REZADORES DE JUAZEIRO DO NORTE MANTÊM VIVA TRADIÇÃO DA ÉPOCA DO PADRE CÍCERO
FÓSSEIS DO CARIRI CONHEÇA OS GEOSSÍTIOS DA
REGIÃO, RICOS EM ESPÉCIES DE ANIMAIS E PLANTAS
DESIGN EM COURO QUANDO O DESAFIO É EMPREENDER, VALDIRENE NASCIMENTO DÁ UM SHOW. A EMPRESÁRIA DA K&K COUROS QUEBRA PARADIGMAS E LEVA A MARCA PARA VÁRIAS CIDADES DO NORDESTE
9 772178 578001
GRAÇAS E CURAS ALCANÇADAS
ISSN 2178-5783
Nº 9 - 2016 - R$ 12,90
EXPEDIENTE
Fundado em 7 de janeiro de 1928 por Demócrito Rocha Presidente e Editora: Luciana Dummar Vice–Presidente: João Dummar Neto Diretor Institucional: Plínio Bortolotti Diretor-Geral de Operações: André Azevedo Diretor-Geral de Mercado Corporativo: Édson Barbosa Diretora Administrativa: Cecília Eurides Diretora de Marketing: Valéria Xavier Diretor de Mercado Leitor: Victor Chidid Diretora de Estratégia Digital: Arenusa Goulart Diretor-Geral de Jornalismo: Arlen Medina Néri Diretora-Executiva da Redação: Ana Naddaf Diretor-Adjunto da Redação: Erick Guimarães
CARIRI DINÂMICO
O
Cariri não para. Mesmo em meio à insegurança política e econômica no País, a região segue com novos projetos em diversas áreas, como indústria, varejo e educação. Nossa capa, inclusive, é um exemplo de superação, Valdirene Nascimento, proprietária da K&K Couros, com 30 anos de mercado. Nos últimos meses, a empresária deu um baile em como lidar com o mercado em tempos de vacas magras. Fez promoções e abriu até a fábrica para vender a preço de custo. O que ela não perdeu foram oportunidades. As marcas Supermercados Nogueira e mais Sabão Juá também falam dos ganhos atingidos com o investimento em governança corporativa. As duas empresas seguem buscando profissionalização para crescerem. Neste segundo semestre, a Universidade Federal do Cariri (UFCA) também inova com a abertura de duas pós-
-graduações lato-sensu: Inovação Social em Economia Solidária e Permacultura. Em questões mais culturais da região, trazemos a história de dois rezadores que vivem para receber as pessoas que buscam graças e curas a partir de orações cheias de fé. Contamos ainda sobre a trajetória da empresária Marieta Cabral, que deixou para a família e para a sociedade de Juazeiro do Norte um exemplo de mulher à frente do seu tempo. Para fechar com destaque, apresentamos o jovem Jonas Esticado, com milhares de seguidores nas mídias sociais, demonstrando ser uma grande promessa de sucesso no ambiente musical. Boa leitura!
NÚCLEO DE CONTEÚDO & NEGÓCIOS Diretora-Responsável: Ana Naddaf Editoras-Executivas: Adailma Mendes e Andrea Araujo REVISTA O POVO CARIRI Edição: Adailma Mendes Textos: Daniel Costa, Gabriela Custódio, Gabriela Meneses, Janaína Flor, Larissa Viegas, Lua Santos e Sabryna Esmeraldo Projeto Gráfico e Edição de Arte: Andrea Araujo Design: Alice Muratore, Carlos Weiber, Raphael Góes e Ramon Cavalcante Foto de Capa: Nívia Uchôa Tratamento de Imagem de Capa: Ethi Arcanjo Manipulação e Tratamento de Imagem: Gabriel Almeida Criação Publicitária: Gabriel Almeida, Jesus Freitas e Renan Cândido EQUIPE COMERCIAL Diretor-Geral de Mercado Corporativo: Edson Barbosa Gerente Comercial: Aline Viana Aires Representante no Cariri: Cássia Rocha REVISTA O POVO CARIRI é uma publicação do Grupo de Comunicação O POVO Av. Aguanambi, 282 CEP: 60055-402. Fortaleza/CE PABX: +55 85 3255 6000 www.opovo.com.br
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Adailma Mendes
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ENTREVISTA Conheça a história de Valdirene Nascimento. A empresária fez a marca K&K Couros ganhar força e conquistar o mercado nordestino
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ECONOMIA As empresas Grendene e Inbop, do setor calçadista, revelam seus diferenciais
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TRADIÇÃO E AFETO Rezadores de Juazeiro do Norte contam como usam orações para alcançar graças
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CIÊNCIA Dez geossítios e um museu reúnem milhares de fósseis de animais e plantas no Cariri
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MÚSICA Veja como Jonas Mikael Costa Xavier virou Jonas Esticado. O cantor é fenômeno nas mídias sociais
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TURISMO Dicas de atrações para curtir com a criançada. Parques, clubes e locais para a prática de esportes
Laboratório, os alunos ficaram responsáveis pela estruturação e a programação do robô. Desenvolvendo trabalhos com robótica desde 2015, o Laboratório, no início, contava com cerca de 20 estudantes. Atualmente, são 48 alunos do Ensino Fundamental I ao Ensino Médio, e o Laboratório utiliza as tecnologias lego e arduino e materiais de sucata eletrônica. “Os meninos estão muito focados em trazer o título. A expectativa é trabalhar para estar entre os primeiros colocados do mundial”, explica Cândido, que também atua como professor na Faculdade Paraíso. O colégio já participa da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) desde o ano passado. Atualmente, os alunos são campeões estaduais e vão representar o Ceará na etapa nacional da OBR em outubro.
ARQUIVO PESSOAL
No dia 1º de outubro deste ano, a equipe do Laboratório de Robótica do Colégio Paraíso, de Juazeiro do Norte, conquistou o 1º lugar na World Robot Olympiad (WRO) Brazil 2016, realizada em Itajubá, MG. Os alunos Iesley Santos e Mateus Simião conquistaram o título na categoria Senior. Além da premiação, a equipe foi credenciada para a final mundial, que acontecerá em Nova Deli, na Índia, do dia 25 a 27 de novembro. Para a competição nacional, a equipe desenvolveu um robô a partir da tecnologia lego mindstorm modelo ev3. Em um caminho pré-estabelecido, o robô tinha o objetivo de resgatar resíduos. Com a orientação de Rubenho Cunha, professor do Laboratório de Robótica do Colégio Paraíso, e Raniere Cândido, coordenador do
Caririenses conquistam 1° lugar em competição nacional de robótica O POVO CARIRI
EVILÁSIO BEZERRA
CARIRIENSES DISPUTAM COMPETIÇÃO DE ROBÓTICA NA ÍNDIA
O cineasta Rosemberg Cariry é um dos idealizadores da Escola de Saberes e Artes Tradicionais e Contemporâneas
PARA PRESERVAR COSTUMES ANCESTRAIS A cultura tradicional do Cariri ganhará espaço para ser celebrada e preservada. Em dezembro, no período do Natal, Barbalha receberá a Escola de Saberes e Artes Tradicionais e Contemporâneas do Cariri. O projeto foi idealizado por profissionais das áreas artístico-cultural e acadêmica - como o cineasta Rosemberg Cariry - e recebe apoio da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE), da Universidade Federal do Cariri (UFCA) e da Universidade Regional do Cariri (Urca). Para Juraci Maia Cavalcante, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará, que também está envolvida com o projeto, a iniciativa tem importância pela valorização das tradições culturais da região “por meio de projetos de intercâmbio cultural, educação patrimonial e de interação entre gerações, bem como de investigações e releituras do seu significado simbólico e histórico”. Com cursos, oficinas e festivais, a Escola de Saberes terá como sede o Palácio 3 de Outubro e contará também com centro de memória audiovisual e biblioteca dedicada à cultura nordestina.
RAFAEL RENZO
CAPACITAÇÃO PARA INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA Com a intenção de melhorar o orçamento de famílias com parentes que enfrentam tratamentos oncológicos, o Instituto de Apoio à Criança com Câncer (IACC) de Barbalha oferece cursos de capacitação para as mães de crianças assistidas pela instituição. Atualmente, estão em andamento os cursos: Fazendo a vida, Fazendo unhas, para formar manicures, e Projeto Mães Artesãs. Os objetos artesanais produzidos pelas mães são vendidos nas lojas física e virtual da instituição e a renda é repassada para elas. Ao final das primeiras aulas, as mães recebem capacitação em gestão e administração, com aulas ministradas por alunos do curso de Administração da Universidade Federal do Cariri (UFCA). ”A principal importância é proporcionar a independência financeira dessas mães e aumentar a autoestima delas”, reforça Danilo Campos, voluntário do IACC, que participou da elaboração das ações.
CARIRI PARA O BRASIL Dentre as obras expostas, estavam ainda cadeiras, selas, gibões, bolsas e sandálias em couro colorido produzidos por Espedito Seleiro. No evento, o artesão participou do lançamento do livro Meu coração coroado - Mestre Espedito Seleiro, escrito e organizado por Eduardo Motta, sobre a vida e o trabalho do mestre da cultura popular. Para Ana Virgínia, a exposição foi uma oportunidade de apresentar a região, além de emocionar e encantar o público. “Ratificamos que aqui se faz arte e design de qualidade, capazes de dividir a cena com qualquer outro local do mundo.”
A CHEGADA DA BOATE VILLA MIX Até janeiro de 2017, a primeira filial nordestina da badalada Villa Mix chegará a Juazeiro do Norte. A boate deve inovar e movimentar a noite caririense com grandes nomes da música sertaneja, como a dupla Jorge e Mateus. O empreendimento é uma parceria entre a AudioMix, empresa goiana de gerenciamento artístico da música sertaneja, e a Yury do Paredão Entretenimento. A casa terá capacidade para 1.200 pessoas e estará localizada na Avenida Leão Sampaio, 48, no bairro Lagoa Seca, próximo à sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB). O POVO CARIRI
DIVULGAÇÃO
O Cariri teve sua cultura representada durante a exposição 3xDesign, na Casa Cor Arte e Design, que aconteceu entre 9 e 14 de agosto em São Paulo. O Pavilhão Cariri contemplou as tipologias de mais destaque da região. Ana Virgínia Furlani, curadora da mostra, destacou as xilogravuras do mestre José Lourenço, as esculturas em madeira representadas pela Associação Mestre Noza e o barro trabalhado em máscaras pela família Cândido. A religiosidade também se fez presente. “Não poderia faltar a figura onipresente de Padre Cícero e toda a religiosidade do povo caririense”, afirma a curadora.
O POVO CARIRI FOTOS NÍVIA UCHÔA
SHUTTERSTOCKHAVESEEN
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ENTREVISTA 15
TALENTO, ESTILO E
QUA LIDADE OS MÚLTIPLOS TALENTOS DE VALDIRENE NASCIMENTO, OU VALLVIERA, COMO É CONHECIDA NA ÁREA DO DESIGN, POSSIBILITARAM A CRIAÇÃO E O SUCESSO DA K&K COUROS, EMPRESA CARIRIENSE QUE HÁ 30 ANOS ATUA NA FABRICAÇÃO E VENDA DE ARTIGOS DE COURO LEGÍTIMO
O POVO CARIRI
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Gabriela Meneses gabrielaopcariri@gmail.com
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aria Valdirene Silva do Nascimento, ou Vallviera, como é conhecida na área do design, é incansável. Com múltiplos talentos, a cearense, nascida em Araripe, começou a trabalhar aos 11 anos de idade, formou-se em Pedagogia, atuou em escolas, até que migrou para o Design e para a Administração. Hoje administra uma das maiores empresas de fabricação de acessórios de couro legítimo do Cariri, a K&K Couros. Estuda, viaja, desenha e pesquisa. É mãe, é avó, é esposa, é amiga, é líder, é mulher. Forte e cheia de habilidades. Mesmo na correria de tocar uma empresa com 30 anos no mercado e já consolidada no Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas, Vallviera não deixa de estar atenta a cada detalhe e não perde de vista o estilo e a qualidade dos produtos, seja na hora de desenhar as peças ou de administrar a empresa, que iniciou junto com o marido, Francisco Aparecido do Nascimento. São peças femininas e masculinas – bolsas, malas, carteiras, entre outras – que seguem um rigoroso padrão de qualidade, desde a escolha do couro e de outros materiais até a chegada do produto final ao cliente. E, com todo o entusiasmo e dedicação que ela tem para tocar os negócios, Vallviera recebeu a equipe da revista O POVO Cariri para bater um papo sobre a trajetória dela, que se confunde com a própria K&K, que recebe este nome em homenagem ao primeiro filho, Kelvyn Kleber. Valdirene contou sobre o início da empresa, as dificuldades enfrentadas, o desafio de conciliar os negócios e a maternidade e os projetos futuros. Quando decidiu sair da Pedagogia e ir para o ramo dos negócios e do Design? Eu sempre adorei artes. E sempre tive essa facilidade de gerir, de liderar. Foi por opção que fiz Pedagogia e também por necessidade. Eu já trabalhava com escola desde os 11 anos, como auxiliar. Aos dez anos, nosso pai nos deixou. Minha mãe é uma guerreira, uma pessoa maravilhosa,
O POVO CARIRI
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também sou formada em Design de Moda pela Enmoda em São Paulo.
QUANDO FUI PARA A FACULDADE, EM 1980, ERA A DÉCADA DO HIPPIE. OS BORNAIS, AS RASTEIRINHAS, OS CHINELINHOS DE COURO ESTAVAM MUITO EM ALTA. COM ISSO, COMEÇAMOS A FABRICAR
lutou muito. Passamos muita fome, mas nunca deixamos de estudar. Sempre estudamos. Aos 18, prestei vestibular e passei em Pedagogia. Na época da faculdade, meu namorado, porque eu não era casada ainda, o Aparecido, já produzia artigos de couro. Eu entrei nesse segmento mais por ter relação com a vida dele. Ele é sapateiro nato, é um artista, um modelista, sempre atuou muito bem. Quando fui para a faculdade, em 1980, era a década do hippie. Os bornais, as rasteirinhas, os chinelinhos de couro estavam muito em alta. Com isso, começamos a fabricar. Minhas amigas de faculdade pediam o desenho, eu desenhava, ele modelava e eu vendia. Foi aí que começou a pronta entrega da K&K e o trabalho com 100% couro. Podemos dizer então que esse foi o início da K&K. E o seu despertar como designer, quando ocorreu? Na escola, com educação, eu sempre trabalhei um pouco com design. As alegorias de 7 de Setembro sempre ficavam comigo. E eu também dava aula de artes nas escolas. Já fiz cursos de artes plásticas e
Voltando à história da empresa, como se chegou à K&K? Depois que eu e meu esposo casamos, montamos a primeira fábrica na nossa cozinha. Era só uma máquina de costura e uma mesa em que ele trabalhava. Ele começou a viajar para feirinhas de Fortaleza para vender. Ele trabalhava sozinho. Produzia numa semana e viajava na outra. E eu continuava na educação, porque precisava desse salário. Em 1991, alugamos o primeiro ponto, na avenida Ailton Gomes, e finalmente oficializamos a empresa como K&K Couros. Veio o nascimento do primeiro filho. O nome dele é Kelvyn Kleber. Pegamos as iniciais K e K, que vem do nome dele. Nessa época, eu ainda não tinha deixado a escola. Depois de três anos, larguei a educação, com o nascimento da minha segunda filha. Também fui cuidar um pouco da fábrica, da parte burocrática, porque já exigia nota fiscal. Meu esposo não tinha tempo. Nós estávamos entrando no Nordeste, saindo do Ceará e ingressando em Pernambuco. Com foi a sua evolução dentro da K&K? Iniciei na parte do escritório. Fazia o controle de notas fiscais e a saída e entrada de pedidos. Só que tem algo que nasceu comigo: com tudo que eu começava a fazer não me conformava em trabalhar de uma forma centralizadora, dentro de um conhecimento só. Então comecei a participar do processo. Passei para a linha de produção. Gerenciar matéria-prima. Eu já fiz a parte administrativa, o financeiro, o comercial. Eu já passei por todos os setores dentro da fábrica. Hoje, o design é completamente meu. Neste exato momento estou atuando também na engenharia de produção, porque a engenheira adoeceu e se afastou. Com meus meninos já crescidos também dei continuidade aos estudos. Fiz Gestão Comercial pela Leão Sampaio. Quando terminei, entrei logo em Design de Moda. E iniciei dois MBAs pela São Camilo. Falta só concluir o TCC [Trabalho de Conclusão de Curso] na área de Administração - Liderança e Finanças. Não paro e vou continuar estudando. O POVO CARIRI
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Como aliar todas essas atividades? Eu sempre aliei. Sou muito determinada. Sempre tive o hábito de trabalhar muito. Sempre tive esse desejo de crescimento. Pela vida que meu pai deixou e eu quis transformar em algo positivo na minha vida. Aliás, eu não quis, eu transformei. Enquanto a gente estruturava a fábrica, durante 15 anos, eu cuidei muito bem dos meus filhos. Eu queria muito dar para eles o que não tive. Minha mãe trabalhava muito para nos dar comida. Ela foi uma pessoa maravilhosa, uma super mãe. Tanto que hoje nós cuidamos dela. Ela tem algumas doenças em consequência de todo o sofrimento que ela passou. Eu queria dar aos meus filhos todo o amor. Eu os eduquei. Nunca coloquei uma pessoa para orientar os meus filhos. Era sempre eu que os orientava. Eu me dividia muito, não dormia. Eu precisava de tempo e o único tempo que eu tinha a mais era não dormir. Passei muito tempo que eu e meu esposo só dormíamos umas duas horas por dia. Também pelo hábito dele de trabalhar até 3 horas, 4 horas da manhã para fazer a produção e viajar, porque senão não dava para nos sustentar. Como está a expansão das lojas? A nossa primeira loja, a loja piloto, foi em 2012. Entramos no Cariri Garden Shopping. As lojas fizeram sucesso. Veio então a iniciativa de colocar a de Brejo Santo também a pedido dos clientes. De loja de rua, é a que mais dá lucro. Abrimos em Iguatu e em Fortaleza. Hoje temos cinco lojas, todas próprias, e uma franquia no shopping de Salgueiro em Pernambuco. O POVO CARIRI
Qual é a média de fabricação de produtos por mês? Quantos empregos gera? Nós produzimos 15 mil acessórios/mês. E bolsas são 3 mil/mês. Ou seja, são 18 mil peças ao todo. Direta e indiretamente, temos gerado uma média de 300 empregos, incluindo fábrica e lojas. Qual é o público-alvo da K&K e com que tipos de couros e linhas a empresa tem atuado no mercado? A K&K hoje ganhou status. Nós temos todos os públicos, até porque hoje o que move o consumidor não é a sua condição social, mas o desejo que ele
tem pelo produto e pelo que ele quer usar. Temos público D que usa K&K. As pessoas têm acesso a todo tipo de informação hoje em dia. Quando entra na loja já sabe o que quer comprar, já sabe a cor que quer usar. Trabalhamos somente com couro legítimo. O couro vem todo do Sul. Só um percentual de 15% vem de Petrolina [PE]. O mais interessante é justamente as peles exóticas. A cada lançamento, eu tenho um material diferenciado: pele de peixe, de rã, de coelho, de canela de avestruz. Temos um mix de produtos selecionados. Peças únicas.
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Qual a grande aposta quanto à linha de produtos para o próximo ano e por quê? Vamos entrar na [coleção] primavera/ verão 2017. A grande aposta são os patches, estilo originário da década de 1980. É muito lindo. É aquela coisa bem despojada e muito chique, dependendo do tipo de roupa que você vai usar. Essa é uma grande aposta. A franja também não sai. Uma grande característica é que nossa franja é com pele de cabra, que nenhuma outra marca trabalha. Por isso aquele caimento e aquele material tão delicioso como se fosse aveludado. Não trabalho com camurça, só com pele de cabra para dar aquele caimento e também para que eu possa dar o diferencial do macramê. Como vocês estão fazendo para lidar com o cenário de crise? A gente tinha uma parceria com a Couro Fino, uma rede de lojas que chegou a quase 30 lojas. Eles chegaram a fechar mais de dez lojas. E isso nos afetou muito no final de 2014 para 2015, porque vendíamos produtos para eles. Veio então a ideia de trabalhar a K&K por meio de eventos sazonais. O primeiro evento foi o Black Friday. Foi o maior sucesso. Eu fiz na fábrica. Cerca de dez mil pessoas passaram pela fábrica. Iniciamos às 7 horas da manhã e encerramos à 1 hora da manhã do outro dia. O segundo foi presentear todos os clientes no Natal com preços de fábrica. Alugamos uma loja extra no shopping e foram dez dias de filas para entrar e comprar na K&K. Decidimos deixar em algumas datas sazonais: Dia dos Pais, Dia das Mães. Justamente para que não tivéssemos que reduzir o quadro de funcionários. Nos reinventamos. Foi fantástico. Outro ponto foi fortalecer o nosso atacado. Fazemos o showroom do atacado. Resgatamos todos os nossos clientes que estávamos perdendo e estamos fortalecidos em Natal, Recife e Maceió. Fazemos o showroom a cada 45 dias. O POVO CARIRI
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22 GOVERNANÇA CORPORATIVA
SOBERANIA EMPRESARIAL
OS NOVOS RUMOS DA GESTÃO EMPRESARIAL ABREM CAMINHO PARA A GOVERNANÇA CORPORATIVA, ESTRATÉGIA QUE ENVOLVE GESTORES E STAKEHOLDERS EM PROL DO CRESCIMENTO DA EMPRESA
O POVO CARIRI
ETHI ARCANJO
GOVERNANÇA CORPORATIVA 23
Lua Santos lucianasantos@opovo.com
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envolvimento de gestores e sócios com a padronização das diretrizes de comando empresarial tem crescido nos últimos anos. Imaculada Gordiano, sócia fundadora da Imaculado Gordiano Sociedade de Advogados, explica: “A governança corporativa é o controle por meio dos sócios e/ou gestores com o estabelecimento de um procedimento de gestão de documentos, políticas que envolvem responsabilidades dos respectivos colaboradores, bem como a apresentação da importância de tais procedimentos dentro do dia a dia dos negócios”. Segundo ela, que já prestou serviços a cerca de 80 empresas localizadas no Nordeste brasileiro, com parte desses voltados para a correta implantação de governança corporativa, investir em melhores diretrizes auxilia na perenização da empresa. “Uma vez que políticas e procedimentos são esta-
NÍVIA UCHÔA
Imaculada Gordiano, sócia fundadora da Imaculado Gordiano Sociedade de Advogados
belecidos de forma clara, levam à excelência empresarial, com a vantagem de diminuir os riscos jurídicos a que o empresário estará sempre submetido.” A FORÇA DO PEQUENO Pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBCG) a definição de governança corporativa é de um conjunto de práticas e relacionamentos entre acionistas ou cotistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal, cuja finalidade é otimizar o desempenho da empresa e facilitar o acesso ao capital. O conceito, aplicado a grandes corporações de capital aberto, pode facilmente ser replicado também a micro e pequenos empreendedores. Assim foi com os Supermercados Nogueira, em Juazeiro do Norte, liderado por Cícero Pereira Nogueira. Ao ver que sua empresa estava prosperando, ele notou a necessidade de implementar novos processos, políticas e normas que passaram a regular
Cícero Nogueira viu na governança corporativa uma forma de solidificar sua empresa O POVO CARIRI
a forma que ele dirigia a companhia. “O objetivo foi ter uma gestão mais eficiente. Hoje, os Supermercados Nogueira passaram a ter uma gestão mais transparente. Estamos padronizando procedimentos, aplicamos o 5S [metodologia de controle de qualidade] para melhoria da qualidade interna de trabalho. Apesar de sermos uma empresa familiar, com o foco na profissionalização, buscamos profissionais que possam agregar valor nos demais níveis de cargos”, explica o empresário. EQUIPE ENGAJADA, EMPRESA SÓLIDA O dono do Sabão Juá, Assis Mangueira, também notou a importância da governança corporativa para sua empresa. “Nós estamos implantando desde o início do ano. De dezembro para janeiro, vamos ser auditados para o recebimento dos Certificados ISO 9000 e 14000. Estes certificados são um coroamento, uma conclusão de que estamos com os procedimentos corretos, um sistema gerencial totalmente acompanhado, desenvolvido, maduro”, adianta o empresário. Mangueira reconhece que, para o sucesso da gestão e da governança acontecerem, é preciso também que os profissionais participem do processo. “Tem que ter o engajamento de toda a equipe. A equipe é fundamental nesse processo. As normas estão aí, mas se não tiver uma equipe sintonizada, motivada, sensibilizada a desempenhar a tarefa, não adianta. Aqui, graças a Deus, estamos conseguindo. Melhorou a eficiência, reduzindo custos a partir dos resultados.” E Cícero Pereira, executivo do Supermercados Nogueira, complementa: “Temos hoje procedimentos mais alinhados, funcionários mais orientados com a nossa missão e nossos valores. Ainda temos um longo caminho a seguir, mas estamos certos de que a profissionalização e os controles são o caminho para uma gestão eficiente e para uma empresa mais sólida e duradoura”.
O POVO CARIRI
MATEUS MONTEIRO
24 GOVERNANÇA CORPORATIVA
Assis Mangueira, do Sabão Juá: investimento em certificações e em engajamento da equipe
É PRECISO DESENVOLVER NOS EMPREENDEDORES E GESTORES A CONSCIÊNCIA DE QUE A EMPRESA É UMA PESSOA JURÍDICA E QUE NÃO SE CONFUNDE COM AS PESSOAS FÍSICAS, QUE SÃO SEUS SÓCIOS OS FRUTOS DO TRABALHO Apesar do pouco tempo de investimento, Assis Mangueira já nota os resultados que a governança trouxe para sua empresa. “Hoje, estamos tendo um crescimento razoável no mercado, porque estamos competitivos, graças à implantação desse sistema de gerenciamento. Acompanhamos desperdícios, perdas, eficiência produtiva dos equipamentos, tempo de máquina parada, um acompanhamento gerencial que serve para a tomada de decisões, com dados na mão, para você se planejar melhor, montar suas estratégias de forma eficaz.” A advogada Imaculada Gordiano dá
a dica para quem quer começar a desenvolver a governança corporativa de seu empreendimento. “[É preciso] desenvolver nos empreendedores e gestores a consciência de que a empresa é uma pessoa jurídica e que não se confunde com as pessoas físicas, que são seus sócios. Portanto, a empresa precisa ter vida própria com políticas administrativas, financeiras, contratuais, trabalhistas, tributárias, ambientais, sociais e demais áreas devidamente estabelecidas e aplicadas e, depois de mantido esse nível de consciência, uma boa consultoria de profissionais especializados para implementação.”
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA 6 Transparência 6 Equidade 6 Prestação de contas (accountability) 6 Responsabilidade corporativa FONTE: INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (IBCG)
26 ECONOMIA
OS AVANÇOS DO POLO CALÇADISTA NO CARIRI AS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS ESTÃO ENTRE OS DESTAQUES NA ECONOMIA DO CARIRI. AS EMPRESAS DO SEGMENTO APOSTAM NO CRESCIMENTO CONSTANTE DA REGIÃO
O POVO CARIRI
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ECONOMIA 27
Gabriela Meneses gabrielaopcariri@gmail.com
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o Cariri, a industrialização na área de calçados ou de artefatos de couro iniciou nas fábricas de "fundos de quintal", com a tradição dos sapateiros. No entanto, ganhou força e hoje é um dos polos mais consolidados na região. De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Calçados e Vestuários de Juazeiro do Norte e Região (Sindindústria), cerca de 230 empresas, localizadas principalmente em Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, atuam na fabricação de produtos feitos com injetados em PVC, borracha EVA e couro. Para a gestora do Setor de Calçados, Helena Oliveira, analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae-CE) – Regional Cariri, o avanço no setor se deve, inicialmente, à tradição do ofício de sapateiros, comum especialmente em Juazeiro do Norte. Além disso, as políticas de investimento na industrialização, por parte dos governos estaduais, também proporcionaram a implantação e ampliação das empresas de fabricação de calçados. Entre as primeiras na região, destaca-se a Indústria de Borracha e Polímeros (Inbop), em Juazeiro do Norte, que atua na fabricação de sandálias porosas, as chamadas sandálias cariris, estilo chinelos. A empresa nasceu em 1963. "Somos os primeiros na produção de sandálias na região. A partir de então, se deu início ao polo calçadista no Cariri", relatou o gestor comercial da Inbop, Wagner Macedo Pinheiro. Atualmente, a empresa tem suporte para produzir 120 mil pares/mês. Para Wagner Pinheiro, toda a ampliação e inovação da produção deve-se à vinda de técnicos específicos para atuar no desenvolvimento de novas tecnologias. "Fomos os primeiros a trazer os chineses para adaptação de grandes máquinas. Dessa forma, surgiram as grandes produções", explicou. A Grendene, empresa gaúcha de Farroupilha (RS), também chegou ao Cariri atraída pela tradição do polo calçadista. Atua na fabricação de matéria-prima (EVA) e de calçados, especialmente chinelos e sandálias masculinas. De acordo O POVO CARIRI
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28 ECONOMIA
Luciano Mantovani, gerente de divisão de produção da unidade Crato da Grendene
produtivas – Crato, Fortaleza e Sobral – atuam na exportação. Conforme Mantovani, em 2015, a empresa foi pelo 14º ano consecutivo líder na exportação de calçados do País, responsável por 37% dos pares exportados. “Somos uma empresa global, presente em mais de 100 países, em todos os continentes. Participamos ativamente dos mercados internos e externos no segmento de moda. Também lançamos moda e temos produtos que são referência no Brasil nesse sentido”. Todo esse sucesso nas exportações reverbera na economia local. "O setor calçadista é um grande impulsionador da economia local, com geração de empregos e renda. Atualmente, vários elos da cadeia produtiva [desse setor] já estão instalados na região, como curtumes e indústrias de componentes", ressaltou Helena Oliveira, do Sebrae.
com o gerente de divisão de produção da unidade Crato, Luciano Mantovani, a região foi escolhida por apresentar grande potencial para as indústrias, com infraestrutura em desenvolvimento e economia crescente. “A região já abrigava um polo calçadista, com disponibilidade de pessoas qualificadas e com experiência no segmento. Hoje, comprovamos que a decisão de vir para cá foi acertada, pois o Cariri apresenta níveis de crescimento superiores à média do País, destacando-se no cenário regional”, disse. PRODUÇÃO INTERNACIONAL A força do setor calçadista no Cariri chegou em várias partes do mundo. A Inbop, além de atuar significativamente no mercado nacional, exporta para mais de 20 lugares, incluindo países da Europa, América Latina, Oriente Médio, Oceania, além dos Estados Unidos. Atualmente, de acordo com Wagner Pinheiro, 35% da produção anual é destinada ao mercado internacional. Na Grendene, todas as unidades O POVO CARIRI
Produção de sandálias na Inbop
AVANÇOS Para prosseguir com os avanços, mesmo diante de um mercado mais competitivo, Wagner Pinheiro, explicou
30 ECONOMIA
A NOSSA INTENÇÃO É DERRUBAR AINDA MAIS BARREIRAS PARA O MERCADO EXTERNO E CHEGAR EM 2020 COMO UMA DAS MAIORES EXPORTADORAS DE SANDÁLIAS DO BRASIL
que a Inbop tem desenvolvido técnicas para melhorar a qualidade dos produtos, além de trabalhar com tecnologia mais limpa, que protege o meio ambiente e contribui na redução dos custos. "A nossa intenção é derrubar ainda mais barreiras para o mercado externo e chegar em 2020 como uma das maiores exportadoras de sandálias do Brasil.” A manutenção sustentável do negócio também está entre as metas da Grendene para os próximos anos. Para avançar na produtividade, a empresa pretende construir também, gradativamente, vantagens competitivas que possibilitem a conquista de novos mercados. “Queremos também ampliar o market share naqueles onde estamos presentes”, citou Mantovani. O Sebrae orienta as empresas a seguir a cadeia de valor do segmento, considerando o novo conceito da cadeia de moda. Esse conceito integra não somente a fabricação de calçados, mas também de acessórios e componentes, confecção e joias, além de buscar um elo com outras cadeias, como a do turismo. “As exigências do mercado consumidor, a busca por novas experiências de consumo, a necessidade de entendimento das mudanças econômicas, do mercado, do varejo exigem um realinhamento nas estratégias das empresas, com grandes desafios para sua sustentabilidade no mercado, a exemplo de apresentação de novos designs, modelagem das peças, fortalecimento da marca das empresas e qualificação de mão de obra”, disse Helena Oliveira. Para isso, o Sebrae tem realizado consultorias de inovação, capacitações e eventos que buscam apoiar o empresariado para esse novo cenário. O POVO CARIRI
Participantes de programa de capacitação apoiado pela Grendene
DO SUL PARA O NORDESTE A Grendene, há 20 anos, chegou na região do Cariri, após a implantação das unidades de Fortaleza e Sobral. A empresa, atualmente, produz somente na unidade do Crato, 30 mil pares por dia. Além disso, emprega diretamente 2.300 pessoas, contribuindo para o desenvolvimento da economia local. Essa oportunidade de emprego e renda tem sido uma das contribuições da Grendene para o polo calçadista do Cariri. O gerente de divisão de produção da unidade Crato, Luciano Mantovani, também destaca a oferta de cursos di-
recionados para o segmento, por meio de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e Serviço Social da Indústria (Senai/Sesi). “Através dessa parceria e também de iniciativas próprias de capacitação, desenvolvemos os nossos funcionários para a Grendene e também para o mercado”, afirmou. Outra contribuição da empresa para o desenvolvimento da região é a maior atratividade de fornecedores de insumos e de matérias-primas. “A Grendene aqui possibilita a presença de fornecedores, que atendem à empresa e às demais da região.”
ICONOGRAFIA DO CARIRI DESTAQUE NA SPFW O Sebrae/CE, Regional Cariri, em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) está à frente de um projeto de criação da iconografia local. O objetivo é editar 1.500 exemplares da Pesquisa Iconográfica da Região do Cariri, que será lançada em janeiro de 2017, em São Paulo, no evento Inspira Mais, e distribuídos em todos os Fóruns de Inspirações da Assintecal. O projeto conta também com desfile no São Paulo Fashion Week, em março de 2017, de peças criadas por meio de consultoria de 12 empresas do Cariri,
realizada pela estilista Isabela Capeto e pelo design Marnei Carminati. A iniciativa propõe a decodificação dos ícones e elementos encontrados na região; e será desenvolvido em duas fases: realização de pesquisa iconográfica e edição de catálogo com a identidade do Cariri. As empresas participantes são do ramo de calçados, acessórios, confecção e joias folheadas. “Esse projeto proporcionará às micro e pequenas empresas do Cariri uma rica experiência no desenvolvimento de coleções, originalidade dos produtos e projeção nacional”, disse Helena Oliveira.
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NOVAS CARIRI ESPECIALIZAÇÕES PARA O
COM ALUNOS DE DIVERSOS ESTADOS DO BRASIL, NOVAS ESPECIALIZAÇÕES DA UFCA SE PROPÕEM A DISCUTIR PERMACULTURA E INOVAÇÃO SOCIAL EM ECONOMIA SOLIDÁRIA
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Sabryna Esmeraldo sabryna@opovo.com.br
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o início deste segundo semestre, a Universidade Federal do Cariri (UFCA) passou a incluir entre os cursos oferecidos duas novas pós-graduações lato-sensu. No dia 9 de julho, teve início a primeira disciplina do curso de especialização em Inovação Social em Economia Solidária. Em agosto, a partir de 19, foi a vez de começar a especialização em Permacultura. De acordo com Fanka Santos, professora e coordenadora da especialização em Permacultura e gerente da divisão Matrizes e Expressões Culturais do Cariri da Pró-Reitoria de Cultura da UFCA, a criação do curso tem como contexto a avaliação de diversas agendas de sustentabilidade, que demonstram que no século XXI não é mais possível termos o comportamento cultural do século XX. “O curso de Permacultura nos impõe ver a cultura sob outro prisma, desde a forma que comemos, hoje com muito agrotóxico, à maneira como ainda desperdiçamos água e às questões de energia renovável. São muitos parâmetros a serem debatidos e modificados nesse novo milênio”, destaca a coordenadora. Já a especialização em Inovação Social em Economia Solidária tem, entre seus objetivos, construir habilidades e competências para que o pós-graduando compreenda as práticas da Economia Solidária e possa ser um agente de mudança social. "Esperamos que o curso de especialização ajude a desenvolver a pós-graduação na área na UFCA, eventualmente com a criação de um mestrado no futuro", afirma Eduardo Vivian da Cunha, docente da especialização. ESPECIALIZAÇÃO EM PERMACULTURA Em formato modular, com 360 horas, duração de um ano e meio, o curso de es-
pecialização em Permacultura irá realizar atividades teóricas e práticas uma vez por mês. Na primeira turma, a UFCA já conta com estudantes de estados como Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Pernambuco e, claro, Ceará. No dia anterior ao início das aulas, o reitor pro tempore da UFCA, Ricardo Ness, os pró-reitores de Cultura, Eduardo Vivian, e de Extensão, Claudia Marco, e a coordenadora da especialização em Permacultura, Fanka Santos, reuniram-se, ainda, para discutir a criação do primeiro Núcleo de Permacultura do Ceará a partir do novo curso. “O núcleo ainda é só um projeto de extensão, funcionando como embrião convergente de ações como oficinas, palestras, parcerias, lançamentos de livros etc. No atual momento, esta-
mos, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado, com planos de uma bioconstrução no Sitio Fundão, no Crato”, antecipa Fanka. O Núcleo já realiza ações como oficinas, palestras, visitas técnicas a lugares que trabalham com permacultura e mapeamento dos espaços permaculturais. Além disso, o projeto participa da construção coletiva de uma rede caririense de sítios criativos e colaborativos, a Taipa (Território de Articulação Integrada em Permacultura e Artes). “Outra perspectiva é a criação de uma graduação em Permacultura. Já existe um projeto pré-aprovado”, antecipa a professora. O curso tem entre seus objetivos levar a prática para dentro das comunidades, como meio de promover relações sustentáveis com o meio ambiente. “É necessário que a permacultura se introduza nas cidades para gerar novos produtos, processos. O problema ambiental está se agravando e não afeta somente o campo. O planejamento estratégico da água, por exemplo, será de fundamental importância para as gerações futuras. A permacultura não atua somente na agricultura, mas em todos os campos da vida”, esclarece Fanka Santos. Quanto à realidade do cenário no Cariri, a coordenadora destaca que a região, cercada pela floresta nacional do Araripe, que precisa ser preservada, vive um crescimento econômico muito grande e insustentável, com desmatamentos provocados por construções e pastos. “A permacultura vem para problematizar as questões ambientais, para modificar por dentro a cultura atual, a maneira como estamos vivendo desperdiçando e destruindo nossos biomas.” PÓS-GRADUAÇÃO EM INOVAÇÃO SOCIAL EM ECONOMIA SOLIDÁRIA Sob a coordenação do professor Jeová Torres, a pós-graduação em Inovação Social em Economia Solidária também
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segue o formato modular, com 400 horas no total e disciplinas nos finais de semana. No mapeamento do Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (Sies) 2013, o Cariri foi apontado como uma das regiões do Estado com maior quantidade de empreendimentos solidários. O curso nasce em parceria com diversas dessas ações, que já eram apoiadas pela universidade há algum tempo. “Além disso, uma condição para todos os estudantes do curso é realizar um projeto de intervenção, para se vincular também a eles, assim como desenvolver outros projetos, conforme sua área de atuação”, afirma Eduardo Vivian da Cunha, docente da especialização. Entre os projetos apoiados pela universidade, desde antes da criação do curso e ainda em execução, o professor cita: Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares e Solidários (Iteps), que funciona desde 2009 apoiando diversos grupos produtivos de economia solidária; Rede de Feiras Agroecológicas do Cariri, que apoia a realização de feiras mensais de agricultores em diversas localidades do Cariri; projeto Cariri Criativo, também centrado em uma feira de empreendedores criativos, que acontece mensalmente na Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA) do Crato; rede de catadores de materiais recicláveis da Região do Cariri; articulação do Fórum Caririense de Economia Solidária (Focaes); fomento ao Banco Comunitário das Timbaúbas; e Programa Institucional de Extensão em Trabalho, Renda e Economia Solidária. De acordo com Cunha, os chamados setores das economias populares, segmentos que vivem mais à margem da sociedade, estão entre os que mais podem se beneficiar com essas ações. Entretanto, a economia solidária significa uma nova proposta de se fazer a economia, baseada em princípios como cooperação e solidariedade, logo, pode e deve afetar setores diversos. “Em termos de ações, hoje, ajudaria muito se tivéssemos políticas públicas mais orientadas para o setor, inclusive com crédito para estimular a produção, a comercialização e a assistência técnica, bem como os mais diversos tipos de trocas dentro da economia solidária”, afirma. O POVO CARIRI
SAIBA MAIS PERMACULTURA Sistema de planejamento para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza, a permacultura – termo que teve origem na expressão em inglês “Permanent Agriculture” pode ser inserida em qualquer contexto, não apenas no meio rural. Entre as atividades exercidas por um permacultor, podem estar: recuperação de espaços em degradação; construção de casas ecológicas e sistemas hídricos de captação de água da chuva para banheiros, pias; uso de energias renováveis; governança comunitária; agroflorestas; entre outros. ECONOMIA SOLIDÁRIA Apresentando resultados positivos na dimensão social e político-institucional ao oportunizar a inclusão social de grande parcela empobrecida da população brasileira, a economia solidária garante que pessoas tradicionalmente marginalizadas pela lógica de regulação de trocas econômicas em um viés mercantilizado possam conhecer e se envolver em novas formas de acesso ao emprego, trabalho e renda. Formas essas fundadas em transações redistributivas, reciprocitárias e de domesticidade, perspectivas de regulação econômicas não mercantis e não monetárias. Fonte: UFCA
SERVIÇO ESPECIALIZAÇÃO EM PERMACULTURA Contato: (88) 3572 7200 / (88) 3572 7201 permacultura.ufca.edu.br ESPECIALIZAÇÃO EM INOVAÇÃO SOCIAL EM ECONOMIA SOLIDÁRIA Contato: (88) 3221 9200 (telefone geral UFCA)
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PODER DA FÉ POPULAR
REZADORES DA TERRA DO PADRE CÍCERO ALCANÇAM GRAÇAS E CURAS POR MEIO DE ORAÇÕES. QUANTO AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS, COSTUMAM USAR RAMOS DE PLANTAS, TOALHAS E VELAS
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Enôi Vieira Lima da Silva, 64, sempre devota do Padre Cícero
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Gabriela Meneses gabrielaopcariri@gmail.com
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altar, com quadros de santos e imagens, dá as boas-vindas a quem adentra a casa de um rezador. O cenário se completa com as velas, os terços, os raminhos de plantas ou toalhas, objetos que se tornam sagrados por auxiliarem nas orações. Em Juazeiro do Norte, no bairro Horto, onde está localizada a estátua do Padre Cícero, os rezadores fazem parte do cotidiano de fé do local. Seguindo os ensinamento do Padre Cícero, eles alcançam graças e curas, por meio das orações. Na casa de dona Enôi Vieira Lima da Silva, 64, não existe só o altar como se pode ver da pequena sala de entrada o Padre Cícero imponente. E a alagoana, de Santana do Ipanema, vibra com a presença lá no alto, diz que nunca está sozinha. “Desde pequena, eu sempre tive vontade de conhecer o Padre Cícero”, salta, animada, ao contar que fugiu para casar só porque vinha embora para Juazeiro do Norte, ficar mais perto do “Padim”. A tradição de rezadeira passou de mãe para filha. Desde pequena, conta Enôi, a mãe sempre colocava todos os filhos para aprender as principais orações católicas – Pai Nosso, Ave Maria, Salve Rainha, Creio em Deus Pai. Descobriu-se com poder especial no dia em que foi trabalhar na roça com os irmãos e precisou aliviar dores. Uma de suas irmãs estava com dor de cabeça e no abdômen. Enôi se dispôs logo a rezar na cabeça dela. “Botei a mão na cabeça dela e comecei a rezar. Olhei pros meus outros irmãos e pedi que me acompanhassem”, relembra. Depois de fazer todas as orações, a dor passou. Desde então, ela começou a atuar para “melhorar a saúde das pessoas”. Além disso, aprendeu outras habilidades e virou parteira. “Nesse bairro aqui tem menino já rapaz que eu ajudei a vir ao mundo”. Entre os problemas que dona Enôi ajuda a curar estão espinhela caída ou peito aberto, mau-olhado e vento caído. E ela explica cada um. A espinhela pode ser causada por peso que a pessoa pega. Causa dores nas costas, no estômago, nas pernas e cansaço. O POVO CARIRI
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Manoel Joaquim de Oliveira, 81, rezador desde criança
Já o vento caído e o mau-olhado podem atingir crianças bem pequenas. O vento caído é quando os pais brincam de jogar a criança para cima e lançam acima de suas cabeças, causando problemas de saúde no pequeno. Já o mau-olhado pode provocar disenteria e vômitos. “Pode levar para o hospital tomar soro, se consultar, mas médico não dá jeito”, garante dona Enôi. Quanto aos instrumentos utilizados, ela costuma usar toalha, raminho de mato e velas acessas. Não cobra pelos serviços. Pede para levarem o que ela merece, se o problema for resolvido. “Ninguém cobra para rezar, não. Quando o Padre Cícero andava a rezar no povo, ele não cobrava. E a gente tem que aprender com ele”, diz. Próximo a dona Enôi, mora o rezador O POVO CARIRI
Manoel Joaquim de Oliveira, 81, devoto de Padre Cícero, Mãe das Dores e Divino Espírito Santo. É aos três que ele recorre ao precisar resolver os diversos problemas que aparecem. Ele cita alguns casos, como problemas entre marido e mulher, doenças, mas diz não poder contar a ninguém. “Cada problema e doença tem uma reza e uma cura diferente. Mas Deus sempre abençoou para que tudo desse certo”, conta. O pernambucano, que também morou na Bahia, se reconhece rezador desde criança, quando despertou para o dom. Desde então, não parou. “Estou querendo me aposentar, mas o pessoal não deixa de chegar”, brinca. Para as orações, Manoel usa um terço que “existe há mais de 40 anos e nunca quebrou”. Segundo ele, o terço ajuda, mas o poder vem mesmo de Deus. “O
poder vem das mãos do nosso Senhor. Quando eu abro o pensamento para curar com fé em Deus, tudo alcanço”, conta. Ele recebe pessoas de diferentes estados, em busca de graça e cura, mas também não cobra. “As pessoas me dão o que quiserem, eu não cobro para rezar. Eu recebo o que quiserem me dar.” Manoel não se vê mais especial do que as demais pessoas, por causa do dom que possui. “Se eu consigo alguma coisa é porque estou ao lado de Nosso Senhor. Sou uma pessoa igual aos outros”, confirma. Ele diz que, além das rezas, também orienta aqueles que vêm em busca de resolver os problemas. “Eu digo para quem chega aqui: ‘Cada um de vocês presta atenção ao que veio pedir. Se apeguem com esse Deus e tudo vão conseguir’”, orienta.
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CARIRI EMPRESARIAL MESMO EM MEIO À CRISE, O CARIRI SEGUE COM BOAS OPORTUNIDADES COMERCIAIS, COM UM SETOR EMPRESARIAL FORTE E QUE BUSCA CRESCER
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esmo inserido em um período de crise econômica que afeta todo o Brasil, o Cariri parece ter diversos fatores a favor do crescimento empresarial da região. Entre os principais, destaca-se a carência que ainda existe por muitos produtos e serviços, muitas vezes, presentes apenas nas capitais, o que proporciona muitas oportunidades para empreender. Nesse contexto, estratégias como contar com uma consultoria empresarial é outra atitude que faz diferença para aqueles que desejam manter a competitividade. CARIRI EM CRESCIMENTO De acordo com Marília Falcioni, O POVO CARIRI
doutora em administração de empresas coach com quatro certificações internacionais e diretora da Falcioni Consultoria, em termos de oportunidades empresariais, o Cariri é um oásis. “O Cariri sentiu a crise sim, mas com menos efeitos que outras cidades, como São Paulo. Segundo pesquisa realizada pela CDL, o principal motivo de encontrarmos vários pontos comerciais fechados na rua São Pedro é que 90% dessas empresas migraram para pontos comerciais mais baratos ou para bairros em crescimento como Pirajá e Novo Juazeiro”, aponta Marília. De acordo com a consultora, além de uma localização geográfica extremamente estratégica – com uma
distância média de 700 km de todas as capitais nordestinas e acesso via ônibus e avião –, a região também conta com um polo universitário e um comércio bem diversificado, entre os fatores que beneficiam aqueles que querem investir em novos negócios. “A região precisa explorar mais o turismo e profissionalizar as empresas, melhorando o atendimento ao cliente e os controles internos.” Sobre a crise, ela destaca: não foi a primeira e não será a última. “Então, devemos trabalhar preventivamente, reduzindo custos, otimizando despesas, oferecer um produto e serviço que encante o cliente e ter estratégias de marketing eficazes, otimizando inclusive as redes sociais.”
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OS BENEFÍCIOS DA CONSULTORIA Há dois cenários em que uma consultoria empresarial pode gerar benefícios para uma empresa. O primeiro, no qual a empresa está indo bem, ela deve contratar para garantir que continuará a crescer com a qualidade desejada. No segundo, em que a empresa sente o peso da crise e da concorrência, a consultoria pode ajudar a detectar os problemas e a solucioná-los o mais rápido possível. “No mundo competitivo, se acomodar não é uma boa opção, caso contrário, as empresas podem ser surpreendidas pelo concorrente e, principalmente, pela própria crise. Contratar uma consultoria significa ganhar tempo e implantar melhorias com alto nível de qualidade de forma muito rápida”, afirma Marília Falcioni. Segundo a consultora, a consultoria é a forma mais barata de capacitar os colaboradores com conhecimento prático e adequado ao dia a dia da empresa. Empresas de qualquer porte – das pequenas, com três funcionários, às grandes, com mais de 1.000 colaboradores – podem se beneficiar do acompanhamento de uma consultoria empresarial. O custo-benefício para cada uma delas se torna atrativo tanto pelo fato de o investimento ser proporcional ao tamanho das empresas, quanto pelos resultados obtidos. “Muitas empresas, com a ajuda da consultoria, se destacaram na crise. Novento porcento das empresas atendidas pela Falcioni Consultoria apresentaram crescimento, sendo que 60% dessas cresceram acima de 20%”, detalha a diretora.
O Cariri quer crescer
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No mundo competitivo, se acomodar não é uma boa opção, caso contrário, as empresas podem ser surpreendidas pelo concorrente e, principalmente, pela própria crise. Contratar uma consultoria significa ganhar tempo e implantar melhorias com alto nível de qualidade de forma muito rápida".
Atuando desde 2012 no Cariri, com sede em Juazeiro do Norte, a Falcioni Consultoria e Treinamento Empresarial oferece ferramentas de gestão do mercado, prestando consultoria e treinamentos empresariais nas áreas de Finanças e Gestão por resultados. Atualmente, a consultoria atende 28 empresas da região. Em seus quatro anos de atuação, entretanto, o número de empresas atendidas já passou de 150. No mesmo período, a empresa já treinou mais de 8.000 colaboradores. “Nós temos uma grande demanda por consultoria aqui. No último ano, crescemos 35% e 95,54% dos novos clientes foram conquistados por indicação dos nossos próprios clientes”, explica Marília, destacando a procura por consultoria na região e o crescimento da Falcioni Consultoria. Hoje, segundo a diretora, a empresa é a consultoria mais premiada do Cariri. “Devemos isso aos nossos clientes, que confiam no nosso trabalho e são pessoas brilhantes e cheias de garra, que querem fazer a diferença no Cariri, buscando excelência no que faz.”
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ANTES DA "ERA"
CARIRI QUANDO FALAMOS DE ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA, O CARIRI SE DESTACA NOS DOIS TEMAS. NA REGIÃO, É POSSÍVEL CONHECER DEZ GEOSSÍTIOS E CINCO MIL FÓSSEIS DE DIFERENTES ESPÉCIES DE ANIMAIS E PLANTAS
Daniel Costa danielcosta@opovo.com.br
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inossauros, pterossauros, insetos e peixes. Estes eram os “animais” que existiam há 150 milhões de anos no Cariri, precisamente na Bacia Sedimentar do Araripe, também conhecida como Chapada do Araripe, que divide os estados do Ceará, Piauí e de Pernambuco. Nesse período, a região apresentava inúmeros lagos e árvores de grande porte, características fundamentais para o desenvolvimento de várias espécies. Para você entender como essa biodiversidade surgiu, vamos embarcar numa viagem de volta ao passado. Tudo teve início quando os continentes africano e sul-americano formavam apenas um, o chamado Gondwana, responsável por gerar as primeiras erosões de rochas que criariam a Bacia Sedimentar do Araripe. Ao longo do tempo, esse fenômeno possibilitou uma sequência de acontecimentos no imenso continente, como grandes terremotos e movimentos de placas tectônicas. “Quando o continente africano se separou, aos poucos, do continente sul-americano, [há 130 milhões de anos] foi criado uma série de sedimentos nas regiões corresponden-
tes ao Nordeste do Brasil”, explica Artur Andrade, geólogo do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia. Após a separação total dos dois continentes, que aconteceu há 84 milhões de anos, a Chapada do Araripe formou-se e passou a ter rios e delta (rio formado por vários canais ou braços do leito de outros rios). Posteriormente, a área, que tinha um clima quente e úmido, foi ocupada por pequenos peixes, insetos, pterossauros e animais plumados. Já por volta de 65 milhões de anos, aconteceu um grande soerguimento (levantamento) em toda a superfície sul-americana, atingindo fortemente o interior do Nordeste brasileiro, elevando algumas regiões a altitudes de até 1.000 m. Com esse fenômeno regional, os processos de erosão do relevo passaram a ter maior intensidade e a superfície foi, gradativamente, sendo dissecada, o que resultou na atual geomorfologia da Chapada do Araripe. “Esse fator foi responsável por garantir qualidade no processo de fossilização dos animais e plantas da época. Hoje, é possível encontrar fósseis com estruturas bem definidas, como peixes que ainda possuem alimentos dentro do intestino”, garante Andrade.
A ORIGEM DO CARIRIENSE No Cariri, além do desenvolvimento de estudos paleontológicos, muitos arqueólogos têm dedicado suas vidas para encontrar vestígios de atividades do antigo homem caririense. “No sítio Olho D'água, localizado em Nova Olinda, obtivemos uma datação de uma fogueira utilizada pelo homem há 3,1 mil anos. Também conseguimos uma datação de pigmentos de tinta de pinturas rupestres utilizadas há 800 anos”, revela Rosiane Limaverde, arqueóloga e professora do Centro de Arqueologia, Artes e Ciências do Patrimônio da Universidade de Coimbra, sobre estudos realizados em 2009. De acordo com ela, a Chapada do Araripe dispõe de características ímpares para a sobrevivência do homem na pré-história. “No período Cretáceo, [há 140 milhões de anos] o lugar possuía um diferencial climático e reservas aquíferas, que possibilitaram uma produção técnica de artefatos ritualísticos e domésticos do povo Kariri”, destaca. Neste contexto, foi fundado, em dezembro de 2015, o Instituto de Arqueologia do Cariri, para incentivar a realização de novas pesquisas e escavações na região. A iniciativa é fruto de parceria entre Universidade Regional do Cariri (Urca), Fundação Casa Grande/ Memorial do Homem Kariri, Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Centro de Arqueologia Artes e Ciência do Patrimônio da Universidade de Coimbra.
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GEOPARK ARARIPE Para proteger a porção cearense da Bacia Sedimentar do Araripe, foi criado o Geopark Araripe, que abrange seis municípios do Cariri (Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri), correspondente a uma área de 3,4 km². A região -, que conta com proteção ambiental desde 1997 e, em 2006, foi integrada à Rede Mundial de Geoparques, iniciativa da Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura das Nações Unidas (Unesco) - é composta por uma rede delimitada de dez geossítios. São eles: Colina do Horto, Cachoeira de Missão velha, Floresta Petrificada, Batateira, Pedra Cariri, Ipubi, Parque dos Pterossauros, Riacho do Meio, Ponte de Pedra e Pontal de Santa Cruz. Conforme Antônio Álamo, professor adjunto da Urca e coordenador do Laboratório de Paleontologia, quatro desses pontos apresentam uma maior incidência de fósseis. Confira: CACHOEIRA DE MISSÃO VELHA Composto por muitos sedimentos e vegetação de grande porte, a Cachoeira de Missão Velha é um verdadeiro vale encantado presente no Cariri, mas, precisamente, no município de Missão Velha. Há 400 milhões de anos, na Era Paleozoica, no período Devoniano, essa região era um dos poucos lugares onde tinha água em todas as quatro estações, outono, verão, inverno e primavera. Conforme o paleontólogo Antônio Álamo, o geossítio apresenta icnofósseis bem preservados, ou seja, estruturas interpretadas por paleontólogos como vestígios de atividade de antigos organismos, nesse caso, invertebrados aquáticos, como vermes. O POVO CARIRI
FLORESTA PETRIFICADA Floresta Petrificada. Este é o nome de um geossítio localizado no sudeste do município de Missão Velha. A região ficou conhecida devido à presença de fósseis de troncos petrificados, que faziam parte de grandes florestas de pinheiros (coníferas) do final do período Jurássico, há 140 milhões de anos. “Ao longo do tempo, esse material foi depositado no leito do rio, em águas com alta concentração de minerais dissolvidos”, explica Álamo. De forma lenta e gradual, aconteceu a substituição das células vegetais, presentes no tronco, pelos minerais presentes na água, causando a fossilização das plantas. Além disso, o local também contém evidências de atividades biológicas, como pequenos túneis de vermes e ovos, e restos de seres vivos, como conchas e carapaças. PARQUE DOS PTEROSSAUROS Considerado o geossítio com maior potencial fossilífero da Bacia Sedimentar do Araripe, o Parque dos Pterossauros, que está localizado no sítio Canabrava, propriedade da Urca, em Santana do Cariri, tem “escondido” em sua formação geológica animais como tartarugas, peixes, dinossauros e pterossauros (ordem extinta da classe Reptília, conhecida como formada pelos répteis voadores). Conforme o pesquisador Álamo, essa região apresentava características demográficas fundamentais para o desenvolvimento e preservação dessas espécies. “Existia uma laguna [lagos de água salgada] que tinha contato com as águas do Oceano Atlântico, há aproximadamente 100 milhões de anos, no período Cretá-
ceo Inferior, na Era Mesozoica”, afirma. Conforme informações do Museu de Paleontologia da Urca, foram encontradas, aproximadamente, 22 espécies diferentes de pterossauros, classificados como uma das espécies com maior incidência no parque. A primeira, denominada de Araripesaurus castilhoi, foi descoberta em 1971, apresentando grau de preservação único, possibilitando mostrar até “partes moles” do pterossauro. PEDRA DO CARIRI Assim como o Parque dos Pterossauros, a Pedra do Cariri, localizada a 3 km do centro de Nova Olinda, também é bastante conhecida na paleontologia por apresentar fósseis com extrema qualidade de preservação. No geossítio, são encontrados corpos de antigos insetos, peixes, vegetais e pterossauros. “A Pedra do Cariri contém todos os grupos de vertebrados (crustáceos, conchostráceos, insetos, aracnídeos, caranguejos e escorpiões) e invertebrados (peixes, anuros, pterossauros, quelônios, crocodilianos e aves) em lâminas de calcário e laminado, compondo um total de 400 espécies diferentes”, explica Álamo. Diante dessa biodiversidade, o destaque fica por conta das libélulas. Conforme dados do Geopark Araripe, 46 espécies foram descobertas desde 1987, data marcada pela primeira revelação deste inseto no lugar. De acordo com o pesquisador, todos esses seres vivos foram depositados há, aproximadamente, 120 milhões de anos, na Era Mesozoica, no período Cretáceo Inferior, quando neste local ainda existia um lago de águas calmas, com brejos nas margens.
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SEIS ETAPAS ATÉ O MUSEU Ao visitar um museu, é possível ver diferentes espécies de seres vivos, como dinossauros, peixes e até ancestrais dos homens. Mas você já se perguntou como eles foram levados para esses lugares de observação? Conforme Rosiane Limaverde, arqueóloga e professora do Centro de Arqueologia, Artes e Ciências do Patrimônio da Universidade de Coimbra, em Portugal, existem seis etapas distintas.
TERCEIRA ETAPA O terceiro momento consiste na identificação dos fósseis e no mapeamento dos sítios encontrados.
PRIMEIRA ETAPA A primeira etapa é o diagnóstico do potencial arqueológico da área, que inclui um grande estudo geográfico, geomorfológico, hidrográfico, etnohistórico e cultural.
QUINTA PARTE O penúltimo procedimento se resume a análise laboratorial dos fósseis descobertos. Nesse momento, é possível desvendar informações como idade, composição biológica e hábitos da espécie em foco.
SEGUNDA ETAPA O segundo procedimento fica por conta da prospecção arqueológica de ir a campo em busca dos sítios de uma forma sistemática, ou seja, utilizando uma metodologia arqueológica.
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QUARTA PARTE No quarto método, acontece a escavação arqueológica/paleontóloga nos sítios. Após esta tarefa, as “descobertas” são encaminhadas para os laboratórios.
SEXTA PARTE Após passar pelas análises laboratoriais, os fósseis são direcionados para os museus, onde ficam disponíveis para observação das pessoas.
FÓSSEIS EM SANTANA DO CARIRI Para conhecer os antigos “animais” do Cariri, mas, especificamente, do período Cretáceo, há 140 milhões de anos, você precisa apenas se dirigir ao Museu de Paleontologia da Urca, localizado em Santana do Cariri. Na instituição, é possível encontrar um acervo de mais de cinco mil fósseis de dinossauros, pterossauros, peixes, libélulas e escorpiões, além de plantas e troncos silicificados.
SERVIÇO Museu de Paleontologia da Urca Endereço: rua José Augusto, 326 Santana do Cariri Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 8h às 16h, e aos domingos, das 8h às 14h. Contato: (88) 3545 1206
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O JONAS QUE MOVE MULTIDÕES EM 2015, O CANTOR LANÇOU SEU PRIMEIRO DVD AO VIVO. GRAVADO NA CIDADE DO CRATO, O SHOW CONTOU COM UMA MEGAESTRUTURA NA FESTA FORRÓ NA LANCHA. JÁ SÃO MAIS DE 200 MIL SEGUIDORES NA CONTA DO CANTOR NO INSTAGRAM E MAIS DE 100 MIL CURTIDAS NO FACEBOOK O POVO CARIRI
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Lua Santos lucianasantos@opovo.com.br
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idade é pouca, mas o sucesso, enorme. Com apenas 21 anos, Jonas Mikael Costa Xavier tem arrastado multidões por onde passa. Não reconhece? Estamos falando de Jonas Esticado, um dos mais promissores cantores de forró do Ceará. O nome “esticado” veio da banda Forró Esticado, da qual se tornou vocalista em 2014 a convite do empresário Yury Bruno. O sucesso foi tamanho que, após dois anos à frente da banda, Jonas Mikael assumiu uma nova identidade e se tornou Jonas Esticado. Filho de Juazeiro do Norte, Jonas tem agenda sempre cheia. “Graças a Deus a agenda é lotada”, comemora. Nos últimos meses, o cantor realizou uma média de 30 shows por mês, percorrendo mais de nove estados brasileiros, principalmente entre junho e julho. Mas mesmo com tantos shows sempre lotados, o cantor mantém os dois pés no chão ao falar da fama. “Eu não me sinto tão famoso assim, até porque, como eu costumo dizer, quem está dentro da coisa não tem muita noção do que está acontecendo. ” Em 2015, o cantor lançou seu primeiro DVD ao vivo. Gravado na cidade do Crato, o show contou com uma megaestrutura em uma das festas mais conceituadas da região: a Forró na Lancha. A TRAJETÓRIA A carreira de Jonas ainda é recente. São quase cinco anos entre os tempos de cantar na escola e o título de “Jonas Esticado”. E relembrar o início da carreira ainda emociona o cantor. “Logo no começo da banda, eu gostava de olhar muitos vídeos no Youtube de bandas que estavam começando, outras que já tinham nome, eventos grandioso, palcos enormes que sonhava estar. E hoje, graças a Deus, venho passando por todos esses lugares que um dia sonhei estar.” Jonas hoje se apresenta nos mesmos palcos por onde passaram os nomes que o inspiraram no início de sua carreira. Grandes festas como o O POVO CARIRI
É TUDO MUITO NOVO PARA MIM. NÃO VOU MENTIR E DIZER QUE NÃO É CANSATIVO, É MUITO CANSATIVO. MAS A CADA SHOW QUE EU FAÇO, AO PISAR NO PALCO, AS MINHAS ENERGIAS SE RENOVAM. RECEBO ENERGIAS DO PÚBLICO E, EM TROCA, FAÇO MEU SHOW PARA A GALERA São João de Campina Grande (PR) e o de Caruaru (PE), além do Villa Mix de Goiânia (GO), entraram para a história do cantor e de sua banda. Outra grande conquista de Jonas Esticado foi entrar para a AudioMix, agencia de produção e assessoramento que também é responsável pela carreira de grandes nomes do forró e do sertanejo, tais como Jorge & Mateus, Simone e Simaria e Wesley Safadão. E por falar em Wesley Safadão, a comparação entre os dois, para muitos, é quase inevitável. Ambos começaram a cantar muito jovens, o que rende a Jonas Esticado a promessa de ser “o novo Wesley Safadão”. “A galera compara muito, chegam muito a meu camarim dizendo que a voz parece com a do Wesley. Eu não costumo pensar assim não”, conta Jonas. De fato, para muitos fãs, a voz dos dois se assemelha e, claro, para o cantor, ser comparado a Wesley chega a ser um elogio. “Hoje o Wesley está passando por um momento maravilhoso na vida dele, e ser comparado ao Wesley Safadão não é ruim, pelo contrário, é muito bom. Mas deixo bem claro sempre que não imito o Wesley Safadão, nunca imitei. Sempre gostei do trabalho dele, já curtia muito mesmo antes de cantar. Então, [a comparação] não me incomoda. Incomoda quando dizem que eu o imito, quando eu não imito.“
DA INTERNET PARA O MUNDO Assim como muitos nomes da música brasileira contemporânea, independente do gênero, Jonas Esticado contou com a ajuda da internet e das redes sociais para crescer. Atualmente, ele tem mais de 200 mil seguidores em sua conta no Instagram e mais de 100 mil curtidas em sua página no Facebook. Músicas como Corona, Selfie Desmantelado e Solteiro de Carteira Assinada grudam na cabeça dos fãs e já somam quase 200 mil cliques no Youtube. Marcas impressionantes para alguém com tão pouco tempo de estrada. E isso reflete em shows quase diários e, a cada dia, acordar em uma cidade diferente. “É tudo muito novo para mim. Não vou mentir e dizer que não é cansativo, é muito cansativo. Mas a cada show que eu faço, ao pisar no palco, as minhas energias se renovam. Recebo energias do público e, em troca, faço meu show para a galera.” Quando sobe no palco, Jonas Esticado se transforma, e o menino tímido dos bastidores torna-se um gigante. “Costumo dizer que, no palco, me sinto uma pessoa totalmente diferente. Quando recebo a energia do público, vejo as pessoas cantando minhas musicas empolgadas, isso instiga muito você a fazer coisas diferentes, a sair e esquecer aquela timidez.” Basta descer do palco, no momento de posar para as fotos, para o menino de sempre vir à tona. “Você volta a ser quem você é realmente, e aí volta a timidez, volta o seu jeito... E acho que esse é um dos motivos pelo qual eu venho sendo muito elogiado.”
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MÚSICA 53
O POVO CARIRI
CIKA KALIXTO
CASUAL
CHIC
Colunista de moda e palestrante, viaja pelo mundo pesquisando o que tem de mais atual, deixando as pessoas cada dia mais antenadas com as tendências
PENA Camisa de linho listrada, calça sarja. Para ela, chapéu de feltro, mochila, blusa viscose, saia midi floral O POVO CARIRI
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Com a proximidade das festas de fim de ano, ficamos mais atentos para os looks que vamos escolher para as comemorações. Separamos peças que podem estar em diversos momentos do dia e da noite, como em um happy hour, festas em família e baladas. As opções estão modernas e super sofisticadas, tudo para dar muita inspiração na hora de fazer sua produção. A marca Pena traz o casual e o moderno. A Toasa Modas vem com looks elegantes e versáteis. As lingeries da Kallifon estão sensuais e criativas. Já as rendas renascenças da marca Rendá têm charme e romantismo. Boas festas e muito amor a todos!
THOASA POR MORENA ROSA Blazer linho, camisa malha listrada, saia tricô maquinetado 4R FOLHEADOS Anel
THOASA POR MORENA ROSA Vestido longo de linho com ferragens douradas e pedras, rendas e bordados
THOASA POR MORENA ROSA Colete tricô e franjas, body lurex, calça branca detonada, cinto que pode ser usado como colar couro trançado FERROVIA Óculos O POVO CARIRI
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RENDÁ Blusa gola alta e manga longa, saia lápis em renda renascença FERROVIA Óculos 4R FOLHEADOS Anel O POVO CARIRI
RENDÁ Vestido com tule nos ombros e renda renascença 4R FOLHEADOS Brincos e anel
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KALLIFON body vermelho de tule com rendas, strappy nas costas
KALLIFON camisola com renda branca longa com bojo e fenda, calcinha branca
FICHA TÉCNICA Colunista de Moda Cika Kalixto Produtora de Moda Beth Lopes Assistente de Moda Nagyla Freire Make e Hair Lindasiaria Pontes Casting Modelos: RC Models Agency Modelos – Julia Colonna, Gabriel Militão, Lillian Castro, Renata Boscono ONDE ENCONTRAR FERROVIA - (88) 3523 1458 KALLIFON - (85) 3495 1187 / (88) 3587 3009 TOASA MODA por Morena Rosa088 35235883 RENDÁ- 085 99403 2901 PENA- 085 3241 0242 4R FOLHEADOS 088 3272 0475 RIAN TECIDOS - 085 3089 2000 O POVO CARIRI
FOTOS NÍVIA UCHÔA
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QUERIDA
MARIETA CONHECIDA POR SUAS DIVERSAS FACETAS PROFISSIONAIS, MARIETA CABRAL DEIXOU SAUDADE EM JUAZEIRO DO NORTE. SUA MEMÓRIA CONTINUA VIVA NA LEMBRANÇA DE QUEM A CONHECEU E EM SUA CASA, MANTIDA PELA FILHA COMO A MÃE DEIXOU
O POVO CARIRI
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Sabryna Esmeraldo sabryna@opovo.com.br
N
a esquina da Rua do Cruzeiro, no bairro Salgadinho, em Juazeiro do Norte, fica a casa que um dia pertenceu à dona Marieta Cabral. Quem por lá passa, se tiver conhecido a famosa juazeirense, com certeza, lembra-se da empresária com grande saudade e se recorda do sabor de seus bolos, do primor em cada detalhe das decorações de festa que fazia, do bom gosto dos objetos de decoração de sua loja e da qualidade dos imóveis que construiu, mesmo sem nunca ter feito um curso de arquitetura. A casa onde morou com a família – também construída por ela – e onde passou tantas madrugadas trabalhando, hoje é mantida por sua filha, a professora Janieyre Cabral Pinheiro Cordeiro, que faz questão de resguardar a memória da mãe em tudo que traz à tona seu gosto particular e sua história. “Minha mãe era uma pessoa à frente do seu tempo. Como as mulheres que se destacaram na história, ela era muito visionária, sempre estava adiantada em todos os aspectos, era uma comerciante muito boa, uma mulher com pulso forte, com visão de negócio”, afirma a filha.
A PROFISSIONAL VISIONÁRIA Uma das pioneiras no ramo de decoração de ambientes em Juazeiro do Norte, dona Marieta era muito requisitada para decorar igrejas para celebração de casamentos, festas em clubes sociais e residências para comemoração de aniversários. A tradicional loja de objetos de decoração, entretanto, a empreendedora só abriria na década de 1970. Até lá, porém, ela também ganhou reconhecimento com seus salgados e bolos. “Ainda adolescente, eu a via fazer bolos. Fez um, certa vez, dizendo que era o último, porque já estava no começo da loja, mas fez porque era para um aniversário de 15 anos e exigiram que fosse feito por ela”, conta Janieyre. Mas chegou, então, o momento de ter sua própria loja, e, aos poucos, a Marieta Decorações, na rua São Pedro, passou a atrair clientes de cidades viziO POVO CARIRI
NÃO FOI FEITA NENHUMA REFORMA MAIOR, SÓ CONSERVAÇÃO. TUDO QUE ELA DEIXOU FICOU DO MESMO JEITO
nhas e até de outros estados. Ter uma peça da loja se tornou sinônimo de bom gosto e status. O que fazer, então, para manter um empreendimento no interior do Ceará sempre com novidades? Periodicamente, dona Marieta ia ao sul do País. “Ela foi precursora aqui, trazia porcelana, cristais, pinturas a óleo, coisas que não se encontravam aqui, só em Fortaleza. Ela se destacou pelo bom gosto”, destaca a filha. Mas os talentos da profissional não paravam por aí. Sua aptidão para arquitetura também chamava atenção. “Ela nunca foi a uma universidade, mas sabia fazer a casa inteira, do projeto hidráu-
lico ao cimento dos tijolos. As pessoas que estavam construindo algum imóvel a chamavam para dar opinião. Ela fez a planta da casa da minha irmã, fez a casa em que a família do seu Lunga morou”, cita Janyeire. Segundo ela, Marieta construía o imóvel para uso próprio, mas, ao terminar, recebia inúmeros pedidos para que vendesse a casa. “Ela tinha muita credibilidade com os clientes. Até hoje, encontro com pessoas que dizem: ‘Ah, que saudade que tenho de dona Marieta’. A casa em que residimos hoje foi construção dela.” A CASA Em um local reservado para as fotos da família, as imagens relembram a elegância de Dona Marieta. Em ambientes cuidadosa e elegantemente decorados, estantes de madeira, lustres, quadros, relógios, espelhos, móveis e detalhes da decoração denunciam não apenas o bom gosto da dona original da casa, mas o cuidado e o carinho que a dona atual tem para manter tudo como a mãe deixou. Extremamente bem conservada, a casa outrora de
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A MULHER, A MÃE E A ESPOSA
Dona Marieta parece contar histórias por meio de sua arquitetura e dos mais variados detalhes. Em 2012, após a mãe piorar da doença que a acometia, Janieyre decidiu que era o momento de cuidar dela de perto. Mudou-se, então, para sua casa, na companhia de seu marido e de seu filho mais novo. “Quis dar minha contribuição. E foi muito bom. Foi uma dedicação da qual não me arrependo, faria tudo novamente. Fiquei dois anos com ela aqui.” Dona Marieta faleceu no dia 8 de dezembro de 2013, aos 84 anos. Mesmo assim, Janieyre decidiu continuar a morar na casa, para manter o patrimônio construído pela matriarca. “Não foi feita nenhuma reforma maior, só conservação. Tudo que ela deixou ficou do mesmo jeito, ninguém ainda mexeu em nada.” Das partes da casa que mais fazem com que ela relembre os momentos passados com a mãe, a professora, emocionada, destaca a cozinha. “A família era grande, mas todos já estavam em seus lares. Quando chegava São João, final de ano, todo mundo se reunia para tomar um café, almoçar aqui”, rememora.
Mãe de 11 filhos e avó de quase 30 netos, dona Marieta é lembrada com muito carinho e admiração por todos que a conheceram de perto. “Ela era uma mulher intensa em tudo. Era mãe de olhar e já ser obedecida, mãe leoa, nunca abandonou a gente”, descreve Janieyre. Outra característica muito forte na matriarca era o cuidado com sua imagem. Vaidosa, gostava muito de roupas, sempre comprava pessoalmente os tecidos. Mas doar seus pertences também era uma prática que a empresária mantinha, sem fazer muito alarde. “Depois que ela faleceu, meu marido tinha medo de eu entrar em depressão, mas comecei a visitar um abrigo aqui perto, e eu soube que ela, de vez em quando, fazia doações lá. Ninguém sabia. Ela tinha muitas qualidades que invejo, e tento seguir o que ensinou”, destaca a filha. Outra figura nunca esquecida por Janieyre é a do pai, Cícero Pinheiro Barros, falecido em 21 de dezembro de 2007. Segundo a professora, os dois dividiam uma relação de grande
cumplicidade, em que as personalidades pareciam se completar. “Meu pai era sereno, educado, e ela era muito agitada, muito ativa. No início do namoro, os pais dela não aceitavam muito, achavam, na época, que ele tinha a ‘pele escura’ para ela. Mas ele enfrentou, foi a casa deles, e casou com ela. Ela casou antes dos 18”, conta. Conforme a filha relembra, o apoio do pai foi fundamental no trabalho de Dona Marieta. Trabalhando com transporte de carga pesada, ele acompanhava a esposa nas viagens ao sul do País. “Ela trazia quadros de 1,5 m, 2 m, só podia ser em transporte maior, caixas e caixas de louças. Ela escolhia as coisas e ele esperava, com a maior paciência.” De acordo com ela, após a morte de seu Cícero, dona Marieta ainda lutou contra a depressão por dois anos. A lembrança que fica, entretanto, para Janieyre, é a da mulher de pulso e visão, que deixa como aprendizado a coragem de não desistir. “Nunca foi fácil, mas ela nunca desistiu.”
O POVO CARIRI
PARABÉNS!
Brasiliense por nascimento e cearense por opção. Vê as pessoas com a alma
FOTOS ÁLVARO ESMERALDO
LECA FONSECA
Um mundo cheio de doces, graça e magia para comemorar o primeiro ano do pequeno príncipe Matteo Figueiredo Ebara. O cenário: o Lagarta Pintada Buffet.
Rafael Mendonça, Monalissa Ebara, Matteo, Rommel Feitosa, Jucy e Raimundo Ney Feitosa e Alessandro Ebara
Matteo Figueiredo Ebara
Alessandro, Monalissa, Maria Alice Figueiredo Castro, João Marni (avô), Matteo e Fátima Figueiredo (avó)
Rita Bezerra, Adriana Esmeraldo, Adriana Campos, Monalissa Ebara, Gláucia Barreto, Leca Fonseca e Silvana Rodrigues no reino do pequeno príncipe Matteo O POVO CARIRI
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FOTOS VICENTE SOUZA
50 ANOS DE
AMOR Dedé e Socorro Tavares celebram 50 anos de matrimônio, reunindo filhos, parentes e amigos em uma grande celebração no Lagarta Pintada Buffet.
Tin tin para o casal José Tavares Lopes e Socorro Tavares
José Tavares Lopes e Socorro Tavares e os filhos Valéria Tavares, Candice Tavares, Márcia Tavares Sampaio, Marco Tavares e Viviane Tavares
José Tavares Lopes e Socorro Tavares na troca de alianças
E AS COISAS SÃO TÃO LINDAS QUANDO VOCÊ ESTÁ... FOTOS JOSIMAR SEGUNDO
Nando Reis inclui o Cariri na turnê pelo Brasil e reúne o melhor público, no Verdes Vales Lazer Hotel, em uma noite inesquecível.
Nando Reis
Rafael Mendonça, Rommel Feitosa, Alessandro Ebara, Monalissa Ebara, Adriana Parente, Adriana e José Carlos Esmeraldo O POVO CARIRI
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É HORA DE O POVO CARIRI
FOTOS DIVULGAÇÃO
TURISMO 67
O POVO CARIRI
68 TURISMO
CRESCE O NÚMERO DE ATRAÇÕES TURÍSTICAS PARA O PÚBLICO INFANTIL NO CARIRI. CONHEÇA LUGARES PARA PASSEAR, SE DIVERTIR E BRINCAR COM AS CRIANÇAS Gabriela Meneses gabrielaopcariri@gmail.com
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brincar e a diversão fazem parte da rotina de toda criança. Por isso, na hora de passear, viajar ou mesmo descansar, os pais costumam pensar nas atividades para os pequenos. Nesta edição, a revista O POVO Cariri apresenta diferentes lugares na região que podem ser desfrutados pelo público infantil. AO AR LIVRE Para quem gosta de atividades ao ar livre, os clubes serranos são uma boa pedida. Entre eles, destaca-se o Arajara Park, um parque aquático temático localizado na Chapada do Ara-
ripe, em Barbalha. O espaço dispõe de três piscinas interligadas com rampa molhada, brinquedos aquáticos infantis, piscina em formato de rio com cachoeira e gruta artificial. Há também pesque e pague, trilha ecológica, tapiocaria, campo e restaurante. As crianças, de acordo com a coordenadora de Eventos, Socorro Vieira, podem se divertir nas piscinas infantis, com profundidade de até 60 cm, com acompanhamento de monitores d’água, guarda-vidas e bombeiro civil. “Aqui não só as crianças, mas toda a família, encontram o lugar perfeito para descansar e se divertir com muitas atrações musicais, recreação e boa comida”, ressalta Socorro. Ela conta ainda que, em breve, o espaço contará com tirolesa e arvorismo.
O parque temático do Arajara possui piscina e brinquedos aquáticos infantis O POVO CARIRI
Outro clube que dispões de atividades ao ar livre para as crianças é o Crato Tênis Clube, localizado na cidade homônima, no bairro do Pimenta. O lugar conta com um parquinho infantil, cheio de escorregadores coloridos, piscina de bolinha e cama elástica. O local funciona de terça a domingo, a partir das 17 horas. Crianças menores de cinco anos só podem fazer uso das instalações do parquinho acompanhada dos pais. Conforme o presidente do Crato Tênis Clube, Flávio Henrique Bantim, além do parque infantil, há um parque aquático equipado com salva-vidas treinado, quadra de esportes coberta e restaurante. “É o local ideal para, com tranquilidade, levar a sua família para um convívio de amizades, descontração e lazer”, disse.
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Parquinho infantil alegra o passeio das crianças no Crato Tênis Clube PARA JOGAR Para as crianças que curtem jogos, em Juazeiro do Norte, o Bowlingpark conta com oito pistas de boliche, mesa de bilhar, tênis de mesa, games eletrônicos, além de arco e flecha. De acordo com o proprietário Hebert Martins, as crianças costumam procurar bastante o boliche e os mais variados games eletrônicos. A recomendação é que o boliche seja jogado por crianças a partir dos seis anos. Entre as dicas para aproveitar bem o espaço, ele cita a chegada antes das 18 horas, que costumam ter horários mais tranquilos. Aos domingos, o local abre às 13 horas, uma ótima opção para quem quer curtir a tarde de domingo com os pequenos.
Crianças divertem-se com boliche e games eletrônicos no Bowlingpark
TEATRO E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS No Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri (CCBNB), os pais podem encontrar atrações culturais para os filhos durante todo o ano, aos sábados. De acordo com Ricardo Pinto, gerente do CCBNB, as atividades contam com contação de histórias, oficinas de arte, recreação e espetáculos teatrais. “Entendemos a importância de todas as linguagens e fazeres culturais no desenvolvimento de todas as crianças”, explicou Ricardo. A programação pode ser conferida na agenda impressa distribuída na sede do CCBNB, que fica no centro de Juazeiro do Norte.
PARA AS CRIANÇAS QUE CURTEM JOGOS, EM JUAZEIRO DO NORTE, O BOWLINGPARK CONTA COM OITO PISTAS DE BOLICHE, MESA DE BILHAR, TÊNIS DE MESA, GAMES ELETRÔNICOS, ALÉM DE ARCO E FLECHA
IMPORTÂNCIA DO TURISMO PARA A CRIANÇA >> O artigo 71 do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) diz que “a criança e o adolescente têm direito à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento”.
>> Dessa forma, a prática do turismo insere-se como uma atividade capaz de proporcionar informação, cultura, lazer e diversão para as crianças, além de uma proposta de aprendizado cultural por meio da educação nos níveis formal e não formal.
>> O contato direto com a natureza na infância tende a surtir efeitos positivos, que refletem as atitudes e o comportamento dos adultos que as crianças vão ser.
>> Programações de lazer e de viagens para crianças devem, sempre que possível, conter aprendizados culturais e práticas pedagógicas. FONTE: TURISMO INFANTIL: UMA PROPOSTA CONCEITUAL, DE ELIZABETE SAYURI KUSHANO
O POVO CARIRI
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ARTES PLÁSTICAS
EM CLIMA C DE BAR
Sabryna Esmeraldo sabryna@opovo.com.br
DESDE MARÇO NO CENÁRIO DE BARES DO CARIRI, O RESISTÊNCIA ARTE BAR JÁ CONQUISTOU MUITOS CLIENTES COM SUA PROGRAMAÇÃO E SEU CARDÁPIO O POVO CARIRI
om uma proposta diferente, o Resistência Arte Bar leva ao Crato um local temático, que, além de ser petiscaria, volta-se para artes visuais em todas as suas vertentes. Em um espaço intimista, o bar, que está aberto desde março deste ano, já realizou quatro exposições, 17 apresentações musicais (MPB, Jazz, Rock e Reggae), dois eventos temáticos (Noite dos Namorados e São João), além de intervenções teatrais, sarau poético e lançamento de cordel. RESISTÊNCIA Natural do Rio Grande do Sul, o empresário Raul Nunes chegou ao Crato há
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detalhe Nunes. O empresário destaca, ainda, que a preferência é apresentar o trabalho de artistas da região do Cariri. “Pretendemos continuar com essa formatação durante os próximos meses.”
“Sou mais um cidadão desses oriundos de família pobre e simples, a quem a vida apresentou muitas portas ditas erradas, mas escolheu resistir e ser fiel a seus princípios e sonhos.” seis anos, por meio de um trabalho temporário em uma das filiais da empresa para qual trabalhou por 15 anos. Conforme conta, o que mais o surpreendeu na região foi a “a dicotomia bucólica e a vanguarda nesse pedação de chão afastado dos grandes centros ditos underground”. Fisgado por esses e outros atrativos do Cariri, e decidido a viver a outra metade de sua vida trabalhando com algo que lhe trouxesse verdadeira satisfação, aos 45 anos, após se desligar da empresa, Nunes decidiu investir em um negócio próprio, “em que eu poderia externar minha verdadeira personalidade”, destaca o empresário, que também se identifica como simpatizante de arte e skatista. Nasceu, então, o Resistência Arte Bar. A escolha do nome teve influência da história pessoal do proprietário.
ARTE Unem-se à gastronomia e à boemia, como palavras-chaves do Resistência Arte Bar, pintura, literatura, música, performance, poesia, fotografia, tradição, natureza, entretenimento e engajamento. Recentemente, o bar apresentou sua quarta exposição e está contatando artistas com trabalhos de escultura, ou outras instalações de modelagem mais ligadas a escultura, com o objetivo de apresentar as várias vertentes das artes plásticas aos frequentadores. “O espaço apresenta, durante os finais de semana, intervenções teatrais e circenses, essas ao longo da área das mesas, tentando surpreender e presentear nossos frequentadores durante a degustação de seus petiscos e drinks”,
BAR Além de drinks variados, cervejas e vinhos de grandes marcas, o bar tem em seu cardápio os tão procurados petiscos de boteco, além de servir alguns pratos exclusivos, como: arroz carreteiro, muito próximo ao servido no Rio Grande do Sul; e o autêntico strogonoff, elaborado com carne, creme de leite e champignons de primeira linha. Entre os pratos mais procurados, estão, ainda, duas variedades de carnes de forno: a costela suína ao molho barbecue, que passa duas horas no forno, mantendo a suculência; e as coxinhas da asa ao molho de vinho com ervas finas. Com aproximadamente 70% de seu espaço composto por uma área ao ar livre, para curtir o clima da noite da Chapada do Araripe, o bar conta também com um ambiente climatizado, onde há um pequeno american bar, uma sala de sinuca, galeria de arte e um lounge, para o qual são aceitas reservas e onde também é servido fondue (apenas com reserva).
SERVIÇO Resistência Arte Bar Onde: avenida Pedro Felício Cavalcante, 1958 - Crato Func.: de quarta a sábado, das 18h às 2h Info.: (88) 99622 8487 O POVO CARIRI
SHUTTERSTOCK / MARK MCELROY
72 LIFESTYLE
MOVIMENTOS EM ALTA
INTEN SIDADE
O POVO CARIRI
LIFESTYLE 73
OS DESAFIOS E A VERSATILIDADE DE EXERCÍCIOS CONQUISTAM CADA VEZ MAIS ADEPTOS À PRÁTICA DO CROSSFIT NO CARIRI
Gabriela Meneses gabrielaopcariri@gmail.com
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s séries de movimentos funcionais extremamente variados e de alta intensidade, praticadas em lugares chamados de box, tornam-se cada vez mais populares no Brasil. No Cariri, o CrossFit, criado pelo norte-americano Greg Glassman, chegou nos últimos dois anos e tem conquistado a preferência do público que busca uma atividade física cheia de desafios e múltiplos exercícios. Unindo modalidades olímpicas, como levantamento de peso e ginástica, com movimentos metabólicos funcionais, a prática tem se popularizado por proporcionar exercícios dinâmicos, que promovem uma série de benefícios, como o aumento da força, do equilíbrio, da agilidade e da flexibilidade. E, ao contrário do que muitos pensam, o exercício não é voltado somente para “super-homens” cheios de força. Pode ser praticado por pessoas de praticamente todas as idades, com os mais diferentes condicionamentos físicos. Quem garante é o proprietário da Batarra CrossFit, Adriano Cesar Gomes Ribeiro, um dos primeiros credenciados a ministrar a prática no Cariri. Ele explica que até mesmo quem tem problemas articulares pode fazer alguns exercícios adaptados. Reforça, no entanto, a necessidade de acompanhamento médico e de um profissional qualificado no CrossFit. “O treino é igual para todos, mas mudam as cargas e a intensidade. Quem está parado há muito tempo segue numa velocidade diferente”, detalha. A aula, que dura de 45 minutos a uma hora, começa com um aquecimento. Logo depois, o instrutor explica os movimentos que serão utilizados no momento do treino. Em seguida, vem o Workout of The Day, conhecido como WOD, o treino do dia, que costuma ter cinco rounds de repetições. Entre os exercícios, Adriano destaca o agachamento com levantamento de peso, argolas, corda. O POVO CARIRI
E essa versatilidade agrada a muitos praticantes. A advogada Jeanne Machado, 42, começou a praticar CrossFit de três a quatro vezes por semana há mais de um ano. Ela sempre quis ganhar massa e ter condicionamento físico, mas não encontrava uma atividade que agradasse. “O CrossFit eu gosto muito porque não é a mesma coisa. Tem movimentos diferentes. Todo dia você se supera, faz algo novo que não conseguia antes”, explica. O representante comercial Joannes Paulus de Alencar Tavares, 35, pratica há cerca de um ano e meio. Não gostava de nenhuma atividade. Já havia tentado futebol, academia. Hoje diz ter “se apaixonado pelo CrossFit”. “Aqui não é a mesma rotina. Todo dia é diferente.” Joannes tem aproveitado os exercícios para emagrecer e cuidar da saúde. “Eu tinha pressão alta e hoje não tenho mais. Eu pesava 120 kg e hoje tenho 95 kg”, revela os resultados. FUNCIONAL X CROSSFIT A atividade é toda baseada em exercícios funcionais, que simulam situações do dia a dia. “A gente ensina, por exemplo, a agachar pra pegar uma sacola com segurança”, diz Adriano. O instrutor, que iniciou ministrando aulas de treinamento funcional, explica que o CrossFit vai além do funcional comum. São exercícios de alta intensidade, que ensinam habilidades diferenciadas. “O CrossFit te ensina a técnica do treinamento olímpico, por exemplo. Além disso, você pode treinar de três minutos a 30 minutos o treino do dia. Praticamente todo o treino tem alta intensidade”, explica.
FOTOS NÍVIA UCHÔA
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PRINCIPAIS TERMOS DO CROSSFIT Como a atividade foi desenvolvida nos Estados Unidos, muitos termos utilizados no Brasil seguem o inglês. Conheça alguns: Box ou gym - lugares em que as pessoas treinam o CrossFit; WOD (Workout Of the Day) - treino do dia; Rounds - séries de treinamento; AMRAP (as many rounds/repetitions as possible) - quantos rounds ou repetições possíveis da sequência no tempo determinado do WOD;
SERVIÇO
Batarra CrossFit Rua Possidônio da Silva Bem, 380 Juazeiro do Norte Tel: (88) 99921 3515 O POVO CARIRI
EMOM (every minute on the minute) - executar uma sequência de exercícios dentro do minuto e descansar no restante do tempo; RM (repetição máxima) - o máximo de carga com a qual você consegue executar “x” número de repetições de um determinado exercício.
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OUTUBRO
ROSA: TODAS PRECISAM ENTENDER
PARA 2016, O INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA) PREVÊ 2.160 NOVOS CASOS DE CÂNCER DE MAMA SÓ NO CEARÁ. ENTENDA UM POUCO MAIS SOBRE A DOENÇA E DESCUBRA COMO SE PREVENIR
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ais de 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Esta é a expectativa até o final do ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O risco estimado é de 56,2 mulheres acometidas a cada 100 mil. O tipo de câncer mais comum entre o público feminino, do Brasil e do mundo, representa 25% dos novos casos registrados a cada ano. Para o Ceará estão previstos 2.160 novos casos até o fim do ano, uma taxa bruta de incidência estimada em 61,55 a cada 100 mil habitantes. “O que percebemos na prática é que as mulheres mais jovem têm sido acometidas. Não saiu nenhuma pesquisa, mas muito provavelmente [isto se dá por conta] dos hábitos: comidas processadas, pouca atividade física, obesidade, IMC elevado etc.”, diz o mastologista Felipe Feitoza, da clínica Medimagem, de Juazeiro do Norte.
O POVO CARIRI
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Segundo o médico, a patologia faz parte da lista de doenças malignas que podem acometer a região das mamas. “[O câncer de mama] é uma proliferação de células anormais, que criam alterações dentro do DNA e formam tumores. A proliferação faz com que surja o câncer, que, em um certo momento, se torna visível e diagnosticável”, explica. CAUSAS DA DOENÇA Os fatores genéticos são a principal causa do câncer de mama, segundo Feitoza. “Mulheres que têm caso na família [em parentes de primeiro grau, como mãe e irmã] têm cinco vezes mais chance de desenvolver a doença que a população em geral”, alerta. Por outro lado, só 10% dos casos têm histórico da doença na família. Nos casos de parentes de primeiro grau, as mulheres devem começar a prevenção, conforme explica o mastologista, a partir de dez anos antes da idade da pessoa acometida. “Se a mãe teve a doença aos 45 anos, a filha deve começar a se prevenir a partir de 35 anos”, exemplifica. PREVENÇÃO Os cuidados para o não desenvolvimento da doença se dão a partir da menarca (a primeira menstruação). Exames de ultrassonografia e mamografia são os que detectam a patologia. “De uma maneira geral, os exames de mamografia são feitos a partir de 40 anos, mas têm exceções”, alerta o mastologista. A frequência é anual. Porém, se houver casos na família, o autoexame deve ser feito mensalmente depois do período menstrual. Dentre os fatores que ajudam a prevenir a doença estão dois que muitas vezes não são valorizados: a prática de atividades físicas e a manutenção ade-
O QUE PERCEBEMOS NA PRÁTICA É QUE AS MULHERES MAIS JOVEM TÊM SIDO ACOMETIDAS. NÃO SAIU NENHUMA PESQUISA, MAS MUITO PROVAVELMENTE [ISTO SE DÁ POR CONTA] DOS HÁBITOS: COMIDAS PROCESSADAS, POUCA ATIVIDADE FÍSICA, OBESIDADE, IMC ELEVADO ETC
quada do peso. “Estudos afirmam que mulheres que mantêm o peso normal, sem sobrepeso, têm prevenção de 30% do surgimento do câncer de mama. E [que esse cuidado] previne todos os outros tipos de câncer também.” MITOS MAIS DIFUNDIDOS O principal mito, segundo Feitoza, é a perda da mama. “Quando você descobre, existe uma chance de perder. Mas se fizer a prevenção, as chances caem muito. E hoje existem técnicas de cirurgia plástica, além das reconstruções. A mulher não tem que ficar com medo. Tem que se prevenir desde o início”, conta. Entre as perguntas que o mastologista mais ouve em seu consultório está uma sobre a relação entre câncer de mama e o uso de desodorante. De forma objetiva, ele responde: “Não existe nenhum estudo que afirme a relação do uso do produto com a doença. Assim como o uso de sutiã, com ou sem aspa”. CURA E RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA Em sua fase inicial, explica Feitoza, o câncer de mama possui 95% de chances de cura: “É a fase que o câncer está no início, não invadiu estruturas, não entrou na corrente sanguínea.” Por outro lado, essa fase inicial só é detectada na mamografia, daí a importância do diagnóstico precoce. No caso de diagnosticada a doença, a paciente passa por uma avaliação antes da reconstrução. Segundo o mastologista, é avaliado “o tamanho do tumor, da mama, o tipo de câncer e os fatores prognósticos”. Em casos de retirada total da mama, quase todas as pacientes passam pela reconstrução, porém, o padrão é conservá-la. O POVO CARIRI
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MOSTRA SESC CARIRI DE CULTURA CHEGA AOS
18 ANOS Sabryna Esmeraldo sabryna@opovo.com.br
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aririenses, artistas e turistas de vários estados do Brasil já aguardam ansiosos o início da Mostra Sesc Cariri de Culturas, marcado pelo cortejo de tradição, com bacamarteiros e reizados, enchendo de cor e brilho as ruas, que lotam com os interessados pelo espetáculo. De 18 a 22 de novembro, a região recebe a 18ª edição da mostra, que já firmou seu nome no circuito cultural brasileiro, sendo inclusive reconhecida como um dos maiores festivais culturais do País. A MOSTRA Realizada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), a mostra, que acontece durante cinco dias ininterruptos, tem como objetivo contribuir para a construção e difusão da identidade regional, brasileira e universal, por meio da divulgação e do apoio a artistas. O evento visa ainda formar plateias, promovendo o compartilhamento de conhecimentos que perdurem e influenciem o conceito de comunidades, procurando sempre ampliar o número
O POVO CARIRI
FOTOS JR.PANELA
EM SUA MAIORIDADE, MOSTRA SESC CARIRI DE CULTURA SE FORTALECE, A CADA ANO, COMO UM DOS MAIORES FESTIVAIS CULTURAIS DO PAÍS
de atrações e sua atuação, levando artistas e grupos a cada vez mais cidades da região, com apresentações nos mais diversos espaços, inclusive, públicos. Em todas as suas edições, a mostra tem figurado também como espaço de intercâmbio de experiências e vitrine de talentos, sendo vista pelos artistas como uma forma de fortalecer suas múltiplas linguagens. Outra forte característica presente desde a primei-
ra edição é a valorização da tradição. A participação de grupos de tradição – que não são selecionados, mas sim convidados – demonstra a especial atenção dedicada a esse ponto. O objetivo é propor um olhar misto entre a tradição e as modernidades, trazendo para o Cariri uma multiplicidade de fazeres nas áreas de audiovisual, artes visuais, literatura, artes cênicas, música e culturas populares.
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18ª EDIÇÃO Para a edição que marca a maioridade da mostra, o processo de seleção dos artistas participantes foi mais uma vez desenvolvido por meio de edital com o aval de uma curadoria composta por artistas cearenses com formação multilinguagem, além de técnicos de cultura do Sesc. Importante parte da programação, este ano acontecerá o Seminário Arte e Pensamento, que busca definir conteúdos, como forma de assessorar coletivamente a programação do evento quanto à reflexão dos temas urbanos, considerando aspectos econômicos, sociais, políticos e culturais do Cariri. “A 18ª Mostra Sesc Cariri de Culturas busca a valorização das relações humanas e a preservação da memória e vitalidade das nossas manifestações artísticas e culturais. O povo caririense é convidado a ocupar a rua e vivenciar essa troca de saberes com outras culturas das mais diversas regiões do Brasil”, afirma Regina Pinho, diretora regional do Sesc Ceará. Este ano, mesmo com um período de inscrição menor que o do ano passado, a mostra contou com 1.607 projetos inscritos, 309 a mais que no ano anterior.
SERVIÇO Mostra Sesc Cariri de Culturas 18 a 22 de novembro Mais informações: 0800 275 5250 Acompanhe a programação atualizada pelo site: mostracariri. sesc-ce.com.br
O POVO CARIRI
ROBERTA FONTELLES PHILOMENO Jornalista e colunista do Grupo de Comunicação O POVO. Palestrante e especialista na área editorial de beleza e saúde. Apaixonada por cosméticos, perfumes e viagens
GPTW DA
SAÚDE A
quarta edição da lista das Melhores Empresas para Trabalhar – Saúde (Great Place to Work Brasil, em parceria com a Live Healthcare Media, fruto, da fusão da IT Mídia e do Empreender Saúde) premiou oito empresas cearenses, que trouxeram o troféu para o nosso Ceará, em cerimônia em São Paulo. Dentre elas, o Laboratório Vicente Lemos (categoria Medicina Diagnóstica), referência na região do Cariri (CE), sinônimo de credibilidade e competência na realização de análises clínicas. “O Laboratório Vicente Lemos possui uma equipe de profissionais especializada, que garante máxima qualidade em
todos os setores. Através do investimento em automação laboratorial e de modernos equipamentos, muitos deles únicos no Ceará, temos rapidez com qualidade na realização de exames”, diz João Lemos, diretor do Laboratório Vicente Lemos. E ainda da região abençoada por Padre Cícero, o Hospital Regional Unimed (categoria Hospital) e Unimed Cariri (categoria Planos de Saúde) arrebataram o prêmio. Na lista, ainda figuram Farmácias Pague Menos (categoria Farmácias e Distribuidoras), Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza (categoria Hospital), Free Life Saúde (categoria Planos de Saúde), Unimed Ceará e Sobral e Cariri (categoria Planos de Saúde). Parabéns!!!
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Mariza Quinderé, representante Regional GPTW, na premiação nacional, que aconteceu, em São Paulo, ao lado de João e Débora Lemos, caps do Laboratório Vicente Lemos, do Cariri. Destaque na categoria Melhores Empresas para Trabalhar, de Medicina Diagnóstica, do Brasil
Aline Lustosa e Ruy Shiozawa, representantes da Unimed Ceará, Sobral e Cariri, no GPTW Melhores Empresas para Trabalhar do Brasil
Roberta Maciel recebe prêmio GPTW Nacional em nome da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, na categoria Hospitais, Melhores Empresas para Trabalhar do Brasil
RANKING DAS EMPRESAS CEARENSES NO PRÊMIO MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR DO BRASIL. CATEGORIA
LUGAR
EMPRESA
Farmácias e Distribuidoras
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Hospitais Hospitais Medicina Diagnóstica Planos de Saúde Planos de Saúde Planos de Saúde Planos de Saúde
4o 6o 5o 3o 5o 11o 14o
Farmácias Pague Menos Santa Casa de Fortaleza Hospital Regional Unimed Laboratório Vicente Lemos Free Life Saúde Unimed Ceará Unimed Sobral Unimed Cariri
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ELAS QUEREM SEIOS MAIS
NATURAIS OS SEIOS MAIS PROCURADOS HOJE SÃO AS MAMAS COM VOLUME MÉDIO, FIRMES E MAIS JUNTINHAS
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unto com a lipoaspiração, a colocação de próteses de silicone nos seios foi um dos procedimentos que mais contribuiu para o Brasil conquistar o primeiríssimo lugar na realização de cirurgias plásticas no mundo, de acordo com a International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), ultrapassando como um foguete os Estados Unidos e o Japão, até então, firmes e fortes na liderança internacional. O procedimento se modernizou e os refinamentos na técnica cirúrgica turbinou o procedimento que se popularizou, levando milhões de mulheres a se submete ao procedimento capaz de melhorar a autoestima e enaltecer aspectos relacionados à feminilidade da paciente.
A ESCOLHA DO VOLUME E FORMATO DAS PRÓTESES
A cirurgião plástica Isabel Brasil (CRM 5284) diz que, na Região do Cariri, as mulheres, de uns anos para cá, optaram por um tamanho médio das próteses, numa busca de resultados mais naturais possíveis. “Antes, as pacientes seguiam um padrão americano, com próteses maiores”, explica a cirurgião. Para a escolha do formato e do volume das próteses, no planejamento cirúrgico, leva-se em conta a largura do tórax e da projeção, tamanhos e quantidade de pele dos seios naturais da paciente, suas características físicas e o desejo pessoal. “O volume médio mais procurado é de 285 ml a 300 ml e o formato é o redondo superalto”, explica a médica. Os implantes são indicados para avolumar os seios naturalmente pe-
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quenos ou que a perda de peso ou a gravidez alterou a forma, tamanho e volume. Também indicados para mulheres portadoras de assimetrias, com uma mama de tamanho maior ou menor do que a outra.
SEIOS PERFEITOS
Certo que o conceito dos seios considerados perfeitos varia de mulher para mulher, de acordo com a personalidade, desejo, fase da vida e até da opinião do namorado, companheiro ou marido. No entanto, existe um padrão atual de beleza vigente, símbolo de feminilidade. Conheça qual é, de acordo com a cirurgiã plástica Isabel Brasil: →→ Mamas com volume médio; →→ Seios firmes e mais juntinhos; →→ Seios projetados e com base estreitada; →→ Colo realçado;
PÓS-CIRÚRGICO
Na colocação de implantes de silicone nos seios a anestesia é local, com sedação, e o procedimento dura cerca de 1h40. “Não há necessidade de pernoite no hospital. A recuperação é bem tranquila, sendo necessário uso de sutiã cirúrgico por dois meses”, afirma a cirurgiã plástica Isabel Brasil. Em 15 dias, a paciente já está liberada para atividades do dia a dia, como lavar os cabelos sozinha e dirigir carro. “Atividade física em 40 dias. Exercícios que movimentem os músculos peitorais só depois de quatro meses, e tomar sol após três meses da cirurgia”, avisa.
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LANÇAMENTOS PARA COMPOR O LOOK Claudia Leitte surge radiante, no The Voice Brasil, da TV Globo. Fã de maquiagem, a cantora aposta na pele bronzeada, com pontos de luz, batom e unhas nude. Tendência forte para este fim de ano e verão 2017. Inspire-se na diva baiana
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