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ROTEIRO IMPERDÍVEL PARA DESVENDAR MADRID
O IMPACTO DAS OBRAS DE CLAUDIO TOZZI
BODAS DE PRATA CLIQUES DOS 25 ANOS DO MELHOR PARQUE AQUÁTICO DA AMÉRICA LATINA
ALÉM DO BELO EMPRESÁRIAS CEARENSES REVELAM SUAS INSPIRAÇÕES
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ISSN 2178-5783
RODRIGO SANTORO O ATOR ABRE O CORAÇÃO SOBRE O QUE BUSCA DE VERDADE NA VIDA
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EXPEDIENTE
VERDADES HUMANAS Nesta edição da O POVO Lounge, buscamos desnudar ao máximo nossos personagens, trazendo tudo que podemos da verdade de cada um. Fotos e entrevistas tentam capturar quem são e o que está por trás da carreira dos grandes profissionais que o leitor acompanhará nas páginas a seguir. No caso da nossa capa, não é diferente. Rodrigo Santoro, astro nacional que despontou lá fora também, abre-se em dizer que sua grande busca é por sua evolução como pessoa, algo que revela mais de sua essência, indo além do papel de ator. O editorial da publicação já investe na fotografia para traduzir mais fielmente as lindas mulheres que fazem parte dessa seção da revista. Gisela Franck, Mariana Leal, Marcela Cabral e Aline Pinho, a partir de fotos, deixam escapar traços de suas personalidades e as paixões que nutrem no dia a dia. Com Lêda Maria, as emoções vêm na cobertura de belas festas por Fortaleza e com matérias sobre histórias de personalidades da sociedade cearense. Amores de mulheres por livros, colecionadores de variados objetos e perfis de diversos tipos de profissionais compõem a cena escrita pela colunista. Já Lázaro Medeiros revive a história do melhor parque aquático da América Latina, segundo usuários do TripAdvisor, o Beach Park. E traz, ainda, entrevistas interessantes como a com o empreendedor e fundador da marca Coco Bambu, Afrânio Barreira Filho. O restaurante, inclusive, já tem data para fazer história em Miami. Para fechar, a revista fala tudo sobre as obras de Claudio Tozzi e a chegada do primeiro restaurante alemão a Fortaleza e traz informações sobre os melhores vinhos do mundo. Boa leitura!
Adailma Mendes
Fundado em 7 de janeiro de 1928 por Demócrito Rocha Presidente e Editora: Luciana Dummar Vice–Presidente: João Dummar Neto Diretor Institucional: Plinio Bortolotti Diretor-Geral de Operações: André Azevedo Diretor-Geral de Mercado Corporativo: Édson Barbosa Diretora Administrativa: Cecília Eurides Diretor de Mercado Leitor: Victor Chidid Diretora de Estratégia Digital: Arenusa Goulart Diretor-Geral de Jornalismo: Arlen Medina Néri Diretora-Executiva da Redação: Ana Naddaf DiretorAdjunto da Redação: Erick Guimarães
NÚCLEO DE CONTEÚDO & NEGÓCIOS Diretora-Responsável: Ana Naddaf Editoras-Executivas: Adailma Mendes e Andrea Araujo REVISTA O POVO LOUNGE Edição: Adailma Mendes Textos: Daniel Costa, Eduardo Carrá, Gabriela Custódio, Janaína Flor, Larissa Viegas, Lázaro Medeiros, Lêda Maria, Lua Santos, Marcus Lage e Sabryna Esmeraldo Projeto Gráfico e Edição de Arte: Andrea Araujo Design: Carlos Weiber, Ramon Cavalcante e Raphael Góes Foto de Capa: Helga Esteb/ Shutterstock Manipulação e Tratamento de Imagem: Gabriel Almeida e Renan Cândido Criação Publicitária: Jesus Freitas e Gabriel Almeida EQUIPE COMERCIAL Diretor-Geral de Mercado Corporativo: Edson Barbosa Gerente Comercial: Aline Viana Aires Área de Produção de Projetos e Revistas: Adriana Nunes REVISTA O POVO LOUNGE é uma publicação do Grupo de Comunicação O POVO Av. Aguanambi, 282 CEP: 60055-402. Fortaleza/CE PABX: +55 85 3255 6000 www.opovo.com.br PABX: +55 85 3255 6000 www.opovo.com.br
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sumário
LÊDA POR LÊDA MARIA 22 EXPOSIÇÃO
Conheça mais sobre a arte arborígene.
Histórias míticas e sagradas em obras
28 CAPA
Rodrigo Santoro fala das coisas que cultiva na vida pessoal e artística
36 EDITORIAL
Gisela Franck, Mariana Leal, Marcela Cabral e Aline Pinho revelam em fotos suas personalidades e paixões
48 APAIXONADA POR LIVROS Grandes mulheres falam dos seus amores pelos livros 54 FORTUNAS CULTIVADAS Colecionadores contam como passaram a ter apreço por peças em série. Cada objeto, um afeto 62 UMA VIDA DEDICADA À MEDICINA O médico Cabeto tem sua história de vida e planos narrados e comentados por amigos e familiares
CHICS POR LÁZARO MEDEIROS 122 25 ANOS NO BEACH PARK Confira os famosos que passaram pelo Beach Park, clicados por Lázaro Medeiros 134 LINDO CASAMENTO União entre Julia Coufal e Walter Wilms foi inspiradora. Cerimônia e festa em Porto Alegre (RS) marcaram os convidados 138 ENCANTOS DE LISBOA Lázaro Medeiros abre o diário de viagens e fala de visita a Lisboa com a atriz e modelo Luiza Brunet 144 MEUS CLIQUES Famosos e personalidades clicados por várias partes do Brasil 152 O CÉU É O LIMITE
A partir de entrevista com Afrânio Barreira conheça a história do restaurante Coco Bambu
158 ARTE 66 CINCO SÉCULOS DE HISTÓRIA
102 UM HOMEM APAIXONADO POR JOIAS
Uma das mais importantes coleções de arte privadas do Brasil exposta na Unifor até 18 de dezembro
Acompanhe entrevista com Christian Hallot, embaixador da H.Stern. Marca investe agora em design mais limpo
72 QUAIS OS CUIDADOS ENTRE OS CASAIS Veja os benefícios de exercícios físicos para a vida a dois
114 TE QUIERO, ESPANHA
Conheça lugares imperdíveis na Espanha e roteiro especial para circular por Madrid
Saiba mais sobre a história de Claudio Tozzi e suas obras cheias de crítica social
164 ARQUITETURA Anik Mourão e Pamella Arruda dizem o que mais gostam na Arquitetura e revelam seus planos profissionais
76 ZIRALDO E SUAS HISTÓRIAS
170 GASTRONOMIA Ruth Lunkeit relembra como foi a aceitação dos cearenses ao primeiro restaurante alemão de Fortaleza
98 ACADEMIA CEARENSE DE CULTURA
176 VINHOS O enófilo Paulo Aragão dá dicas preciosas de como escolher e degustar um bom vinho
O cartunista sai distribuindo opiniões e contando coisas do passado em entrevista à O POVO Lounge
Veja os melhores momentos da celebração de instalação da Acecult
O POVO LOUNGE
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NOTAS
MODA AMBIGLOW, PHILIPS
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EXPOSIÇÃO
Obra Tingari, de Sunfly Tjampitjin 22
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HISTÓRIAS
traduzidas em arte ARTE INDÍGENA AUSTRALIANA MOSTRA COMO GERAÇÕES MANTÊM VIVA TRADIÇÃO DE TRABALHOS ARTÍSTICOS EM LINHAS, SÍMBOLOS, CORES, PONTOS E TEXTURAS Gabriela Custódio gabrielacustodio@opovo.com.br
A
pós passagem da exposição O Tempo dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália, na Caixa Cultural de Fortaleza, a O POVO Lounge foi atrás de conhecer mais sobre essa arte. A mostra, que tinha mais de 70 obras da produção de tribos australianas, fazia repensar a forma como se encara artes indígenas. Histórias míticas e sagradas são mantidas vivas a partir do repasse entre gerações; e traduzidas em linhas, cores, símbolos, pontos e texturas. “Os artistas pintam obras de uma exuberância estética inigualável e com
uma iconografia altamente complexa e instigante”, afirma Clay D’Paula, um dos curadores da exposição junto com os australianos Adrian Newstead e Djon Mundine. Com a função principal de perpetuar a cultura dessa população, as obras de arte aborígenes ultrapassam limites geográficos. O reconhecimento internacional teve início durante a década de 1970 e, desde então, várias obras já estiveram presentes em feiras e bienais de arte ou compõem coleções particulares.
A ARTE ABORÍGENE As raízes dessa produção artística remetem a pelo menos 50 mil anos, com pinturas rupestres que retratam animais totêmicos e espíritos criadores das crenças dos nativos. IntrinsecaO POVO LOUNGE
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EXPOSIÇÃO
Obra Garrtjamba, de Tommy Gondoro Steele
mente ligadas às simbologias, as criações expressam histórias relacionadas ao dreamtime (tempo dos sonhos), conceito que está na base dessa cultura. Ele se relaciona com o surgimento do universo e dos primeiros seres do passado e com o início do conhecimento e das leis que regem o mundo. Ao longo do tempo, as linguagens artísticas da região foram sofrendo mudanças. O curador explica que a arte foi um dos maiores mecanismos encontrados pelos nativos para reinventar e sustentar a cultura local após a chegada dos colonizadores europeus, no século XIX. Com isso, a tradição aborígene incorporou elementos ocidentais, como tintas e telas, em um diálogo “que vem prosperando e inovando desde então”. 24
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Segundo D´Paula, as características das produções e os temas trabalhados são diversificados e o estilo das pinturas varia de acordo com o clã e a família a que os artistas pertencem e a região da qual se originam. “Dentre as formas de arte de maior destaque, encontram-se as pinturas de pigmentos terrosos naturais, normalmente na Terra de Arnhem, no norte da Austrália, e as do deserto, criadas usando tinta acrílica sobre tela ou linho na árida região que ocupa o centro do país.” Os nomes conhecidos internacionalmente e mais procurados por curadores e colecionadores são: Emily Kame Kngwarreye (1916 – 1996) e Rover Thomas (1926 – 1998). Uma das artistas contemporâneas mais significativas da Austrália, Emily desenvolveu um
Obra Solo Argiloso, Estrada de Canning Stock, de Rover Thomas trabalho com pontos em comuns com obras de diferentes fases do modernismo ocidental e com práticas artísticas japonesas. Porém, conforme o curador destaca, os artistas aborígenes, em sua maioria, não tiveram contato com esses movimentos artísticos. “Enquadrar as obras da artista dentro dos ‘ismos’ pode ser um engano muito grande.”
PRODUÇÃO COMPLEXA Junto a outros nomes como Rover Thomas (1926 – 1998), Tommy Watson (1935) e Abie Loy Kemarre (1974), as telas de Emily Kame Kngwarreye ilustram essa produção complexa, tanto em significados quanto em técnicas de execução, dos aborígenes australianos. “A arte não é uma invenção europeia.
Obra No PrincĂpio dos Tempos, de Paddy Fordham O POVO LOUNGE 25
EXPOSIÇÃO
Obra Michael I, de Lin Onus 26
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Obra O Sonhar da Folha de Arbusto, de Abie Loy
Não existe distância entre uma obra feita em uma tribo daquela feita em uma cidade”, pontua D’Paula. Estima-se que existem, hoje, sete mil artistas aborígenes na Austrália. Segundo a antropóloga brasileira Ilana Goldstein, especialista em arte aborígene, há uma série de políticas públicas no país que promovem a produção artística. Um exemplo é o incentivo à manutenção de alas específicas para as obras em museus públicos e a contratação de curadores indígenas. O status de arte dessas produções mostra uma forma diferente de tratar trabalhos confeccionados em grande parte por indígenas. Para Ilana, a vinda da exposição O Tempo Dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália ao Brasil pode ser uma possibilidade de reflexão sobre a realidade nacional. “Talvez, pensar sobre a produção artística dos aborígenes nos leve a refletir sobre o valor das sociedades e das culturas que estamos destruindo em nosso próprio país.” Clay D’Paula complementa que, no Brasil, obras indígenas são “consideradas, em sua grande maioria, artesanato”, e não arte, e que ainda deve haver mais reconhecimento dessa produção, apesar do avanço que ocorre principalmente por parte de antropólogos. “Elas (as obras) precisam ser reconhecidas e enquadradas no campo das artes plásticas pelo mundo da arte no Brasil e no exterior. Infelizmente, não existe uma bula a seguir para que isso ocorra.”
Obra Sem Título, de Emily Kame Kngwarreye O POVO LOUNGE 27
FOTOS ANDRE LUIZ MOREIRA/ SHUTTERSTOCK
CAPA
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NOSSO
RO DRI GO
NOSSO, MAS TAMBÉM DO MUNDO. CONVERSAMOS COM UM DOS ATORES MAIS QUERIDOS DO BRASIL E QUE, ESTE ANO, ESTEVE EM CARTAZ COM UM DOS PERSONAGENS MAIS ICÔNICOS DA HISTÓRIA: JESUS CRISTO. CONFIRA O BATE-PAPO COM O ASTRO RODRIGO SANTORO
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ENTREVISTA CAPA Sabryna Esmeraldo sabryna@opovo.com.br
E
ste ano, expectadores de todo o mundo puderam ver Rodrigo Santoro encarnando aquele que, muito provavelmente, poderá ser considerado um dos maiores papeis de sua carreira: Jesus Cristo. Em agosto, o ator esteve em cartaz na releitura de Ben-Hur, premiado clássico de 1959. Além do longa, Santoro também chamou atenção ao viver o amargurado Afrânio, na produção da TV Globo Velho Chico. Agora, a expectativa se volta para Westworld, série da HBO que estreou no dia 2 de outubro com uma audiência de 3,3 milhões de espectadores, maior lançamento do canal desde a consagrada série True Detective. Mas não é de agora que Santoro rouba os olhares de críticos e expectadores de seu trabalho. Mesmo longe da mídia nacional por um tempo, quando esteve investindo em sua carreira internacional, o ator sempre é recebido com muito carinho pelos brasileiros, que acompanham suas atuações hollywoodianas e relembram os personagens icônicos da televisão e do cinema nacional. O amor está no ar, Hilda Furacão, Suave Veneno, Mulheres Apaixonadas, Velho Chico. Carandiru, Bicho de Sete Cabeças, Abril Despedaçado, A Dona da História, Heleno, Os Desafinados. Love Actually, 300, 300: Rise of an Empire, Che, I Love You, Philip Morris, The 33, Ben-Hur. Aos 40 anos, o ator já tem uma lista extensa de grandes trabalhos e suas atuações marcantes justificam as boas respostas que recebe do público. “É sempre um processo de pesquisa, exploração e entrega total. O maior desafio sempre é o de construir uma personagem humana”, afirmou em entrevista a O POVO Lounge. No bate-papo, Rodrigo Santoro fala ainda sobre a experiência com o trabalho em Ben-Hur, a preparação para viver Afrânio, de Velho Chico, e os aprendizados que traz de outros trabalhos.
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NÃO É QUE AMANHÃ VOU SER O DALAI LAMA. E ELE MESMO JÁ DECLAROU QUE TUDO É TRABALHO CONSTANTE, E ISSO FICOU PARA MIM
também me coloca em contato com minhas questões. E o que posso dizer é que tiro dessa experiência o tanto que tenho que trabalhar para ser uma pessoa melhor. Não necessariamente mais religioso, mas mais consciente, com mais vontade de evoluir, de trabalhar e ficar melhor para os outros e para mim. E eu posso dizer que, durante o tempo em que estive lá [gravando filme], nunca me senti tão bem, em toda a minha vida. Você também está trabalhando em Westworld, nova série da HBO. Os teasers e as informações sobre a produção foram cercadas de mistérios. Pode falar um pouco do que podemos esperar da série? Mistério!! (Risos) Infelizmente não tenho autorização para falar sobre nenhum detalhe da série. O que posso dizer é que a experiência foi incrível. Gosto muito da personagem que estou fazendo. Me diverti bastante. Ele é um cowboy fora da lei procurado pela justiça, com senso de humor muito peculiar. Do início de sua carreira para agora, o que sente ter mudado no mercado de cinema brasileiro? O Brasil e o exterior estão mais abertos às produções brasileiras? Cada vez mais, conquistamos credibilidade e atraímos os olhares para o nosso cinema.
O que mudou em você com a experiência de viver Jesus? O que mais eu reparo é a questão da prática. Tirar da palavra e colocar em prática. Todo mundo quer ser bom. Eu, pelo menos, tento sempre ser uma pessoa melhor, evoluir a cada dia. Acho que a chave para a evolução do ser humano são as pessoas à nossa volta, lidar com as pessoas que você encontra. Essa é a real chave para o seu progresso como ser humano. Não é que amanhã vou ser o Dalai Lama. E ele mesmo já declarou que tudo é trabalho constante, e isso ficou para mim. E, quando sentir as coisas negativas, tentar transformar isso. Cada um tem sua forma. Todos temos qualidades e defeitos e me conscientizo em trabalhar nesses defeitos. Eu já faço análise há bastante tempo, que
Como foi a preparação para viver o Afrânio, em Velho Chico? Todo o elenco se preparou no galpão que pertence ao núcleo do Luiz Fernando durante alguns meses. Eu, devido a outros compromissos, cheguei três semanas antes de começar. Foi fundamental para a construção da personagem. É sempre um processo de pesquisa, exploração e entrega total. O maior desafio sempre é o de construir uma personagem humana, sem estereótipos ou julgamentos. Essencialmente humana. Como somos todos nós. Fiz Também viagens curtas para algumas cidades do Nordeste, buscando sempre compreender e vivenciar as culturas locais. Aprendi muito com as pessoas que encontrei por lá. E tentei trazer o que vi e ouvi para o Afrânio de alguma forma.
CAPA Com a oportunidade de conhecer o local em que se passa a novela e as pessoas da região, o que procurou trazer da essência dessas comunidades para o personagem? Os meses que passei no sertão me ensinaram muito. Desde pequenos detalhes de como as pessoas se relacionam umas com as outras e com o que está em volta delas (ou que não está em volta!) até cenas emocionantes, como um banho que tomei com várias crianças num caminhão pipa. Pude conhecer, ainda mais, um Brasil que poucos têm acesso. Parte do tempo em que eu não estava gravando serviu para eu conhecer os moradores locais, ouvir e contar histórias. Um dos temas abordados na novela é o coronelismo. Ele faz parte da formação das estruturas de poder do nosso país. Acho que é um assunto que vem ao encontro do momento atual que vivemos. Espero que o tema sirva também como reflexão. Como foi a troca de experiências, vivências com os atores nordestinos, que compuseram 70% do elenco da novela? Uma experiência maravilhosa. Isso dá muita verdade para a história. São atores que vivem naquele universo, que são daquela terra. E são grandes atores! Me sinto sinceramente honrado de ter feito parte de um elenco tão cheio de talentos. Há algum personagem que ainda não tenha feito e queira fazer? Às vezes, acho que as personagens também escolhem os atores. Acredito nos encontros. Essas são as grandes experiências. Quando a personagem e o artista se encontram e vivem uma história juntos. Como uma amizade ou uma história de amor, é difícil explicar o porquê específico de você ficar amigo de alguém ou se apaixonar por alguém. Química talvez. Não sei. Algo acontece. O que eu busco são esses encontros. Além da série e da novela, há algum outro plano profissional que possa nos adiantar? Estou buscando algo no teatro para fazer. Mas ainda nada definido. 32 O POVO LOUNGE
WESTWORLD
BEN-HUR
Produzida por J.J Abrams (Alias, Lost, Fringe) e escrita por Jonathan Nolan (Person of Interest, O Cavaleiro das Trevas, Homem de Aço, Interstellar), a nova série do aclamado canal HBO se passa em um parque temático que recria diversos períodos da história, entre eles, o Velho Oeste. A trama futurista, traz como personagens diversos androides com aparência humana, que podem ser mortos e voltar com personalidades diferentes. A história se desenvolve quando esses robôs começam a sofrer uma pane e passam a ser uma ameaça. No elenco, além de Rodrigo Santoro, estão: Anthony Hopkins, Ed Harris, Evan Rachel Wood, Thandie Newton e Tessa Thompson.
Um príncipe devoto a sua fé e a favor da liberdade dos judeus é traído por um amigo de infância que, na vida adulta, torna-se a favor do poder imperial de Roma. Escravizado e passando por diversas provações, Ben-Hur promete voltar para fazer justiça e salvar a família. Em seu caminho de luta e fé, o protagonista conhece Jesus Cristo. Refilmagem do longa de 1925, baseado no livro Ben-Hur: A Tale of the Christ, de Lew Wallace, o filme épico de 1959 marcou a história do cinema americano. Além de ter tido um dos maiores orçamentos e um dos maiores cenários construídos na história do cinema, o filme teve a maior arrecadação do ano em que estreou e, com o tempo, tornou-se a segunda maior bilheteria, atrás apenas de E o vento levou. Ao todo, a produção arrecadou 11 Oscars, feito repetido apenas por Titanic e Senhor dos Anéis: O retorno do Rei. O filme de 2016 conta com atores, como Jack Huston, Morgan Freeman, Toby Kebbell e Nazanin Boniadi.
1995
Consegue seu primeiro grande papel na televisão, o Serginho, de Explode Coração. Antes disso, Rodrigo, que já fazia a Oficina de Atores da rede Globo, foi reprovado no teste para a minissérie Sex Appeal. Antes ainda de Explode Coração, conseguiu um pequeno papel na novela Olho por Olho e participou do elenco de Pátria Minha.
1998
Um ano após viver um dos personagens centrais da novela O Amor está no ar, o ator dá vida a um frei, na minissérie Hilda Furacão, que se apaixona pela por Hilda, uma prostituta. No ano seguinte, viveu o problemático Eliseu, na novela Suave Veneno.
2001
Depois de integrar o elenco da novela Estrela Guia, Rodrigo vive um de seus personagens mais icônicos, um jovem internado à força em um manicômio, no filme Bicho de Sete Cabeças. Simultaneamente, atuou no longa-metragem Abril Despedaçado, indicado ao Globo de Ouro em 2002.
2003
Interpreta a marcante travesti Lady Di, no filme Carandiru. No mesmo ano, integra o elenco de Mulheres Apaixonadas, onde vive o charmoso Diogo. Também nesse período, faz uma participação no filme americano Charlie’s Angels: Full Throttle, e vive um personagem no longa inglês Love Actually. Em 2004, protagoniza o divertido longa brasileiro A Dona da História.
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RODRIGO ANO A ANO
FOTOS DIVULGAÇÃO
2005
Protagoniza as duas jornadas de Hoje é dia de Maria. No ano seguinte, vive um personagem na terceira temporada da bem-sucedida série americana Lost.
2007
Chama a atenção com o vilão Xerxes I na produção canadense 300. No ano seguinte, de volta ao Brasil, vive um dos protagonistas do longa Os Desafinados e integra o elenco do filme Che. Em 2009, faz uma participação especial na minissérie Som & Fúria e faz par romântico com Jim Carrey no filme I Love you Phillip Morris.
2011
Integra o elenco do filme Meu País e dubla o personagem Túlio, do filme Rio. No ano seguinte, dá vida a Heleno, no filme homônimo e integra o elenco do longa americano What To Expect When You’re Expecting.
2014
Volta a dar vida a Xerxe I, em 300: Rise of an Empire. Em 2015, faz o filme Golpe Duplo, ao lado de Will Smith e conta a história dos mineiros chilenos no longa The 33.
2016
Grande ano para o ator, vive o personagem Afrânio na novela Velho Chico, dá vida a Jesus Cristo, na releitura de Ben-Hur, e integra o elenco da nova série da HBO, Westworld.
FOTOS ETHI ARCANJO
EDITORIAL
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MULHERES QUE
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FOTOS ETHI ARCANJO
EDITORIAL
GISELA FRANCK O sorriso de menina e o olhar de quem tem muitas responsabilidades. Gisela Franck atua há seis anos em uma das marcas de beachwear mais conceituadas do Brasil: a Água de Coco. Em paralelo, ela trabalha também sua marca autoral, que leva seu nome. A jornada é finalizada com os deveres de mãe, esposa e, claro, mulher. Há 12 anos, Gisela trabalha no universo da moda. Já passou por grandes marcas como Lenita Negrão e Anamac, e sempre insistiam para que ela criasse uma marca autoral. “E eu nunca quis porque achava que eu nunca sabia de nada. Até hoje acho que todo dia é um aprendizado, e eu queria ter muita experiência para ter uma marca própria.” Enquanto fala, Gisela é pura tranquilidade, simplicidade. E revela: “Simplicidade é o maior luxo, é a maior sofisticação”. O jeito básico, mas minimalista de Gisela encanta. O poder de ser camaleoa se reflete em suas coleções. Este ano, no Dragão Fashion, ela fez questão de homenagear a cearensidade. “Eu sempre me inspiro em algo que me emociona. Se eu vivo um momento, vou em uma exposição que me emociona, eu resolvo falar sobre isso. E no último Dragão, eu fui para o Cariri ao encontro de seu Espedito. Na verdade, foi uma sugestão de meu pai que eu falasse sobre Espedito Seleiro, pedir permissão para ele, dizer que faria um desfile em homenagem a ele. Então, o que vivi lá foi único, uma experiência incrível na qual aprendi muito.” 38
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FOTOS ETHI ARCANJO
EDITORIAL
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MARIANA LEAL “A Mariana é uma menina pé na areia, que adora uma chinela Havaianas, gosta de praia, de sair para tomar uma cerveja...”, assim se descreve a sócia da marca de moda praia Rio de Jás. E quem vê o tom bronzeado de Mariana Leal, seu sorriso largo, não imagina outra descrição. A empresária entrou no mundo da moda praia quase que por acaso. Formada em comércio exterior, após um período fora do Brasil, ela foi chamada para trabalhar em uma marca conceituada do segmento em Fortaleza. E se apaixonou. Entretanto, o local ficou pequeno para os sonhos de Mariana, que acabou saindo para investir em uma empresa própria. Ao lado de sua sócia, Sara Brasil, ela comanda a parte de produção e administração financeira da Rio de Jás, que já tem cinco anos de mercado. E para quem acha que trabalhar na indústria da moda é sinônimo só de glamour, revela: “Tem dias em que estou sentada no chão contando peças de estoque”. O POVO LOUNGE
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MARCELA CABRAL A marca da arquiteta e urbanista Marcela Cabral é seu trabalho sem identidade de tempo. Que perdure. Sem traços de modismos que datem o que ela projetou. Afinal, como ela mesma ressalta, todas as pessoas passam por fases, diferentes ciclos, então, não há porque definir um ciclo único em um projeto tão durável como a arquitetura de um espaço é. A paixão de Marcela pela arquitetura foi espontânea. “Não era uma coisa de família, foi uma coisa pela qual criei gosto. Na adolescência comecei a me interessar. Nas viagens, me interessava demais.” O gosto virou profissão e lá se vão mais de dez anos de mercado. Apesar de ser partidária da atemporalidade, Marcela não é fechada ao que acontece de novo no mundo, no mercado. Pelo contrário. “Eu acho que tem que saber usar com medida.” Longe dos desenhos e projetos, Marcela considera-se perfeccionista e carrega consigo a marca de quem gosta um pouco de tudo. “Para eu me botar na balança é difícil, mas eu diria que sou uma contemporânea. Estou um pouco mais cool, mas já fui mais clássica. A vida é feita de ciclos, nos reinventamos, conforme cada fase da nossa vida.” Marcela ainda diz que é oito ou oitenta. Não gosta de meio-termos. “Quando decido uma coisa, vou de cabeça. Sou assim nos projetos, na vida pessoal, entro de coração.” 42
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ALINE PINHO Quem a observa entre cliques e looks nem imagina a menina tímida que existe por trás de Aline Pinho. “Às vezes, as pessoas acham que eu sou um pouco antipática, mas eu não sou. Eu sou super tímida mesmo. Hoje em dia eu estou me esforçando para chegar nos cantos e falar, mas ainda tenho muita vergonha de foto”, confessa. Digital influencer, Aline é apaixonada por moda. Adora procurar novidades, pesquisar tendências, observar o que está acontecendo. “Desde pequenininha eu já gostava de moda, gostava de observar minhas amigas no colégio. Achava o máximo, porque minha mãe nunca ligou muito para esse negócio de moda.” Com paixão pelo que é trending, por culinária, por arquitetura e amor por viajar, Aline revela também seu lado mais simples. No dia a dia, segundo ela, basta uma blusa de malha, um short-saia, um slipper e a companhia dos dois filhos para estar feliz. “Passo o dia de rabo de cavalo, tênis, short. É a minha cara.” 44
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GENTIL BARREIRA
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LÊDA MARIA
é colunista do Vida & Arte, além de editar suplemento de Literatura do jornal O POVO e escrever artigos mensais sobre arte, comportamento e educação
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YULIA GRIGORYEVA / SHUTTERSTOCK
APAIXONADAS
POR LIVROS OITO MULHERES COM ATUAÇÃO NO MERCADO CEARENSE DECLARAM SUAS PAIXÕES PELOS LIVROS E NARRAM COMO ELES AFETAM SUAS VIDAS
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las levam exatamente o tipo de vida que querem e vivem a cativar os amigos. Desde a infância, viram, também, surgir uma paixão voraz: a paixão pelos livros. Estes são seus companheiros fiéis e inseparáveis. Ocupam suas angústias e solidões, assim como suas primaveras. Da variedade de temas e segmentos dos livros, algumas mulheres da sociedade cearense estabelecem uma comunicação entre o mundo imaginário e o real, com a vida, com as dores e com as revelações amorosas dos grandes romances. Veja um pouco das histórias dessas personagens nas próximas páginas. O POVO LOUNGE 49
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ROBERTA ARRAIS
LÊDA
“Menina frágil, cresci entre livros de mil aventuras que me ajudaram a ter sempre alguém por perto, a ouvir histórias que eu recontava com viva emoção. Para o universo de um livro me transporto desde o momento que o toco. Se as palavras não me seduzem, fico triste como se perdesse um aliado. Frequentemente, quando um livro me chega de alfarrabista, sebo ou mesmo de uma calçada de rua, e reconheço-o no inicio da deterioração, limpo, cuido, colo, remendo e retoco seus desastres quase como a um corpo vivo. Amo intensamente os livros e me cerco deles porque não conseguiria viver distante da segurança que eles me transmitem, de que o mundo e a cultura vão sempre continuar.” Beatriz Alcântara, escritora
TATIANA FORTES
“Um livro é apaixonante! É um passaporte a uma viagem. Viagem inversa, do ‘eu interior’. Pode ser uma reflexão com nós mesmos ou uma aventura inclusive incorporando personagens. Uma coisa é certa: um livro já nasce precioso com as palavras e impressões de seu autor e se enriquece ainda mais pelas vidas lidas e vividas por nós leitores. As palavras corretas em momentos certos têm o poder transformador. Cada livro é uma viagem, e como todas, nunca retornamos delas como partimos, mas voltamos, sim, revigorados e fortalecidos. Livros são vida.” Maria José Lopes, arquiteta
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“Desde muito cedo, os livros ocuparam meus espaços. O quarto da menina tinha entre as bonecas livros pequeninos. Primeiramente, cheios de desenhos e poucas palavras. Depois, já vinham aqueles com ilustrações e textos. Eram atraentes. Passei a tê-los como companheiros. A leitura concentrava minha atenção. E a sua prática levou-me a chegar à adolescência apaixonada pelos romances. Li muitos e maravilhosos. Um tempo de encontro e de aprendizagem. Os livros ensinam muitas coisas e colocam perto de nós homens e mulheres maravilhosos. Hoje, foi não foi, os reencontros. Agora, inclusive, estou relendo Sissi, a Imperatriz, após dedicar total atenção a um livro especial: 1880, um relato histórico valioso.” Ana Studart, executiva
“Ainda criança, o universo das letras já me encantava. Sempre fui incentivada pelos meus pais a criar o hábito da leitura. Na transição para a adolescência, minha paixão foi despertada por livros de Pedro Bandeira e J.K. Rowling que, com sua simplicidade e imaginação, fizeram-me conhecer um novo mundo, mais colorido e mágico. O sentimento pelas incontáveis histórias, por personagens apaixonantes que se tornaram amigos mais chegados, foi só crescendo com o passar dos anos. Ler para mim é o modo mais fácil e belo de entender a realidade, expandir meus conhecimentos sobre lugares nunca antes vislumbrados, aprender novas palavras e conceitos, assim como apreender princípios que me norteiam para ser uma pessoa melhor. Pude compreender melhor a mim mesma, assim como o mundo que me cerca, através dos livros. A leitura é um refúgio em que sei que sempre encontrarei apoio e um final feliz.” Thaís Pinheiro Feitosa, tradutora
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“Desde a minha infância, sentia forte amor pelos livros. Minha mãe, professora, passava-me, todos os dias, lições de ternura e encantamento que podíamos vivenciar por intermédio dos livros. E esse encantamento foi crescendo à proporção que eu também crescia. Fiz dos livros meus companheiros diários e amigos inseparáveis. Com eles, ao longo do tempo, foram-se desenvolvendo em mim habilidades de compreensão, raciocínio rápido, interpretação, concentração e muitas outras [qualidades]. Hoje, escritora, posso afirmar que é nos livros que se obtém o conhecimento que nos falta, ou seja, neles se encontra toda uma diversidade de estilos de vida, arte, modos de pensar e relacionar-se dentro de uma sociedade, em todas as fases da vida.” Giselda Medeiros, escritora “Meu primeiro namorado ainda quando criança foi o livro. Nascida de pais que nutriam total dedicação aos livros e à sua biblioteca, foi fácil me apaixonar, manter a sua companhia. Lia aqueles que me atraíam e os outros de uma relação organizada pelos meus pais. Esse hábito de leitura abriu portas e o mundo, permitindo viver histórias e conviver com outros temas, como curiosidades de viagens, um verdadeiro centro de informações vindo estimular meu desejo de conhecer o mundo. Passei a organizar e vivenciar essas viagens, saindo, facilmente, para qualquer lugar. Às vezes, até chegando a um desses lugares, já com total conhecimento deles tal o poder da informação dos livros que lia. O Homem de Constantinopla e O Milionário em Lisboa são os meus preferidos. Outro capítulo dessa paixão pelos livros é o contagio passado para os meus filhos, iguaizinhos a mim. Não sou egoísta, divido ainda com outras pessoas, emprestando os livros e, muitas vezes, doando-os a grupos e/ou a bibliotecas.” Celina de Castro Alves, pesquisadora 52
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AURÉLIO ALVES
MATEUS MONTEIRO
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“Tudo começou com E o vento levou. Ele chegou no início da minha adolescência. Minha mãe lia muito e esse livro ela deixou sobre a mesa, quando eu estudava para uma prova no colégio. Fui atraída pela capa, mas quando comecei a ler as primeiras linhas, senti-me completamente seduzida, ao ponto de não largá-lo mais até a última palavra. Ele foi a minha primeira paixão. Daí em diante, sempre estou bem acompanhada, entregando-me à leitura que amplia nossos horizontes, nossos conhecimentos, nosso amadurecer.” Ana Melo, designer de interiores
“A primeira paixão foi arrebatadora. Aos meus irmãos era permitido ler Jorge Amado, José de Alencar e outros autores que mantinham uma criatividade bem ligada à realidade nordestina. Mas, ‘essas leituras não são para meninas’, anunciava a minha mãe, tirando de perto de nós a possibilidade dessa convivência. Porém, certa noite, meu irmão deixou sobre a mesa, o livro Gabriela, Cravo e Canela de Jorge Amado, escrito em 1958. Foi uma atração total, motivada pela desobediência e pelo desvendar de mistérios. Em meu quarto o livro foi devorado, e levado dia seguinte para a escola onde eu acelerava aquela leitura, que lembro tentadora. Mantive o segredo, consegui chegar até a última página e, daí por diante, começou o trocatroca de livros bons entre algumas amigas igualmente afoitas. Apaixonei-me por José Lins do Rêgo. Menino do Engenho foi lido várias vezes. Veio Rachel de Queiroz, Adolfo Caminha, Alcides Pinto, Artur Eduardo Benevides, Patativa do Assaré e outros, considerados meus amigos e que contribuíram diretamente com o aperfeiçoamento das minhas redações, programadas na cadeira de português e depois nas minhas exposições que saíram da escola, para outros grupos. O livro é um companheiro, que merece ser amado e nos acompanhar ao longo da vida. Levei para os meus filhos a mesma prática. E isso eu advogo para os pais. Impulsionem seus filhos para gostar dos livros, ler, ter tempo para isso. Só benefícios eles colherão.” Selma Cabral, presidente da Alfe
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Regina Catunda, que, já aos 15 anos, encomendava sapato especial aos moldes de um calçado de princesa 54
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FORTUNAS CULTIVADAS COLECIONADORES DE DIVERSOS TIPOS DE PEÇAS CONTAM COMO COMEÇARAM A PAIXÃO POR COMPRAR E GUARDAR ITENS QUE OS ENCANTAM
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uem se encanta com peças raras e não raras, exigindo critérios, avaliações e conhecimento do belo, conhece um outro mundo. Quem, ao lado do trabalho e da profissão, encontra tempo para um contato com novidades e antiguidades desfruta de alegrias. Os colecionadores caminham mundo afora e dividem conhecimentos e curiosidades com amigos e familiares, apreciadores da paixão por guardar artigos, embalando, vez ou outra, segredinhos de suas “fortunas”. Bete Cunha, Anísio Araújo, Regina Catunda e Flávio Leitão Filho, no dia a dia, caminham entre as atividades profissionais, sonhos e suas coleções de raridades. Em todos, um ponto em comum: o zelo pelos pertences que registram épocas e boas lembranças.
SAPATOS DOS SONHOS Regina Catunda, na infância, já exigia da mãe um sapatinho novo para cada roupa. Aos 15 anos, começou a projetar sua coleção, avaliando peças que mereciam ser usadas, mas bem guardadas. O sapato da festa de debutante foi copiado de um sapato de princesa. Mandado confeccionar, a peça teve a fiscalização da dona junto ao sapateiro para que ele saísse perfeito. Hoje, a arquiteta detém um móvel só para seus objetos de desejo. Não entra qualquer um. Tem que ter cor, beleza e qualidade. Aqueles direcionados às festas foram ou são detalhados com pérolas, fitas ou tecidos nobres. A primavera, estação preferida da colecionadora, ganha uma prateleira especial e aí explodem os florais, os de cores fortes. São mais de 100 pares. Mensalmente, uma secretária cuida de limpá-los e fazer algum conserto. As filhas Lara, Lorna e Ivna apreciam demais a coleção, mas não ousam seguir porque consideram ser uma “mania” que exige muita dedicação para ser conservada. Porém, elas não desprezam a tentação de, foi não foi, usar um sapato e chamar a atenção, prometendo devolver intacto e bem limpinho. Entre as raridades, Regina cita um sapato Chanel, comprado em Paris a um preço superior à passagem aérea de Fortaleza para a capital francesa. Outro, um pretinho, bordado de cristais, que ela não usa, mas dedica algumas horas apreciando a sua feitura.
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Flávio Leitão Filho começou sua coleção de miniaturas de aviões aos cinco anos
NAS ASAS DOS AVIÕES A graça do apartamento do médico Flávio Leitão Filho já começa na entrada, onde uma prateleira apresenta uma miniatura de avião alemão, moderníssimo, que nos faz suspirar pelo seu detalhamento. Já o consultório médico tem um espaço não só reservado aos aviões, mas uma oficina de conserto. A formação da coleção começou quando menino. Com cinco anos ele teve que acompanhar sua mãe, Marimília, para Nova York, onde a família passaria a morar por conta de um curso de especialização do pai, Flávio Leitão, também médico e neurologista. “No novo país, fui alimentando essa paixão de formar o 56
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cenário e ali ver desfilar meus aviões. Aos nove anos, já em Fortaleza, no bairro de Água Fria, consegui, com a ajuda do tio Luís Esteves, também um apaixonado, construir meu primeiro aeroporto. Eram fotos de revistas, postais, aviões pequenos vendidos nas Lojas Americanas.” Com a adolescência, a paixão foi abandonada. “Isso durou pouco. Quando universitário, procurava conhecer os protótipos e, ao sair para fazer residência na Alemanha, as lembranças do menino colecionador brotaram. Minha mãe, ao saber, mandou, no dia do meu aniversário, um aeroporto lindo trazido em uma gran-
de caixa. Recebi e cai em lágrimas. Era caro demais. Vendi e comprei pinças cirúrgicas. A família não parou de me estimular, pois crescia dentro de mim o sonho de ter meus aviões. Com 27 anos, a paixão explodiu. “Até hoje permaneço pesquisando, comprando, trocando ideias. Tenho o menor avião, um 737-300 da Varig, e o maior e mais caro, um Boeing 777, também da Varig. Recentemente, voltando de uma conferência que fui fazer em Milão, em congresso médico, trouxe o último, o mais bonito e caro avião da Varig, o 767-200. Em breve, terei um aeroporto e um acervo de fazer inveja a muitos colecionadores.”
SELOS RAROS Anísio Araújo projetou-se como colecionador pelos selos raros da área fiscal. Tudo começou em 1970, incentivado pelo irmão José Clemir, na época, telegrafista e colecionador. Hoje, Anísio tem 1,4 milhão de selos e peças filotélicas. “Na família, em meio às minhas preciosidades, a alegria, às vezes, é suspensa. Enquanto meus filhos, Roberto, que foi presenteado com toda a minha coleção da comunidade britânica, e Anísio Filho e Luciana, que já aderiram ao ato de colecionar, a minha mulher nem sempre aprecia esta minha ‘mania’. Faz cenas de ciúmes, como no dia que paguei US$ 2 mil por uma raridade brasileira encontrada na mão de um americano”, conta Araújo. Em meio ao prazer de colecionar, também acontecem situações de dissabores. “Fui convidado para participar da Exposição Luso Brasileira. Levei para Portugal minha coleção do século XIX e outras raridades. Ao final, despachamos via Sedex/EBCT todo o material. Até hoje nada chegou às minhas mãos. Já confirmamos que de Lisboa para Brasília foi comprovada sua chegada. São 1.200 selos e 194 peças filotélicas, representando diversos países.
Anísio Araújo já participa até de exposições internacionais com seus selos e peças filotélicas
LOUÇAS DO MUNDO
Beth Cunha reúne quase 100 peças de louças antigas
Uma das empresárias mais dedicadas ao comércio de tapetes, Beth Cunha, desde muito cedo, começou a colecionar objetos. Primeiro, vieram os vidros de perfumes. Depois lápis e retratos de artistas famosos. Mas, um belo dia, ela adquiriu, em viagen internacional, uma xícara de porcelana azul. Encantou-se. E, mentalmente, começou a acreditar que lhe daria muito prazer fazer uma coleção dessas raridades. “Minhas viagens ao exterior passaram a ter espaço para, entre as compras profissionais e/ou exposições, frequentar brechós, magazines e boutiques de louças antigas”, revela Beth. Até hoje essa programação é mantida. O acervo, que é muito raro, na beleza e no preço, é formado por quase 100 peças. Existem objetos da família e outros de marcas inglesas, portuguesas e até iranianas. O POVO LOUNGE 57
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SÓ ENCANTOS Esthephania Teixeira e Daniel Demicheli realizaram uma bonita celebração de casamento entre os raios solares de um fim de tarde e o vento envolvente de um pôr do sol, na praia da Tabuba. A cerimônia religiosa foi na igreja Nossa Senhora das Graças e São Pedro. a música sacra acompanhou a emoção do casal e de seus pais. Depois, os noivos recepcionaram convidados no cenário da casa dos pais da noiva, Eveline e Marcelo Freitas, lindamente decorado por Juliana Capelo.
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1. Noivos com as damas 2. Rafael e lara Moreira, os noivos, Fabio Demicheli e Carol Campos 3. A noiva com Luciana Castro e Nathalia Vitorino 4. Guilherme Castro, Ignacio Melo, Gabriel e Juliana Cyrino, Amanda Saraiva e Isabela Melo 5. Os noivos com as “ANJAS�: Ana Maria Pessoa, Angela Cunha, Stella Rolim, Maria Vasconcelos, Eveline Freitas, Auricelia Queiroz, Nubia Cavalcante, Tane Albuquerque e Ines Von Bah O POVO LOUNGE 59
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1. Estephânia e Daniel Demicheli 2. Hélder Miranda e Viviane, Lêda Maria Souto, Dayse Sobral de Assis e Marcelo Freitas 3. Romero e Bruna Demicheli, os noivos, Marcelo e Verônica Montenegro e as crianças 4. Os noivos com Jonathas e Kamila Albuquerque 5. A família da noiva 60
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UMA VIDA DEDICADA À
MEDICINA O MÉDICO CABETO MARTINS RODRIGUES VIVE COM INTENSIDADE A PROFISSÃO E SONHA EM CONSTRUIR O INSTITUTO DE CIÊNCIAS MÉDICAS, PROJETO QUE DESENVOLVE DESDE 2000
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ntusiasta, amigo, pesquisador e teimoso na busca de realizar seus projetos, uns simples outros audaciosos, como é o Instituto de Ciências Médicas Dr. Paulo Marcelo Martins Rodrigues, uma justa homenagem ao pai. Assim é o médico Cabeto Martins Rodrigues, que fez uma pausa no seu dia a dia, que parece ter mais de 24 horas, para ser sabatinado pela O POVO Lounge, desnudando muitas coisas guardadas dentro do coração e da memória. Bem casado com Rita D’Alva e pai de Paulo Marcelo, André e Clarisse, Cabeto não hesita em dizer que a família é a base para a felicidade, “sem ela pouco se constrói, pouco atingimos a afetividade, o êxito naquilo que sonhamos”. Ele acompanha temerosa a velocidade com que os valores morais estão mudando, e diz que a civilização carece de mais valores. Revela que avaliando a realidade dos fatos sente que tem alguns medos. Um deles é não querer sofrimento para seus filhos. Esse homem, acreditado e querido pela sociedade, é um missionário entregue 24 horas à medicina. “Sou da boa-fé. A busca da felicidade é minha doutrina, assim consigo desempenhar bem meu papel de pai, marido, amigo e profissional.” Acompanhe agora entrevista completa. Qual sua máxima de vida? Aprender sempre, sempre. Cite um defeito e uma qualidade seus. Sou tímido, não sou muito organizado. A qualidade, se é que podemos assim chamar, é a capacidade que tenho de doação e de sensibilidade. Que lembrança maior mantém de seus pais? Da minha mãe, Cláudia Soriano Aderaldo, a alegria permanente, espontaneidade. De meu pai, Marcelo Martins Rodrigues, a capacidade de compreender a vida e as pessoas, a paixão ardente pela Medicina. Qual a sua ideia de felicidade?
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Gostar das pessoas, não selecionando-as pela identidade e a elas se dedicar, compreender. O que mais admira em uma pessoa? O conhecimento, a sabedoria, a simplicidade. E o que mais detesta? A prepotência e o autoritarismo. Longe do trabalho, um bom livro ou um cachorro? Um bom livro, apesar de gostar muito de cachorro. Todos temos uma mania, qual é a sua? Curtir a música popular brasileira, muitas vezes, entregando-me a cantar, já que sou frustrado por não tocar piano. As mulheres têm tido mais doenças que os homens?
As transformações ocorridas na sociedade têm levando a mulher a equiparar-se ao homem. Isso ocasionou mudanças de hábitos. A mulher ganhou mais liberdade, porém teve alguns prejuízos: acúmulo da carga horária de trabalho, multiplicação de papéis na família e na vida profissional, estresse, angústias. Tudo isso é terrível. A saúde do coração está muito debilitada? Sim. Confirmamos o estresse, o desamor, a obesidade, o cigarro, a falta de qualidade do sono e o sedentarismo como fontes de grande perigo à vida saudável da mulher, assim como à do homem. Medicina: água viva? Sou um otimista. Estamos evoluindo, convivendo com a tecnologia na busca de transformar o sofrimento em qualidade de vida, em encontro com a felicidade. Mas os novos profissionais médicos parecem estar na contramão, na via do mercantilismo? Esse é o grande desafio. É preciso preparar bem os profissionais da Saúde, buscando saber que perfil de médico a sociedade espera. Avaliação dos cursos de Medicina e pôr em prática o debate da qualidade, e isso inclui política pública. Saúde é uma coisa complexa. Cite três qualidades necessárias ao médico? Humildade, capacidade de doação e [saber] ceder. O Instituto de Ciências Médicas, projeto pelo qual você batalha desde 2000, quando voltou do doutorado no Incor/SP, é o seu grande desafio? Pelo tempo, nota-se que sou teimoso. Desejo construir na área de Porangabussu o Instituto de Ciências Médicas, com o objetivo não só de oferecer leitos e tratamentos, mas também de ser um centro de estudos e pesquisas, beneficiando a comunidade científica e acadêmica. É um centro voltado para apoiar a comunidade, daí desejar que a sociedade se envolva, abrace essa causa.
NOTAS SOBRE CABETO REUNIMOS ALGUNS NOMES PARA OPINAR SOBRE O MÉDICO CABETO MARTINS RODRIGUES. VEJA AS DECLARAÇÕES DE AFETO E DE ADMIRAÇÃO. “O Cabeto é um desses homens de Deus. É com essa postura que ele exerce a Medicina, como um sacerdócio que trouxe do berço, inspirado no exemplo do pai, um grande mestre. Tenho orgulho em privar da sua amizade e confiança. Conversamos com frequência e compartilhamos lições de vida, desafios profissionais. Tememos pelas consequências do que vemos no dia a dia da prática médica. Sou entusiasta e parceiro do projeto social que é seu sonho, a construção de um grande hospital, que será um marco na história da Medicina em nosso Estado, podendo preencher uma grande lacuna na atenção à saúde de nossa gente.” Henry Campos, médico e reitor da UFC “É uma pessoa extremamente humanitária. A Medicina para ele ultrapassa a profissão para tornarse uma vocação, e isso ele herdou do pai. Cabeto procura ver o doente mais que a doença. É íntegro e de uma bondade excessiva. Ao seu lado, está uma grande mulher, a Rita, mantendo a estabilidade de uma relação amorosa e intensa. Posso revelar também que ele não tem pretensões políticas, mas é um político, um estudioso, herança do avô dele Martins Rodrigues. Agora,
exercendo seu desejo de também ampliar projetos sociais, criou o Projeto Clássicos na Lagoa, a acontecer todas as primeiras sextasfeiras de cada mês na Lagoa do Porangabuçu, reunindo orquestras e músicos formados por entidades filantrópicas e exibindo vídeos de curta duração sobre os grandes compositores. É o Cabeto junto com Beatriz e Lauro Fiúza e outros próximos à periferia, mostrando que a saúde não se restringe a não ter doenças, mas que se traduz em qualidade de vida, cultura, lazer, convivência, moradia etc.” Roberto Martins Rodrigues, advogado e tio de Cabeto “Quanto mais amamos e admiramos uma pessoa, mais difícil é falar sobre ela. Carlos Roberto é o meu amor, meu melhor amigo e meu porto seguro. Não me vejo sem ele. Nós construímos juntos. E essa construção, que passa de nós aos nossos filhos, é o que dá sentido à minha vida. Não conheço pessoa mais íntegra, mais teimosa nem mais sonhadora. Não vejo quem traga tanto peso, e consiga ser leve. Quem saiba aproveitar cada momento, mesmo que a seu modo em um flash. Quem corra tanto e consiga parar para olhar, escutar e ver quem está ao seu lado. A cada dia aprendo um pouco sobre ele, e sei que esse aprendizado vai me acompanhar enquanto tivermos a sorte de estarmos juntos.” Rita D’Alva, esposa
‘Vejo o médico Cabeto como uma pessoa sempre voltada para o bem. Os seus atos e compromissos estão alinhados em um caminho trilhado pela honestidade e pela ética. O que ressalta é sua grande capacidade de trabalho, alicerçada em rara inteligência, profundo conhecimento profissional e extraordinário raciocínio. Sempre estou a enaltecer a sua visão social e a permanente preocupação pelos interesses reais da coletividade. Temos no Ceará um cidadão exemplar e extraordinário.” Plínio José da Silva Câmara, médico pneumologista “Nosso pai, Carlos Roberto, é aquele que nos ensina, que nos aconselha e que nos guia para a melhor versão de cada um de nós. Ele é aquele que sempre fala as coisas certas nas horas certas”. André, Paulo Marcelo e Clarissa, filhos O POVO LOUNGE 65
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Homem andando, de Ernerto Di Fiori
cinco séculos de
HISTÓRIA Mulher em pé, Ernesto Di Fiori
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EXPOSIÇÃO DE COLEÇÃO DO CHANCELER AIRTON QUEIROZ, NA UNIFOR, DIVIDE AS OBRAS ENTRE PERÍODOS HISTÓRICOS E MOVIMENTOS ARTÍSTICOS, TOTALIZANDO CINCO EIXOS: DO BRASIL HOLANDÊS À REPÚBLICA, MODERNISMO, ABSTRAÇÃO, CONTEMPORÂNEOS E PRESENÇA ESTRANGEIRA
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chanceler Airton Queiroz entregou sua coleção valiosíssima de obras raras para ser vista no Espaço Cultural da Universidade de Fortaleza (Unifor). O ato revela seu amor à Cidade. Ali se pode sentir sua generosidade em dividir suas preciosidades artísticas adquiridas desde a juventude, quando já revelava sua paixão pelas artes. Essa paixão emana também o amor à história e ao processo criativo dos verdadeiros artistas, que lá estão. Queiroz construiu, ao longo de quatro décadas, um panorama extraordinário que vai do Brasil holandês aos dias atuais. A coleção, uma das mais importantes e completas do País, reúne cinco séculos de história. Parte desse enorme legado está aberto à visitação até 18 de dezembro de 2016. A exposição tem curadoria de Fábio Magalhães, José Roberto Teixeira e Max Perlingeiro, sob o olhar atento do chanceler. Reúne 260 obras dos prinO POVO LOUNGE 67
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cipais nomes das artes plásticas brasileiras, além de artistas internacionais do porte de Monet, Renoir, Miró e Dalí. Em uma oportunidade única, o público cearense e brasileiro está apreciando telas, instalações e esculturas pertencentes a uma das maiores coleções da América Latina e que, em sua maioria, nunca foram expostas no Brasil. A exposição divide as obras entre períodos históricos e movimentos artísticos, totalizando cinco eixos: Do Brasil Holandês à República, Modernismo, Abstração, Contemporâneos e Presença Estrangeira. Para Fábio Magalhães, “a Coleção Airton Queiroz é notável por reunir um elenco tão abrangente no tempo, como pela qualidade das obras colecionadas. O acervo vai além da arte brasileira ao incluir obras de arte europeia, de mestres, como Renoir e Max Ernst. Certamente, é resultado de uma vida inteira dedicada a reunir obras de qualidade, criadas por artistas que se destacaram no seu tempo”. “Difícil encontrar, na história de nosso colecionismo de arte, qualquer outro colecionador que, mais que Airton Queiroz, tenha sido capaz de amorosamente construir, ao longo de quatro décadas, um acervo de obras significativas cobrindo cinco séculos de arte brasileira, de Albert Eckhout a Lygia Clark e de Tunga ao Aleijadinho, ou seja, do longínquo Seiscentos aos dias de hoje”, destaca José Roberto Teixeira. De acordo com Max Perlingeiro, “a exposição é de grande importância, em primeiro lugar, porque o colecionador é cearense. E poderia ser feita em qualquer parte do mundo porque tem uma representatividade da arte brasileira muito grande. E não é uma coleção curada. Não houve um personagem que orientasse o colecionador a adquirir as suas obras. Foi o olhar estético dele. O que é mais emocionante é que ele compartilha com um público anônimo a sua coleção. Uma exposição como essa geralmente é formada, por exemplo, por um museu que quer fazer um panorama da arte brasileira. Ele vai buscar as obras em 68
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Prometheus II, de Maria Martins diversas coleções pelo País, em vários museus, coleções particulares em diversos estados. Aqui, são todas de uma única casa. É extraordinário”. “A exposição Coleção Airton Queiroz apresenta ao público, pela primeira vez, um panorama significativo da coleção de artes visuais do chanceler. Trata-se de um acervo excepcional não só pela qualidade indiscutível das obras, mas também pela ampla abrangência histórica da arte brasileira, que vai do século XVII à atualidade, bem como pela presença de obras de grandes artistas estrangeiros. Essa mostra, também revela a ideia de que a arte e a cultura são instrumentos efetivos de educação, fundamentais à formação completa dos mais distintos públicos”, afirma o vice-reitor de Extensão e Comunidade Universitária da Unifor, Randal Pompeu.
Menina de vestido branco, de Fernando Botero
O Mulato II, de Lasar Segall
PEQUENO ROTEIRO DE VISITAÇÃO Primeiro país do Novo Mundo a ser retratado pelos artistas dos colonizadores, o Brasil está representado, em seus primórdios e transformações, em trabalhos como o desenho de Albert Eckhout (1610-1655) sobre um menino tapuia, a obra mais antiga da coleção. Eckhout foi um dos pintores a serviço do Conde Maurício de Nassau quando governador do Brasil Holandês, entre 1637 e 1644. Três óleos de Frans Post (1612-1680), que dividia com Albert Eckhout a tarefa de retratar o Brasil, compõem a presença do século XVII na coleção – paisagens das Índias Ocidentais (como eram chamadas à época), como Paisagem da Várzea, datada de 1657. Representa o século XVIII uma imagem de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), considerado por muitos como o maior artista nascido nas Américas. O século XIX é um dos destaques desse primeiro eixo da exposição. A começar por Nicolas-Antoine Taunay (1755-1830) e Jean-Baptiste Debret (1768-1848), destacados membros da Missão Artística Francesa chegada ao Rio de Janeiro em 1816. Segue um grupo de três obras do pintor e gravador cearense Raimundo Cela (1890-1954). Fecha, assim, o capítulo Do Brasil Holandês à República da Coleção Airton Queiroz.
Cavalo, de Fernando Botero
O Coqueiro do Nordeste, de Portinari
Eduardo Pintando, de Pedro Américo
MODERNISMO Um dos principais momentos da mostra tem como ponto de partida a obra de Anita Malfatti, na antessala do Espaço Cultural da Unifor. A tela Mulher de Cabelo Verde é, sem dúvida, uma das peças mais importantes do acervo. Trata-se de uma obra icônica, de grande significado para a história da arte brasileira e, em particular, para todo o movimento modernista, abrindo a porta para a eclosão da Semana de Arte Moderna de 1922. Muitos jovens intelectuais e artistas atraídos pela obra inovadora de Anita Malfatti abriram o debate revelando-se os futuros modernistas. Entre eles: Di Cavalcanti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. Na longa e bela caminhada o encontro com uma tela de Di Cavalcanti e duas aquarelas de Ismael Nery. A estas somam-se conjuntos expressivos de obras de Lasar Segall, Antônio Gomide, Cícero Dias e Vicente do Rego Monteiro. Da década de 1920, a década da Semana de Arte Moderna, a mostra apresenta seis pinturas de Di Cavalcanti dos anos 1930 a 1960. Três pinturas de Ismael Nery, mais Vicente do Rego
Monteiro (1899-1970) e Cícero Dias (1907-2003), pernambucanos que fizeram carreira em Paris, trazendo seus universos particulares, intrinsecamente ligados à temática modernista: a questão indígena com Rego Monteiro, e a temática popular e a sociedade canavieira, na obra de Dias. No segundo momento do Modernismo, Candido Portinari (1902-1963) se posiciona como o artista de maior relevo. Com uma narrativa realista de grande força dramática, denunciadora das injustiças sociais, o artista está representado na coleção com um conjunto de 17 pinturas e 15 desenhos. As esculturas também estão presentes na mostra. O chanceler Airton Queiroz reuniu um elenco de grandes escultores brasileiros que se destacaram no panorama artístico do século XX, entre os quais Victor Brecheret (1894-1955), Maria Martins (1894-1973), Ernesto de Fiori (1884-1945) e Bruno Giorgi – escultor que colaborou com Oscar Niemeyer (1907-2012) em obras relevantes na implantação de Brasília.
ABSTRAÇÃO Entre as obras da coleção, merece destaque o Bicho, de Lygia Clark, que faz parte da série de construções geométricas articuláveis produzidas entre os anos de 1960 e 1964. Merece realce a colagem de Sérvulo Esmeraldo (1929) da série Excitáveis. Valioso também é o conjunto de seis trabalhos do cearense Antonio Bandeira, reunidos na coleção destaca-se o expressivo conjunto abstrato realizado entre 1950 e 1964 pela riqueza das possibilidades de cor e de forma exploradas pela gestualidade lírica e espontânea do pintor poeta. Presentes ainda Manabu Mabe, Tomie Ohtake, Hermelindo Fiaminghi, Hélio Oiticica, Lygia Pape e Alfredo Volpi.
CONTEMPORÂNEOS Foi do interesse pelo modernismo que surgiu, por parte do colecionador, o apreço pela arte contemporânea, também presente na exposição em obras de artistas como Adriana Varejão e Beatriz Milhazes – que tiveram suas individuais no Espaço Cultural Unifor em 2015 –, além de Leonilson, Leda Catunda e outros. O POVO LOUNGE 69
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Na sala Presença Estrangeira, obras de Marc Chagal e Jean Renoir atraem estudiosos
PRESENÇA ESTRANGEIRA A mostra traz também a evolução da arte europeia ao longo dos séculos, desde o Renascimento até os movimentos modernistas da primeira metade do século XX. Nesse segmento, a obra mais antiga e certamente das mais importantes é uma pintura a óleo sobre madeira atribuída ao célebre mestre barroco flamengo Peter Paul Rubens (1577--1640). Tem Claude Monet (1840-1926), o autor de La Maison dans les roses, um óleo sobre tela executado no verão de 1925. Outra importante pintura impressionista na Coleção Airton Queiroz é um óleo de Pierre Auguste Renoir (1841-1919) representando Gabrielle. A pintura de Marc Chagall (1887-1985). Já o surrealismo está representado por trabalhos significativos de três importantes pintores, cada qual exibindo características próprias: o alemão Max Ernst (1891-1976) e os espanhóis Joan Miró (1893-1983) e Salvador Dalí (1904-1989). Na América Latina, o olhar de Airton Queiroz voltou-se para a arte representada pelos uruguaios Joaquín Torres García (1874-1949) e Carmelo Arden-Quin (1913-2010), além de pelo mexicano Diego Rivera (1886-1957) e pelo colombiano Fernando Botero (1932). 70
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Visitantes: Silvinha Diogo, Lêda Maria Souto, Edyr Rolim e Regina Diogo
Santo Bispo, escultura de Aleijadinho. Século XVIII
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LÊDA - MEUDO O fisiterapeuta José Meudo Santos defende que a prática de exercícios com o parceiro faz bem à saúde do relacionamento
CORPO E
MENTE:
quais os cuidados entre os casais?
Você já deve estar cansado de ouvir que a prática de exercícios é benéfica para o organismo, para fortalecer os ossos e músculos, diminuir os riscos do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes do tipo 2, melhora a boa forma e também combate o mau humor. além disso tudo, fazer algum tipo de atividade física com regularidade pode refletir de maneira positiva na vida a dois, defende jose Meudo santos, Fisioterapeuta e Diretor da SOMNIS Saúde e Bem Estar 72
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1. MENOS ESTRESSE
7. VOCÊ VIVERÁ MAIS
2. MAIS APETITE SEXUAL
8. MEXA SEU CORPO, EXERCITE A MENTE!
A prática de qualquer tipo de exercício, seja uma corrida, uma aula de pilates ou gyrotonic, bem como uma série de musculação, faz com que os níveis do hormônio do bem-estar, a endorfina, aumentem, o que deixa a pessoa de bom humor e consequentemente menos estressada. Estando de bem com a vida, será menos provável ter uma discussão com o companheiro por motivos bobos ou por pequenos problemas.
Também existem evidências científicas de que se exercitar frequentemente contribui para a longevidade, já que reduz o risco de diversos problemas de saúde. Isso significa ter uma perspectiva maior de passar mais tempo ao lado da pessoa amada, ficando velhinho ao seu lado e podendo realizar diversos sonhos juntos.
Se a sua vida sexual com o maridão ou a esposa não anda tão bem, então comece a movimentar o corpo, de preferência na companhia dele ou dela, e veja se a vida íntima de vocês melhorará ou não. Estudos mostram que exercitar-se faz com que o sangue flua melhor por todo o corpo, o que inclui os órgãos sexuais. Isso faz com que a região fique mais propensa à estimulação.
3. MAIS CONFIANÇA
Os exercícios ajudam a aumentar a autoconfiança de uma pessoa. E a autoestima é algo fundamental na hora de ter um momento íntimo com a pessoa amada e grande parte das pessoas deseja que o parceiro a veja como alguém atraente. A boa notícia é que para melhorar a autoestima não é necessário se matar na academia ou correr uma maratona. Pesquisas afirmam que qualquer tipo de exercício contribui nesse sentido.
4. MAIS ATENÇÃO
Estudos recentes revelaram que uma sessão rápida e intensa de treinamento aeróbico pode melhorar a memória. E não somente isso. A prática de exercícios aumenta o nível de dopamina no centro, um neurotransmissor responsável por controlar a área de recompensa e prazer do cérebro. Em um relacionamento amoroso, isso pode significar correr menos riscos de esquecer datas importantes como um aniversário de namoro ou casamento, e ser mais caloroso e atencioso com a cara metade.
5. MAIS UNIÃO
Uma das vantagens de praticar exercícios ao lado da pessoa amada é ter a oportunidade de estar em uma situação em que os dois precisarão fazer um esforço ao mesmo tempo para atingir um objetivo em comum, que é completar o treino. Além dessa construção de união e afinidade ao lado do companheiro, dividir um treinamento é uma ótima forma de se estimular quando surgirem aqueles momentos em que parece que não vai dar para ir até o fim ou em que a falta de disposição aparece.
6. MELHOR SONO
Se você já teve uma noite em que não conseguiu dormir direito, certamente sabe que isso te deixa mais impaciente e irritado, além de atrapalhar a sua disposição e energia, o que aumenta as chances de ter uma briga com o cônjuge logo de manhã cedo. Esse é mais um motivo para encontrar alguma atividade física para praticar, segundo pesquisas, bastam 150 minutos de um exercício vigoroso por semana para melhorar em 65% a qualidade do sono.
Esse é o nosso convite para você! Ainda dá tempo! Cada vez mais pesquisas comprovam que exercícios terapêuticos facilitam transformações corporais através de técnicas como o Gyrotonic®, o Pilates, o e o CoreAlign. O Gyrotonic® favorece, através dos seus exercícios terapêuticos, uma verdadeira mudança postural, objetivando a consciência das tensões, do realinhamento das estruturas, do equilíbrio do tônus e do novo posicionamento corporal. O método obedece a natureza do corpo humano, utiliza exercícios fluidos, rítmicos e circulares integrados à respiração, estimulando o sistema aeróbico e cardiovascular e promovendo rejuvenescimento neuro-muscular. O Pilates por ser uma técnica de reeducação do movimento, composta por exercícios alicerçados na anatomia humana, é capaz de aumentar a flexibilidade e a força muscular, melhorar a respiração, corrigir a postura, reduzir o estresse e prevenir lesões. Já o CoreAlign foi desenvolvido com base na percepção de que as funções corporais e os tratamentos são mais eficazes quando os movimentos são mais equilibrados.
SERVIÇO
Clínica Somnis Saúde Bem Estar Endereço: rua Nunes Valente 1430 - Aldeota Telefones: (85) 3109 5022 / 3094 5654 / 98673 6030. www.saudesomnis.com.br O POVO LOUNGE
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MAIS ROMANTISMO E GLAMOUR
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estilista Luiz Pollini já prepara suas criações, elevando ao máximo a feminilidade e a sedução em cada vestido, em cada detalhe, ocupando a bela cena das festas de formatura, aniversário, Réveillon e ceias natalinas. Adepto da alegria das cores, ele elege o vermelho, o azul e o amarelo. São criações direcionadas aos looks de todos os tempos, comprometidas com a beleza feminina, tanto no prêt-à-porter quanto na alta costura. “A imaginação atinge o universo da moda e nos transporta para outro mundo num piscar de olhos”, ressalta Polinni, encontrado sempre entre os tecidos nobres e os instrumentos de desenho da Casa Lyon Tzecidos, em Fortaleza.
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Ziraldo e suas
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A que se deve esta juventude e este entusiasmo? Sou um cara legal, vejo a vida pelo lado bom e, fora isso, durmo bem. Nunca tive um pesadelo, e não tenho em hora nenhuma a sensação de impaciência, melancolia, ansiedade. Você nasceu em Minas, mas vive em São Paulo... Cedo vim para cá e meus filhos são paulistas e meus netos todos cariocas. Que acha da mulher brasileira? A mais gostosa do mundo.
STÓRIAS T EM ENCONTRO COM O CARTUNISTA ZIRALDO, A O POVO LOUNGE DESCOBRE VÁRIOS PONTOS DE VISTA DO PROFISSIONAL E SOBRE SUA RELAÇÃO COM MINO
omar um café, cedinho da manhã, em São Paulo, com alguém que tem o poder de ser cartunista, escritor infantil, quadrinista e autor do mais lindo mural do Brasil, localizado no antigo Canecão é adoçar a vida com muito prazer e alegria. Encontramos com Ziraldo [Alves Pinho], 84, no café do Hotel Tryp Higienópolis, onde estávamos igualmente hospedados. Começamos a papear e nasceu esta entrevista. Olhando-o com aqueles cabelos fartos e grisalhos, parecia que passava à minha frente o seu Menino Maluquinho, a Super Mãe e a Turma do Perêrê. Como se não bastasse tantos “tesouros”, ele mesmo lembrou do nosso Mino [o cartunista Hermínio Macêdo Castelo Branco] e revelou: “Há uma afirmação que as pessoas nascem aos pares. Ele e eu somos assim, inclusive nascemos um no Ceará e o outro em Minas, que é o Ceará sem mar. Por isso, mando para ele um beijo na boca”. Quem é você? Uma criatura que circula com tranquilidade, bom humor. Que gosta das pessoas e acorda cedo. Que sabe contemplar o belo e não sofrer.
E o que é mais bonito no corpo dela? O suvaco. Aquelas jogadoras da seleção de voley, das Olimpíadas, me deixavam louco. Você viu a Tácia? Liguei para ela e disse que ela tinha o suvaco mais lindo do mundo E o homem? Ah! O homem negro e alto, elegante. É muito bonito. Que diz sobre o Brasil? O Brasil vai terminar este século como a maior nação do mundo. Hoje ele é um grande país, que não tem um só problema sem uma solução. Fala sério? Sim. Olhe para a África, a escravidão, a pobreza, o sofrimento acabam com ela. O Oriente Médio, o perigo, a guerra, a morte. A Europa vive sua maior crise. E assim caminha o mundo, mostrando que nós aqui temos crescimento, povo alegre, temos presente e futuro. Mas cheio de problemas. Sim, porém o problema maior é a falta de um projeto que organize o grande entusiasmo do brasileiro, a energia brasileira, e direcione para ações promissoras, benéficas. E os políticos? São em sua maioria uns b... É preciso urgente tirar a política da sombra da corrupção. O presidente deve assumir uma prática que não permita o loteamento de cargos, poderes e falcatruas. Se pudesse exigiria... ...eleger governantes sérios, audaciosos, com clareza intelectual e honestos. O POVO LOUNGE
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85 ANOS DE
IDEIAL CLUBE
Elegância e beleza. Estas são as duas marcas dos grandes eventos que o Ideal Clube projeta para seus associados e para à sociedade de Fortaleza. Este ano, a diretoria, liderada por Amarílio Cavalcante e Alcimor Rocha, comemorou o 85o aniversário da história da entidade em festa inesquecível e bem prestigiada por autoridades, convidados e associados. A animação musical foi mantida por show do cantor Luciano Bruno e interpretação de belas páginas musicais por Carlos Magno Golden Quartet
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1. Alcimor Rocha e Fabíola, Sâmia e Amarílio Cavalcante 2. Casal Amarílio Cavalcante com o comandante da 10ª Região Militar, general Teófilo e Liane 3. Iara e comandante da Capitania dos Portos, Leonardo Salema 4. Ferrucio Feitosa e Cristine 5. Jeff Peixoto e Melissa Quesado 6. Cristina e Chiquinho Aragão 7. Eveline e Pedro Jorge Medeiros 8. Eliardo Silveira e Kátia 9. Walber Vieira e Maria Luiza 10. Graça e Roberto Sérgio Ferreira O POVO LOUNGE 79
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1. Ednardo de Assis e Dayse 2. Adriana e Frederico Casarino 3. Maria e Eymard Amoreira 4. Comandantes militares: Leonardo Salema (Capitania dos Portos) e Iára; Theóphilo Gaspar (10ª Região Militar) e Liana; e Frederico Casarino (Base Aérea) e Adriana 5. Fernando Nunes e Marília 6. Terezinha e Euclides Souza 7. Juvenal Duarte e Fátima 8. Rosa Macambira, Pedro Jorge Medeiros e Eveline 80
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A FESTA DE SEUS
90 ANOS A luminosidade dos cenários e o carinho dos convidados revitalizaram o entusiasmo dos irmãos gêmeos e charmosos Humberto e Adauto Bezerra na bonita festa comemorativa aos seus 90 anos. No La Maison Coliseum foi montada parte do cenário da cidade de Juazeiro. Os aniversariantes recebiam cada amigo com um abraço afetuoso. Humberto com Norma e Adauto com Silvana. Depois, entre os salões, também decorados por Gil Santos, aspergiam cores e harmonia. o romantismo das músicas interpretadas por orquestras e mais o show de Bibi Ferreira espalharam alegria. por todos os momentos, os aniversariantes expressavam juventude, elegância e entusiasmo 1.
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1. Humberto e Norma cercados pelos netos 2. Adauto Bezerra entre os filhos queridos 3. Discurso de Humberto Bezerra 4. Márcio Távora e Márcia com Luciana e Binho Bezerra 5. Raul Araújo, governador Camilo Santana e César Asfor Rocha 6. Consuelo e Ivens Dias Branco com Artur, Adauto e Silvana 7. Silvana e Adauto com Graça e Jório da Escóssia 8. Deusmar Queirós e Auricélia 9. Luiz Marques e Regina, Humberto Bezerra e Norma, Tereza e Fernando Gurgel O POVO LOUNGE 83
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1. Lúcio Alcântara, Silvana e Adauto e Elias Boutala Salomão 2. Anamaysa e Teodoro Soares 3. Francisco Souto e Hélio Galisa 4. Cândido Albuquerque, Glauco Lobo e Claudinha 5. Roberto Macêdo 6. Vera Valente, Mana Holanda, Lêda Maria Souto, Márcia Medeiros e Tane Albuquerque 7. Francisco de Matos Brito e Manoel Holanda 84
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1. Eveline e Lisandro Fujita 2. Ana e Beto Studart com Silvana e Adauto Bezerra 3. Sônia Pinheiro, Adauto Bezerra e Marcos Silveira 4.Branca e Josué de Castro 5. Byron Frota e Rita e Neuma e José Cláudio Carneiro 6. Tereza Maslowa e Gil Bezerra 7. Virgínia e Tarcísio de Morais com Silvana e Adauto Bezerra 86
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MARIA VICTORIA EM SUA LINDA FESTA DE
15 ANOS
Foi para a filha querida Maria Victoria que os papais Anya e René Freire Jr. realizaram uma linda festa para a chegada de seus 15 anos. No cenário do La Maison, reuniram-se familiares e amigos da aniversariante, acompanhados de muitas atrações, como do grupo Blitz Produções e AS bandaS de Wesley Safadão E LUIS MARCELO E GABRIEL, ALÉM de Itaque Figueiredo e Gustavo Serpa. No quesito criatividade e sabores, o destaque foi para o bolo da titia Marilza Pessoa. decoração, triarte e cerimonial, nazaré santiago 1.
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1. Maria Victoria com o irmão René Neto e os pais queridos 2. Lisiani, Felipe, Eveline, Maria Vitória, Roberto Araújo, Thais, Romualdo Neto, Camila Rôla e Davi 3. Uma criação da Blitz Produções 4. Aniversariante dança valsa com o irmão querido René Neto 5. O abraço maternal 6. Thais, Maria José Pessoa, Maria Victoria e Lívia 7. Aniversariante envolvida pelo carinho do avô paterno René Freire O POVO LOUNGE 89
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1. Waleska Haguett, René Jr. e seus pais Vera e René Freire 2. Roberto Neto, Ro berto Jr., aniversariante, Dora e Luís São Bernardo 3. Elinaldo Diniz, Lêda e Arthur 4. Ana Cecília e Renato Freire 5. Ricardo Freire e Waleska, Roberto Romcy, Nekita e Efigênia Pimentel 6. Esio Pessoa, Fernanda, Maria Victoria, Esio e Lívia 7. Lúcio Alcântara, Eunício Oliveira, Vasques Landim e Roberto Pessoa 8. Victor Valim, Daniel Oliveira, Eunício Oliveira e Chiquinho Feitosa 9. A valsa dos pais 10. Miguel Oliveira e Inês, Marco Oliveira e Marcia. 11. O brinde da felicidade 12. O bolo (obraprima) da Tia Marilza Pessoa 13. Fernanda Melo e Gustavo 14. A primeira valsa dançada com o pai. 15. Albert Vasconcelos, Maria Luiza, Viviane Freire, René Jr. e Maria Julia 16. Padrinhos de Maria Victoria, Eveline e Roberto Araújo O POVO LOUNGE
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UMA SOLENIDADE MARCANTE
a maior comenda da câmara municipal de fortaleza, a medalha boticário ferreira, foi entregue ao desembargador do tribunal regional do trabalho - 7ª região, francisco josé gomes da silva. a proposição do vereador ronivaldo maia foi aprovada pelo presidente da cmf, salmito filho, e demais vereadores. a solenidade teve a marca do prestígio e dos aplausos registrados entre autoridades, convidados especiais e familiares do homenageado 92
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1. Marcelo Mota, Maria Luiza Fontenele, Francisco José Gomes da Silva, Ronivaldo Maia, Tarcísio Guedes Lima Verde Jr., Antonio Teofilo e Leandro Vasques 2. Heldinho, Helder e Viviane Miranda, com o homenageado, Valéria e Virgínia Studart e Antonio Mourão 3. Franzé recebendo o diploma do vereador Ronivaldo Maia. 4. Jorge Castro, Gizelle Brasil, Sophia Matokanovick, Fernando Cavalcante, Vladia Paixão, Franzé e Hugo Montenegro 5. Homenageado com Gabriela Castro e Lêda Maria Souto. 6. Ronivaldo Maia, Marcelo Mota, Maria Luiza Fontenele, Franzé e Tarcísio Guedes Lima Verde Jr. 7. Roberto e Bruno Saraiva 8. Bruna e Fábio Canamary. 9. Norone Angelim e Francina O POVO LOUNGE 93
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1. André e Hugo Montenegro com o homenageado. 2. Raimundo Delfino e Franzé. 3. Matriarca Libânia Gomes com o filho. 4. Ronivaldo Maia, Emília Studart, Libânia Gomes, Valéria e Franzé. 5. Agenor, Moisés, Sabrina, Valéria, Franzé, Dantas Jr., Solange, Telma e James. 6. Franzé Avelar, Karla Marina e Marília. 7. Marilia, Isabele e Mariana com os pais 94
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CASAMENTO AO
PÔR DO SOL
No belo cenário da praia do Barro Preto, onde o noivo tem casa de veraneio, Priscila Basto e Rodrigo Rodrigues celebraram, ao pôr do sol, seu compromisso de amor. A emoção dominou todos os convidados diante das juras de amor ditas pelos noivos, com música bem selecionada e interpretada por Gustavo Serpa e banda, e decoração de Jacaúna Aguiar
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1. Noivos acompanhados de seus cachorrinhos de estimação, compondo a beleza da praia 2. Cenário, noivos e plateia 3. Cortejo com damas e pagens 4. Todo o encanto de Priscila Basto 5. Noiva com seus avós maternos Théo Basto e Regina 6. Noivos com seus pais Heliane e Alexandre Jansen, Inês e Fernando Rodrigues 7. Noiva com suas irmãs Alessandra e Vanessa Jansen 8. Angélica, Luís Cláudio, Vanessa e Eduardo Basto com os noivos O POVO LOUNGE 97
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ACADEMIA CEARENSE DE CULTURA uma solenidade de gala marcou a instalação da academia cearense de cultura (acecult) e a posse dos acadêmicos fundadores. coube ao acadêmico antônio colaço o discurso oficial e à matusahila santiago, as palavras carinhosas revelando os objetivos da entidade, que já nasceu com 30 integrantes. camerata da unifor recepcionou os convidados. 2.
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1. Foto oficial dos integrantes da Acecult 2. José Augusto Bezerra e Luciana Dummar 3. Matusahila Santiago, José Augusto Bezerra e José Luís Lira 4. Antonio Colaço faz o discurso acadêmico 5. Augusto Bezerra e Fred Benevides 6. Flavio Leitão e Socorro Torquato 7. Isabel e Jaqueline de Sá Cavalcante 8. Mauro Gurgel, Fabiano dos Santos e Pablo Manyê 9. Marta e Antônio Cambraia 10. Marília e Fernando Nunes 11. Família O POVO: Gutembergue Marques, Clovis Holanga, Luciana Dummar, Lêda Maria Souto, Plinio Bortolotti e Fábio Campos 12. José Augusto Bezerra e Moaceny Felix 13. Walter e Josilda Belchior 14. Jardson Cruz e João Gonçalves de Lemos 15. Valber Vieira e Maria Luiza, Mônica e Hélvio Feitosa 16. Camerata da Unifor O POVO LOUNGE 99
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1. Manuela e Ticiana Queiroz 2. Beatriz Philomeno e Matusahila Santiago 3. Roberto Victor Ribeiro e Verônica Barbazam 4. Jaqueline e Talles de Sá Cavalcante 5. Marta Peixe e José Valdo Silva 6. Socorro e Renê Barreira 7. Ida Carvalho, Ciro Morais, Adelaide Barreira e Stelio Marinho 8. Juramento de Talles de Sá Cavalcante 9. Manoel e Mana Holanda 10. Verônica Barbazam e Mons. João Jorge 11. Mesa dos trabalhos 100 O POVO LOUNGE
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UM HOMEM
APAIXONADO POR JOIAS 102 O POVO LOUNGE
O EMBAIXADOR DA H.STERN, CHRISTIAN HALLOT, É DESSES EXECUTIVOS QUE AMAM O QUE FAZEM. HÁ 38 ANOS TRABALHANDO PARA A MARCA DE JOIAS, ELE É LEVE, APAIXONADO E SEMPRE INOVADOR
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m dos momentos bons da vida é quando encontramos pessoas especiais que nos contam boas histórias, falam de si como desfolhando uma rosa e nos cobrem de informações. Christian Hallot, embaixador da H.Stern, revela-se alguém vivendo sempre mais feliz e plenamente. Mora no Rio de Janeiro, mas percorre o País e o mundo pela necessidade de seu trabalho. Nesses tempos que tudo exige velocidade, perfeccionismo, lucro, Christian consegue conviver em harmonia com suas ideias e seus ideais. “Vivo bem. O sucesso vem envolto da paixão, da perseverança e da habilidade sobre o que realizamos. Faço tudo com muita dedicação e paixão.” Quem são seus heróis? Meus heróis morreram de overdose (boa gargalhada). Hoje tenho um líder. Ele é atual, simples, brigão, humano. É o papa Francisco, um revolucionário autêntico. O POVO LOUNGE 103
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De tanto viajar pelo mundo, o que falta conhecer? Falta e desejo conhecer os lugares onde as pessoas ainda sofrem muito, são necessitadas e vivem sem esperanças. A Síria, Somalia e Bangladesh. Quero juntar-me a grupos desejosos de fazer alguma coisa por essa gente abrigada nesses lugares. Um traço da beleza feminina e da masculina? Em ambos a simplicidade, a elegância. Mulheres firmes, e não mais as ninfetas ou artistas hollywoodianas. Os homens, naturalmente homens. Nada de implantes de cabelos, depilação e o frenesi para ter um corpo sarado. Um lugar? Meu sítio em Teresópolis sonorizado pelo canto dos pássaros, central de afago para meus desejos e refúgio abençoado para receber a família, meus amigos e minhas meditações. 104 O POVO LOUNGE
E a coleção nova da H.Stern, que lhe traz a Fortaleza para o lançamento. Mais brilhos? Após muita pesquisa a H.Stern deixou de lado o decorativismo e o figurativismo para jogar luz em apenas dois materiais, o ouro amarelo e o diamante branco que dão vida a esta nova coleção de joias cujas linhas orgânicas apenas sugerem as iniciais HS. Retornamos ao básico, ao puro, ao design limpo. O natural soa como caminho conceitual a ser percorrido. Despimo-nos dos artifícios. É a simplicidade com sofisticação.
Impõe-se então uma campanha de lançamento bem diferente? Sim, em vez de atrizes e manequins famosas, escolhemos três mulheres com trajetórias profissionais extraordinárias - uma é oceanográfica e americana, outra uma geneticista brasileira e a terceira uma campeão de xadrez húngara. São profissionais dedicadas ao trabalho com produção científica e intelectual mundialmente reconhecidas. A trajetória de cada uma delas é lapidada, preciosa e duradoura como uma joia. Assim a nova coleção tem peças feitas de ouro escovado e cravejadas de diamantes, reproduzindo as iniciais do pioneiro Hans Stern. Nesse desafio, também escolhemos dez brasileiras que são unanimidade em campos de atuação distintos para vestir joias criadas nos últimos dez anos que já viraram clássicos no design nacional. Tudo é diferente e muito significativo.
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ENTRE AMIGOS AOS 60 tendo a amizade como marca registrada para o bem viver, Chiquinho Aragão recebeu a família e amigos para festejar a chegada de seus 60 anos. Feliz, ele levou para apagar as velinhas do bolo, assinado por Marilza Pessoa, Gláucia Maia e Maurício Leal, igualmente trocando de idade. tudo aconteceu no iate Clube. 2.
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1. Os aniversariantes Maurício Leal, Gláucia Maia e Chiquinho Aragão 2. Luís Pontes, Karísia, Chiquinho Aragão e Cristina 3. Rui Castelo Branco, Tereza Távora Ximenes, Cristina e Chiquinho Aragão 4. Hora de apagar a velinha 5. Cristina e Chiquinho Aragão 6. Chiquinho Aragão e Nazaré Vilar 7. Chiquinho Aragão e Sylvinha Fiúza 8. Paulo Baeta e Edilmo Cunha com o aniversariante 9. Chiquinho Aragão entre Sávio e João Conrado Ponte 10. Bruno Bastos e Rebeca O POVO LOUNGE 107
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BODAS DE AMANDA E LEONARDO
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A segunda festa marcando o casamento de Amanda e Leonardo, filhos queridos de Márcia e Márcio Távora e de Verônica Chaves e Luiz VidaL, realizada no cenário da Praia da Taíba. A comemoração só tem um adjetivo: belíssima. Entre os espaços da mansão da família, os jardins e o mar, uma decoração encantadora realçou as cores da tarde-noite. só orquídeas foram mais de 80 mil. A noiva vestiu uma criação da prima Mila Menezes, ganhando os cuidados para o belo new look de Selma Pereira e sua equipe
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1. Amanda Távora e Leonardo Vidal 2. Humberto Bezerra e Norma cercam a filha Mônica e o genro Márcio e a neta Amanda com Leonardo Vidal 3. Binho e Norma Bezerra 4. Noivos e a família dele 5. Humberto Bezerra beija a querida neta 6. Leonardo e a mãe Verônica Vidal 7. Guirlanda Ponte, Leonardo Vidal, Amanda Távora e Paulo Ponte O POVO LOUNGE 109
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1. Marcia, Amanda e Marcio Távora 2. Sérgio Bezerra e Alessandra Piovesan 3. Binho Bezerra e Luciana 4. Aderaldo e Maira Silva 5. Gil Santos, Dennise e Norma Bezerra 6. Noivos com os irmãos Márcio e Igor 7. Amigas dos noivos 8. Gisela e Herbet Vieira 110
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1. Adriano Pinto e Thaís, Suyane e Cláudio Dias Branco 2. Lia Quinderé e Milena Holanda 3. Bruna Magalhães 4. Luiz Teixeira e Erivaldo Arrais 5. Alvaro Azevedo, Mônica Bezerra e Adauto Júnior 6. Ivana Bezerra e Alexandre Rangel 7. Gabriel e Raiane Maranhão 8. Mila Bezerra 9. Gaída Dias, Aline Pinho e Ana Carolina Esteves 112
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CREATIVE LAB / SHUTTERSTOCK
Paisagem urbana de Madrid
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TE QUIERO,
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VÁRIAS CIDADES DA ESPANHA SEGUEM ATRAINDO TURISTAS DO MUNDO TODO. CADA LOCAL DO PAÍS GUARDA ATRAÇÕES PRÓPRIAS, MAS COM MUITA REPRESENTATIVIDADE NO QUE TANGE A PONTOS HISTÓRICOS E CULINÁRIA MARCANTE
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CATARINA BELOVA / SHUTTERSTOCK
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Catedral de Santa María la Real de la Almudena
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iajar à Espanha é sempre ter um encontro com a arte, a alegria, a boa gastronomia e com a beleza arquitetônica. Na Barcelona de Gaudí, por exemplo, estão a catedral Sagrada Família, em estilo gótico, o edifício La Pedrera, obras do artista, assim como o Museu Picasso. Bater pernas pelo Bairro Gótico ou pelas Ramblas da cidade, onde pedestres e artistas de rua se misturam, é marcante. Sem falar nas praias e no Porto Antigo. Salamanca, com uma arquitetura incrivelmente conservada, tem duas belíssimas catedrais - Vieja e Nueva, dos séculos XII e XIII, e uma população jovem mantida pela sua histórica universidade. Já Toledo – onde, até o século XVII, cristãos, judeus e mouros conviviam em paz – possui vários locais imperdíveis: a Catedral, a Sinagoga Del Trânsito e as ruínas da Mezquita del
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Cristo de La Luz. Na Segóvia, os grandes atrativos são seu aqueduto, uma relíquia dos tempos do Império Romano, e o Alcazar, fortaleza talhada encravada em um penhasco. Nessa Espanha tão diversificada, ainda está a ilha de Mallorca, Sevilha, fundada pelos romanos há mais de dois mil anos e berço de artistas internacionais, e Granada, um lugar que reúne um conjunto de fortalezas, palácios e jardins erguidos no alto da colina de La Sabika e que foi o centro do poder mulçumano durante séculos. Liste visitas aos Palácios Nazaríes e sua Catedral.
NA MADRID APAIXONANTE Diante de tantas opções na Espanha, Madrid se destaca. Com um céu azul lindo é uma cidade encantadora, fascinante. Localizada no centro geográfico do país, possui museus riquíssimos, galerias de arte magníficas, praças públicas históricas e atraentes e um belíssimo
Estação de metrô Puerta del Sol
JOSE LUIS VEGA / SHUTTERSTOCK.COM ANDRII LUTSYK / SHUTTERSTOCK
Rua do centro histórico de Madrid, conhecido como Madrid de los Austrias
MOBILIDADE
Rua Calle Mayor DMITRO2009 / SHUTTERSTOCK
Madrid é uma das cidades mais bem servidas de transporte público. Destacam-se o metrô que conta com uma rede das mais completas da Europa, cobrindo quase todos os pontos da capital, e muitas cidades próximas. São 12 linhas e mais três de metrô ligeiro e um ramal, Ópera-Principe Pio. Tem a rede municipal de ônibus urbanos funcionando das 6 horas às 23 horas e também os ônibus noturnos, das 23h55 às 6 horas da manhã. O serviço de táxi também é perfeito. Para quem gosta de pedalar, Madrid conta com um espetacular Anel Verde, cerca de 64 quilômetros totalmente projetados para circular a cidade.
Icônico museu Thyssen-Bornemisza O POVO LOUNGE 117
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S-F / SHUTTERSTOCK
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Fonte Cibeles, na Plaza de Cibeles
Palácio Real. A capital, cheia de alegria nas ruas, preserva hábitos do passado e uma tradição cultural que permite que em um só dia se possa usufruir de vários eventos culturais. E quem não assiste pelo menos a um deles costuma estar no Parque El Retiro, aproveitando a última hora de sol, principalmente nos meses de junho, julho e agosto, quando sua luminosidade passa das 9 horas da noite. Agora vamos descrever mais detalhadamente a cidade. O grande encanto de Madrid está em seus museus, com coleções particulares e mais mostras especiais que chegam a eles. Também se pode fazer caminhadas pelas ruas, em torno da Puerta del Sol, marco zero da cidade, onde se pode ver o ursinho beijando o arbusto de madroños (fruta típica da região), imagem-símbolo do local. Existe ainda a Plaza Mayor, construída em 1677, mantendo 377 balcões, considerada o coração de Madrid. A praça recebeu, em 1848, a estátua equestre de Felipe III.
MADRID GASTRONÔMICA A cidade é o paraíso das casas de tapas e, no cenário da concentração de bons restaurantes, é puro luxo gastronômico e, ainda, com serviços perfeitos. A primeira parada é no Sobrino de Botín, o mais antigo restaurante do mundo, na calle Cuchilleros, 17. 118
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PAVEL DUDEK / SHUTTERSTOCK
Visão noturna do Mercado San Miguel LUCVI / SHUTTERSTOCK
Depois, no Paseo da Castelhana, está a sensação gastronômica da cidade, o Gourmet Experience, último andar da tradicional loja El Corte Inglés. No 9º andar, estão dez restaurantes, um empório variadíssimo e uma varanda com mesas garantindo bonitas vistas da cidade. Já nas mediações da Porta do Sol e da Gran Via não faltam opções: Casa Juan, La Capilla de la Bolsa, La Sanabresa, Casa Lastra, Mercado de La Reina, Mercado de San Miguel e La Gabinoteca.
ROTEIRO COMPLETO
Veja várias dicas para aproveitar melhor a capital da Espanha. 1. Caminhe pela Calle Mayor até a Plaza do Oriente, a mais bela praça da cidade onde está localizado o Palácio Real (1738, é o maior da Europa com 2.800 cômodos). Junto ao Palácio poderá visitar a Catedral da Almudena. 2. O Paseo do Prado é outro lugar indispensável. Este é o principal jardim da cidade e uma das zonas mais elegantes. Bem planejado, ali forma-se um triângulo onde se destacam o Centro de Arte Rainha Sophia, atraente por manter a obra mais famosa de Picasso, a Guernica, 1937. Ele pintou esse quadro para denunciar os horrores da guerra, após a cidade de Guernica ter sido bombardeada, em 1939. Na grande tela, uma pintura de batalha não se vê nem heróis, nem guerreiros lutando, só vítimas, o terror, a atrocidade, a violência, o reflexo da intensidade de horror e dor que a violência atinge. Ainda no Rainha Sophia outros famosos como Salvador Dalí e Miró. Terminada a visita, poucos sabem que ao lado, na rua lateral do museu, seguindo pela Calle Argumosa, está o Lavapiés, o bairro que é a originalidade de Madrid, destacandose pela forte imigração indiana, paquistanesa, sudamericana e africana. Os bares, cafés e livrarias alternativas dominam os espaços. Siga caminhando porque quase colado ao prédio da Universidade, Uned, está o Mercado de San Fernando. O local é ideal para comer algo rápido ou comprar algum presente dos artesãos locais. Se ficar um domingo em Madri, volte para a área e conheça o Rastro, o maior mercado de pulgas da
Espanha, que acontece das 9 horas às 15 horas na Calle Ribera de Curtidores. 3. Volte para o roteiro: Paseo Del Prado e encontre o Museu Thyssen que mantém preciosidades de Gauguin, Lucian Freud, Hopper e Cézanne; e, finalmente, o Museu do Prado, a joia da coroa. Seu lado externo é assinado por Juan de Villanueva e foi projetado em 1785 como Museu de História Natural. Sofreu ampliação, tornando-se um dos grandes museus do século XXI, mostrando a maior coleção de pintura espanhola, do século XII a XIX, com destaque para Velasquez e Goya. Atrás do Prado, está a área verde mais agradável da cidade, o Parque Del Retiro, com suas alamedas bem cuidadas e até um grande lago que é a “praia” dos madrilenhos. 4. A 700 metros do Prado encontramos a Plaza de las Cibelles, século XVIII, com a fonte e a arquitetura vienense rococó. Ela, a fonte, é a mais famosa de Madrid, alcançando a emoção do visitante e a inspiração dos fotógrafos de todas as idades e nacionalidades. O melhor jeito de olhar o monumento é no Palacio de las Comunicaciones. No sexto andar do edifício ficam os elogiados restaurantes Palacio de Cibeles e a Terraza Cibeles, perfeitos para se curtir o visual da fonte a bordo de um cardápio especial e de um drinque. Aliás, a região é pródiga em azoteas, como são chamados os roof-tops espanhóis. 5. Volte a caminhar pois existe o encontro com a Porta de Alcalá e o Parque do Retiro, um dos maiores e mais movimentados
da cidade. Os seus muitos jardins são belíssimos e um é especial: o jardim de brócolis gigantes. Em torno do Parque do Retiro está o Círculo de Bellas Artes, construído em estilo art decó, o topo do edifício é uma preciosidade, com vários recantos e muitas Day Beds confortáveis para deitar e curtir a vista. A tarde vale reservar para conhecer o Bairro de los Austrias. Remonta aos tempos da dinastia dos Habsburgos, que comandaram a Espanha, até 1701, quando foram substituídos do trono pela dinastia atual. Cruze as ruas estreitas, becos charmosos, barzinhos com mesas ao ar livre. 6. Complete sua agenda, seu mapa de desejos de consumo, indo às compras. Percorra a Calle de Serrano, a rua com as lojas mais chiques de Madrid. Olhar as vitrines já é uma atração. Não deixe de visitar o bairro de Salamanca e a Gran Via coberta de ponta a ponta de lojas bacanas e grandes teatros. Visite uma loja auténticamente espanhola: El Corte Inglés. A marca está por toda a Espanha, com departamentos de moda, cama, mesa, banho, eletrodomésticos, material esportivo, perfumaria, decoração, livraria, enfim, tudo que se deseja ver e ter. 7. Como programação noturna show de flamenco, ali no Corral de La Moreria (Calle de La Morería, 17), de guitarras espanholas; música sevilhana; cafés; restaurantes; ou, simplesmente, contemplar a noite do centro de Madrid olhando para o alto e mirando belos e artísticos edifícios, palácios, hotéis e igrejas.
Puerta de Alcala, uma das entradas mais antigas de Madrid. Era a entrada de pessoas que vinham da Fraça, Aragon e Catalúnia. É um marco da cidade
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CHICS LÁZARO MEDEIROS é colunista de sociedade do Buchicho e sempre está por dentro dos eventos mais exclusivos dos chics nacionais e internacionais
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25 ANOS NO BEACH PARK
Veja momentos marcantes da história do maior parque aquático da América Latina e de um dos melhores do mundo
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uem me conhece sabe o tanto de história que tenho para contar. Certamente o Beach Park ocupa muitos capítulos do livro da minha vida. E, sabem de uma coisa, minha história com o parque aquático daria um filme... Na década de 1980, eu morava na África e consegui juntar um bom dinheiro por lá. Voltei para o meu amado Ceará e escolhi a Prainha como minha nova
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casa. Pensei: com esse dinheiro posso viver dez anos sem trabalho e, quando acabar, recomeçarei minha vida. E, quando menos esperava, apareceu o Arialdo Pinho, um homem de visão, falando desse grande projeto que é o Beach Park e me convidando para trabalhar com ele. Posso dizer que acompanhei tudo do zero. Vi os primeiros toboáguas serem erguidos e toda aquela imensa estrutura. Obrigado Beach Park por ser parte da minha vida!.
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1. A diva Hebe Camargo posa glamorosa para Lázaro Medeiros em sua última visita ao Ceará 2. Fernanda Montenegro nos anos 1990 na praia do Beach Park 3. Renato Aragão, Lilian Taranto e Livian Aragão 4. Xuxa realizou seu show de Dia das Crianças no Beach Park 5. Claudia Raia curtindo férias no hotel Suites Resort 6. Amaury Junior veio gravar no Ceará e trouxe a esposa Celina Ferreira para conhecer o parque aquático 7. No começo de sua carreira, Bruno Gagliasso saboreando tortinha de coco O POVO LOUNGE 123
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1. O casal global Ana Furtado e Boninho conhecem os brinquedos do parque 2. Astrid Fontenelle retocando o bronze e tomando uma água de coco 3. Mutilo Benicio na antiga atração Atlantidz 4. Os lindos Henri Castelli, Bianca Rinaldi e Thiago Lacerda 5. Tuca Andrada e Júlia Lemmertz 6. Elaine Mickely e César Filho aproveitam uma semana de férias para aproveitar o Beach Park com os filhos 7. O grande Jorge Amado em visita ao Ceará com a família 8. Zagalo O POVO LOUNGE 125
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1 .Arialdo Pinho e Lázaro Medeiros no ano novo de 1996, com Gypsy Kings 2. Luciana Gimenez no hotel Suites 3. Adriane Galisteu com Lázaro Medeiros em 1995 4. João Dória Junior vei com o filho para o Ceará curtir férias 5. Bernard Twardy, Nádia e Karina Bacchi, Helena Mottin e Eder Veneziani, Lázaro Medeiros, Cesar Filho, Elaine Mickely, Vera Viel, Rodrigo Faro e Isabel Fillardis 6. Bismarck, Eduardo e Glaucia Maia 7. Lázaro Medeiros, Glória Pires e Orlando Moraes no Rio Pacoti, antes das gravações da novela Tropicaliente O POVO LOUNGE 127
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1. Luiza Brunet cheia de charme vestindo Pรกssaros do Brasil no Lounge do Beach Park 2. Monique Barreira 128 O POVO LOUNGE
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1 .O saudoso diretor Paulo Ubiratan, que trouxe a novela Tropicaliente para o Ceará 2. O Beach Park nos seus primeiros anos 3. Luiza Tomé com os filhos Adriana, Bruno e Luigi Facchini 4. Regina Duarte na Correnteza Encantada nos primeiros anos do parque aquático 5. Tereza Collor 6. Lázaro Medeiros recebe massagem de Karina acchi e Grazi Massafera 7. Guiomar Marinho, André e Denise Pontes 8. Luciano Huck gravando o seu programa Caldeirão no Beach Park O POVO LOUNGE
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1. Flávia Monteiro, Lázaro, Angelita Feijó, Oskar Metsavaht e Mila Moreira 2. Thiago Lacerda e Vanessa Loes saboreiam a tortinha de coco do Lázaro no Lounge do Beach Park 3. Lázaro Medeiros e Angélica 4. Tato Gabus Mendes 132 O POVO LOUNGE
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O LINDO CASAMENTO DE JULIA COUFAL E WALTER WILIMS
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lamour, bom gosto e muita alegria não faltaram no casamento que foi considerado um dos melhores deste ano! Walter Wilms e a linda Julia Coufal, filha da querida amiga Nora Teixeira, subiram ao altar da Igreja São José, em Porto Alegre (RS), para oficializarem união. Após a cerimônia religiosa, os familiares e amigos foram recebidos na chiquérrima Casa NTX, que na minha opinião, não existe um lugar tão lindo em toda a América Latina. A decoração estava deslumbrante e clássica, transportando-me para um baile no Palácio de Versailles. Acho que por ali passou um cometa da beleza e do charme, pois foi uma energia cósmica! Nora, você estava linda e de parabéns. E Betina, my dear, você merece palmas, pois a organização estava impecável! Julia e Walter, desejo toda a felicidade do mundo!
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A CERIMÔNICA DE UNIÃO ENTRE WALTER WILMS E A LINDA JULIA COUFAL MARCARAM TODOS OS CONVIDADOS. NA CASA NTX, EM PORTO ALEGRE, O CASAL ESBANJOU BELEZA E CHARME
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1. Julia Coufal e Walter Wilms 2. Noivos com padrinhos e família 3. Marlene Tuffi, Lázaro Medeiros e Chiquinho Scarpa 4. Narcisa Tamborindeguy e Helcius Pitanguy 5. Luciana Bezerra, Alexandre Grendene, Magda Rocha e Nora Teixeira 6. Nora Teixeira e Maria Cecília Wilms O POVO LOUNGE 135
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1. Luciana e Binho Bezerra 2. Pedro Grendene e Tania Bulhões 3. Magda e César Asfor Rocha 4. Decoração 5. Cristina Rola, Berna Christiansen e Lili Lambert 6. Fernanda e Dody Sirena 7. Magda Asfor, Ina Arruda e Lázaro Medeiros 8. Marcos Rola, Binho Bezerra e Mário Araripe 9. Claudia e Pedro Bartelle O POVO LOUNGE 137
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Torre de Belém, em Lisboa
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LISBOA DIVERSÃO E PROFISSIONALISMO. LÁZARO MEDEIROS ABRE O DIÁRIO DE VIAGENS E FALA O QUE ACONTECEU DURANTE VISITA A CAPITAL PORTUGUESA, ACOMPANHADO DA ATRIZ E MODELO LUIZA BRUNET
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mundo é grande e cheio de lugares incríveis para conhecer. Viajar nos transforma em pessoas melhores, faz a gente entender as diferenças e viver em harmonia com o próximo. Sem falar daquela sensação gostosa de fazer as malas, entrar no avião e ir para longe viver novas experiências. O avião é a minha segunda casa, sempre estou visitando lugares diferentes. Por isso quero compartilhar uma das viagens mais animadas que fiz este ano. Lisboa: uma das cidades que mais amo, onde tive a oportunidade de viver por alguns anos e fazer muitos amigos. Agrada pelo clima ameno, a arquitetura única, o envolvente fado, a deliciosa culinária e a forma como eles mesclam o tradicional com o moderno. Desta vez, visitei a capital portuguesa ao lado de uma das melhores companhias de viagem, minha amiga Luiza Brunet. Partimos de Fortaleza com a simpatia e competência do comandante da TAP, Salvador Sottomayor, que levou os passageiros com tranquilidade e segurança. Desembarcamos em Portugal e escolhemos o chiquérrimo Dom Pedro Palace para hospedagem. Fomos recebidos pelo querido Stefano Savioti, cap da rede de hotéis, sempre um gentleman. Era março,
e Lisboa estava recebendo pessoas de todos os cantos do mundo para a Feira Internacional de Turismo (BTL 2016), o maior evento da área em Portugal. A abertura oficial aconteceu na boate Main, com a festa Please Disturb. Foi um luxo! Nos dias seguintes, a feira contou com a presença de profissionais, empresários e políticos de todos os cantos do mundo. O Ceará esteve muito bem representado pelo nosso secretário de Turismo, Arialdo Pinho. Hora de colocar as meias Kendall e circular por Lisboa! Subi e desci ladeiras, cliques na estátua de Fernando Pessoa no Chiado. Reencontrei amigos e saboreamos bons vinhos portugueses. Boa gastronomia era prioridade no nosso roteiro! Fomos ao Petit Palais do grande chef Olivier Costa. Nossa, o lugar é incrível e a comida divina! Toda viagem é a mesma coisa: na volta a nossa bagagem esta sempre maior. Não falo de presentes ou qualquer produtos que compramos, mas de cultura, conhecimento e lindos momentos para guardar com carinho na memória. São tantas coisas para boas falar dessa viagem que eu ficaria dias aqui escrevendo para vocês. Vamos logo ao que interessa: os cliques!
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1. Luiza Brunet ao lado da estatua de Fernando Pessoa, no Chiado 2. Stefano Saviotti e Luiza Brunet 3. Hotel Dom Pedro Palace 4. Emanuel Freitas, Luiza Brunet, Lazaro Medeiros e Pedro Ribeiro no festa Please Disturb 5 . Salvador Sottomayor, Luiza Brunet e Lรกzaro Medeiros 6. Luiza Brunet, Gisele Lima e Lรกzaro Medeiros visitando o estande do Marrocos na BTL 2016 7. Lรกzaro Medeiros posa ao lado da estatua de Fernando Pessoa, no Chiado 8. Arialdo Pinho e Luiza Brunet O POVO LOUNGE 141
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MEUS CLIQUES VEJA FAMOSOS POR VÁRIAS PARTES DO PAÍS. CADA MOMENTO CHEIO DE EMOÇÕES E EXPERIÊNCIAS PRÓPRIAS
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aber viver é uma arte dominada por poucos. Hoje em dia, as pessoas acreditam no poder da ostentação, que comprar é o melhor remédio para todos os problemas. Não é bem assim, queridos! Luxo, riqueza e glamour são bons, ninguém discute, mas uma vida cheia de amigos queridos e momentos especiais vale mais que qualquer fortuna! Nasci em Uruburetama e tive a oportunidade de ainda muito jovem viajar o mundo. Foram muitas milhas voadas, amigos inesquecíveis e historias que não caberiam em todos os livros do Harry Potter. Ao longo dessa minha jornada, vi muita gente conquistar seu espaço e atingir o sucesso. São histórias inspiradoras, amigos que brilham por onde passam e levam alegria através de seu trabalho para todo o País. Plantei, reguei e assim pude colher os frutos desses anos de muito trabalho, e claro, muita diversão. No último ano, tive a oportunidade de reencontrar muitos desses amigos famosos, fiz muitos cliques e, claro, não poderia deixar de compartilhar com vocês, amigos e leitores que fazem parte da minha historia. Obrigado pela parceria todos esses anos!
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1.Lázaro Medeiros com Claudia Raia em Fortaleza 2. Amaury Jr. e Adriane Galisteu em Barretos 3. Andrea e Luigi Baricelli em Barretos 4. Cristiana Oliveira no restaurante Medit 5. Cassio Reis e Fernanda Vasconcellos no Beach Park O POVO LOUNGE 145
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1.Edson Celulari no Copacabana Palace 2.Flรกvia Alessandra no Beach park 3.Gustavo Halbreich e Thereza Collor em Alagoas 4.Hugo Gloss e Lรกzaro Medeiros no Beach Park 5.Iris Stefanelli em Fortaleza 6.Joana Limaverde no restaurante Coco Bambu Frutos do Mar 7. Lรกzaro Medeiros e Priscila Fantin no Beach Park 8.Josie Antello, Cissa Guimarรฃes e Giuseppe Oristanio no Geppos Restaurante 9.Lรกzaro Medeiros, Daniel Boaventura e Lino Villaventura no Coco Bambu Frutos do Mar O POVO LOUNGE 147
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1.Lázaro e Bruno Gagliasso no Beach Park 2. Luiz Fernando Guimarães e Lázaro Medeiros no Theatro José de Alencar 3. Lázaro Medeiros e Eri Johnson no Coco Bambu Frutos do Mar 4. Maria Ribeiro, Monica Martelli, Lázaro Medeiros, Astrid Fontenelle e Barbara Gancia na gravação do programa Saia Justa em Fortaleza 5. Max Fercondini e Amanda Richter no restaurante Coco Bambu Frutos do Mar 6.Monica Carvalho e Alaor Paris Junior no Copacabana Palace 7. Mylla Christie e Emanuel Freitas no hotel Dom Pedro Laguna 8.Nany People e Rogéria no Teatro Via Sul 9.O ator Ricardo Duque, Maitê Duque, Lázaro Medeiros, Ana Paula Guimarães e Isadora Duque no Beach Park O POVO LOUNGE 149
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1.Roberto Carlos no Centro de Eventos de Fortaleza 2.Renato Aragão e Lílian Taranto no restaurante Medit 3. Virna Dias e Murilo Pascoal no Beach Park 4.Santos e Luiza Tomé, no Copacabana Palace 5.Vicente e Ricardo Pereira, Francisca Pinto e Stefano Saviotti no hotel Dom Pedro Laguna 150 O POVO LOUNGE
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LIMITE AFRÂNIO BARREIRA FILHO CONTA TODA A SUA TRAJETÓRIA DE SUCESSO COM A MARCA DE RESTAURANTES COCO BAMBU, QUE SE EXPANDIU PELO BRASIL E JÁ CHEGA AOS ESTADOS UNIDOS
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ascido em Fortaleza, numa família de cinco irmãos, Afrânio Barreira Filho é engenheiro civil de formação, mas tornou-se referência nacional liderando a aclamada rede de restaurantes Coco Bambu. Com um feeling empreendedor, aos 29 anos, Afrânio abre o Lava Jato Cascão e, três anos depois, em 1989, surge o Dom Pastel. Foi aí que nasceu o seu primeiro projeto no setor alimentício, idealizado por sua esposa, Daniela Barreira. O espaço rapidamente agradou o publico cearense. Em 2001, em parceria com os amigos Eugenio Vieira e Idezio Rolim, veio o primeiro Coco Bambu, no bairro Meireles. O restaurante trazia um novo conceito, inspirado nas florestas tropicais, com ambiente rustico e aconchegante. Quatro anos mais tarde veio a expansão para Salvador (BA) e daí não parou mais: São Paulo (SP), Teresina (PI), Brasília (DF), Goiânia (GO), São Luís (MA), Ribeirão Preto (SP) e Campinas (SP), Vila Velha (ES), Curitiba (PR), Recife (PE), Porto Alegre (RS); além de outras duas unidades em Fortaleza. Até o final deste ano, o Coco Bambu deve gerar cerca de quatro mil empregos diretos. O empresário cearense tornou-se exemplo de empreendedorismo em todo o País. Já foi citato nas revistas Exame e Forbes Brasil como o homem que “democratizou o consumo de camarão” no País. Concedeu entrevista ao programa “Conta Corrente”, da Globo News, e ganhou o premio de Melhor Restaurante de São Paulo, em 2015, pelo Prêmio VEJA SP. Já palestrou nas americanas Universidade de Colúmbia, Harvad e Instituto de Tecnologia de Massachusetts para falar de seu trabalho. Ao lado de sua esposa, foi convidado pelo Governo dos Estados Unidos, com a presença do então presidente Barack Obama, para o Selectusa Investiment Summit 2015, congresso voltado para empresas estrangeiras no país. O casal representou a marca Coco Bambu. Além de seus 75 sócios operadores,
NESSA CRISE APARECERAM BOAS OPORTUNIDADES DE ESPAÇOS PARA IMPLANTAÇÃO DO COCO BAMBU. APROVEITAMOS ESSAS OPORTUNIDADES
Afrânio conta com a parceria mais que especial da família: seu braço direito e maior influenciadora, a esposa Daniela Barreira; sua filha Ticiana, administrando o Buffet Plus; e do filho Felipe, destaque na auditoria e finanças da empresa. Em entrevista exclusiva para O Povo Lounge, Afrânio relembra sua trajetória, fala de crescimento e das expectativas para a inauguração da primeira unidade internacional, em Miami, considerado o maior restaurante da cidade!
Sabemos que inicialmente o senhor abriu, ao lado de sua esposa, Daniela Barreira, o Dom Pastel, no início da década de 1990. O que os impulsionou a investir no ramo da alimentação? A ideia do Dom Pastel foi da Daniela, na casa do meu avô materno Raimundo Pinheiro Barreira, eu fiz um pequeno open mall com lojas e salas. A Daniela me pediu para ficar com a lojinha da esquina, tinha 20 metros quadrados. Depois de 26 anos, o DP continua fazendo sucesso, se reinventando, e hoje ocupa uma área de 2000 metros quadrados. A Daniela sempre gostou muito de culinária, tem um paladar diferenciado e eu sempre trabalhei muito e sempre sonhei em fazer algo grande e diferenciado. Como surgiu a ideia de criar o Coco Bambu? O Coco Bambu nasceu da vontade de expandir, de criar coisas novas, de aumentar os negócios. Visualizamos a carência de ofertas de restaurantes com as características do Coco Bambu, tínhamos o espaço próprio, daí nasceu o Coco Bambu do Meireles, na [rua] Canuto [de Aguiar], o primeiro. Em 2005 foi inaugurado o primeiro Coco Bambu fora do Ceará. Hoje em dia, o nome do restaurante tornou-se um dos mais fortes e requisitados do País. Por que as pessoas gostam tanto do Coco Bambu? Acho que é um somatório de coisas. Bom custo benefício, alimentos feitos com ingredientes de primeira qualidade, atendimento, grandiosidade das lojas, projetos arquitetônicos diferenciados, valor do investimento inicial de implantação e, principalmente, a gestão feita de forma moderna e eficiente. O Brasil passa por uma grave crise econômica, entretanto o Coco Bambu não para de crescer. Como manter o negócio a todo vapor? A crise está afetando? Não passamos por crise e, graças a Deus, O POVO LOUNGE 153
CHICS
POR LÁZARO MEDEIROS
Afrânio Barreira Filho e a esposa Daniela
O Coco Bambu Miami será diferente das unidades brasileiras (identidade visual, ambiente e menu)? Quais as expectativas? O Coco Bambu Miami será diferente na arquitetura. O arquiteto é o mais renomado da cidade, não deixa a gente interferir muito no projeto. Será o maior restaurante de Miami, com 500 lugares, em uma esquina privilegiada em Miami Beach. O cardápio está passando por alguns ajustes. As expectativas são as melhores. Temos um plano de abrir pelo menos um a cada ano nos USA.
o Brasil já está saindo dela. Nessa crise apareceram boas oportunidades de espaços para implantação do Coco Bambu. Aproveitamos essas oportunidades e abriremos nove unidades este ano. Fecharemos o ano com 26 unidades. Para 2017, já está fechado pelo menos mais quatro unidades. Quero fechar 2017 com pelo menos 30 unidades. Com amplo cardápio, o restaurante oferece o melhor da cozinha internacional e cearense. Quais são os destaques, os pratos mais pedidos? Cada praça elege o seu prato predileto. O cardápio é extenso e vende de tudo. 154 O POVO LOUNGE
Este ano será inaugurada a primeira unidade internacional do Coco Bambu, em Miami, nos Estados Unidos. Por que escolheu Miami? Miami é a cidade americana mais latina, mais amada pelos brasileiros, não poderia começar em outra cidade americana que não em Miami. Como foi a noite em que os representantes do Coco Bambu receberam do prefeito de Miami a chave da cidade? Foi uma linda festa no Conrad hotel na brickell. Me senti honrado em receber das mãos do prefeito do condado de Miami essa homenagem.
O Coco Bambu nasceu no Ceará e até 2017 estará presente em 12 estados brasileiros, além de abrir sua primeira unidade internacional, em Miami. Quais suas metas para o futuro do Coco Bambu? Estaremos em 12 estados até o final de 2016. Até o final de 2017, estaremos também no Rio e Minas Gerais, dai serão 14 estados. A ideia é abrir cinco unidades no Brasil e uma nos USA a cada ano. Sucesso no ramo do turismo com o site Yzzers, e da alimentação com o Coco Bambu e Dom Pastel, o senhor possui algum novo projeto? O Yzzer com quatro meses de aberto, já é um grande sucesso. Lá você compra passagens e hotéis no mundo pelos melhores preços, e com atendimento pessoal diferenciado. Não temos outros projetos em vista além dos novos restaurantes e espaços para eventos.
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ARTE
Astronauta, 1969
158 O POVO LOUNGE
TOZZI
As cores do mundo de
Larissa Viegas larissaviegas@opovo.com.br
C
POP, MODERNA, CONSTRUTIVISTA... O PORTFÓLIO DE UM DOS MAIORES NOME DA ARTE NACIONAL, CLAUDIO TOZZI, TRAZ OBRAS RICAS EM CORES, FORMAS E DIFERENTES ESTILOS. PORÉM, SEMPRE HÁ ALGO EM COMUM: A CRÍTICA SOCIAL E A VISÃO DO AMBIENTE COMO UM TODO
ores, formas, questionamentos políticos, harmonia com o ambiente. As obras de Claudio Tozzi, 71 anos, estão entre as mais importantes do cenário nacional. Conhecido por suas imagens e ocorrências do mundo urbano, o artista e arquiteto recebeu grande influência do seu próprio ambiente de trabalho para assinar obras imediatamente reconhecíveis, como Guevara, Multidões, Astronautas e Bandido da Luz vermelha. “Eu trabalhava com arte gráfica e trabalhava muito com impressão de revistas e jornais e estudava arquitetura. Era muito ligado a essa nova linguagem, então a pintura foi pra isso. Nos meus primeiros trabalhos, fazia colagens com revistas italianas”, conta. Ainda jovem, passou a pintar em busca de uma linguagem mais contemporânea. Assim, começou a fazer colagens e apropriações de revistas e quadrinhos. Tendo a Ditadura Militar como principal inspiração, onde o Brasil vivia uma fase de repressão e de “cultura abafada”, a arte era uma voz de expressão, vista pelo artista como uma resistência e uma forma de criar novos objetos.
CORES FORTES, MENSAGENS IMPACTANTES Enquanto a pop art, oriunda da Europa, ganhava força nos Estados Unidos, onde artistas como Andy Warhol e Roy Lichtenstein contestavam a sociedade
do consumo, Tozzi e outros grandes nomes da sua época apresentavam o teor contestatório do movimento artístico fazendo um novo questionamento. “No Brasil não tinha essa questão [do consumo], éramos subdesenvolvidos, mas tinha a situação de opressão do governo militar. Então a semelhança é que é uma linguagem de contestação. Só que no Brasil era mais forte, porque era um problema que as pessoas sentiam na pele. Não era só questionamento, era opressão”, explica. Apropriando-se dos meios de comunicação, tanto a pop art brasileira quando a americana rompem com as pinturas de cavalete, luz e sombras e transcendem o ambiente das artes plásticas. “Ela passou a usar sinais de trânsito e placas, cores primárias, pintura mais chapada. O suporte poderia ser uma placa de madeira, não só uma tela. E a característica, a similaridade com o movimento todo, a arte é a apropriação de imagem. Ela questiona, revoluciona”. Por conta disto, trabalhos de Tozzi como Multidões e O Bandido da Luz Vermelha ganharam destaque, aproximando-se dos meios de comunicação de massa e proporcionando, assim, uma ampla interação entre a obra e o público, que se sente sensibilizado para as questões da época. O POVO LOUNGE 159
ARTE Até que enfim..., 1967
RECONSTRUÇÃO Em 1967, o painel Guevara Vivo ou Morto, um dos ícones do trabalho de Tozzi, é destruído a marteladas e recebe banhos de tinta, enquanto estava exposto no IV Salão Nacional de Arte Contemporânea, em Brasília. Porém, o que parecia perdido, ganha vida novamente. “Uns quatro, cinco anos depois, ele foi mandado para a Secretaria de Cultura de São Paulo, que enviou para o meu ateliê. Peguei as partes que estavam inteiras, mantive e, como eram feitas de madeira, reestruturei. Acho que era um painel importante como documento da época. O fiz dois, três dias depois da morte do Che Guevara. O painel foi pra um museu da Argentina e hoje faz parte de uma coleção importante. Achei que era um quadro que deveria estar vivo, não morto”, brinca o artista, em relação ao próprio nome da obra.
NOVA FASE A década seguinte ganhou um novo cenário. Durante o Ato Institucional Número Cinco, o AI-5, os artistas passaram a dar uma linguagem alternativa às suas obras. “Os artistas em geral se voltaram mais para uma pintura de ateliê mesmo e começaram a acontecer novas cores. Fiz a séries de parafusos, que era algo mais simbólico. E comecei a trabalhar mais as cores, saí das primárias e comecei a fazer trabalho de tom sobre tom, linguagem pictórica, mais requintada”, conta o artista. Assim, símbolos e signos traduziam a opressão cultural e a metáfora domina o cenário. A série de parafusos, citada por Tozzi, foi a primeira elaborada pelo artista nesta nova fase e tornou-se um marco.
ARQUITETURA EM ARTE Territórios urbanos, arquitetura, cidades e suas múltiplas leituras. Tudo sempre influenciou o artista, que deseja a participação do espectador. Este macroespaço está representado em séries como Urbe e Trama Reticular Urbana, com superposições de linhas e superfícies cromáticas. 160 O POVO LOUNGE
Múltiplo, 1973
Uma das suas obras mais marcantes é o painel Zebra, instalado em 1972 na lateral de um prédio na Praça da República, em São Paulo. “Como estudei arquitetura, tenho essa relação com o espaço e sempre achei que a arte tem que estar no espaço público, uma relação mais democrática com a sociedade, não só com quem está em galerias. A arte no espaço público permite isso”. Para tanto, ele sempre realiza um estudo do entorno, como se fosse uma obra arquitetônica. A década também foi de experimentos em novas linguagens, onde faz uso de suportes e meios diferenciados, como super-8, Polaroid, Xerox etc.
DE VOLTA AO POP Já na segunda metade da década de 1970 e início dos anos 80 é retomada a lingagem de pop art, onde as
Guevara, 1967
Sem título, 1971 O POVO LOUNGE 161
ARTE
imagens ganham uma concepção geométrica com retículas e quadricromias. Ambientes tropicais, aves e flores são o resultado do trabalho do artista, que ganha Prêmio de Viagem ao Exterior no Salão Nacional de Arte Moderna. Nos seus trabalhos mais recentes, Tozzi simula uma identificação com o espaço construído ou a construir. Cortes e elevações sintetizam formas que se superpõem em superfícies cromáticas, remetendo ao ato de projetar. As formas são constituídas de transbordamentos, que invadem e transgridem os limites da tela, criando uma nova locação no espaço. Sempre reelaborando sua linguagem, Tozzi é um artista que busca superar suas próprias conquistas. “A obra sempre tem um caráter político, queira ou não. Então hoje ele tem uma estrutura bem definida. To fazendo uma serie chamada Territórios, de limitação do espaço. É uma tentativa de organizar. Talvez seja o desejo de ver a sociedade mais organizada ou a própria estrutura racional da obra”, conclui.
Guevara, vivo ou morto..., 1967 162 O POVO LOUNGE
Multidão, 1968
FOTOS ETHI ARCANJO
ARQUITETURA
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FUTURO
PROMETE CONHEÇA ARQUITETA E ESTUDANTE DE ARQUITETURA QUE JÁ HONRAM O LEGADO FAMILIAR E A CARREIRA ESCOLHIDA. ANIK MOURÃO E PAMELLA ARRUDA REVELAM COMO VEEM A ATUAÇÃO NA ÁREA
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ARQUITETURA
Sabryna Esmeraldo sabryna@opovo.com.br
A
nik Mourão é um exemplo de arquiteta cearense da nova geração. Aos 24 anos, mas trabalhando desde o segundo semestre de faculdade, a jovem já coordena projetos no escritório do qual é sócia e demonstra o gosto pela profissão escolhida em cada detalhe. “Adoro o que faço, tenho muito prazer. Acho muito bacana quando você consegue ter uma relação de amizade com o cliente, de ultrapassar o projeto, de absorver o jeito que a pessoa mora”, afirma. Aos 21 anos, Pamella Arruda, que cursa o quarto ano de Arquitetura, também já demonstra suas habilidades para a profissão. “É muito importante, na Arquitetura, estarmos constantemente se atualizando. Não pode ser só a faculdade. Já fiz curso de sustentabilidade e, principalmente, voltados para arquitetura de interiores, que é o meu foco”, afirma. Mas Anik e Pamella têm algo mais em comum: passaram a infância e a juventude inseridas no mundo da Arquitetura. Como professores, tiveram dois dos mais renomados arquitetos do Ceará: seus pais. Pamella é filha de Daniel Arruda e Anik, de Racine Mourão.
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FOTOS ETHI ARCANJO
ANIK MOURÃO Quem visitou o Casa Cor Ceará 2015, teve oportunidade de conhecer um pouco do trabalho de Anik Mourão, que, ao lado do pai, Racine Mourão, foi responsável pelo ambiente Restaurante da edição. Mas a parceria dos dois já vem de antes. Desde 2010, Anik e Racine trabalham juntos no escritório do qual, hoje, a arquiteta também é sócia. E a escolha da profissão, claro, teve influência de tudo que pôde vivenciar em família desde a infância. “Sempre estive aqui dentro do escritório, então enveredei por esse caminho. Tomei gosto pela coisa e botei a mão na massa. Desde cedo, vejo como o mercado funciona”, conta Anik. Assuntos relacionados à profissão, portanto, sempre foram presentes 24 horas na vida da jovem, que destaca o olhar crítico que aprendeu a desenvolver junto ao pai nos mais diferentes momentos. “Em viagens ou em qualquer ambiente em que estamos, sempre somos muito críticos, de olhar e comentar o que está bacana, o que gostamos, o que emocionou. Esse diálogo entre nós sempre existiu”, afirma. Além dos projetos que já coordena no escritório, Anik também desenvolve trabalhos próprios. E em qualquer projeto que se envolva, traz como prioridade fazer algo que seja a cara do cliente e reflita seu jeito de morar. “Às vezes, vemos projetos que são muito comerciais, são muito bonitos, mas tem um produto que está em toda casa. Gosto muito de fazer projetos para pessoas que têm personalidade forte, que sabem do que gostam. Absorvemos muita coisa boa, conseguimos fazer um trabalho mais bacana”, ressalta. O uso de linhas retas, o trabalho de cores em um fundo mais neutro e o gosto por peças atemporais e que tragam valores de design e história agregados são elementos, entretanto, que caracterizam o trabalho da arquiteta. “Eu puxo muito algumas coisas do meu pai, é a minha escola,
mas sou um pouco mais moderna.” As influências da profissional, porém, não se limitam ao pai. Philippe Starck, Roberto Migotto e Guilherme Torres são alguns dos arquitetos cujo trabalho Anik também acompanha com admiração. A inspiração, inclusive, vem também de viagens. “Admiro a arquitetura de Nova York e Londres, tem muito essa parte de interiores. Mas um lugar que me marcou foi o Egito. Gosto muito da natureza entrando em casa”, destaca. Sobre as diferenças no exercício da profissão hoje e na época em que seu pai iniciou sua carreira, a arquiteta cita a maior vaidade dos clientes com seus imóveis, o acesso a informações nas redes sociais e a tecnologia. “Você tem o dever de surpreender o cliente, fazendo melhor do que ele pediu. É muito desafiador. Hoje, também trabalhamos muito com imagens 3D, então você pode mostrar como vai ficar”, explica. Para Anik, o mercado está aberto para novos profissionais, mas é necessário sempre se atualizar e se capacitar. “O arquiteto tem que ter um pouco de tudo, não é só fazer um bom trabalho, é saber se portar, é ter educação e humildade para falar com uma pessoa da alta sociedade ou uma pessoa que está trabalhando na obra, tem que tratar todo mundo igual. É um trabalho muito complexo, mas é muito apaixonante.” O POVO LOUNGE 167
ARQUITETURA
PAMELLA ARRUDA A primeira oportunidade que Pamella Arruda teve de viver experiências que a fizeram pensar em seu futuro veio ainda no ensino médio, quando foi estudar por um ano em Boston, Estados Unidos. “Abriu muito minha cabeça, vi arte, fiz curso de fotografia. Quando voltei, comecei a cursar Arquitetura e Urbanismo”, conta. Atualmente, a estudante atua no setor de arquitetura de interiores no Escritório Daniel Arruda, sob o olhar atento e a assinatura do pai. “A ideia é integrar a arquitetura civil com a arquitetura de interiores”, explica. E se é para falar de influências, impossível não falar de seu pai. “Ele não é só inspiração para mim como trabalho, mas como pessoa. Vê-lo trabalhar, apesar das madrugadas acordado, dos problemas, me fez pensar: ‘caramba, eu gosto muito de arquitetura’. Desde pequena, entendi o real valor da arquitetura”, conta Pamella. E as lições acompanham a família em todos os lugares. Conforme a jovem conta, viagens como as feitas para Nova York, Abu Dhabi, Bali, Paris, Florença, entre outras, são experiências que a influenciam muito. Conhecer de perto a arquitetura de Singapura, China e Escandinávia está entre os sonhos de Pamella. “Em todos os nossos roteiros, incluímos ícones arquitetônicos e escritórios de arquitetura.” Já quanto a outros grandes nomes em que se inspira, Pamela cita Zaha Hadid, Santiago
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Calatrava, Roberto Migotto, Débora Aguiar, Philippe Starck e Frank Lloyd Wright. Entre os pontos que mais motiva sua paixão pela carreira escolhida, a estudante destaca a possibilidade de transformação de espaço, construção de novas realidades e concretização de sonhos. “Na primeira reunião, sempre tenho um leque de perguntas para fazer. O que você espera desse ambiente? Como é sua rotina? Isso muda o projeto”, destaca. “Muitas vezes, o cliente entra no ambiente e pensa: ‘isso não tem nada a ver comigo’, porque tem a cara do arquiteto. Isso, para mim, é terrível. Acredito que o que é bonito, é bonito em pop art, em qualquer estilo, é da harmonia que eu gosto. Cada cliente é diferente, cada um tem sua personalidade e é muito importante que o projeto expresse isso.” Comparado ao exercício da profissão antigamente, que pôde vivenciar por meio de Daniel, Pamella destaca o avanço da tecnologia na construção civil como principal mudança. “O que mais mudou foi o processo projetual, em relação à velocidade e às ferramentas. Foi muito bom para o profissional de arquitetura e para o cliente”, afirma a futura arquiteta, demonstrando paixão pela carreia escolhida. “A arquitetura interessa a todo mundo, para mim, ela traduz uma época, diz muito de uma cidade, de qualquer período.”
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GASTRONOMIA
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FOTOS: ETHI ARCANJO
A
Ce rensidade
LEMÃ RUTH LUNKEIT, ALEMÃ DE NASCIMENTO E APAIXONADA PELO CEARÁ. TROUXE PARA FORTALEZA O REQUINTE E A SOFISTICAÇÃO DA CULINÁRIA DE SUA TERRA NATAL QUANDO TUDO AINDA ERA NOVIDADE PARA A SOCIEDADE DA CAPITAL
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GASTRONOMIA
HISTÓRIAS DO HEIDELBERG
Sabryna Esmeraldo sabryna@opovo.com.br Marcus Lage marcuslage@opovo.com.br
Q
uase 80 anos de histórias para contar, com amor pelo Ceará e pela comida. O brilho no olhar de dona Ruth Lunkeit ao falar de seus primeiros anos no Brasil, de sua relação com a gastronomia e com a Alemanha, sua terra natal, envolve quem está por perto. Com a vinda ao Brasil em 1974, acompanhando do marido Erick, que trabalhava na indústria do couro, Ruth revela sua bagagem: dois Porsches, a mobília e um filho. Poderiam ter ido para o Irã ou o Canadá, mas escolheram Fortaleza. “Meu marido trabalhou em um curtume aqui. E o curtume fechou. Tínhamos que fazer alguma coisa para ficar aqui... Então, fizemos o restaurante. Nós íamos ficar por três anos. E acabamos ficando”, relembra, com o forte sotaque alemão acentuando cada palavra dita. O restaurante ao qual Ruth se refere é o Alt Heidelberg, especializado em cozinha alemã, claro. À época, o restaurante ficava na esquina da rua Vicente Linhares com a avenida Desembargador Moreira. Ruth era quem ficava à frente da cozinha. “Ah, eu gosto de cozinhar porque eu gosto de comer bem. Não sabia cozinhar nada quando me casei, sempre foi a mamãe quem fazia. Aí, precisei aprender. Aprendi muito antes de o restaurante chegar [por causa do casamento].” No cardápio do Heidelberg, peixe ao molho holandês e filet béarnaise, além de linguiça caseira, joelho de porco e pato recheado. Tudo autenticamente
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O tempo em que esteve à frente do Alt Heidebelrg, Ruth vivenciou histórias, no mínimo, curiosas. Como a culinária alemã era novidade em Fortaleza, não foi de pronto que a sociedade cearense se acostumou. “Muita gente achou [o restaurante] estranho, não tinha muita coisa de cozinha nacional. Tinham saladas e ninguém comia saladas [naquela época].” Ruth relembra um casal de namorados cuja visita ao restaurante ficou marcada em sua memória. Ele, querendo mostrar para a amada algo da culinária internacional, tratou de pedir escargots para o jantar. “Ele tentou quebrar a casca como se fosse um caranguejo. Pegou com a mão e queimou a mão. Até que o garçom chegou e disse: ‘olha, tem um alicate aqui e o garfinho para tirar’. E ele [o visitante]: ‘ah, sim, obrigada!’.” “Caviar a gente tinha. E tinha uma senhora da alta sociedade e disse: ‘ai que coisa horrorosa! Mas a gente engole porque é chique!’”, conta Ruth, rindo enquanto relembra.
GASTRONOMIA
FICO QUATRO, CINCO HORAS NA COZINHA PARA COMER UM PRATO. EU NÃO GOSTO DE COISAS REQUENTADAS
alemão. Nas mesas, representantes da nobre sociedade cearense.
OS PRIMEIROS ANOS Apesar de todo o amor de Ruth pela gastronomia, os primeiros anos no Ceará não foram dos mais fáceis para a alemã. “Faltava tudo naquela época. A cada seis semanas, chegava um navio de carga da Alemanha. Eu fiz uma amizade com eles e eles traziam pão, manteiga...” Vários itens eram importados direto de sua terra natal: chocolate, vinho, salmão, pão preto, queijos, caramelo Mackintosh e outros. Levaram alguns anos até que ela se acostumasse com os peculiares ingredientes cearenses. A própria comida regional foi, inicialmente, um desafio para ela. “Demorou para eu gostar da comida daqui. Agora chego aqui e digo: olha, eu quero caipiroska, água de coco, caranguejo, picanha, tapioca com queijo... Como eu como!” Após a morte de seu marido, ela decidiu retornar para a Alemanha, pois não conseguiria lidar com o restaurante sem ele. Mas sempre que visita o Ceará, traz potes de geleia alemã para os amigos, e leva na bagagem ovos de codorna, colchão de freira, castanha, cachaça e limão. 174 O POVO LOUNGE
BATE-PRONTO Dona Ruth Lunkeit, de 80 anos, nasceu na Alemanha. Veio com o marido para o Ceará e para sempre ficou marcada pelo local. Em três perguntas, ela resume seu sentimento pela gastronomia e pelo Estado. O que a senhora mais gosta de cozinhar? Eu gosto de tudo. Gosto de fazer tortas. Qualquer coisa que é boa, eu gosto de cozinhar. Cozinho todo dia, faço meu almoço. Vivo sozinha e, às vezes, [faço] coisas complicadas. Fico quatro, cinco horas na cozinha para comer um prato. Eu não gosto de coisas requentadas. O que a senhora mais gosta no Ceará? Da comida! O clima, e também tenho muitos amigos aqui. Fiz muitas amizades naquele restaurante. [Gosto de] curtir as praias, as piscinas, o sol. Nessa época, na Alemanha, está tudo gelado. O que mais surpreendeu a senhora na culinária regional cearense? Várias coisas me surpreenderam. No começo, não achava possível comer feijoada. Hoje sou louca por feijoada.
domingos Em 1976, O POVO anunciando que passa a circular aos domingos
VINHOS
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RÓ TU LOS
ADORADO POR UNS, TALVEZ MAL COMPREENDIDO POR OUTROS. O VINHO REINA EM OCASIÕES ESPECIAIS E MARCA TANTO O PALADAR QUANTO A MEMÓRIA DE QUEM O APRECIA
IMPERDÍVEIS O POVO LOUNGE 177
VINHOS
Lua Santos lucianasantos@opovo.com.br
S
inônimo de sofisticação, bons vinhos sempre são associados a bons momentos. Celebrações de família, momentos especiais a dois, um reencontro de amigos. As mais diversas ocasiões podem ser acompanhas por uma boa garrafa de vinho. E ao contrário do que muitos pensam, o que faz um vinho ser inesquecível não é o rótulo em si, mas o momento em que ele foi degustado. Ao menos é o que diz o enófilo e estudioso em vinhos Paulo Aragão. “Até faço uma pergunta para você. O que você queria: beber o melhor vinho do mundo no enterro do seu melhor amigo ou beber o pior vinho do mundo no dia em que você ganhasse na loteria? Não é só o vinho. É o momento ou a companhia.” Claro, há o bouquet do vinho, seu aroma, e estes sim, podem ser igualmente marcantes. Mas a harmonia completa depende do acompanhamento, da ocasião e do paladar de quem bebe. “O que faz o vinho em si, ser marcante, normalmente são duas coisas: o sabor dele e o paladar dele ser do agrado da pessoa que está bebendo.” E o preço do vinho? Aragão conta que o bom vinho, não necessariamente, precisa ser caro. “O vinho é caro de acordo com a posição dele, do marketing, da fama dele. O segredo de quem conhece vinho é encontrar um vinho bom e ele pode ser caro ou não. E tem gente que não conhece vinho, mas tem dinheiro e escolhe um vinho mais caro porque sabe que vai beber um vinho bom. Obrigatoriamente, os vinhos caros são bons. Mas, obrigatoriamente, os vinhos bons não precisam ser caros.”
SOMENTE OS MELHORES O norte-americano Robert Parker Jr., o Wine Advocate, é um advogado que deixou a carreira de lado ao descobrir que tinha extrema aptidão para reconhecer sabores e aromas de vinhos e, ainda, lembrar de cada um deles depois de
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O enófilo e estudioso em vinhos Paulo Aragão
bebê-los. Foi ele quem criou a primeira tabela de pontuação de vinhos, que ainda hoje é copiada e utilizada em diversas partes do mundo. “Ele realmente conhece muito sobre vinhos, mas a tecnicidade do vinho. Quando digo tecnicidade, digo a maneira pela qual ele [o vinho] foi elaborado, o terroir dele, a forma pela qual ele se apresenta, o sabor, cheiro, o equilíbrio entre açúcares e tanino...” A melhor pontuação que um vinho pode receber pelo critério do Wine Advocate é a marca dos 100 pontos. Atualmente, pouco mais de 500 vinhos estão na lista dos que alcançaram essa pontuação segundo Robert Parker Jr.. Entretanto, apenas 193 rótulos estão na lista, a maioria oriunda da França ou da Espanha, com diferentes safras, somando-se aos vinhos californianos que também estão presentes. Para um enófilo, entretanto, a pontuação de Parker Jr. não é o único fator determinante na hora de escolher qual garrafa de vinho será a escolhida. “E também você tem que ver o seu gosto. Isso aí [a tabela] é o gosto dele, que obedece a um padrão geral. Mas vai depender do seu gosto pelo vinho, de você gostar daquele vinho ou não.”
HARMONIZAÇÃO Diz o senso que vinhos tintos vão bem com carnes e vinhos brancos com peixes. Na verdade, a harmonização do vinho é algo que vai mais além. “É mais ou menos como você comer pizza. Você prefere comer pizza com refresco de maracujá ou é melhor com refrigerante? A harmonização é mais ou menos uma coisa assim.”, brinca Aragão. Como existem vários tipos de vinhos – tanto tintos quanto brancos – ainda espumantes e frisantes, vinhos doces, vinhos secos, vinhos de sobremesa, não há como reduzir a harmonização a uma simples regra. Mas, segundo Paulo Aragão, a escolha de qual vinho abrir depende mais do gosto de cada um do que apenas das regras de harmonização propriamente ditas. “Se eu for comer qualquer coisa que fizerem pra mim, e beber um vinho tinto aqui e gostar, tudo bem.”
BRANCO ENCORPADO
BRANCO SECO
ESPUMANTE
VINHO BRANCO
TINTO MÉDIO CORPO
TINTO LEVE
TINTO ENCORPADO
VINHO DE SOBREMESA
FRUTOS DO MAR CARNES BRANCAS
CARNES BRANCAS
QUEIJOS MACIOS
QUEIJOS MACIOS
AMIDOS E CARBS
AMIDOS E CARBS
VEGETAIS ASSADOS
VEGETAIS ASSADOS
AMIDOS E CARBS
VEGETAIS
VEGETAIS
PEIXE
PEIXE
AMIDOS E CARBS
QUEIJOS MACIOS AMIDOS E CARBS
AMIDOS E CARBS
VEGETAIS ASSADOS
VEGETAIS ASSADOS
QUEIJOS DUROS
AMIDOS E CARBS
QUEIJOS DUROS
QUEIJOS DUROS
QUEIJOS DUROS
EMBUTIDOS
EMBUTIDOS
EMBUTIDOS
EMBUTIDOS
E DEFUMADOS
E DEFUMADOS
E DEFUMADOS
E DEFUMADOS
QUEIJOS DUROS
DOCES
DOCES CARNES VERMELHAS
O QUE É TERROIR Um dos critérios de avaliação de um vinho é o seu terroir. “Terroir” é uma palavra de origem francesa para a qual não há uma tradução definida. Para os especialistas, terroir siginifica algo como “a terra falando através do vinho”. Trata-se, na verdade, de uma combinação de fatores ainda no cultivo da uva que se refletem no sabor do vinho. Países como a França, por exemplo, possuem uma legislação
específica que proíbem o vinicultor de realizar qualquer tipo de alteração no solo. É proibido adubar, corrigir acidez, iluminar, cobrir em caso de chuva, ou seja, fazer qualquer mudança naquele ambiente. Isso faz com que a uva se desenvolva de uma forma específica, e isso poderá ser sentido no produto final. “Muitas vezes, acontece na região de Champanhe de ter espumante que não é lançado naquele ano porque a terra
não correspondeu.”, explica Aragão. Já locais como a Califórnia, é perfeitamente possível alterar a área dos parreirais: cobrir em caso de excesso de sol ou chuva, adubar quando preciso, colocar gesso para corrigir a acidez do solo. “Países onde você nunca vê a produção diminuir e nem aumentar. A produção é sempre a mesma”. Por isso, diz-se que vinhos desses locais não têm terroir.
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VINHOS
50 MELHORES VINHOS DE 2015, SEGUNDO ROBERT PARKER JR.
OS 29 MELHORES VINHOS TINTOS DE 2015: 2012 Bevan Cellars Cabernet Sauvignon McGah Vineyard, Napa, California, USA
2010 Elio Grasso Barolo Gavarini Vigna Chiniera, Piedmont, Italy
2012 Lokoya Cabernet Sauvignon Mount Veeder, Napa, California, USA
2010 Casanova di Neri Brunello di Montalcino Tenuta Nuova, Tuscany, Italy
2012 Harlan Estate Proprietary Red Wine, Napa, California, USA
2010 Il Marroneto Brunello di Montalcino Madonna Delle Grazie, Tuscany, Italy
2012 Château Haut-Brion, PessacLeognan, Bordeaux, France
2012 Cayuse Syrah Bionic Frog, Washington, USA
2012 Château La Violette, Pomerol, Bordeaux, France 2012 Betz Family Winery Cabernet Sauvignon le Parrain, Washington, USA
2014 Lismore Estate Syrah, Western Cape, South Africa 2013 l’Aventure Winery Estate Cuvee, Paso Robles, California, USA
2013 Viña Seña, Aconcagua, Chile
2013 Château Beaucastel Hommage à Jacques Perrin, Châteauneuf du Pape, France
2013 Per Se La Craie, Mendoza, Argentina
2011 Guigal Cote Rotie la Landonne, North Rhone, France
2013 Achaval Ferrer Malbec Finca Altamira, Mendoza, Argentina
2013 Domaine Anne Gros Minervois les Carretals, Languedoc, France
2013 Domaine du Comte Liger-Belair La Romanee Grand Cru, Burgundy, France
2010 Henschke Hill of Grace, Eden Valley, Australia
2013 Domaine Duroché Chambertin Clos de Bèze Grand Cru, Burgundy, France 2012 Eyrie Vineyards Pinot Noir Original Vines Reserve, Oregon, USA 2013 Richard Rottiers Moulin a Vent Climat Champ de Cour, Beaujolais, France 2007 Vietti Barolo Riserva Villero, Piedmont, Italy
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2012 Jim Barry The Armagh, Clare Valley, Australia 2012 Clarendon Hills Astralis, McLaren Vale, Australia 2013 Álvaro Palacios L’Ermita, Priorat, Spain 2012 Pingus, Ribera del Duero, Spain 2012 Dona Maria Alicante Bouschet Jb, Alentejano, Portugal
OS 21 MELHORES VINHOS BRANCOS DE 2015: 2013 Kongsgaard Chardonnay The Judge, Napa, California, USA
2012 Zind-Humbrecht Riesling Grand Cru Rangen de Thann Clos St Urbain, Alsace, France
2013 Aubert Chardonnay Eastside, Russian River, California, USA
2014 Sheldrake Point Winery Riesling Ice Wine, Finger Lakes, New York, USA
2013 Fontaine Gagnard Batard Montrachet Grand Cru, Burgundy, France
2007 Domaine Macle Château Chalon, Jura, France
2013 Domaine Raveneau Grand Cru Valmur, Chablis, France 2014 Kumeu River Mate’s Vineyard Chardonnay, New Zealand 2012 Chateau Haut-Brion Blanc, PessacLeognan, Bordeaux, France 2014 Morlet Family Vineyards La Proportion Doree, Sonoma, California, USA 2013 Schäfer-Fröhlich Stromberg Riesling GG, Nahe, Germany 2013 Markus Molitor Zeltinger Sonnenuhr Auslese *** (Golden Capsule), Mosel, Germany 2012 Schloss Gobelsburg Riesling Tradition, Austria
2014 Domaine Huet Vouvray le Mont Sec, Loire, France 2014 Sadie Family Mev Kirsten Old Vine Series Chenin Blanc, Stellenbosch, South Africa 2014 M. Chapoutier Ermitage l’Ermite Blanc, Hermitage, France 2013 Tenuta dell’Ornellaia Bianco Ornellaia, Bolgheri, Italy 2011 Domaine Sigalas Nychteri, Santorini, Greece NV Equipo Navazos La Bota de Amontillado Bota A.R. 49, Jerez, Spain 2006 Ca’ del Bosco Franciacorta Cuvée Annamaria Clementi Brut Riserva, Lombardy, Italy NV Egly-Ouriet Blanc de Noirs Brut Les Crayères (disgorged Nov 2012), Champagne, France
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LÊDA
POR LÊDA MARIA
Rodrigo Santoro interpreta o personagem Hector Escanton, da série Westworld, produzida pela HBO 182 O POVO LOUNGE