensaiando, dizem os pesquisadores. http://www.bbc.com


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OPINIÃO

Paulo André Fernandes Solano Advogado - OAB/RS 56.724

Crôs Fêst Na zemãna bazáta fui nún crôs fêst, lá na Chinásdic Nói Hampúrch. Éron os drínda e tôis ãno tá Azoziazôn tos Drapalhatôa Abozendáto e Benzioníst. Ésda é uma azoziazôn gue dá zérdo, ônte as gôissa funziôna em glíma te ga-maratách, uma vêiz. Brá du dê uma itéia, dên múits adendimênt lá e du nôn brecíssa brogurá as Úps gue dên nos páiro. Dên fissioderabía, tânza, ióc, chinásdic e um mondon te tesgôndo no gomérs. Aí du bergúnda: é gáro zê zóss? Nê, eu tígo, zó um bor zênt to deu penefís. É múido parát, nôn é? Êls dên guádro mil zós, máiz dên quarênda e guádro mil em Nói Hámpurch! Eu nôn endêndo borguê ésda chênde dôta nôn vai lá, afinal zôn menos te téz pila bôr mês brá dãnda vandách! Ách so, máiz eu dava falãnto to fêst... Máin Cott, dava pôn timáiz. Dínha vócht gon cúca te pôa gualitáde e dínha abrezendassôn te tãnza e mússic. Éron máiz te zeissênts bezôa naguêl lucár chíc, ze tiverdíndo e gonfradernis-sãndo gon os amíco. A pãnda tá Pricáda Milidár arepiô os bressênt, turãnde a essegussôn to hino prassilêro, o riocrantêns e tebôis uma pên alemôn: Paríl te Chop! Zê a brefêit Fádima dáva lá, eu ía dirá él brá tanzá ésda mússiga, máiz chá dínha ôdro gombromís! Foi uma dárde brá nôn esguezê. E bor fala níst, a chênde esbéra gue zê repita múits mais vêiz.

CLOSSÁRIO Abrezendassôn trabalhador - apresentação Drínda - trinta Adendimênt Êls - eles atendimento Endêndo - entendo Arepiô - arrepiou Éron - eram Benzioníst Esbéra - espera pensionista Ésda - esta Bergúnda - pergunta Esguezê - esquecer Bezôa - pessoas Essegussôn Bor - por execução Brecíssa - precisa Fêst - festa Brefêit - prefeita Gamaratách Bressênt - presentes camaradagem Brogurá - procurar Gáro - caro Chênde - gente Glíma - clima Chinásdic - ginástica Gôissa - coisa Chinásdica Gombromís ginástica compromisso Crôs - grande Gomérs - comércio Cumôia - bom dia Guádro - quatro Dãnda - tanta Ióc - yoga Dárde - tarde Lucár - lugar Dên - ten Máin cott Deu - teu Meu Deus Dínha - tinha Mondon - montão Dirá - tirar Múits - muitos Dôta - toda Mússic - música Drapalhatôa Naguêl - naquele

Nê - não Níst - nisto Nói hampúrch novo hamburgo Ônte - onde Páiro - bairro Pãnda - banda Parát - barato Paríl - barril Penefís - beneficio Quarênda - quarenta Riocrantêns ro-grandense Tânza - dança Tesgôndo - desconto Téz - dez Tígo - digo Timáiz - demais Turãnde - durante Úps - ubs Vandách - vantagem Vócht - linguiça Zeissênts seiscentas Zênt - cento Zérdo - certo Zós - sócio Zóss - sócio

O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), acredita que o projeto tem o apoio de mais de 280 deputados. O relator ainda fez questão de ressaltar que a crise política, agravada pela delação da JBS, que compromete o governo Temer, não alterou a maioria do governo no Congresso, porém, frisou que não há um prazo para a votação do texto que depende do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Além disso, o relator afirmou que a votação da reforma não pode ficar condicionada ao julgamento, que começou em 6 de junho, da chapa Dilma-Temer pelo TSE, mesmo que haja uma mudança na Presidência da República. “As instituições são maiores que qualquer homem. “ disse Maia. O deputado reforçou as afirmações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que não existe Plano B para a Reforma da Previdência, via uma medida provisória mais enxuta. “Uma MP não teria sentido. Seria um custo político alto para não se alcançar o objetivo principal”, avaliou. Na avaliação de Maia, um possível pedido de vistas de um ministro do TSE poderá abrir uma janela para que o presidente da Câmara coloque a PEC da Previdência em votação no Plenário. “Espero que o Rodrigo Maia aproveite essa oportunidade. O Parlamento não pode ficar de braços cruzados por tempo indeterminado, aguardando o desfecho do julgamento para andar com a reforma. É o fim do mundo. O Brasil não pode se submeter a isso”, disse. O parlamentar evitou comentar a recente liberação de R$ 3,1 bilhões do Orçamento para emendas que estavam contingenciados para que o governo consiga apoio para aprovar a reforma previdenciária. “Essas emendas são impositivas e elas acontecem no critério da lei”, disse. O governo federal joga pesado para a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista. Além do falacioso mantra ‘sem as reformas, o país quebra’, a equipe de Michel Temer pratica uma fala arquitetada e faz uso de ‘esforços fi-

Divulgação - Filme O Palhaço

Tristeza Junina

nanceiros’ polpudos num momento de crise financeira no Brasil. O mês que iniciou possui a tradição das festas juninas com dança, brincadeiras, guloseimas e fogueira que trazem uma cor especial aos 30 dias que marcam a metade do ano! E a situação atual do Executivo federal é uma paródia de mau gosto com a comemoração de junho: a ‘dança das cadeiras’ somente não ocorrerá se faltar seriedade no julgamento do TSE; as ‘brincadeiras’ de usar dinheiro público para comprar votos merecem a ‘cadeia’ dos festejos juninos; já as ‘guloseimas’ servidas aos parlamentares nos jantares em Brasília fazem muita falta na mesa dos mais de 14 milhões de desempregados; e a ‘fogueira’ está sendo feita nos direitos dos segurados e trabalhadores! A festa junina é um momento de comemoração e alegria, mas somente terá esse tom quando cessarem as constantes retiradas de direitos e os corruptos saírem do cenário do Poder! O TSE pode dar o primeiro passo!

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GERAL

Consignado: extinção da dívida em caso de falecimento O falecimento de uma pessoa da família não implica apenas na superação da dor da perda, mas também no enfrentamento de uma série de trâmites burocráticos. Porém, muitos consumidores ainda têm dúvida sobre como agir em relação à dívida contraída pelo parente: a família deve arcar com o pagamento? No caso da quitação das dívidas dos empréstimos consignados, o artigo 16 da Lei 1.046 de 1950 determina que os empréstimos consignados em folha de pagamento extinguem quando o consignante falece. O que muitas pessoas desconhecem e as instituições financeiras tiram proveito, continuando a efetuar o desconto na pensão recebida pela (o) esposa (o) do falecido (a). Portanto é necessário buscar ajuda de um profissional do Direito, para esclarecer corretamente todas as dúvidas. Porque esta cláusula muitas vezes não faz parte do contrato de empréstimo consignado, eis que o contrato de empréstimo é um contrato de adesão, onde o contratante não tem condições de discutir as cláusulas do contrato, porém a legislação vigente esta aí para resguardar o direito do parente do falecido, que contraiu empréstimo consignado, devendo cessar os descontos com o comunicado de falecimento. Se ainda restar alguma dúvida ou o consumidor for questionado, vale lembrar que o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) confirma que "os empréstimos consignados contraídos por beneficiários da Previdência Social se extinguem quando da morte do titular". De acordo com o órgão, a regra consta da Instrução Normativa 39/2009, a qual prevê que a consignação "não persistirá por sucessão, em relação aos respectivos pensionistas e dependentes". Vale lembrar que a família do mutuário de crédito consignado tem respaldo da lei para requerer ao banco a extinção da dívida em caso de falecimento. Caso a resposta da instituição financeira não seja satisfatória, a advogada orienta que seja procurada a Justiça. Está na hora de fazer valer os seus direitos, para tanto se oriente com profissionais de sua confiança. Leny Camargo Fisch - Advogada- OAB/RS 26.221 Mediadora de Conflitos

A música e seus efeitos no corpo e na mente

Nada no planeta "escapa" aos efeitos da música. Ela interfere em tudo que se refere aos seres vivos: na digestão, na produção de secreções, na circulação sanguínea, nas batidas cardíacas, na respiração, nutrição, nas inteligências. Isso acontece porque as ondas sonoras (vibrações) que chegam no tímpano do ouvido são transformadas em impulsos químicos e nervo-

sos, que registram em nossa mente as diferentes qualidades dos sons que estamos ouvindo. O que muitos não sabem é que “as raízes dos nervos auditivos – os nervos do ouvido – são distribuídos mais amplamente e têm conexões mais extensas do que os de qualquer outro nervo no corpo, isso porque devido a esta extensa rede, dificilmente existe uma função no corpo que possa não ser afetada pelas pulsações e combinações harmônicas de tons musicais”. Os sons são dinamogênicos, isto é, aumentam a energia muscular em função de sua intensidade e ritmo. Ou o inverso: a música pode paralisar. O uso errado da música encurta a vida e, corretamente usada, ajuda a preservá-la. As batidas cardíacas podem ser reguladas ou transtornadas pelos sons musicais. Para cada ambiente, há ritmos, sons e volumes apropriados. Porém, o volume acima de 70 decibéis, segundo órgãos internacionais de saú-

de, pode causar espasmos e lesões cerebrais irreversíveis. Mais de 90 decibéis, e o excesso sonoro e rítmico calcificam parcialmente o cérebro, bloqueando a memória. A epilepsia musicogênica resulta do excesso de ruídos musicais, incluindo convulsões. Hoje, muitos jovens têm problemas de audição comuns em idosos, o que explica o volume exagerado de músicas em festas e cultos. Isso leva a sons cada vez mais altos. Outros efeitos negativos são irritabilidade, memória confusa, baixa aprendizagem, baixa autoestima, insônia, cefaleia, vômitos, impotência, morte etc. É comum o mal-estar súbito em pessoas durante festas em que a música é uma arma. Por outro lado, a música sensibiliza, entusiasma, fortalece a memória, consola; tranquiliza, desperta a atenção e estimula a inteligência. Ivone Boechat




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GERAL Inclusão digital forma 120 alunos

Cler Oliveira / PMNH

O pessoal "jovem há muito tempo" fazendo arte

Jorge Baltar

NOVO HAMBURGO

Turma de Informática Básica

Adelia da Silva, Romilda de Mello e Aquisa Faré, da Diretoria de Turismo que auxilia os atores, com Lourival Pereira, José Godoy da Silveira, Artur Oliveira, Silvia Schramm e a arte-educadora Isabel Machado

Jorge Baltar

Desde abril, atores com idades entre 74 e 90 anos, reúnem-se no Receptivo Turístico de Novo Hamburgo, para ensaiar. Eles são o grupo de teatro Reino Encantado, que é formado por integrantes da Companhia de teatro Renascer, criada para atores da terceira idade que, desde 1993, se reúnem no Centro Social Urbano, no bairro Guarani e dois ícones do nosso teatro, Artur Oliveira, 74, o Arturzinho, e Lourival Pereira, 90, protagonistas da peça “O Quarto Sinal”, de grande sucesso nos palcos gaúchos. A ideia de formar o Reino Encantado veio de Artur e da aposentada Silvia Schramm, 75. “Queríamos movimentar esse grupo que estava um pouco enferrujado”, diz ele em meio a gargalhadas. “Tínhamos um texto da jornalista Sandra Alcantara, que ganhamos de presente há uns 15 anos, e finalmente conseguiremos encená-lo.” O espetáculo que serviu de pretexto para a reunião foi “O Sumiço do Papai Noel”, que será apresentado no final do ano. Mesmo com pouco tempo de fundação, a vasta experiência dos integrantes do Reino Encantado já garantiu uma agenda de apresentações do grupo para os próximos meses. Primeiro, dia 8 de julho, o grupo se apresentará durante o Festeja Hamburgo Velho. Depois em setembro, em data próxima às comemorações do Dia do Idoso. Além das apresentações independentes, os atores irão realizar intervenções artísticas durante alguns dos passeios pelos atrativos turísticos de Novo Hamburgo.

A Diretoria de Inclusão Digital da Prefeitura de Novo Hamburgo, entregou certificados a 120 alunos das turmas dos cursos de Smartphones e Tablets Android, Informática Básica e Informática Intermediária do Telecentro Albano Hartz. A entrega ocorreu no auditório principal da FTEC, na noite do dia 12. A diretoria tem como meta, formar mais turmas até o final deste ano. Os alunos, a maioria

Turma de informática intermediária

Jorge Baltar

da terceira idade e aposentados, buscam através destes cursos familiarizarem-se com estas ferramentas, pois entendem a importância do conhecimento e o acesso à tecnologia na facilitação das rotinas diárias, como operações bancárias via Internet, compras em lojas virtuais e supermercados que entregam em domicílio, alguns cursos on-line e serviços públicos variados.

Turma de tablets e smart

A palavra de ordem é RECICLAR Você sabia que produzimos uma quantidade enorme de lixo? Somos o quarto maior gerador de resíduos sólidos do mundo, atingindo em 2015, 79,9 milhões de toneladas de lixo urbano. É muito, não é mesmo? Isso sem contarmos objetos descartados diariamente. Meu nome é RECICLÁUDIO e a partir dessa edição estarei sempre aqui, lembrando a importância de separar seu lixo e explicar a melhor forma de fazê-lo. Mas, vamos direto ao assunto. Você sabe o que é reciclar? Reciclar é reaproveitar os materiais que descartamos, com isso há diminuição do lixo aterrado, economizando energia, maior preservação dos recursos naturais e principalmente a diminuição do impacto ambiental, deixando um mundo Impacto ambiental mais saudável para as é uma mudança no próximas gerações. meio ambiente cauConvido você a sada pela atividade me acompanhar nesdo ser humano. ta empreitada, é simOs impactos amples, para começar, bientais podem ser crie o hábito de, pelo dos tipos positivo menos, separar resíou negativo, senduos orgânicos dos do que o negativo secos. representa uma O LIXO SECO é composto pelos paquebra no equipéis, plásticos, melíbrio ecológico, tais, couros tratados, que provoca gratecidos, vidros, maves prejuízos no deiras, isopor, parafimeio ambiente. na, cerâmicas, porcelanas, espumas, cortiças e etc. O LIXO ORGÂNICO é composto por toda matéria orgânica descartada, como os restos de alimentos, borra de café, folhas e cascas de vegetais, pelos de animais, cabelo humano, papel, madeira, tecidos, etc. Ah! Mais uns toques: tenha dois recipientes separados e identificados para resíduos orgânicos e resíduos secos Tire o excesso de sujeira dos seus materiais para não comprometer o potencial de reciclagem, mas evite utilizar muita água para isso. Para evitar acidentes, pressione as tampas das latas para dentro, embale e identifique vidros e outros materiais cortantes em papel jornal. Não amasse os papeis, pique-os, assim ocupam menos espaço. Por enquanto é isso. Você vai ver como é legal cuidar desta grande casa que é o nosso planeta e seus moradores. Mês que vem tem mais, me aguardem!


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