Caderno Especial Pesca e Aquicultura 2014 - O POVO

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ESPECIAL

PESCA & AQUICULTURA OUTUBRO 2014

FENACAM

É TEMPO DE

CAMARÃO

FEIRA NACIONAL DO CAMARÃO É REALIZADA PELA PRIMEIRA VEZ NA CAPITAL CEARENSE E ENVOLVE OS SEGMENTOS DA CARCINICULTURA E PISCICULTURA

EDUCAÇÃO COMO AS UNIVERSIDADES TÊM PREPARADO OS FUTUROS PROFISSIONAIS E ESTIMULADO AS PESQUISAS NA ÁREA

MERCADO BANCO DO NORDESTE ATENDE SEGMENTOS DE PESCA E AQUICULTURA E FORNECE PROGRAMAS DE APOIO E INCENTIVO


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ESPECIAL PESCA & AQUICULTURA

MERCADO MERCADO

UM SETOR

EQUILIBRADO ENFRENTANDO A ESTIAGEM E A BUROCRACIA, O SETOR DE PESCA E AQUICULTURA SE APOIA NA CARCINICULTURA PARA MANTER BONS RESULTADOS EM 2014 Lua Santos lucianasantos@opovo.com.br

JADER PAES, EM 28/03/2011

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s estiagens dos últimos anos têm comprometido vários setores da economia do Nordeste, dentre elas, o mercado de pesca e aquicultura. De acordo com dados do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão de estudos do Banco do Nordeste (BNB), se 2015 se configurar como mais um ano de seca, a oferta de peixe de água doce no mercado será fortemente reprimida. Segundo a assessoria de imprensa do BNB, “a qualidade e a disponibilidade de água subterrânea são fatores limitantes para piscicultura, ressalvas para a produção de camarão (carcinicultura), em função da versatilidade da espécie vanammei com relação à tolerância para elevadas salinidades”. Segundo estimativas da Secretaria da Pesca e Aquicultura do Ceará (SPA), a produção de pescado do Ceará alcançou a marca de 108.328 toneladas. Esse número representa um crescimento de 16,11% em relação à produção do ano de 2010, que ficou em torno de 93.295,3 toneladas. Para Francisco Sales, secretário da Pesca e Aquicultura do Ceará, a aquicultura é o motor que vem impulsionando esse crescimento. “O Estado do Ceará em 2013 foi o maior produtor de camarão marinho cultivado do Brasil com mais de 35 mil toneladas,

Criação de camarão cresce 20% ao ano, segundo Cristiano Maia, da ACCC

EXPANSÃO DO MERCADO DE CAMARÃO O aumento do consumo interno, o preço compatível com custo de produção e maior velocidade na liberação das licenças ambientais são fatores que colaboram diretamente para a expansão do mercado de criação de camarão no Ceará. “A criação de camarão em cativeiro no Ceará vem crescendo em uma média de 20% o ano desde 2011”, destaca Cristiano Maia, presidente da Associação dos Criadores de Camarão do Ceará (ACCC).

Os principais investimentos no setor estão na parte estrutural da criação, com a construção de novos viveiros nas fazendas, frigoríficos de beneficiamento além da criação do laboratório de pós-larvas. Segundo Maia, a previsão é fechar 2014 com uma produção em torno de 42 mil toneladas de camarão nas 656 fazendas existentes no Ceará. “Para 2015 a previsão de crescimento é de 20%”, comemora o presidente.

e ficou entre os cinco principais produtores de tilápias, com mais de 25 mil toneladas”, destaca. DESAFIOS À PRODUÇÃO De acordo com os estudos do Etene, há fatores complexos que limitam o aumento da produção no segmento de pesca e aquicultura, como por exemplo, a burocracia para a obtenção de licenças ambientais, que poderiam ser dispensadas em tempos tecnológicos como os que vivemos. “O elevado custo de produção também é um gargalo importante na aquicultura, especialmente para pequenos produtores, porque não permite margens de lucratividade suficientes para investimento”, destaca a assessoria de imprensa do órgão. Para contornar essa dificuldade, a assessoria indica o financiamento como recurso para obter capital de giro e aplicar melhores preços de mercado. Entretanto, no Ceará, alguns projetos se destacam como modelos de sucesso no segmento. No setor de Carcinicultura, há os sistemas de produção da Associação Comunitária dos Criadores de Camarão de Icapuí (ACCI), localizada na fronteira do Estado com o Rio Grande do Norte, e a RW Mesquita Aquicultura, no extremo Oeste do Ceará. Já na piscicultura, destaca-se, dentre vários outros, a Piscicultura Tanganyika, localizada no município de Aquiraz.

ESPECIAL PESCA E AQUICULTURA é um produto da Diretoria Comercial do Jornal O POVO, produzido pelo Núcleo de Conteúdo & Negócios do Grupo de Comunicação O POVO Não pode ser vendido separadamente Editoras-executivas: Adailma Mendes e Andrea Araujo | Design: Barbara De Salvi | Edição: Larissa Viegas | Textos: Ícaro Paio, Janaína Flor, Janine Nogueira, Larissa Viegas, Lua Santos e Sabryna Esmeraldo | Foto de Capa: Shutterstock | Diretor-geral do Comercial: Edson Barbosa | Diretor Adjunto de Projetos e Revistas: Adriano Matos Gerente de Planejamento: Aline Viana | Área de Produção de Projetos e Revistas: Elton Gonçalves Fale Conosco: nucleoderevistas@opovo.com.br - www.opovo.com.br


MERCADO

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FORTALEZA-CE, OUTUBRO 2014

ANJELIKAGR / SHUTTERSTOCK

PROGRAMAS DE APOIO À PESCA E AQUICULTURA

POLÍTICAS VOLTADAS AO SETOR As Políticas Públicas de Desenvolvimento Sustentável da Pesca e Aquicultura do Estado do Ceará, implementadas pela Secretaria da Pesca e Aquicultura (SPA), estão articuladas com a Política Nacional executada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Segundo Francisco Sales, Secretário de Pesca e Aquicultura do Ceará, “esta política tem o propósito de desenvolver e fomentar a produção pesqueira e aquícola com vistas a melhorar a renda dos produtores no momento da comercialização, bem como, elevar a qualidade do produto ofertado à população”.

O Banco do Nordeste, por meio de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), atende ao segmento de pesca e aquicultura através dos seguintes programas de apoio e incentivo:

FNE Aquipesca Tem como objetivo promover o desenvolvimento da aquicultura e pesca através do fortalecimento e modernização da infraestrutura produtiva, uso sustentável dos recursos pesqueiros e preservação do meio ambiente. Para isso, financia a implantação, ampliação, modernização e reforma de empreendimentos de aquicultura e pesca. Contempla investimentos, custeio, beneficiamento, armazenamento e comercialização da produção.

Para o secretário, o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Pesca e Aquicultura, desenvolvido pela Secretaria, tem por objetivo fortalecer o segmento pesqueiro e aquícola através do incremento tanto da pesca extrativa quando da aquicultura marinha e continental.

FNE Profrota Pesqueira Busca desenvolver a frota pesqueira nacional, estimulando a competitividade do setor, o uso sustentável de recursos pesqueiros, a preservação do meio ambiente e a geração de emprego e renda. Para isso, financia a aquisição, modernização, reparo e equipagem de embarcações pesqueiras, e proporciona a sustentabilidade da frota pesqueira costeira e continental. Com isso, a produção pesqueira nacional deve ser aumentada, utilizando estoques na Zona Econômica Exclusiva brasileira e em águas internacionais, consolidando a frota pesqueira oceânica nacional e melhorando a qualidade do pescado produzido no Brasil.

Políticas públicas visam a fomentação de produção pesqueira

“No biênio 2012 - 2013 podemos ressaltar que a Secretaria realizou a distribuição de 8,5 milhões de alevinos em açudes de vários municípios do Ceará, mesmo em período de seca. Essa ação fortalece a oferta de alimentos como também incentiva o desenvolvimento da piscicultura extensiva em reservatórios”, ressalta o secretário. Segundo Francisco Sales, 1.314 pescadores e aquicultores familiares foram beneficiados com capacitações pelo programa de Assistência Técnica e Extensão Pesqueira (ATEPA).

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ESPECIAL PESCA & AQUICULTURA

FEIRA NACIONAL

SETOR AQUÍCOLA COMO FOCO NO DEBATE A 11ª EDIÇÃO DA FEIRA NACIONAL DO CAMARÃO INCENTIVA A INTERAÇÃO ENTRE FOMENTADORES DA CADEIA PRODUTIVA DA AQUICULTURA BRASILEIRA, COM DISCUSSÕES TÉCNICAS, PROMOÇÃO E DEGUSTAÇÃO DE PRODUTOS DO SETOR E DA CARCINICULTURA MARINHA GORILLAIMAGES / SHUTTERSTOCK

Fenacam é realizada pela primeira vez em Fortaleza, com programação técnica e comercial Janine Nogueira ESPECIAL PARA O POVO

janinenogueira@opovo.com.br

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Associação Brasileira de Criadores de Camarão - ABCC - coordena a realização do que é considerado o mais importante Fórum de Discussão e Promoção do Setor Aquícola Brasileiro, a Feira Nacional do Camarão Fenacam. Comemorando sua 11ª edição, o evento acontecerá de 10 a 13 de novembro deste ano, no Centro de Eventos do Ceará, com programação técnica e comercial envolvendo os segmentos da carcinicultura (enfoque principal para o camarão marinho) e piscicultura de água doce (tilápia, tambaqui e surubim). O evento, realizado desde 2004, pe-

la primeira vez será sediado fora do Rio Grande do Norte, onde está a sede da ABCC. A Fenacam 2014 inclui a realização simultânea de dois eventos técnicos: o XI Simpósio Internacional de Carcinicultura e o VIII Simpósio Internacional de Aquicultura. Adicionalmente, acontecerá a XI Feira Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços para a Aquicultura, com empresas, nacionais e internacionais, expondo equipamentos, produtos e serviços para aquicultura. “Temos um evento com tradução simultânea e todas as 39 palestras serão disponibilizadas em cd para os participantes. É muita informação, e é informação atualizada, cada palestra tem entre 30 e 40 slides. Serão 160 trabalhos técnico-científicos apresentados”, explica Itamar Rocha, presidente

da ABCC e organizador da Fenacam. O XI Festival Gastronômico de Frutos do Mar também integra a programação da Fenacam. “O Festival Gastronômico traz sete pratos a preços muito competitivos, o nosso compromisso é em cada prato de camarão ter 150g, então são 20 camarões de 7,5g por prato. O consumidor tem quatro opções diferentes de camarão, duas opções de tilápia e, ainda, para quem não come camarão e tilápia, uma carne”, explica o presidente. Em seguida, nos dias 14 a 16 de novembro, realiza-se o VI Festival Internacional de Camarão da Costa Negra, inclusive, também no Centro de Eventos. O encontro contará com a participação de renomados chefs e maîtres, nacionais e internacionais.

FEIRA NACIONAL DO CAMARÃO – FENACAM 2014 Quando: de 10 a 13 de novembro Onde: Centro de Eventos do Ceará Inscrições por meio do site www.fenacam.com.br Mais informações: (84) 3231.6291, (84) 3231.9786 fenacam@fenacam.com.br


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Premiação da Pesca e da Aquicultura Desenvolvido para reconhecer os serviços prestados em favor do setor da Pesca e da Aquicultura no Ceará, o Troféu Estrela do Mar, terá a sua primeira edição em 2014. O objetivo é premiar os destaques do ano em diversas categorias complementares, considerando desde contribuições técnico-científicas, comerciais e sócio-políticas ao apoio e incentivo às associações de peixe e de camarões. O troféu, que será entregue no segundo dia da Fenacam, leva a assinatura do artista sergipano Nicolas Almeida. Concorrem ao prêmio os nomes indi cados e justificados pelos presidentes das entidades de classe mais relevantes do setor, sendo a escolha final da agência Pensando Fora da Caixa, criadora e promotora do evento, com apoio do Grupo de Comunicação O POVO.

ETHI ARCANJO

O Troféu Estrela do Mar será lançado na Fenacam, em Fortaleza


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ESPECIAL PESCA & AQUICULTURA

ENTREVISTA

CAMARÕES EM ALTA DE OLHO NO MERCADO EMERGENTE DO CEARÁ, A FENACAM ESCOLHE FORTALEZA COMO PALCO DE SUA EDIÇÃO 2014. EM PARALELO, O MERCADO COMEMORA O BOM MOMENTO MAURI MELO

Larissa Viegas larissaviegas@opovo.com.br

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Feira Nacional do Camarão – Fenacam - chega a sua 11ª edição e explora novos mercados: o cearense. O palco será o Centro de Eventos do Ceará e, entre os dias 10 e 13 de novembro, compradores, cultivadores e investidores terão a oportunidade de conhecer o cenário atual, tanto do ponto de vista acadêmico quanto do mercado. Segundo Itamar Rocha, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão – ABCC -, a promessa é de repetir o sucesso visto nas edições anteriores, realizadas em Natal (RN). Em paralelo, Rocha apresenta o atual cenário brasileiro, o trabalho da ABCC, que propõe a união entre produtores de todos os portes, e fala sobre exportação. Pesca e Aquicultura - Além das questões políticas, o que fez a Fenacam vir para o Ceará? Itamar Rocha - Acho que o reconhecimento que todo mundo tem hoje do papel que o Ceará está desempenhando na recuperação do setor, que cresceu de forma exponencial entre 1998 e 2003 e depois passou vários anos, até 2012, patinando. Enquanto o mundo todo crescia aos pulos, a gente patinava. A partir de 2012, o Ceará se destacou. Em 2003, o Rio Grande do Norte produziu 38 mil toneladas e o Ceará produziu 25 mil toneladas. Em 2013, o Rio Grande do Norte produziu 23 mil toneladas e o Ceará, 43 mil toneladas. É uma demonstração que o Ceará deu uma atenção maior e houve o desenvolvimento do setor para que o camarão crescesse. Como o Ceará vem se destacando não só na produção, mas no consumo da tilápia, que é um carro-chefe do nordeste, eu acho que a gente entendeu que era o momento. O governo tem apoiado e não apoia mais porque, no conjunto

Itamar Rocha afirma que os grandes produtores de camarão devem ajudar os médios e pequenos

“O CEARÁ DEU UMA ATENÇÃO MAIOR e houve o desenvolvimento do setor para que o camarão crescesse”

da sociedade, faltam instrumentos de pressão, de orientação. Então uns não têm estrutura e outros ficam com medo do Ministério Público. Mas reconhecemos que o Ceará está no caminho certo e acreditamos que na forma que ele segue nos últimos dois anos, como o setor tem se comportado, o setor vai dar um pulo. Hoje, o Ceará se destaca no micro, pequeno e médio produtor, o que não era o Rio Grande do Norte. Só 5% são dos grandes produtores. Então a sociedade ta fazendo uma inclusão social no meio rural e na base da produção, que é o mais difícil e que o Governo

não tem condições de atender, que é o apoio. Não tem financiamento para o micro. E eles estão se autofinanciando. Acho que está na hora da gente dar a nossa contribuição. Pesca e Aquicultura - Como podemos aprender com os concorrentes do exterior? Rocha - Estamos trazendo as experiências exitosas do mundo todo, são pessoas de 17 países, produtores líderes não só de camarão, mas de peixes de água doce e marinhos, para mostrar que existe um mar aqui que não produz nada.


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Pesca e Aquicultura - São trocas de experiências? Rocha - O evento é para trazer aquilo que se você esperar ser publicado em revista vai levar dois ou três anos. Vamos trazer ao vivo os avanços tecnológicos que do setor. E a feira também é importantíssima, vai ter a exposição dos principais atores que participam dessa cadeia produtiva na questão dos insumos, ração, probióticos, fertilizantes mais avançados, todos os avanços tecnológicos vão estar representados. Inclusive terá a oportunidade de conhecer e se apresentar, estar no mesmo ambiente dos seus futuros clientes, mostrando o que tem de melhor. É esse casamento que a gente está trazendo e, para coroar, ainda tem o festival gastronômico. Pesca e Aquicultura - Como está o cenário de exportação de camarão do Brasil? Rocha - A gente quer voltar a exportar, mas entende que, para isso, precisa aumentar a produção. Tivemos um trabalho difícil e árduo, que foi abrir o mercado interno novo e se consolidar como o principal mercado, e todo o camarão que produzimos está sendo absorvido internamente. Imagina agora eu voltar a atenção para o mercado internacional, porque momentaneamente ele tá apresentando uma condição boa, e eu deixo o mercado interno sem abastecer? A pressão pela importação vai aumentar e eu não estou sendo fiel com quem foi importante para mim. O Brasil pode entrar no mercado internacional, mas ele tem que aumentar a produção e a gente pode aumentar. Então eu acho que é um caminho que a gente tem que ver, tem que ficar de olho.

MATI NITIBHON/ SHUTTERSTOCK

Por que o mar do nordeste não produz? O mar é pobre, não tem alimento, o fluxo de nutrientes é muito pouco. Só tem produção no mar quando tem fluxo de nutrientes. Não tem água doce irrigando. Aí você tem um pólo lá no Rio Amazonas, Belém, aquela região, aí vem água do rio, na foz do são Francisco. E depois tem lá no sul, os rios perenes e água doce. E a gente tá com uma atividade suprindo esses problemas. Você pega a água, o sol, bota alimento e produz. É o caminho que o Brasil tem que perseguir, que a Fenacam vai mostrar exemplos. Pessoas do Vietnã, da Malásia, da Indonésia, Singapura, China... Nesses lugares, quando chega outubro a temperatura cai pra 10, 15 graus e eles continuam produzindo. Para dar um exemplo de como se pode produzir.

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mercado, você pode quebrar galho. Por isso que alguém precisa começar. Primeiro que as exigências são bem maiores, as empresas que têm capacidade para exportar foram reduzidas. Quem está com toda documentação manda dois, três contêineres. Tem que abrir o mercado aos poucos. Pesca e Aquicultura - O camarão brasileiro já alcançou a excelência na qualidade ou ainda tem o que melhorar? Rocha - Sempre tem o que melhorar, mas podemos dizer que ele é o melhor. No passado todo mundo só falava do camarão do mar. Se você for ao supermercado hoje, é tudo o mesmo tamanho. Camarão você não pode falar de preço com tamanho diferente. O preço tem que estar associado ao tamanho. E é com cabeça, sem cabeça, com casca e pelado. São coisas totalmente diferentes. Eu vejo hoje o camarão de cultivo com um preço melhor que o do mar. Mesmo tamanho. Pesca e Aquicultura - No Brasil, quais são os principais consumidores? Rocha - São Paulo. Mas o pessoal de Santa Catarina compra muito, mas eles reprocessam, dão outra repaginada, coloca na embalagem e diz que é deles. São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Brasília, Recife, Fortaleza são grandes consumidores. Santa Catarina é grande comprador.

Fenacam: exposição dos principais atores da cadeia produtiva

OS MAIORES PRODUTORES DE CAMARÃO DO MUNDO 1. China 2. Tailândia 3. Vietnã 4. Indonésia 5. Índia 6. Equador 7. México 8. Brasil

O Brasil já exportou esse ano para o Vietnã, França e Espanha. Então eu acho que demonstrou para o Governo e para todos que a gente tem competitividade para estar no mercado internacional. Agora a gente tem produção suficiente para atender o mercado interno e externo? Não, não tem ainda. A gente precisa aumentar a produção. Pesca e Aquicultura - A nossa produção consegue suprir as necessidades do mercado interno? Rocha - Consegue. Nos últimos 10 anos o Brasil saiu de 125g per capta para 550g, no ano passado. A gente cresceu. Mas o ideal era ter uma media de 2kg, como é nos Estados Unidos, China, países da Europa. Aí sim, aumenta 3 vezes a nossa produção. Para ir para o mercado internacional tem que aumentar a produção. Mas também não dá para aumentar a produção e depois procurar o

Pesca e Aquicultura - O que a Associação faz para garantir melhores práticas do cultivo do camarão? Rocha - A gente tem desenvolvido todo um arcabouço de informações de técnicas e de boas praticas de biossegurança. A associação tem quatro códigos de conduta desde 2000, reformulamos em 2004 e fica sempre atualizando: código de conduta de para o laboratório, para a fazenda, para a processadora e para a indústria de ração, mostrando tudo que deve ser feito. Temos um programa de boas práticas de manejo e de biosegurança, que colocamos em cursos. Estamos ministrando esse ano 67 cursos para pequeno e microprodutos, são cursos de três dias, no nordeste. Por conta da ABCC, estou promovendo um em Belém e um em Santa Catarina, totalizando 69. O setor de pequeno produtor não tem o entendimento que a gente tem. As empresas-âncoras fornecem cursos e dão facilidades aos pequenos. Financiam e compram sua produção. Acho que o fortalecimento da empresas-âncoras é o caminho, que resolve o problema que o produtor precisa. E o conhecimento é a saída.




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ESPECIAL PESCA & AQUICULTURA

PISCICULTURA

QUERIDINHA DAS ÁGUAS O CEARÁ LIDERA O CONSUMO DE TILÁPIA NO PAÍS. A PRODUÇÃO CRESCE, CONTUDO, AINDA ESTÁ AQUÉM DO POTENCIAL DO ESTADO DIVULGAÇÃO

Janaina Flor ESPECIAL PARA O POVO

janainaflor@opovo.com.br

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ma das atividades que obteve mais crescimento no interior cearense nos últimos dez anos foi a piscicultura, tanto que o estado chegou a ser o maior produtor nacional de Tilápia. Mas hoje, devido à seca, perde mercado enquanto a produção nacional aumenta. O açude Padre Cícero, popularmente conhecido como Castanhão, situado no Jaguaribe, é o maior polo produtor de Tilápia do Ceará, e a criação do peixe é a principal atividade econômica do Município. No açude há, aproximadamente, 30 associações de pequenos produtores do peixe mais consumido no Nordeste, e algumas famílias sobrevivem apenas dessa atividade. Responsável por mais de 80% da produção cearense, o Castanhão tem capacidade para produzir 32 mil tonaladas/ano, mas devido ao baixo nível da água, a produção não passa de 20 mil toneladas/ano. Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Tilápia, Camilo Diógenes, o grande período de seca afetou a produção porque “muitos produtores diminuíram a quantidade de peixe nos tanques ou até deixaram de produzir.” Apesar da queda sofrida pela produção, Diógenes revela que o Estado ainda exporta o produto para Paraíba, Pernambuco e Piauí. O Ceará ocupa hoje a terceira posição no ranking nacional de produção de tilápia, responsável por 10% da produção brasileira. Para Diógenes a produção nacional está aquém do potencial e é pouco representativa no mercado nacional. “O Brasil tem um grande potencial, mas ainda não alcançou para competir mundialmente, a china produz 70% do total mundial.”

Em geral, as famílias que moram ao redor dos açudes formam pequenas associações de micros, pequenos e médios produtores COMO FUNCIONA A ATIVIDADE A Tilápia tem origem africana, mas atualmente é produzida, comercializada e consumida em todo o mundo devido aos seus benefícios alimentares. Fortaleza é a cidade campeã no consumo do pescado em âmbito nacional. A principal característica da atividade aquícola é o perfil familiar. Em geral, as famílias que moram ao redor dos açudes que têm potencial de produção formam pequenas associações de micros, pequenos e médios produtores. Contudo, grandes empresas também participam da produção. As secretarias do Estado do Ceará que discutem questões ligadas à pesca

O CEARÁ OCUPA HOJE A TERCEIRA POSIÇÃO no ranking nacional de produção de tilápia, responsável por 10% da produção brasileira

distribuem alevinos às associações que iniciam a criação em gaiolas ou tanque-rede nos açudes. O material usado é, geralmente, alumínio ou inox no formato de alambrado. Os tanques confinam os peixes no espaço, ao mesmo tempo, que permite a troca de água com o ambiente à sua volta. Com a seca, o volume de água dos açudes tem diminuído e os produtores são obrigados a mudar os tanques para áreas de maior profundidade do reservatório. A qualidade da água, que fica barrenta, também afeita os peixes. Por esses e outros problemas, somente no segundo semestre do ano passado morreram 100 toneladas de tilápia de produtores no Castanhão.


NOVIDADES

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Ícaro Paio ESPECIAL PARA O POVO

icaropaio@opovo.com.br

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setor de aquicultura obteve grande destaque nos últimos anos e se tornou a atividade responsável pelos aumentos no mercado de pesca e aquicultura, com crescimento em nível de 9,6% ao ano. Em 2013, o setor registrou 160 milhões de toneladas. “No Brasil, a tendência de crescimento do mercado de pescados é de 9% ao ano, se ponderarmos diferentes fontes e médias dos últimos oito anos. Isso é um reflexo da tendência mundial na busca por alimentos saudáveis e pelo tamanho de nosso mercado”, comenta Antônio Albuquerque, secretário executivo da Associação Cearense de Aquicultores (ACEAQ) e da Associação Cearense de Aquicultores (ACCC). Segundo Albuquerque, para maior visibilidade do pescado nacional é necessária maior competitividade e um melhor conhecimento dos produtos pelo consumidor final. “Com apoio do Governo, o setor produtivo tem realizado ações para compreender melhor o mercado e deixar evidentes os fatores que diferenciam o pescado produzido por uma aquicultura nacional. Frescor, qualidade, segurança alimentar, promoção de cadeia produtiva, desenvolvimento social e econômico do País são alguns dos fatores avalia-

BANCO DE DADOS/JORNAL O POVO

A tendência de crescimento do mercado de pescados é de 9% ao ano

AÇÕES CEARENSES

EM ALTA

COM PARCERIA DO GOVERNO DO ESTADO, O SETOR PRODUTIVO CEARENSE DE PESCADOS REALIZA ATIVIDADES PARA ATENDER MELHOR O MERCADO DE PESCA E A PRODUÇÃO AQUÍCOLA, QUE REGISTROU 160 MILHÕES DE TONELADAS NO ANO DE 2013

A INTERIORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO ESTÁ em alta, onde aumenta as oportunidades de trabalho e renda no semiárido

dos”, afirma Albuquerque. No Ceará, os setores produtivos estão organizados em associações na busca por melhorias e dialogam com os órgãos através da adoção de uma política de governança que tem como principal instrumento as câmara setoriais produtivas de camarão e tilápia. DESTAQUES No setor de carcinicultura, a interiorização da produção está em alta, onde aumenta as oportunidades de trabalho e renda no semiárido. No litoral, é aguardada a finalização do refinamento de escala do Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Costeira para se definir zonas ainda passíveis de uso. Para a tilapicultura, “o setor deve discutir de forma mais apro-

ximada com a Secretaria de Recursos Hídricos e Secretaria de Pesca e Aquicultura no sentido de viabilizar infraestrutura em polos de produção e dessa forma possibilitar acessos a novas áreas de produção”, revela o secretário executivo da ACCC. Para subsidiar os segmentos de carcinicultura e tilapicultura, Albuquerque relata os movimentos dos produtores e do setor de insumos em melhorar de forma contínua as técnicas de produção: “atualmente, no Ceará, a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) – em convênio com o MPA e apoio da ACCC – ministra 20 cursos na área de Boas Práticas de Manejo e Biossegurança em todos os polos de carcinicultura do Estado. Já a ACEAQ elaborou, em conjunto com profissionais da Câmara Setorial da Tilápia, um manual de boas práticas para tilapicultura em tanques redes”. Dentre as principais ações voltadas para aquicultura cearense em 2015, o engenheiro de pesca, mestre em Aquicultura e Recursos Pesqueiros destaca: as tecnologias na automação de processos; melhores controles no monitoramento da qualidade de água e sua recirculação; aprimoramento de mão de obra, por meio de cursos específicos das instituições acadêmicas e escolas estaduais de ensino profissionalizante; procura do setor privado, através das associações, além dos convênios com entidades de pesquisa, fomento e de fiscalização.


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ESPECIAL PESCA & AQUICULTURA

EDUCAÇÃO DIVULGAÇÃO

Universidades cearenses investem em estudos e pesquisa no segmento

PRODUÇÃO NO CAMPO

ACADÊMICO AS UNIVERSIDADES APOSTAM CADA VEZ MAIS EM ESTRUTURAS PRÓPRIAS PARA GARANTIR FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE SEUS ESTUDANTES E PROFISSIONAIS. NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC), OS ESTUDOS E PESQUISAS DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA GANHAM FORÇA E SUBSIDIAM O SETOR DE PESCA E AQUICULTURA DO ESTADO

Ícaro Paio ESPECIAL PARA O POVO

icaropaio@opovo.com.br

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os últimos anos, o setor de pesca e aquicultura despontou como uma nova matriz produtiva de importância social e econômica no Brasil. Este momento positivo é identificado a partir dos órgãos responsáveis no setor como também dos estudos e pesquisas feitas nas universidades. No cenário acadêmico cearen-

TENDÊNCIAS E TÉCNICAS UTILIZADAS NO MERCADO empresarial da pesca e aquicultura também são utilizadas na metodologia de ensino dentro do campus

se, destacam-se as iniciativas de alguns departamentos da Universidade Federal do Ceará (UFC), como por exemplo: o Labomar (atual Instituto de Ciências do Mar), referência nacional em pesquisas e ensino no Brasil; e o curso de Engenharia de Pesca, com destaque no Guia do Estudante 2015, da revista Abril, ao receber nota máxima (cinco estrelas, indicativo excelente) na publicação divulgada em setembro deste ano. “Além das atividades voltadas para o setor da pesca, aquicultura,

processamento do pescado e conservação ambiental dos ecossistemas aquáticos, o curso de Engenharia de Pesca também destina seus estudos a Biotecnologia, desenvolvendo técnicas na utilização de organismos aquáticos ou partes destes e descobrindo novas moléculas com atividades biológicas para fins biomédicos”, afirma Manuel Furtado, professor associado da UFC e secretário-adjunto da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Governo do Ceará.


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DESTAQUES As tendências e técnicas utilizadas no mercado empresarial da pesca e aquicultura também são utilizadas na metodologia de ensino dentro do campus. Segundo Furtado, os investimentos do campo acadêmico se voltam bastante para as pesquisas na carcinicultura e na tilapicultura, em virtude do Estado ter sido o maior produtor na aquicultura de camarão marinho e um dos três maiores produtores de tilápia do Brasil neste ano. “Os interesses na área incluem reprodução, larvicultura, melhoramento genético, nutrição e sanidade de camarões marinhos e tilápias”, detalha. No setor de pesca, ganham notoriedade também as pesquisas de Pesca Oceânica, que tem como objetivo introduzir a pesca oceânica de atuns e tubarões no estado do Ceará, visando o incremento da produção da pesca extrativista marinha produzida pelas frotas cearenses. Na área de aquicultura, o Labo-

mar tem investido na piscicultura marinha, considerado em muitos países como um setor produtivo altamente rentável. De acordo com o secretário-adjunto de Pesca e Aquicultura do Estado, dois estudos cearenses destacam-se nesta área: o projeto “Nutrição, sanidade e valor do Beijupirá (Rachycentron canadum) cultivado no Nordeste do Brasil”; e o “Cultivo do ariacó (Lutjanus synagris)”. GRANDES EVENTOS O Ceará tem sido palco para grandes encontros voltados para a Pesca e Aquicultura, a exemplo do 2º Encontro de Criadores de Bettas de Linhagem (fevereiro/2014) e VII Congresso Cearense de Aquicultura (março/2014). Além disso, diversas atividades estudantis envolvendo o setor foram realizadas pelo interior do Estado. Para Furtado, “a realização destes eventos é extremamente benéfica para a formação de recursos humanos na área de pesca e aquicultura”.

FORTALEZA-CE, OUTUBRO 2014

ESPAÇOS MULTIDISCIPLINARES Confira os principais centros e grupos de pesquisas da Universidade Federal do Ceará (UFC) voltados para a Pesca e Aquicultura. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA:

LABOMAR/INSTITUTO DE CIÊNCIAS DO MAR:

Moléculas Biologicamente Ativas, realizado no BioMol-Lab;

Instituto de Transferência de Materiais Continente-Oceano;

Grupo de Estudo de Elasmobrânquios do Ceará – ELACE; Grupo Mangue Vivo Preservação e Estudo Científico; Centro de Biotecnologia Aplicada à Aquicultura (Cebiaqua).

Laboratório de Dinâmica Costeira; Centro de Estudos em Aquicultura Costeira – CEAC: resultado de uma parceria público-privada entre a UFC, a Fundação AlphaVille, a Prefeitura Municipal do Eusébio e a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE).

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ESPECIAL PESCA & AQUICULTURA

CAMARÃO

PRODUÇÃO CEARENSE EM

DESTAQUE

APÓS SE DESTACAR COMO LÍDER NA PRODUÇÃO DE CAMARÃO NO PAÍS, POR DOIS ANOS SEGUIDOS, O CEARÁ SEGUE COM EXPECTATIVAS POSITIVAS PARA 2014

EM7 / SHUTTERSTOCK

Sabryna Esmeraldo sabryna@opovo.com.br

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egundo informações da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), o Ceará se consolidou como o maior produtor nacional de camarão nos últimos dois anos e tem expectativa de alcançar a produção de 43 mil toneladas, das 100 mil produzidas no Brasil, em 2014. Em 2013, 40 mil das 85 mil toneladas produzidas no País vieram do Ceará. Com o resultado, o Estado fica na frente do Rio Grande do Norte, antigo líder de produção, que fechou 2013 com 23 mil toneladas e espera alcançar 25 mil neste ano. “O Ceará é destaque na produção de camarão. Em 2012, chegou a produzir mais de 50% da produção total do País. Em 2013, essa produção representava cerca de R$ 400 milhões por ano para o Estado e a expectativa de 2014 é superar 2013”. A afirmação é de Jean Barroso, diretor da Jean Veleiro, empresa referência no mercado de peixes, moluscos e crustáceos e primeira do Ceará a ter o Certificado Serviço de Inspeção Estadual. POTENCIAL CEARENSE Segundo Barroso, entre os fatores que contribuem para esse destaque do Estado estão a qualidade e a quantidade produzida, hoje, no Ceará, o que torna o preço bastante competitivo no mercado local e, também, a nível mundial. “O camarão, há bem pouco tempo, era um produto para consumo de pessoas com poder aquisitivo elevado, mas hoje podemos ver o preço do camarão em média R$ 1,30/10 g, ou seja, o quilo custaria R$ 13, tornando possível qualquer pessoa consumir”, exemplifica. Reflexo dessa realidade, o Ceará hoje tem Itarema, Acaraú e Aracati como as maiores importadoras de camarão do Brasil. Apenas o Jean Veleiro, que atende entre 800 e 1.000 clientes dos mais diversos segmentos, fornece uma média de

27 toneladas do produto por mês. Além disso, o cearense é um bom consumidor do fruto do mar. “O consumo no Ceará é acima da média do País, que é de 500 g per capta/ ano, o que a Jean Veleiro analisa como informação de grande relevância para continuar fazendo um forte trabalho de distribuição e, assim, aumentar o consumo, baseando-se no consumo como o do México, que é de 4 kg per capta/ ano, e da Europa, que é de 12 kg per capta/ ano”, explica o diretor. Entre os pontos que ainda podem melhorar na cadeia produtiva, Barroso cita os incentivos por parte do Governo. “Para que, assim, possamos aumentar a oferta com preços estimulantes e motivar a procura e, consequentemente, o consumo”, aponta.

NÚMEROS

2013: 85 mil toneladas de camarão foram produzidas no Brasil

40 mil toneladas

foi a produção apenas no Ceará

2014: (previsão) 100 mil toneladas de camarão é a expectativa brasileira

43 mil toneladas serão provenientes do Ceará, Produção cearense é marcada por quantidade e qualidade

estima-se


opovo.com.br

FORTALEZA-CE, OUTUBRO 2014

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VI FESTIVAL DE CAMARÃO DA COSTA NEGRA Com o objetivo de fomentar uma das principais espécies de camarão do mundo e divulgar a culinária e o talento de chefs do Ceará, o Festival Internacional de Camarão da Costa Negra chega a sua sexta edição. Idealizado pela Associação dos Carcinicultores da Costa Negra, o festival trará, para a cidade de Acaraú, de 14 a 15 de novembro, chefs consagrados no cenário nacional e internacional. Dentro do evento, serão realizados o VI Workshop Gastronômico, dias 14 e 15, e o VI Encontro do Arranjo Produtivo Local (APL), dias 14, 15 e 16 (este último dia será de visita técnica). Além disso, este ano, o tradicional concurso será realizado entre os chefs campeões das cinco edições anteriores: José Faustino,

KOSTENKO MAXIM / SHUTTERSTOCK

campeão de 2009; Eduardo Sissi, de 2010; Lilliane Pereira, de 2011; Luciano Ferreira, de 2012; e Cícero Disney, de 2013. Na gastronomia internacional, o festival traz o chef Benon Chamilian, proprietário do restaurante “O Árabe”, em São Paulo, considerado o melhor chef de cozinha libanesa no Brasil. Proprietário do restaurante Alameda Casa Rosa, de Santa Catarina, o chef Alex Floyd também marca presença este ano. Há cinco anos, o evento atrai milhares de turistas para a região de Acaraú e divulga o camarão de cativeiro como opção gastronômica. As 12 mil pessoas esperadas para o festival deste

Camarão de cativeiro como opção gastronômica ano (em 2013, dez mil pessoas prestigiaram o evento) poderão ainda curtir um programação musical com atrações como Odair José, Fernando Mendes, Chambinho do Acordeon, Daniel Boaventura, Dona Zefa e Ítalo e Renno.

SERVIÇO VI Festival Internacional do Camarão Dias: 14 e 15 de novembro de 2014 Local: Fazenda Cacimbas, cidade de Acaraú


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