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Gena Showalter Tales of an Extraordinary Girl 2

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Duas Vezes Mais Quente Gena Showalter Tales of an Extraordinary Girl 2 Belle Jamison finalmente está começando a sentir como uma garota normal outra vez. Seu trabalho como investigadora paranormal vai bem, ela aprendeu a controlar suas habilidades super naturais (a maioria) e acaba de se comprometer com Rome Masters, o agente ultra-sexy que uma vez tratou de neutralizá-la! Mas planejar casamento nunca é fácil, especialmente quando a noiva continua queimando acidentalmente seu vestido. O noivo retorna de uma missão perigosa com uma perda de memória seletiva e o homem responsável agora quer Belle para o mesmo. Com a ex do Rome decidida a ganhá-lo de volta e uma nova banda de super vilões no horizonte, tomará todos os poderes de Belle, mais um pouco de ajuda de sua fiel companheira empática, para salvar o dia, resgatar o casamento e demonstrar que o amor verdadeiro vence tudo. Disp. em Esp: Purple Rose Envio e Tradução: Gisa Revisão Inicial: Lívia Revisão Final: Fabrícia Formatação: Greicy Tiamat - World

Formatado: Inglês (EUA)


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Comentário da Revisora Livia: Gente, adorei este segundo livro desta série, por incrível que pareça gostei mais do segundo livro que do primeiro, a Belle e o Rome são demais e se adoram muito mesmo tem uma amor profundo pelo outro, amei! Vcs vão adorar também, beijos! Comentário da Revisora Fabrícia: Mistura de X-Men com Hellboy, a mocinha é tudo de bom, divertidíssima e super protetora. Um livro gostoso de ler, com muita ação e romance.

Lista de Tarefas  Averiguar o que está chateando a sua melhor amiga Sherridan inclusive se tiver que congelar seu traseiro à parede. Literalmente! Suas mudanças de humor são piores que as minhas.  Comprar (outro) vestido de noiva. E pelo amor de Deus, não ponha fogo neste.  Organizar os guardanapos para o casamento, sem os ensopar em correntes de sua chuva mortal (de novo). Recordar em insistir que desta vez suas iniciais venham antes que as de Rome e inclusive possivelmente insistir em chamá-lo “Senhor Belle Jamison”. Ele merece por continuar me chamando Garota com Tendências Homicida. Você o advertiu!  Ordenar os convites. Finalmente! OH, e possivelmente fazer chamar Rome “Senhor Belle Jamison” neste também. Ou “Homem Gato”  Comprar para Tanner uma boneca inflável para ajudá-lo a superar seu rompimento com Lexis. Pobre menino. Possivelmente deixá-lo beliscar seu traseiro.  Chutar o traseiro de alguns criminosos (É seu trabalho!) Tratar de me assegurar que a cadela da Desert Gal seja a primeira. Essa é ardilosa.  Fazer arder o corpo de Rome (sem chamas reais desta vez!) Se puder encontrar a ele, o desaparecido bastardo idiota.

Capítulo 1 De acordo. Aqui está o resumo. Meu nome é Belle Jamison. Tenho vinte e cinco anos, estou comprometida, sou feliz e inteligente dependendo para quem ou o quê? Você está perguntando. (Infelizmente, meu pai - ursinho de pelúcia - era o único que diria: Ela é brilhante!) Sou uma jovem de primeira (das primeiras condutoras de ônibus, vendedora de carros usados, trabalhadora de fábricas, faxineira e milhares de outros trabalhos de ínfima importância), agora empregada pela misteriosa e escurecida agência governamental que se conhece como PSI: Estudos Paranormais e Investigações. 2


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Oh, e posso controlar os quatro elementos com minhas emoções. (Se perguntares a meu ultra quente prometido, Rome, ele te dirá que o controle é relativo). Enfim. Antes, eu era uma garota normal, de montão, todos os dias. Normal e desejando mais. Deveria havê-lo sabido melhor. Algumas vezes, realmente se consegue o que se deseja e os resultados não era o que esperava. Eu queria emoção. E sim, tinha conseguido. Mas essa emoção veio com uma ordem de morte. Verás, faz uns poucos meses, um cientista louco lançou um produto químico em meu grande café moca com leite e esse químico... mudou-me. Belle Jamison não era mais de montão. De repente, podia disparar bolas de fogo dos meus olhos, congelar uma casa inteira com um roçar de meus dedos contra uma parede, causar uma tormenta de chuva torrencial com minhas lágrimas e começar um tornado de nível cinco com só um pensamento. No princípio, estava alterada. Quero dizer, de verdade. A habilidade de destruir o mundo inteiro e a todos nele é uma enorme carga que levar. Mas essa carga também trouxe o sexy e insaciável Rome Masters a minha vida, assim já não me dá tanta raiva. Nunca mais. E mais, agora tenho uma pequena influência sobre meu talento, sim, é a melhor palavra para isto. Talento, a gente que me enche o saco (acidentalmente) consegue que suas sobrancelhas cantem e isso é bastante divertido. Certamente, Rome uma vez tentou me matar. Ou, como ele havia dito neutralizar, a ameaça em que eu tinha me transformado, quando eu tinha que aperfeiçoar meus poderes ainda. Claro, eu depois acidentalmente de propósito lancei o inferno sobre ele. Mas agora não podemos viver um sem o outro. Isso pareceria estranho, mas, ouça, algumas pessoas unem suas mãos para mostrar seu amor; nós conseguimos sangue. Ou faríamos, se Rome estivesse em algum lugar onde pudesse ser encontrado. —Juro que tem cinco segundos para me chamar ou vou incendiar sua coleção inteira de pistolas e usar o metal fundido para fazer uns poucos colares. Possivelmente algum colar. Minha melhor amiga Sherridan levantou o olhar da novela de romance apoiada contra suas pernas levantadas. Ela vadiava no sofá, uma visão de cabelo encaracolado loiro, grandes olhos azuis, mais frequentemente cheios com tristeza nestes dias, e curvas que continuavam durante milhas. Eu não estava com ciúmes. De verdade. —Ele te chamou, como, quatro vezes a semana passada. E sério, deveria estar envergonhada. Nunca conheci ninguém que tenha tanto sexo telefônico como vocês dois. Meus olhos se estreitaram sobre ela. —Como sabe do sexo telefônico? —Duh. Levantei o telefone e escutei. — Olhei-a boquiaberta. Sherridan riu. —É brincadeira, só estava brincando. Mas deveria ver sua cara. Di-ver-ti-dís-si-ma! O problema é que é loucamente ruidosa. Sério, os plugues para os ouvidos não ajudam. Pôr meu iPod a todo volume não funciona de tudo. Apesar de mim mesma, realmente tenho estado impressionada com suas habilidades.

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A cor alagou minhas bochechas. Este era o problema com meus companheiros de apartamento. Mas era melhor que Sherridan e Tanner, meu outro melhor amigo, vivessem onde Rome e eu podíamos protegê-los dos clãs, criminosos sobrenaturais, esperando nos fazer mal fazendo mal aos que queremos. —Nunca me lembre do meu incrível sexo telefônico. Rome deveria ter me ligado outra vez noite passada. Ele não o fez. Ele não tem feito. Não é próprio dele. Acredita que aconteceu algo? —Deixa de se preocupar — disse ela com uma onda de rechaço. Esse homem pode transformar-se em um jaguar, por amor de Deus. Ele está bem. Provavelmente planeja te surpreender na volta ou algo. Se, Rome podia se transformar em um jaguar, um elegante e sexy jaguar que eu adorava como mascote, sobre tudo pelos experimentos aos que ele se oferecia como voluntário, esperando se fazer mais forte para melhorar o amparo dos que amava. Ele podia defender-se por si mesmo e o fazia para me contentar, assim que uma chegada surpresa não era uma exigência, mas... Minha mão se agitou sobre o pulso que martelava em minha garganta. —De verdade? Acredita que é o que está acontecendo? Essa necessidade era realmente minha? —É obvio. Ela soava confiante. Mas então, ela não enfrentou a mais monstros que os humanos. Pessoas que podiam caminhar através das paredes, trocar a criaturas da noite e saltar para ti com presas e garras descobertas, ou simplesmente materializar-se diante de você com uma faca na mão. Eu tinha que fazê-lo. Rome o fazia. E não tinha nem ideia do que ele estava tramando contra este tempo. O coração batia no meu peito, eu estava de pé no meio da sala e observei a casa que agora compartilhava com ele. Eu a havia decorado, assim, com certeza, ficou maravilhoso. Desde as cadeiras de veludo vermelho brilhante às almofadas azuis postas ao azar até o laço púrpura que saía das janelas. O lugar era um arco-íris autêntico. Rome não havia se queixado. A primeira vez que o viu, ele entrou, olhou ao redor e sacudiu sua cabeça com um sorriso irônico.  Deveria havê-lo esperado, disse ele, antes de saltar sobre mim para umas poucas horas de diversão secreta.  Ele nunca deixou de me telefonar quando dizia que iria fazê-lo, Sherridan – E não desafiava o conselho de Sherri. Era a única com super-poderes, mas ela havia encontrado uma maneira de tirar a pele dos meus ossos e levá-la como uma capa de vitória. — Ele tem um dos trabalhos mais perigosos do mundo. Poderia ser uma pilha de cinzas pelo que eu sei. Oh, Deus, outro pensamento assim e iria provavelmente inundar o maravilhoso arco-íris que tinha como sala. Suspirando, ela fechou o livro com um estalo. —Está bem. Precisa descarregar, assim escutarei sua descarga. Mas faz rápido, porque Rydstorm foi roubar Sabine com seu espesso e duro...

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—Sherridan Smith! Tanner está no quarto ao lado e pelo que consegui tirar, ele ainda está de luto por Lexis — Lexis era ainda a encaprichada ex-esposa de Rome. Quando ela se deu conta que Rome me amava, e que sempre me amaria (acrescentei para meu próprio benefício), ela tinha elegido Tanner por comodidade. O agora menino-meio-homem de vinte anos tinha estado totalmente de acordo em consolá-la. O virgem que ele era... é? Acredito que ele se apaixonou por ela. Mas então, faz uma semana, ela o tirou a patadas de sua casa, argumentando que não queria vê-lo outra vez. Tanner tinha sido um desastre depois disso. Lexis era a psíquica mais poderosa. Nunca a tinha conhecido, assim apostava que ela tinha uma visão negativa de Tanner e cortou com ele por isso. Enquanto eu (algumas vezes) agradavalhe, embora, nós não estivéssemos em termos bastante amistosos para que a chamasse por telefone e perguntasse. Os lábios de Sherridan se levantaram em um lento e malvado sorriso. O primeiro em dias e essa calidez me subiu por dentro. Entre ela e Tanner, tinha-me cheia de fatalidade e melancolia. —Se conheço esse pervertido, está vendo pornô. Eu não podia refutar isso. Tanner gostava do pornô. —Além disso — disse Sherridan, —não é que seu super poder possa ser ouvido supersônico. Ela estava grunhindo agora. Não, Tanner era um telepata. Um humano detector de mentiras. Ele podia sentir emoções, o qual era o porquê era o perfeito companheiro para mim. Ele me deixava saber quando meus sentimentos eram muito fortes e se o mundo estava por explodir para que eu pudesse me acalmar. —Chama a seu chefe, como se chame — sugeriu Sherridan. Bob... ou Jim. John! —Ela aplaudiu orgulhosa de si mesma. Sim chame o John. Ele saberá onde está Rome. —Já falei com o John. Tive minha prova obrigatória duas vezes esta semana e ele esteve ali para observar a espetada e a cotovelada. — Pela química que tinha ingerido e os efeitos prolongados, John gostava de me monitorar. Para nossa mútua consternação, suas provas eram totalmente fastidiosas. Cada vez que ele tinha a seu vampiro (acredita que estou brincando?), tirava uma via de meu sangue, eu perdia um pouco mais o controle e meus poderes eram um pouco menos firmes. Ontem tinha envolvido um vaso de barro em uma árvore circular simplesmente por olhá-lo. Ou possivelmente o problema era esta distância de Rome. Eu necessitava de meu homem. Ele seguia me castigando, me desfocando. Ele era mais capaz de filtrar o pior de minhas emoções. Sim, provavelmente era esta separação temporária o que me estava chateando. Era fastidioso com todo o resto. Minha paz mental, meus hormônios, meu apetite. Era uma dependência tão perigosa? E me importava? Onde infernos estava ele? Meus ombros desabaram. —John não diria nenhuma maldita palavra sobre o Rome. Inclusive quando ameacei deixá-lo. Sherridan girou seus olhos.

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—Ameaça deixá-lo todos os dias, assim não é um grande trato. Te disse que se não guardavas a grande pistola para uma grande batalha, não terias munição quando a grande batalha chegasse finalmente. Não o fiz? Não te disse isso? Você é como o menino que gritava “o lobo”, ou o jaguar neste caso, e disse que não o fizesse. Eu te disse. Chutei, passeando enquanto franzia o cenho. —Quer estar frita? —Por favor. Sou a única pessoa o bastante valente para ser sua dama de honra em um casamento garantido a ser uma “Quem é quem dos super heróis e super vilões?”, assim que precisa de mim. Ambas sabemos que não estou em perigo por sua fúria de fogo. Não, não estava. Ela estava mais para afogar-se em minhas lágrimas ou congelar por meu toque. Estava deprimida e assustada e meus medos sempre convocavam o gelo, minha tristeza convocava a chuva. Minha raiva convocava o fogo, é obvio e meus ciúmes convocavam a terra. Sim, podia fazer bolo de terra. Chamar ao vento requeria um coquetel emocional tanto negativo como positivo, assim era o mais difícil de manipular. Era difícil estar feliz e triste, amar e odiar ao mesmo tempo. Uma vez, durante um curto período de tempo, tinha sido capaz de usar meus poderes sem depender de minhas emoções. Não muito tempo. Por alguma razão, juntou-se a prova do John e a ausência do Rome, isso não era agora nada mais que um sonho. —E se ele estiver... — Não podia dizê-lo. Simplesmente não podia acabar essa frase. De repente, meu queixo estava tremendo muito forte. Deus, ultimamente era um dilúvio! E não, não estava grávida. (Já tinha comprovado.) —Não está. Com quem Rome estava brigando, de qualquer forma? E por que não foi com ele? —Correntes e moedores guardas de segurança provavelmente e sou uma idiota. Além disso, Cody foi com ele — Cody podia manipular a eletricidade, assim que ele era um bom companheiro. Melhor que eu, asseguro. -Estive planejando um casamento, sendo babá de vo... uh, Tanner, procurando a Desert Gal e... —Desert Gal, huh — Sherridan se sentou direita. — Refere-te à puta psicopata que drena a água de tudo o que toca? —Sim. Essa. Infelizmente, ou felizmente? Eu não tinha tido um cara-a-cara com a sádica mulher ainda. Porque, um, ela as tinha arrumado para me evitar e dois, eu tinha estado muito ocupada sendo cravada por outro clã que tinha começado a ir atrás de mim no momento que me uni a PSI. Sua missão: recrutar-me para OASS, Observação e Aplicação de Estudos Sobrenaturais, uma agência não governamental cujos métodos às vezes limitam com o criminal e algumas vezes diretamente são criminais. Ou, se eles não podiam me recrutar, o plano B era me matar. Oito tinham tentado e tinha arrumado isso para batê-los a todos. De acordo, de acordo, Rome tinha assegurado à vitória a maioria das vezes. Eu ainda era nova no completo jogo da sombra. —Como é ela? — Perguntou Sherridan.

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Esse era o truque. Ninguém tinha uma foto dela. Bom, não é que me mostrassem isso. Os agentes secretos eram tão... secretos. Mas ainda assim, eu tinha demonstrado que era de confiança e por que não compartilhariam algo que me ajudaria? —Não sei, mas prevejo uma passa seca com dentes. —De acordo. Agora tem uma visão dela. Continua. —Um dos contatos de Rome interceptou uma comunicação entre ela e alguns de seus ainda desconhecidos homens e aprendeu algumas coisas que nós não sabíamos. Como o Menino Bonito, seu antigo chefe, já sabe, o menino mau que Rome e eu tivemos que matar durante nosso noivado, tinha vários armazéns cheios com gente que tinha prendido e com os que havia feito experiências. Desert Gal os mudou a uma localização central para lhes provar e eliminar aos fracos e Rome foi salvá-los. Mas conhecendo a Desert Gal, e tendo estudado a Desert Gal, há umas poucas armadilhas no caminho — Só de dizer essas duas palavras, Menino Bonito, causa-me um estremecimento. E as havia dito duas vezes. Dobro estremecimento. Ele havia sido o homem mais maravilhoso que havia visto, exuberantemente sexual, obscuramente erótico, ainda assim havia possuído um coração negro e monstruoso. Tinha tentado experimentar comigo também, como também tentou matar ao Rome. Ele tinha experimentado em outros, os que nós tínhamos conhecido antes de sua morte, substituindo sua pele com metal impenetrável, acrescentando glândulas animais a seus cérebros para que tivessem instintos de besta. Fazia outras coisas também. Coisas que não posso nem sequer considerar sem me dar enjoos. Todo um exército. Um exército que lhe traria dinheiro e (mais) poder. Muito comum se me perguntava. Sherridan se inclinou para frente, claramente intrigada. O livro caiu a seus pés, uns brilhantes de olhos guerreira me olharam. —Houve sobreviventes? — perguntou ela. — Pensava que todas as pessoas de Menino Bonito terminaram morrendo. Inclusive os meninos que resgataram dessas jaulas. —Fizeram-no. Bom, isso fez. Como disse, ele tinha outros armazéns, com mais gente. Aparentemente, esses grupos não só sobreviveram, eles começaram a prosperar. Rome os estava trazendo a PSI para lhes perguntar e os examinar. John quer fazer um pequeno recrutamento para ele, estou segura. —Vá, experimentos que realmente funcionam — disse ela com respeito, seus olhos azuis cristalinos. Logo seus gestos se suavizaram e sua boca se partiu em um suspiro sonhador. Sua mente estava perambulando. O quê, ela queria ser um experimento? Sacudi minha cabeça e tive que enganchar várias mechas de meu cabelo cor mel atrás de minhas orelhas para evitar que batesse nas minhas bochechas. —Sherridan Sem resposta. Esfreguei as têmporas e fechei meus olhos durante um momento. Se conhecesse minha amiga e acredito que conhecia, já que tínhamos sido amigas durante anos, ela só tinha entrado em

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seu Lugar Feliz. Estaria ali durante meia hora, ao menos. Tentar atrair sua atenção agora seria inútil. Inclusive desde que Sherridan se inteirou de minhas habilidades, ela vinha agindo estranhamente, refugiando-se mais e mais em sua mente. OH, ela ainda gostava de mim. Essa não era a questão. E sabia que não tinha medo de mim. Mas havia algo mais... deprimindo-a, como se pensasse que em sua vida agora faltava emoção e aventura. Eu conhecia esse sentimento. Havia gente no mundo com beleza, riqueza, poderes. Cada um de seus passos parecia bento; fracasso e rechaço não eram coisas que eles tivessem experimentado. A emoção lhes recebia em qualquer lugar que fossem, o perigo era algo para rir e algo que eles desejavam, podiam ter. Em suas mãos, agarravam o poder para mudar o mundo. Uma vez, eu teria matado por uma vida. Agora que matei por isso, mas não é uma existência encantada a que uma vez tinha pensado que seria. Possivelmente deveria ter sabido que semelhante talento viria com um preço. Mas tudo o que tinha visto era a ostentação, o glamour. O regozijo. Eu sabia que haveria sempre outros milhares desejando me jogar a um lado para possuir o que tinha. Rezava para que Sherridan não desejasse o que eu tinha desejado o que tinha conseguido. Este poder estava além da imaginação. Rezava para que ela fosse inteligente. Atrás de mim, ouvi uma porta ranger ao abrir-se. Fechar-se. Passos. Virei-me. Um Tanner com os ombros caídos estava entrando. Preocupei-me com a mudança em sua aparência. Ele se vestia de negro frequentemente, mas no passado suas roupas sempre tinham estado limpas. Agora seu traje negro estava sujo e enrugado, seu cabelo celeste sem lavar e de ponta ao redor de sua cabeça. Estava terrível. Havia manchas roxas debaixo de seus olhos e linhas de tensão ao redor de sua boca. Ele inclusive tirou o piercing da sobrancelha e suas lentes de contato de Oito Bolas. Tinha-lhe conhecido e o amado durante vários meses e odiava vê-lo assim. Ele era alto e quando o conheci tinha sido extremamente magro, mais menino que homem. Mas tinha começado a preencher e a ter músculos, convertendo-se tanto em mando como em confiança. A semana passada, ele tinha começado a emagrecer outra vez, como se não tivesse o desejo de comer. —Ouça, Ossos Loucos — disse. Era meu nome de mascote para ele. Normalmente ele sorria. Agora parou a uns passos perto de mim e olhou fixamente a Sherridan como se eu não tivesse falado. —Lugar Feliz? — perguntou. Assenti, meu coração cambaleou pela tristeza em seu tom. —Ela é estranha. —Tanner — disse, logo parei quando ele me enfrentou. Meu coração deu outra inclinação brusca. Deus, seus olhos. Por uma vez seus olhos azuis brilhantes (quando ele não os disfarçava com esse estampado louco de lentes de contato), agora estavam pálidos e lânguidos e nadando em miséria. Estavam escuros e sombrios. Sem esperança.

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Nesse momento, odiei Lexis. Tanner era o irmão que nunca tinha tido, não tinha sabido que o amava e necessitava e não podia viver sem ele. Não podia ficar de pé o vendo assim. —Não faça — disse ele. Seu queixo se apertou. — Só, não faça. —Não fazer o quê? — perguntei, inclusive embora soubesse ao que se referia. Eu só queria tirá-lo de sua miserável casca. —Não lamente por mim. — Ele se moveu para diante, me empurrando a um lado com seu ombro. Eu segui em meu lugar, um pouco aturdida. Ele não tinha feito nem um simples comentário depreciativo sobre meus seios nem tentou me roubar um sentimento. Inclusive quando a morte tinha estado respirando em nossos pescoços, ele tinha sido incapaz de passar cinco minutos sem falar de meus mamilos. De acordo, possivelmente “irmão” não era a melhor palavra para descrevê-lo. Ele era o namorado que adorava, mas com o quem não dormiria. Espera. Não, isso tampouco funciona. Quem quer que ele fosse, amava-lhe. Singelo e simples. —Tanner, não lamento por você — disse, evitando nosso purificador de ar e o segui à cozinha. Mas minhas habilidades eram muito acordes por natureza, as toxinas eram minhas maiores inimigas agora, assim havia outro purificador de ar na cozinha. Outro em meu dormitório. Outro no corredor. Tanner estava escavando dentro da geladeira. As garrafas tilintavam juntas, algo golpeou da prateleira de cima. —Não importa. Não quero falar dela. —Precisa fazê-lo, porque está ulcerando dentro de você. Está caindo a um lado e... —Ouça, qual de nós é o mestre das emoções aqui? Além disso, sei o que vai dizer. Estiveste aqui, tem feito. Sim, sei. A única diferença é que você tem um “felizes para sempre”. Eu não terei. —Ela foi seu primeiro amor, mas haverá outros. Já verá. Só se dê tempo. Conseguirá superála e alguém mais chamará sua atenção. Cada músculo em seu corpo se esticou, mas não me enfrentou. —Assim que está me dizendo é que se Rome não te quisesse, teria estado bem encontrando a alguém mais? Não. Nunca. Rome era tudo para mim. O único. Meu homem. Eu não podia nem me imaginar com alguém mais. Pobre Tanner, pensei outra vez. Ele realmente tinha amado Lexis assim? —Por que ela terminou as coisas? — perguntei brandamente. Silêncio, ele se endireitou. Ele tinha tomado uma cerveja, olhando-a. —Uh, não tem vinte e um. — Assinalei, só para romper a tensão. Finalmente, ele me lançou um olhar. —Sinta-se livre de me entregar à polícia. — Ele atirou a tampa e a jogou para trás, aproximou de seus lábios. Em tempo recorde, drenou o conteúdo da garrafa, atirou-a ao lixo e alcançou outra.

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—Não, quero dizer, que não tem vinte e um anos assim não deveria beber sem um adulto responsável bebendo contigo. Dê-me uma. Isso ganhou um sorriso. Rápido, mas aí por esse breve momento tudo foi igual. Senti-me como se tivesse conquistado o mundo. E nem sequer tinha tido que usar meus poderes! —Como você é responsável — disse ele. —Bom, sou uma adulta. —Isso é debatível, também. — Lançou-me uma cerveja. Meus reflexos não estavam tão definidos como minhas habilidades paranormais e quase a deixei cair, a condensação a fazia escorregadia. Tive que tomá-la com as duas mãos para manter um agarre o bastante firme. —Já tem uma? — perguntou ele. Parecia bêbada? É cedo pela manhã? —Não vou dar uma surra por mostrar sintonia, assim não. Com uma rápida olhada ao seu pulso, Tanner fechou a geladeira e me enfrentou completamente. Eu me sentei em cima de um dos tamboretes do bar, sorvendo a cerveja. Ick. Não era a bebida alcoólica de minha escolha, especialmente para o café da manhã, mas o faria. Algo pelo Tanner. —Me fale. Por favor. Preocupo-me com você. Ele deu de ombros, seus olhos uma vez mais giraram com mais miséria do que nenhuma pessoa deveria ter que tratar. —Nada que dizer, de verdade. Nós estávamos juntos porque ela necessitava de alguém para consolá-la e eu necessitava de um corpo disponível para perder minha virgindade. —E o fez? Uma de suas sobrancelhas negras se arqueou. —Não é teu assunto. Isso significava que não? Ao Tanner que conhecia gostava de beijar e dizer e, além disso, eles tinham parecido tão quentes e pesados. PDA1 não era algo que eles tivessem evitado. Ele drenou a segunda cerveja tão rápido como a primeira, logo fechou seus olhos e pressionou a garrafa empapada contra seu peito. Uma vez, duas vezes, ele golpeou sua cabeça contra a geladeira, dizendo: —Ela me disse que sabia que nós não queríamos estar juntos. Que algo ia ocorrer e um dia me daria conta disso. — Ele riu amargamente— Disse que eu sempre lhe agradeceria. OH, merda. As predições de Lexis nunca eram equivocadas. Isso não aliviou a ardência do aqui e agora. Eu sabia bem isso. Faz muito, Lexis tinha se separado de Rome porque ela sabia lá no fundo que não era a mulher de seu coração, não era sua única mulher. Ela sabia que ele estaria com ela de todos os modos porque ele era o pai de sua filha. Tinha sabido e a tinha quebrado. Assim que lhe deixou livre. Justo como deixou livre ao Tanner. Tanner estava destinado a amar a alguém mais? De repente não odiei Lexis muito.

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Public Displays of Affection – Demonstrações públicas de afeto.

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Ela me disse uma vez que não sabia se eu era a mulher da vida de Rome tampouco, que tinha tido uma visão dessa garota, mas nunca tinha visto sua cara. Muitos dias podia fingir que não me incomodava. A maioria dos dias, de fato. Algumas vezes pelas manhãs cedo, quando estava sozinha na cama, muito adormecida para bloquear meus medos, perguntava-me se alguma garota estava aí fora, para conhecer logo Rome, para lhe cativar, roubar seu carinho. Mas então me levantava e me recordava que Rome não era um homem fácil de dominar. Ele me amava. Ele sempre me quereria ou não teria pedido que me casasse com ele. As pálpebras de Tanner se fraturaram abertos, seus gestos agora cobertos com uma expressão sem máscara, seu olhar vazio e seu queixo relaxado. —Ela também disse que seu amor verdadeiro voltaria para sua vida. — Sua voz carecia de emoção também. De acordo. Odiava-a outra vez. Seu amor verdadeiro? Seu amor verdadeiro voltaria com ela? A última vez que falei com ela, (erroneamente) tinha pensado que seu amor verdadeiro era Rome. Assim, que demônios tinha querido dizer com seu amor verdadeiro? Havia ao melhor alguém mais que ela considerava seu amor verdadeiro, alguém mais de seu passado, ou teria que extrair seus intestinos e usa-los para afogá-la. Um golpe soou na porta. Eu não me movi, muito nervosa por minha fúria. Rome e Tanner eram mais importantes para mim que respirar e mais valia a essa puta... Outro golpe, este mais forte, mais insistente. —Você deveria abrir, porque maldição, — disse Tanner, — você está a ponto de queimar a casa e eu não preciso adicionar ser sem-abrigo a meu prato- de merda. Além disso, sua visita poderia ser John com alguma notícia sobre Rome. A única coisa que com certeza me empurraria para a ação. Minha fúria foi drenada. —Não se mova. Chamarei o 411, conseguirei me livrar de quem quer que seja — esperamos que sem muito de uma explosão emocional, quaisquer que sejam as notícias, melhor que sejam boas e nós vamos terminar nossa discussão. Você é importante para mim, e nós vamos descobrir isso com a Lexis. E então eu estou indo perseguí-la e exigir algumas respostas ao estilo Belle ... Uh-OH. Aí estava minha raiva outra vez. Tanner deu de ombros, mas pude ver a faísca de esperança que de repente iluminou seus olhos. Ele confiava em mim para ajudar a fazer as coisas melhor e isso me fazia duplamente determinada a fazê-lo assim. Quando outro golpe fez eco, me equilibrei sobre ele e o abracei tensamente. Logo saí correndo da cozinha e passei por Sherridan ainda em transe, sem parar até que alcancei a porta. Olhei pelo olho mágico. No momento que vi quem esperava no alpendre, minhas mãos se fecharam em punhos, nuvens de fumaça escura de repente saíram de meu nariz. Tinha pontos vermelhos em minha visão como foguetes em Quatro de Julho. Bom, bom, bom. Fala do diabo e ela aparecerá. Capítulo 2

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Meu queixo estava como uma pedra. Dei um murro no código de segurança para desativar o alarme e se abriu a porta. Lexis estava diante de mim, uma visão da beleza feminina como sempre. O cabelo comprido escuro, reto como um alfinete. Hipnóticos olhos verdes, lábios muito rosados. A pele de ouro que define a palavra perfeição. A luz do sol a banhava filtrando-se do céu como se lhe obrigasse a acariciá-la. Atrás dela, os carros serpenteavam pelo bairro Antigo. Pássaros cantavam do céu azul e gafanhotos se sacudiam em um ritmo surpreendentemente sensual. A intensa umidade e o calor flutuavam ao redor de mim. Eu, é obvio, comecei a suar como um trabalhador de construção, enquanto que Lexis continuou parecendo como se não lhe afetasse, seu traje esmeralda de seda estava completamente seco. —O que está fazendo aqui? — exigi, pensando: De algum jeito, de algum jeito, te derrubarei. Cheirava como um jardim antigo, todas as flores e a magia. Ela tratou de passar por diante de mim. Meu braço e a perna saíram, bloqueando seu caminho. Depois de um delicado movimento, ela olhou para mim. Eu era mais alta, nah nah nah. Uma garota que tinha que encontrar a alegria onde podia. —Me deixe passar, Belle — replicou ela. Normalmente ela estava em equilíbrio, nada era capaz de irritá-la. Primeiro ponto para mim. —Não — espetei-lhe. Uma pequena chama piscou ao final de meu dedo indicador e movi minhas mãos a minhas costas. Não seria uma boa fritá-la antes que eu tivesse obtido respostas. — O que quer? Endireitou os ombros delicados, afastando-se de mim. —Preciso falar contigo. —Uh, isso seria um não. Tanner está aqui. O que significa que não é bem-vinda. Seus traços se suavizaram e seus olhos se abriram, o lamento batendo em suas profundidades. —Isto é importante. —É mais importante que tudo o que tem que dizer — disse, ainda não a permitindo entrar. —Por certo, onde está Sunny? —Meu cunhado está com ela. —Ex-cunhado. — Cadela. — Está divorciada. Sunny era a filha de Rome, seu orgulho e alegria e a vemos (e mimamos) cada um de seus fins de semana. Hoje era um dia entre semana, mas em qualquer momento Lexis seria chamada para ir trabalhar longe e felizmente me faria cargo da atenção de Sunny. Amava a essa menina, como se fosse minha própria filha. Seu olhar se cruzou com o meu em um choque quente. —Estou aqui pelo Rome. Algo aconteceu.

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As palavras mágicas. Movi para o lado. O medo conectou imediatamente em cascata através de mim para apagar o calor de minha ira, congelando cada gota de sangue em minhas veias. A névoa se formou diante de meu nariz com cada exalação que fiz. Lexis se dirigiu para dentro. Tive que lutar além da rigidez nas articulações para segui-la. Meus movimentos eram lentos, forçados. Algo aconteceu, mas isso não significa que Rome esteja ferido. Se acalme! Deteve-se no centro da sala de estar, respirou fundo para agarrar o aroma silvestre de Rome persistente no ar e olhou ao Sherridan, que seguia sentada no sofá com uma expressão em branco. —Lugar feliz? — perguntou ela, voltando-se para mim. Eu assenti. Houve um vulto duro em minha garganta e tinha dificuldade para engolir. Ele está bem. Lexis voltou sua atenção a minha amiga, chocou sobre seus traços por um momento e se afastou ao seguinte. Logo se foi sacudindo a cabeça, um pouco triste. —Seu maior desejo vai se fazer realidade e ela vai odiar a si mesma por isso. —O que quer dizer? — perguntei-lhe, finalmente, encontrando minha voz. Que deseja? Enquanto falava, eu rezava para que não fosse o que tinha suspeitado antes. Sherridan tinha um próspero negócio imobiliário, um encontro com um novo homem sexy cada fim de semana e para mim era minha melhor amiga. Ela não necessita nada mais. Pela extremidade do olho, vi um brilho de cor negra. OH, não. Todo o resto foi esquecido enquanto me centrava no Tanner. Ficou de pé na porta entre a cozinha e o salão. Apoiou-se contra a parede, os braços cruzados sobre o peito, os olhos em qualquer lugar, menos em Lexis. Lexis se fixou nele também e tragou saliva, a tristeza patinou sobre sua expressão uma segunda vez para ser substituída pela determinação. —Tanner — admitiu em voz baixa. Ele fez um gesto duro e disse como se não lhe importasse: —Se cale. —Eu só... — Suspirando, separou-se dele, lhe dando as costas. A dor brilhou no rosto de Tanner e logo seu queixo se endureceu, suas pálpebras estavam entreabertas. Tão mal que queria sacudir a Srta. Sabe-Tudo até que desmaiasse. —O que está errado com Rome? — perguntei-lhe. —Diga-me e saia. —Algo está errado com o Rome? — Tanner estava ao meu lado, seu braço ao redor de minha cintura e oferecendo apoio em questão de segundos. Necessitava toda a força que pudesse me dar, eu apoiei a cabeça sobre seu ombro. Estremeceu-se. —Diabos, está fria — disse e eu sabia que o dizia literalmente. —Respira profundo, Viper. — Viper, o nome mascote para mim. —Bom, isso é bom, mas não está se acalmando. Lexis nos olhava com um toque de nostalgia. Exatamente o que deseja? Uma parceria como tínhamos Tanner e eu? Bom, tinha destruído sua oportunidade. Mais que isso, a equipe TannerBelle não estava aceitando novos membros. À exceção de Rome. Eu necessitava dele também.

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Como eu já havia dito, era meu filtro. Podia tomar minhas emoções e as enjaular dentro de seu corpo, removendo as bordas, o perigo. Estava bem? Tinha sido ferido? Uma gota de chuva cristalizada gotejava do teto, o medo e a tristeza eram muito. Derramava-se de mim e de repente consumiria toda a casa, se não tomasse cuidado. —Me diga o que está acontecendo. — Arrumei-me isso para estirar a perna. Esse olhar esmeralda caiu da minha cara às mãos girando em minha camiseta, ao anel de compromisso, brilhante no dedo, uma plana banda de titânio que retarda o fogo, com diamantes incrustados no centro. Era exatamente o que eu teria escolhido para mim. Rome conhecia meus gostos, meus desgostos e sabia que algo similar à rocha de cinco quilates que lhe tinha dado a Lexis não teria combinado comigo. Uma fina névoa se formou diante da cara de Lexis por sua respiração. —Algo saiu mal. E ele... OH meu Deus. —O quê! Diga! — Tanner apertou meu flanco quando outra gota cristalizada caiu, rompendo-se quando tocou o chão de madeira. Eu exalava. Tremia de maneira incontrolável. —Ele e Cody estavam no armazém e lutavam contra os guardas colocados ali. Foi mais uma batalha do que tinha previsto. Desert Gal não estava ali nesse momento, assumira OASS, tal como supúnhamos e já tinha fortificado a todas suas defesas, como não fizemos. Entretanto, as arrumaram para vencer aos guardas e liberar os prisioneiros. — Tremia-lhe a voz. — Então um dos prisioneiros... atacou Rome. —Está bem? Está...? — Eu ainda não me atrevia a dizê-lo. Tanner começou a tremer também. —Está vivo — Lexis disse. Graças a Deus. O alívio se verteu através de mim, evidente, embriagador. Minhas pálpebras se fecharam e meus joelhos se dobraram se Tanner não me estivesse sustentando. O gelo dentro de mim começou a derreter-se e o pranto cessou. —Deveria te matar por me assustar assim. —Não me deixou terminar. — Foi a resposta dura. Minhas pálpebras se abriram de repente e o gelo retornou imediatamente. —Termina então! Conte-me tudo. Agora mesmo! Estou lutando pelo controle aqui e você só faz piorar. Ela assentiu, sombria e sua aquiescência rápida me pôs muito mais incômoda. —Durante a luta, seu oponente desapareceu. Dentro dele — adicionou sombria. — O homem desapareceu em seu interior. Fez-lhe algo, algo mau. Sacudi a cabeça, o cabelo deu bofetadas em minhas bochechas, mas não cedi a minha confusão. —Como é isso possível? Isso não é... Pôs-se a rir com amargura, me cortando. —Tudo é possível. Você já deveria saber isso. Sabia. OH, Deus, sabia!

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— O homem ainda está...? E se for assim, o que significa isso? — Eu só tinha descoberto sobre o lado sobrenatural da vida fazia uns meses. Tinha sido lançada a isso de forma inesperada totalmente e, em um primeiro momento, incrédula. Em muitos sentidos, eu ainda era um bebê. —Não. Só esteve no interior do Rome poucos minutos e logo saiu de seu corpo como se nada estranho houvesse ocorrido. Cody tratou de capturá-lo, mas o homem entrou nele também antes de escapar. Cody e Rome desmaiaram, mas Cody foi o primeiro a despertar. Reuniu ao Rome e o resto das vítimas de experimentos e retornou à sede da PSI. Chegaram esta manhã. Rome está ainda inconsciente. O choque batia de novo através de mim. Deveria ter estado ali. Teria podido lhe ajudar, poderia ter levantado um escudo de ar enquanto trabalhava e o manteria a salvo. Mas eu não tinha ido, tinha estado muito preocupada com o planejamento de meu casamento. A culpa se uniu ao choque, seguida rapidamente pela vergonha. —John deveria ter me dito — disse em voz baixa. Por que não? Tinha tido a oportunidade. Conhecendo-o, entretanto, ele provavelmente queria respostas concretas — como, por que e efeitos a longo prazo- antes de me assustar. —Nem sequer me chamou. Quão único sei é porque o vi ontem à noite... em meus sonhos. —Por que a dúvida? — Você vê o futuro, não o passado. — A esperança me encheu. —Talvez não tenha acontecido ainda. Talvez possamos detê-lo... Ela estava movendo a cabeça, mais sombria do que jamais a tinha visto, varrendo cada pedacinho de minha esperança. —Sei de minhas visões. Isto já aconteceu. Isso me pareceu estranho, mas estava muito louca neste momento para raciocinar. Tanner me deu um empurrãozinho para o corredor.  Ele vai estar bem. Troque seu pijama e pegue suas coisas. Levarei você ali. Uma hora mais tarde, encontrava-me fora da sala de recuperação de Rome na sede da ISP. Tinha estado ao lado de sua cama, mas minha dor tinha conseguido o melhor de mim e as lágrimas de gelo tinham começado de novo a cair do teto, por isso tinham pedido que eu fosse embora. Agora olhava ao amor da minha vida através de um biombo de cristal. Ele estava imóvel, com o cabelo escuro feito caos. Seus traços eram suaves, como se ele simplesmente dormisse, em paz e saudável e sonhando com o amor e sexo de tirar o fôlego. Talvez o pensamento de um último desejo. Longas pestanas negras como plumas em suas maçãs do rosto afiado. Queria traçar as sombras que produziam a inclinação do nariz. Seus lábios eram suaves e se separaram. Eu tinha beijado esses lábios. Esses lábios tinham beijado cada centímetro de mim. Não tinha perdido peso. Seu corpo estava bronzeado, preparado e atado. Pura força, vitalidade total. A única prova de que algo andava mal eram os eletrodos dispersos por todo seu torso. No monitor, seu coração parecia estável e seguro.

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Lexis estava de pé junto à cama, apertando sua mão. As lágrimas se deslizavam por suas bochechas e caíam sobre seu peito nu. Deveriam ter sido minhas lágrimas. Eu deveria ter sido quem lhe sustentaria a mão. Nesse mesmo momento, eu odiava a meu poder. Tanner se encontrava na sala de espera com Sherridan, que ainda não tinha podido sair de seu lugar feliz. Como a invejava. Rome era meu lugar feliz, mas não podia chegar a ele. E eu não podia deixar de lhes dar uma atualização. Aproximar-me de Rome era muito perigoso, mas me neguei a me mover deste lugar. Quando despertasse, ele precisaria de mim. Até então, eu estaria tranquila. Sério? Vários cristais de gelo salpicaram em cima de minha cabeça. Com mão tremente, tireios. Medo estúpido. Vários mais de imediato tomaram seu lugar, mas não me incomodei com eles. Até que não me acalmasse, não deixariam de cair. —Belle. Senti o calor e o ataque do corpo de Cody quando se aproximava de mim, e então percebi o aroma de uma tormenta selvagem. Familiar, mas não tão reconfortante como deveria ter sido. Não me voltei. Meu olhar seguia bloqueado em Rome. Meu Rome. Deitado, tão impotente. Inclusive com todas minhas forças, não havia nada que eu pudesse fazer por ele agora mesmo. Nenhum dos médicos sabia o que estava mau ou por que não podiam acordá-lo. —O que aconteceu? — perguntei ao Cody brandamente. Ele e Rome eram amigos. Trabalhavam juntos, tinham confiança entre si. Ele me diria a verdade, não importava quanto me doesse.  Honestamente, não sei. Ou possivelmente não. — Se está dizendo isto porque pensa que a verdade me fará romper... vou estar bem.... —Não é nada disso, me acredite — riu, mas houve um duro fio no som. — Se soubesse, diria-lhe isso, mas é como se uma parte de meu cérebro estivesse perdida, minhas lembranças do evento desapareceram. Tudo o que sei é que vi o Rome abrir uma das jaulas e logo ele estava inconsciente no piso. Quão seguinte soube, é que estava sobre o chão, me arrastando para chegar a ele. Se Lexis não me houvesse dito sobre o homem entrando em nossos corpos, não teria conhecimento algum disso de todos os modos. —Ele vai ficar bem — disse mais para meu benefício que para o seu. —Sim. Ele é forte. Um lutador. Lembra que nosso velho amigo o Menino Bonito lhe deu um tiro cheio de balas envenenadas? Ele sobreviveu a isso, graças a você, e inclusive ajudou a terminar com o filho de puta, assim pode viver através de algo. Meus punhos estavam apertados aos lados, línguas de fogo de repente lambendo minha pele e derretendo do gelo. —Vou capturar ao filho de puta que o machucou. —Para mim será um prazer ajudar. —Obrigada. — Eu pegaria qualquer ajuda que pudesse obter. —Duvido que John resista. O tipo que te atacou e ao Rome está vinculado a Desert Gal, já que ela é a que reuniu a todos os

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experimentos de Menino Bonito, por isso tecnicamente seu caso deve ser o meu, de todos os modos. Deus. Isto não teria ocorrido se já tivesse me ocupado dela. Ela não teria reunido as pessoas e o homem não teria entrado no corpo de Rome e não teria ido a esse armazém. —Logo que Rome desperte, irei caçar aos dois. Já não vou ser negligente em minhas funções. —Estarei preparado — disse Cody. —Pelo que ouvi, a Desert Gal é pior que Menino Bonito. Mais desumana mais faminta de poder, sem debilidade perceptível. Não importava. Não seria um fracasso. Não outra vez. —Vou pedir a Tanner e Lexis como reforço. Os dois podem não conviver bem, e Lexis pode não ser minha pessoa favorita neste momento, mas são agentes incríveis. Se alguém pudesse me ajudar a encontrar e destruir os algozes de meu noivo, eles eram os que podiam. —O filho da puta vai sofrer – Eu disse com determinação. —Belle — disse Cody brandamente. —Sim? —Me olhe. E afastar o olhar de Rome? —Não, eu... —Por favor. Quando um homem forte e dominante, diz, por favor, o melhor é ceder a menos que queira ter a seis pés e quatro polegadas de músculo sólido respirando em seu pescoço. Algo que eu sabia de primeira mão do Rome. Com os olhos que jorravam, eu lentamente me virei para o Cody. Era quase tão formoso como Menino Bonito tinha sido. Como um anjo caído ou um demônio com glamour. Ele tinha cabelo loiro prateado e olhos de prata com um toque de violeta, que em realidade faiscava com a eletricidade que continha dentro de si, o que lhe permitia mudar a outra coisa como partículas de energia. Mas ele não era Rome, não era meu homem gato, e ele nunca havia feito que meu coração golpeasse ou minha pele se apertasse com antecipação. Limpei-me as gotas, salpicando minhas bochechas e os braços. Ele afastou-se de mim, claramente não querendo que essa água o tocasse, e talvez se eletrocutasse. —Não faça nada precipitadamente, está bem — disse com o olhar agudo. —Rome pedirá meu traseiro, se algo te acontecer. Sim, faria. Rome era maravilhosamente protetor, uma das muitas coisas que eu adorava nele. —Pediria o meu também. Suavizando-se, Cody cobriu seus dedos com a camisa e pôs sua mão sobre minha testa, absorvendo a umidade. —John não quer que o homem que fez isto seja morto. Ele o quer para testes. Devia ter sabido, pensei, olhando de volta ao Rome. John me tinha querido pela mesma razão. Testes. Como um animal. Supostamente ia ser Rome o que teria que me trazer, em seu

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lugar disso, tinha sido um refúgio para mim, ensinou-me como usar meus poderes, como amar. Ele tinha me ajudado a escapar. Ao final, entretanto, tinha-me convertido em sua salvadora e nunca me arrependi. —Alguns scrims2 não estão destinados a serem salvos — disse. —Isso não é você quem decide. — Havia um bordo em seu tom, uma seriedade que eu não gostei. Prestei toda minha atenção. —Quem pode decidir então? John? O que lhe dá o direito? O tipo que te atacou e ao Rome, atacou agentes que estavam ali para ajudá-lo. Perdeu seu direito de viver. As luzes piscaram nos brilhantes olhos de Cody, dispersando-se e aprofundando-se, convertendo-se em uma tormenta elétrica que me recordou a um raio em veludo negro. —Lexis me disse que o homem estava louco. Tinha sido encerrado em uma jaula depois de outra por Deus sabe quanto tempo. Quem sabe se foi alimentado? Quem sabe que tipo de tortura tinha sofrido? Ele não estava em seu são julgamento. Eu estalei meu queixo, me negando a suavizar. — Ainda estou decidida encontrá-lo. —Somente... me prometa que não o matarão. Peço isso por seu próprio bem. —Não posso prometer isso. Se Rome… se Rome não… —Basta! Para. —Despertará. Vai sobreviver a isto. Faria. Tinha que fazê-lo. Eu não permitiria que nenhuma outra coisa acontecesse. E de repente, a raiva me deixou e a tristeza retornou. Eu não permitiria? Estava impotente. Outra gota me golpeou. — Nem sequer sabemos exatamente o que fez a ele.  Aprenderemos. Dê tempo. Meu olhar voltou de novo para Rome. Ainda imóvel, ainda inconsciente. — Ninguém faz mal a meus amores, Cody. Ninguém. É uma mensagem que a comunidade paranormal tem que entender. Se os tocam sofrerão. Suas mãos se colocaram em cima de meus ombros e me atraiu para ele. Uma de suas sobrancelhas arqueadas em exasperação. —Se John te ouvir falar desta maneira, vai tirar o caso da Desert Gal de ti. E se te tira do caso Desert Gal, pode esquecer de ter a oportunidade neste novo objetivo. Não me importam as ameaças que emita, vai te lançar no castelo Villain Uf. Castelo Villain. Uma prisão subterrânea onde as superpotências eram neutralizadas a qualquer custo. Infelizmente, tinha razão. John punha o interesse da ciência e a compreensão pelo que lutamos a cima de tudo. Assenti com a cabeça como se Cody tivesse me convencido com as regras do jogo. Não o tinha feito. Mas seria mais cuidadosa com minhas palavras de agora em diante, pensei, uma vez mais voltei para o Rome. Ou, melhor dizendo, a janela que me permitia vê-lo. O desespero me 2

Eram pessoas que não podiam controlar seus poderes, e deveriam ser caçados como a um monstro.

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alagou mais potente que nunca. Tinha que tocá-lo, tinha que sentir sua pele contra a minha. Para isso, tinha que ser capaz de me manter em controle. Posso fazê-lo. Só necessitava alguns pensamentos alegres. Como? Perguntava-me com um sorriso amargo. Bom, seu pai está a salvo em seu centro de vida assediado por várias das residentes femininas. Excelente. Rome ainda está vivo. Inclusive melhor. A tormenta dentro de mim começou finalmente a acalmar-se. Meus melhores amigos estão comigo. OH, sim. Meus melhores amigos. Ainda estavam esperando. —Você poderia dar ao Tanner e a Sherridan um relatório do progresso? — perguntei-lhe. Não é que tivesse havido nenhum progresso. —Sherridan é a loira? —Sim. —Tratei de falar com ela antes que te encontrasse. Ela me olhou sem compreender, como se eu fosse invisível ou algo assim. Fiz-lhe um gesto com a mão. —Ela não o fazia para ser grosseira, juro-o. Estava em seu lugar feliz. —Uh, lugar favorito? Pode ser mais específica? Ela tem o poder para o transporte de seu espírito ou algo assim? É obvio, ele pensaria isso. Tinha trabalhado para a PSI muito mais tempo que eu, e tinha visto um sem número de capacidades diferentes. Tenho que escolher minhas descrições com mais cuidado. —Ela tinha pais muito maus e aprendeu a refugiar-se em sua cabeça quando as coisas ficavam muito ásperas. Ultimamente, ela virtualmente vive ali. Embora eu ainda não saiba porquê, exatamente. Respirava profundamente, depois de haver perdido parte de minha jovialidade com a direção da conversa. Pensamentos alegres, pensamentos alegres. Eu posso fazê-lo. Eu, caminhando abaixo do corredor. Um sorriso levantou as comissuras de meus lábios. Bom. Sigam adiante. Meu papai, o suficientemente são para me acompanhar. Rome, que me sorria do altar brilhante pelo amor. O gelo se derreteu dentro de mim, deixando uma capa fria que pouco a pouco foi descongelando. Respiração profunda, fora. Não há névoa formada. Graças a Deus. Esperei uns minutos, mas o frio não retornou. —Vou retornar à sala — disse. Envolvi meu braço ao redor de minha cintura e conforme avançava, meu olhar posou na mão esquerda de Rome, onde um anel, o símbolo de nossa união teria um dia seu destino. Seus dedos estavam crispados. Exclamei com voz entrecortada. —O quê? — Cody perguntou. —Moveu-se! — Com os olhos muito abertos, corri em torno de Cody no quarto de hospital. Empurrei a uma enfermeira de meu caminho e fiquei em frente de Lexis. Ela rompeu uma maldição, cambaleando-se para trás. Depois de endireitar-se, rapidamente se dirigiu a meu lado.

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—É muito perigosa para estar ao seu redor. Fora! —Sua mão se movia —o disse, a emoção em meu timbre de voz soava como um sino. —O quê? — Ela tomou a mão e levantou os dedos na luz. —Realmente se moveu! Eu vi. — Tirei-lhe sua mão da de Rome. Ele era meu e eu não compartilhava. Mas quando o sustentei, manteve relaxados os músculos. Tratei de não chorar de decepção. Muito claramente recordei a manhã que ele se foi para esta última missão. Uma manhã que tinha como garantida, pensando em quantas mais estavam a caminho. Tínhamos estado na cama, nus, suando por uma festa de prazer selvagem. —Eu não quero ir — havia dito. Seus dedos tinham esboçado os cumes das minhas costas.  Não quero que me deixe, tampouco. Talvez te mantenha preso. Ele tinha rido entre dentes. — Deus, eu te amo. Inclusive sou viciado em você. Fico inquieto sem você.  Bom, porque eu tendo a ser homicida sem você. Outro sorriso. — Lástima que ocorre enquanto estou fora. Sabe que adoro te esgotar com calma. Para a segurança mundial, eu sou muito altruísta. —Bom, sinto uma onda quente de fúria de repente varrendo através de mim... —Tem agora? Vamos ver o que posso fazer a respeito. — Então me deu um beijo, um beijo de tirar o fôlego, que tinha sacudido a minha alma. —Volta para mim, bebê — disse em voz baixa agora. —Necessito-te Seus dedos se moveram. Lancei outro de meus gritos de assombro, surpreendida, mas feliz. —Rome? — Suas pálpebras começaram a piscar para abrir-se. —Acredito que... Acredito que está despertando — Lexis, disse emocionada. Meu coração quase explodiu de meu peito quando suas pálpebras finalmente ficaram abertas. Graças a Deus. Graças a Deus, graças a Deus, graças a Deus. Rome realmente estava acordado. Ele ia ficar bem. Entrelacei nossos dedos, assim estaríamos de mãos dadas como fazíamos cada noite depois de fazer amor. Tinha a pele calosa e quente, tão incrivelmente quente. Tão maravilhosamente familiar. Respirei profundamente, inspirando seu calor, seu aroma deliciosamente selvagem. Meu coração começou de novo sua marcha e se agitava violentamente. Eu estava tão emocionada e tinha estado tão chateada, que podia sentir um torvelinho dentro de minha cabeça, uma mistura do negativo e positivo. Talvez esse vento bramisse inclusive fora de meu corpo, já que meu cabelo estava dançando ao redor de meus ombros. Não me importava, entretanto. Um de meus tornados poderia criar rajadas através do quarto, e não me moveria do lado de Rome. Eu queria ser a primeira pessoa que ele notasse. Em minha mente, já podia visualizar um cálido sorriso, o amor e a luxúria brilhando em mim. E, finalmente, graças a Deus, seus olhos perderam seu esmalte de sono, pouco a pouco se transformando em alerta. Ele olhou a seu redor e franziu o cenho na confusão.

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—Ouça, homem gato — disse em voz baixa. —Estava fora no campo e se lesou, mas vais ficar bem. Retornaste com a PSI agora. Está comigo. Está a salvo. Seu olhar estava fixo em mim. Seu gesto era mais profundo e seu cenho estava franzido. —Quem é? Capítulo 3 —De acordo, que diabos está passando? — gritei, tratando de aprisionar as chamas que já estavam crescendo dentro de mim. —Mantém sua voz baixa — John, meu chefe, disse, sacudindo sua cabeça com exasperação. —Suas paredes são a prova de som, assim não há necessidade de fazê-lo. — Estávamos dentro de seu escritório nos quartéis do PSI, Lexis, Cody e Tanner estavam conosco. Todos estavam sentados. Exceto eu. Eu estava caminhando de uma parede a outra, muito agitada para permanecer quieta. —Se não obtiver algumas respostas, farei mais que gritar! E todos sabiam que era verdade. Até agora, tinha conseguido manter a raia minhas super reações. Talvez porque estivesse entorpecida. Um entorpecimento que se devia à incredulidade. Eu era uma estranha para meu próprio noivo. Eu seguia repetindo sua rejeição em minha mente, tratando de dar sentido às coisas. —Deixa de brincar e me dê um abraço. — Eu disse depois de seu “Quem é você?” Falência! Lexis já tinha saído para encontrar John, assim estávamos sozinhos. Nós deveríamos estar nos beijando agora. —Não quero lhe fazer mal, senhora, mas se não se afastar de mim vou parti-la em dois. — Ele se soltou de meu agarre e gritou: —John. Olhei além de mim para a porta, procurando algum sinal de nosso comandante. —Rome — disse com voz tremente. Ele me ignorou. —John! Entra aqui. O que está acontecendo? —Rome, está me assustando. — Inclusive quando ele planejava me neutralizar, não me tinha falado tão friamente. Seu olhar irritado se voltou para mim. —Isto é uma brincadeira? Quem diabos é você? —Sou Belle. — Meu queixo tremia, as palavras emergiram como um sussurro horrorizado. — Sua Belle. —Você não é MINHA nada. Ele disse a sério. Mais que sua voz, havia uma frieza em seus olhos que eu nunca tinha visto antes. Bom, não dirigida a mim. A scrims, sim, mas nunca a mim. Geladas lágrimas caíram por meu rosto. —Como pode não saber quem sou? Vamos nos casar! Ele me observou a frieza finalmente derretendo-se, só para voltar a se zangar.

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—A piada é oficialmente velha. Pode ir. Finalmente, John entrou no quarto, uma molestamente triunfante Lexis junto a ele. —Chamou? — ele perguntou secamente. —Devo dizer que estou contente de que esteja acordado, mas seu timing é uma porcaria. Estava no meio de um interrogatório. —Por que esta...? — Quando Rome viu Lexis, sorriu lentamente, feliz, sua pergunta claramente esquecida. Era o tipo de sorriso que eu sonhava em receber. — Aí está — disse. Inclusive estendeu seu braço para ela, e ela se apressou a unir seus dedos. — Estive preocupado por você. Meu estomago se revolveu com náusea enquanto eles arrulhavam, fazendo todas as coisas que Rome e eu deveríamos estar fazendo. O que estava acontecendo? Eu quase não podia processá-lo. —Você estava preocupado por Lexis? — John perguntou tão confundido como eu estava. —É obvio. — O Olhar de Rome nunca deixou o de sua ex, enquanto continuavam arrulhando. John esclareceu sua garganta. —De acordo, vocês dois. É suficiente. Você sabe quem é, Rome? —Dizer seu nome como que vence a pergunta — murmurei. Eu não estava de bom humor. —É obvio que sei. — Dirigiu um olhar “Faça-que-se-vá” para a mim. —E eu gostaria de falar contigo em privado. Eu, ir? Queria morrer. —Ela é uma de nós. — John franziu seus lábios. —Ela fica. Agora nos diga quem acredita você que é. —Está bem, carinho — Lexis disse, acariciando suas costas nuas. —Pode falar livremente. Eu queria matá-la. Rome assentiu com rigidez. —Quem sou eu, perguntou. Eu sou o agente Rome Masters, PSI elite. —Excelente. — John se levou as mãos detrás de suas costas. — E recorda a Lexis. Isso ganhou outro terremoto, —É obvio. — O que causou que Lexis exalasse com alívio. E petulante satisfação, se não estava equivocada. —Mas não recorda Belle? —Quem? OH, Deus, OH, Deus, OH, Deus. —Eu lhe explicarei isso logo. Primeiro me diga se recorda de Tanner Bradshaw — John disse. Outra vez... —Quem? Claramente não. Enquanto John continuava fazendo perguntas a Rome, ficou muito evidente que as coisas que tinha esquecido eram sobre mim e todas as coisas relativas a mim. Era como se eu nunca tivesse entrado em sua vida. Como se ele nunca tivesse me amado. Por quê? Não tinha sentido.

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John apoiou seus cotovelos em sua escrivaninha, o som me despertando de meus terríveis pensamentos. Descansou seu queixo em suas mãos esmagadas. Tinha um escasso cabelo cinza, usava lentes bifocais quando se esquecia de usar as lentes de contato e tinha um ventre ligeiramente rechonchudo. Apesar de tudo isso, as arrumava para irradiar um poder intenso. Provavelmente tinha um super poder, mas eu não sabia qual era. E sim, eu o tinha incomodado pela informação como um milhão de vezes, mas ele era o homem mais secreto que eu tinha conhecido. O que era inteligente suponho. Se não soube o que ele podia fazer, não podia te proteger disso. —Falei com o Rome um pouco mais, expliquei-lhe quem você foi para ele — John disse. — A princípio pensou que eu lhe estava fazendo algum tipo de teste, tratando de medir suas reações. Mas ao final aceitou que o que eu estava dizendo era verdade. Isso não mudou sua opinião sobre você, entretanto. Você é uma estranha para ele. Uma… nada, tanto como odeio dizer. Eu os encerraria em uma sala, forçaria-os a falá-lo, mas uma simples conversa ou inclusive uns golpes como um interrogatório não vão arrumar isto. Sua memória de você está apagada, o que significa que seus sentimentos sobre você também. Assenti com a cabeça para que continuasse, embora eu odiasse cada palavra. Infelizmente, tudo o que havia dito já tinha calculado. —O homem que Lexis viu saltar dentro do corpo de Rome, bom, pensamos que era um rascunho da memória. —Isso explicaria por que perdi algumas de minhas lembranças, também — disse Cody. Eu deixei de passear e fiquei vendo boquiaberta. —Você não recorda o homem, mas me recorda. Dois malditos dias tinham passado desde que Rome despertou e me olhou como se eu fosse uma alien estranha com chifres. Dois malditos dias de John me prometendo que aprenderia mais, que me daria nova informação, mas sem obter nada. Finalmente, eu chamei a esta reunião porque (minhas mãos voltas punhos a meus lados) a Rome tinha sido dado de alta. Fisicamente, ele estava bem e sim, tinha sido bastante expressivo sobre voltar para o trabalho. Mas tinha retornado a casa com a mulher que se supunha que tinha que valorizar por toda eternidade? Não! Ele tinha permanecido no local para estar perto de Lexis. Deus todo-poderoso, isso ainda doía. —Além disso — acrescentei com os dentes apertados. —Rome lembra de Lexis. A forma em que se consolaram nos primeiros momentos depois de que ele tinha despertado... minha dor se incrementou ao redor das bordas, me cortando tão profundamente que eu sabia que levaria as cicatrizes internas pela eternidade. — Por que não lembra de mim? Pela extremidade do olho, vi Lexis olhar para o chão, possivelmente com a esperança de ocultar sua autossuficiência. Ultimamente, usava-a como uma capa. Tanner, Deus benza seu coração, parecia a ponto de esbofetear a cadela. —Belle, me escute. — Os Olhos do John eram como lasers, já que me imobilizou no lugar. — Falei com ele extensamente. Acredito que as lembranças de você foram de algum jeito enredadas

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com suas lembranças pelo homem que o atacou e quando tomou uma, a outra foi arrastada também. Meu estômago se retorceu em si mesmo, espremendo-se, batendo-se. —De maneira nenhuma. De nenhuma maldita maneira pode ser isso que aconteceu. Um não há razão o suficientemente boa para que me faça acreditar que cada lembrança que tinha de mim estava vinculada a esse caso. Dois, as lembranças ou não, Rome deveria sentir algo quando me olha. Algo além de desdém, claro está. — Mais que não recordar-se de mim, ele parecia me odiar e eu não sabia por quê. Se eu fosse uma estranha para ele, por que me mostrar tal hostilidade? John estendeu seus braços. —Bem. Tem razão. Eu estava tratando de ganhar tempo para resolver isto antes de causar algum tipo de desastre. —Quer evitar um desastre? Dê-me algo útil! Passou um momento antes que ele dissesse cortante: —Só há uma forma segura de averiguar o que realmente ocorreu. Já sabia. Tudo o que tinha que fazer era encontrar ao homem responsável e lhe perguntar antes que o queimasse vivo. Ou o congelasse. Ou o enterrasse em um montículo de terra. Talvez uma combinação dos três. O bom de ter poder sobre os quatro elementos era que tinha uma mescla heterogênea de opções quando se trata da tortura. Rome não gostaria destes pensamentos, senhorita. São violentos e não são como meu doce bebê Belle. UH! O que os meus pais estavam fazendo dentro da minha cabeça? Não importava, supunha. Necessito-te, papai. Queria me colocar em seu colo e apoiar a cabeça em seu ombro como o havia feito cada vez que um menino quebrava meu coração no ensino médio (não é que tivesse tido muitos namorados naquele tempo, eu tinha sido um patinho feio). Ele era um grande urso de pelúcia e quando seus braços me envolviam, sentia-me invencível. Não indefesa e só e atormentada. —Estou segura de que já o tem feito, mas se não, envia uma equipe de novo ao armazém — disse ao John. —Terá que procurar em cada polegada e nos levem tudo o que encontrem. Um pedaço de papel, um ramo, não importa. Nós necessitamos de tudo. — O Dr. Roberts, o cientista que me tinha infectado com meus super poderes, tinha escondido sua “Mágica” fórmula sobre umas pranchas do chão de madeira, em tinta invisível até que a congelei, causando algum tipo de reação química. Se ele me tinha ensinado algo, era escavar sob a superfície. Eu usaria meus poderes em cada grão de terra que me trouxessem se fosse necessário. Algo para ajudar Rome. John me olhou. —Que acredita que sou eu? Um idiota? É obvio, já enviei uma equipe à adega. Estão tirando e etiquetando cada bolinha de pó neste momento. —Bom. —Eu não terminei. Além disso — continuou, — vamos ver se te permito ver as evidências. Não é objetiva quando se trata de Rome e, sejamos realistas, suas habilidades estão mais instáveis do que o habitual ultimamente. —Isso é porque...

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Uma pancada forte de repente ressoou por toda a sala, me salvando de ter que me defender. Eu dava meia volta, meu coração gaguejando a uma parada. Talvez Rome tenha se lembrado de mim. Talvez ele estivesse aqui me buscando. Lambi meus lábios, uma vez mais, incapaz de ficar quieta. Atrás de mim, ouvi um roce de roupa. John deve ter pulsado o botão enter, já que a porta se abriu. Um guarda uniformizado entrou, uma Sherridan protestando sendo arrastada atrás dele. Minha esperança se queimou em cinzas, deixando um abismo oco de decepção em sua esteira. —Apanhei-a perambulando pelos corredores, senhor — disse o guarda. —O que quer que faça com ela? —Ela está comigo — eu disse com um suspiro. —Deixa-a ir. Ela me viu e ficou quieta, sua raiva voltando-se alívio. —OH, graças a Deus que te encontrei. Não posso acreditar que tenha deixado adormecida em casa. Não, eu a tinha deixado derrubando-se em seu lugar feliz. Outra vez. —Cansei de esperar que voltasse, assim pensei em sair a te caçar e te permitir me dar umas respostas. A maioria dos guardas de segurança aqui é agradável, por certo. Reconheceram-me e quiseram ajudar. Que não é pedir muito. — Se Liberou do que ainda a tinha agarrada. Antes que pudesse comentar sobre quão doce era ela ao “me permitir” que lhe desse algumas respostas, seus olhos percorreram a sala, e ela adicionou: — Ouça, Tanner. Está tão tenso como os Marines3 que vimos nos anúncios. É como passar maravilhosamente. —Obrigado — Tanner respondeu. Seu olhar continuou mudando antes de deter-se bruscamente e estreitar-se. —Lexis, eu gostaria de poder dizer que você está maravilhosa também, mas não. Na realidade, a sua visão me repugna. Isso nos fazia dois. Lexis escovou uma peça invisível de penugem da camisa como se não lhe importasse. —Deixem-na ir — repeti aos guardas. Os bastardos esperaram o assentimento de John antes de liberá-la. —Sim, isso é correto. — Ela franziu o cenho para ele, Sherridan esfregou o braço. — Será melhor que me deixem em liberdade ou sentirão a ira da Garota Maravilha. Garota Maravilha, outro dos apelidos de Rome para mim. Meu queixo tremeu. Antes que John pudesse me dizer que dissesse a ela que se fosse, disse: —Ela é agora um membro de minha equipe. Deixa-a ficar. Por favor— acrescentei para apaziguá-lo. Abriu sua boca para protestar. —Necessito dela. Ela me manterá calma já que Rome não pode. — Ou não o faria. — E não me diga que Tanner pode fazê-lo. Como você disse, eu sou mais instável ultimamente. Necessito de toda a ajuda que possa receber.

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É um ramo das Forças Armadas dos Estados Unidos.

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Rome uma vez me havia dito que eu tinha um cabelo disparador de emoções. E o havia dito com afeto, com carinho, como se fosse uma parte de meu encanto. OH, Deus. Rome. Lágrimas queimavam em meus olhos e uma gota de chuva salpicou do teto. —Olhe! — Grunhi ao John. —Necessito de ajuda. Tinha que deixar de reagir desta maneira, com ou sem encanto de Rome. Não era são para mim e não era bom para o caso. —Necessitamos dela, John — Tanner disse. O que ele queria dizer é que, eu a necessitava. Mas ele me amava o suficiente para brigar por mim. Eu queria abraçá-lo. Passaram vários minutos em silêncio, enquanto John dava voltas às coisas. Era um homem de prós e contras e, neste caso, provavelmente tinha mais contras. Sherridan não estava treinada para missões encobertas ou inclusive de combate (para ser honesta, eu tampouco) e, portanto, estaria em perigo. A qualquer lugar que fôssemos. Inclusive é possível que nos pusesse em perigo. Mas me manter composta era importante. —Lexis? — ele finalmente disse. —Ela sobreviverá, inclusive ajudará. — Foi tudo o que Lexis disse, embora seu tom fosse cortante. John assentiu, satisfeito. —Bem. Ela fica. Tão feliz como estava porque John acabava de ceder, neguei-me a estar agradecida com Lexis por sua parte nisso. —Tome assento, senhorita Smith. Nada do que ouça vai além desta sala. Entendido? —Sim, olá. Já vi este filme. Tal falta de respeito. Aprenderia. Quanto ao John, não me surpreendeu que soubesse seu nome, embora eu nunca os tivesse apresentado antes. John sabia tudo. Tudo, exceto por que o amor de minha vida já não sabia quem eu era. —Vá. O santuário interior. Nunca pensei que eu seria permitida aqui. — Os Ombros de Sherridan se quadraram com orgulho enquanto examinava o espaçoso escritório, provavelmente notando a mesa de carvalho caro, as placas nas paredes e as estantes maciças. —Ouça, não há uma cadeira para mim. —Pode sentar-se em meu colo — disse Tanner. —Sabe que sempre será bem-vinda aqui. Pisquei surpresa. Isso soou como o velho Tanner, o Tanner que conhecia e adorava. Finalmente estava sanando? Ou se trata de um ato para o benefício de Lexis? De qualquer maneira, eu estava orgulhosa dele. Lexis ficou rígida. Cody franziu o cenho. —Melhor me sentir como em casa. — Sherridan sorriu e se acomodou no colo de Tanner. — Alguém que me ponha em dia. Fiz, e sua expressão de simpatia quase me desfez, apagando por completo minha afirmação para o John de que ela me tranquilizava. De alguma maneira, mantive uma fachada neutra, com minhas lágrimas secando.

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Farei tudo o que seja necessário para que Rome recorde nosso amor. Isto é só um pequeno contratempo. —Aqui está o plano de jogo — disse John, tomando o comando. — Há doze vítimas da crueldade de Menino Bonito e de Desert Gal atualmente no calabouço. Divida-os, entrevista-os e compara notas. E tome cuidado. O tipo que feriu Rome pode não ser o único scrim que se encontra nessas jaulas. Foi um engano nosso assumir que todos eles eram inocentes. Sem dizer o que o bastardo tinha ali. —Eu vou entrevistar Rome — disse com firmeza. Ele não estava no calabouço, mas era uma vítima da crueldade. —Eu entrevistarei Rome — Lexis respondeu, sua determinação estava clara. Uh, agora o quê? —Eu farei — ela repetiu. —Ele também me quererá, sei. OH, não, não, não. Diabos, não. Ela ainda o amava, a verdade estava aí em seus olhos esmeraldas e ela esperava recuperá-lo (a qual era a verdadeira razão pela que ela deixou Tanner, dava-me conta). Santa merda. A verdade colidiu contra mim e lutei por ar. Deus, eu era estúpida. Devia ter visto isto. Eu não era uma psíquica, mas, maldita seja, devia ter visto isto. Todo o tempo ela soube que isto aconteceria. Não porque tivesse sonhado, não. Apesar de sua afirmação anterior, ela não podia ver o passado. Somente via o futuro. Simplesmente tinha querido cobrir suas pistas. Tinha sabido que isto aconteceria e não tinha me advertido. Não tinha advertido a Rome. Ela o tinha deixado entrar no armazém completamente ignorante. Só para tê-lo de volta. Essa… essa… não havia um nome o suficientemente vil para o que ela era. Como era isso por amor? Abri minha boca para gritar com ela, talvez disparar nela um pequeno fogo. —Ele se lembra de mim — ela disse, cortando qualquer discurso que eu tinha planejado. Seu queixo se levantou. —É mais provável que me diga o que sabe. Certo. E esse conhecimento me destruiu. Bom, mais do que já estava. —Você não vai se aproximar dele. Sabia que isto aconteceria, cadela, e não fez nada para detê-lo. —Não — disse, sacudindo sua cabeça violentamente. — Isso não é verdade. John tem que acreditar em mim. Um músculo se mexeu debaixo de seu olho, mas ele permaneceu em silêncio. Necessitava de ambas, não podia se dar ao luxo de incomodar a qualquer uma de nós, assim que estava tomando a saída dos covardes. Eu não. Para ajudar a Lexis a entender o fundo de minha determinação, separei minhas pernas e estirei os dedos aos meus flancos. Desatar as línguas quentes de minha fúria justo nesse momento não era um problema. Nadavam em meu sangue e lambiam meus braços, acendendo fogo em minhas unhas. Meus olhos se entrecerraram para ela, formando-se mancha vermelhas. —Só trata de me manter afastada dele e verá o que vai acontecer.

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Ela estava tremendo um pouco, mas saltou em sinal de desafio. Enfrentamo-nos. —Viper — disse Tanner. Uma advertência. — Está muito perto da beira do colapso total. Não é que me importe seu objetivo, mas... A expressão de Lexis endureceu. —Se acalme Belle — Cody disse. —Por favor. O “por favor” não me perturbou desta vez. —Chuta seu traseiro! — gritou Sherridan. — Envia a de volta ao inferno. Pela esquina de meu olho, vi que Cody se concentrava em minha amiga, quem estava olhando a todos os lados menos a ele. Por quê? O que seja que estava passando por sua cabeça, averiguaria depois. Eu os bloqueei a todos de minha mente, me concentrando em Lexis apesar de que minhas próximas palavras não foram para ela. —John. O que é o que vai ser? Eu falo com o Rome e todos saem deste quarto vivos. Ou ela o faz e todo mundo diz olá a queimaduras de terceiro grau. —Ou — Lexis gritou— Belle, quem trabalhou para ti só por uns poucos meses, vai a prisão onde pertence por nos haver ameaçado. Eu estive contigo por anos. Pus a prova a mim e a minhas habilidades uma e outra vez e nunca questionei sua liderança. Mais que isso, Rome agora responde a mim. A mim. Uma palavra mais e ela estaria comendo fogo. Eu nem sequer ia tratar de me controlar. Inclusive agora, vapor se frisava em minha boca, flutuando para o teto. Houve um comprido e prolongado silêncio. Pesado, cheio de tensão. Lexis e eu nunca separamos a vista a uma da outra, nem sequer para olhar para John. Nossos olhares estavam unidos por cadeias invisíveis. Estávamos ofegando. Prontas para saltar uma em cima da outra. —Belle — John disse com determinação. — Está preparada. Estou-te pondo no comando. Do caso, de nossos novos prisioneiros. Talvez sua falta de objetividade realmente ajude. Nunca tinha te visto tão determinada. Só, não me decepcione. Talvez ele não fosse um covarde depois de tudo. Lexis ofegou. —Não o farei — disse, e agora era meu turno de ser petulante. —Tem minha palavra. —Bem. Mas, para o registro, tem que ir por aí, esquecer este amor sem sentido e ser profissional. Fazer seu trabalho. Sei a agente que é capaz de ser. Esquecer este amor “sem sentido”? Eu sabia que John estava casado porque Cody fizera uma referência sobre sua esposa, mas vá. Pobre mulher, ter que viver com um marido que renegava o amor. —Mas se falhares — John adicionou—vou enviar Lexis e vou pô-la no comando . Isso quer dizer que ela será sua chefe. —Não vai acontecer — disse com uma confiança que não sentia. Entretanto, havia uma oportunidade de que dissesse algo que trouxesse uma memória no cérebro de Rome e ele diria a Lexis que fosse a merda. Deixei a sala sorrindo.

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Rome rondava a longitude da pequena sala de interrogatório quando cheguei. Imediatamente cheirei a fragrância de terra que sempre emanava dele. Imediatamente reagi, com minhas pernas tremendo, meu sangue esquentando. Parte de meu ser esperava que fosse até mim e esmagasse seus lábios contra os meus, com sua língua colocada profundamente e suas mãos sobre mim. Assim é como teria sido se ele se lembrasse de mim. Mas ele me viu, deteve-se e franziu o cenho. —Você — disse e eu podia jurar que havia desgosto em sua voz. —Não te dói, não te dói, não fique fodidamente ferida. Ele não podia evitar, me assegurei. Como John havia dito, suas lembranças tinham sido erradicadas. Isto de maneira nenhuma significava que a predição de Lexis de que era possível que não fosse o verdadeiro amor de Rome estava se transformando em realidade. OH, ouch. Não tinha considerado esse ângulo até agora. —Sim. Sou eu. — Estava surpreendida de quão calma e segura soava. Talvez fosse porque Rome estava de pé, parecendo tão forte e saudável como sempre. Grande e musculoso, bronzeado e incrivelmente sexy. As paredes eram de cor cinza clara e mesmo assim, para o Rome, eram uma cortina complementar. Inclusive em sua fúria. Que diabos havia feito para incomodá-lo? Seus olhos marcados de negro brilhavam como mágicas safiras e tinham uma promessa sexual incalculável. Seus dentes eram afiados e brancos, preparados para cair em mim, para cortar e arder. Estremeci. As aletas de seu nariz se alargaram. —Pare isso. Agora. —Parar o quê? — perguntei, confundida. Não havia feito nada. —O que quer que esteja pensando. Pare. Estava brincando? —Por quê? Você não tem ideia do que estou pensando. —Posso adivinhar. Deseja-me e eu não gosto. Sim, sei que estávamos comprometidos. Não recordo, mas me disseram, vi fotos. Isso não significa nada para mim agora. Estávamos comprometidos, ele havia dito. Não te dói! —Está muito certo de você mesmo, verdade? — Meu orgulho falou por mim, e não podia fazer nada para detê-lo. —Talvez esteja te olhando, mas pensando em outro homem. Um que se lembre de mim. —Que isto se foda. John — gritou. Inclusive golpeou seu punho contra o espelho fazendo vibrar as paredes. —Tire-a daqui. Meu queixo se apertou, mas me engenhei para dizer isso: —Sente-se, Agente Masters. — Se lembre de mim. Por favor. —John me pediu que falasse com você e ele é nosso chefe, assim falaremos. Goste ou não. Quanto mais rápido comecemos, mais rápido poderemos ir.

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Tristemente, isso o pôs em marcha imediata. Ele foi à mesa e se sentou, depois, apontou com sua mão para mim para que fizesse o mesmo. Fingindo indiferença, lancei meu caderno e lápis na superfície. Com os olhos estreitos para ele, alisei minhas calças e me sentei frente a ele. —Esta entrevista não é sobre nós. É sobre o que te aconteceu no armazém. Recordou algo desde que despertou? — perguntei mãos à obra. Certamente algo dispararia sua memória como eu esperava. Sempre teimoso, disse: —Respondi essa pergunta. Várias vezes. —Não a mim. Durante muito tempo, simplesmente me olhou, com sua expressão em branco. Eu mudei para a esquerda, direita, dava-me conta que parecia nervosa (estava) e ordenei a meu corpo a permanecer quieto. Depois, Rome me surpreendeu dizendo: —Entrei no laboratório com um colega e o ajudei a neutralizar aos dezoito guardas, uns poucos com uma seringa cheia de coquetel de dormir, uns com sedativos e outros com disparos. Depois, liberamos os prisioneiros. Quando não ofereceu mais, levantei uma sobrancelha. —Isso é tudo? —Sim. Nada novo. —Bom, então, pode começar outra vez. Desta vez, deponha minuto por minuto. Ele franziu o cenho outra vez, mas fez o que lhe pedi. Descobri que tinha tomado por surpresa aos guardas. Rastreando-os através dos ralos de ventilação e caindo em cima sem que eles se dessem conta. Descobri que tinha copiado os dados do sistema do computador, embora os discos em que gravou esta informação agora estão desaparecidos, como suas lembranças. Mas não vi nada que pudesse me ajudar. —Bem, então. — Tratei por outro lado. — O que recorda de ter feito antes da última missão? —Falar com o John. —Antes disso? E pensa bem. — Porque ele tinha estado comigo. Apoiou os cotovelos na mesa e se inclinou para diante. Havia um brilho malvado que eu conhecia muito bem. Ia provocar minha fúria. Antes, isso me teria excitado porque teria sabido que faríamos amor horas depois disso. Agora… —Beijei a minha filha me despedindo dela e deixei a minha esposa dormindo na cama. Muito, muito satisfeita. Um montão de terra ardendo apareceu repentina e inesperadamente na palma de minha mão. Raiva e ciúmes, tudo unido em uma bola de fogo. Eu queria pôr minha mão debaixo da mesa para que ele não a visse, mas não o fiz. Era melhor que aprendesse o que passava quando a pessoa me enfurecia. —Não está casado — disse secamente. —Está divorciado.

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—Isso sei — grunhiu. — Ou deixei a minha ex-esposa satisfeita, então. Mas é só questão de tempo para que ela conceda casar-se comigo outra vez. —Sua concentração nunca se afastou do montículo de terra de fogo e antes que pudesse começar a soluçar sobre sua declaração, adicionou: — Impressionante. —Obrigada. — Desejava tanto lhe recordar todas as coisas (nuas) que havíamos feito juntos, mas esta conversa estava sendo gravada. Outros estavam escutando. Meus colegas não precisavam saber das coisas que eu permiti (bem, roguei) que Rome fizesse. Então, talvez Lexis precisasse ouvir tudo sobre isso. — Agora, por que não me diz por que está tão irritado comigo? — Lancei o montículo de uma mão a outra em um ritmo fascinante. —Se não tivesse lembranças sobre mim, me trataria como uma estranha. Amável, mas distante. Em vez disso, trata-me como a um inimigo. Por quê? Uma de suas sobrancelhas se levantou, trocando-o a uma expressão apenas tolerante. —Isso é uma pergunta oficial? —Por que não? Sou a oficial nesta reunião e perguntei. —Não vai gostar da resposta. — Seu olhar retornou ao montão de terra. E definitivamente, a mim não vou gostar das consequências. —Me diga de todas as maneiras. Um músculo se marcou em seu queixo. —Li seu arquivo e não era bonito. Minha esposa me disse... —Uh, já estabelecemos que ela era seu ex-esposa. E se ele a chamava por esse título uma vez mais, algo mau ia acontecer. Eu tampouco necessitava a Senhorita Sabe-Tudo para verificar isso. Já a bola chamejante em minha mão estava por romper-se, havia fumaça saindo dela como se preparasse para receber outra corrente de fogo. Um fogo que não seria facilmente contido. Com cuidado. Um pouco mais de fumaça, e logo estaria tossindo por horas, já que os poluentes eram meu calcanhar de Aquiles. Aparentemente, também o eram os dos formosos homens gato. —Esposa, ex-esposa. É só semântica — disse. — Lexis me disse que você foi problemática, que queimou por completo seu edifício. Nega? Um ponto ao seu favor: ele se referiu ao edifício como o dela, não deles. Algumas das chamas piscaram, depois morreram. —Não, não nego. Estava tratando de salvar sua vida. — Entretanto, estou segura de que Lexis deixou essa parte de fora. Cadela. — Ela também te disse que nos beijamos em seu sofá? — Muito por deixar a vida privada. —Tinha sua língua descendo por minha garganta e suas mãos… OH, como por aqui. — Agarrei meu seio com minha mão livre. As garotas não eram grandes, mas eram alegres e eu sabia que Rome as amava. Suas pupilas se dilataram e lambeu seus lábios, mas não disse nada. Minhas bochechas estavam vermelhas quando me soltei. Havia valido a pena. —Pode não gostar de mim, mas a sua filha sim. Está consciente disso? Ele assentiu com frieza.

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—Falei com ela, sim, e ela me perguntou por você. —O que lhe disse? —Que estava ocupada e a chamaria depois — disse através de seus dentes apertados. Finalmente! Um progresso. —Claramente, está perdendo uma grande parte de sua vida. Talvez, só talvez, eu fosse uma boa parte dela. —Como lhe disse faz um momento, Garota do Clima, não nego. Isso não quer dizer que quero que seja uma parte dela agora. —Isso não quer dizer que deva voltar correndo com sua ex, tampouco. E só uma palavra de advertência. — Olhando, atirei a bola no ar e a apanhei. Vários grãos de areia se pulverizaram na mesa entre nós. — Se você chegar perto de Lexis outra vez, logo a encontrará usando um destes. E meu nome não é Garota do Clima. Chame-me assim outra vez e estará usando um destes. Em lugar de incomodá-lo, minha demonstração pareceu diverti-lo. Seus lábios se curvaram. Essa curva luzia bem nele; talvez porque era tão Rome, meu velho Rome. Meu estomago se estremeceu de alegria. Poderia estar perdendo sua animosidade por mim? Decidi empurrar um pouquinho mais. O que mais poderia doer? Com um movimento para trás e para diante de meu pulso, lancei a bola sobre seu ombro. Estrelou-se no extremo da parede, cobrindo-a instantaneamente com barro fumegante. Com o ruído de ar, a cabeça de Rome se inclinou para um lado para sobreviver ao dano. Quando me olhou outra vez, choque e admiração banhavam seus traços. Mais. Empurra mais. —Depois disso, vou procurar consolo em seu amigo Cody, recorda verdade? Vestido é sexy como o inferno. Nu, estou segura de que é a ruína de cada mulher. Bom, agora estava mentindo. Só um homem podia me tentar a cair, e esse era Rome. Mas e se Rome voltasse com Lexis? A bílis roçou minha garganta. Só termina com isto. —Escutei que ele é um ótimo amante, que não deixa que sua companheira se vá até que esteja tão satisfeita que não possa nem sequer falar. Passou um tempo desde que tive esse tipo de experiência. Golpe baixo (e falso) mas o merecia. Se Cody estava escutando, provavelmente estava dando-se tapinhas nas costas e sorrindo com suficiência. As fossas do Rome fizeram esse bater as asas outra vez. Estava… poderia estar ciumento do pensamento de mim com outro homem? Apesar de que não se lembrasse de mim? Por favor, por favor, por favor. —Faça — disse, sua voz baixa, grave. —Vá com ele. De acordo. Talvez não. Tratei de não me afundar com decepção. —Farei — menti. Maldito seja. —Já verá. Ele se inclinou em seu assento e esfregou dois dedos em seu queixo. —Responde algumas perguntas para mim primeiro. —Claro. Ao contrário de você, alguns agentes são realmente felizes em ajudar a um colega em necessidade. — Meu coração acelerou seu ritmo. Que quer saber?

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—Eu te trouxe para o PSI, correto? —Sim. Fazia muito mais que isso por mim, mas como é. —Porque ingeriu algum tipo de químico, agora controla os quatro elementos. Terra, vento, fogo e água. Encolhi de ombros. —Às vezes sim, às vezes não. —O que significa isso? — Olhou outra vez para a parede atrás dele. — O que, algumas vezes eles lhe controlam? Assenti. —Você me chama a Garota dos 4 elementos. Ou garota com tendências homicidas. — O que eu não teria dado para escutar um desses estúpidos apelidos outra vez? Ditos com carinho, claro está. Fazia que “Garota do Clima” soasse como “cadela sem coração”. — Às vezes inclusive me chamava Garota Maravilha porque, bom, sou maravilhosa. E em resposta, eu te chamava homem gato e você gostava. Seus dentes se uniram. Em irritação? —Eu nunca permitiria a uma mulher me chamar homem gato e nunca, maldita seja, eu gostaria. Está mentindo. OH, sim. Estava irritado. Por quê? —Por que mentiria sobre algo como isso? O que teria eu a ganhar? O que ganharia alguém com isso? —Meus segredos. Eu rodei meus olhos. —Já conheço seus segredos. Ele chorava durante comédias românticas quando os casais tinham seu momento escuro (Se só chorasse durante este! Eu simplesmente rezava para que não fosse uma tragédia). Ele era um bêbado barato. E uma vez me disse que não podia dormir se eu não estivesse na cama com ele. —Além disso, estamos na mesma equipe. —Estamos? Os outros, se os conhecer, sei que não me ferirão. Você? Nem tanto. Você é um tecido em branco em minha mente. Poderia ter enganado a todos. Poderia ser uma manipuladora de mentes e poderia ter enganado a todos. —Em realidade pensa que alguém poderia fazer algo assim com tanta gente ao mesmo tempo? Especialmente quando todas essas pessoas são agentes do governo treinados? Uma pausa. Ele passou sua língua por seus dentes. —Não. —De acordo, então. Está bem dizer que eu não sou uma manipuladora de mentes. Em um pestanejar, seu braço se moveu e agarrou meu pulso. Eu ofeguei surpreendida. De alegria. Sua pele estava cálida e calosa e agarrava a minha deliciosamente. Ele volteou minha palma, inspecionando cada polegada de terra que estava nas fendas. Meu anel de compromisso brilhava na luz.

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Ele foi rápido para desviar o olhar dali, notei. —O que está fazendo? Soei tão sem fôlego para ele como para mim? —Se fôssemos amantes, conheceria esta mão. Recordaria havê-la tido em meu corpo. As palavras haviam sido um grunhido, como se ele quisesse desesperadamente recordar e odiasse que não poder fazê-lo. Mordi meu lábio superior, sem saber o que dizer, o que fazer para voltear esta situação. Recorda algo. Por favor. —Mas não há nada. — Aborrecido, deixou cair minha mão. —Nem sequer um raio. Lentamente, trouxe de volta meu braço e o coloquei em meu colo. Minha pele normalmente oleácea lavada, estava completamente descolorada enquanto descansava contra o azul de meus jeans. —Nós fomos mais que amantes — disse brandamente. —Estávamos comprometidos, como já lhe disseram. Eu estive planejando nosso casamento. Riu, mas era um som feio e me fez tremer. —Pode dar. Talvez inclusive vender o anel, porque não o quero de volta. Como disse, logo me casarei com outra pessoa. Capítulo 4 —Cadela! Traidora! Mentirosa! — disse, atiçando um golpe em Lexis em sua maçã do rosto. Geralmente, minha primeira reação não é brigar, já que o único que faço é dizer “Cadela” e sair correndo. Entretanto, nestes últimos dias, meus níveis de ira transbordaram, assim é um alívio descarregá-los assim. Ao menos, fisicamente senti que tinha esperado este momento sempre. Ela retrocedeu uns passos, endireitou-se e pôs seu olhar sobre mim. Utilizou a parte de atrás da mão para limpar a ardente ferida em sua pele que lhe tinha deixado enquanto o sangue gotejava em meu anel de compromisso. Rome podia não se lembrar de mim, mas Lexis não se esqueceria quem eu era para ele tão cedo. Eu não tiraria o anel e eu, que inferno, não o venderia. Diabos, não. —Não tem nada que dizer? — disse apenas capaz de manter as chamas em mim. Em qualquer momento, poderiam estalar, carbonizando a todos e tudo a meu redor. —Sai da minha frente, Belle, sou melhor nesse jogo do que você, confia em mim, não quer mexer comigo. —OH, mas sim quero. E não me importa se me converte em pó, não vou deixar que saia com a tua. Lexis e eu estávamos paradas a polegadas da sala de treinamento de John aonde ele conversava com seus agentes. Depois de deixar ao Rome, tinha-a procurado por todo o edifício e a encontrei aqui, andando em sua rotina. Tinha-me arrojado um olhar e tinha descido de um salto, claramente preparada para lutar com nada menos que uma calorosa conversa. Então foi quando lhe dei um murro.

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Ela poderia ser uma poderosa psíquica, mas nunca tinha sido capaz de predizer as coisas que aconteceriam com ela. Como agora planejava fazer com todos meus inimigos, tinha usado sua própria debilidade contra ela e não lamentava. —De todas as maneiras, por o que está aqui? Por que não está entrevistando a um dos prisioneiros como te ordenei? Eu já conhecia a resposta. Ela tinha estado me esperando. Ou melhor, esperando por uma oportunidade para lançar-se sobre o Rome e comprovar se tinha lembrado de mim. Suor caiu por seu peito, percorreu seu Top esportivo cor vermelha viva e caiu à superfície de plano abdômen. —Acaso não tiveste sorte com ele? — perguntou com o tom petulante que tanto odiava. Bingo. Tinha acertado. —Não, graças a ti. — A culpa cintilou rapidamente em seu rosto e desapareceu. —Você não é adequada para ele, é hora de que os dois se deem conta disso. —É isso? — antes de sua última missão, Rome me tinha ensinado a brigar sujo. Assim, sem advertência, joguei minha perna cravando-a em seu estômago. Pude sentir o fôlego de sua boca enquanto se deslizava para trás se encurvando. Os outros agentes se encontravam murmurando: —Arrumado cem por Lexis. Essa garota tem habilidade! —Amigo, você não viu a imponente mangueira de água com mau temperamento. Está começando. —Alguém mais está tão aceso por isso como eu? —Não quer fazer isso — disse Lexis, erguendo-se. Inclusive suada e sem fôlego, ela estava formosa. A brilhante longitude de seu cabelo negro estava recolhimento em um acréscimo e seus olhos verdes brilhavam intensamente enquanto um tom rosa coloria a exótica inclinação da maçã do seu rosto. —O que fez a mim, a Rome e a Tanner é incorreto e você sabe. Alguém tem que te castigar e serei felizmente voluntária. —Não me importa se está errado. Não importa se te faço mal. Não posso! — Honesto ardor provinha dela, uma rajada que quão único fez foi reforçar minha cólera. — Amo-o. Sua lógica me impactou. —E isso faz que seu comportamento seja correto? Se realmente o amasse, teria o advertido do perigo que enfrentava. Se a situação tivesse sido à inversa, se eu tivesse sabido que o perderia, mesmo assim o teria advertido para salvá-lo. Isso é o amor verdadeiro. Mas adivinha o quê? Agora nada disso me importa. Teve uma oportunidade com ele. Arruinou-a, terminou com ele e ele se mudou. Ele me quer. Levantou o queixo e, demônios, ela nunca se viu mais superior. —Queria. Ele te queria. Há dois dias, ele me quer. Quer ser uma família por Sunny, o tipo de família que fomos antes. Passei a língua pelos dentes enquanto o fogo crescia dentro da minha boca. Certamente, havia algo que lhe podia dizer para fazê-la compreender o profundo de sua traição. Sem dúvida, havia algo que podia fazer. Certamente... por favor.

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—Uma vez disse que ele não era o homem adequado para você e que irias amar a outro. O que mudou? —Tudo—disse gritando.—O mundo me ofereceu uma segunda oportunidade e a aproveitarei. Não cometerei o mesmo engano duas vezes. Ele e eu podemos... faremos que as coisas funcionem desta vez. OH, isso queimou. Em mais de uma forma. —Vamos esquecer Rome por um minuto. Como pôde fazer isso a Tanner? Tratou-te como a uma rainha. Ele haveria feito algo por ti. Uma vez mais a culpa cobriu sua expressão, mas como antes, ela rapidamente a ocultou. —É jovem e eu não sou para ele. Maldita seja! —Uma vez mais, não é desculpa para sua crueldade. Ele é um bom tipo e quebrou seu coração, como se não significasse nada para você. Como se ele não fosse nada. —Confia em mim, ele superará. Mais rápido do que pensa também. O que significava isso? Que Tanner estava por conhecer amor de sua vida? Tinha-me perguntado isso mesmo faz um par de dias e inclusive tinha sentido pena de Lexis. Já não ficava nenhum pingo da minha piedade. —Saber isso tampouco faz que esteja fazendo o correto. Está arruinando a vida das pessoas. —Não — insistiu. —Estou fazendo as coisas bem. Finalmente. Claramente, não lhe fiz entender nada. Afastei meus pés, meus braços aos flancos, preparada para a batalha que se aproximava. —Como bem sabe, Senhorita Sabe-Tudo, você tampouco é a garota para Rome. —Serei. Só observa. Lancei meu braço e embora tivesse estado apontando para seu nariz, peguei-lhe de novo na bochecha. Ela ofegou, endireitando-se, outra destilação de sangue se uniu à primeira. —Isso é pelo que fez a Rome. — Meu outro braço atacou a outra bochecha. — Isso é pelo Tanner. Agora por mim. Fechei ambas as mãos juntas, pronta para golpear seu nariz com meus nódulos. Ela me deu um golpe na cara antes que pudesse me mover. Seu braço voou tão rápido que se estrelou contra meu cérebro, estrelando-o em meu crânio. Passaram uns segundos durante os quais não vi nada mais que estrelas. Mas, quando entendi o que tinha acontecido, minha ira incrementou provocando uma chama dos meus olhos até minhas pestanas. Controle, nada de fogo. Se eu a torrava, seria encarcerada, considerada como uma scrim embora ela fosse a criminosa aqui. —Adverti-lhe isso — disse. — Rome me ensinou a jogar sujo também. Apaguei a chama embora minha atenção nunca a abandonasse. —Está bem. Aprendi uns truques sozinha. Agitou sua mão para mim e disse. —Adiante. Assim que o fiz. Silenciosa como um gato (meu gato), lancei-me sobre ela. Entre o coro de risadas masculinas e suplica desnecessária para nos parar, golpeamo-nos e rodamos para trás.

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Lexis golpeou o piso e meu peso golpeou sobre ela. Um pouco de ar que as tinha arrumado para inalar, foi expulso em uma rajada. Enquanto ela lutava por respirar, sentei sobre ela, com meus joelhos cravados em seus ombros. Não haveria nenhum puxão de cabelo ou arranhões. Esta luta seria resolvida como homens. Super fortes, paranormalmente realçados homens, mas tanto faz. Com meu punho esquerdo (ups, uma chama) dava-lhe no nariz e ela gritou. E com meu punho direito (Quem acredita? Outra chama) peguei-lhe no queixo. Grunhindo, ela se moveu para que a deixasse em liberdade. Enquanto o sangue jorrava pelos seus lábios e o queixo, e manchava sua muito perfeita cara. As risadas começaram a sumir e murmúrios de “parem” começavam a ser reais, preocupados. Ninguém se atreveu a se aproximar, temiam por suas vidas. Quando me inclinei de novo para introduzir o oco de seus olhos em meus nódulos, uma de suas pernas manobrou entre nós e chutou. O seguinte que soube, foi que estava voando para trás. Aterrissei sobre meu traseiro, mas rapidamente me levantei. Ela já estava preparada, de pé. Ambas estávamos olhando e ofegando. —Que acontece? Não pode suportar uma pequena competição? — ela burlou. —Pode ganhar um homem sem fazer armadilha? Meus dedos se converteram em fogo rapidamente. E vários dos homens que se encontravam ali decidiram desafiar nossa ira aproximando-se. Lancei uma bola de fogo para que formasse uma parede de chamas ao redor deles, mantendo-os longe. Enquanto procuravam um extintor, disse: —Sabia que isto aconteceria e mesmo assim não fez nada. Ele sofreu por sua causa. Sua vida é um desastre por sua culpa. Ela sacudiu sua cabeça com sanha, como se pudesse bloquear minhas palavras. —Estou fazendo as coisas bem. Mas sabe de uma coisa, se ele realmente te amar será devolvido a você. — Suas pernas se ampliaram e seus punhos se apertaram, o típico para uma guerra. De igual maneira, eu tinha adotado essa postura já duas vezes. —Agora basta de falar e terminemos com isto. E indisposta a obedecê-la, a fumaça se ondeou para o teto e se estendeu para mim. Tossi até que a comichão repentina que senti em minha garganta se acalmou. —Se o tocar, vou me esquecer de que matar a um agente PSI é um pouco proibido. — A determinação e a verdade gotejavam de minhas palavras. —E quando ele recuperar a memória, te odiará por tudo o que tem feito e me pedirá que a mate de novo. Suas bochechas desceram de tom e um tremor passou através dela. —Talvez sua memória se perca para sempre, além disso, me odiar não é o futuro que vejo para ele — disse suavizando sua voz. Tudo dentro de mim parou. Meu coração, meus pulmões, meu sangue. Um frio se apoderou de mim, o gelo cristalizando-se em meus dedos, fazendo que cada chama que chispava morrera. —O que vê?

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Sua boca se abriu e se fechou, mas nenhuma palavra saiu dela. Inspirei lentamente e outra ronda de tosse veio. —Que diabos é o que vê Lexis? Uma vez mais ficou em silêncio. Enquanto eu estava assustada e zangada de novo, o gelo e o fogo lutavam dentro de mim. —Que diabos é o que vê, Lexis? Uma vez mais, ela permaneceu em silêncio. Para ser cruel? Eu estive diante dela um batimento depois, assustada, zangada de novo, tossindo inclusive mais forte, o gelo e o fogo lutando por dominar dentro de mim. O vento açoitou entre nós enquanto enredava meu pé ao redor de seu tornozelo e empurrava. Ela calou. No colchonete, usou seus cotovelos para caminhar como caranguejo para trás, longe de mim. —Que demônios você viu? — O frio começou a sair de mim, e minha ira me carcomia deixando uma sensação de ardor. Os ciúmes estavam ali, as imagens do Rome e Lexis vivendo felizes para sempre com Sunny passaram por minha mente. Uma bola de fogo se formou em minha mão-. Diga-me! Os agentes finalmente apagaram as chamas diante deles e se moveram ao redor de nó sem um círculo, com a intenção provavelmente de se aproximar até nos deixar completamente imóveis. Em lugar disso, suas posições ajudaram minha causa. Lexis golpeou um par de botas e se deteve. Ofegando, ela rodou a um lado justo quando lancei meu presente. Logo que falhou, luzes amarelas e laranjas rangiam onde ela tinha estado, e a fumaça se ondulava da espuma do colchonete. Os homens retrocederam de um salto com um ofego coletivo enquanto outra bola de fogo se formava. Também a arrojei. De novo, Lexis rodou, fugindo do dano, causando que outra parte do colchonete assobiasse e que os homens se afastassem mais, ampliando-o o círculo mais que fechando-o. —Seriamente quer saber? — gritou. Bem direi a você. Mas desejará que tivesse mantido em segredo. Vais continuar organizando o casamento, mas ele não vai querer ter nada haver com isso. Outro homem te cortejará, mas a Rome não importará. Escuta-me? Não lhe importará! Vai sair com este outro homem. É com ele com quem te casarás. Ele. Não Rome. Estava mentindo. Tinha que estar mentindo. Algo para destroçar minha confiança e minha esperança. Algo que lhe desse vantagem. De maneira nenhuma me casaria com um homem que não fosse Rome. —Lástima que não viverá o suficiente para averiguar se sua predição é certa. Avancei até ela, cercando minha presa para destruí-la. Não tinha mentido anteriormente sobre matá-la. Já não me importavam as consequências. Mas então, ofegante como estava, as nuvens de fumaça que provinham do colchonete ainda flutuando no ar me envolveram, filtrando-se em mim e me enchendo e comecei a tossir outra vez, meus passos diminuíram, logo parei totalmente. No momento em que parei,minha tosse se converteu em um sofrimento para meus intestinos, sacudindo todo meu corpo. Maldita seja! Não agora. Em qualquer outro momento, mas não agora.

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Enquanto lutava por fôlego, alguém me derrubou, me lançando no chão e me segurando. Que demo...? Três corpos masculinos me seguraram com seu peso. Lutei, lancei patadas e gritei. Lexis, a quem estavam dando uns tapinhas nas costas e perguntavam se tinha se machucado, fez caso omisso e saltou para mim. Através de meus olhos vi como fechou a distância, com seu punho jogado para trás. Um dos homens saltou para ela, derrubando-a justo antes que me alcançasse. Ela ficou de joelhos no momento que eu me arrumei para me liberar de meus próprios captores. Uma determinação como a nossa não podia ser contida. Inclusive quando tossi, uma bola de fogo furiosa se formou em minha mão. Atacaria-me quando eu era incapaz de me defender, faria? Tratar de roubar a meu homem, faria? Ferir meu amigo, faria? Nada sem pagar um muito alto preço. Tirei o cotovelo, com o pulso relaxado, preparando-me... —Pare! — gritou uma voz masculina. Rome. Dava-me a volta, meu coração pulsando a ponto de romper minhas costelas. Era evidente que estava zangado, mas estava magnífico. Machucava que eu não tivesse tempo para apreciá-lo. O pé de Lexis conectou com minhas costas e me enviou a voar. Enquanto fazia minha viagem, a bola de fogo caía de minha mão e acendia no canto do colchonete em um resplandecente inferno. Enquanto me erguia, alguém se apressou e apagou as chamas com nitrogênio líquido. Com um rápido olhar, chiei: —Golpe baixo, Lexis. — Desta vez não seria tão parva para lhe dar as costas outra vez. Mas, maldita seja. Bem jogado. Senhorita Sabe-Tudo. Bem jogado. Deveria ter sido o suficientemente inteligente para fazer algo similar a ela. Ela estava de pé, com os ombros retos e uma expressão satisfeita. —Há mais de onde veio isso. Como podia ter acreditado nesta mulher? Inclusive um pouco? Ao menos eu tinha conseguido lhe dar uns quantos bons golpes. Seus lábios estavam gretados e sangrando e uma mancha roxa começava a fazer-se em seu olho. Embora, nem pensar de como me via. Sem a adrenalina e sem a explosão das geleiras a causa do medo e a conflagração da raiva, meus nódulos palpitavam e o rosto me doía. —O que está acontecendo aqui? — exigiu Rome. Caminhei ao lado de Lexis, fora da distância de ataque e voltei minha atenção para ele. Desta vez era capaz de apreciá-lo, mas me arrependi disso. Bastante simples, já que ele era alto, escuro e perigoso, exótico, sensual e meu. Era a fantasia que eu sempre ansiava, a realidade, mas o tinha tido. Só para perdê-lo. Mas isto não tinha terminado. Seus olhos se desviaram de Lexis para mim e de mim a Lexis. Não estava segura qual de nós causou que suas pupilas se dilatassem e seu nariz flamejasse. Sinais de excitação. Uma vez tinha sabido quem lhe causava essa excitação. Tinha sido eu, sem dúvida. Ele teria caminhado para mim, tomado minha mão e me teria levado a puxões pelo corredor (os colegas de trabalho que se danassem) onde me teria empurrado contra a parede, incapaz de existir um segundo mais sem

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meu sabor em sua boca. Uma de suas mãos teria cavado meu peito e a outra teria trabalhado em meus jeans. —Fora — gritou-lhes. Tanto Lexis como eu nos sobressaltamos em resposta, embora nenhuma das duas obedecesse. Sabíamos que não nos estava falando. —Fora! — repetiu mais severamente esta vez. Passos dispararam atrás de nós enquanto os agentes escapavam. Quando houve silêncio, Rome cruzou os braços sobre seu peito. —Não haverá mais enfrentamentos entre vocês duas. Entendido? —Sim — disse Lexis para agradá-lo. — Mas só o fiz para me defender. Ela me atacou. Possivelmente deveria ter seguido seu exemplo, deveria ter tratado de acalmá-lo. Embora esse nunca tivesse sido meu estilo e não ia mudar agora. —Foda-se — eu disse. — Faço o que quero, quando quero e não há nada que possa fazer a respeito. Perdeste a oportunidade de me dar ordens. E, além disso, ela é uma cadela sem coração que merecia cada golpe que recebeu. A próxima vez não vou parar até que fique inconsciente. Lexis afogou um grito. Rome olhou para mim, o choque formando-se nesses olhos azul elétrico. Alguém gritou atrás de mim. Girei-me (e foi uma das coisas mais difíceis que fiz, afastar o olhar de Rome. Mas tive que fazer. Já não podia correr para ele e saltar em seus braços. Ele era simplesmente tão familiar para mim... tão necessário. Mais que isso, um olhar chocado era algo que recebia dele com frequência. Cada vez que eu dizia algo que ele não esperava mas que gostava, pestanejava, agarrava-me e me dava um beijo que me tirava o fôlego. Sim, ele me beijava por muitas razões diferentes. —Olá a todos. — Sorrindo, Cody inclinou seu ombro musculoso no marco da porta, era tão formoso que parecia que era uma pintura que cobra vida. Demônios, neste nosso mundo super natural não duvidaria que fora o caso. —Olá, preciosa — acrescentou me olhando. Franzi meu cenho diante da confusão. Estava falando para mim? Certamente não. Ele nunca tinha falado comigo antes dessa maneira. As únicas mulheres às que Cody não seduziria eram aquelas que pertenciam a seus amigos ou quem estava procurando casar-se. Eu era ambas, assim estava definitivamente fora de limites. Ou o tinha sido, pensei tristemente. Isto emprestava. —Necessito um momento com as garotas — disse Rome secamente. —Bom, necessito um momento com Belle. —Não. Cody começou a rir. —Assim está dizendo que é seu homem? Se esse for o caso, vou. Rome apertou seu queixo e ficou em silêncio. —Bem, então. Você já não é seu homem — disse Cody, —por isso já não pode falar por ela. Não é que o tivesse feito antes — acrescentou com outra gargalhada —Se perca — replicou Rome.

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—Acredito que a senhorita faz um momento acabou de dizer “foda-se” e em lugar de lhe dizer o mesmo, vou perguntar a Belle o que prefere fazer. Ficar aqui a receber uma repreensão sobre as garotas más dando surras que se merecem, ou vir comigo e se divertir. Minha cabeça estava de ida e volta entre eles enquanto eles falavam. Rome mostrou seus dentes extra afiados com um franzimento de cenho, mas Cody nunca perdeu seu sorriso. Estes dois homens eram amigos, colegas, entretanto, aqui estavam em uma espécie de estira e afrouxa de guerra. Não por mim, mas sim pelo poder. Certamente. Por quê? —Senhorita Jamison... Belle — disse Rome e ouvir meu nome em seus lábios era o céu. Perto de minha perdição. —Diga a Cody que deseja permanecer aqui. Precisamos falar. Agora ele tinha prejudicado minha tomada de decisão. Além disso, como predisse Cody, ele provavelmente queria me gritar por ferir sua futura esposa e ex. Uf. De maneira nenhuma. A sério vomitaria. E logo queimaria algo. Embora isso não significasse que eu queria passar tempo a sós com a Senhorita Sabichão. Odiando a mim mesma, enfrentei a Rome. —Acredito que nos havemos dito tudo o que tínhamos que dizer. A menos que recorde algo? Ele me deu uma abrupta negação com sua cabeça. Para não perder uma oportunidade, Lexis correu ao seu lado antes que pudesse agarrar seu braço e acariciar seu ombro. —Que se vá. Ela causou muitos problemas hoje. — E sussurrou algo ao ouvido. Um músculo começou a tremer sob meu ombro. Minhas vísceras se retorceram em desgosto. Que demônios estava dizendo a ele? Que eu era o diabo e a tinha atacado sem nenhuma razão? Que ela tinha rogado por piedade, mas eu não tinha piedade alguma? —Belle — disse Cody. Faz. Vira. Virei. Medindo cada passo, dirigi-me para Cody, sabendo que a distância entre mim e Rome ia aumentando. Eu estava tremendo, com os olhos um pouco chorosos. Em qualquer momento, a chuva se verteria do teto. Sou como um bebê. Mantém a cabeça em alto. Levantei meu queixo. Quando alcancei Cody, passou-me um de seus braços ao redor de minha cintura e me puxou para seu duro corpo. Teria ofegado, mas ele suavizou o som, pressionando minha boca contra seu peito. Então me sussurrou: —Eu apostaria que Rome está sem roendo de ciúmes neste momento e isso o está matando. Olhei ao Cody, sem me atrever a ter esperança, abri minha boca o suficiente para dizer: —Seriamente? —Apostaria minhas substanciosas economias nisso. —Pensei que queria falar com ela, não comê-la— Rome disse. Meu Deus. O homem gato estava em efeito em um arranque de cólera. Sorri para Cody, mais feliz do que tinha estado em dias.

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—Ele pode fazer ambas as coisas — eu disse, sem olhar por cima do ombro. —Sempre amei a um homem capaz de realizar múltiplas tarefas. —Meu tipo de mulher— disse Cody, sorrindo amplamente. — E por que te preocupa, Masters de todos os modos? Terminou com ela. — Para mim, mas igual de forte, disse: — Estava escutando sua conversa com Kitty antes e queria que soubesse que tem razão. Deixo a minha mulher tão satisfeita que nem sequer pode falar. Estou disposto a deixar que averigue por você mesma. Tive que me morder o lábio para evitar rir. —Eu te disse. Preciso falar com ela. Sobre o caso do Desert Gal— Rome adicionou laconicamente, — e como se conecta com nossa última missão. —Não se preocupe — disse Cody. — Já falei com ela sobre isso. —Rome — Lexis disse. — Me leve para casa. Por favor. Minha cabeça está pulsando e preciso me limpar, ele tem as coisas sob controle. Imaginei aos dois sozinhos. Talvez tomando banho juntos, como Rome e eu estávamos acostumados a fazer. Meu estômago se apertou dolorosamente, esquecendo a diversão. —Cody, me levará a clínica mais próxima? Necessito que alguém saque a faca de minhas costas. Lexis poderia necessitá-lo de novo. E o bom médico poderia querer me dar uma vacina contra o tétano. Acredito que ela sangrou sobre mim. Um atônito silêncio. Frequentemente tinha esse efeito. —Rome — Lexis disse e desta vez seu tom era molesto. Não querendo escutar sua resposta, voltei-me para eles e disse: —Em realidade, não importa se Cody tiver as coisas sob controle ou não. Fui posta a cargo deste caso, o que me faz seu chefe. Chefe de ambos. E espero que vocês dois comecem a entrevistar às vítimas do Desert Gal pela manhã. Então esperarei que se reportem ao escritório do John ao meio dia. Vamos comparar notas e decidir o que fazer depois. Ah, e umas palavras de advertência. Não se apresentem e mostrarei a vocês a Belle realmente má. Já não parecendo aturdido, a não ser preparado para o que iria sair da minha boca, Rome soprou. —Isso significa que não a conhecemos ainda? —Nem de perto. Capítulo 5 Cody conduziu para casa, embora não falamos. Sentamo-nos em silêncio, com o rádio desligado. Eu não estava disposta para falar ou escutar (ou o que fora) e ele provavelmente sentia. O que faziam Rome e Lexis? O não saber me matava. Era como ter uma faca em meu peito, a folha metendo-se pouco a pouco mais profundo enquanto o punho se enroscava uma e outra vez ao redor. Ele estacionou no meio-fio e caminhamos até o pórtico. O meu e de Rome. Não era algo que ele recordasse. Merda.

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Uma piscada diminuta de cólera apareceu e disse olá. Ao menos, minhas mãos não prenderam fogo outra vez. De fato, tampouco produzia gelo, vento ou terra, embora minhas emoções estivessem em confusão. Os ciúmes, o amor, o ódio, a tristeza, a esperança e a impotência se formavam como um vendaval através de mim. Estranho. Talvez minhas energias estivessem em descanso. Talvez estivessem fora de serviço outra vez. Quero dizer, eu nunca tinha estado mais longe do amor de Rome do que estava agora. Suspirei. Possivelmente não deveria ter me afastado dele. Talvez devesse ter ficado ao seu lado e lhe fazer recordar por que me adorava. Meus olhos se alargaram com o pensamento. É obvio! É obvio que isso é o que deveria ter feito. Os avisos visuais e auditivos constantes eram os melhores modos de provocar sua memória. Aplaudi minhas mãos, com um plano já formado. Eu ia grudar ao lado de Rome. Simples. Fácil. —Mas provavelmente doloroso, considerando todas as coisas. —O que é? — Cody perguntou. Ups! Não tinha pensado em dizê-lo em voz alta. —Não importa. — Subi a escada e me detive abruptamente. Um buquê de orquídeas rosadas, violetas e azuis esperava ao lado de minha porta, um arco de esmeralda que rodeava o ambarino cristal. Um arco íris de cores, tal como eu gostava. Combinava com minha sala de estar? Precipitei-me para frente e me pus de cócoras ao lado delas, minhas pálpebras se fecharam quando inalei profundamente. A brisa de um doce verão flutuou pelo ar para mim, me transportando da minha inatividade durante um momento. —De quem são? — Cody perguntou. Rome? Uma garota podia ter esperanças. —Vamos ver. — Minha mão tremeu quando alcancei o cartão. Tremeu até que desdobrei o papel. — Flores formosas para uma mulher formosa — li. Espero que as desfrute tanto como eu desfruto de você. Teu para sempre. Estremecida pela força de minha desilusão. Rome não estava desfrutando atualmente de mim. Joguei um olhar ao Cody. — Não há nome. —Ouça, Rome poderia haver… —Não. Ele não. Rome teria assinado com seu nome. — Cody deu de ombros, e tentou gesticular. —Sim. Ele não é muito do tipo que permite que outros tomem o crédito de seu trabalho. Sei por experiência. Parte de mim tinha esperado que Cody mentisse e discordasse de mim. —Então, quem poderia ser? O único homem que conheço que gosta, ou melhor dizendo, costumava gostar, era Rome. — Estava triste, realmente não podia parar a esperança tola que se formava uma vez mais e se mesclava com minha desilusão. — Acredita que ele talvez pudesse ter

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lembrado de tudo sobre mim na última hora e ter chamado do PSI e ter mandado estas flores, mas não teve tempo de acrescentar seu nome no cartão…? Cody sacudiu sua cabeça, seus olhos eram compassivos. —Não é por aguar seu desfile, Garota do Clima, mas Rome não as enviou. Ele teria estado aqui com elas. Provavelmente nu. Vocês dois realmente eram asquerosos. Suas palavras trituraram minha esperança em pedacinhos e deixaram só um desespero esmagante. Rome tomava o que ele queria, quando queria. Algo que amava sobre ele. Cody tinha razão, se ele tivesse flores para me dar, as teria empurrado em minhas mãos, acariciado meu queixo e teria levantado minha boca para me dar um beijo doloroso. Ao menos, assim é como imaginei que aconteceria. Ninguém além de meu papai me tinha enviado flores alguma vez. Apesar de minhas imaginações, sabia que Rome as considerava “muito fáceis”. Gostava do desafio de escolher um presente que tivesse um sentido pessoal para quem o recebe. —Você, então? — perguntei. Os lábios do Cody se curvaram docemente. —Sinto muito, mas eu tampouco. Um, não sou tão atento. E dois, você não é meu tipo. Ouch. Inclusive embora já soubesse, as palavras arderam, muito rechaço em tão pouco tempo. —Que tipo sou eu? —Tomada. Faz pouco tempo, teria sido exato. Mas agora… sei que não o tinha pensado antes mas algumas coisas, de certo modo valiam a pena repetir. Que droga. —Tanner poderia as haver enviado, suponho. Cody ladrou uma risada. —Conhece o moço? Ele teria elogiado seus belos mamilos nesse cartão. Outra vez correto. Com minha confusão crescendo, tomei o buquê e o pus em meus braços. —Tenho as mãos ocupadas e minhas chaves estão em minha bolsa. Pode tirá-las? —Com gosto. — depois de revolver os conteúdos de minha bolsa que só Deus sabe por quanto tempo e resmungando: “Que demônios tem aqui?”, Cody finalmente encontrou minhas chaves e abriu a porta. Deslizei para dentro. —Está pronta para falar agora? — perguntou-me. —Depende sobre do que quer falar. — Não me detive até que cheguei à cozinha. Sério, quem tinha me enviado um presente tão encantador? O buquê era a peça central perfeita para minha mesa, inclusive estava desenhado com os mesmos cristais azuis que decoravam minha toalha. Fiquei parada ali, as admirando durante um momento. As flores pareceram reanimar-se enquanto a luz do sol se derramava das janelas. Meu telefone celular estava a umas polegadas do floreiro, notei. Merda. Tinha-o deixado em casa outra vez. Recolhi-o, revisei o identificador de chamadas e vi que meu papai tinha chamado. Logo tinha ao bufê e o mesmo com a loja de vestidos, provavelmente esperando confirmar minha

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“sessão de prova” para amanhã. Suspirei. Responderia a todos mais tarde. Agora mesmo, nem sequer sabia se meu casamento ia acontecer. Segundo Lexis, sim faria. Com um homem diferente. Que me tinha enviado flores? Não pense isso! Rome e eu nos pertencíamos. Arrumaríamos isto. Tínhamos que fazê-lo. —O que pensa que fazem agora mesmo? — Aí estava. Tinha perguntado. Tinha aberto. Cody não teve que perguntar a respeito de quem me referia. —Rome e Lexis estão falando. Isso é tudo. Bom. Estava bem. Ele estava mentindo? Minhas mãos se apertaram em punhos quando me afoguei, —A respeito do quê? —Do tempo. Definitivamente sobre o tempo. Agora eu sabia que ele estava mentindo. Me obrigando a relaxar, joguei com uma das pétalas de uma flor, deixando que a suavidade aveludada fizesse cócegas nas gemas de meus dedos. Talvez eu não conhecesse minha própria força, porque vários dessas pétalas se saíram de sua base e caíram sobre a mesa. —Acredita que estão se beijando? —Se é que estão fazendo, Rome não está desfrutando. Garantido. Ele é um tipo de uma só mulher e você é sua mulher. Ele entenderá cedo ou tarde. Rezei para que fosse certo, mais cedo que tarde. Eu não sabia o que faria se ele e Lexis fizessem am... sexo. Não sabia se poderia perdoá-lo, nem sequer nestas embrulhadas circunstâncias. —Se eu fosse um cavalheiro — disse Cody, tomando minha mão e beijando meus nódulos, — tentaria e te roubaria um beijo francês4 de dez minutos, sairia contigo um pouco e, se insistisse —como sei que você sabe, porque ficou claro na sua entrevista com o Rome que você imploraria para ser tão saciada que não poderia falar - te levaria para cama. Você não se arrependeria e seria uma grande maneira de fazer que Rome ficasse ciumento. Soprei, tirando minha mão de seu agarre. Ele nunca ia deixar que esquecesse os comentários que fiz na sala de interrogatórios. —Tudo isso se fosse um cavalheiro? O que faria se não fosse? Outra curva de seus lábios. —Mas não sou, então não há razão para que falemos disso e despertemos suas esperanças. Por que não falamos de sua amiga Sherridan em vez disso? Depois da forma em que ele a tinha olhado no escritório do John, parte de mim sabia que isto iria vir. Olhei-o cruzando meus braços sobre meu peito, preparada para fazer o que fosse necessário. —Você gosta das mulheres caras de manter? —Não.

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Beijo de língua.

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Eu sabia disso. Nos meses desde que o tinha conhecido, tinha observado Cody relacionar-se com o sexo oposto. Adorava aquelas que desfrutavam de um bom momento e nada mais. Aquelas que preferiam o lar e a casa evitava-as. —Então se afaste de Sherridan. Ela é tão cara como esses que vêm ali. Sua cabeça se inclinou e me estudou atentamente. Apoiou seu quadril contra o balcão como se se instalasse para uma longa conversa.  O que faz que sua manutenção seja cara? Encolhi de ombros. Eu te disse que ela teve uma infância muito má. Eu não estava mentindo. E é tudo o que vou dizer sobre ela. Muito mau não era nem a metade disso. Ela tinha sido ignorada e descuidada a maior parte de sua vida e isso a tinha convertido em uma adulta carente. Não havia nada mau nisso, eu a adorava, mas alguns homens não podiam tolerá-lo muito tempo. Cody não parecia corretamente horrorizado, entretanto. —Bom — segui. — Direi algo mais. Posso adivinhar como terminaria uma relação entre vocês dois. Você dormiria com ela, logo se afastaria porque não pode assumi-lo e ela correria para mim e me pediria que o matasse. Amiga como sou, não seria capaz de lhe dizer que não. Não tente negá-lo. Seu cenho se franziu. —Parece como se fosse negá-lo? Um, a maior parte das garotas querem me matar depois que estive com elas porque levo suas possibilidades de sentir prazer sem palavras novamente e dois, nem sequer tenho uma casa porque não posso ficar em um lugar o tempo suficiente. E quanto às garotas, tenho uma regra de um máximo de minutos e três encontros. —Máximo de minutos? —Nem menos, nem mais. Bem. Eu tinha saído com alguns desses ao longo dos anos, mas isto…vá. —Por quê? —Um encontro, fica querendo mais. Se não vir à moça outra vez, converte-se em uma obsessão. A que escapou. Dois encontros, começa a notar pequenas moléstias, mas não o suficiente para te deter de ter sexo. Três encontros, as pequenas moléstias se voltam grandes moléstias e a atração murcha completamente. Pode voltar a ser um homem livre. Contemplei-o durante um longo momento sem respiração, logo sacudi minha cabeça maravilhada. —Deus, é uma confusão. —Mas sou lindo, de modo que… Sim. Claro. Pus os olhos em branco. —De qualquer maneira, se romper com Sherridan ela pensará que é devido a algo que ela fez. — Normalmente eu não teria falado dos problemas de minha amiga sem sua permissão. Neste caso, compreendi que não havia tempo para ter sua permissão. Tinha que matar esta pequena atração em seguida. Não podia ter Cody metendo-se na Terra da Obsessão. E nada menos que no Lugar Feliz de Sherridan e eu necessitaria de umas férias mentais. — Ela não será capaz de ajudarse. Tudo é sua culpa desde que era uma menina. Uma planta morreu e ela deve havê-la regado

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muito. Uma nota má em sua caderneta de qualificações, e deve não ter tentado com a força suficiente. Seu papai tinha uma aventura, então sua atitude deve tê-lo afugentado. Os traços do Cody se abrandaram com o entendimento, a prata em seus olhos se desfez. —Pobre menina. —Puf. Você parece mais intrigado por ela. O que quero dizer —acrescentei, enterrando a ponta de meu dedo em seu peito — é que ela não é para você. Se afaste. Cody levantou suas mãos, palmas acima, e riu. —De acordo. Evitarei-a como se fosse uma monja casada que busca outro marido para manter fora de sua cama. Palavra de escoteiro. Observei-o com receio. —Foi mês mo um escoteiro? Ele soltou um estremecimento fingido. —Diabos, não. Eu estava muito ocupado conversando com as garotas jogando a “Você mostra o Teu e Eu te Mostro o Meu”. Agora ri. —Acredito que os escoteiros também fazem isso. De todos os modos, Sherridan é a única coisa sobre a qual quer conversar comigo, pervertido? Se for assim, necessito… —Não — ele interpôs. — Há mais. Quando ele não disse nada mais, apressei-o, —Bom? Um suspiro separou seus lábios. —Talvez devesse sentar para ouvir isto. Não. Não, não, não. Nada mais de más notícias. Imediatamente, minha afinidade com os quatro elementos se fez conhecida. A névoa se formou diante de meu nariz, dançando sobre meu rosto como o brilho das fadas. Ou melhor, dizendo, como o pó do demônio. Fiz plaf no assento mais próximo, por acaso me deslizei e golpeei o chão da cozinha. Cristais de gelo. Por que não tinham permanecido escondidos? —Tão melodramática — disse ele em voz baixa. Me corrigi, desconcertada para compreender que meus pulmões começavam a congelar. —Diga! —Bem, aqui vai. Bom… enquanto entrevistava Rome, um de nossos agentes finalmente decodificou alguns dos papéis que a equipe de recuperação do John tinha encontrado. Os papéis que estavam escondidos no papel de parede, por todos os lados. Talvez o doutor Roberts o tenha feito, já que é seu estilo. De todos os modos, eram arquivos de alguns prisioneiros do OASS. Decidi não esperar nossa reunião de amanhã para te informar porque queria que me agradecesse com o número de telefone do Sherridan, mas não importa. —Está balbuciando! Continua. —Correto. Então, o tipo que roubou as lembranças de Rome e minhas é conhecido por outros companheiros como, grande surpresa, o Homem Memória. O Menino Bonito o capturou e

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quando MB5 morreu, Desert Gal assumiu o cuidado do Homem Memória. Entende o que quero dizer por cuidá-lo, verdade? Quero dizer… —Não sou estúpida. Continua.  Bem, bem. Para nosso conhecimento, o HM6 não era parte dos experimentos, mas na verdade se alternava entre ser um prisioneiro e um empregado. Suponho que não gostava de trabalhar para eles, mas o ameaçaram de algum modo e obtiveram que fizesse coisas. Então o CB morreu, é obvio, e DG7 moveu ao HM. Encontramo-lo logo depois disto. Até agora, não era muito mau. Para Rome, quero dizer. Pobre Homem Memória. Ser um prisioneiro todos estes anos, obrigado de algum jeito a cumprir com os desejos de seus captores. Realmente está se compadecendo pelo homem que ajudou a arruinar sua vida? E mais, nada disso foi realmente verificado. —Continua. Cody assentiu com a cabeça. —Havia uma menção de que ele roubava mais as lembranças que apagava, de acordo o que John pensou. —Roubados? —Pisquei. — Como ver um anel de diamantes bonito em uma janela de loja, romper a janela, agarrar o anel e correr? —Acertou. —Já vejo — disse, mas não o fazia. Não realmente. Simplesmente não tinha sentido. Não havia nenhuma razão para que o Homem Memória, ou HM, como tinha começado a pensar nele durante o detalhado relatório do Cody, roubasse as lembranças do Rome e Cody. A menos que ele tivesse querido os segredos do PSI. Isso tinha sentido, mas não encaixava. Ambos os homens ainda recordavam seu tempo no PSI, de modo que essas lembranças estavam intactas. HM só tinha tomado as lembranças de si mesmo, provavelmente mantendo sua identidade escondida, e bem, as expressamente associadas comigo. Meu cenho se enrugou em confusão. Por que eu? E por que HM não tinha tomado as lembranças do Cody de mim? Por que só tinha tomado as do Rome? O que havia feito as lembranças de Rome sobre mim tão especiais que ele as tinha tirado mais rapidamente que segredos de Estado? Não é que eu fosse muito atraente. Eu era bonitinha (ou isso haviam me dito), com o cabelo marrom claro, os olhos cor de avelã e um físico compacto de passar o tempo fugindo dos caras maus que queriam me toca. Mas eu usava sutiã taça B, geralmente não vestia nada além que jeans e camisetas e tinha uma boca rápida. Frequentemente, as pessoas desejavam me esquecer. (Como prova, ver cada menção do Rome). E falando de Rome, como ia recordar porque me amava, se não estava a seu lado, quando de repente não podia pensar em uma só coisa boa sobre mim? 5

Abreviação para Menino Bonito Abreviação de Homem Memória 7 Abreviação para Desert Gal 6

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Que dia tão deprimente. —Acredito que o Menino Bonito, e logo Desert Gal, planejavam enviar ao Homem Memória ao escritório central do PSI, talvez nos deixar capturá-lo e testá-lo e recrutá-lo, de modo que assim ele pudesse roubar algumas de nossas lembranças - seguiu Cody. - Ao John especificamente. Mas quem sabe? Inclusive com o que estavam acostumados a controlá-lo, ele não deve ser totalmente confiável. Foi encarcerado, depois de tudo. Querido Senhor. —Tê-lo dentro do PSI, de bom grau ou não, seria um pesadelo. —Não tem nem ideia — resmungou ele. Sim, tinha. John tinha alguns dos maiores segredos do mundo. Onde estavam encarcerados os tipos paranormais, quem trabalhava em segredo no mundo paranormal, onde viviam os agentes e suas famílias. Nas mãos incorretas, esse tipo de informação poderia pôr a todos os que amava na lista de assassinatos de algum criminoso paranormal. —Então, por que o Homem Memória não tomou o conhecimento do PSI de Rome quando teve a possibilidade? —- perguntei. — Ele deixou essas lembranças em paz. —Só ele sabe a resposta a isto. — Pensativo Cody esfregou seu couro cabeludo. —Com Desert Gal agora ao mando da OASS, o plano de Menino Bonito de nos destruir está vivo e bem, mesmo que Menino Bonito não esteja. Nós temos que seguir cada possibilidade, não só nos concentrar no Homem Memória. Nesses papéis que mencionei, havia uma referência ao Big Rocky Spring Water. —Que referência? —Algum tipo de mensagem codificada, acredito. “Você nunca terá sede em Big Rocky”. Era difícil discutir essa declaração, não importando a mensagem secreta que pudesse conter. Amava qualquer Big Rocky. Fresco e translúcido sem gosto químico. —O que tem que ver uma grande companhia de água com esses asquerosos criminosos? Poderia um dos empregados ser um objetivo potencial? Ou talvez um ativo de algum tipo? —Não sei, mas planejo voar a seu escritório central no Colorado e averiguar. Não tinha que perguntar como conseguiria respostas. Seu método habitual era forjar seu caminho através de uma companhia até que aprendesse tudo o que podia sobre ela e seus empregados. Outra razão mais para não lhe permitir estar perto de Sherridan. Inclusive se saísse com minha amiga, não se afastaria da cama com o objetivo de dormir com ela se fosse necessário. —Bem. Toma um voo, mas permanece em contato comigo. Quero saber o que souber, quando o souber. Esperarei atualizações diárias — acrescentei de modo que ele não pudesse fingir ignorância mais tarde. Ele me assentiu, o sabichão. —Sim, sim, Capitão. Era meu plano, de todos os modos. John e eu já falamos. É obvio que o tinham feito. John poderia me ter dito que eu era responsável por este caso (para me impedir de ameaçar partir, outra vez, estou segura), mas eu sabia a verdade. Inclusive embora tivesse o título de Agente Especial responsável, Cody e Rome eram os únicos que soltavam os tiros. Aos olhos de John, ao menos. Ainda. Planejei fazer as coisas a meu modo.

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—Me dê sua lista de prisioneiros para entrevistar — disse. — Farei por você. Bom, Tanner e eu. Tanner, meu detector de mentiras humano, encontraria as respostas que eu, novata como era, não podia esperar encontrar nem sequer com instruções por escrito, detalhadas e com um rastreador GPS. — Estou uns passos à frente, Garota Maravilha. Enquanto você arrumava suas flores, deixei a lista em sua bolsa. Enquanto falava, um brilho travesso atravessou seus olhos. Que mais lhe havia feito a minha bolsa? Com o Cody, uma moça nunca sabia. A porta principal rangeu abrindo-se, me impedindo de perguntar. Os passos ecoaram e logo a porta golpeou ao fechar-se. As vozes foram à deriva até a cozinha. —Não posso acreditar que escolha Lexis por cima da Jessica Alba8. Jessica é ardente! — disse Sherridan. —Não sou lésbica, mas até eu a comeria. —Sim, mas espera. —O quê? —Detalhes, mulher — disse Tanner. — Necessito de detalhes. Começa contigo despindo-a e termina com ela sorrindo e te dizendo obrigado. Cody gemeu como se tivesse dor. —Está segura de que não posso sair com ela? Os romances garota-garota sempre foram meus favoritos e eu gostaria de ouvir mais sobre elas. Homens! —Estou segura — disse. Mas em voz alta, chamei: — Estamos aqui. Os passos se aceleraram. Então: —OH, olhe que lindas! — Sherridan ronronou quando passou por diante de mim para cheirar as orquídeas. — Quem as enviou? Rome? Recuperou finalmente seu julgamento, o muito burro? Ou talvez sua amnésia tenha um forro de prata. Não é como se ele tivesse sido considerado quando usava a metade de seu cérebro mais que nenhuma. —Bem que eu queria, mas não. — Bastardo. — São de um admirador secreto. —Talvez Sherridan as enviasse — disse Tanner, apoiando-se contra a entrada. Fez bem a meu coração vê-lo tão relaxado. — Já que ela está com as garotas e tudo isso. Cody soltou outro desses gemidos. Tanto Tanner como Sherridan o olharam. Tanner assentiu com a cabeça para ele em reconhecimento. Sherridan franziu sua sobrancelha em confusão. —Ouça — disse a ele a modo de saudação. — Sou Sherridan, a amiga de Bell. —E você é…? Ela estava sendo séria? —Uh, Sherridan. Já o conheceu. No escritório de John. Inclusive umas vezes mais depois disso. — Olhei dela ao Cody, do Cody a ela. Seus traços faciais registraram a incredulidade. Os dele, envergonhada irritação.— Recorda? Ela franziu o cenho, mordendo seu lábio inferior. 8

Atriz americana

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—Estou em branco. Está segura de que ele estava no escritório? Estavam todas as pessoas de minha vida destinadas a esquecer de repente pedaços de suas próprias vidas? —Eu estava ali — respondeu Cody por mim. Ouch. Ele parecia zangado. —Seguro, seguro, uh, agora me lembro. — Sherridan riu, provavelmente para cobrir sua mentira, e maldição, se é que isso não a fazia ver bem. Suas bochechas brilharam com uma atraente sombra de rosado e seus olhos azuis cintilaram. Alta e curvilínea como era, poderia ter sido uma deusa ou uma Amazona vindo à vida apaixonada. Teve que fazer muito dano ao ego do Cody sua total indiferença. Ele se voltou para mim. —Acredito que não teríamos que ter tido essa conversa depois de tudo. —Que conversa? — perguntou Tanner. Acariciei a bochecha do Cody quando o disse: —Direi mais tarde, Ossos Loucos. —Bell. — Isso era uma advertência a diferença de nada que eu tivesse ouvido do Cody antes. — Pensei que falávamos em confiança. —Quando dei essa impressão? — disse, toda inocência. — Eu conto tudo a Tanner. —Algumas coisas um homem gosta de manter privadas. —Como o quê? — perguntou Sherridan. Cody apertou seus dentes. —Estou indo daqui. Chamarei amanhã, Bell. Talvez. Ele não esperou minha resposta, mas saiu com passo majestoso da cozinha, logo depois da casa, a porta fechando-se com um golpe detrás dele. —É uma completa mentirosa — disse Tanner. Ofeguei pela afronta. —Disse a verdade! Eu lhe conto tudo. —Não você. Ela. — Seu olhar fixo deslizou ao Sherridan, que se retorcia no lugar. —O quê? — perguntou ela, projetando a mesma inocência que eu tinha. —Você não pode enganar ao Sr. Sensitivo. — Tinha elegido o nome ele mesmo e sempre me fazia rir. Você o recordava completamente. —Sim? — Contemplei-a, com os olhos muito abertos. Que parva era, não haver me dado conta disso —Você, pequena zorra ardilosa, por que pretendeu não recordá-lo? E não me engane. Não me queixo. Estou impressionada. Ela cruzou seus braços sobre seu amplo peito e sorriu abertamente. —Claramente ele é um jogador. Quero dizer, lembro que me disse que inclusive tinha seduzido às raposas chapeadas no centro onde vivia seu papai quando ele estava de guarda. Era certo. Quando logo adquiri meus poderes, o Menino Bonito tinha usado a minha família para tentar a me obrigar a trabalhar para ele. Cody havia se passado como guarda-costas. Mas agora que MB estava morto e meu papai em um paradeiro sem revelar, já não havia necessidade de segurança as vinte e quatro horas, Cody tinha voltado para o PSI. Pensar nesses dias escuros tinha me perguntando se o Menino Bonito havia feito algo similar com o Homem Memória, sustentando a sua família sobre sua cabeça como a espada de

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Dámocles9. E se Desert Gal fazia (ou faria) o mesmo no lugar do MB poderia ser a razão de que HM levou as lembranças de Rome sobre mim? Estaria sob o comando dela para salvar a alguém a quem ele amava? Ela simplesmente queria me torturar? Talvez. Mas Cody havia dito que HM não havia fato o que MB ou DG tinham querido que fizesse a maior parte do tempo, razão pela que eles o tinham mantido encarcerado tanto tempo. Então, por que de repente começaria a lhes obedecer? Mais ainda, eu duvidava que DG soubesse sobre mim. Nunca tínhamos nos encontrado e eu era nova neste jogo. A menos que ela tivesse ouvido de algum jeito que eu trabalhava em seu caso. Deus, isto era confuso. Não sabia o que acreditar. E realmente, quando tinha me transformado em uma pequena e feliz garota de palavras cruzadas? Com todas estas siglas, eu ia necessitar desse guia de referência de alguém, tal como tinha mencionado Sherridan. —Esta me escutando? — perguntou Sherridan. — Cody estava seduzindo raposas chapeadas, Bell. Raposas chapeadas. Isto claramente mostra que enquanto uma mulher respira, ele está interessado. Logo que o vi me observar no escritório do John, bom… decidi afastá-lo antes que algo pudesse começar. Sei que saio com muitos homens, mas procuro o Sr. Correto. Ele não é essa pessoa. Talvez eu não tivesse tido que advertir nada ao Cody, depois de tudo. Eu nunca havia visto Sherridan tão forte, ela poderia havê-lo despedido sozinha, sem nenhum problema. E o tinha feito. Eu estava agradecida de que Cody estivesse de caminho fora da cidade e sua força recém descoberta não tivesse que ser provada diariamente. —Estou orgulhosa de você. Ela se inclinou para mim, fazendo ricochetear seus cachos. —Obrigada. —E ouça. A vida não vai ser somente rosas para você. Lexis… —Cadela — disse Sherridan ao mesmo tempo que Tanner franzia o cenho. —Sim, pois essa cadela disse que vais conseguir logo seu maior desejo. Os olhos de Sherridan se alargaram devagar, sua boca caiu aberta ao mesmo tempo. A expressão mais estranha que eu tinha visto alguma vez. —Ela nunca se equivoca sobre estas coisas. —Sei — queixei-me. — E odeio a esse homem ladrão que conhece seu maior desejo, mas eu não. Não captou a indireta. Colocou suas mãos sobre seu coração e girou. —Isto vai passar. Realmente vai passar. —O que é? — perguntei rapidamente. Tanto pela sutileza. Sherridan se deteve e sorriu abertamente para mim. —Vou desenvolver um super poder! Capítulo 6 9

A espada de Dámocles representa a insegurança daqueles com grande poder (devido à possível tomada de poder de repente).

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As palavras de Sherridan ressoaram na noite. Ela sabia o cuidado que eu tinha para não fritar o mundo inteiro. Ela sabia que meu nome estava na cúpula da lista de muitas agências. Sabia que eu tinha que ter duas vezes por semana (às vezes diariamente) os testes de sangue obrigatório. Sabia que não podia fazer nada a respeito, a menos que abandonasse a todos os que me amavam, saísse correndo e passasse o resto de minha vida me escondendo. Ter poderes era mais uma carga que uma bênção. Porque poderia querer isto para si? E como poderia parar o que estava passando? Era simples, de fato, não podia. Nunca se equivoca, a malvada Lexis nos assegurou que Sherridan poderia obtê-los e eu nunca soube o que fazer para deter suas visões antes que se tornassem reais. Se eu pudesse tentar neste momento, poderia destruir a recentemente descoberta sensação de felicidade de Sherridan e, portanto sua força, truncar seu “grande desejo”, e arruinar nossa amizade para sempre. Que confusão. Entretanto, estava Lexis certa neste momento? Possivelmente sua habilidade para ver o futuro estava quebrada. Quero dizer, eu não podia imaginar a outro homem ganhando meu coração. Ou eu me casando com esse homem. Esses pensamentos dirigidos às flores. Estaria o remetente realmente me admirando ou era algum tipo de brincadeira? Possivelmente como o cavalo de Troia10. Parecia que possivelmente estava uma câmara no vaso, assim os meninos maus saberiam quando atacar. Olhe! Isto era o que ser um super-herói fazia a uma pessoa. Fazia que o questionassem tudo. Inclusive as flores. —E Sherridan procurava isto? — murmurei sob minha respiração, agarrei o vaso, tropecei fora e o atirei, flores e tudo, no lixo. Ia voltar para a cama, mas, outra vez, minha mente estava muito ativa para me permitir dormir. Finalmente, a luz do sol entrou em meu quarto. Movi-me pesadamente pelo montão de cobertas, tomei banho e me vesti com o segundo traje favorito de Rome: um par de jeans desgastados e uma camiseta de algodão cor verde esmeralda que se abotoava todo o caminho até a prega. adorava desabotoar os botões, um a um. Às vezes, em diferentes momentos do dia, como se isso prolongasse a visão do espetáculo. Eu não podia usar sua roupa favorita número um: minha pele e um sorriso. Não para trabalhar, ao menos. Assim teria que fazê-lo com a segunda opção. Só esperava que ele apreciasse isso. Uma vez que estive vestida, prendi meu cabelo em um rabo-de-cavalo e fui em busca de Tanner e Sherridan. Antes que encontrasse, meu telefone soou e voltei rapidamente para meu quarto para pegá-lo da cômoda onde o tinha atirado a passada noite. Esperando… —Olá — disse, contendo o fôlego. —Belle Jamison, por favor — disse uma agradável voz feminina. Meu coração baixou. 10

Na chamada Guerra de Tróia, um grande cavalo de madeira foi deixado junto às muralhas de Tróia. Construído oco seu interior, o cavalo abrigava alguns soldados gregos dentro da sua barriga. Deixado à porta da cidade pelos gregos, os Troianos acreditaram que ele seria um presente como sinal de rendição do exército inimigo.

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—Esta é ela, ela, eu — Não podia recordar o que era o correto. — Eu sou Belle. —OH, bem. Sou Marta Hobbs de “Estaremos Juntos Para sempre” e estou chamando pelo de seu casamento. Temos programado ir aí hoje ao meio dia para repassar a lista de convidados e chamava para confirmá-lo contigo. Fechei meus olhos e esfreguei minhas têmporas com a mão livre. —Sinto muito. Eu esqueci e surgiu algo. —Muito bem. Teríamos apreciado que desse um aviso vinte e quatro horas antes, mas podemos trabalhar com isto. — Quão profissional obviamente era, só mostrava um pequeno rastro de irritação em sua voz. — Gostaria de reprogramar? Desejo fazê-lo. —Quando puder retorno a chamada. Sinto muito. Meu noivo, ele está... bom, há coisas no ar agora. —OH. Sinto muito. Entendo. — E isso mesmo fez. Seu tom se tornou amável. — Espero sua chamada se as coisas… se resolverem. —Claro. Sim. — Engoli em seco, pendurei, atirei o celular em minha cama e voltei para a busca de meus amigos antes de me por a chorar. Esse era o princípio, havia uma voz que me dizia que o casamento não se celebraria e, bom, isso me doía. Parecia que tinham parecido uma adaga por trás em meu peito, retorcendo-o. Encontrei Tanner na sala, atirado no sofá. Não havia rastro de Sherridan. O mais provável é que ela estivesse ainda vadiando na cama, me evitando. Ela sabia que eu queria falar sobre o assunto do poder. Ontem à noite tentei descobrir que tipo de habilidade queria, o que ela pensava que ganharia se ela estava disposta a ser perseguida pelos meninos maus pelo resto de sua vida, mas se ela fez seu anúncio e então propôs abrir uma garrafa de champanha. Só que ela tinha a garrafa pressionando sobre sua boca antes que Tanner pudesse agarrar o vidro. Sempre rápida e fácil de embebedar, ela tinha ido cinco minutos mais tarde e sem responder a nenhuma das minhas perguntas. Tanner gemeu quando advertiu minha presença. —A camiseta abotoada não. Possivelmente eu a vestia muito. Mas, maldição, eu gostava quando Rome desabotoava. —Se eu conhecesse Lexis, e infelizmente, conheço — disse Tanner secamente, empurrando com seu pé, — ela estará usando um vestido. Um sexy vestido tipo “quero suas mãos sobre meu corpo”. Seu jeans e sua camiseta não podem comparar-se. Parecerá sua pobre prima frustrada de Povo Rústico. Ouch. Ter amigos honestos não era tão maravilhoso como eu sempre supus. —Sim, mas ele se separou de Lexis, recorda? — Esperançosamente alguém o fez. — Uma glamazon11 não é o que ele procura para si mesmo. —Uma vez, sim as buscou. E esse momento é o estado de espírito que sua mente se encontra. Tiritei. Tanner estava certo. Meus ombros desabaram quando disse: —Necessito de cinco minutos. 11

Mulher bonita apaixonada por moda

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—Faça um favor a todo mundo e toma dez. Fiz rodar meus olhos. Pisei forte. Registrei meu armário, mas não pude encontrar nada que pudesse competir com o, sempre na moda, armário de Lexis. Só escolhe algum já. Tenho gente que entrevistar e uma reunião que atender. Finalmente, despojei-me de minha roupa interior e bruscamente me embuti em um muito sofisticado vestido para trabalhar cor chocolate com finos suspensórios, uma cintura com corte império e uma saia vaporosa. Estilo grego muito chique, espero. Não podia usar um sutiã porque não tinha um sem suspensórios e os suspensórios de meu cômodo sutiã branco de algodão dariam um espetáculo. E não da maneira: “OH, tão sexy, está olhando algo que não deveria olhar, a não ser na maneira de “vestido que a avozinha conseguiu no lado escuro“. Em meus pés usava umas brilhantes sandálias marrons que se amarravam sobre minha panturrilha. Eliminei a fita de meu cabelo e deixei a (eu gosto de pensar que sedosa) massa de cabelo cair. Estava comprido e se chocou no meio de minhas costas. Rome adorava afundar seus dedos nele. Ou melhor, dizendo, estava acostumado a gostar. Bastardo. Lexis tinha um cabelo comprido também, provavelmente estará bem nesse terreno. Quadrei meus ombros e me estudei no enorme espelho. Não está mau. Um tanto bonita. Definitivamente elegante. —Isto é a guerra — eu disse a meu reflexo. — Lexis vai cair. Esvaziei o conteúdo de minha bolsa em uma mais bonita com uma rápida sacudida, uma garota tem que jogar e saí do quarto, pronta para a batalha que começaria. Tanner se encontrava agora na entrada, outra vez, apoiado contra a parede. Ele assentiu com aprovação. —Bonito. Seus mamilos estão duros. — Dava-lhe um murro no estômago, mas eu estava sorrindo. Para esse Tanner era o maior dos cumpridos. Além disso, ele soava como seu antigo eu. O feliz menino pervertido que eu conhecia e queria, não o triste filhote ferido que chegou a ser. —Necessito de meu celular — murmurei. A toda pressa, voltei para meu quarto. O pequeno dispositivo negro tinha um brilho vermelho na esquina superior direita, o que significava que, de algum jeito, tinha uma chamada perdida. A busca no identificador mostrava que tinha que ser da empresa de bufe. Não podia ser outro, pensei com um gemido. Deveria lhes chamar logo, mas, maldição, se chamava teria que cancelar e eu não queria cancelar. Eles serviam um bolo de chocolate que com apenas prová-lo parecia que tinha caído diretamente de um arco íris no céu e estaria reservado rápido. Dois segundos depois de que cancelasse, outra pessoa poderia já estar fazendo fila. Quando me reuni com Tanner no vestíbulo, fiz uma nota mental de ligar, como também à loja de vestidos, mais tarde e suplicar por uma nova data. Ele abriu a porta e eu saí atrás dele. Ou tentei. Em vez disso, tropecei com uma caixa de... chocolates, dava-me conta, me endireitando. Três pisos de caixas, uma sobre outra, simulando um bolo justo como o que estava imaginando, e tudo envolto em papel dourado. Um cartão estava colado sob um laço. —É de verdade tão torpe? — perguntou Tanner.

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—Sim. — Um quente ar úmido golpeava para mim ao redor, o sol quente contra meus nus braços enquanto eu olhava as caixas, imóvel. Idiota! Comprova. Meu coração corria, abri o cartão a toda velocidade e li: “Isto não é tão doce como você, embora espere que o desfrute”. Seu “admirador”. Outra vez, sem nome. Não podem ser do Rome então. Minha secreta esperança de que de repente me lembrasse e agora pensasse em me reconquistar estava truncado de novo. Eu poderia abandonar a patadas esses chocolates em uma nova dimensão. —Primeiro as flores e agora doces — disse Tanner. — Esse menino está convencido de que te quer em sua cama. —Se cale. Não todos os homens têm sexo no cérebro. —Se não o tiverem, estão mortos. Ou possivelmente suas intenções eram nefastas, pensei, recordando meus medos da noite passada. Tanner cruzou seus braços sobre seu peito. —Então o que quero saber é: quem demônios é seu admirador? —Ao que parece é impossível — repliquei, ignorando o fato de que estava me perguntando o mesmo. Agarrei a caixa e a agarrei contra meu peito, determinada a encontrar respostas. Estava ali a câmara atada à parte exterior, alguém olhando todos meus movimentos? Estavam envenenados os pequenos presentes? — Muitos homens pensam que sou genial. —Isso não é o que queria saber, assim embainha as garras, Viper. Você é uma mulher comprometida e os únicos meninos com os que se encontra estão encerrados. Inclusive nossas mentes estavam no mesmo caminho, disse: —Possivelmente meu banqueiro ou meu lojista me achem irresistível. — Nós viramos para seu carro. Um lustroso Viper vermelho, o mesmo veículo por cujo nome me chamou antes. De acordo, bem. A primeira vez que nos conhecemos, eu disse que meu nome era Viper. —Sim, bem, possivelmente seu banqueiro ou seu lojista necessitem de uma surra. Minha aposta é que os chocolates são de uma agência rival. Já sabe, para te atrair ao lado escuro. Ou possivelmente inclusive te matar. Esta não seria a primeira vez que alguém tenta me abrandar antes de me atacar. Uma vez uma scrim saltou atrás de meu carro, quando eu ia saindo de um estacionamento, eu não sabia que ela podia saltar no tempo e tinha me chocado com ela. Ela sabia como absorver o impacto sem prejudicar-se realmente, mas de novo, eu não sabia isso. Preocupada, deixei atirado o carro no estacionamento e fui a toda pressa para ela, só para ver com horror como ela tirava uma pistola. O único problema com seu plano era que já tinha comprometido minhas emoções. Meu medo congelou as balas dentro da câmara da pistola e seu traseiro na calçada. —E pensar que esta é a vida que Sherridan anseia para si — disse. — Eu não poderei sequer desfrutar da caixa de chocolates. Era muito pior que receber um tiro. Chegamos ao carro, mas Tanner não abriu minha porta. Ele deslizou ao assento do condutor e esperou por mim para me por para dentro, o merda. Uma vez acomodada ao lado dele no luxuoso assento de couro, meu vestido metido delicadamente ao redor de minhas pernas, e os doces apoiados em meu colo, disse:

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—Estou de seda. — Uma mentira. Estou segura de que isso era uma mescla de poliéster. — Ao menos, poderia me tratar como uma dama. Soprou. —Você. Uma dama. Divertido. —Só nos leve ao PSI, senhor sensível. Enquanto disse, fiz saltar a tampa da primeira das caixas e olhei com assombro o sortido de trufas, onças de chocolate e bolachas. Que inocência aparentavam… que deliciosas. Minha boca se encheu d’água, e meu estomago rugiu. Tanner deu as costas à estrada no Mach um12, sua velocidade preferida. —Não coma isso, poderiam estar envenenados. —Já pensei nisso. Só queria dar uma olhada com o que não vou me divertir. Ele os olhou e assobiou. —Essas coisas são caras. Uma de minhas sobrancelhas se arqueou, como lhe enfrentando. —Que quer dizer? —Meu pai estava acostumado a comprar essa marca para suas noivas. Seu pai tinha morrido não muito tempo atrás e eu aplaudi seu braço com simpatia. Sua mãe, uma alcoólatra, havia ido embora em seu oitavo aniversário. Que presente, verdade? E seu pai tinha sido tudo até que se foi. A perda o tinha destruído. Eu conhecia essa sensação de perda intimamente. Começava a aprender a caminhar quando minha mãe morreu em um acidente automobilístico. Embora não possa recordar seus traços sem olhar uma fotografia, às vezes poderia jurar que havia um buraco em meu coração. Um buraco que sua morte tinha causado. Mas ainda tinha um pai, ainda tinha alguém que ficasse comigo. Meu pai sempre cuidava de mim. Ele me comprou absorventes para minha primeira regra e falou comigo sobre sexo, inclusive embora não estivesse cômodo, com sua cara tão vermelha como uma lagosta. Essas coisas faziam que o amasse inclusive mais, mas também faziam que os sentimentos por não ter uma mãe piorassem. —Está olhando fixamente os chocolates, como se estivesse vendo Jesus — disse Tanner. — Só atira-os ao chão. John pode polvilhar a caixa e ele mesmo tirar algumas pistas. Recoloquei a tampa, mas as deixei sobre meu colo. —Se estamos tratando com uma agência rival, não haverá nenhuma prova. — Entristeceume que não estivesse molesta porque alguém pudesse me matar. Mas então, estava ali, fazendo isso. Muito. —Melhor prevenir que remediar. —Desde quando? Seu lema é “é dos cafajestes que elas gostam”. Ele assentiu. —Certo. Possivelmente deveria comer um. Ser envenenado é uma boa história de guerra.

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Um Mach (Ma), possui a velocidade de 1224 km/h, sendo considerada a velocidade mínima para que qualquer corpo consiga ultrapassar a barreira do som.

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Meus lábios se moveram em um sorriso. Tanner, como bom humorista que era, agora deveria ser o momento perfeito para falar a respeito de sua ex. Meu Nêmesis13. A maior cadela do mundo. —Então Lexis… —Ainda não é momento para essa discussão — disse firmemente, seu bom humor se desvaneceu em um abrir e fechar de olhos. Grrrr! Homens. —Pensava que vocês necessitavam tempo em privado. Já sabe, para falar. —Sim. — Rodou seus olhos, o bom humor retornou. — Tradução: você quer tempo a sós com Rome. Está disposta a me atirar aos lobos só para jogar um pequeno jogo de cara a cara. É uma muito má amiga. Não tentei negar isso. —Mas você me ama de todas as maneiras. —Isso só prova que sou o parvo nesta amizade. Suspirei. —Realmente, não posso discutir isso, que seja triste para você e para mim, suponho, já que meus amigos são tão tolos. —Por que nós nunca nos enrolamos? — perguntou-me com uma pequena risada. —Porque sou muito inteligente. Outra risada. —Divertido. Uns minutos depois, chegamos à sede do PSI no coração da cidade. Fora, fomos nos registrar na segurança e cintilar nossas placas (embora normalmente éramos reconhecidos neste momento, suponho, a diferença de Sherridan, nós não éramos o suficientemente bonitos para fazer aos guardas passar por cima do procedimento). Dentro, tínhamos que assinar em outra mesa de segurança, tomar um elevador até o piso quinze e assinar de novo em outra mesa de segurança. Inclusive tínhamos que mostrar prova de rastros digitais e os exploratórios de retina. John adorava essas coisas, tanto amparo como é possível. Finalmente quando fomos aceitos, caminhamos umas passadas longas dentro do confortável vestíbulo, com esses sofás de pele marrom e essa exuberante vegetação verde e abaixo ao longo, o liso corredor. Dali viramos à esquerda, esquerda, direita, e chegamos ao laboratório revestido com altas janelas de cristal. Levamos a caixa de chocolates aos forenses. Tanner tinha que mexericar com eles sobre meu kung fu fracassado e nos encaminhamos para o corredor das salas para entrevistas. Com o passar do caminho, encontramo-nos com outros agentes, mas nenhum parou para falar. No PSI, todos tinham uma missão e uma conversa vazia era desalentadora. —Quem entrevistaremos primeiro? — perguntou-me Tanner. Guardei a lista de Cody fora de minha bolsa, graças a isso tinha sobrevivido à transferência de pertences de uma mochila a outra e a desdobrei. Algo se desenredou da metade do papel e caiu no chão. Parei, agarrei-o e soltei uma risada. Cody se tinha tomado uma polaroide de si mesmo, me atirando um beijo. Na parte inferior, tinha escrito: “De nada”. 13

Deusa Grega representa a força encarregada de abater todo o excesso de felicidade de um mortal.

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Quem usa polaroides hoje em dia? Um homem que queria tirar fotografias sujas de suas companheiras de cama, esses a usavam, pensei, soltando outra gargalhada. —Vem? — perguntou Tanner, ignorando meu arrebatamento. Ele estava acostumado as minhas rápidas mudanças de humor. —Sim. — Chutei de novo em movimento e sacudi minha cabeça com assombro pelas palhaçadas de Cody. Não me assombrou que tivesse parecido malvado quando me informou que a lista estava em minha bolsa. Quando coloquei a foto de volta em minha bolsa mochila, passei por um agente olhando fixamente dentro de uma das salas de interrogatório. Antes que me desse conta do que estava fazendo, olhei dentro da sala. Espiava a Rome. Parei abruptamente, respirei com um nó em minha garganta. Tanner amaldiçoou, retrocedeu e se pressionou a meu lado. —O quê? — perguntou. Logo: OH. Dentro, Rome se sentou na esquina, olhando casualmente uma cadeira com uma tabuleta de madeira. Usava calças negras, uma camiseta negra que abraçava cada polegada de seus musculosos antebraços. Seu cabelo estava revolto, como se tivesse passado suas mãos através dele um milhão de vezes. Tinha círculos negros sob os olhos e linhas de tensão ao redor de sua boca. Graças a Deus, não parecia um homem satisfeito. Mas onde dormiu exatamente na noite anterior? Em frente dele, Lexis estava sentada em uma mesa de metal, em frente de uma das pessoas que Rome e Cody resgataram do armazém. Essa condenada Lexis. Como se supõe que ia pegar Rome se ela estava sempre aí, justo em sua cara? Põe-me dos nervos! Meu olhar a varreu, e afoguei um grito quando vi o que tinha posto. Calças jeans desbotadas e uma camiseta verde de botões. Chiei os dentes. —Essa cadela está usando meu conjunto. — E a fazia parecer dura. Ela estava acostumada a usar seu brilhante cabelo negro em um rabo-de-cavalo, maximizando a perfeição de seus exóticos traços. Um momento depois e Tanner a estudou. —Minha culpa. Você deveria se deixar levar por seus instintos. Não me diga. Agora aqui estava eu, metida em um vestido quando sabia perfeitamente que Rome me prefere em jeans. —Eu penso que te vê bem — disse o agente que estava junto a mim. Se lembrava bem, seu nome era Edward e trabalhava nos laboratórios. Tinha uma pasta colocada sob seu braço. —Que está fazendo Rome aqui de todos os modos? — perguntou Tanner. — Supõe-se que deveria estar entrevistando a seu próprio grupo de pessoas. —Está protegendo-a. — Virtualmente grunhi, sabendo sem que me houvessem dito. —O menino com o que está falando é quem necessita de amparo — replicou ele secamente. Ao menos ele não soou destruído ou triste a respeito de estar vendo o ex-marido e mulher juntos enquanto dita ex-mulher tentava abertamente atrair ao ex-marido sob seu malefício. —A quem estão interrogando? — perguntou Tanner.

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—Esse é Tobin McAldri. — Sabia disso porque fui eu quem tinha escolhido a pessoa que Lexis devia entrevistar. Era pura coincidência que todos de sua lista se parecessem um reforçado Arnold em seu princípio (tendo a força para matá-la) ou parecia tão gentil como uma ovelha e era incrivelmente bonito (para uma novela). Sério. Tobin era da variedade forte. Mais, seus olhos eram frios, vazios. Minha teoria era que ele não era nenhuma inocente vítima de experimentação. Como o Homem Memória antigamente, ele era provavelmente um menino escandalosamente bonito e então Desert Gal tinha a esperança de recrutá-lo e usá-lo contra nós. —Qual é seu poder? — perguntou Tanner — Sabemos se tem algum? —Desgraçadamente, não — murmurei. Edward me deu a pasta. —De fato, sabemos. Estivemos provando a McAldrin pelos últimos dois dias. O menino tem força desumana e isso não parece nada que não tenha visto antes. Embora não tudo isso é propriamente dele. Alguém rodeou seus ossos com um metal parecido ao do Wolverine14, isso causou que sua força crescesse exponencialmente. Enquanto ele falava, eu investiguei entre as páginas. Aí havia raios x, gráficos que não podia decifrar e termos anatômicos cobertos com flechas. —Porque está ainda aqui? — perguntou Tanner. — Penso que, se eu tivesse esse tipo de força, teria escapado ontem. Fechei a pasta com um estalo e a estendi a Edward. —Possivelmente muitas das vítimas do Desert Gal não são realmente vítimas de tudo, exceto as plantas. Planejou usar as plantas para nos derrubar. É obvio, Desert Gal deveria saber, ou ao menos esperar, que o PSI pudesse irromper dentro de seu armazém. Mas para que isso acontecesse, a ela teria tido que escapar informação sobre si mesmo. O que teria explicado por que ela tinha movido a todos os “meninos bonitos e inocentes vítimas” para uma nova localização e por que o contato do Rome era o único capaz de obter a informação. —Estou segura de que nós averiguaremos algo logo — disse, meu olhar aterrissou em Rome e me deu uma sacudida. Ele mudou ligeiramente a postura na cadeira, dirigindo seu rosto para o espelho unidirecional e, portanto, a mim. Ele não podia me ver, sabia isso, mas Deus, esses olhos azul elétrico me marcaram todo o caminho até chegar a minha alma. Tanner deve ter deixado de falar porque nesse momento podia ouvir Lexis enganando Tobin. —Aqui podemos te ajudar. Isto é porque nós lhe deixaremos livre. Coopera, e lhe deixaremos ir logo que acabem as investigações. Eu esperava que ela estivesse dizendo uma mentira, esperava que ele não o fizesse. —Agora, vou perguntar outra vez, quanto tempo ficou Vincent encerrado? Vincent Jones. Também conhecido como Menino Bonito.

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Um dos X-Men

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—Eu já disse — chegou o grunhido, como uma áspera resposta. — Não sei. Não era como se tivesse pegado um calendário. Agora, o que estamos fazendo aqui? —Ele tentou levantar-se, seu enorme corpo surgindo como uma tormenta cobrindo à pequena Lexis. —Sente-se - ladrou Rome. Ladrou. Fiz rodar meus olhos com a ironia. Rome, um jaguar muda formas, e os cães não se davam bem. Eu soube faz umas semanas com o cão golden retriever de nosso vizinho. Ao tenro gigante fazia água a boca por uma parte do Rome,e esteve perto de mastigar a coxa de meu menino. Sem necessidade de dizer, foi-se qualquer esperança que tinha tido sobre ter um cão. Tobin se sentou. —Deus, desejaria ser assim — disse Edward. Então sacudiu sua cabeça, tingindo-se suas bochechas como se se desse conta de que tinha falado em voz alta. Eu tinha esquecido que estava ao meu lado. Pobre homem despretensioso. Provavelmente, ele tinha esquecido tudo. Então de novo, pôde falar. —Bom, uh, será melhor que volte para trabalho. — partiu sem dizer outra palavra. —Adeus — disse. Não houve resposta. Durante o resto da entrevista, Rome manteve seu olhar colado a mim. Ou, bom, à janela. Engoli. Poderia me ver? —Quando começou a estar sob o cuidado do Desert Gal? — perguntou Lexis. —Faz coisa de um mês mais ou menos — murmurou Tobin. Assim que ele não estava tão mal de tempo, depois de tudo. —Ela usou algum nome além de Desert Gal perto de você? —Não. Nós tínhamos comprovado isso com outros, a ver se ele... —Verdade — disse Tanner antes que o pensamento tomasse forma em minha cabeça. Assim que nós ainda não sabíamos seu verdadeiro nome. Merda. —Descreva-a para mim disse Lexis. Ao princípio, Tobin sorriu. —Não posso. Ela nunca veio nos ver. Enviava a alguém mais para que cuidasse de nós. —Quem? —Não sei seu nome, só sei que ela é jovem, ardente e tem o cabelo vermelho. Embora a garota tenha uma boca. Maldita seja, sim tinha uma boca. Ruiva, isso esclarecia as coisas um pouco. Isso poderia ser fácil de encontrar, se nada passava. Bom, se o cabelo vermelho era real. Poderia ser uma peruca ou uma tintura temporária. Lexis se reclinou em sua cadeira, o vivo retrato de um agente resolvido. —Pediu-te alguma vez algo para ela ou Desert Gal? —Não. — Não era um menino feio, com seu cabelo castanho e seus grandes olhos marrons. Sem tatuagens, estava normalmente limpo e curto. Esses músculos de esteroides, embora… alguém deveria lhe haver dito que havia um pouco chamado “muito”. — Nada. —Mentira — disse Tanner.

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O menino repartia suas mentiras com uma cara tão séria que não delatava os sinais. Sem o Tanner, eu teria acreditado. —Nós deveríamos havê-lo metido no cárcere, então, porque não pudemos nos arriscar deixá-lo vagar por aí, tentando nos danificar. Ou possivelmente não — acrescentei depois de um momento de reflexão. —Parece triste, ele provavelmente é o suficientemente forte para sair daqui. Mas ele não quer. Isso significa, como eu suspeitava, que Desert Gal e seu chefe deveriam ter pedido que ficasse para nos espiar. Se deixarmos que se vá, podemos segui-lo. Possivelmente nos dirija até eles. Tanner me golpeou pelas costas. —Condenada, Viper. Agora você está pensando como um agente. Isso. Vamos lá. Temos nossa própria gente que entrevistar. Assenti com reticência e virei, tirando minha atenção do Rome na medida do possível. O porquê disso vi que tinha movido sua cadeira com o pé, jogando-a a um lado. Parei-me. Tanto Lexis como Tobin lhe olharam com surpresa. Ele não disse nada, só se dirigiu diretamente para a porta. Meus olhos se alargaram e meu coração pulsou com força em meu peito. Estava vindo por… mim? Capítulo 7 A sala de interrogatórios estava aberta, as dobradiças ruidosas e Rome entrou na sala. Ele não olhou ao redor. Não, ele me cobriu imediatamente com um olhar duro, como se tivesse sabido exatamente onde estava de pé todo o tempo. Engoli em seco. Que tinha feito? A meu lado, Tanner murmurou: —Merda. O Homem Gato está zangado. Estava. Tinha os olhos entreabertos, suas pupilas eram uma fina linha selvagem. Lambi meus lábios, um gesto nervoso que não podia ser detido nem que minha vida dependesse disso. Ali estava ele, minha fantasia mais importante. Escuro, perigoso e indomável. Em lugar de sorrir e me atirar em seus braços por um beijo, exclamou: —Podem falar mais baixo? Estão nos distraindo. Nós? Quando nenhum, nem Lexis nem Tobin, nem sequer tinham olhado à janela desde que Tanner e eu tínhamos entrado? —Uh, poderia gritar o hino nacional e ninguém nessa sala seria capaz de me escutar. Com seus lábios franzidos ele permaneceu em silêncio. Homem obstinado. —Só... retorna ali e termina a entrevista. — Fiz um gesto à janela. Lexis também ficou em silêncio no momento em que Rome tinha saído e ela e Tobin estavam escutando através da porta que ainda estava aberta. — Bom, ninguém nos ouve, quando a porta está bem fechada. Tive problemas para que saísse a última palavra. Rome me olhava com força, o calor do frio oceano ao fogo azul. Deteve-se nas panturrilhas, onde as cintas de chocolate criavam um caminho a meus joelhos, e passou a língua pela comissura de seus lábios.

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—O que tem posto? — Era uma pergunta mesclada com algum tipo de promessa rouca. Engoli de novo, desta vez por uma razão diferente. Talvez o vestido não tivesse sido tão má ideia depois de tudo. Talvez Rome gostasse, sem importar o que tivesse posto... —Esta coisa velha? OH, é só algo que tinha por aí! — Tanner soprou. Felizmente, manteve a boca fechada. —Está muito linda... — A Voz do Rome foi baixa, agora rouca. Evidentemente, sua primeira opção não tinha sido "linda”. Talvez seja uma idiota. —Obrigada — disse, levantando o queixo. Se tivesse querido dizer "impressionante" ou "miserável", não me importava. Realmente. Se eu gostava ou não, não havia nada que pudesse fazer a respeito. Quando suas lembranças retornassem (e retornariam, negava-me a acreditar o contrário), ele pagaria por tudo isto e acalmaria a picada de meu orgulho. Estirei meu braço ao redor dele, tomando cuidado de não tocá-lo, e fechei a porta. —Como nos viu através do vidro? — perguntei-lhe. Tive que manter a conversa ou me encontraria com a cabeça apoiada em seu ombro como de costume. Não sabia como poderia reagir. —Eu lhe disse. Melhoria dos olhos. De duas maneiras não são um problema para mim. —Nunca me disse. — Espera. Sim. Sim, tinha feito. Ofeguei enquanto as consequências me golpearam, a esperança me encheu cada célula. Quando estávamos "saindo", enquanto me perseguiu para que a ISP pudesse me neutralizar, ele havia dito tudo o dos procedimentos voluntários aos que havia sido objeto para aumentar sua força física e suas habilidades. — Lembra-te de me haver dito do procedimento? A confusão se apoderou de seu rosto formoso. —Eu... eu... No momento justo, porque ela sabia o perto que estivemos de um grande avanço, a cadela da Lexis abriu a porta e entrou na sala. —O que está acontecendo? — perguntou em um tom pedante muito pior que sua presunção habitual. Ao meu lado, Tanner ficou rígido. —Lembra-se? — Insisti, mantendo a atenção centrada no Rome. — Estávamos em um carro, que era açoitado por Menino Bonito. Estava aconchegada a seu lado e estava tratando de me distrair de meus medos para não congelar o carro. Minha cabeça estava apoiada em seu ombro, minha mão em seu peito, assim podia sentir seu coração pulsando…. —Grande historia. — Lexis passou a palma para cima e para baixo do braço de Rome, acariciando-o-. Mas não é como se pudesse ser possivelmente verificada. —Posso confirmar — disse Tanner, as palavras eram mais um grunhido que nada. — Eu estava escutando no assento de trás. Maldita seja, eu o amava. —Rome — disse. — Você. Recorda? A confusão se desvaneceu de seu rosto e a ira retornou. Sacudiu a cabeça.

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—Não. Eu não recordo. Não sei por que disse isso. Entretanto, minha esperança se manteve. Meu noivo estava em alguma parte de sua cabeça. Já seja que suas lembranças tinham sido apagadas ou emprestadas, não importava. De algum jeito, uma parte dele se recordava de mim. Pôs um braço ao redor da cintura de Lexis, minha esperança misturada com um pouco de fogo da ira e a aproximou mais. Para sua comodidade? Minhas mãos queimavam. Então, fechou a porta atrás dela. —O que está acontecendo? — repetiu a senhorita “eu sei tudo”. Se centrou em mim, piscou quando viu meu vestido, então sorriu. Passou um dedo ao longo dos botões da camisa. — Lindo Vestido Belle — minhas bochechas se ruborizaram de vergonha. —Eu diria que esses jeans lhe caiam bem, mas fazem que seu traseiro fique gordo. —É verdade — disse Tanner com um sorriso. Lexis empalideceu. Tanner chegou para mim e me apertou a mão com comodidade e me dava conta que ele estava tremendo. Embora não pela palavra ou o profundo da traição. Com sua expressão neutra se parecia um pouco a um homem de confiança. Eu nunca tinha estado mais orgulhosa dele. De repente, os lábios de Rome se retiraram de seus dentes em uma amostra da agressão. —Carinho? — Lexis disse. Seu olhar não me deixou. —O quê? — perguntei. —Nada— espetou, embora seus olhos estavam pegos ao Tanner e nossas mãos unidas. Esperança. Estava com ciúmes, como tinha estado com Cody? Ou é que sua ira se derivava na agressão que tinha recebido sua preciosa Lexis? Abri a boca para dizer algo que nunca saberia, quando a voz do Rome interrompeu. —Onde está Cody? —Enviei-o em uma missão. — Ele tinha enviado a si mesmo, mas como é. — Assim que o que aprenderam do Tobin? — Lexis apoiou a cabeça sobre o ombro de Rome, como eu tinha querido fazer antes e como eu tinha contado que havia feito uma vez em seu carro e deu uns tapinhas no peito. Para seu crédito, ele se moveu incômodo. Inclusive desviando o olhar para olhar o interior da sala de interrogatórios, para olhar a Tobin, que não se moveu de sua cadeira. Lexis não podia ocultar a dificuldade de seu fôlego. De repente, eu não podia deixar de sorrir. Seus olhos se fixavam em meu sorriso como um míssil justo antes do impacto. —Ficou em minha casa ontem à noite. —Dormimos em quartos separados — Rome disse antes que pudesse reagir. Voltou-se para ela, com o cenho franzido. Aborrecido pelo que tinha insinuado?— Pedi que deixasse disso. Deixar de tratar de me angustiar? E ficaram em quartos separados? Graças a Deus! Eu tratava de não me preocupar com ele, tinha conseguido suprimir alguma das imagens mentais dos dois juntos, nus, mas a preocupação tinha estado ali, no fundo de meu coração. —De verdade? — perguntei-lhe, então me amaldiçoei pelo necessitada que me tinha encontrado. —Estamos trabalhando nos aspectos emocionais de nosso matrimônio antes que cheguemos ao físico — Lexis replicou, à defensiva.

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—Está trabalhando em seu matrimônio? — Eu gostaria de saber. Rome se moveu incômodo de um pé ao outro e passando seus dedos pelo cabelo. —Sim. Não. Não sei. Você disse que ia casar com ela de novo. — Desta vez, ao menos, não parecia tão seguro. —Deus, eu não posso acreditar que alguma vez saímos — Tanner, também estava passando uma mão pelo cabelo, franziu o cenho em Lexis. — Cada dia, diabos, cada hora, conheço você um pouco mais. É sempre manipuladora e desagradável? E como diabos não me dei conta? Enquanto falava, estudei o rosto de Rome, em busca de qualquer sinal de aceitação, de qualquer sinal de que se desse conta da verdade da reclamação de Tanner, que estava sendo manipulado na pior forma possível. Entretanto, embora parecesse duro e inflexível, não pareceu surpreso. —Note como lhe fala — disse Rome. —Por quê? Disse coisas piores - respondeu Tanner. — Enquanto estávamos na cama. Rome surpreendeu-me, captou a palavra “cama”. —Estou procurando a minha família, Tanner — Lexis disse em voz baixa. —Para minha filha. Tanner soltou um suspiro aborrecido. —Não, você a está procurando para você mesma. — Rome tinha a cabeça inclinada para um lado. Para pensar? —Espera um segundo. Saiu realmente com ele? — enfrentou a Lexis. Não parecia molesto pelo conhecimento de que sua ex esposa tivesse saído com um homem muito mais jovem. Talvez porque sabia, em algum grau, que já não amava a esta mulher. —Por pouco tempo— disse, esfregando a parte posterior de seu pescoço. — Embora agora não seja o momento para discuti-lo. Agora é um bom momento como qualquer outro, por isso Lexis podia se esfregar. —Não acredita que deveria redescobrir seu passado, antes de trabalhar em seu futuro? — perguntei. Rome passou uma mão por seu rosto. —Sim. Não. — Uma vez mais, a ira endureceu seus traços. — Eu não sei o que pensar, de acordo? —Está a ponto de explodir— murmurou Tanner. Provavelmente tinha a intenção de que somente eu escutasse, mas ecoou através de nosso pequeno círculo. — Assim, uh, por que não trocamos de tema como O Grande Titeriteiro sugeriu? Diga-nos o que aprenderam que esse tipo Tobin. Muito tempo passou em silêncio, um tempo para que Rome relaxasse sua expressão e suavizasse sua linguagem corporal, para não mostrar suas emoções. Passou de estátua de granito em ebulição a cidadão médio com cuidado. Bom médio, como um homem como ele poderia se ver. —Nós lhe daremos nosso relatório na reunião de almoço — disse. — Temos umas quantas pessoas mais para falar primeiro e quero confirmar algumas coisas antes que vão de boca em boca.

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—Muito bem. — Eu assenti. Isso sempre tinha sido o estilo do Rome. — Tanner e eu devemos ir. Temos umas quantas pessoas mais que entrevistar. Rome franziu o cenho de novo, um sinal de preocupação se viu através da máscara em branco. —Quem? E por que juntos? Foi preocupação por mim? E talvez mais do ciúmes dos que me tinha dado conta antes? —Elaine Daringer, para começar. E porque trabalhamos muito bem juntos. —Rome. — Lexis atirou de seu braço com impaciência. — Na realidade, deveríamos terminar de falar com o Tobin. Está ficando inquieto. Rome não fez conta. —Elaine é um vampiro de energia — disse-me. —Sei. Li seu expediente. — Lexis me deu uma olhada. Beliscou um dos botões da camisa e o fez rodar para frente e para trás, com movimentos agitados. Não gostou da atenção que eu estava recebendo, supus. —Alguma vez trataste com um vampiro de energia antes? — Rome perguntou. Sem deixar de me falar, dava-me conta felizmente. —Não, mas estudei o manual da PSI e sei o que fazer. Ela vai estar amarrada e não vou tocála. —Além disso — disse Tanner, inflando o peito— Belle me terá. Ela estará bem. Melhor que bem. Esse gesto cresceu em intensidade. —Me deixe falar.... Boom! Colunas de rocha de gesso de repente banharam o ar, os refugos voaram em todas as direções. Tanner foi golpeado de plano em seu traseiro, parte da parede e a janela que tinha estalado o esmagavam. Lexis e Rome caíram ao chão, também. Eu, bom, levantou-me para trás e me segurou antes que pudesse cair aos ladrilhos. Tobin tinha atravessado a parede. Um alarme de tom alto se ativou, ecoando ao redor. Quando me dava conta do que tinha acontecido e que estava acontecendo, chutei e golpeei com toda a força que possuía. Quando isso não serviu para obter minha liberdade, cravei na traqueia de Tobin e machuquei seus olhos como Rome me tinha ensinado. Nada o freou e nada me soltou. Era um canhão pelos corredores, atirando aos agentes em choque a empurrões ao chão e indo diretamente através de paredes. Não era névoa, entretanto, uma forma de tele transporte. Não, simplesmente rompia o gesso e a madeira. Os agentes que se puderam pôr de pé usaram seus poderes ou habilidades humanas, um raio passou zumbindo, um montão de facas e estrelas ninja, inclusive uma espessa e asfixiante fumaça que nublou o ar, mas Tobin esquivou de tudo sem esforço, como se tivesse treinado para uma coisa dessas. —Me solte! Cada vez que se fechava através das pranchas, sentia-me como se milhares de punhos me perfurassem... O impacto piorou ao sentir seus pés pesados que se estrelavam contra o chão, e eu

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ricocheteava de cima abaixo. Ao menos, tinha sido capaz de tossir parte da fumaça de meus pulmões. —Está me matando! —Fica quieta — grunhiu. —Farei quando me disser aonde me leva! —Meu amigo quer falar contigo, está bem e meu amigo faz o que quer. Ela. Desert Gal? O amigo de Desert Gal? Aumentei minha luta. —Pelo amor de Deus, se queria falar comigo, poderia ter chamado! Outra parede. Mais punhos, mais vibrações. —Desta maneira, pode assegurar-se de que responda a suas perguntas corretamente. Genial. Tortura no horizonte. A seção de paredes, que se reduziu, o sangramento e mais tosse de inalar fumaça. Eu não seria capaz de detê-lo de forma normal, dava-me conta. Tinha que usar meus poderes. O que devia usar, então? A chuva? Não, ele podia deslizar, mas continuar correndo. Fogo? Não, eu poderia queimar todo o edifício. Gelo? Sim! Gelo. Eu poderia congelá-lo em seu lugar. E possivelmente, só possivelmente, já que Rome, meu filtro, estava no edifício eu não faria besteira e congelaria toda a cidade de Atlanta. Vamos, Belle. Pode fazê-lo. O medo, o medo que eu necessitava para criar gelo. Tinha medo agora mesmo, mas era um medo anestésico, o que significava que a emoção estava ali, só que não era acessível, como se isto fosse simplesmente um sonho, e eu não estivesse realmente envolvida. Precisava romper essa insensibilidade como Tobin tinha quebrado através dessas paredes. Bem, então. O que me assusta tanto que não podia pretender que tudo ia funcionar em meu favor? O pensamento da próxima tortura, seguro. Facas sob as unhas, os dedos cortados, as orelhas mordidas. Enquanto pensava, imaginei que isto ocorria. Uma névoa fria começou a derivar através de minhas veias. Tinha sido um bom início, mas não o suficiente para imobilizar meu captor. —Não me mate — gritei, com a esperança de que pudesse ajudar. Eu tinha lido em alguma parte que ouvir-se pedir misericórdia poderia iniciar um efeito dominó dentro do corpo. Supõe-se que o som provocava um tremor de terror e que o tremor desatava uma corrente de endorfinas. Espera. Acredito. Argh! as coisas não deviam ser tão complicadas. Ia arruinar isto. Com esse último pensamento, a névoa se consolidou em uma chuva gelada. OH, excelente! O fracasso podia me assustar, estúpida. —Sou um fracasso — gemi. Outro entalhe. —Se cale, mulher! —Não posso fazer nada bem. — Outro entalhe. Infelizmente, não podia repetir as palavras. Não só estava frente a uma morte em potencial, mas também havia uma possibilidade muito real de que Rome ficasse com Lexis para sempre, perderia a ele, nunca o sustentaria outra vez. O gelo se estendeu sobre o chão e Tobin perdeu o equilíbrio. À medida que caía em um escritório, com as pessoas gritando, de repente um rugido bestial atravessou o ar. Tanto Tobin como eu fomos impulsionados a uma velocidade mais rápida. Quando chegamos a algo sólido, um

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escritório, Tobin grunhiu e me soltou. Arrastei-me pelo piso, uma vez mais, perdendo o domínio sobre o gelo que induz o temor. Que diabos? Saltei em minhas pernas trementes, explorando a zona. Rome tinha se transformado em sua forma de jaguar, liso, negro e mortal e tinha abordado ao Tobin por detrás. O gato negro e selvagem arrancou uma parte do seu pescoço. Não era suficiente para matá-lo, mas sim para detêlo. Tobin levantou um punho sangrento e o agitou através do quarto, para mim. Rome e eu fomos eliminados juntos, rajadas de oxigênio escaparam de meus pulmões no impacto. Mas ao chegar a terra, o gato ficou de alguma maneira debaixo de mim. Ele que nos havia feito dar voltas no ar. Rodou a minhas costas. Houve uma lambida quente em meu rosto e logo o peso se levantou e os dois homens se enfrentaram de novo, Tobin sangrando, Rome grunhindo. Retorci-me, ao ver o sangue nos dois. Desta vez não houve medo. Enquanto estava ali, me esforçando para respirar, a emoção me alagou. Desumanamente forte como era Tobin, poderia romper o pescoço de Rome completamente. Ou lhe dar um murro na cabeça e romperia seu crânio em mil pedaços. Talvez, entretanto, fosse algo bom. Talvez isso colocasse algo de sentido nele, como meu papai sempre diz. Espera. Encontrar um revestimento de prata não era bom em uma situação como esta. Tobin poderia… Gritou: —Filho da puta — e se lançou para Rome. Os dois se enfrentaram juntos, girando no chão, rodando e lutando. Tobin golpeava. Rome mordia. —Não levei a sua mulher — o homem grunhiu fortemente. — Não há razão para reagir assim. Rome lhe deu outro desses ensurdecedores rugidos, com dentes afiados. De acordo, de acordo, está bem. Tive que me concentrar. Eu odiava fazer coisas como esta, a preocupação de algum jeito lhes diria o que em realidade acontecia, mas às vezes era a única maneira de trabalhar minhas emoções na direção em que as necessitava. Para tirar as coisas comecei, fechei os olhos e vi uma imagem de Lexis caminhando pelo corredor para casar com Rome. Isso trouxe a ira, não medo, o derretimento do gelo. Esquece isso. Imaginei um Tanner, em guerra com os moços. Cada dia se treinava em defesa própria e de combate, mas ele não teria nenhuma oportunidade contra Tobin. Um brinco de temor se estendeu por mim, fresco, mas não frio. Em minha mente, joguei Sherridan na luta e meu medo aumentou. Tivesse considerado minha própria tortura de novo, mas meu temor pelos outros era maior. Bastante, simplesmente, eles eram tudo para mim. Depois, imaginei a meu papai. Com seu coração fraco, ele não ia sobreviver a qualquer tipo de violência física, sobre tudo, não uma onde podia ouvir grunhidos, gemidos e ossos sendo rompidos. Uma vez mais, meu medo aumentou e, por último, graças a

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Deus, tinha conseguido a temperatura glacial que eu desejava. Meu sangue estava espesso e tinha a palma da mão com gelo em cima, e formei uma bola cristalizada no centro. —Rome — gritei, abrindo bem as pálpebras. —Se agache. O gato se moveu, e atirei a bola de gelo com um braço débil. Meu objetivo foi correto. A bola impactou no peito do Tobin, imediatamente recobrindo todo seu corpo. Tinha estado perto de fazer golpear seu punho na cabeça de Rome, mas congelou no lugar justo antes do contato. Nesse momento, tudo parecia quieto. Os agentes se reuniram ao redor da zona, observaram, cada olhar fixo em nós, em silêncio... Tanner e Lexis, me dava conta, estavam ausentes. Merda. Meu maior medo, embora eu já não necessitasse, e outra bola de gelo se formou em minha mão. Estavam de acordo? Rome ficou no chão, a pele diminuiu lentamente nele, sua nua pele banhada pelo sol tomou seu lugar. Ofegante, levantei-me e, pesadamente, mantive a bola de gelo com segurança embalada em meu peito. Se tivesse que deixá-la cair, a terra estaria coberta em segundos. Fiquei ao seu lado e lhe acariciei o cabelo com a mão livre. Manchas roxas já estavam aparecendo em seu peito e pernas, mas seus olhos estavam abertos e respirava. Assim como o alívio de se expandia através de mim, o gelo ao redor do Tobin começou a rachar-se. Todo mundo reagiu de uma vez. Um disparo soou inclusive, gretando do gelo e deixando um enorme buraco. O sangue gotejava dela, mas eu não estava tomando nenhum risco. Lancei a segunda bola de gelo nele. Uma vez, de novo, estendeu-se. Todo mundo esperava, o tempo parecia suspenso, mas a segunda capa se manteve firme e manteve à besta em seu lugar. —Rome! — Lexis gritou, de repente, abrindo-se caminho na sala. O sangue gotejava de sua camisa, quando se ajoelhou diante dele. Tanner ia coxeando atrás dela. Ele também estava sangrando. Mas estava vivo, e isso era tudo o que importava. Procurou na sala até que me encontrou. —Está bem? — Assenti com a cabeça, incapaz de falar neste momento. Meu queixo estava tremendo violentamente. —Que diabos aconteceu? E por que todo mundo está de pé? — A voz de John soou com autoridade. Ele escaneou a sala, pareceu que se aproximava do centro de um gigantesco buraco na parede. — Que fique encerrado no congelador de maneira que fique imobilizado, e faz que Jamison, Bradshaw e Masters vejam um medico. Agora! Vários agentes foram ao bloco de gelo e o levaram juntos. Vários mais ajudaram a Rome e a mim a levantar. Nossos olhos estavam fixos, unidos em todo momento. Lexis deu uma cotovelada em um dos agentes para que saísse do caminho e parou diante de mim, rodeando com um braço a cintura do Rome e, finalmente, bloqueando-o de minha vista. Capitulo 8 —Eu não queria que soubesse disto — resmungava. Outra vez.

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—Não importa — disse-me John. — Utilizou seus poderes, e quero pôr a prova seu sangue contra as amostras de sangue tomados quando não os tinha utilizado. —Fez isso antes. — mantive-me firme. —Quanto mais o faço, mais posso encontrar a consistência e as diferenças. —É um traficante de sangue, sabe? — Eu ainda estava na sede da PSI, mas agora estava tombada em uma maca, meu formoso vestido foi substituído por uma feia e magra bata de hospital pouco aduladora. Deveria ter estado sozinha, tratava-se de uma sala privada, depois de tudo, mas John e seu valentão das provas de sangue se negaram a me deixar. Cobri a veia que o valentão queria com minha mão. — Já é suficiente. —Equivoca-se — John respondeu. — Nunca é suficiente até que eu digo que é suficiente. Típico dos homens dizer isso. —Não podemos, ao menos, fazer da maneira normal? Já sabe, com as agulhas? Sem ânimo de ofender — o disse ao tipo esperando drenar um litro ou algo assim com seus dentes. Não é mentira. Seus dentes. —Nenhuma agulha — disse com um sorriso. Embora ele não tinha retirado sua mão de meu pulso. —Não, não podemos — disse John, e logo me levou com o gorila. — Reese. Em algum momento de hoje. Reese, era um homem alto, de rosto formoso mas inocente e um sorriso com covinhas, levantou brandamente minha mão cada vez mais perto de sua boca. Seus dentes eram brancos, retos e muito mais compridos que os do ser humano médio. E mais nítidos. Deus, eram mais nítidos. —Não se preocupe, Belle. Vou te tratar da mesma maneira que trataria a minha noiva. Se tivesse uma. Havia algo tão hipnótico em sua voz. Algo mau e sem sentido que se contradizia com a pureza doce de seu rosto. Tinha trabalhado para a agência durante vários anos, e tinha tomado meu sangue muitas vezes antes disto. Ele sempre tinha sido terno comigo, inclusive nos tempos em que Rome havia estado por cima de seu ombro, me afastando dele a toda pressa. Rome. Estava em uma sala similar a esta? Talvez na sala em frente à minha? Lexis estava com ele? Atendendo suas feridas como uma noiva amorosa? Cadela. —Espera — eu disse a Reese antes que começasse a mastigar. Ficou imóvel. — Deixarei você provar meu sangue, mas tem que ir — disse, cravando em John um feroz olhar. — Não quero uma audiência. Põe-me nervosa. Além disso, quero que veja o Rome e comprove que tem audiência. Garantir que ele tinha uma audiência. John fez um gesto de despedida com a mão. —Rome está bem. —Se assegure disso. — Ou melhor dizendo, joga ser o acompanhante. — Não poderão ter meu sangue até que não saiba com certeza que está preparado para correr. —Belle.

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Eu arqueei uma sobrancelha diante dele, com a esperança de parecer tão teimosa como Rome quando utilizava a expressão. —Isto não é uma negociação. Vai, antes que mude de opinião sobre o derramamento de sangue e faça carne assada de Reese, vivo. Reese riu entre dentes, uma mecha de cabelo loiro caiu sobre sua fronte. Eu gostei da forma em que seus olhos brilhavam com diversão. Quero dizer, eu poderia amar Rome, mas não estava morta. —Então rápido — disse e havia um círculo de afeto em seu tom. —Um dia vou começar a cansar de seu comportamento tratando de agir como o chefe - John foi a sala do doente, bateu na porta e fechou a porta atrás dele. —Enfim sozinhos — disse Reese, com o polegar passando sobre meu pulso. — Estive esperando uma oportunidade de falar contigo. Cada músculo de meu corpo ficou rígido. OH, Meu deus, estava me paquerando? Era meu admirador secreto, talvez? —Uh, Reese. Como sabe, eu não me posso enganchar...uh — Engano. — Estou vendo alguém. —Como pude esquecer a maneira que Rome estava acostumado a revoar. Mas, né, não quero sair contigo, e, por favor, não se sinta ferida por isso. É muito aterradora para mim. Quero um encontro com sua amiga Sherridan. Vi-a ontem, quando estava te buscando e pensei que tinha um bom par de pernas... — Parecia fora de si, de repente... tímido? — Tem namorado? De algum jeito, tinha-me convertido na casamenteira residente. Irônico, tendo em conta o estado de minha própria vida amorosa. —Ela é única. Mas... — Apertei os lábios. Resultou que, eu não tinha necessidade de terminar a frase para que entendesse o que queria dizer. Seu olhar se levantou, um pouco torturado, mas não se ofendeu. —Quer saber se se transformará em um vampiro como eu se nos pusermos quentes. Assenti a contra gosto. —Isso seria um grande e terminante não. Não se transformou, e te mordi inumeráveis vezes. Reese era o método preferido do John para a prova de sangue. Dizia que o vampiro era mais confiável que qualquer máquina, suas papilas gustativas mais cortantes que toda peça de equipe e que ele podia dizer algo e tudo sobre o corpo de uma pessoa simplesmente por ingerir o líquido que dá vida. Ao princípio, preocupou-me que a exposição de meu sangue fizesse que Reese resultasse como eu. Acredito que talvez John esperava algo assim, dois elementos poderosos pelo preço de um e que era a verdadeira razão que tinha tido Reese para realizar as provas em mim. Mas o agente nunca adoeceu como eu estive quando me infectei pela primeira vez. Nunca tinha disparado incêndios incontroláveis com os olhos ou congelado acidentalmente a sede da PSI para que toda a operação tivesse que ser transladada. E tão instável como os poderes estavam, em primeiro lugar, faria algo.

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—Sim — disse, — mas não fomos apanhados pela paixão. Que tal se ela te devolvesse a mordida? O que acontece...? —Não importa. Eu não sou um vírus. Ninguém pode captar o que tenho. Além disso, eu nunca permitiria que nada mau lhe acontecesse. Ou — adicionou com ferocidade. — Espero que saiba. Instalei-me mais profundamente contra a plataforma da cama. A diferença de Cody, Reese não me parece um jogador, portanto só poderia ser aceitável. —Antes de te dar meu selo de aprovação, tenho algumas pergunta para você. — Enquanto eu admirava seu zelo, o melhor amigo dentro de mim precisava saber mais. — Alguma vez enganaste a uma garota? —Não — disse, e desta vez se ofendeu. Queria que Tanner, meu detector de mentiras, estivesse aqui. Como estava Tanner, de todos os modos? Tinha tido a hemorragia, em seus pés, mas John tinha insistido em um TAC. —Estaria procurando uma relação a longo prazo ou simplesmente uma amiga com direito? — De qualquer maneira, Reese era uma escolha muito melhor que Cody, decidi. Que eu saiba, ele não tinha um rio de corações quebrados correndo atrás dele. Reese me olhou durante um comprido momento, em silêncio. —É algo assim como seu pai, e eu não sabia? —Pensa em mim como seu anjo da guarda. Em um muito poderoso anjo da guarda que te fritará como um camarão espancado. Assim responda à pergunta antes que lhe de um bronzeado de oitocentos. Pôs os olhos em branco, mas disse: —Estou procurando um encontro. Para chegar a conhecê-la, ver se somos compatíveis. Tudo o que passe depois é privado, bronzeado ou não. Se desejar, poderia inclusive ser um encontro duplo. Sherridan e eu, você e Cody. Eu, né, ouça vocês dois são um casal agora. É certo? —Não, não é verdade — resmunguei. Exatamente, como tinha chegado um rumor assim tão rapidamente? Estudei-o. Pode confiar em que não te faria mal, haviam dito esses olhos verdes. Mas poderia fazer? Eu já não confiava em meus instintos quando se tratava de homens. Maldita seja, mas eu queria ter prestado mais atenção às intrigas de escritório. Poderia ter aprendido por que Reese e sua noiva, alguém com quem tinha estado mais de um ano, tinham rompido o mês passado. Um suspiro escapou de mim. —Sinta-se liberado para convidá-la para sair — eu disse, — mas tem que saber que se a fizer chorar, eu realmente te farei cinzas. Estremeceu, embora não havia um brilho divertido em seus olhos. —A primeira vez que sou ameaçado e sei o que realmente poderia acontecer. — Seu olhar se cravou em meu pulso. —Assim... está preparada? A contra gosto, assenti com a cabeça. Lentamente levantei a mão para sua boca. Sua língua cálida banhava o ponto de meu pulso me dando uma massagem na pele. Não havia nada sexual nisso, mas me perguntava se talvez se

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atrasasse um pouco, pareceu muito demorado. Então me estiquei um pouco à espera da picada que vinha. Chegou um segundo depois, seus afiados dentes afundando-se em minha veia, sua boca dando uma suave sucção. —Como se transformou em um vampiro, de todos os modos? — perguntei-lhe, embora soubesse que não podia falar com a boca cheia de, bom, de mim. — Os experimentos, seguro. Pisca uma vez se não me equivocar, duas vezes se me equivoco. Ele piscou uma vez. Assim é como Rome tinha adquirido suas habilidades. Assim é como eu havia adquirido minha capacidade. Tanner e Lexis eram os únicos super heróis legítimos no grupo (embora eu não gostasse de pensar em Lexis como super heroína), que nasceram com seus dons. Inclusive a filha de Rome, que podia voltar-se névoa e atravessar paredes, era produto da ciência. Lexis não sabia que estava grávida quando ela tinha assinado para “melhorar” sua intuição já poderosa. —Desfrutando de você mesma? — Uma voz forte perguntou de repente. Minha atenção se dirigiu à porta agora aberta, onde Rome se elevava como um deus antigo, olhando para mim. Vestiu-se com outra camiseta negra e calças a jogo. Entre ele e Tanner, pode me jogar a culpa por ter decorado a casa no esquema de cor mais brilhante possível? Tinha o cabelo penteado, seu rosto limpo. Sempre como um curandeiro sobrenaturalmente rápido que não tinha lesões que pudesse ver. —Sim — eu disse à defensiva. Acabava de ver Lexis? Tomou banho com ele? Cadela pensei de novo. Provavelmente o pensaria mil vezes mais. — E? Reese afastou os dentes de mim e se endireitou. Havia um brilho estranho em seus olhos, um escuro brilho de emoção que nunca antes o tinha visto projetar. A ira, talvez? Logo jogou a cabeça para trás, as pálpebras se fecharam como se estivesse saboreando o fluxo de meu sangue por suas veias. Ele não sabia. Era o processo, o escaneio de meu sangue como John desejava. —Reese — disse Rome. O queixo de Reese fez ruído. —Não pode um homem trabalhar em paz? Jesus. Mas, bom, como é. Sei que é meu sinal de saída. Vou entrar na sala e analisar o sangue aí fora. —Fique — ordenei, só para ser do contra. —Vai ou morre — disse Rome. Reese me piscou um olho e ficou em segredo acariciando meu braço. —Estou seguro que baterei meu recorde de ameaças de morte. Em um grave risco para minha saúde, só tenho que dizer que o sabor de seu sangue é mais doce cada vez. — Com a mão livre, beijou-me a ponta dos dedos. Logo deu meia volta e se dirigiu mais à frente do rosto sombrio do Rome. Rome chutou a porta fechando-a com o pé, o som de clique no botão em seu lugar foi quase ensurdecedor no repentino silêncio. O antigo Rome teria disparado em Reese por dizer uma coisa romântica. O novo Rome nem sequer o olhou quando partiu. Não podia me queixar, entretanto. Por último, eu estava sozinha

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com meu mais ou menos sim/mais ou menos não, prometido e ninguém olhava através de um espelho de duas direções e ninguém gravava de cada uma de nossas palavras. Rome lançou um pequeno sorriso para mim. —Isto é teu? Olhei para baixo, vi a cara sorridente de Cody em meu colo. —Sim. E? —E. Foi encontrada em sua bolsa. Vocês realmente saem? Em lugar de lhe responder disse: —Como está Lexis? Que brincadeira, pensei me sentindo um pouco vil. Seu queixo se esticou por um momento. Logo deu de ombros, como se a resposta não lhe tivesse importado. —Ela está bem. Muito mal. Em ambos os casos. —E Tanner? —O menino? Um pouco talhado, mas afirma que necessita das cicatrizes. É um pouco... incompatível. Uma forma educada de dizer que era raro. —Não, não é. As garotas gostam das cicatrizes, portanto, ele gosta das cicatrizes. É perfeitamente lógico. E para que saiba, se não tivesse decidido me casar contigo, teria casado com ele. — Se ele tivesse me tido. Agora mesmo, meu único admirador, que pode ou não querer me matar, parecia interessado. Rome piscou para mim. —Está mentindo. Estava e não me sentia culpada. Levantei meu queixo. —Como sabe? Você não sabe nada de mim. Não podia refutar isso e claramente não gostava do aviso. Sua expressão se escureceu. —Esse menino não é um pouco jovem para você? —Tenho vinte e cinco anos. Ele tem vinte. Apenas uma grande diferença. —Sim, mas quando você estava aprendendo a conduzir ele dizia que as meninas tinham piolhos. —Sim, bom, ele me acende. — Aparentemente, isso tinha acendido Lexis, porque ela tinha saído com ele e ela era mais velha que eu. A língua do Rome se apagou, franzindo seus lábios, como se a imagem em sua mente lhe provocasse fome. Assim muita fome. Para quê? —Que mais te acende...? Esqueça. — Ele meteu as mãos nos bolsos, mostrando um enrijecimento da pele. — É melhor se não souber. Por mim. Fome por mim. O perto que estivemos realmente da paquera. Até aonde poderia ir este homem que não tinha ideia de quem era eu? Vamos ver, de acordo?

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—Assim... chegou aqui porque precisa de mim? — perguntei, sabendo muito bem o sugestivas que foram minhas palavras. Suas pupilas dilatadas, foram o único sinal que tinha visto. —Sim. — esclareceu garganta. — Eu queria... te agradecer por me ajudar a voltar ali. Não tinha que fazê-lo e, demônios, todo mundo teria entendido se não o tivesse feito, tendo em conta como de merda estive contigo. E já nisso, também estou aqui para pedir desculpas. Meus olhos se abriram, e me endireitei na cama. Passei minhas pernas pela amurada e me levantei por completo, só para estar mais perto dele, mas isso teria revelado a bata de hospital em toda sua feia glória. Agora minhas pernas e o estômago e portanto minha modéstia, estavam cobertos somente por uma manta de cor azul clara. —Bom, eu queria te agradecer, também, por ter vindo em meu resgate. Mas se for me pedir desculpas, eu prefiro que seja por me esquecer quando me disse que me amaria para sempre. Ah e por tratar sua ex como uma maldita rainha. —Bem. Porque estou pedindo desculpas por tudo isso — disse, com o queixo apertado. — Todo mundo sabia que éramos um casal e até há alguns uns dias pensava o mesmo. Não sabia que isto me aconteceria e você não merecia... não merece minha crueldade. Éramos, havia dito. Todo mundo sabia que éramos um casal. Tempo passado. Toquei o anel de compromisso que ainda usava e tratei de não me afundar sob uma onda de depressão. —Por que me trata assim? —Porque eu... — moveu-se incômodo de um pé ao outro. Seu olhar fixo em mim, embora fosse evidente que queria afastar o olhar. — Porque despertei pensando que tinha que resolver as coisas com minha ex-esposa, mas te dei um olhar e... Uma vez mais, deteve-se, mas desta vez não continuou. Tinha me dado um olhar e me queria… buscava-me? Desejava-me como o ar que respirava? Da forma em que eu o fazia por ele? —Sim — disse claramente envergonhado. —O que está pensando, sim. Queria você quando deveria querer a ela. E cada vez que me olha, sei que não é correto. Pensei que se te afastasse, se te fizesse ficar zangada, algo, deixaria de me olhar e o te querer talvez desaparecesse. Isso… não acontece. Minha pele estava quente, fervendo, o pensamento de seu desejo fazia faíscas em mim. Mas esse desejo se destacou com um júbilo tão completo, meus olhos encheram de lágrimas. Inclusive sem suas lembranças de mim, ele não podia negar a reação de seu corpo para mim. Esse era um começo. Um começo muito prometedor. —Não chore – grasnou. — Por favor, não. —Não faço. — Tremendo, sequei meus olhos com o dorso do pulso. Pelo menos eu não tinha que me preocupar com a chuva que caía do teto. Estas eram lágrimas de esperança, não de tristeza. Não é que eu estivesse chorando, recordei. —De verdade. É que aqui é muito empoeirado, só isso. Seu olhar se concentrou nas feridas agudas e mostrou os dentes em uma carranca. —John deveria usar uma agulha. Assim saímos do objeto de seu desejo por mim, no que estávamos?

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—Você já disse isso antes. A respeito da agulha. Passou a língua pelos dentes, um sinal seguro da irritação. Comigo? Ou consigo mesmo? —Eu gostaria de lembrar. Eu quero minhas lembranças e não posso ter. Consigo mesmo, então. —A mim também. Assim... Está ainda tratando de resolver as coisas com sua ex? — A pergunta saiu de minha boca antes que pudesse detê-la, necessitada e queixosa. Isso me inquietava, mas não tratei de recuperar as palavras. —Não. Sim. Não, não sei. — Avançou a grandes passos longos e reclamou o assento que Reese antes tinha ocupado. Apoiou os cotovelos nos joelhos e esfregou o rosto com as mãos no alto.- Isto é um desastre. —Já sei — disse em voz baixa. Houve um momento de silêncio, pesado, incômodo. Quando ele me olhou, havia tortura em seus olhos. —Quero que saiba que não dormi com Lexis. Ela queria, mas eu não podia fazê-lo. Eu nem sequer me atrevia a beijá-la. E não farei. Não, até que esta... coisa tenha se resolvido entre nós. Está bem? Tudo bem? Essas lágrimas malditas queimavam meus olhos de novo. O alívio foi como uma entidade separada dentro de mim, correndo para mim, me fazendo frente. Eu não estava segura do que haveria feito se tivesse deitado com ela. Poderia tê-lo perdoado? Eu me tinha perguntado antes, mas não sabia a resposta. Ainda não sabia. Apesar de que tinha desprezado o meu ex, o príncipe das trevas e meu noivo anterior ao Rome, no momento de nossa separação, o saber que havia me enganado havia destruído meu orgulho, minha autoestima, todo meu instinto feminino. Havia me sentido descartável e sem valor. Na mente de Rome, isso não teria sido ser enganada. Já sabia. Mas em minha mente, sim teria sido. Ele era meu homem. Ainda em meu coração, o único. —Por que me diz isso? Não me interprete mal, estou muito agradecida. Tenho curiosidade a respeito de seu processo de pensamento. Para ele, éramos estranhos. Não me devia nada. —Porque em sua mente, estamos comprometidos— disse. — Devo-te muito. Devia-me muito mais, mas tanto faz. Nós chegaríamos a isso, um passo de uma vez. E pela primeira vez, o pensamento familiar não parecia como uma conversa revigorante destinada a me fazer passar o dia. Sentia-se certo. Como, ocorreria. Como, tudo realmente estaria bem. —E... eu não quero que você saia com ninguém mais, tampouco — terminou de repente. Pisquei para ele. Inclusive me engasguei e teve que dar uns tapinhas nas minhas costas para me ajudar a limpar minhas vias respiratórias. Mas, em troca, tinha perdido minha capacidade de respirar. Meu Deus, com suas mãos sobre mim, quentes e calosas e indutoras à mudança. Queria me asfixiar por uma hora, só para manter suas mãos sobre meu corpo, mas muito rápido se

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acomodou em sua cadeira e cruzou os braços sobre seu peito. Embora linhas de tensão derivavam de seus olhos, era como se não tivesse querido se separar. —Acredito que ouvi mal — eu disse. — Ou talvez estivesse brincando. Porque sei que não me diz isso, uma pessoa que atualmente não significa nada para você, que você... —Disse, tá bem? Eu não quero que você saia com mais ninguém. Um: nunca considerei ver um homem enquanto saía com outro. Eu gostaria que soubesse isso de mim. Dois: Rome era o único que eu queria e ponto. —Até quando? —Até que resolva isto. —E quanto tempo acredita que será? Não vou esperar para sempre, já sabe. — Outra mentira. Eu esperaria por muito se fosse necessário e eu sabia. Não queria perder tempo. Um homem não pode ter seu bolo e comer também, a menos que o homem fosse Chuck Norris. Tinha estado vendo filmes de Chuck Norris ultimamente para melhorar minha patada giratória. Rome fechou a cara. —Está sendo difícil Belle. —Então me dará uma grave amarração de língua. Isso me calará. Ou me faça gritar por misericórdia. É um cara ou cruz. — Não lhe dava a oportunidade de me criticar ou me dizer que parasse. — Então, o que fazemos agora? — perguntei a ele. —O que somos? Rome manteve o queixo apertado. —Quero lembrar de você. Sim. — Ele se recostou na cadeira, com os olhos quentes sobre mim, aborrecido em profundidade. — Fale-me de nós. Por onde começar, por onde começar? —Bom, o sexo foi incrível. O melhor que você jamais teve. Cinco melhores para mim. Seus lábios tremiam na aparência de um sorriso, um aviso de Rome que tanto amava. —Imaginei que foi por minha conta. A parte a respeito de que era incrível, quero dizer. O coração me deu um tombo e me deixou sem fôlego e tremendo. —Lembra-se? —Não, eu... suponho-o. —OH. — Meus ombros se encurvaram. — Como? Seu olhar me examinava lentamente, detendo-se em todos os lugares corretos, me faziam estremecer como uma mulher que só tinha experimentado uma carícia corporal total. —Digamos que um homem pode olhar a uma mulher e saber como vai ser entre eles. —E sabe que será que foi incrível... comigo? —Sim. — disse sem vacilar. Vá. De todas as coisas maravilhosas que havia dito durante esta conversa, esse pequeno dado me deu a esperança de que ao final terminássemos juntos de novo. Um homem que deseja a uma mulher não podia resistir a ela por muito tempo. Ele poderia? —Provavelmente me queimou vivo — acrescentou em voz baixa. Com nostalgia.

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Fiz. Literalmente. No princípio, tinha sido incapaz de controlar meus poderes e o posto, e o que mais tivesse no quarto conosco, em fogo. Isso não era o que queria dizer, mas eu não podia deixar de recordar o passado e a dor e desejo desses dias de novo. —Divertimo-nos juntos. Eu lhe fazia rir, inclusive quando não queria, e me fez sentir como a coisa mais importante no mundo para ti. Seu olhar me açoitava, como se de repente tivesse medo de enfrentar a mim. —Belle, eu... Independentemente do que ia dizer, eu não queria escutá-lo. Eu não tinha que ser psíquica como Lexis para saber que seria a ruína deste rumor feliz que havia em marcha. —Olhe, se não necessitar nada mais, eu gostaria de algo assim como estar sozinha. Tenho que me vestir e então todo mundo poderá se reunir conosco. Assim... Ele não estava de pé. Sua expressão era plana e dura quando se enfrentou comigo de novo. Com determinação seguindo um impulso. —Pode se vestir. Depois. —Depois? — Arrumei isso para grasnar, de repente tinha problemas para respirar outra vez. Certamente não quis dizer o que eu pensava que queria dizer. Mas tinha sido tão grave, tão rapidamente. Apenas a maneira em que o fez ao... —Depois de me dar um beijo. Capitulo 9 Rome não me deu a oportunidade de considerar suas palavras. Inclinou-se para frente, agarrou a base de meu pescoço e me atirou sobre seus joelhos, minha manta caiu no chão em um montão esquecido. Completamente surpreendidos pela exibição agressiva, perguntei-me por um momento, sem saber o que estava passando enquanto procurava uma âncora sólida. Logo, seu corpo, quente se encontrou com o meu e seu igualmente profundo impulso da língua quente em minha boca. Manteve firme seus dedos na parte detrás de meu pescoço, pescando minha cabeça para um contato mais profundo. Seu sabor familiar encheu minha boca, primitivo e picante. Os músculos de suas costas estavam apertados, duros como rochas debaixo de minhas mãos, mãos que permiti vagar, amassando com abandono. Uma e outra vez sua língua rodou repetidamente contra a minha, atirando faíscas de êxtase diretamente em minha corrente sanguínea. Sua mão livre posou em meu seio, à partida do mamilo imediatamente. A bata fina que usava não era nenhum tipo de barreira, assim que era como se ele me acariciasse a pele. Meu estômago estremeceu quando o calor me cravou. Nunca tinha pensado em sentir o calor de novo. —Rome — gemi. —Envolve suas pernas ao redor de mim — ordenou com voz rouca. Minhas pernas?

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Perdida no prazer, levei um momento em primeiro, recordar o que eram as pernas e, segundo, averiguar o que as minhas estava fazendo. Quando me dava conta de que estavam penduradas sobre a beira da cadeira, coloquei ao redor de sua cintura, meu núcleo apertado contra sua ereção. Céus! Nenhuma só vez rompeu o beijo. —Tem bom sabor — disse. — Como o fogo e o gelo. Eu não esperava isso. —O que esperava? — Arrumei-me isso para dizer com voz entrecortada entre lamber o interior de sua boca. —Incrível. Mas não... a perfeição. Vê? Assim foi como ele tinha conseguido que me apaixonasse por ele. Em momentos como este me fez sentir como a mulher mais apreciada no mundo. —Assim que não recorda me haver feito isto? Nua? Na ducha? Na cama? No chão? — Com o Matt Damon? Muito bem, como o programa de Sarah Silverman15 se colocou em minha cabeça, agora? A longitude dura de seu sexo palpitou contra meu calor. —Não. — Era um grito torturado.  Eu. Lembro de cada… delicioso detalhe. Afastou-se a me olhar nos olhos. Estava ofegando, o suor corria por suas têmporas. Ele não me deixaria em liberdade, entretanto. Não, ele me deteve mais firmemente. —Diga-me. Ajude-me a recordar. — Seu polegar jogou com o pulso na base de meu pescoço. Estremeci. —Mais beijos em primeiro lugar. — Tive o que eu queria. Falar poderia vir depois. Não necessitava mais estímulos, inundou-se em outro sabor. Cada vez que sua língua rodava sobre a minha, era como um relâmpago branco disparado para mim, brilhos fundidos se ramificavam e se estendiam. Não podia respirar, não queria recuperar o fôlego. Este era o nirvana, um lugar no que poderia morrer sem remorsos. —Eu quero te tocar — disse Rome. —Sim. — Enredei minhas mãos em seu cabelo sedoso. — Toque-me. Gemeu. —Não deveria. —Deve. Por favor, por favor, por favor, quase adicionei, mas arrumei isso para manter as súplicas dentro. —Não deveríamos. Se retire e te Mato. —Somos parvos se não o fizermos. Outro gemido. —Como me faz isto?

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Comediante norte-americana

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Mordi seus lábios, tão desesperada, tão necessitada de mais. Eu queria suas mãos sobre mim, acariciando cada centímetro. Queria que sua língua travessa seguisse, profundo e para sempre. —O quê? —Enlouquece-me... tanto. Agora eu gemi. Faço a este homem forte e digno ficar louco? Ainda? —Toque-me, como quer — insisti. — Por favor — permiti acrescentar neste momento. O orgulho era parvo na cara da paixão, dava-me conta. Sua palma estava sob meu vestido um segundo depois, com os dedos amassandomeu seio. Igual ao beijo ficou selvagem. Grunhiu, pressionando em mim com tanta força que nossos dentes golpearam juntos. Retorcia-me em seu contrário, a fricção deliciosa. Consumindo. Minhas unhas se afundavam em seu couro cabeludo, tirando provavelmente sangue. Ele não se queixou. Mordeu meu lábio inferior, seus dentes mais agudos do normal, deslizando os dedos ao meu ao redor e fechando-se sobre meu traseiro, me insistindo em esfregar contra sua ereção, mais fortemente. Mais rápido. Fiz, me balançando com total abandono, dando beijo atrás de beijo ardente. Ele estava em meu nariz, minha boca, em minha pele, dentro de minhas células, profundamente na medula de meus ossos. Nesse momento, ele era tudo para mim. Mas, estranhamente, isso não reduziu a nada. Fez-me mais.... Vaiou para mim. —Se continuarmos assim, vou gozar. Eu também. Estava tão perto, só necessitava outro... havia sido muito comprido, muito tempo sem ele... outro sabor e, sim, sim, sim, aí! Com um grito, explodi em mil pedaços. E como a terra, que rompe o orgasmo arrancado através de mim, eu também estalei em chamas. Não era só uma bola de fogo que brotava em minha mão, e não simplesmente o fogo de pulverização de meus olhos. Meu corpo inteiro explodiu em um chiado, de cor laranja, ouro infernal. Rome gritou e se levantou. Desci dele, golpeando o chão frio. Eu não podia vê-lo através das chamas e gemi. Chiados e assobios encheram meus ouvidos, rugindo através de minha cabeça. —Belle — gritou, me alcançando, provavelmente tentando me tirar. Ofegando, subi para trás antes que pudesse me tocar. Eu tinha dor, podia sentir o calor, mas não a queimadura, e sabia que o mesmo não seria para ele. Ele se empolaria. Possivelmente pior. O homem era teimoso, Rome me perseguiu. Continuei até que minha parte posterior golpeasse a cama e o fogo saltou sobre ela. Não, não, não, não. Se acalme, tive que me acalmar. A paixão e a ira eram as emoções voláteis e acendiam meu corpo como fósforo (literalmente). Mas nunca, nem sequer a primeira vez que sofri a mudança de

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humana a sobre-humana e minhas habilidades tinham sido horrivelmente instáveis, tinha experimentado isto. —Não sei o que fazer — gritei. Era isto o que acontecia devido ao sangue que Reese tinha tomado ou o fato que Rome não filtrava para mim como havia feito no passado? Provavelmente a segunda. Eu era um desastre sem ele, nossa paixão fora de controle como o fogo. —Não se mova — disse Rome. Ainda não o podia ver, mas ouvi o martelar de seus passos em meio do caos dentro de minha cabeça. Eu estava muito assustada para me mover, entretanto, não com o medo para produzir o gelo. O quê. Demônios. Respiração profunda, respiração profunda. Pensamentos alegres poderiam funcionar, pensei. Ou esperar. Porque eu não podia pensar em outra coisa que tivesse funcionado no passado. Os pensamentos alegres eram difíceis de evocar, entretanto, quando eu era uma humana BBQ16. Tenta. Tenta, tenta, tenta. O beijo de Rome tinha sido agradável. E sexy. Merda! Um disparo das chamas saiu da parte superior de minha cabeça, fazendo cair faíscas em todas as direções. Sem pensar no beijo. Isso só me inflamava, em cada nível. Meu coração batia de forma errática no peito, as visões de agentes prendendo-se em chamas e queimando-se até a morte, seus gritos em meus ouvidos, enchendo meu cérebro. Sim se Rome pudesse recordar como filtrar para mim! Ele poderia tomar o mais quente de minhas emoções e as enjaular, me acalmando dentro e fora. Pensamentos felizes, minha mente gritava. Meu papai. Sherridan. Tanner. Minha mamãe, quando tinha estado viva. Não é que me lembrasse dela. Senti uma fibra de tristeza dentro de mim, senti uma gota de água na parte superior de minha cabeça, o chiado do fogo e me dava conta que ia de forma errada sobre isso. O gelo poderia estar além de mim neste momento, mas a chuva não. Além disso, os pensamentos felizes poderiam parar o fogo ardente de meu corpo, mas não evitariam que se propagassem por toda a sala e o edifício, e a cidade. Necessitava mais chuva. O qual significava que necessitava mais tristeza. Antes que pudesse trabalhar até ter uma boa razão para chorar, outra série de passos que se ecoaram. A espuma gelada foi orvalhada repentinamente em mim, apagando totalmente. Fechei os olhos e apertei os lábios, deixei de respirar para não inalar o material gelado. Desde que me contratou, John tinha se assegurado de que um extintor de incêndios estivesse em cada corredor. Quando o spray se deteve, uns instantes transcorreram em silêncio. —Está bem — disse Rome, ofegando. — O fogo acabou. Tentei lentamente abrir os olhos. Tive que limpar meu rosto com a mão para limpar minha linha de visão. Rome se abatia diante de mim, seu rosto preocupado. —Está coberto de fuligem e sua roupa tem buracos— eu disse, tremendo pelo frio que se filtrava em meus ossos. E eu havia feito isso com ele. Eu. Tinha-o posto em perigo. Machucado. Poderia tê-lo matado. — Sinto muito. Sinto tanto. 16

BBQ – sigla para barbecue (churrasco)

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—Bom, está nua. — Não havia raiva em seu tom, nenhuma acusação sobre o que tinha feito. Foi realmente divertido. — Não há nada que lamentar. Eu gosto do resultado final. Ainda. As lágrimas me queimavam os olhos enquanto examinava o dano. Exclamei. Meu vestido efetivamente se queimou. A única coisa que me salvou de uma completa imagem de todo meu corpo era a espuma branca. Parecia uma rainha da neve, coberta como estava com ele. Rome me pegou e gritei de surpresa. —Tenho você. — Pegou uma manta antes de voltar para a cadeira comigo em seu colo e cobrindo do material por cima de mim. — Está bem? —Sim. — Envergonhada de minha alma, mas estava bem fisicamente. —Acontece este tipo de coisas...? —Belle Jamison. Quer me dizer por quê...? — John, que tinha entrado na sala, deteve-se bruscamente. Sua expressão não mudou quando me viu deitada no colo de Rome, mas sua voz se acalmou. — Não quero nem saber que tipo de jogos de sexo acidentados estiveram vocês dois fazendo desta vez, mas é bom que se tiveres suas lembranças de volta, Rome. Vou querer um EEG17, é obvio, para comparar suas ondas cerebrais, então e agora. Rome perdeu seu ar de relaxação. —Minhas lembranças não retornaram. O olhar do John voou para mim, registrando a confusão. —OH. Então por quê… Não importa. Minhas bochechas se esquentaram e me arrastei longe de Rome e fui de volta para a cama, levando a manta comigo. Cobri-me o melhor que pude. Fria como estava, não podia ocultar as duas pequenas pérolas saudando tudo o que olhava em minha direção. —Bem. Tenho que saber. Algo aconteceu entre vocês dois. — As duas sobrancelhas de John se arquearam e suspirou. — O quê? —Já sabe, pervertido — soltei. Ele não deu marcha atrás. —Reese diz que os componentes que fazem seu sangue diferente a dos humanos aumentam cada vez que a prova. Desta vez, estão fora de limites. Eu suspeitava disso antes, que o derramamento de sangue estava fazendo a meus poderes inconstantes, mas tinha decidido que estava equivocada. Ainda pensava assim. Estar sem meu filtro era a questão. Tinha que ser. Porque cada vez que Rome me deixava, tinha problemas. Não disse a John, entretanto. Agora não. Ele poderia tratar de encontrar outro filtro, alguém a quem não se importasse de estar comigo e que não faria. Não quando a única pessoa que eu queria perto de mim era Rome. —Bom, algo está mau — eu disse, o qual não era mentira. —Arrumei-me isso para me prender em chamas. John abriu os olhos e olhou Rome para sua confirmação. Rome fez um gesto ameaçador. —Me perguntou o que é diferente. É o fortalecimento da fórmula à medida que passa o tempo? — Silêncio, John inclinou a cabeça para um lado. Tocou o queixo. Olhou de mim ao Rome,

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Eletroencefalograma

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do Rome, a mim e seus olhos se abriram ainda mais. — Ah! É obvio. Eu intuía, acredito eu, mas eu não entendia. Algo é diferente em ti cada vez que ele se vai, não? —O que é diferente? — Rome perguntou. Merda. John tinha descoberto a verdade por sua conta. —Deveríamos encerrá-la? — perguntou, me surpreendendo, a questão claramente estava dirigida a si mesmo. Ele continuou golpeando ligeiramente esse dedo contra seu queixo enquanto me estudava. —Estou justo aqui! E não, não deveríamos. Não sou um scrim e antes que o diga eu não quero outro filtro. Olhos escuros se dirigiram para mim com infalível intensidade. —Eu faço o que seja necessário para proteger tanto a meus agentes como ao mundo, não importa o que se requeira. Você sabe. Se seus poderes forem instáveis que... —Posso dirigi-lo — eu disse. — E eu já tinha descoberto o problema, mas não me dava conta de quão grave podia ser. Agora sei e vou tomar precauções. — Entretanto, na única precaução em que podia pensar era em me manter afastada do Rome até que suas lembranças retornassem e isso não era aceitável. — Só retrocede. —Me escute bem, Srta. Jamison — disse John com os dentes apertados. — Você não é meu chefe. Não é questão de comandos. Eu, entretanto, sim. A partir de agora, me informará de qualquer mudança que se produza, não só insinuações a respeito. Poderia ter matado a alguém hoje! Entendido? —Entendido. — E entendia. Ele queria o melhor para todos. Assim que eu retrocedi em seu lugar, cheia de remorsos. —As novas provas devem ser executadas. —É obvio. — Sabia que isso ia acontecer, que era parte da razão pela qual tinha guardado silêncio. Ao John gostava de pôr tudo a prova. Em formas que às vezes era doloroso, às vezes humilhante, mas sempre uma moléstia. Ele tinha boas intenções, eu sabia, mas isso não aliviava as circunstâncias. O Dr. Roberts, o cientista que tinha colocado em segredo a fórmula em meu moca com leite, a tinha dado também a outras pessoas. Eu era quão única sobreviveu... e ainda, meses depois, ninguém sabia porquê, por isso era o único casco de navio com vida. John me tinha, o que me fazia a única fonte de respostas. —Se eu te permito permanecer no campo — disse, — terá que ser controlada. Sacudi minha cabeça, meu cabelo esbofeteando minhas bochechas. —De maneira nenhuma. — Ser controlada era igual a ter babá. Informes seriam feitos, detalhando cada um de meus enganos. Qualquer sentido da vida privada que tinha, evaporaria. Ele não deu marcha atrás. —Não há exceções. Não há negociações. Rome observou o completo intercâmbio, sua atenção de ida e volta entre nós. Em branco, como sua expressão, não tinha nem ideia de que pensamentos tinha. Talvez fosse melhor assim.

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Ele só me beijou até alcançar o clímax, viu-me me prendendo fogo e quase perdeu sua vida, sem mencionar suas sobrancelhas, por minha culpa. —Bem. — Um tremor rastelou minha coluna vertebral, vibrando em cada uma de minhas extremidades. Maldito frio. — Tanner pode. —Eu farei. — Rome se ecoou no silêncio repentino. —O que fará que Lexis e você discutam e discutir não é bom para nossa causa — John disse. — Com a perda de sua memória... —Eu não esqueci como fazer meu trabalho — espetou ele. Não, ele simplesmente se esqueceu de mim. —Sou malditamente bom no que faço — Rome continuou. — E tenho mais experiência que nenhum outro. Se quer ganhar esta, me enviará ali. E se Lexis e eu brigamos ou não, nunca comprometeríamos uma missão. —Bem — John disse depois de uma longa pausa, em que provavelmente tinha sopesado cada uma de suas opções. — Rome, você monitorará a Belle. Esperarei provas litográficas diárias. Sim. Eu tinha tido razão sobre essas provas litográficas. Rome assentiu, com a raiva desativada, já que obteve o que queria. —Terá. Com cada uma de suas palavras, a ilusão de que eu estava a cargo desta missão foi destroçada e era mais à frente que estar molesta. Eu tinha muito que ganhar (e perder) se isto passava. Ouça. Esperem. Se Rome atuava como meu “monitor” ele teria que passar todo seu tempo comigo e isso era exatamente o que eu queria que acontecesse. Quase sorri, até que um novo pensamento me ocorreu. Rome já não me observava através de suas lentes cor rosa. O que aconteceria se o irritasse tanto que ele decidisse que já não queria me recordar? —Lexis pode não comprometer a missão, mas me comprometerá — murmurei. Era o único argumento que podia pensar. Rome se encolheu desses fortes ombros. —Não, ela o dirigirá. —E você manterá suas mãos para você. —John declarou o fato com total naturalidade, assinalando a mim, logo ao Rome. — Não terei mais incêndios como este. Uma grande indignação explodiu em mim. —Não tem nenhum direito. —Não mais incêndios. — Rome interveio. —Nada assim acontecerá outra vez. Não fará, verdade? Eu entrecerrei meu olhar para ele. Gostou de meus beijos, eu sabia isso. Mas não gostou das consequências. Eu já não valia o risco então? Podia sentir um atiçador quente apertando meu peito, querendo sair. Talvez não tivesse gostado de meus beijos, depois de tudo. Talvez ele tivesse mentido, talvez ele não tinha estado perto do clímax. Não tinha estado ofegando, não estava tenso e desesperado pela liberação. Sua ereção se foi. Se quisesse manter a manta sobre mim em vez de queimá-la, tinha que me acalmar. Outra vez.

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—Escutem, Tobin mencionou que tinha um amigo que queria falar comigo. — Algo para trocar de tema.- De fato, ele disse que ela queria falar. Ela. Uma mulher. Tanner e eu estávamos escutando em seu interrogatório e Tobin disse que nunca tinha falado com a Desert Gal. Tanner verificou que isso era certo. Talvez esta mulher misteriosa seja uma das mulheres que tiramos do armazém. Ou talvez ela estivesse fora, trabalhando com a Desert Gal ou inclusive secretamente contra ela. Talvez fosse a que cuidava dos prisioneiros. De qualquer maneira, agora sabemos que alguém mais está envolvido. John suspirou. —Não necessitávamos uma agulha mais em nosso, já maciço, palheiro. Trarei todas as mulheres do armazém que já tinham sido interrogadas para interrogar de novo, desta vez no que diz respeito ao Tobin. Esperemos que nossa garota misteriosa esteja aqui. Eu não gosto da ideia de que alguém mais esteja ali fora, esperando por você. A mim tampouco. Olhei Rome para medir sua reação. Sua expressão estava em branco outra vez. Deus, eu odiava isto. Como podia me ignorar tão facilmente? Ele de verdade atuaria como se o beijo alguma vez tivesse acontecido? Correria de volta a Lexis porque ela era a opção segura? Houve outro brilho dentro de meu peito. Tinha que deter isto. Pensar no Rome em vez de pensar em meu caso era o que me tinha metido em problemas em primeiro lugar. Levantei meu queixo. —Farei o que seja que necessite que faça, John, para resolver isto. Inclusive me pendurar como isca. A determinação se filtrou de minha voz. De uma maneira ou outra, queria este caso fechado. Tão rápido como fosse possível. Até que estivesse, não me podia concentrar por completo em Rome. Ou em destruir Lexis. —Boa garota. Não estou seguro de que devamos fazer algo tão extremo ainda, mas o terei em mente. Agora limpem-se e vistam-se — John nos disse. — É tempo de voltar para o trabalho e vocês dois têm pessoas que entrevistar e uma reunião para assistir. Com isso, deixou-nos sozinhos. E desta vez, quando disse ao Rome que necessitava um pouco de privacidade, ele não me ignorou. Foi. Capítulo 10 Antes de minha ducha, decidi tirar do caminho todos meus assuntos pessoais para assim poder ter uma melhor concentração no caso pelo resto do dia. Rome havia me trazido uma bolsa e eu felizmente tinha recordado empacotar meu telefone celular, assim enquanto ia à sala que John reservava aos agentes que tinham trabalhado toda a noite, chamei à loja de vestidos e à Gráfica para reprogramar, depois chamei o bufê e fingi que tudo estava bem. Inclusive programei um dia para que viesse e provasse todos seus pratos principais. Amaldiçoei-me em cada momento, mas maldição, pagaria por essa comida “com o cartão de crédito do Rome” inclusive se o casamento não ocorria. Faria.

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Faria? Sim! Deixa de discutir contigo mesma. De maneira nenhuma os sanduiches de queijo à churrasqueira e sopa de tomate (a extensão de minha destreza culinária) seriam servidos a meus convidados. Ouça, alguns de nós estávamos muito ocupados aprendendo a salvar o mundo para aprender a cozinhar. Quando terminei a ligação com o The Golden Swan, chamei Sherridan e lhe pedi que trouxesse uma muda de roupa. Algo melhor que meu formoso mas arruinado vestido. Logo fiz algo mais que me envergonhou. Chamei a meu papai de volta e menti. “Tudo está bem. Rome e eu estamos geniais”, eu disse. Pronunciar essa ponta deliciosa me dava náusea, mas ele tinha um coração débil e não queria que se preocupasse comigo. Falamos por quinze minutos antes que uma de suas raposas chapeadas gritasse no fundo. Ao que parece, ele tinha beijado Maggie no jardim enquanto estava saindo com Kate. A julgar pelo tom na voz de Kate, ia haver um inferno que pagar. Sorri. Era bom que algumas coisas nunca mudassem, em especial quando muito mais o tinha feito. —Papai, se cuide. —Sempre. Te amo, bebê Belle. —Eu também te amo. — Desconectamo-nos e eu lacei meu telefone celular à bolsa. — Tempo para minha ducha, — murmurei, enquanto entrava no banheiro pequeno mas limpo. Possivelmente podia lavar a culpa, a irritação e a pena de mim. No meio de minha ducha, com sabão em meus olhos, chegou Sherridan com a muda de roupa. Enquanto sustentava sua escolha para minha inspeção, deslizei a porta do box para abri-la um pouco e sacudi minha cabeça em assombro. Não deveria estar surpreendida, suponho. Parte de mim sabia que ela interpretaria meu “algo melhor” a “algo tão brincalhão como é possível.” Este era seu retorcido modo de me ajudar a recuperar ao Rome. —Se apure, quer? Quero te ver completamente emperiquitada. —Você me vê emperiquitada todos os dias. — Sequei-me e saí do box. Ela tinha uma toalha estendida. — Mas bem como a um vagabundo, se quiser os termos técnicos. É a pior vestida que conheço, sempre usando a mesma roupa penosa. — Agarrei a esponjosa toalha branca e me envolvi com ela. —Te disse alguma vez quão surpreendente é para minha autoestima? Ela me lançou um beijo e saiu do banheiro. Suspirando, pus a pequena saia, uma camiseta sem costas azul brilhante e botas à altura do joelho, ar fresco golpeava minha muito nua e úmida pele enquanto entrava na sala, com um denso vapor ao meu redor. Não queria saber de onde ela tinha tirado isto. Tanner estava aí, dizendo algo a Sherridan, mas ele se deteve imediatamente e assobiou. —Olhe a esse delicioso pedaço de mal caminho que acaba de entrar. — Ele mesmo luzia saboroso. Ferido, mas ainda assim forte, justo como eu gostava dele. —OH, está tão ardente! — disse Sherridan, aplaudindo emocionadamente. — Sei como vestir uma garota ou o quê?

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—Eu ainda estou esperando escutar como você despe a uma — murmurou Tanner. Claramente, Jessica Alba ainda estava em sua mente. Eu retive meus braços em exasperação. —Tenho que fazer entrevistas com isto, espero que saiba. —Entrevista ao homem — sugeriu Tanner. — Porque darão um olhar e responderão o que seja que pergunte.— Esfreguei minha têmpora, sabendo que uma dor de cabeça era iminente. Como desejava me afundar nesse sofá de couro negro e dormitar pelo resto do dia. Ou talvez na poltrona de couro a jogo. Demônios, inclusive teria me esparramado sobre a mesa de trabalho no centro da sala. —Infelizmente para mim, nossa primeira reunião é com uma mulher, Elaine Daringer, a vampiresa de energia, não a confundam com o tipo que bebe sangue como Reese e... Um zumbido soou. —O sujeito está esperando na sala de interrogação número três. — A voz do John ecoou na sala. —Ela esteve esperando por meia hora. Necessita de um segundo monitor para ver a hora? —Estamos a caminho — disse com um suspiro. Seria um milagre se sobrevivesse ao resto do dia. Elaine Daringer não era o que esperava Quando Tanner e eu entramos na sala de interrogação, na realidade fiquei sem fôlego. Ela era jovem, provavelmente em seus tenros vinte, com seu cabelo loiro curto e um rosto de anjo. Grandes olhos cafés, alegre nariz e bochechas com covinhas. Sério, ela pode ter caído diretamente de uma cópia do “Periódico Portas do Céu”. A única coisa ameaçadora nela era seu traje. Um tecido negro a cobria do pescoço aos pés, nem sequer seus dedos eram visíveis. Tinha que ser desse modo, sabia. Um toque de sua pele e ela poderia drenar cada pedaço de nossa energia. Como precaução adicional, estava amarrada a uma cadeira de aspecto inflexível e incômodo. —Olá — disse. Instantaneamente, seus olhos me olharam com puro ódio. —Vá ao inferno — disse bruscamente. De acordo. Não tão angélico depois de tudo. —Bem-vinda ao PSI. Temos algumas pergunta para você e tem minha palavra de que não vamos te ferir. De acordo? — Olhei-a esperando uma resposta, mas não obtive uma. —Sinto pelas adaptações, mas são o regulamento para alguém com suas habilidades. —Por favor? — Ela soprou. — Sente? Já! Está agradecida pelas adaptações. Está muito assustada para me enfrentar, de garota a garota. —Na realidade, eu... —Economize isso e alimenta as mentiras para alguém mais. Quero voltar para minha cela. Terminei aqui — gritou ela a duas vias. —Escutaram? Terminei! — Parei em sua linha de visão. —Olhe, eu estive onde você está. Bom, não exatamente. Mas perto. Ela poderia estar trabalhando para a Desert Gal, ou possivelmente não. Poderia ser o amigo misterioso do Tobin, ou possivelmente não. Mas eu não ia tratá-la como o inimigo odiado durante a entrevista. Não sem uma causa e sua asquerosa atitude não era exatamente uma causa. Ela

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estava amarrada, pelo amor de Deus. Provavelmente suando debaixo de todo esse tecido. Eu também estaria molesta. Ela empurrou um forçado suspiro para sopro o cabelo de sua frente. —Esta é a parte em que simpatiza comigo e eu lhe conto todos meus segredos? — Tanner afogou uma risada. —Alguém esteve vendo filmes B, já vejo. — Essas sobrancelhas de filhote se desviaram para ele como se o notasse pela primeira vez e ela ficou imóvel. Por vários segundos, inclusive as arrumou para não deixar nem rastro de suas emoções em suas feições. Mas depois de um momento, o esforço a drenou e se afundou, com a fascinação consumindo sua expressão. Olá, atração. Não podia culpá-la, Tanner era um menino incrivelmente arrumado quando não estava se consumindo em um coração partido. —Quem demônios é você? — disse ela trêmula. Ele inclinou sua cabeça em uma saudação. —Todos me chamam Sr. Sensibilidade. —Sério? Te teria tomado por um pirulito azul. — Ela disse isto a modo de insulto, acredito, mas previsivelmente, Tanner tomou como uma insinuação sexual.  Deus, Bem que eu queria. Isso deixaria as garotas saberem adiantado que eu gosto de ser lambido. O vermelho se pulverizou sobre as bochechas dela como o fogo selvagem se pulverizou sobre meu corpo. —Acabo de me dar conta que esqueci fazer as apresentações, sinto por isso – disse. — Eu sou Belle Jamison e este é meu amigo e associado, cujo nome é Tanner Bradshaw. —Embora pode se sentir liberada de me chamar de pirulito. — Elaine esclareceu sua garganta e tratou de mover-se na cadeira, como se esse pequeno movimento a salvasse do olhar penetrante do Tanner. —Sim, bom, todos me chamam Draino18. —Sério? Sim, sério? E eu tinha pensado que Garota de Tendências Homicidas era mau. —Sim. — Foi a soprada e, claramente ofendida, resposta. —Sinto muito — disse Tanner. — Mas esse nome não presta. Você necessita de algo novo. Não é exatamente o modo de ganhar a garota para nosso lado. A verdade é que, a este passo, Tanner garantiria que Elaine se una a outro bando. Se é que já não pertencia a um. Era hora de que tomasse o controle e, ao menos, fingir que sabia como conduzir uma entrevista. —Escuta, estamos saindo da pista. O que estava começando a dizer antes que o Sr. Sensibilidade aqui interrompesse é que faz uns poucos meses certo doutor entrou apressado em um Café onde eu trabalhava e poluiu minha bebida com uma fórmula que me deu o poder dos quatro elementos. Terra, vento, fogo e água. — Seus olhos se fixaram em mim, a ira voltando. —E…? —E… — Tanner continuou antes que pudesse dizer algo mais. — Ela está tratando de te provar de que esteve onde você está, justo como ela disse. Duas agências marcaram sua 18

Alguém que faz o possível para drenar o zumbido.

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exterminação, uma delas sendo o grupo que te mantinha prisioneira nesse depósito e começaram a persegui-la. Eu a ajudei a escapar. Inclusive pode dizer-se que a salvei de uma morte certeira, mas não sou um fanfarrão, assim deixarei essa parte fora. Elaine olhou entre nós, uma faísca de ciúmes roubou sobre suas feições. Ciúmes que ela não podia ocultar, inclusive quando lançou seu olhar no chão de ladrilhos cinzas. —Ele é como meu irmão — expliquei, com as palmas para cima. Entendi o que ela estava sentindo. — Juro por Deus. —Como se me importasse — disse ela, mas relaxando lentamente, parecendo derreter nessas tabuletas de madeira. — Se for falar contigo, necessito provas de que suas intenções são boas. Algo mais que só sua palavra. Aprendi a ser cautelosa. —De acordo, como? —O primeiro é, provando que pode fazer o que disse. Tem controle sobre os elementos? Bem, faz chover dentro da sala. Aqui, agora. Uh, não só não, mas também, demônios, não. —Temo que não. — Sacudi minha cabeça para enfatizar minha negação.- Às vezes não posso deter uma vez que começa. —Então está em perigo e precisa ser neutralizada. Por um momento, seu comentário retornou aos bons velhos tempos. Rome pode ter estado tratando de me matar nesse então, mas ao menos, ele sabia exatamente quem era. —Poderia dizer o mesmo de você. —Sim, e por isso é que estou amarrada. — Suspirei. Para que ela confiasse em mim, tinha que estar disposta a confiar nela. Assim disse: —Sentiria melhor se te disser que os poluentes são meu ponto débil. Não posso usar minha magia perto deles, volto-me muito débil. — OASS já sabia minha debilidade assim não estava revelando o suficiente como para que John tivesse um aneurisma. Seus olhos se fecharam em mim e, por um momento, pensei que a tinha alcançado. Logo, ela deu de ombros. —Não, não me sentiria melhor. Poderia estar mentindo sobre isso também. —Certo. Você não nos conhece. Mas pensa no que estamos pedindo de você e o que não. Como a estamos tratando e como não. — Tanner e eu não a havíamos ferido de nenhum modo. Não a havíamos degradado, ou demandado segredos de importância mundial. Houve uma longa pausa. Logo: —Então o que aconteceu depois de que bebeu a fórmula? — Havia uma pontada em sua voz, como se estivesse por fim suavizando-se. —Bom, adoeci. Tão doente que quase morri. E por várias semanas, meus novos poderes eram instáveis. Mais instáveis do que são agora. Recorda esse estranho gelo que cobriu vários edifícios? —Quando? —Faz um mês. Ou dois meses atrás? Realmente era terrível com o tempo. —Estava nessa cela das que seus agentes me “resgataram”, assim, não.

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Pobrezinha. —Bom, essa fui eu. — Dava um momento para ela digerir isso-. Assim, o que tem você? Nasceu com sua habilidade ou te caiu do céu? — Ela se reacomodou na cadeira novamente e fez uma careta quando as ataduras apertaram seus ossos, e olhou entre o Tanner e eu. O pequeno anjo não pôde ficar a vontade. —A informação não vai fazer nenhum bem. —Diga de qualquer modo. Estamos curiosos sobre você. —Por quê? Ainda tão desconfiada. Se a situação fosse o contrário eu também não estaria segura de que eu teria acreditado em algo que meus captores me dissessem. Ela estava sozinha, vulnerável, indefesa, seu engenho era sua única arma. —Porque vejo muito de mim em você. — Elaine soprou. — Você se veste como uma prostituta e luzo como uma monja. Duvido que sejamos similares. Sherridan e suas malditas escolhas de roupa! —Não me referia na aparência, espertinha. Tanner riu. —Bom, posso ver as similitudes agora. — Golpeei-o no ombro. —Gracioso. —Elaine olhou nossa brincadeira com um pouco de nostalgia. —Só, esqueçam— disse ela. —Nada disto importa, de qualquer modo. Não podem me ajudar e eu não posso ajudá-los. —Nos dê uma oportunidade — disse Tanner, sua expressão tornando-se séria. —Olhe — adicionei— somos tudo o que tem por agora. Sabemos isso. E sabe que precisamos agarrar seu cérebro. Que se necessita para obter algumas respostas? Quer que levemos lagosta a sua cela para o jantar? Feito. Quer um iPod? Feito. Algo que queira é teu. Exceto a liberdade. —Que tal um pônei? — perguntou sarcasticamente, mas o pessimismo não alcançava seus olhos e ela estava tendo problemas para respirar. —Se estiver disposta a limpar depois, por que não? Ela lambeu seus lábios e logo as palavras saíram tropeçando-se deles sem pausa. —Quero bolo de carne com purê de batatas e molho. Branco. Rolinhos feitos em casa e molho para salada. E guisado de brócolis e arroz. Sabem o que é isso? Também quero bolo de chocolate. Não economizem no açúcar. E sim quero o iPod. Farei uma lista de reprodução. Ela fez uma pausa para inalar e Tanner tirou uma pequena caderneta de seu bolso traseiro para anotar tudo. —Bom, conseguiremos tudo tão rápido como pudermos — disse. Se John se queixasse ou se negasse a cumprir estas demandas, eu mesma me preocuparia delas. Novamente com o cartão de crédito de Rome. Devia isso a todos. — Isso é tudo? Houve outra ronda de silêncio antes que seus ombros afundassem. —Você perguntou como terminei nesse depósito. Bom, um bastardo chamado Gordon Jones leu no jornal um artigo sobre uma mãe e um pai que se debilitavam cada vez que sustentavam a

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sua pequena menina. Pais que estavam procurando dar a dita menina em adoção porque eles não podiam lutar com ela. — Seu queixo levantou desafiante, provavelmente em uma tentativa de ocultar seu estremecimento. — Ele a comprou deles, experimentou em mim e, repentinamente, não só debilitava às pessoas, matava-os. Gordon me usava para manter a seus agentes na linha. “Se negue e verá Draino trabalhar a seu modo em sua família”, esse tipo de coisas. —Verdade — sussurrou Tanner, e a única palavra possuía uma beira de… Fúria? Ofensa? Minha mão revoou sobre meu coração. —Sinto tanto, Elaine. Na verdade sinto. Gordon Jones. Pai de Vincent Jones, sem dúvida. A surpresa encheu esses formosos olhos marrons, Mas essa surpresa logo se transformou em raiva. —Sim, estou segura que realmente lamenta. Aqui estou outro agente para recrutar, né? Outro sujeito com o qual agência experimente. Possivelmente inclusive me controlará da maneira em que ele o fez, né? Prometerá me arrumar se só fizer uma coisa mais por você. —Não quero te recrutar — disse— e asseguro como o inferno que não quero experimentar contigo. E sei, sem lugar a dúvidas, que nunca serei capaz de te arrumar. Fora da sala, alguém tamborilou sobre a janela. Os três viraram, mas não pudemos ver quem era. Provavelmente John, emitindo uma advertência, pensei. Com ele, era todo primeiro negócios, as pessoas às que os negócios afetavam, eram segundas. Passei dele e me voltei de novo para Elaine. —Como estava dizendo, eu não quero te recrutar — assegurei-lhe. — Outras pessoas podem, mas eu não. Se não quiser ser uma agente, ninguém deveria te obrigar a ser uma. Uma vez mais, a surpresa iluminou seus olhos, transformando o marrom escuro em âmbar brilhante. —Olhe — disse Tanner. —Merece ser livre. Ninguém pode te negar isso. Outro golpe. —Pare com isso — gritei— Não vamos mentir para ela ou dizer o que quer que digamos. Deixou - me a cargo das entrevistas, assim estou fazendo isto ao meu modo. Bang, Bang, Bang. Bom, isto não estava nos levando a nenhuma parte. —Já que está aqui, lhe tire as pontas — gritei sem olhar novamente a janela— Quero que ela termine a entrevista sem restrições. Agora sua boca calou aberta. —Faça! — gritei —Ou sairei daqui e… —Eu, também — interveio Tanner. — E podemos garantir que ela não falará com ninguém mais. Correto? —Correto — disse ela, claramente confundida. O mais seguro era que ninguém tivesse crédulo alguma vez em que ela não usasse suas habilidades superiores e atacasse. Porque tudo o que precisava era um único roce de sua mão para nos mandar sobre nossos joelhos. Finalmente, a porta se abriu. Esperava que as curtas e robustas pernas do John entrassem. Esperava que os escuros olhos do John brocassem meus. Em lugar disso, era Rome. Caminhou com passos longos para Elaine, agachou-se e destravou as bandas de metal. Estas caíram ao chão com um ruído metálico. Ela se levou os braços a seu colo e se esfregou os pulsos.

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Rome se endireitou, olhou-me de acima a abaixo e disse com uma voz tensa: —Isso não é adequado. — Se se referia a liberar Elaine ou a minha extravagante roupa, não sabia. —Se os machucar — disse a Elaine. —Te matarei pessoalmente. Continuando, saiu, açoitando a porta ao fechá-la atrás dele, mas seu olhar permaneceu em mim até o segundo último possível. Só pude ficar olhando a porta com assombro. Ele havia estado me observando…me protegendo? Meu coração começou um errático tamborilar em meu peito. Ou isto era parte de suas funções de vigilância? Meu coração agora se acalmou. —Seu noivo? — perguntou Elaine. Já não havia nenhum pingo de desprezo ou infelicidade. Talvez finalmente tivesse ganho sua confiança. —Não — disse para benefício de Rome. Deixemos que ele assuma isso como o faria: que já não o queria mais, que tínhamos terminado para sempre, ou que tínhamos terminado por agora e havia esperanças para o futuro. O que seja. Justo agora, não importava. Não podia importar. Mas então… —Possivelmente alguma vez. — Tanner aplaudiu meu ombro, tirando minha atenção da porta, do Rome. —Por quanto tempo esteve encerrada nesta última prisão? — perguntou a Elaine. Uma vez mais, seu olhar caiu aos seus pés, e deu de ombros. —Dou-me conta que estão sendo amáveis ao obter a informação que querem, mas eu não gosto. Nós já chegamos a um acordo. Assim podem deixar a atuação. De acordo? Correto? — Ela não nos deu tempo de responder. — Estive nesse cárcere em particular por uns meses. —Meses! — gritou Tanner, claramente indignado em seu nome-. Isso é bárbaro. E só para que saiba, não estamos sendo amáveis para obter o que queremos. O tempo demonstrará. Ela deu outro de seus falsos encolhimentos negligentes de ombros, embora houvesse uma faísca de esperança em seus olhos. —Tinha começado a resistir às ordens do Vincent, ele é o tipo que se fez cargo uma vez que seu pai morreu. Sabia que nunca me ajudaria, assim até tentei escapar. Novamente. Ele me advertiu o que aconteceria. Sentei na cadeira em frente dela. —Esteve encarcerada com um homem chamado Tobin McAldrin. Sabe de quem estou falando? —Sim — disse com um assentimento de cabeça. —O idiota. Esse era o tipo. —Ele me disse que tinha uma amiga, alguém que queria falar comigo. —Essa seria Candace Bright. — Tanner escreveu o nome em sua caderneta. Se Elaine estava dizendo a verdade, e eu pensava que sim, já que Tanner não a tinha chamado mentirosa, agora tínhamos uma vantagem. Queria sorrir. —Me diga a respeito dela - disse. —Ela é bonita, ruiva, mas a cor não é natural. É simplesmente muito vermelho. Ela nos trazia comida e água, e se assegurava que nossas jaulas estivessem limpas. Principalmente, ela não era má, quanto aos carcereiros. Não sei muito a respeito dela, só seu nome na realidade. E só sei isso porque ela estava acostumada trabalhar para o Vincent.

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—Talvez trabalhasse para ele porque sua família também estava sendo ameaçada — especulou Tanner. Elaine negou com a cabeça. —Duvido. Ela falava de Desert Gal como se a mulher fosse Deus. E, confia em mim, esse tipo de afeto não tem nada haver com o forçar. De qualquer maneira, Tobin, a.k.a. Brick, e um prisioneiro chamado o Homem Memória eram seus favoritos e aos únicos que lhe falava. De mim, mantinha-se distante. Acredito que tinha medo de mim. O Homem Memória. Ou M-Squared. Esta era a primeira vez que um de nossos entrevistados o trazia para colação. Agora, ele era verificado. Mais que emoção, experimentava uma onda de ira. Suficiente para causar um pouco de brincos de vapor saindo de meu nariz. Ele tinha sido um dos favoritos do Desert Gal? Significava isso que a tinha ajudado por gosto e não tinha sido forçado como nós tínhamos começado a acreditar? Ups. Havia mais vapor. Provavelmente seria melhor para todos mantê-lo fora da conversa por agora. —Em que lugar se manteve Vincent a quem, por certo, nós não tão carinhosamente chamamos “Menino Bonito”? — perguntou Tanner— Antes da tentativa de fuga? E fez alguns trabalhos com a Sra. Bright? Pode nos contar seu estilo de luta? — Se Elaine se alterou pelo bombardeio de perguntas, não demonstrou. —Ele tem... tinha, uma casa em cada canto do mundo, isso parecia. Ele se mudava pelos arredores um montão. Nem sequer soube que estava na Georgia até que cheguei ao PSI. Mas não, não trabalhei diretamente com a Sra. Candace. —O que há a respeito da Desert Gal? Alguma vez a conheceu? — perguntei. —Não. Lamento. Minha vida social como agente do OASS era… limitada. Limitada. Infelizmente, a descrição era provavelmente generosa. Sentia-me tão mal por esta garota, queria tomá-la sob meu braço e protegê-la. Possivelmente ela e Tanner poderiam... Não, pensei com tristeza. Não poderiam. Um toque de sua pele mataria o menino. Isso eu não podia permitir. Nem sequer podia lhe dar um abraço salvo que ambas vestíssemos camisinhas de corpo inteira. —Nos conte a respeito dos trabalhos que tinha que fazer para ele. — Tanner se deixou cair na cadeira junto à minha. —Eu era sua assassina, assim como fui de seu pai. — A vergonha gotejava dela. Vergonha, arrependimento e horror. — Era fácil para mim. Rápido. Ninguém nunca suspeitou nunca se deram conta que lhe tinham dado as boas-vindas à morte, até que era muito tarde. Tudo o que tinha que fazer era passar caminhando, roçar minha mão contra as suas. E sei o que estão pensando. Que deveria ter roçado em Vincent e matá-lo. Teria ficado encantada em fazer isso, mas ele se assegurava de nunca estar a uma distância de ataque. Meu peito se contraiu, e me perguntei novamente se isso era o que tinha ocorrido com MSquared. O que me fez abrandar. De novo. O Menino Bonito tinha emitido comandos de uma localização remota, assim nunca tinha havido nada que M-Squared pudesse fazer para deter o homem. Salvo, que ele tinha sido o favorito de Desert Gal. Por que teria sido seu favorito se não a tinha ajudado? Ups de novo. Havia mais vapor. Aparentemente, eu era um iô-iô quando se tratava desse homem.

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—A quem ele queria que você assassinasse? —As pessoas que não estavam de acordo com suas práticas de negócios, empregados do PSI, quem não se uniria a ele, sem importar o incentivo. Inocentes que tinham algo que ele quisesse. — E isso claramente a tinha quebrado por dentro. Até depois de tudo o que já tinha suportado. De acordo. Não me importava se ela podia me drenar. Não me importava se um toque de sua pele podia me destruir. Fiquei de pé com as pernas trementes e caminhei a passos longos para diante, fechando a distância entre nós. Houve outro tamborilar na janela, mas não caminhei mais lento. Ajoelhei-me em frente dela e pus minhas mãos em seus braços enluvados. Não houve sensação de bulício, nenhum ataque de minhas forças. Ela ficou rígida. Isso tampouco me dissuadiu. Esta solitária garota não tinha conhecido nunca a bondade ou o amor de nem sequer um só pai, como eu havia feito. Os seus a tinham vendido, como se fosse um carro ou um navio. Não tinham se posto em contato com ela depois disso, estou segura. Não a tinham visitado em seus aniversários ou chamado quando estava doente. Ninguém deveria ter que suportar uma vida assim. —Que está fazendo? — perguntou. —Te dando um abraço. — Lentamente, para não assustá-la, inclinei minha cabeça em seu peito, meu ombro dentro de seu centro. Seus olhos se ampliavam quanto mais me aproximava. —Poderia ficar ferida. Algo mau poderia acontecer contigo e eu não... Eu. — Ela não me disse que me detivesse, dava-me conta e isso era mais revelador do que provavelmente se dava conta. Envolvi meus braços a seu redor e pressionei minha bochecha justo sobre seu peito, escutei seu coração pulsar como queria golpear até sair. Um tremor a atravessou, nos sacudindo a ambas. Acredito que uma lágrima inclusive salpicou sobre meu cabelo. Agarrei a ela durante um comprido momento. Finalmente, seus braços chegaram para mim ao redor, tentativamente ao princípio, logo apertando fortemente. —Por que está fazendo isto? — sussurrou, com palavras quebradas. —Porque ninguém deveria ter que suportar as coisas que suportou. Porque odeio que não possa ser tocada. Porque merece algo melhor. Queria absorver toda essa dor dentro de mim, tirar dela e mostrar a ela simplesmente que tão preciosa e maravilhosa podia ser a vida. Uma mão de repente bateu em minhas costas e me voltei um pouco, vendo Tanner ajoelhado atrás de Elaine. Suas mãos envoltas ao seu redor, também, mas tinha que deslizar-se ao meu redor para fazer contato. Ali foi quando veio o mar de lágrimas, não simples choros, já não. Sustentamo-la através de tudo. Não me importava como me via, não importava que Rome me visse desta maneira e não como a agente sacana que tirava a merda dos “sujeitos” por respostas. Quando ela se acalmou, afastei-me, mas Tanner ficou, suas mãos sobre o estômago dela. Acredito que ele necessitava o contato tanto como ela, porque havia lágrimas em seus olhos também. Talvez Elaine estivesse de algum jeito absorvendo a dor que Lexis tinha causado a ele. Traguei o duro vulto dentro de minha garganta enquanto Elaine agarrava os pulsos dele, segurando-o a ela. Então levantou seu olhar e enfrentou o meu.

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—Pode ser que não tenha conhecido Desert Gal, mas sei que ela quer você — disse-me em voz baixa. A mim? Eu não a tinha desafiado ainda. Não realmente. —Para quê? —Não estou segura exatamente. Ouvi Candace dizer a Tobin que o PSI nos estaria resgatando logo e que obteria uma grande recompensa de Desert Gal se ele trouxesse você. — Tinha estado no correto. Algumas das “vítimas” eram plantas. Assim muitas peças estavam caindo em seu lugar e logo o quebra-cabeças estaria completo. Estava mais emocionada do que tinha estado em muito tempo. Entretanto, a emoção estava misturada com o medo. Desert Gal estava detrás de mim. Apesar disso, meus poderes eram débeis e meu filtro um teimoso imbecil. Sosseguei ambas as emoções antes de convocar o vento. —Alguma ideia de onde está Desert Gal? — perguntei. —Desejaria. Eu gostaria de colocar meu pé em seu traseiro. —Eu também — Tanner e eu dissemos ao uníssono. Elaine mordeu o lábio inferior, deixou cair sua vista novamente. Seus enluvados dedos riscaram o braço de Tanner e observou o movimento como hipnotizado. —Q... o que vão fazer comigo? —Ocuparemo-nos de seus pedidos de mantimentos e do iPod como prometi, até aí sei — disse Tanner e a soltou. —O resto, lamento dizer, depende de nosso chefe. Um pequeno gemido escapou de seus lábios, mas não pediu que a tocasse novamente. O celular que tinha enganchado a minha cintura começou a zumbir. Alcancei-o, dizendo: —Por agora, vou fazer que Tanner te leve... — O tamborilar na janela era mais forte que nunca, — a minha casa. — Terminei com determinação. Levá-la aí era um risco, mas não podia fazer que a jogassem em alguma fria e úmida cela. Simplesmente não podia.- Poderia ter que ir a uma prisão por um tempo ao princípio, entretanto. E como disse Tanner, temos que falar com nosso chefe, convencê-lo da sabedoria de meu plano. A esperança tinha estado florescendo em sua expressão, mas logo morreu. —Ouça, não se preocupe. — riu, mas não havia humor no som. — Estou acostumada às celas como a daqui e ambas sabemos que ele não vai permitir que eu vá. Joguei um olhar sobre meu ombro, esperando jogar minha fúria ao Rome. —Não somos como Vincent. Não somos cruéis. E, se fosse minha filha, nunca permitiria que lhe fizessem uma coisa como essa. Sabia que a observação daria no objetivo. Porque Sunny, a filha de Rome, podia evaporar-se através das paredes, Rome temia que PSI, ou outra agência, algum dia tentasse usá-la. Tanner se empurrou sobre seus pés e apertou o ombro de Elaine. —Quando Belle põe sua mente em algo, faz. Não se preocupe. Lentamente um sorriso curvou as comissuras da boca rosada de Elaine, e ela levantou sua cabeça em ângulo para ele com adoração. —Obrigada.

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Devolveu-lhe o sorriso, até se aproximou e acariciou sua bochecha com um dedo. Imediatamente ela perdeu seu sorriso. Ele também o fez. Seus joelhos cederam e se encolheu para o chão em um novelo imóvel. Capítulo 11 Passei o resto do dia e a noite ao lado de Tanner, tentando manter a calma. Possivelmente Rome, Lexis e John se reuniram para discutir o caso Desert Gal / M-Squared, no almoço, ou talvez não. Isso não me importava muito. Só tinha uma preocupação neste momento. Tanner. E eu não ia abandoná-lo. Até o momento, não tinha se movido sequer. Ao menos estava respirando por si mesmo, melhor que há uma hora. Cody tinha chamado um par de vezes, mas estava tão concentrada em manter a calma que não pude atender às chamadas. Se minhas emoções se apoderassem de mim, teria que ir. De casa, do edifício. Porque não podia me arriscar a ferir o Tanner uma vez mais. —Ficará aqui outro dia mais? A pergunta surgiu atrás de mim. Não me voltei, apesar de que uma onda cálida começou em meu ventre e se estendeu até meu coração. Rome. Não tinha me permitido pensar nele, no que estaria fazendo e com quem estava fazendo todo o tempo enquanto eu estava aqui. —O tempo que seja necessário. Rome tinha chegado correndo à sala no momento em que Tanner se deprimiu. Sem dizer uma palavra, levantou-o e o levou a asa médica do edifício. Se ele não tivesse estado ali, eu teria ficado ali, perdida e sem saber o que fazer. Pode que Tanner e eu não estejamos relacionados através do sangue, mas era meu irmão em outros aspectos. Necessitava dele. —Está… bem? Lexis fez a pergunta, com voz suave e vacilante. Levantei como se me tivesse alcançado um raio, mas não me voltei. Ver Lexis pretender que se importava com o bem-estar de Tanner poderia desencadear uma fúria tão potente, tão viva, que a fina corda da que pendia meu autocontrole se romperia. —Fora daqui! Agora! — Meus dedos dobrados em torno da cabeceira, os nódulos desprovidos de cor. — Não tem direito a se aproximar dele. Nem a incomodá-lo. Silêncio. Passos. —Foi-se. — disse Rome. — Não deveria lhe haver jogado a culpa, Belle. Também está preocupada com Tanner. E, por certo, parece cansada. Inclusive com essa saia. Finalmente, dava a volta. Não pude evitar. Estava de pé aí, sozinho, apoiado no marco da porta igual a Tanner. Em realidade, Tanner tinha copiado essa postura dele. Para competir, acredito. —Provavelmente deveria ir. Brigaremos e isso não fará bem a ninguém.

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Ele ficou onde estava. Seu cabelo escuro estava desordenado, ao redor de seus lábios havia linhas de stress. Seus lábios estavam vermelhos e brilhantes, como se tivesse estado chupando-o. Ou possivelmente estejam assim pelo beijo tão intenso que lhe dava. —Que dia tivemos. Bem. Se quiser ficar, podia fazê-lo. Mas não teríamos uma conversa ligeira. —Faz algo produtivo e vá convencer ao John de que deixe Elaine sob minha custódia. Com expressão de severidade, sacudiu sua cabeça. —Não farei. Temo-la de novo conosco e é aí onde ficará. Matou a um agente, Belle. Tem sorte de que estejamos dando tudo o que lhe prometeu. —Foi um acidente, Rome. — Passado a língua por meus dentes e lhe dei as costas de novo. Esperava uma negativa, mas não que fosse dita com tanta determinação. — Quero que a tire daí. —Por quê? Esteve mentindo quando diz que se importa com o menino que está nessa cama? Disse que era seu melhor amigo e agora olhe como está, quase em estado de vírgula e não quer castigar à pessoa que o deixou nesse estado? —Já disse, ela não o fez de propósito. —Isso não sabe. —Ele a tocou. Não ao reverso. —Não tem importância. É um perigo para a... —Eu sou um perigo. De acordo? Isso era o que pensava de mim. Mas agora estou aqui, lutando em seu bando. Assim, deixa-a ir. Encarregarei-me dela. E mais, tire-a desse lugar e traga aqui. Pode me fazer companhia. Qualquer coisa é melhor que o homem que tenho à frente. Um homem que defendeu a sua ex em vez de mim. Uma vez mais. —Interroguei-a sobre suas vítimas anteriores — disse Rome sem emoção. Feriram-lhe minhas palavras? É obvio que não. Para que isso acontecesse teria que se importar com minhas opiniões. —E? —Muitos morreram uma hora depois de tocá-la, seus pulmões estavam muito débeis como para se encher por si. Alguns sobreviveram um dia. Uns poucos, sobreviveram. Tanner já passou a primeira hora e o primeiro dia, e pode respirar por si mesmo. Acredito que vai ficar bem. Queria acreditar nele. Não queria perder a esperança. Era difícil, entretanto, quando Tanner estava tão pálido e quieto. —Assim... enquanto que eu tinha a atenção de Draino, perguntei mais sobre o assunto. Especificamente sobre o Homem Memória. Ela disse que estiveram juntos um tempo nas jaulas e que ele odiava Desert Gal. Brigou com ela todo o caminho. Meu cenho se franziu pela confusão. —Se a odiava, por que a ajudou e tomou suas lembranças? Por que era ele um de seus favoritos? —Talvez ela quisesse que fizesse parte de seu bando. Teremos que perguntar a ele para estar seguros.

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—O que significa que teremos que encontrá-lo — murmurei, passando uma mão por meu cansado rosto. —Draino disse... —Ela tem um nome — interrompi, sem ocultar minha irritação. Os apelidos paranormais são importantes, eram sua carta de apresentação, o fator determinante de nossa identidade. Eu não permitiria que Elaine fosse degradada pelo seu. Assim até que não nos ocorresse um novo, Elaine teria que servir. Uma pausa. Então: —Elaine disse que um par de vezes, quando ambos tinham cedido às demandas de Menino Bonito, ela e o Homem Memória trabalharam juntos nas missões. Ela o viu roubar memórias e disse que só toma as que gosta mais. Que frequentemente falava de como ele desejava ter visitado os lugares que tinha visto nessas memórias, ou ter estado com as pessoas neles. Ao que parece, jurou que algum dia, seus desejos seriam realidade. — Outra pausa, esta vez mais longa.Como tomou todas as minhas lembranças de você, só posso supor que gosta. Passo meus dedos pelo braço de Tanner. Sua pele era fria, seu fluxo de sangue era muito lento para esquentá-lo. —O que está tratando de me dizer, Rome? —Que a razão pela que ele está aqui é porque você está. Que quer te conhecer de verdade, não através das lembranças de outros. Que até pode ser que trate de te conquistar. Ri, mas sem humor. —Me conquistar? — Seguro que não. — Isso... é... — Absurdo. — Não pode ser. Não conheci a alguém novo. E por que a mim? Estou segura de que havia uma grande quantidade de opções. Podia ter escolhido Lexis. —Mas não fez. —Por quê? — insisti. Isto não tinha sentido. —Eu gostaria de saber— disse Rome bruscamente, como se quisesse recordar mais que tudo no mundo. —Talvez se recordasse, poderia entender esta... obsessão que tenho contigo. Minha mão ficou imóvel sobre o braço de Tanner. A proclamação de Rome ressoava em meus ouvidos. Por que não atuou assim quando despertou? Ao ir para casa com Lexis? Sim, ele me assegurou que não tinha acontecido nada entre eles. Mas ainda doía. A diferença de M-Squared, tinha-a escolhido a ela sobre mim. —Se tiver minhas lembranças de você, não tenho a certeza se ele acha que sou eu ou ele ainda é ele mesmo, mas de qualquer maneira, ele está provavelmente...se apaixonando por você. — Sua voz ficou mais grave, pesada, com cada palavra dita. — Chamei Cody para contar minhas suspeitas e me disse que alguém havia te enviado flores. —E também doces. Terá os enviado o Homem Memória? —Doces? — perguntou Rome, molesto— Se acreditar que sou eu, está fazendo tudo mal. Eu jamais enviaria doces. É muito clichê. Quando lhe enviou isso? Se lhe comeu isso, juro que... Passei um dedo pela veia intravenosa de Tanner.

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—Levei-os ao laboratório para ver se encontraram rastros digitais e saber se estão envenenados. Segundos depois, Rome estava de pé ao meu lado. —Garota esperta. Quando sair daqui, irei ao laboratório e averiguarei o que encontraram. —Obrigada. Agora que menciona o quanto esperta que sou, sabe que não te faria a seguinte pergunta sem razão alguma. —Se você o diz. Sempre suspeita de mim. —Trará Elaine? —Sinto muito, mas não se aproximará dela, Belle. Suspirei com irritação através de meu queixo apertado. —Ambos sabemos que te importa um caralho o que me acontece. Atua assim porque te frustra não poder recordar. Isso é compreensível. Mas perdeu o direito a me proteger quando foi à casa de sua ex- esposa. Sua mão posou sobre meu ombro, firme e quente. —Já lhe disse. Não aconteceu nada. E sim me importa o que possa te acontecer. Escapei de seu agarre, dizendo: —Não é suficiente. — Absolutamente. —Necessito que vá agora, Rome. Por favor. Não ficava a força suficiente para lutar com ele nestes momentos. —Adivinha quem me... — A voz de Sherridan cortou assim que entrou no quarto. Deve ter visto Rome. — OH, é você. —Sim. —O que faz aqui, traidor? —Olá, Sherridan. Também me alegro de te ver. —Lembra-se de mim? — perguntou, a raiva diminuiu e foi substituída pelo orgulho. Ele suspirou. —Investiguei. —OH. Virei na cadeira, nossos olhares se encontraram. Aproximou-se de mim rapidamente, tão cálida e formosa como um dia do verão e me beijou na bochecha. —Como está nosso moço? —Continua igual. — As lágrimas começaram a formar-se de repente, ameaçavam derramar. — Maldição! Fixou seus olhos nos meus e estalou a língua. —Bom, você está pior, disso não há dúvida. Necessita de uma ducha e outra roupa. Como sou tão boa amiga trouxe para você. A frase cumpriu o encargo desejado: ri, minhas lágrimas secaram um pouco. Ainda usava a camiseta sem mangas e a saia microscópica. —Espero que haja me trazido algo mais respeitável. —Eu não — disse Rome.

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Ambas o ignoramos. Estava segura de ter ouvido mal. —Dava-me conta de qual é meu trabalho nesta equipe, fazer que todos pareçam superheróis e tomo meu trabalho a sério. Essa é a razão pela que te trago isto. Reprimi um grunhido. —Posso ver? — perguntou Rome. Tentava não rir, mas eu podia escutá-lo em sua voz. Idiota. —Não — disse Sherridan, mas de todos os modos tirou de sua bolsa um disfarce de gata feito em couro e o levantou para minha inspeção. Não pude evitar olhar para Rome, para ponderar sua reação. Assentiu com entusiasmo, seus olhos se obscureceram, como se estivesse me vendo com o traje posto. —É perfeito. O Homem Gato gostava do disfarce de gata. Desta vez, não pude evitar de grunhir. Tomei o traje das mãos de Sherridan e me levantei. —O que dizia quando estava entrando? Que alguém te ligou? —O quê? — Franziu o cenho antes que seus olhos aumentassem em entendimento-. OH. Sim. Cody me ligou. Disse que não podia comunicar-se contigo, que não tinha podido dizer ao Rome porque não tinha conseguido lhe fazer calar, que não parava de falar de você. OH, e se está perguntando como conseguiu meu número, disse que tinha procurado em seu móvel e o copiou dali. — Mordeu o lábio, logo o moveu entre seus dentes— É bastante agradável. Uma vez que o conhece. Estudei-a, vi a cor florescendo em suas bochechas, observei a forma em que ela dançava de um pé a outro com agitação. —Meu Deus, já está caindo por ele. Depois de uma conversa telefônica, está pronta para ter seus filhos. Mas em meio de minha crescente preocupação, um pensamento ecoou em minha cabeça: Rome não tinha sido capaz de deixar de falar sobre mim? —Não. Não, não, não. — Moveu sua cabeça de lado a lado e levantou suas mãos, para demonstrar sua determinação. —Parece-me agradável, é tudo. Mas raro. Disse-me que te dissesse que respondesse o telefone de vez em quando, que perseguiria um roedor até o topo do oceano e que estava saindo da estrada... não, não era isso, era fora da grade, sim era isso ! Fora da grade para manter o bicho cheirando seu queijo, assim você provavelmente não seria capaz de se apossar dele e...- deu uns leves golpes no queixo- . Disse algo mais, mas não consigo recordar. Rome deu um passo adiante, todos seus músculos em tensão. Segurou-a pelos ombros, sacudindo-a. —O quê? —Estou pensando! Não me pressione. Não tem direito a se queixar pela falta de memória de ninguém! Lancei o traje de gata sobre meu ombro, afastei as mãos de Rome dela e as substituí com as minhas, obrigando-a a dar a volta. Calma. Mantém a calma. Quantas vezes mais teria que repetir essa frase nas próximas horas?

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—Isto é importante. Preciso saber o que disse. Sherridan fechou os olhos, concentrando-se. —Não tem muito sentido. Disse que Bright era a marca do caramelo que emergia da… divisão do deserto? .OH, e que gostaria que Rome e você o acompanhassem a um coquetel, mas quer que levem suas jaquetas para que se resguardem do frio da noite. Meu estômago se revolveu. —Acredito que foi promovida de estilista a intérprete, Sherridan — consegui dizer. Por conta própria, meu olhar se elevou, em busca do de Rome. Podia ver as porcas de sua cabeça girar enquanto tentava decifrar as palavras de minha amiga. Fiz por ele, muito impaciente para esperar a que o entendesse por si mesmo. —Cody nos estava enviando uma mensagem. Quando a PSI encontrou uns papéis no armazém, pensamos que um empregado da Desert Gal poderia estar trabalhando no Big Rocky Spring Water. O roedor deve ser o nome código para nosso suspeito, o oceano representa a companhia Big Rocky, assim que nossas suspeitas eram corretas. Mas nos escapou algo. Sair da grade significa, acredito, que Cody vai encoberto. Quando disse que as noites estão frias e que precisamos levar casacos significa que é uma missão perigosa e necessita de nossa ajuda. Ao mencionar a marca do caramelo nos deu um nome: Candace Bright, Cody pensa que ela é a presidenta ou proprietária do Big Rocky, o roedor no topo do oceano pode significar qualquer um desses cargos. —Detive-me para tomar ar, meu olhar se ficou mais intenso— E por último, mas não menos importante, ele pensa que Candace Bright e Desert Gal são a mesma pessoa. Não queria me afastar de Tanner, mas fiz isso. Seu estado era estável, seus sinais vitais estavam muito melhor que antes. Tinha o número de telefone de seu doutor em meu bolso e insisti em que me chamasse se houvesse mudanças: boas ou más. De momento, tinha que me preparar para uma viagem. —Vou contigo — disse Sherridan enquanto atravessávamos o alpendre de nossa casa. Meio esperava encontrar outro presente me esperando, mas não. Hoje não. Era M-Squared meu admirador? E, como Rome, tinha decidido que eu não valia o esforço? Queria falar com ele desesperadamente, rogar que devolvesse a Rome suas lembranças. Já não estava tão molesta com ele, menos agora que sabia que não ajudava ao Desert Gal, que tinha tomado as lembranças de Rome porque gosta. Sim, abrandei-me. Uma vez mais. Que fácil de manipular. Mas por que eu? A pergunta ainda me intrigava. Já tinha descartado a beleza. O que ficava então? Não sou muito inteligente, chamaram-me de excêntrica inumeráveis vezes, e durante vários anos não pude manter um trabalho mais de um par de meses (exceto no PSI, possivelmente). Sou uma garota comum lutando com coisas extraordinárias. É tudo. —Belle, estou falando contigo. —Que lindo dia — disse esperando que Sherridan não notasse a mudança de assunto e que não tinha respondido a seu “Vou contigo”. Secou a bochecha e o pescoço com sua mão livre, enquanto abria a porta.

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—Lindo dia, um Caralho. Faz um calor do demônio. Graças a Deus pela existência do ar condicionado. Entramos, o ar frio me acariciou a pele. No corredor, Sherridan se deteve, deu a volta e cruzou os braços sobre seu peito, pronta para a batalha. —Não ache que não me dei conta de que tenta me distrair. É Colorado, por Deus santo. Nada mau pode acontecer ali. —Olá, não recorda a mensagem que Cody te deu? Coisas más passam aí todo o tempo. Caçaremos e brigaremos contra Desert Gal. Que provavelmente seja o alter ego de Candace Bright. Ou vice-versa. Como Clark Kent e Superman, uma pessoa interatuava com a gente normal e a outra lutava contra o crime? Mas neste caso, Desert Gal não brigava contra o crime, o criava. Seria mais apropriado compará-la com o Jekyll e Hyde19. Mas por que mostrou seu lado humano aos prisioneiros? Para que se sentissem menos ameaçados e confiassem nela? - É uma “ameixa passa” com dentes, recorda? —É obvio que lembro. Não sou Roman Masters. Entendo. Iremos caçar a uma ameixa passa. Soa divertido. Merda. —Por que...? — Apertei meus lábios. Possivelmente deveria me acompanhar. Sem importar quão instável sejam meus poderes, cuidaria dela melhor que qualquer outra pessoa porque a amo e poria sua segurança por cima da minha. Receberia uma bala em seu lugar, se fosse necessário. E um dia, de algum jeito, poderia protegê-la de qualquer evento funesto que Lexis havia predito. Afastei o cabelo de meu rosto, surpreendida ao ver que as minhas mãos tremiam. Que demônios? —Pode vir. Quero que venha. —OH. — Pouco a pouco relaxou. —Que bom. Porque pensava ir de todos os modos. Atirei minha bolsa na mesa que havia ao lado. —Só quero que reconsidere o dos super-poderes. Está bem? Peguei fogo ontem. — Meus joelhos também tremiam, notei enquanto caminhava para frente. Tive que me deter e me apoiar contra a parede para me manter em pé. Algo estava mau; estava perdendo energia rapidamente. — Perseguiremos uma mulher que pode aspirar a água de nossos corpos e temos um amigo no hospital, porque tocou a uma garota a que eu estava interrogando... Simplesmente por havê-la tocado. Ouça, um momento. Estaria reagindo aos poderes de Elaine de forma tardia? Era por isso que estava me cansando tão rapidamente? Eu não havia tocado sua pele, mas sim a tinha abraçado. Sherridan agachou a cabeça, observando com atenção seus pés. —Sim, mas as pessoas te admiram, vão a você para pedir ajuda. Disto se tratava? —Sherridan, as pessoas também te admiram. É bonita, bem-sucedida e muito inteligente. Quer provas? Quem me ajudou a conseguir esta formosa casa? E em dois dias, dois homens me 19

O médico e o monstro

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pediram seu número do seu telefone. Cody, é obvio e Reese, um vampiro muito sexy de que quis te falar. —A quem lhe importam os encontros quando estão a ponto de iniciar uma missão? — Chutou o tapete. — E sim, eu te ajudei a conseguir esta casa, mas não posso te secar o cabelo com cinquenta passadas. Este tema outra vez? —É genial tal como é. De fato, eu quero ser você. Sua expressão ficou mais sombria, levantou seu olhar. —Não, não quer isso, mentirosa. Não pode. É especial. —Quer...? —Rome gostou do traje de gata — interrompeu, terminando o anterior tema de conversa. Lançou sua bolsa em cima da minha e se deixou cair no sofá-. Acredito que estava imaginando que lhe tirava isso. Suspirei, não sabia como convencê-la de quão grandiosa era. —Não, não gostou e não, não estava imaginado isso. Tentei insinuar discretamente me trocar antes de sair do hospital, mas não fiz, me deixe lhe recordar isso e ele não podia desfazer-se de mim com a suficiente rapidez. Levantou as pernas. —Porque tinha uma grande ereção e não queria que a visse. Ainda havia esperança. Deixamos Rome no escritório central e nem sequer se dignou a despedir-se. Não havia tentado me seguir, me proteger. Monitorar-me. Provavelmente estava com Lexis outra vez. De acordo, sem o “provavelmente”. Estava com ela. Dentro de umas horas, nos reuniríamos em um aeroporto privado, voaríamos até Colorado, onde estava a sede central do Big Rocky. Provavelmente estariam decidindo a cargo de quem deixarão a sua filha. A doce e pequena Sunny. O coração me encolhia ao recordar seu rosto. Pequenina, de cabelo escuro com a cara de uma rompe corações. Assim que retorne de Colorado, irei visitá-la. Pode que seu pai e eu já não nos levemos bem, mas eu amava a essa menina. Carregue-me, Belly, adorava me dizer, eu ria e a levantava do chão. Tem cinco anos e é tão travessa como o diabo. Não podia lhe dar as costas sem que fizesse um desastre, mas amava tão apaixonadamente como seu pai. —Falando de ereções, arrumado a que Cody está atirando-se sobre a Senhorita Cara de Passa — disse Sherridan amargamente, me tirando de meus pensamentos, —literalmente. Esse homem gosta de tirar informação por meio da sedução. Pobre Sherridan. Notava-se que estava atraída e intrigada pelo Cody. Mas a feriria, disso estou segura. Demonstrava interesse nela um dia e no seguinte estava na cama com o inimigo. Típico. Se gostasse de Sherridan, não teria importado minha advertência. Teria lutado por ela. Isso merecia as mulheres. Somos um prêmio e, como tal, devemos ser valorizadas. Ao menos, deveríamos ser, pensei com amargura. Não podia imaginar Rome cortando por mim em seu estado atual.

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—Como não sou uma mentirosa, direi que sim, é muito provável que tenha razão. —Insensível. Acredita que estará bem? — perguntou apesar de sua irritação com ele. —Estará bem. — Espero. O poder de Cody era o de controlar a eletricidade, podia meter-se dentro de uma tomada, muito estranho, mas e se Desert Gal drenava toda a água de seu corpo, igual Elaine fez com o Tanner, drenando toda sua energia, antes que possa escapar? Antes de sair da PSI, tentei convencer John de que deixasse Elaine ir conosco até Colorado, mas se recusou firmemente. Levar a uma quase inimiga a um território cheio de inimigos não é uma estratégia muito boa, havia dito. Homens. Quão idiotas podiam ser às vezes. —De acordo, deixemos de falar já. Só temos duas horas — disse, me afastando da parede, meus joelhos quase cederam— Está preparada. —Sim, senhora. — Deu-me uma saudação militar e depois cada uma se foi por um corredor diferente. Havia cinco quartos nesta casa, Rome e eu tínhamos a suíte principal. Cambaleando, ainda sentindo minhas pernas pesadas, fechei a porta depois de entrar. A caminhada da PSI para casa tinha me deixado suarenta, por isso me apressei a tomar uma ducha, fazendo uma lista mental de tudo o que tinha que fazer: me vestir com um traje menos ridículo, empacotar e procurar as armas. Provavelmente deveria comer algo, também. Não tinha comido desde ontem, e não tinha podido dormir ontem à noite. Ah, por isso me tremem alguns músculos. Elaine não tinha nada haver. Quando terminei, envolvi-me em uma toalha, entrei de novo no dormitório e... Detive-me em seco. Rome estava sentado na beira de minha cama, escuro, perigoso e me olhando intensamente. Capítulo 12 Apertei o suave tecido da toalha tão forte que meus nódulos rangeram. Tinha o cabelo caindo por minhas costas. Minha pele estava úmida, avermelhada pelo vapor e, agora que tinha visto o Rome, estava com uma sensação de formigamento. Em qualquer outro momento, teria deixado cair a toalha e teria feito gestos a este homem para que se aproximasse. Em qualquer outro momento, nós teríamos rido e amado, e eu me teria maravilhado de quão boa era minha vida. Bem, teria dado por garantido. Agora, entretanto, sabia melhor. Sabia o quão rapidamente algo que apreciava te poderia ser arrebatado. —O que está fazendo aqui? — perguntei, a pergunta emergiu com voz trêmula— acontece algo? Nada, exceto más notícias, poderiam ter se separado de sua preciosa Lexis, essa era a parte odiosa de meu pensamento. Somente me chame a Cadela McBitcherson, o nome paranormal que atualmente mereço. —Não, não aconteceu nada. — Rome se devorou para seus pés, estirando seu corpo grande e forte de sua posição em cócoras.

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Estava acostumado a sua altura, eu adorava inclusive, mas nesse momento parecia intimidante. Ameaçador. O cenho franzido obscureceu seu rosto e eu podia ouvir um ruído em sua garganta. Seu gato queria se liberar. Para lutar ou para jogar? Infelizmente, já não podia notar. Mas ainda reagia. De repente, tremendo, retrocedi um passo. Meu coração saiu de controle, pulsando tão forte que era como um martelo em meu peito. Ele não lhe afeta. Só está faminta, recorda? Faminta de comida, apressei a acrescentar. —Rome, tem que me dizer o que está fazendo aqui. Permanecendo em silêncio, ele foi para mim. Houve um poder letal em cada passo e, por um momento, poderia ter jurado que fui transportada a uma selva, com o rumor das árvores e os uivos dos macacos em meus ouvidos. Desta vez retrocedi até que golpeei a parede. Só quando ele esteve a um suspiro de distância, deteve-se, com seu corpo ameaçando pressionando o meu. Seu aroma selvagem encheu meu nariz, como um decadente aviso do que não tinha... o que nunca poderia ter de novo. OH, detestava esse tipo de pensamentos depressivos. Onde estava minha determinação? Entretanto, tratei de manter minha respiração. Quando isso não funcionou, tratei de me mover ao seu redor. Mas ele me tinha completamente cravada, rodeada por sua a força e seu calor. —Belle — disse em voz baixa. Tive que forçar meu pescoço para levantar o olhar... para... Ele, e encontrei aquelas íris cristalinas girando de fúria. Ele estava zangado comigo? —Como chegou aqui, Sr. penetra de casa? — perguntei, apontando seu pecado antes que ele pudesse assinalar o meu, qualquer que fosse. — Isto é propriedade privada e já não te corresponde. —Apenas. Esta é a direção em minha licença de conduzir, assim sabia que teria uma chave. Usei a única que não reconheci, e que acredita? A porta abriu. —Bom, pode simplesmente devolver a chave. Você já não vive aqui. Ele arqueou uma sobrancelha, sua fúria estava se desvanecendo para converter-se em... diversão? Ainda assim, ele não se separou de mim. —Quem diz? —Eu digo. — Minha cabeça se inclinou para um lado. — Lexis diz, estou segura. A fúria voltou, mais forte que antes, quase faiscando. —Vou vir quando me der vontade. —Por quê? — perguntei, outra vez, então amaldiçoei sob meu fôlego quando a resposta me veio à cabeça. Ele estava aqui para me vigiar, como disse a John que faria. Tivesse estado feliz por isso se não recordasse tão facilmente a forma em que ele tinha jurado não voltar a me beijar de novo.- Não importa. Vou comprar um cão violento. Vai mastigar e cuspir seus ossos. —Estou seguro de que tentará. Exasperante, era o homem vaidoso. Sabia o ardente que era? Provavelmente.

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Tratei com outro método. —Como pode ver, estou bem. Não estou causando nenhum problema nem utilizando qualquer dos elementos de maneira irresponsável. Pode ir. O retumbar começou de novo. —Não vou a nenhuma parte. Havia uma caixa em seu alpendre quando cheguei. Tomei a liberdade de abri-la — adicionou, nem sequer fingindo estar envergonhado. Outro presente? E tinha se atrevido a abrir o que evidentemente era para mim? —Não tem nenhum direito! Em lugar de defender suas ações, continuou me lançando palavras, como se fossem armas. — Era de seu admirador secreto. Inalei profundamente, exalei profundamente. Tranquila, é seu amigo. —Bom, o que era? —Roupa íntima. Com a palavra Garota Maravilhosa costurada no traseiro das calcinhas. Isso não era absolutamente o que eu esperava que dissesse e meus lábios se franziram em um leve sorriso. Seus olhos estavam redondos como pratos. —Acredita que é divertido? —Bom, sim. Provavelmente deveria ter estado ofendida. Quero dizer, realmente. A roupa íntima provavelmente me era dada por um homem que nunca tinha conhecido. Um homem que tinha roubado as lembranças de meu noivo, nada menos. Mas uma parte de mim se deu conta de que se era M-Squared quem fazia o envio, ele finalmente estava golpeando a psique de Rome e aprendendo sobre mim. O que eu gostava, o que não. Esse era precisamente o tipo de presente que haveria feito que me deprimisse se Rome tivesse me dado. —Onde está a caixa? — perguntei. Sua boca se endireitou em uma linha teimosa enquanto ele apoiava as mãos junto a minhas têmporas. —Não se preocupe por isso. Estou me encarregando disso. Se eu inalasse profundamente, meus mamilos roçariam seu peito. —Não estou preocupada, só quero vê-la. —Uma lástima. Agora escuta. Passei pelo laboratório de caminho aqui. Não havia nenhum rastro nesses chocolates, mas eram de uma marca muito cara, assim temos aos agentes interceptando as bases de dados do distribuidor para ver quem fez a ordem e de onde. Mmm, chocolates. Era esse meu estômago retumbando? —Sonha como um plano. — Coloquei minhas mãos sobre ele para afastá-lo, mas seu coração pulsava mais rápido e mais forte do que tinha imaginado, e só pude permanecer ali, assombrada, saboreando a sensação. E, apesar de que a camisa me impedia o contato real de pele a pele, o calor dele me cativou— Agora, retrocede? — Foi uma pergunta, quando deveria ter sido uma exigência. Rome não o fez. Mas bem, se apertou mais. Tão perto que de meus mamilos endurecidos finalmente, graças a Deus roçaram seu peito. Estremeci; ele exalou um suspiro.

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—O homem Memória — disse, com voz tensa—, provavelmente esteve nesta casa. Com minhas lembranças, conheceria as melhores maneiras para entrar. —Assim estamos cem por cento seguros de que é ele? E de verdade, você reforçou o lugar com todo tipo de segurança. —Não é cem por cento, não, mas estamos bastante seguros. E ele conhece exatamente as medidas de segurança que usei e as forma de ignorá-las. —OH. Que tão fácil seria deslizar minhas mãos para cima e rodear do pescoço de Rome? Que tão fácil seria devorar sua cabeça para lhe dar um beijo...? —Bom, ele não me feriu. Se é que é ele. Era eu essa ofegante sedutora? —Ainda não. Mas digamos que ele quer que se apaixone por ele da maneira em que se apaixonou por mim. Quero dizer, que sabemos que gostava de minhas lembranças de você. E se tivermos razão, ele está tratando de te conquistar, de ganhar seu coração. Quando não reagir da maneira que ele quer, poderia se zangar. —Em primeiro lugar, por isso sabemos, quem quer que seja que está deixando estes presentes só quer ter sexo comigo. — Abri meus dedos e senti seu mamilo endurecendo em minha palma— Segundo, quem diz que não posso me apaixonar por Homem Memória? Rome ficou rígido. Agarrou meus braços e me sacudiu, forçando minha atenção a sua cara. —Não brinque. Saí da sensual névoa e minhas mãos caíram a meus flancos. —Quem está brincando? Agora possui suas lembranças sobre mim, o que significa que é o mais próximo que tenho do verdadeiro você. —Ele é perigoso, Belle. —Você também e fizemos que as coisas funcionassem. Por um tempo. Apertou seu punho e se inclinou, nos deixando frente a frente, seu fôlego entrecortado passando por meus lábios. —Você gosta de me tentar, não? Bom, adivinha o quê? Espetacular. Maldita seja não posso te tirar de minha mente. Soltou-me o tempo suficiente para lançar um murro no estuque justo ao lado de minha têmpora. —Esse beijo foi um maldito engano. Supunha-se que ia te purgar de meus pensamentos, fazer que deixasse de me perguntar como sabia. Tinha querido me esquecer por completo? Para não pensar em mim de novo? De repente, senti como se tivesse estado atada e aberta pela metade, com sal vertido na ferida. —Acredito que te odeio agora mesmo - eu disse com sinceridade. Deu um passo para trás, estudou meu rosto antes de sacudir a cabeça. —Não me odeia. — Seu olhar se dirigiu a minha boca, permanecendo aí. —Você me quer. Ele pôde ter estado dizendo se dispa, pela forma tão rouca em que tinha pronunciado as palavras, mas esse tipo de certeza sobre minha capitulação, me irritava.

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Um homem com confiança se sentiria cômodo fazendo algo destrutivo a uma relação, como ir a casa de seu ex- esposa e acredita que uma desculpa era todo o necessário para arrumar as coisas. —Olhe, Rome. Te amo. Sim. E te desejo. Deus, sim o desejava. Talvez fosse minha fome o que me fez admitir estas coisas, mas não pude conter as palavras de novo. —A coisa é que, não deixarei que me tenha. Não agora. Não depois de que ele tinha me rechaçado. Outra vez. Seu olhar se elevou e se enfrentou com o meu, a confusão obscurecendo seus magníficos olhos. —Por que não? Ele estava pondo... má cara? Certamente não. —Deveria saber totalmente o porquê de minha negativa. Pensei que já tínhamos decidido manter as coisas de maneira platônica. Isso é o que disse a John, não? Suas pálpebras se estreitaram perigosamente. —Eu só prometi que não farei que te acendesse em chamas outra vez. Não que não te beijaria de novo. Esperança, a tola esperança. —Não acredito. E não pode só mudar de opinião assim. Eu não sou um pedaço de chocolate — Mmm, chocolate— ao que pode babar um momento e logo se esquecer dele ao seguinte, e logo pensar em comer de novo mais tarde. Bom, talvez não fosse a melhor analogia. Rome, comer, os dentes e a língua em movimento, trabalhando... estremeci. —Sei o que se sente quando se faz amor com um homem que me ama e não vou aceitar nada menos. Agora, tem que ir. Os mesmos dentes que me estava imaginando por todo meu corpo de repente se transformaram em uma amostra de agressão. —Não posso ficar fora. Esse é o problema. Que diabos fez comigo? A ira me deu forças. Apertei em um punho o tecido de sua camisa, com os ossos tão tensos que poderiam haver-se quebrado. —O que está insinuando? —Sua saliva tem um agente aditivo? É esse outro de seus poderes? Assim que ele pensava que o tinha enganado de algum jeito para que me desejasse, que ele não podia me querer possivelmente porque tinha me amado, porque havíamos tido algo especial. Havíamos, pensei. Palavra chave. O amor de minha vida estava ardendo em chamas a meu redor e não havia nada que pudesse fazer exceto olhá-lo. —Talvez sim — eu disse com tristeza. Logo, com mais força. — Talvez, quando me encontrar com o Homem Memória, vou beijar até o inferno. Talvez ele me peça que me case com ele e de fato o faremos.

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Embora tivesse a intenção de soar impertinente no final, minha dor ressoou forte e claro. Quanto mais falava, as pupilas de Rome se reduziam até que não ficou nada exceto uma magra linha negra. Ele cavou meu queixo, forçando meu rosto para a seu. —Quando eu era menino, economizei dinheiro por meses porque queria comprar um lagarto como mascote. Contei isto antes? —Não, mas o que tem isso haver? — perguntei, embora estivesse desesperada para escutar a história. Amava-o, mas não sabia muito a respeito de sua infância. —Só escuta. Como disse, havia economizado durante meses. Finalmente, tinha economizado o suficiente. Fui à loja de mascotes, comprei todo o necessário para seu cuidado e levei o pequeno Bone Crusher (triturador de ossos) para casa. —Chamou-o de Bone Crusher? Atuou como se eu não tivesse falado. —Tive-o durante três semanas antes que minha mamãe se desse conta. Nesse momento, eu o amava, não podia imaginar minha vida sem ele. Traguei o nó que tinha na garganta. —Bone Crusher, não? —Minha mamãe o viu e enlouqueceu. Ela me fez soltá-lo e me segurou de maneira que não pudesse correr atrás dele. Chorei durante dias. —Eu... eu... — Queria abraçá-lo. O menino que tinha sido, o homem que se transformou. Ambos eram preciosos para mim. Tossi para cobrir meu abrandamento. — O que tem que ver Bone Crusher comigo? Uma vez mais, Rome levantou meu rosto. Era fúria e dor; era desejo e havia determinação. Era... tudo. —Me arrependi por não ter lutado por ele após. —Não entendo. Tinha medo à esperança. Seu queixo endureceu tão firme e tenaz que meu coração se encheu. —Vou te dar um beijo, Belle. E vou te tocar. Fiquei sem fôlego. Ou mas bem, o fôlego estava contraído em minha garganta, pendurado aí, suspenso. —Não se supõe que façamos isto - disse em voz baixa, porque não podia dizer que não. Mas talvez poderia nos dissuadir para não fazer isto. —Então? —Então. — Lambi meus lábios. — Não vou deixar que me tenha até que volte sua memória. Se pudesse encontrar a força para continuar resistindo a ele. Nesse momento, parecia mais impossível que o que Deserte Gal decidisse se entregar à polícia. Seu olhar tinha seguido o movimento de minha língua. —Recordo nosso último beijo. — A declaração rouca gotejava com o desejo. OH, Deus! Minha resistência já estava desmoronando. —Eu poderia te queimar.

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Outra vez. Podia queimar esta casa. —Poderia? — riu sem humor— Já o fez. Briguei contra sua apelação. —É perigoso. — Um aviso para mim, para ele. —Não tem que ser. John me disse que enjaulei suas habilidades uma vez, mantive a ambos a salvo delas. —Palavras chave: uma vez. —Quero voltar a tentar. E o farei. Ele não me deu tempo para dizer outro protesto. Simplesmente cobriu meus lábios com os seus, com sua língua empurrando profundo, forte e quente. Minhas mãos estiveram em seu cabelo antes que pudesse detê-las, as fechando em punhos, minhas unhas enterrando-se em seu couro cabeludo ao igual às suas estavam no meu. Nossas línguas tomaram, deram e lutaram, mas finalmente as permiti triunfar. Seus lábios eram suaves, seu corpo exercia uma forte pressão. Uma de suas mãos apertou meu peito através da toalha, e o mamilo se transformou em um pequeno ponto agudo. Ele gemeu em minha boca. Engoli o som, o sabor acrescentando um novo nível de paixão. Enquanto me arqueava para ele, sim, Deus, sim, muito bem, sua ereção roçou contra mim, o sentido comum tentou aparecer sua feia cabeça. Permanece sob controle. Não lhe dê tudo. Mantém uma parte de você. Mas por quê? Meu coração chorou. Sem sua memória, vai fazer te mal uma vez que o amor terminou. E, como tratou de lhe recordar, poderia matá-lo com seu fogo. Ele não seria capaz de enjaular suas habilidades como estava acostumado a fazê-lo, embora ele pense que pode. Certo, tão certo. Teria que ser cuidadosa, permanecer no comando. Desfrutar dele, sim. Por pouco tempo. Porque simplesmente não podia resistir a ele nunca mais. E tinha que esquecer, embora só por um pouco, o sombrio abismo no que minha vida se transformou. Mas como o sentido comum exige, teria que manter uma parte de mim atrás. Essa era a única maneira segura em que podia me permitir este beijo. E tinha que ter este beijo, porque ele me devorava como se necessitasse dele para sobreviver. Estava aqui, em meus braços, desejando mais de mim. Era o homem que eu amava, o homem com o quem (com esperança) me casaria. —Quero te tocar — disse, soltando meu cabelo e devorando a toalha. —Não. É muito — respondi entre beliscões e lambidas. —Quero te tocar. Quero que me toque. Eu estava tirando sua camisa sobre sua cabeça antes que terminasse a frase. Lancei o material ao piso em um montão esquecido. Então minhas mãos se esmagaram contra seu peito e ofeguei. Estava quente, forte e suave, como se o fogo corresse por suas veias, como seda cobrindo pedra. —É tão formoso. Tinha sentido saudades deste contato com ele. Desta conexão.

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—Não tão formosa como você. — Lambeu o caminho para descer por minha garganta, logo lambeu o caminho para cima—. Toque-me mais, mas me beije, também. Sua boca está me matando, e quero morrer. —Assim? — Beijei um caminho por seu pescoço igual ele havia feito com o meu, minhas unhas raspando brandamente em suas costas. Todo o tempo, o fogo corria por minhas veias. Podia sentir os primeiros brincos despertar, faiscando. Contive-os, utilizando toda a força que possuía. —Foi feita para mim, não? Minha doce tentação. — Seus dedos riscaram a beira por minha toalha, lentamente levantando-a... levantando-a... até revelar polegada atrás polegada de coxa. Quando chegou à curva de meu traseiro, deteve-se e jogou, massageando— Perfeita. Mordi a corda na base de sua garganta, tal e como sabia que gostava, e ele exalou em um suspiro. —Cuidado, querido Rome, ou vai se apaixonar por mim de novo. Por um momento, ele não respondeu e o quarto ecoou com o som de nossa respiração ofegante. —Amo-te dentro e fora desse traje negro ajustado. Sei isso. Assim Sherridan tinha razão sobre o traje, depois de tudo. Tanto o usá-lo como o desprendêlo. Ponto a favor! Eu não tinha tempo para me desfrutar a respeito... uh, ou pensar nisso, entretanto, porque arqueou seus quadris, esfregando sua ereção entre minhas pernas. Gritei de prazer, tive que fortalecer meu agarre em meu fogo interno. —E o vestido? Você adora me ver com ele posto? —Riu suave e obscuramente. — Nesse vestido quase me dá uma insuficiência cardíaca. Logo, nesse Halter e minissaia me faz babar. Agora, na toalha, é um sonho feito realidade. —Não... não fale assim. Já o fogo em meu interior se revolvia para ser liberado. Mais de sua doce forma de falar, e perderia o controle. —Como está? — perguntou como se sentisse minha luta. —Me queimando — disse a verdade, e logo lambi um de seus mamilos. Não pude evitar. Um calafrio me atravessou e fluiu dentro de mim— Mas estou bem. Tenho-o sob controle, enquanto mantenhamos as coisas físicas. Sem emoções. Os músculos de seu estômago estremeceram e enrolou uma mão em meu cabelo molhado, estirando-o. A outra mão permaneceu em meu traseiro, apertando. —Me dê o calor, neném. Fiquei imóvel em estado de choque, com regozijo. Neném. Acabava de me chamar neném. Assim é como me tinha chamado APM (antes da perda de memória). Uma parte de mim tinha pensado que nunca o escutaria me falar com carinho novo. Escutá-lo agora, enquanto eu estava em seus braços... não havia limite para minha onda de emoção, que era como lhe jogar lenha ao fogo dentro de mim. —O quê? — perguntou, soltando meu cabelo, mas não meu traseiro. —N-nada.

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Memória em branco, Belle. Memória em branco. Só o desejo é bem-vindo agora. Beijei e mordi o caminho para seu outro mamilo e lhe dava o mesmo trato. Ele estava duro contra mim, duro e grosso e comprido. Eu sabia quão grandioso se sentiria que relaxasse dentro de mim, empurrando profundo, totalmente. Ele me estenderia, e eu adoraria. Ambos ficaríamos sem sentido, perdidos, e o prazer seria extraordinário. Explodiríamos como foguetes. Mas o que aconteceria depois? Perguntei-me de novo. Tanto para uma mente em branco. Uma vez mais, como se intuísse minha luta interior, esfregou-se contra mim, uma, duas vezes, e gemi, me perdendo uma vez mais. O prazer era muito bom. Meu fogo se propagava mais e mais alto. Apertei-o mais e mais forte, mantendo-o cativo. Mas por quanto mais? —Necessito um momento — ofeguei. Movi os quadris para trás, fora da fila de contato. Várias respirações profundas e estremecimentos mais tarde, e ainda não tinha o controle que me tivesse gostado. Rome riscou um dedo ao longo da curva da bochecha. —O que acontece, neném? —Neném outra vez. —Só temos que recuperar o fôlego. —Sim. Correto. Dê-me seu calor — ele estava ao comando de novo. —Não. Quando seus dedos começaram a avançar lentamente por minha garganta até a beira da toalha, riscando como se quisesse tirá-la e acariciar meus mamilos pele a pele, talvez inclinar-se e beijar meu ventre, antes banhar o desejo entre minhas pernas, o fogo dentro de mim cresceu, estendeu-se logo para exigir ser liberado. Precisava afastá-lo. Decidi por deixar cair minhas mãos aos lados. Incorporei-me, mas não tive coragem de olhar nos seus olhos. Ainda não. Esses olhos sempre me escravizavam. —Nós temos que parar. Por agora. —Acabamos de começar — disse, mas seus dedos deixaram de se mover. Deus sei; pensei, já mais em duelo do que poderia ter estado. Havia muito mais que podia fazer muito mais que desejava fazer. —Sinto muito. Ele suspirou. —Ou trocou de opinião sobre me querer, que duvido seja o caso, já que posso cheirar a doçura de sua excitação, ou tem medo de me lançar fogo. Minhas pernas tremiam tanto que esperava que derrubassem em qualquer momento e desta vez o tremor foi de algo mais que a fome, algo mais que ira. Tinha razão, tratava-se de medo. —Não importa qual hipótese é correta. Diga-me que recorda algo de nossa vida juntos. Algo, algo. Só então poderia confiar nele para me filtrar apropriadamente. Silêncio. Cortei o aumento de dor antes que pudesse me bombardear.

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—Por isso vamos nos deter. Não se lembra de mim e até que o faça, não conseguirá nada de mim. Como disse, não vou deixar que me arruíne como se eu fosse uma estranha. Quero seu amor ou nada absolutamente. Teria que recordar isso a mim mesma, tão fácil e rapidamente como o recordei a ele. —Bastante justo. — Rome disse de maneira uniforme. Levantou as mãos, as palmas para fora e deu um passo para trás, sem me rodear já. Recarreguei-me na parede para me manter em uma posição erguida, desprezando a perda de contato. Garota estúpida, meus hormônios gritaram. —Mas espero que compreenda que eu pretendo fazer você mudar de opinião — adicionou. Continuando, saiu de meu dormitório e da casa, com a porta fechando-se atrás dele. Capítulo 13 Não me permiti considerar a ameaça/deliciosa promessa de Rome como se comesse três barras de proteínas e empacotasse minhas bolsas. A escova de dentes, a mudança de roupa resistente ao fogo, a capa de chuva, as botas de neve e minha foto, com o Tanner, Rome, Sherridan e meu papai, tirada faz umas semanas quando Tanner tinha preparado um jantar de seus “famosos” sanduíches de pão e carne cortados em um círculo e com uma oliva em cima. Ainda assim não me permiti demorar, em parte pelas palavras de Rome, quando Sherridan e eu carregamos nossas coisas no carro. Não podia. Tinha perdido todo o enfoque no caso. Outra vez. Teria que pensar nisso depois, e decidir o que fazer se Rome realmente tentasse me seduzir. Não podia pensar em Tanner, tampouco. Meu doce Tanner, que estava pego a uma maca, ligado a uma intravenosa e perdendo toda a emoção. Ninguém amava mais a ação que Tanner. Meu celular soou quando fechei o porta-malas. —Olá — respondi, apoiada contra o sedan. Por favor, que não seja pelo casamento. Depois de tudo, tinha estado pensando, dizendo que meus votos de matrimônio eram a última coisa pela qual queria me preocupar. —Olá, Belle. — O falador possuía uma cálida e masculina voz que nunca antes tinha ouvido. Franzi o cenho. —Quem é? —Você gostou das flores? As velas? As... calcinhas? — Meu queixo quase caiu. Realmente podia ser... —Quem é? — exigi outra vez. —Provavelmente me conhece como Homem-Memória. Congelei. Assim era ele e ele me queria. Minha primeira reação foi de aborrecimento, eu tinha debilitado a ligeireza quando tinha ouvido o de sua tortura, logo aprendi de sua aversão pela Desert Gal e ficou esquecido. Eu. Eu. —Escuta. Eu...

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—Sei que está zangada — interpôs ele— E compreendo a razão. Compreendo— Mas tudo o que estou pedindo é um pouco de seu tempo para que tenha a oportunidade de conseguir me conhecer. Não sou tão mau menino. Deixe-me... —Não. Ao que seja que diga: não. Tem muita coragem para me ligar. Tomou algo que não te pertence e quero de volta. Sherridan se moveu para o telefone agitando a mão. —O Homem- Memória — vocalizei, e ela franziu o cenho. —Darei a você algo que quer — disse ele teimosamente— Algo por isso. OH, de verdade? —Só espera até que te encontre. A lembrança que tem de mim paralisando a Rome parecerá como uma visita ao balneário comparado com o que planejei. —Tem muito espírito. — riu brandamente— Amo isso em ti. Amo muitas coisas em você. —Não, você não. Rome sim. Ou o fazia. Desejei ter um rastreador no telefone. Teria averiguado onde estava M-Squared e o teria atacado como prometi. Não tinha direito a dizer essas coisas de mim. —Não importa de quem são essas lembranças. — Sua voz se tornou de doce e divertida a dura e teimosa—. Estão em minha mente, vivo com eles. Desse tipo... — Ele acrescentou um nostálgico suspiro. —Não pertencem a você e sabe. Tem que devolver a Rome. —Não vai acontecer. Quero-os muito. — Havia essa teimosia outra vez. Maldito seja. —Por que eu? - perguntei, ainda assombrada por esse feito. Tinha que saber—. Podia ter tido a Lexis. Ela é de qualidade A. —De fato, ela é do tipo esnobe. Mas você... você é maravilhosa, sempre faz que as pessoas a seu redor riam, e... e sabe que isso é como ter um poderoso presente pelo que o mundo quer te usar. Aí ao final, a tristeza tinha gotejado de suas palavras. Assim que ele odiava sua habilidade. Sentia-se usado, provavelmente não sabia em quem podia confiar. E suas próprias lembranças estavam sem dúvida poluídas de seus dias, semanas, meses, anos? De cativeiro. Algo de meu aborrecimento se drenou quando, uma vez mais, encontrei-me debilitada, o que estava mal comigo? Mas não me lamentaria por ele, prometi-me. —Nada disso importa — disse, mais gentilmente do que tinha querido— Não tinha o direito de fazer o que fez. Se não... —Não me deixou acabar. Tem um coração muito bom e é apaixonada e... —Detenha justo aí. Nenhuma outra palavra sobre minha paixão. Mas obrigada. —Que tipo de imbecil era eu? Adulando-me e me derretendo como o sorvete ao sol— A verdade é que, sou uma irritada, escamosa e duvidosa homicida. —Não, é leal, dependente e está de pé pelo que acredita. Quase trabalha por você mesma para morrer, só para pagar os cuidados da saúde de seu pai. Dá a você mesma no PSI para salvar a esse homem e a sua pequena garota. É a única pessoa que conheço que é realmente desinteressada.

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—Esse homem tem um nome. E te prometo que estou muito longe de ser desinteressada. Ele expulsou uma frustrada respiração. —Sei que posso te fazer feliz, Belle. Se só me desse uma oportunidade. —Sherridan torceu seus dedos expectantemente, exigindo silenciosamente uma atualização. Gesticulei que necessitava um minuto e me separei dela, descansando meus cotovelos sobre no capô o carro. O sol sempre tinha sido tão quente e sufocante? —Por que não me diz onde está e discutimos isto cara a cara? —Ele riu. —Que adorável é, tentando me fazer uma armadilha. Está te tomando a agência muito bem. Olhe, só quero estar contigo. Quero que me olhe da forma que olha a ele. E, como disse, quero te fazer feliz. Sei que posso. É isso um crime? —Quando rouba de outros, sim— disse através dos dentes apertados. Sua devoção era só muito boa. Não era justo que eu estivesse conseguindo dele. Um suspiro cortou sobre a linha. —Sinto-o se te tenho feito dano. Sinto muito. Não podia ajudar a mim mesmo. Você é tudo o que sempre quis em uma mulher e, pela primeira vez em minha vida, te observando, realmente me sinto... vivo. Por você vale a pena viver, Belle Jamison. É muito valiosa para morrer. Maldito seja, maldito seja, maldito seja. —Se prometer não estender uma armadilha, por favor, consideraria se reunir comigo? — De algum jeito, de alguma forma, tinha que fazê-lo compreender o horror do que ele tinha feito. Minha vida dependia disso-. Pensa. Podemos fazer novas lembranças. Lembranças só nossas. Seguro, essas lembranças me envolviam lhe agarrando uma fechadura de vento até que me desse o que eu queria, mas ele não precisava saber isso. —Um dia, logo, faremos. Prometo. Por agora... só tome cuidado aí fora, Garota Maravilha. Não sei o que faria se algo te ocorresse... Clique. Olhei ao telefone durante um longo momento, sacudindo minha cabeça, me perguntando se tinha imaginado o que acabava de ocorrer. Com a semana que tinha tido, não duvidaria. As alucinações tinham que ser parte do percurso. Mas não. Não podia enganar a mim mesma durante muito tempo. Isto tinha ocorrido, só que não tinha conseguido os resultados que tinha querido. Tinha conseguido o oposto, de fato. O homem estranho estava determinado a ganhar meus afetos. —Ele vai estar bem, Belle — disse Sherridan quando nos instalamos dentro do Honda. Tomei o volante. Como má condutora que era, estava melhor que coisas semelhantes a um freio Sherridan. —Quem é? — perguntei, inserindo a chave e girando-a. O motor rugiu a vida. Embora só uma hora e meia tinham passado da última vez que estive fora, estava muito úmido. Bastante úmido para fundir à Malvada Bruxa do oeste. A qual, para algumas pessoas, provavelmente era eu. Pus o ar condicionado tão alto como podia, mas tristemente, isso não ajudava.

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—Homem Memória? — Esperava que ele não tivesse estado nada bem. Algo assim. Maldito seja. Não lhe desejava mal. Principalmente. Maldito seja, maldito seja, maldito seja, pensava outra vez. Minhas emoções estavam todas enroladas onde ele estava envolto. Ele havia dito que não era um menino mau, e não parecia ser um. E sim, em algum lugar durante essa conversa, inclusive tinha deixado de odiá-lo. De verdade, não só durante uns poucos segundos enquanto meu mudo pequeno coração se debilitava. Ainda estava de saco cheio como o inferno, mas não queria cortar suas pelotas e as usar como pendentes. Depois de tudo. Prova: estava pensando nele, mas não saía fumaça pelo nariz. Ele simplesmente tinha sido muito doce. Muito devoto. Para mim. A boba. Perguntava-me se a hipótese de Rome tinha sido correta. M-Squared me queria para lhe amar. Eu não podia e isso me fazia me perguntar se deveria temer o que havia ocorrido. Ele estaria desesperado? Começaria a caçar gente que amava? Para ser honesta, ele não tinha parecido o tipo que ia pelo caminho violento. Ele me queria feliz, havia dito. Queria-me a salvo. Quero dizer, tinha ligado para me dizer que fosse cuidadosa. Sem as ações de um homem que tentaria se aproximar e me eliminar. —Olá, está escutando? Sabe de quem estou falando — disse Sherridan— Senhor Sensível. Seu subordinado. Nosso quente companheiro de casa. Ah. —Não posso falar sobre ele. Não sem chorar. Odiava deixá-lo, me sentia culpada, como uma amiga horrível. —Então falemos sobre mim. — Seu tema favorito. Um de meus, também, a verdade seja dita-. Que super poder acredita que conseguirei? —Perguntou ela quando manobrei o carro fora da estrada. Para minha surpresa, um sedam escuro com as janelas tintas começou a sair também, mantendo a distância perfeita. Quando tinha chegado a primeiro casa, tinha estacionado a umas poucas casas de distância. Tinha-o notado porque foi o único carro recentemente na estrada. E porque o sedam me acendeu os faróis. Todos os agentes, bons e maus, pareciam usá-los. Teria pensado que eles viriam com um pouco mais original, mas não. Estavam me seguindo? Tão suspeito. Bom, tinha razão. Fiz uma curva à esquerda. Esperei. O sedam girou à esquerda também. Seguinte virou à direita. Esperei, outra vez. Outra vez, o sedam virou à direita. Sem dúvida disso. Tinha uma cauda. Rome? Foi meu primeiro pensamento. Olhei pelo espelho retrovisor. As janelas eram muito escuras para ver dentro do carro. Não era Rome, decidi de algum jeito. Amasse-me ou não, ele não teria querido me assustar. Isto era cortesia de John? Tinha enviado a alguém atrás de Rome para monitorar minhas habilidades? Essa teoria era mais plausível. Enquanto meu veículo facilmente atravessava minha vizinhança, fazendo giros que não necessitava, segui com um olho no sedan. Não podia me dirigir para meu destino até que soubesse quem estava atrás do volante.

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—Tudo bem, Avó — disse Sherridan, tamborilando suas unhas cor coral no console entre nós— Está bem pôr um pouco de pressão no acelerador. Tem minha palavra de que não perderá o controle se subir a dez milhas por hora. —Muito divertido. Não olhe, mas acredito que estão nos seguindo. —O quê! Quem? — Ela imediatamente se virou em seu assento, olhando pela janela traseira. —Disse que não olhasse. Merda! Ela se virou, de cara à frente e sendo consciente como um jogador de pôquer. —O que deveria fazer? — perguntou ela, sua voz impactada. Com medo? Excitação? —Só... Não sei. — Os nervos me percorreram— Tira meu telefone da bolsa. Dobrando-se, ela escavou nos conteúdos. Finalmente, tirou o pequeno artefato negro. —Rome está em marcação rápida. Pressiona um. Ela o fez. Então. —O que segue? Deveria falar com ele? —Pressiona falar — disse. Não queria que quem fora que estivesse atrás de mim soubesse que tinha a alguém na linha. Reduz, reduz, para. Reduz, reduz. Ele tinha melhores resposta! —Já sente minha falta? — perguntou Rome roucamente. Tremi, então amaldiçoei sob minha respiração. Não havia tempo para isso. —Pôs John uma cauda sobre mim? E seja honesto. Isto poderia ser uma situação de vida ou morte. —Merda. — Sua voz perdeu a indireta rouca completamente— Alguém está te seguindo? De acordo. Isso respondia à pergunta. —O que deveria fazer? — Antes, sempre que tínhamos sido perseguidos, Rome era o condutor. Agora, tudo dependia de mim. Se tivesse estado sozinha, não teria estado tão assustada. Mas a vida de Sherridan estava em minhas mãos. —Me dê dois minutos — disse Rome— Estou a caminho. —Dirijo-me ao sul por Cedar, e seguirei reto. —Bem. Estou chamando John. Não responda seu telefone se não ser meu número. Clique. Sherridan atirou o telefone a seu joelho. —Pode ser que não seja nada — disse ela, esfregando sua mão contra suas calças— Só um Joe em um caminho regular ao aeroporto privado que ninguém conhece exceto nós. Ela estava excedendo-se, mas homem, queria estar de acordo. —Ninguém te seguiria tão descaradamente, certo? —Não pensaria isso. Ao menos... este era o Homem Memória? Tentando me manter a salvo? Mas por que me assustar assim? O medo não tinha sido a emoção que ele tinha querido me incitar. Minhas mãos estavam tremendo no volante, meus nódulos tão tensos que já estavam perdendo a cor. Os ossos se sentiam quebradiços com o frio. Deus, não me permita congelar nosso carro. Estaríamos imóveis. Inclusive, desafio a dizer, indefesa. Tinha poderes, seguro, mas

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tão instáveis como eram sem meu filtro, não podia usá-los e me arriscar a destruir a vizinhança inteira. Mantive minha atenção fascinada no espelho retrovisor. O sedam manteve o espaço fixo entre nós. O condutor não se preocupava sequer um pouco por minha velocidade lenta, isso parecia. Pressionei o acelerador, incrementando sobre as vinte milhas por hora. O sedam acelerou, também. Subi aos vinte e cinco. O sedam fez o mesmo, reduzindo a distância entre nós. Trinta. Sip. Uma vez mais, houve um incremento. Por que o condutor estaria tão despreocupado por isso? Ele, ela? Não parecia lhe importar que soubesse o que estava passando. —Carro estacionado perto — disse Sherridan, ganhando minha atenção. Troquei meu olhar à estrada e virei bruscamente para evitar o impacto com uma pick-up. —Obrigada. —Quando quiser. Meu telefone soou, e Sherridan rapidamente pressionou o botão “falar” outra vez. —Quase estou aí — disse Rome sem preâmbulos— E John não pôs a alguém que te seguisse. Está bem? —Sim. Obrigada, não estavam fazendo nada ameaçador. Só mantêm a distância entre nós. —Poderia ser o Homem Memória — disse ele, vocalizando meu pensamento de antes— Pode ver o condutor? —Não nem um pouco. As janelas estão muito escuras. Ele amaldiçoou. —Um homem que te faz esquecer que lhe viu sem preocupar-se em manter sua identidade escondida, assim duvido que seja ele. Bom ponto. Assim quem era? —Se querem falar comigo, por que não o fizeram enquanto estava carregando minhas coisas no carro? Eu teria sido um público cativo. — Pela segurança ali. As câmaras. Averiguaremos. Depois, agora mesmo só me preocupam suas emoções. Como estão? — perguntou Rome. —Bem, estão bem — virei o volante para evitar a outro carro estacionado, logo facilmente voltei para meu lado da estrada— Sem congelamento O... Algo destroçou minha janela traseira. Assustada, acidentalmente virei bruscamente, minha roda direita golpeou uma curva. Sherridan gritou. —Se agache — gritei, golpeando meu pé no acelerador e nos revolucionando até os sessenta em só uns segundos. O medo nadou através de mim. Ainda bem que ela obedeceu, atirando-se ao chão. Seus olhos estavam abertos como pires enquanto ela ofegava. —E você? —Que demônios ocorreu? — exigiu Rome antes que pudesse responder. —Inesperadamente dispararam em nós! — O suor rompeu sobre minha pele, mas o medo ainda surgindo através de mim instantaneamente o congelou, me deixando coberta em um fino brilho de gelo.

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Houve um golpe alto, logo um Bang, um pouco fechado de repente na parte de atrás do carro, nos causando uma sacudida para diante e para trás. O cinto de segurança de Sherridan saltou a outro grito. —Belle! — Era Rome— Fale-me. Colidiste? —Só nos investiram e acredito que cravaram uma roda, mas estamos bem — mas por quanto tempo? Eu estava chegando a um beco sem saída— Vou sair por... Maple — disse. Não tirei meu pé do acelerador, assim que as rodas (ou o que ficavam delas) chiaram. —Vejo-lhes — grunhiu Rome— Vá para esquerda em Pene e logo segue direito. Há uma saída na estrada principal três blocos abaixo. No seguinte girou, girei o volante. Uma vez mais as rodas chiaram e Sherridan e eu fomos atiradas a um lado quando o carro virou duramente. —O que lhes vais fazer? Não quero te deixar... —Faz o que te hei dito. Clique. Do meu retrovisor, observei como o sedam do Rome se aproximava. (Ver? Um sedam.) Aproximar-se mais perto. Ele fechou de um golpe seu carro para eles. Ambos viraram e Rome investiu para diante outra vez. Desta vez, o veículo dos meninos maus virou um círculo completo. Levantei meu pé do pedal, fazendo ranger o gelo que tinha florescido de mim e me tinha me envolvido e o carro freou. Tomei outro girou, logo outro, querendo que Sherridan estivesse tão longe da ação como pudesse conseguir afastá-la. Infelizmente, o suor frio havia solidificado em mim completamente, fazendo meus movimentos duros, minha roupa intransigente. O gelo havia inclusive deslizado ao painel do carro, congelando os medidores. Muito mais, e o carro tivesse sido inútil. Olhando ao redor, encontrei um oco escuro na parte de atrás de uma casa. Seguro, não sabia a quem pertencia a casa e os proprietários não me conheciam nem ao Sherridan, mas entrei na garagem e estacionei de todas as formas. —Rome disse que te dirigisse à estrada principal. —Sim, bom, não lhe prometi amor, honra nem obediência. Fica no carro — eu disse a Sherridan quando desabotoei. Rome necessitaria de minha ajuda, assim ajuda conseguiria. —Não. Eu... —Se não o fizer, os proprietários da casa tentarão rebocá-lo. Não deixe que ninguém entre. OH, e há uma pistola no porta-luvas. Se se sentir ameaçada, começa a disparar e faz perguntas depois. Não a dava tempo para me refutar. Só saltei fora do carro e o rodeei à rua onde tinha deixado Rome. Com o passar do caminho, permiti que meu medo crescesse e se ulcerasse. Logo, inclusive a rua detrás de mim possuía uma patina de gelo. Minhas botas reguladoras de agência escorregaram e escorregaram, e duas vezes quase caí. De algum jeito, pensei, arrumei-me isso para manter meu equilíbrio. O que encontraria? Ao Rome disparado até morrer? Deus, odiava pensar nisso, mas agora mesmo era meu benefício. Inclusive quando pensei, bolas de gelo se formaram em ambas as mãos. As agarrando tensamente, as mantendo prontas.

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Finalmente, os dois combatentes vieram à vista. Ninguém tinha saído de seus carros. Em seu lugar, os veículos ainda estavam investidos juntos, o metal esmagado contra o metal. Na distância, podia ouvir sereias. Muitas, e a polícia chegaria. PSI teria que fazer limpeza, e isso encheria o saco de John magnificamente. O mundo não podia aprender do paranormal clandestino coabitando com eles. Eles estariam aterrados. Provavelmente tentariam e nos caçariam, matariam a todos. Melodramático? Não acredito. Tinha observado os quatro filmes dos X-Men. Tinha que tirar o Rome daqui antes que alguém tentasse prendê-lo. Mas como? Avancei mais perto da ação, fazendo meu melhor esforço para permanecer escondida nos arbustos. Rome finalmente as arrumou para cravar ao carro dos meninos maus para uma árvore. Ele atirou sua porta aberta, ficando abaixo no chão. Seu assaltante saiu também, mas não podia vê-lo porque ele estava agachado no chão. Embora mediante a fresta entre a estrada e o carro pude ver seus pés. Botas. Botas grandes. Definitivamente um homem. —Se coloque em seus assuntos — demandou Rome. —Só queremos à garota. Nós? Outro par de pés golpearam o chão. Logo outro. Meu Deus. Havia três homens, todos preparando suas armas sobre Rome, muito provavelmente. Os dentes se fecharam juntos, afiei meu enfoque ao homem mais perto de mim, que tinha cometido o engano de endireitar-se para tentar farejar na localização do Rome, e me deixando uma carga voando. Falhei. A bola de gelo entrou em seu carro, estendendo-se rápida e letalmente. —Retorna! — gritou-me Rome. Um golpe. Um zumbido. Mergulhei no chão. Não senti a bala passar sobre minha cabeça, mas sabia que uma o fez, o ar em cima de mim criava ampolas. Se mova! Está fora em um claro. Virei tão rápido como pude, me escondendo atrás de uma cerca de arbustos. Outro disparo. Outro zumbido. O pó justo diante dos arbustos explodiu, disparando-se em todas as direções. —Por quê? — Perguntou Rome, afastando sua atenção de mim— Por que a quer? Maldito seja! Não queria que lhe disparassem tampouco. Disparo. Bang. Pop. Bang. Conhecia esse som bem. Como havia temido, eles estavam disparando em Rome, suas balas golpeavam na armação de metal de seu carro. O que deveria fazer? Que demônios deveria fazer? —Por que mais? — disse uma voz desconhecida— Dinheiro. —Quem a quer? — Rome— Possivelmente nós possamos arrumar algo. Houve um bufido. Não podia ver ninguém através da espessa folhagem verde, e possivelmente isto era o melhor. O pasto debaixo de mim começava a congelar, os arbustos murchavam sob o peso dos cristais. Agachei-me mais abaixo. O que faria Rome se estivesse em minha posição? Ficaria de pé e começaria a atirar gelo? —Tem toda a razão. — Uma voz de repente sussurrou atrás de mim. Quase gritei pela surpresa e o medo. Meu olhar se agitou de direita a esquerda, de acima a baixo, procurando, mas não encontrei a ninguém. —Quem está aí? — sussurrei de volta.

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—Não deixarei que nada te aconteça, Belle. — Outro disparo passou no ar, este passou tão perto que meus tímpanos quase queimavam— Juro-o. Um uivo de dor ecoou detrás dos bêbados carros. Não era Rome, graças a Deus. Logo uma ronda de balas foi disparada em minha direção, até que Rome e meu anjo guardião começaram a tirar suas próprias rondas. Outro uivo. —Dois menos — disse a rouca voz atrás de mim. Cálida. De algum jeito familiar. Meu Deus. O Homem Memória. E tinha uma bola de gelo com seu nome nela. —Onde está? —A sua esquerda, atrás da parede da casa. Lentamente, tanto como para não chamar a atenção para mim mesma, virei. Um homem olhando desde detrás da parede, exatamente onde ele havia dito que estava, sorria-me em um momento, foi ao seguinte. Não houve tempo para atirar o gelo, o qual era o por que ele provavelmente escapuliu tão rapidamente. Tinha pego o olhar mais breve de seu cabelo arenoso, gestos da trintena e um alto, possivelmente um pouco magro corpo. Ele tinha estado muito longe para dizer de que cor eram seus olhos, embora pensava que eram escuros. Ele era arrumado, mais que muitos dos que tinha visto. —Pensei que te havia dito que tomasse cuidado — disse ele. Como se isto fosse culpa minha. —Estava conduzindo, pesando em meus próprios assuntos — repliquei, examinando a área por outra vista dele. Ele soltou um comprido suspiro de sofrimento. —Não pode evitar, suponho. É um ímã para os problemas. —Me diga algo que não saiba — murmurei— Mas pode ver por que seria uma boa ideia devolver as lembranças de Rome? Isto é mais ou menos no que sempre envolvo ao meu noivo. —Me interpreta mal, querida Belle. Ocorre que amo os problemas. —Seria prudente deixar que me leve isso. — Alguém grunhiu dos carros, afastando minha atenção do Homem Memória e me salvando de pensar em uma resposta— Pelo resto, mais e mais homens como nós vão vir atrás dela. Como eles, a.k.a assassinos, pensei, meu estômago bateu com náusea. Tinha sido marcada para morrer, então. Outra vez. Quando acabaria? —Por quê? — repetiu Rome. Os passos ecoaram. Deles? Do Rome? Impulsionei meu punho, que ainda continha a bola de gelo, preparado. Mas meus ouvidos começaram a soar antes que pudesse lançá-la, me assombrando. Não, espera. As sirenes estavam soando, impossivelmente alto. As autoridades tinham chegado. Merda! Antes de me aterrar, Rome estava ao meu lado, ofegando, maravilhoso. Claramente furioso. Não sabia como foi o primeiro, só que alguém tinha se aproximado sigilosamente, e atirei o gelo. Ele tinha esperado, pensei, e me agachei. Voou sobre meu ombro, golpeando a porta dianteira da casa e convertendo-a em um grande polo.

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Ele franziu o cenho para mim, mantendo uma polegada entre nós para que não se congelasse com a porta. —Mulher insensata. Podia ter ido atrás deles, averiguar o que queriam de você, mais que engatinhar detrás de você em serviço de guarda. —E poderia ter morrido. Não pode fazer tudo sozinho. Tentando, só conseguirá que lhe matem. — Procurei uma vez mais a M-Squared, mas não tive nenhuma breve visão dele— Se você lhe fizer mal—disse ao Homem Memória-, te odiarei para sempre. Sem resposta. Rome me olhou de modo esquisito. —Golpeou sua cabeça? Não respondi. Ele ignorava minhas perguntas às vezes. Eu tinha ignorado a sua. —Onde está? O sobrevivente, quero dizer? E, deveríamos fazer uma fuga? —Ele fugiu. E sim. Primeiro, onde está sua pistola? Boa para apontar pelo caminho. —Não tenho pistola. —Como disparaste aos homens, então? — Na distância, a polícia gritava ordens mutuamente. Os passos retumbavam— Não pense. Diga isso mais tarde. Agora mesmo, tem que conseguir se acalmar e sairemos daqui antes que nos prendam. Capítulo 14 Afastamo-nos da casa, permanecendo abaixo, perto do chão. Só quando nos ocultávamos pelo tijolo, púnhamo-nos de pé. E pelos seguintes quinze minutos, caminhamos em silêncio pelo bairro, sempre atentos a nos esconder quando alguém saía de sua casa ou um carro passava. Finalmente, chegamos a Sherridan. Ela estava no processo de tirar nosso Honda da garagem onde eu tinha estacionado enquanto o proprietário de dita garagem gritava e agitava suas mãos para ela. —O quê…? — Comecei, só para ser cortada. —Entra — ordenou Rome. Abriu uma porta e me abriu outra. Sherridan chiava enquanto nos acomodávamos em seu interior. Eu na parte traseira. Rome adiante. No assento do condutor, para ser exatos, tirando a empurrões Sherridan. —Quase obtém que me faça xixi de susto. — Sua mão revoava sobre seu coração—Que diabos esteve passando? Ouvi múltiplos disparos. Rome saiu dando inclinações bruscas fora do caminho de entrada e saindo à rua. —Ao chão e permaneçam abaixo, senhoras. Ambas nos agachamos sem emitir protestos. —Os medidores estão molhados — ele disse, confuso. —Eles estão descongelando. Eu, né, acidentalmente os congelei. — Felizmente, tinha conseguido manter minhas emoções e, portanto, meus poderes, sob controle com pensamentos de M-Squared. Ele estava ali fora, observando. Protegendo.

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Melhor que isso, sabia muito no fundo que ele se aproximaria outra vez. Ele tinha desfrutado de nossas interações, isso era óbvio. Mais que isso, ele ainda estava determinado a me demonstrar que poderíamos ser felizes juntos. Possivelmente, talvez, com um pouco de sorte, eu finalmente o convenceria de devolver a Rome o que era seu por direito. Porque, e certamente ele se daria conta disto, essa seria a única maneira de me fazer verdadeiramente feliz. Rome retirou seu celular e pressionou um só botão. O falava com… o John? Um momento depois. —Necessitamos limpeza em Pene. — Pausa— Dois mortos, um fugitivo e civis em todo o lugar. — Outra pausa— Sim, estamos bem. No caminho à pista de aterrissagem agora. Vou necessitar a alguém para recolher minha roupa e equipe. Desconectou-se. Uma e outra vez o carro pegava a um lado, Rome tomava as curvas a um ritmo alarmante. —Pôde ver bem a seus atacantes? — ele me perguntou. Envolvi meus braços ao redor de minha cintura. Meu gelo derreteu sobre mim, também me deixou úmida, por isso o ar condicionado era mais frio do que deveria ter sido. —Não. E você? —Não realmente. Usavam máscaras enquanto desciam do carro. Assim, onde aprendeu a disparar assim? E, onde guardou sua arma? Não a deixou atrás, verdade? Porque eu sei que não está atualmente em seu poder. —Eu disse a você. Nunca tive uma arma de fogo. Bom, não comigo. — Ele me jogou um rápido olhar sobre seu ombro. —Não, você disse que não tinha uma arma. O que quer dizer, que alguma vez tive uma? Disparou contra os meninos maus. —Não. Não disparei a esses homens. Alguém mais o fez. O carro bruscamente se moveu de um puxão, penso que o pé de Rome estava flexionado sobre o pedal. Voltou a cabeça para me dar outro olhar, desta vez através das pálpebras entreabertas. Sem querer admitir o resto ainda, afastou o olhar e se centrou em Sherridan, que estava aconchegada no chão do assento do acompanhante e me olhava pela fresta entre os assentos. Está bem? Ela articulou. Eu assenti. Você? Até agora. Ao uníssono nos alcançamos e entrelaçamos os dedos. —Merda. Já começaram a bloquear as saídas — Rome murmurou. O carro mais lento, meteu-se em outro caminho e logo se retirou e se dirigiu na direção oposta—. Vamos ter um breve interrogatório. Belle, Sherridan, troquemos de lugar. —Trocar. O quê? Por quê? —Faz. Agora. Sem limites. Sherridan e eu abrimos os olhos, compartilhando um olhar confuso antes de caminhar pela lama juntas, dançando ao redor da outra e trocando de lugar. O sol brilhou de repente me olhando, me destacando. —Bem. Agora sente-se e ponham o cinto.

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Meu coração estava atualmente em curso de competir com nosso carro. Meu coração ganhava e meu sangue se esfriava. —Pensei que tínhamos que nos ocultar. —Duvido que os meninos maus tentarão alguma coisa com esse barulho todo no lugar. Muito bem. Grampeei-me, com minha mão tremente e a umidade nos indicadores se cristalizou de novo. Eu queria chegar ao tato de Rome, de algum jeito, absorver sua força, seu calor, mas não o fiz. —O que vais dizer à polícia? —Vou chegar a isso. Em primeiro lugar, me fale sobre a pistola que não tem. Ele tentava me distrair? Bom, estava trabalhando. Embora isso não significava que eu estava pronta para lhe dizer a verdade. Traguei, procurando em meu cérebro a desculpa menos incriminatória. —Anjo da Guarda? — ele disse com voz débil. Disse como uma declaração, não uma pergunta. Quantas vezes me havia feito algo similar nos últimos dias? Tinha que ter um melhor controle de minhas inflexões de voz. Um músculo estava marcado no queixo. —Tenta outra vez. — Não importava o que pusesse nisto, Rome ia odiar. Não gritaria, possivelmente me desse um sermão—. Alguém estava ali, de acordo? — Atirei as palavras como uma arma— Alguém estava ali, me ajudando. Disparou aos bastardos para me proteger. —Alguém... um homem? —Sim. —Era bonito? — Sherridan perguntou. —Sim, mas não vai sair com ele. — Não vai se aproximar dele, acrescentei silenciosamente. Não sabia o que faria se o Homem Memória decidisse que também queria as lembranças de Sherridan sobre mim. —E pensava em me dizer que ele estava ali? — perguntou Rome em voz baixa- Poderia ter falado com o homem, aprender mais a respeito de seu propósito. —Ele se foi quando você chegou. — Acredito. M-Squared era ardiloso, daria-lhe isso. —Ou isso acredita — Foi a resposta dura, como se tivesse lido minha mente. —Estou detectando cólera, Rome — Sherridan disse— O homem a salvou. Deveria beijar seu traseiro em agradecimento, não gritar com Belle porque você falhou. Eu adorei Sherridan. Rome passou a língua pelos dentes. —Posso te deixar aqui, sabe. —Muito bem, meninos — eu disse, dando palmas para ganhar sua atenção. —Isso é suficiente. Rome não me decepcionou e Sherridan ficará justo onde está. Quem tivesse pensado que ia me colocar no papel de moderador? Pelo geral, tinha que ser eu a moderada. —O que te disse? — Rome exigia, não deixando passar o tema.

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—Nada. — Rodei em cima dos extremos de minhas calças jeans, tirei meus sapatos e tirei minhas meias três quartos. Estavam muito úmidas, já que recolheram a maior parte da água que se escorria de minha pele— Bom, ele me disse que não tivesse medo dele e que me ajudaria. —Isso é algo. Mas quem era... ele? OH, diabos, não. — O volante se queixou, já que se inclinou para trás— Diga-me que não era Homem Memória, Belle. Às vezes era uma porcaria amar a um homem que era bom em pôr as pistas juntas. —Assim quer que minta? Crack. A metade superior do volante se separou da metade inferior. —Ligou também, — adicionei. Bem poderia revelar toda a verdade, agora que nossos canais de comunicação eram tão abertos. Como um menino ao que apenas haviam dito que não podia jogar com seu brinquedo favorito mais, Rome atirou a peça dizimada no chão. —Ciumento? — perguntei esperançada. —Dificilmente. Estava, pensei, tratando de não sorrir. Ele estava realmente. Sua respiração estava entrando e saindo com força e seus dentes estavam moendo juntos. Isso era algo mais que a ira, e que doce progresso era! Este era o Rome que conhecia e amava. Um homem que me queria para ele sozinho, que odiava a outros homens que inclusive olhassem em minha direção. Soava ao Neandertal, mas eu adorava. No passado, os namorados não se preocuparam que me olhassem, ou inclusive o que fazia com a pessoa que me olhava. Tinha sido uma espécie de plano de respaldo para eles, facilmente descartadas quando vinha algo melhor. Para Rome, eu sempre tinha sido esse algo melhor, e ele queria me amar. —Estamos sendo seguidos, senhoras — disse de repente— Deixem-me falar. —O quê! — Sherridan gritou— por quê? Não íamos em excesso de velocidade. Ao menos, nem tanto. Esfreguei a palma da mão sobre meu peito, meu coração se agitava de novo violentamente. —Acredita que sabem que…? Rome deu uma sacudida única da cabeça. —Teriam canhões apontando contra nós se suspeitassem. Logo que estão tomando os nomes, descobrindo quem estava fora e ao redor nesta área durante o tiroteio. O carro foi mais lento, logo se deteve por completo diante de uma casa de dois pisos de extensão. Uma vez mais, encontrava-me olhando uma cena de jogo através de um espelho retrovisor. O negro e branco da porta do carro se abriu. Os pés golpearam o chão e, continuando, um varão fornido saía do carro e ficava de pé. Gemi quando suas características ásperas, resistidas, entraram na visão. —O quê? — Sherridan e Rome exigiram em uníssono. —Eu o conheço. — E isso não era algo bom!- Arrumado a que está tratando de nos apanhar. —Espera. Conhece o polícia? — Rome perguntou franzindo o cenho.

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—Sim. Uma garota que nunca se esquece do agente que a deteve pela primeira vez. Sherridan estalou os dedos, a ira ardendo em seus olhos azuis escuros. —Assim estamos a ponto de ter um cara a cara com o K. Parton? —Conhece-lhe também? — Rome exigiu. —Bom, Belle estava dirigindo meu automóvel e tive que tirar a de apuros. Se prepare para conhecer o anticristo, meu amigo. A este homem gosta de tratar às mulheres inocentes como delinquentes habituais. —Foi presa? — Rome se voltou para o espelho para poder ter uma melhor vista do homem que se aproximava— Pelo quê? Rome fez uma vez uma verificação de antecedentes de mim, assim já tinha esta informação em suas mãos. Repeti-lo não tinha a mesma diversão. —Eu tinha uma licença vencida. Não é grande coisa. —Agora piscou para mim. — Está brincando. Há criminosos violentos por aí, e esse te fichou por sua maldita violação de licença? —Sim. Eu estava de caminho a uma entrevista de trabalho. É obvio, nunca a fiz, assim não consegui o trabalho. E teria parecido essa entrevista, só sei. Sempre fui boa nisso. Deveria ser, de todos os modos. Tinha-me sentado através do que parecia ser milhares delas. —Mata-o — ordenou Sherridan ao Rome. Oficial Bastardo, também conhecido como Oficial Parton, avançou no carro com um avanço forte e seguro. Quais eram as probabilidades de que eu tinha de encontrar com o diabo duas vezes na vida? Quem sabe. Talvez tivesse mudado. Talvez houvesse... Deteve-se diante da janela de Rome e me deu uma completa visão sem obstáculos dele. OH, não. Little Partie Wartie não tinha deixado de amar a si mesmo, isso era evidente pela inclinação orgulhosa de seu queixo e o brilho superior nos olhos, levantou seus óculos de sol. Claramente, ele ainda se considerava a si mesmo um Deus nesse uniforme azul escuro. É curioso, mas justo nesse momento recordou Lexis. Não me interpretem mal. Eu não tinha nada contra os policiais em geral. Trabalhamos em um campo similar, assim é obvio respeito o que fazem. Mas as pessoas que estavam tão apaixonados por seu próprio poder me enlouqueciam. Eu tinha o poder para destruir a famílias, os exércitos. Quero dizer, poderia fritar a este homem com uma bola de fogo. Ele gritaria e sofreria e morreria. Mas enquanto o pensamento me satisfez morbidamente, não atuaria sobre ele. Não pensava que eu era melhor que ele, bom, que todo mundo, pelo que podia fazer. Essa era a diferença entre nós. Rome abriu a janela do lado do condutor e apoiou o cotovelo no aro. —Qual é o problema, oficial? Era que ia em excesso de velocidade? Parton tocou uma caneta contra a caderneta de papel que tinha. —Licença e registro. — Seu olhar viajou por cima de mim, mas estava claro que não me reconheceu. A diferença da última vez, seus lábios não se frisavam em desgosto. A este ritmo, eu ia desenvolver um complexo. Era eu fácil de esquecer?

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Olhou para Sherridan, deteve-se a admirá-la por um momento, logo estudou o quebrado volante. Não perguntou, para minha surpresa, mas tinha que ter perguntado. Rome lhe deu ambos com uma risada nervosa. Eu sabia que essa risada era falsa. Nada fazia que Rome ficasse nervoso. Olhe como se encarregou dos atiradores. Nem sequer um momento de vacilação. —Você vive na zona — disse o oficial Parton, olhando a informação do Rome—Aonde vai? —O que importa isso? — encontrei-me perguntando. Rome beliscou a ponte de seu nariz. —Coração— disse entre dentes— só porque tem uma dor de cabeça não significa que deva impor seu mau humor ao resto de nós. Deixa que o homem faça seu trabalho. Parton quis dar uma palmada em Rome no ombro em um gesto de manter a sua mulher em seu lugar, dava-me conta. —Você faria melhor em escutar seu marido, senhora. —Ele não é meu marido — resmungava. Rome ficou rígido. Parton inclinou a cabeça para um lado enquanto que me considerava uma segunda vez. —Te conheço? —Não — menti. Se somente Rome tivesse recuperado sua memória tão rapidamente— Estou segura de que recordaria. —Estamos realmente em uma espécie de pressa— Rome interveio antes que eu pudesse terminar com um aprumado agente da lei como a você mesma. Realmente— Horário com o médico. Por sua dor de cabeça. Assim se já terminou conosco... Parton deslizou seus óculos de sol em seu lugar e uma sobrancelha arqueada por cima deles. Tive a sensação de que ainda estava me olhando, tratando de me localizar, sem escutar realmente a Rome. Houve um roce de frio desagrado por todo o caminho de minha alma. Jogue-me uma olhada. Minha camiseta e calças jeans estavam ainda úmidos, meus mamilos duros e espiando através de meu sutiã. Parecia-me em cada polegada a uma vagabunda acordada. Rome não estava melhor (menos a parte de acordado, por desgraça). Tinha uns cortes na cara e contusões que já se estavam formando em suas mãos, que estariam curadas para o final do dia. Manchas de erva e a fuligem se agarrava a sua roupa. —Agente? — Rome disse. A atenção Parton voltou para ele. OH, que piada! Ele tinha estado me avaliando. Talvez inclusive como um pervertido. Eu ia necessitar uma mangueira colocada à força em minha garganta para lavar o vômito. Sua caneta começou a golpear ligeiramente contra sua caderneta outra vez. —Vocês não viram nem escutaram nada raro desde que saíram de sua casa? —Por quê? — Rome perguntou, atuando como qualquer outra pessoa morbidamente curiosa- Como o quê? Parton deu de ombros. —Disparos de armas? Gritos? Carros explodindo?

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—Houve um tiroteio? Neste bairro? OH, homem! Em que se está transformando o mundo? Quero dizer, ninguém está a salvo hoje em dia. Eu gostaria de poder lhe ajudar, detetive, mas eu não vi nada. —É oficial. Rome me olhou. — Viu algo, carinho? —Não. —Eu tampouco — disse Sherridan, trocando de posto em seu assento. Parton franziu o cenho e olhou nosso carro —Como é que a seu automóvel o golpearam na traseira, o para-brisa quebrado? Por que a metade de seu volante falta? —Um acidente — Rome disse, jogando uma olhada irritavelmente em seu relógio. Não estava segura de se estava fingindo agora ou se tinha desatado sem querer um pouco de sua ira— Pegaram-nos por detrás e o impacto causou todo tipo de danos. Os carros não são tão duradouros como estavam acostumados a ser. —Você tem o número do boletim de ocorrência? — disse com facilidade, mas começou a escrever em sua caderneta. Tomando nosso nome? Nos faz suspeitos? Muito em breve, provavelmente estaria pedindo por radio reforços. —Não recordo. —Isso está bem. Seu nome será suficiente para encontrar o relatório. Estive a ponto de gemer. Devo congelá-lo? O mais provável é que degelaria e passaria a viver uma vida longa, por desgraça. Ou inundá-lo em gelo chamaria muito a atenção para nós? Estavam pessoas nos observando do interior de seus lares, aparecendo pelas janelas? De qualquer maneira, eu não podia permitir que nos detivesse mais tempo do que já levava. Tínhamos um voo que tomar. Um agente…a salvar? Sem contar com Cody. —Era você quem conduzia? — Parton continuou—Ou era sua noiva? Parece-me recordar apanhando-a em algum tipo de violação veicular. Embora seu nome... a chamamos de boca asquerosa James, ou algo assim. —Basta disto. — Em um movimento tão rápido que só via uma mancha, Rome estendeu a mão e tomou ao oficial pelo pescoço, apertando sua carótida. Em primeiro lugar Parton ficou vermelho, logo azul e logo seus joelhos cederam e se derrubou. Nenhuma só vez lutou. —Uma lição rápida para vocês moças. Bloqueiem o sangue ao cérebro de seu oponente, não a suas vias respiratórias. Baixam mais rápido e não luta. — Rome deixou cair o homem, nem sequer tratou de apanhá-lo ao sair do carro — Fiquem aqui — disse, tirando Parton em seus braços. Desabotoei, aparecendo na janela para vê-lo colocar ao Parton no assento traseiro de seu carro patrulha. Os momentos passaram, o trabalho feito, mas Rome ficou inclinado no carro. O que estava fazendo? Por último, dirigiu-se de novo a nosso carro, colocou-se no interior e o pôs em marcha. Atirou as notas que Parton tinha escrito em um montão no piso.

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—O que fez com ele? — perguntei-lhe. —Deixei-o nu para que seus amigos o encontrem. De nada. Também por rádio encontraram um dos homens do tiroteio ao redor de uma milha daqui. Esperemos que todos os oficiais disponíveis se dirijam por esse caminho, o que nos permite um modo fácil de escapar. Agora nos afastemos daqui. Seu plano funcionou. Tínhamos conseguido sair do bairro sem outros incidentes. Inclusive, chegamos à pista de aterrissagem sem obstáculos. Rome estacionou e desligou o motor e todo mundo lançou um suspiro de alívio. —Obrigada — eu disse— Por tudo. Sherridan saiu para tirar suas bolsas do porta-malas, e tratei de fazer o mesmo. Mas Rome estendeu a mão e me agarrou pelo braço, me parando. Sua expressão não dava em nada . —Pensei que tinha te perdido lá — disse e inclusive sua voz carecia de emoção. Não pude deixar de me perguntar como me teria afetado a perda dele. —Mas não me perdeu. —Estou contente. — Soltou meu braço só para chegar acima e acariciar minha bochecha— E sinto por isso. Formigamento, calor, engoli em seco. —Sobre o quê? — A pergunta surgiu sem fôlego, necessitada. —Não posso te deixar voar. Quase congelou o carro antes que eu chegasse a você e logo outra vez enquanto eu conduzia. Se isso acontecesse no avião... Meu crescente desejo se transformou em raiva. —Eu não tenho medo de aviões, por isso não haverá nenhuma possibilidade de um repentino congelamento do céu. —O que acontece com as turbulências? E se um dos motores queimar? —O que acontece se crescem orelhas de coelho e uma cauda? Seus olhos se entreabriram. — Não vais voar assim e isso é tudo. Ah, sim? —Não pode me deixar para trás. Sou o agente a cargo. — Sobre o papel, pelo menos— Estou neste caso, você goste ou não. —Não, quero dizer, não posso te deixar voar acordada. Suas emoções são muito voláteis, o que significa que seus poderes são muito voláteis. Assim, uma vez mais, sinto muito. Um segundo depois, algo agudo se cravou em meu ombro. Ao me haver distraído com êxito, ele me tinha alcançado com sua mão livre e me injetou algo. Seu coquetel de noite, suspeitei. Por isso ele tinha querido que Sherridan e eu trocássemos de lugares, o bastardo diabólico. Tinha estado planejando isto todo o tempo. —Doces sonhos, Belle. —Não posso… acreditar... — A letargia venceu através de mim, dispersando-se e me consumindo. A cor negra piscou sobre meus olhos e pedras caíram sobre minhas pálpebras,

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pressionando para baixo— Pagará no inferno —arrumei isso para dizer com voz entrecortada antes de me afundar no esquecimento. Capítulo 15 Minhas pálpebras se abriram, meu cérebro iniciou a marcha enquanto uma bruma de vozes encheu meus ouvidos. Estamos com sorte pessoal. Hoje vai estar fresco e brumoso, com um máximo em temperatura de sessenta e um. Um clima perfeito para ir às compras. Certo, Helen? Risadas. Qualquer clima é perfeito para ir às compras, Jane. Parecia que pesos me mantinham colada à cama, dava-me conta, o colchão brando e suave contra minhas costas. Pelo menos não estava no frio, no chão duro, encadeada e esquecida. Examinei-me através de meus olhos meio dormidos. Eu continuava com a mesma roupa com a que tinha deixado a Geórgia: camiseta lisa negra, calças jeans. Meu olhar se levantou, assimilando meu entorno. A casa era pequena, mas limpa. As camas individuais foram empurradas contra a parede e cobertas por edredons macios e grossos de cor rosa escuro. Ali havia uma mesinha de noite, uma escrivaninha, uma televisão (ah, a conversa sobre o clima tem sentido agora) e um armário, mas não havia muito mais. Era uma quarto de hotel, dava-me conta. Com o sol que entrava por uma fenda nas cortinas, vi que era claramente um novo dia. O que significava a viagem de avião começou e terminou sem que eu alguma vez estivesse consciente. O que significava que alguém tinha tido que me levar para dentro e fora do avião, e a seguir, a este quarto. Meu queixo estava apertado com força. Rome é obvio. A pessoa responsável por meu despertador improvisado. Onde estava esse bastardo? Ia matá-lo. Como se pensamentos se conjuraram, ele saiu do banheiro, Lexis e Sherridan justo atrás de seus calcanhares. O que tinham estado fazendo ali? E onde tinha dormido todo mundo ontem à noite? Nenhum deles olhou em minha direção; estavam muito ocupados, as mulheres tratando de chamar a atenção do Rome, Rome fazendo caso omisso delas. Detiveram-se frente à única janela do quarto. As cortinas estavam fechadas. —Assim, o que é que faz o tubo comprido e negro? — Sherridan perguntou. Rome lhe dedicou um irritado cenho franzido, continuando, dirigiu sua atenção a uma bolsa de lona negra. Pinçou dentro, dizendo: —Estamos frente aos escritórios das empresas de Big Rocky e isto vai me ajudar a manter um olho em tudo. Agora escuta. Chegamos até aqui, tínhamos que descansar antes de chutar as coisas esta manhã, entretanto, falaram durante toda a maldita noite. Isso respondeu a uma pergunta. Todos nós dormimos neste quarto. Talvez não o matasse, depois de tudo. —Você prometeu que me dariam paz e tranquilidade, enquanto eu trabalhava — continuou. —Menti. O que está procurando? — Suspirou, derrotado. —Quero saber quando chega Candace Bright, quanto tempo fica e em que direção se dirige, quando se vai. Quero saber o que ela conduz, se não tem guardas e quem é. Quero saber se Cody

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estiver agora supostamente trabalhando para ela e se for assim, o que está fazendo. Quero saber por que pensou que era tão importante chegar ali, em lugar de simplesmente derrubar Desert Gal. —E antes que me pergunte como ele pode estar atento de tudo isto se não estiver aqui as vinte e quatro horas ao dia, os sete dias da semana, pode-se conectar à câmara de alimentação de seu telefone. Agora, lhe dê um pouco de espaço para trabalhar — Lexis disse, mostrando sua irritação também. —Farei se você fizer — Sherridan replicou. Deus, eu amava minha amiga. As duas mulheres compartilharam cenhos franzidos antes de afastar-se do Rome e desabar na cama que eu não ocupava para ver televisão. Rome seguiu trabalhando, conectando os cabos aos conectores, golpeando teclados e lentes de ajuste. Cada certo tempo, aproximava-se das persianas para olhar por uma fresta. Ele grunhia de satisfação, completamente absorto em sua tarefa. Eu não podia negar que esta concentração era sexy. Uma vez, não faz muito tempo, toda essa concentração se dirigiu a mim. Sabia que tão incrivelmente intenso e erótico poderia ser. O homem não tinha me deixado sair da cama até que não chegasse ao clímax (ao menos) três vezes. Queria dar um suspiro sonhador, mas não fiz. Não estava pronta para anunciar meu estado de vigília. Ainda. E se Rome decidiu que não podia dirigir a situação e que necessitava de mais descanso? Minhas mãos se apertaram em punhos enquanto a ira gerou através de mim. Uh, pode dirigir a situação? Continua por este caminho da ira e porá a sala em chamas. VERDADEIRO. Forcei meus pensamentos a afastar-se de Rome e suas ações. Minha equipe de crack já tinha erguido um trípe e vários monitores de computador no escritório. Como pude ter perdido tudo isso, drogada ou não? Que vergonha, que eu era como um passivo! O que é pior, dependendo de como o olhasse, Lexis era muito ativa. O ciúmes convocaram a terra e não queria encontrar a mim mesma enterrada em um montículo, assim obriguei meus pensamentos a afastar-se de Lexis também. Tinha havido alguma sinal de Desert Gal? De Cody? —Quando vamos ver alguma ação? — Sherridan resmungou, me recordando ao Tanner. Tanner. Meu coração sacudiu no peito. Como estava? Esperemos que acordado e levantando o inferno. Tinha chamado seu médico? Talvez houvesse um correio de voz que me esperava. —Logo — Lexis disse— Sinto muito. Há algo ameaçador... no ar. Rome se deteve e olhou. —Você não sabe o quê? Sacudiu a cabeça, o cabelo escuro balançando sobre seu formoso rosto. Seus olhos de esmeralda estavam ligeiramente apagados. —Significa que vai passar — disse Rome. Beliscou a ponta do nariz, um sinal seguro de sua exasperação. Bom. Eu não era quão única o irritava— Maldita seja. Uma preocupação a mais, é só infernalmente genial.

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Sim, estava de mal humor. —Talvez não. — Lexis escovou uma penugem de seu ombro— O fato de que sei que algo mal está por passar sugere que não posso ser eu o objetivo. Mais perigo. Maravilhoso. Queria amaldiçoar como Rome fazia. —Belle, você acredita? — As mãos de Sherridan se agitaram sobre seu coração. —Belle estará bem. Me assegurarei disso. — Rome se endireitou, suas feições em branco— Vou comprovar o perímetro, por algumas câmaras na sala, o vestíbulo. Desta maneira, se nos descobrirem, saberemos que alguém vem por nós antes de chegar a nós. Quero que fique aqui, Mantém um olho nas coisas. —Farei — disseram ambas as mulheres ao uníssono. Rome pôs os olhos em branco. —Você também, Belle. Muito para minha carreira como um espião. Com cautela me sentei e franzi o cenho para ele. Meu cabelo caiu ao redor de meus ombros em completa desordem. — Você tira a diversão de tudo. —Não de tudo. — Cruzou os braços sobre o peito e me olhou— Vais ficar aqui e ser uma boa garota como as demais. Rugas? Rugas? Dava-me outra inspeção. E efetivamente, minha roupa era uma massa de rugas e ainda manchada da perseguição de carros. Por não dizer o tipo de ervas e manchas de sujeira que tinha em meu rosto. Os três me olhavam. Lexis através dos olhos entreabertos. Sherridan com um sorriso de alívio. Rome espectador. —Sim — murmurei— Serei uma menina boa. Ele assentiu com a cabeça. —Bem. Então pode permanecer acordada. —Veem a mim com outra seringa e vou adicionar seus ovos a minha vitrine — eu disse com um açucarado e doce sorriso. Ouça, ser uma boa garota não era o mesmo que ser um capacho. Seus lábios tremiam. —Não estarei fora mais de um par de horas. Fez soar como se “um par de horas” equivalessem a uns minutos e como se nada mau pudesse acontecer, entretanto, tive uma visão de mim, Lexis e Sherridan tratando de nos matar mutuamente em meio do interminável tic-tac do relógio. Necessitávamos de Rome para atuar como árbitro. —Tome um banho e vista uma roupa que trouxe para você — adicionou. Uma de minhas sobrancelhas se levantou. —Roupa? —Roupa?— Lexis repetiu, empalidecendo. Ele assentiu com a cabeça. —Quando tiver terminado com a vigilância, ambos participaremos de uma festa. OH, uma festa! Que tipo de festa? E por quê? —Quem te pôs no comando? — eu disse, logo que me detendo de aplaudir com entusiasmo. —Eu mesmo. Enquanto estava dormindo. Passei dele.

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Pôs-se a rir, um som delicioso de diversão. Lexis apertou os dentes. —Por que ela tem que ir? Seu olhar não me deixou. —Seu poder pode ser útil. Além disso, você e Sherridan estarão observando os monitores e me chamarão se apanharem uma olhada de Desert Gal ou Cody. —Como eu disse a Sherri, pode comprovar os monitores de seu telefone. —OH, não, não me chamou assim! — disse Sherridan, ensinando suas unhas a Lexis— Se o fizesse, estaria morta. —Desta maneira — Rome continuou como se minha melhor amiga não houvesse dito nada—, não vou ter que fazê-lo e posso manter minha atenção onde é necessário. —Onde é necessário e por quê? Não havia tempo para perguntar. — Diga a Belle o que descobrimos a respeito de Candace Bright — ordenou e saiu do quarto. Pensei nisto: eu, Lexis e Sherridan apanhadas em um pequeno espaço juntas. Durante várias horas. Com nada que fazer a não ser esperar. Tinha tomado uma ducha e tingi meu cabelo negro com a cor temporária que Rome tinha deixado e acrescentei as lentes de contato cor violeta nos olhos. A combinação de cabelo escuro e olhos me fez sentir exótica, como Lexis deve se sentir, porque não me importava com a mudança. Estranhamente, entretanto, mal me reconheci. Era como se o cabelo escuro mudasse meu tom de pele, iluminando-a e as lentes de cor alterassem a forma de meu rosto. Não acredito que meu pai tivesse me reconhecido. Uma vez que meu cabelo secou com um brilho acetinado, pus o sutiã push-up púrpura e a igualmente púrpura tanga que Rome tinha deixado para mim. Para alguém que tinha estado extremamente furioso quando M-Squared me comprou roupa intima, não parecia ter nenhum problema em comprá-la ele mesmo para mim. Depois disso, introduzi-me na tirinha que era o vestido. Era muito ajustado, uma atrevida mistura de azul e púrpura e golpeava justo debaixo de meu traseiro, recordou-me à saia que Sherridan me havia feito usar o outro dia. Dirigíamos a uma festa de disfarces? Sentindo-me nua com o traje, tinha aplicado uma capa (ou duas) de maquiagem. Em meus pés tinha botas de couro negro com saltos de seis polegadas. Via-me fácil. Ou cara. De qualquer maneira, os homens esperariam tomar e me levar ao selvagem. Sherridan aprovou. Lexis não. OH, e toma isto. Enquanto estava me convertendo em uma dama da noite, a loja de vestidos de noiva confirmou meu encontro no dia seguinte. Aparentemente, era a mulher com a que havia falando para que não me re programasse como o tinha prometido. Assim que eu tinha tido que cancelar diante de Lexis, que tinha assobiado sob seu fôlego por dez minutos depois disso. Apesar de que uma vez mais estava trabalhando com o Rome, minha vida continuava desmoronando ao meu redor. Agora Sherridan e eu nos sentamos na mesa e simulamos jogar xadrez, apesar de que nenhuma sabia como (Lexis tinha levado o jogo para ela e Rome. Cadela. Entre os movimentos, Sherridan fazia perguntas a Lexis e eu estudei os monitores. Lexis estava de pé diante da janela, olhando o dia passar através da lente de um telescópio de Rome.

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—Agora seria um bom momento para me dizer o que aprendeu a respeito de Candace — disse durante uma pausa em minha conversa com Sherridan. As outras vezes que tinha pedido, Lexis havia dito que tinha que concentrar-se, que poderia ter encontrado algo. Não sabia nada. Agora, ela apertou a queixo. —Fiz uma certa investigação no avião. — Finalmente, estávamos em alguma parte— Candace comprou Big Rocky faz uns três meses. Conseguiu um pouco de dinheiro de forma inesperada. De Vincent, estou segura. De todos os modos, na primeira semana, despediu a metade do pessoal e os substituiu por empregados de sua própria escolha. Achamos que são scrims. Também pensamos, porque seu poder está tão conectado com a água, que necessita mais do que as pessoas comuns. Tendo um fornecedor como Big Rocky, ela tem uma fonte ilimitada. Tudo isso tinha sentido e me fez sentir parva por não ter considerado esse tipo de ponto de vista. —Realmente desejo que Cody a nocauteie e a traga. Depois de tudo, se Candace era a má, parecia ser um pouco à inversa, que a única que tinha sido nocauteada e levada a algum lugar, era eu. —Conhecendo o Cody como Rome e eu o conhecemos— Lexis, disse, e eu adorei como ficou a si mesmo e ao Rome juntos como casal— pensamos que Desert Gal tem mais pessoas encerradas e quer que suas localizações antes que ataque. —Uh, Cody e Rome se escreveram — Sherridan disse— Isso te mostra que há mais pessoas apanhadas acima. Lexis lhe lançou um cenho franzido. —Isso é tudo o que descobriu — Sherridan me disse que, ao parecer, decidindo que era melhor que me enchesse de si mesma. —Bom, salvo que Candace Bright é ruiva e Desert Gal é loira. Tingir seu cabelo é tão parvo como... como, a eliminação dos óculos para trocar seus personagens. Sem ânimo de ofender ao seu próprio fantástico cabelo negro, Belle. Assim, de todos os modos, que superpoder vou receber? — perguntou, trocando a seu tema favorito antes que uma briga fizesse erupção. E quando posso consegui-lo? Estou cansada de esperar. Havia muitas coisas que me absorviam, senti-me agradecida pelo indulto. Lexis não se incomodou em seu momento, voltando-se para isto. —Eu já te disse. Não sei. —Pensei que sabia tudo. — Ela tocou seu queixo enquanto estudava as peças. —Bom, tudo salvo quando deixar de perseguir um homem. Estrela de Ouro para Sherridan. Mas falando se soubesse tudo... —Alguma ideia de quando Tanner vai despertar? — depois de minha ducha, chamei a seu médico. Não tinha havido nenhuma mudança, mas logo, Lexis poderia me dizer mais que um médico quando se trata de um prognóstico a longo prazo. —Vai sair disso — disse, lançando um olhar. Seus olhos estavam enfeitiçados. —De verdade? — Mordi o lábio inferior, a alegria da ruptura através de mim, quase com medo à esperança. Ajustei as lentes.

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—Vi fragmentos de sua vida. Não termina com ele no hospital da PSI, drenado de energia. Isso foi exatamente o que eu precisava ouvir, e equivalia a um terrível peso menos sobre meus ombros. Talvez eu não gostasse de Lexis nesse momento, mas de repente eu estava agradecida com ela por compartilhar isso. Podia o haver guardado, me vendo sofrer e rindo nas minhas costas. Ela não era uma mulher cruel. Não no fundo. Já sabia. Só queria ao homem equivocado e estava a ponto de ganhar da forma equivocada. Eu haveria feito o mesmo, se invertesse a situação? Eu gostaria de pensar que não, inclusive o disse ao Lexis que não, mas... —Preste atenção, Garota Maravilha — Sherridan transladou um de seus cavalos a um lugar à direita da tábua— Seu turno — disse. Agora fiquei olhando as peças, encolhi os ombros e utilizei um de meus cavalos para ir por sua rainha... acredito que era a peça com a coroa. Lexis nos lançou um olhar rápido. —Estão jogando mal — disse irritada. Acredito que inclusive murmurou “idiotas.” —Estamos jogando o estilo Bellidan — disse. Belle mais Sherridan igual a grandeza— Assim estamos jogando corretamente. —Não existe tal coisa como “Bellidan”. —Sim, há. — Sherridan lhe dedicou um sorriso pormenorizado, logo transladou uma de suas peças à esquerda— É triste que esteja tão mal informada. Silêncio. Espera, não. Ouvi o chiar de dentes, que me recordou a forma em que Elaine tinha atuado durante os primeiros minutos de nosso encontro. E falando de Elaine... —Tem alguma visão sobre nosso vampiro enérgico? — Pus minha rainha na praça que Sherridan acabava de tomar, pondo rapidamente a seu cavalo fora do caminho. Lexis tinha o cenho franzido quando se voltou de uma marcação sobre o alcance. —Quem? —Elaine Daringer. Já sabe — Uf, não podia acreditar que ia dizer isto — Draino. Definitivamente, era necessário um novo nome, e esse foi o momento em que pus meu imenso capital intelectual no pensamento de um. Vamos ver, vamos ver... zapper? Não, isso ainda tinha uma conotação negativa e ela não era menina negativa. Era doce e necessitada, e provavelmente havia fato sentir indigna de qualquer vida por algo que sobre o que não tinha controle. Princesa Draina? —Não — Lexis disse— Não há nada dela. Mas realmente não passei algum tempo com ela. Não a toquei, o qual nem sequer posso fazer. E para aprender algo, eu pelo menos necessito de ir a seu lado, o que não... —Excelente. Vou fazer os acertos quando voltar. Terminou com a equipe, atirou-se contra o colchão, olhando ao teto. —É tão insistente. Não sei o que Rome vê em você.

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Para falar a verdade, todos os meses que ele e eu tínhamos estado juntos, perguntava-me o mesmo. Eu não era fácil de levar, como Lexis. Era mais problemas que uma escola de meninos de quatro anos sem supervisão. (Se só o primeiro passo à recuperação fora admiti-lo). Mas, por alguma razão, Rome me amava (tinha me amado) e não me tinha querido trocar. Tinha chegado a pensar que gostava da emoção que trazia para sua vida, a diversão. Quero dizer, eu não era só outro de seus lacaios. Não tomava tudo o que servia. Não fazia tudo o que ordenava. Bom, algumas coisas sim tomava, algumas coisas as fazia. Mas só no dormitório. Era isso o que o Homem Memória gostava de mim também? Perguntava-me. —Como é um anjo - eu disse a Lexis, fazendo que um de meus cavalos beijasse a um dos cavalos do Sherridan— Mas eu não quero ressaltar o fato de que o apunhalaste pelas costas, traiu Rome com suas mentiras e destruíste o coração de Tanner. De fato, não pode falar mal de mim. Golpeou um punho no edredom. —Você não tem um filho com Rome! Não sabe o que é colocar a sua filha na cama pelas noites e a ter perguntando se seu pai pode vir a ler uma história. Você não tem que contemplar com horror enquanto sua filha vai através de paredes que não pode alcançar, só para encontrar seu pai. Não tem que manter a sua filha chorando na noite e cuidar dela por ti mesma quando está doente. —Não — admiti em voz baixa— Não. — E agora, por causa dela, tenho a oportunidade? Sim, a meu coração, doía-lhe cada quadro desenhado pelas palavras de Lexis. Mas... — Acredite, eu sei o que é crescer com um pai somente. Entretanto, Lexis, Sunny tem sorte. Ela tem dois pais que a amam. Dois pais que sempre estarão aí para ela. E sabe, no fundo, que você e Rome não estão destinados a estar juntos. Uma vez me disse isso você mesma. Sherridan tocou no queixo enquanto estudava o tabuleiro, como se estivesse sumida em seus pensamentos a respeito de seu contra-ataque. Outro pensamento se estrelou contra mim. Se o mundo se endireitava, o que significa que a memória de Rome retornasse e terminássemos casados, eu queria ter um filho? Quero dizer, eu não sabia se o fedelho herdaria meus poderes, já que não tinham sido parte de minha composição genética, ou o eram agora? Também teríamos que examinar os poderes de Rome. Se tivéssemos um menino manejador dos quatro elementos e que trocasse em forma de jaguar... vá. Só vá. Sunny se colocava em perigo cada vez que caminhava pelas paredes. Em quanto mais perigo estaria meu filho? Meu estômago se retorceu, disparando uma forte dor em meu peito. Eu amava muito a Rome para falar a respeito disto, conhecer sua opinião, mas poderia se assustar com o pensamento de ter um filho comigo. Em sua mente, somos virtualmente desconhecidos. Estranhos que quase o haviam feito contra a porta de meu banheiro, mas estranhos, não obstante. Eu queria interrogar a Lexis também, mas não estava segura de que me dissesse a verdade. Havia-me dito que ia terminar me casando com alguém mais depois de tudo e sabia que não ia acontecer. Alguma vez.

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—De todos os modos — eu disse— Rome é um bom pai. Corre a seu lado em qualquer momento que chamas. Chama o Sunny cada noite, vai vê-la todos os dias. Não faz tudo por sua conta. Ele e eu levamos remédios e ficamos com ela também. Em sua casa, nada menos. Se essa garota inclusive choramingar, Rome e eu estamos a seu lado tão rápido como podemos chegar. Ela não tinha resposta para isso, assim Sherridan e eu continuamos nosso "jogo" em silêncio, nossas peças virtualmente fazendo entre elas. Embora minha mente seguia feita um redemoinho. Se Rome recuperava suas lembranças, eu teria que ter uma longa conversa sobre este assunto do bebê. Queria ter um comigo? Possivelmente inclusive mais de um? Essas eram o tipo de perguntas que os casais precisam discutir antes de caminhar pelo corredor do altar. Não estou segura de por que não o tínhamos feito. Ou talvez sabia. Estávamos loucos na luxúria mútua e o sexo parecia ser a única coisa em que tínhamos nos concentrado quando estávamos juntos. Era algo bom? Não me interpretem mal, esse tipo de paixão era um dever em qualquer relação romântica. Mas que tipo de coisas tínhamos em comum, além de nossas competências e a PSI? Ele gostava dos filmes de ação-aventura (quando não estava criticando e me dizendo "Isso nunca poderia acontecer"). Eu gostava das comédias românticas. Bom, ele fingia que não gostava, na realidade eram suas lágrimas durante esses momentos escuros a única coisa que ele odiava. Ele escutava essa porcaria de música clássica (sei, tinha-me surpreso também) e eu escuto rock. A depressão caiu em grande medida sobre meus ombros. O que aconteceria se Rome recuperasse a memória, mas nos dávamos conta que não fomos feitos para estar juntos? De todas as maneiras, como havia dito, não havia feito o planejamento do casamento. Não tinha um vestido e ainda não tinha pedido os convites, nem reservado uma igreja. Era tudo isto um presságio? Lexis tinha tido razão, depois de tudo? Ao final, Rome se afastaria de mim? Ia casar outra pessoa? Perguntava-me, já não tão segura de que não poderia acontecer. Engoli a bílis. Senti que as lágrimas queimarem meus olhos. Para com isto! Se chorar, vais arruinar o equipamento do Rome sem mencionar a roupa que comprou. —Falando de Rome, onde está? — Lexis perguntou em um suspiro, me distraiu— Estou preocupada com ele. Eu também estava começando a me preocupar. Por agora, Rome tinha estado desaparecido por três horas. “Umas quantas” equivalia a não mais de duas em meu livro. Limpei os olhos com o dorso do pulso, dizendo: —Ainda tem esse sentimento? —Sim, mas não é dele. Estava tratando de me convencer? Ou a si mesma? Poderia ser? Não. Não, eu não podia pensar assim. Mas as lágrimas voltaram, mais rápido, mais quentes, minha mente tão acostumada à pintura da mais negra imagem. Obriguei-me a ir lento, e logo parar, voltar a mente a pensamentos felizes. Tinha uma festa a que participar. De que tipo? Ainda não sabia. O que faria eu ali? Não

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sabia. O que sim sabia era que meu estado mental atual não ajudaria no caso de maneira nenhuma. E a festa seria pelo caso. Do contrário, Rome não me levaria a ela. Na porta, havia um deslizamento, um clique e um zumbido. Rome avançou no quarto. As três sentamos imediatamente, nossa atenção fixa nele. Havia fuligem em suas bochechas e suas calças estavam despedaçadas. Estava ofegando e suando, como se tivesse estado correndo. Sacudi meus pés, o que era um sinal seguro de sair a envolvê-lo com meus braços, mas consegui me deter. —Tudo bem? Seu olhar se arrecadou mais de mim, suas pupilas emagrecendo, alargando-se. Seus punhos apertados. Imaginando suas mãos em meu recém escuro cabelo, talvez? Em virtude deste escrutínio intenso, meus mamilos endureceram e as minhas pernas tremiam. Meu sangue estava quente. Apesar de que ele poderia estar aceso porque agora eu me parecia com Lexis. Ouch. Voltei a querer matá-lo. —Tudo é... adorável. Decidi pôr a prova a segurança Big Rocky e ver quantos guardas viriam correndo se um de seus alarmes ativava do interior. Eu não queria contemplar como tinha chegado um alarme a soar. —E quantos foram? — Não tinha notado nada nos monitores. —Um montão. Mas arrumei isso para conseguir uma câmara dali. — Seu olhar foi para Lexis—. Consegue pôr ao Sunny ao telefone. Quero falar com ela só em caso de que não possamos fazer chamadas mais adiante. Só em caso de as coisas se complicarem, queria dizer. Uns minutos mais tarde, Lexis ria com sua menina e me doía o peito de novo. Depois de que ela disse sua despedida, passou o telefone ao Rome. Ele já estava sorrindo enquanto se sentava no beira da cama. —Como está meu raio de sol? O pico de dor se ampliou, mais profundo. Falaram dos desenhos animados e do tio de Sunny (irmão do Rome) que cuidava dela enquanto seus pais estavam fora. Riram de um booboo que Sunny tinha recebido enquanto montava em sua bicicleta. Argumentaram sobre Sunny praticando sua capacidade de névoa através dos objetos inanimados. Mas logo Rome franziu o cenho. —Sei que o prometi, carinho, mas agora não é um bom momento. Muito bem, muito bem, você ganha. Sempre o faz. Ela está aqui — disse— Espera. Vacilante, passou-me o telefone. Agarrei-o, odiando a rigidez de meus nódulos, quão tremente estava meu queixo, e disse: —Ouça, menina. Como está? —Sinto falta de todos. — Havia uma careta em sua doce voz de cinco anos. —Quero te ver. —Irei no momento que esteja de volta na cidade. Juro. —Quando? —Uma semana — eu disse, me dando o tempo suficiente.

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—Dois dias. Não ouviste o muito que sinto falta de você? Meus lábios se franziram em uma careta. Sempre era uma negociadora esta menina. Mas então meu olhar se cravou em Lexis, que estava torcendo o edredom da cama com tanta força que o material certamente se veria afetado. —Duas semanas. E sinto saudades também. Ela suspirou. —Ainda não sabe como isto funciona. Supõe-se que deve dizer cinco dias e que tenho que dizer quatro e logo tem que dizer que temos um acordo. Papai tem que te ensinar como fazê-lo, suponho. Minhas bochechas se coloriram ao recordar a última vez que Rome tinha tratado de me ensinar como negociar. Nudez e orgasmos se viram envoltos. —Eu direi. —Te amo. —Eu também te amo, raio de sol. — Com o braço tremente, passei o telefone de novo ao Rome, que me observava com a mais doce e terna expressão. Disse sua despedida, sua voz era um espelho dessa bela expressão. Eu adorava vê-lo interatuar com sua filha porque era o tipo de pai que cada menina sonha tendo. Quando terminou, lançou o telefone para Lexis e me olhou, todo negócios de novo. —Vou tomar banho. Tem que estar pronta para ir quando terminar. Capítulo 16 —Que bem te vê — disse com o olhar fixo perambulando sobre o Rome. Não era uma mentira. Nunca o tinha visto tão bem vestido. Usava um traje negro sem nenhuma ruga à vista. Tinha o cabelo penteado para trás e cheirava a uma rica colônia, picante. Além disso, de algum jeito ele tinha conseguido mudar seus traços. Não vi nenhum indício de maquiagem ou plástica, entretanto, seu nariz estava mais largo, suas bochechas mais afiadas, sua boca mais fina. Estava tão apetitoso, que não o reconheci quando saiu do banheiro. —Obrigado. Você também. Eu, ao menos, não estava mentindo ou simplesmente sendo simpática. Ele verdadeiramente estava delicioso. Eu? Nem tanto. Não junto a ele. Enquanto ele foi para o caviar, eu era uma zona do Spam (contato físico não solicitado) por meu muito pequeno vestido de lycra púrpura. Seriamente, ia necessitar cartões de negócios que dissessem “Duas horas: Duzentos dólares” —Por que somos nós os que estamos de incógnito? —Desert Gal contratou a pessoas para seguir sua pista. Não quero ter que tratar com isso, em cima de todo o resto. Além disso, este é seu próprio território, o que significa que já tem vantagem. Não queremos dar a ela outro anúncio de nossa presença. Suspirei de acordo. Estávamos sentados dentro de um Bentley luxuoso (não lhe tinha perguntado de onde o tinha tirado, só estava muito feliz de que não fosse um Sedam), enquanto

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rangia pela estrada principal. Ele tratava o carro como a uma amada virgem, tomando as coisas lenta e brandamente. Meu celular estava ao meu lado. Havia três mensagens à espera de minha resposta: um do pastor que presidirá a cerimônia que nunca pode ocorrer, uma do Homem Memória: “Ontem me diverti contigo. É mais bonita em pessoa do que é em minha memória.” E um do Reese o vampiro: “me chame, por favor,”. Ele dizia de uma maneira desesperada. “Tenho que fazer uma prova. Só uma. É tudo o que necessito”. Este não era o momento. Para qualquer deles. Falar com o pastor me deprimiria, falar com o Homem Memória me desgostaria muito (esperava que cada vez que falasse com ele mais de minha cólera se reduzira drasticamente, mas não ia embora) e falar com Reese me irritaria. Estava cansada de ser provada. E o que fez necessário que eu fosse provada, de todos os modos? Retorci-me no assento, para não forçar meu vestido e que ele visse minhas coxas. —Seguro que quer ser visto comigo? Uma esquina de seus lábios tremeu. —Seguro. Nervosa? —Não. Depois de sua ducha, tínhamos deixado Lexis e Sherridan no quarto, mas nós não tínhamos ido diretamente à festa de disfarces, ou o que seja. Fomos almoçar e sim, tinha estado sendo observada fixamente. Por todos. Eu quis falar de assuntos, sobre nós, mas Rome se manteve falando sobre coisas de negócios. Logo, caminhamos da mão pelas transitadas ruas da cidade. Não de maneira romântica, por desgraça, mas sim para que Rome pudesse me mostrar os arredores. As rotas de saída, zonas de segurança, clubes noturnos. Esse tipo de coisas. Agora, o sol ficava no horizonte, baixo, nebuloso e violeta. As montanhas varriam a paisagem por todas as partes, eram totalmente impressionantes. Tinha viajado com meus amigos um pouco quando era adolescente (excursões das que eu não tinha sido consciente que meu papai se matava por financiar). Assim fui a praias de areias brancas, como também a Aspen que estava coberto de neve e pratiquei esqui. Esta era, por muito, minha vista favorita. O ar era limpo, e revigorante. Inspirei profundamente amando a sensação de meus pulmões que foram incrementando-se enquanto nos davam uma boa bem-vinda. —Assim… me diga o que é com o que estamos tratando de fazer esta noite, qual é nosso propósito. —Enquanto estávamos no avião, fiz uma pequena investigação. Enquanto eu estava dormindo todo o dia, quis dizer. Abri meu queixo. —E? —Não tomou muito tempo encontrar o paranormal clandestinamente. Eles têm um clube… Essa vacilação me assustou. —Que classe de clube? —Um clube para cavalheiros. —Deus meu. Strippers, prostitutas e homens com olhadas lascivas. Maravilhoso. Não é de se estranhar que tivesse me vestido como o tinha feito. Eu era sua própria escrava de prazer pessoal. Minha cabeça se inclinou ao lado. Hmm, escrava de prazer. Nós

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tínhamos jogado aquele jogo antes. Só que ele foi meu escravo. Acredito que esta mudança de papel era justa. —Está bem. Já estou nisto — disse— Mas é melhor que não me peça para agradar um estranho em troca da informação, porque vais ter que pagar muito caro por isso. —Isso nunca acontecerá. É minha esta noite - disse, com sua voz rouca e deliciosa. Engoli em seco, lutando contra uma corrente vertiginosa de calor que fluía através de minhas veias. Esse foi o primeiro avanço que havia feito hoje. —Mas está correto. A informação é o que estamos procurando. Duvido que Desert Gal esteja ali , ela está muito em guarda, mas talvez alguém que conheça suas debilidades e seus hábitos. Manterei você a salvo, mas deve saber com o que vai enfrentar. As pessoas com habilidades paranormais são mais suscetíveis ao consumo de drogas, o abuso do álcool e a necessidade de associar-se com outros como eles. Haverá muitos criminosos no local. Estupendo. Por que não sabia isto já? Tinha estado trabalhando para a PSI por muito tempo e já deveria conhecer um pouco destes dados. —Assim estamos procurando um drogado, ou um asno bêbado fora de competência? —Mais ou menos. Massageei minhas têmporas. Sentia a umidade que pensar neles me causava. Totalmente. Estava nervosa e simplesmente não me dava conta disso, de que o gelo em minha pele começou a derreter-se? Ou foram meus poderes outra vez? —As pessoas como nós não parecemos como eles. — Fiz uma careta, e esfreguei minhas palmas suarentas sobre minhas coxas nuas. — De maneira nenhuma vamos poder entrar. —OH, vamos entrar. Digamos que tenho conexões, por isso já fui acrescentado na lista desta noite. Não deveria ter estado tão surpreendida, pensei, outra vez trocando de posição em meu assento. —Estiveste alguma vez em um clube para cavalheiros? Ele assentiu com a cabeça, mas não ofereceu mais comentários. Bem. Isto significa que ele tinha feito coisas muito travessas. —Por sua própria vontade ou por um caso? —Tem importância? Isso significava que foi por sua própria vontade. Para manter meus ciúmes (e meu poder sobre a terra) sob controle, mudei de assunto. —Não me diga que esperará que usemos drogas e bebamos o álcool. Tive muitos problemas me mantendo viva sem eles. Não sabe quanto perigo roda de pessoas me topando com elas. Na realidade, seria uma boa prova que John deveria fazer. Esse tipo de informação me ajudaria aqui fora. E assim, se alguém, alguma vez forçasse alguma classe de substância sob minha garganta ou em minhas veias, estaria preparada, já que saberia como ia reagir. Nota para mim mesma: Falar com o John sobre isto, logo, chamar o Reese e falar de seu calendário de alimentação. —Absolutamente não. Só vamos nos relacionar — disse Rome— Nada mais. Compreende?

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Tinha falado com um tom de mamãe, mas que fez rodar meus olhos. —Eu não estava perguntando por que estivesse entusiasmada pela perspectiva, mas agora, me diga com que classe de poderes vamos tratar. —De todas as classes. Adivinhos do pensamento, senhores como Sunny, desviadores, psíquicos como Lexis, ilusionistas, electrófilos como Cody, derivadores como Desert Gal e seu projeto de mascote favorito que deve estar de retorno no centro de operações. Ofendi-me em nome de Elaine com o término “projeto de mascote favorito”. Mas Rome e eu poderíamos discutir isso a fundo mais tarde. Agora mesmo minha mente estava cheia de imagens do que logo enfrentaria. Adivinhos de pensamento, teria que pôr um escudo para proteger meus pensamentos. E fazer um escudo de mente para proteger meus pensamentos. Algo que tinha aprendido durante minhas negociações com Lexis, quem também poderia ler as mentes. Os nebulosos eram os que podiam caminhar através de paredes. Por Sunny, soube que se eles se solidificassem dentro de uma parede ou outro objeto, morreriam. Os desviadores que poderiam mudar em qualquer animal. Pelo Rome, soube o que poderiam ser muito ferozes os ilusionistas eles podiam trocar-se seus arredores e os de outros com apenas um pensamento, fazendo que acreditassem que estavam onde não estavam. Não tinha experimentado esse último ainda, mas soube que se continuava com esta ocupação era só questão de tempo antes de que o fizesse. —Como poderei divisar os drenadores? — perguntei. Não quis descender como Tanner teve que fazê-lo. —Às vezes só o pode sentir. — Ele mudou de velocidade—.Se alguma vez estiver perto, afasta-se e se sente cansada? Considerei a ideia. —Sim. —Pois bem, ali tem. Embora algumas vezes pode distingui-los simplesmente pela vista. Um drenador experiente levará postas as roupas que os cobrem de pés a cabeça e só deixam suas caras expostas. Sabem a quem tocam e os quais o tocam. Os menos experimentados, não sabem como manter a energia ou água, ou algo que seus corpos humanos desejem ardentemente de sobra dentro deles mesmos, assim é que suas bochechas dão a aparência de estar afundadas. Tocarão a alguém que é o suficientemente parvo para se aproximar deles. E para que reabasteça seu fornecimento. As coisas eram horripilantes. Minha pele estava esfriando, minha temperatura corporal estava descendendo. Como brigar com uma pessoa que não podia tocar? Engoli em seco, troquei o tema outra vez antes de congelar o carro inteiro. —O que ocorre se virmos um dos Scrims Mais Procurados do PSI? — perguntei. Nosso trabalho era pô-los em uma prisão sobrenatural, depois de tudo. Uma com melhor segurança desenhada para invalidar os poderes que exerciam e que usavam para machucar a seres humanos normais. Só podia imaginar o que seria de mim se fosse sentenciada ao confinamento. Já que os agentes poluentes eram minha queda, provavelmente ficaria afogada sempre com eles, sempre

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débil, sempre tossindo. Manteriam-me drogada também, não duvidava. Mantendo minhas emoções intumescidas. Que pensamento tão precioso. Rome virou fora da estrada principal em cima de uma estrada secundária. —Vamos só atrás de Desert Gal. Ninguém mais tem importância agora. Franzi o cenho. Não havia edifícios a nosso redor, nem sinais guias de ruas. —Para onde vamos? Não irás me tomar e me matar? Ele bufou. —Por favor. Se fosse te matar, a amarraria a uma cama e sairia com a minha. O conforto era sexualmente atraente. Mas evitava o sexualmente atraente agora mesmo. Rome tinha prometido me fazer mudar de ideia sobre me deitar com ele, mas não tinha feito esforço para fazê-lo. As ações eram mais fortes que as palavras ou que a falta de ações. Estava tomando a insinuação. —Me recorde de novo nosso objetivo. —Observar, escutar e aprender. Assenti com a cabeça. —Posso fazer isso. —Agora vamos ver — ele resmungou— Aqui está sua primeira prova, vai me escutar enquanto estamos na festa. Deve fazer o que digo e quando digo. Não deve deixar meu lado por qualquer razão. Nem para ir ao banheiro. E se você não me entendeu, você simplesmente pode sair do carro e pode me esperar aqui. Meus olhos se entrecerraram para ele. —Tem sorte de que lhe am... de que eu goste. — Quase disse “amo”. De maneira nenhuma diria essas palavras até que sua memória voltasse— Me comportarei, não se preocupe. Serei tão boa, de fato, que acreditará que sou Lexis. Para as razões que não pude compreender, franziu o cenho. Como prometia a festa, era uma festa de carne. Mais do que tinha imaginado. Um montão de homens vestidos como Rome, como se tivessem saído do trabalho e vindo direto aqui. Aqui resultou ser um edifício de metal escondido na base de uma montanha. Não havia nenhuma orientação de sinais. Em um momento não havia visto nada, no seguinte que havia divisado aproximadamente cem automóveis diante de mim, como um armazém esquecido. Embora justo no momento em que tínhamos dado um passo dentro, algo mudou. As paredes estavam cobertas de um negro veludo. Havia sofás de couro em cada canto, com cordões pendurados. A música suave flutuava no ar, e as luzes eram escuras. Muito romântico. A não ser pelas mulheres seminuas andando sem rumo fixo. Não é estranho que Rome tivesse eleito me trazer em vez de Lexis, o qual não falava muito bem de mim. Eu podia parecer desfrutável, Lexis, tão elegante como era, não. Uma garçonete nua da cintura para cima passeou com passos descansados nos trazendo uma bandeja de champanha e agarrei uma flauta. Não para beber, a não ser para me misturar. Rome me transmitiu um olhar irritado e confiscou o copo, ele o colocou na mesa mais próxima. Uy! Tinha necessitado permissão.

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Ele passou o braço ao redor de minha cintura e me guiou ao mais profundo na guarida do leão. Não tínhamos tido problemas para entrar. Rome havia dito: “Delta, e convidado”, e o casal de guardas armados e musculosos nas portas principais assentiram, fizeram-se a um lado e nos deixaram passar sem nenhum problema. Meu coração tinha golpeado em meu peito todo o tempo, e acredito o gelo tinha começado a cristalizar sobre minha pele. Outra vez. Quando alcançamos o bar, Rome ordenou uma cerveja. Demorei um momento em olhar ao redor, enquanto a fumaça soprada passeava através do quarto, aumentando o efeito das luzes. A fumaça me fez tossir. Se eu visse os ocupantes do clube nas ruas, não teria pensado a respeito deles como mais que simples mortais. Alguns eram altos e musculosos. Mas alguns eram de estatura média ou menores. Que poderes possuíam? E por que não estavam luzindo-se? Acaso tinham alguma aula de um acordo extraoficial para se comportar? Com a cerveja na mão, Rome me levou a uma mesa na parte de trás. A que estava a nossa direita estava vazia, mas a da esquerda estava ocupada. Um homem de aspecto jovem com uma camisa de vestir e calças frouxas com duas mulheres nuas abraçadas com suavidade beijando-se e acariciando-se. Rome se sentou e ocupei o assento junto a ele. Quando sua mão se reacomodou em cima de minha coxa, tremi. Meu corpo humano permanecia depravado, minha expressão era suave. Mas me perguntei, entretanto, se houvesse clubes de senhoras aonde os homens fossem objetos. Se não os houver, deveriam. O tamanho da multidão me surpreendeu. —Há tantas pessoas com habilidades paranormais na Geórgia? —É obvio. Estão em todas as partes, em cada estado. Mas não todos eles são scrims e não todos seus poderes são abertos. — Você é novo aqui— um homem disse, repentinamente ao lado de Rome embora não tivesse visto aproximar-se. Rome assentiu com a cabeça, bebeu sua cerveja como se não estivesse se escondendo. —Bem-vindo. — O olhar fixo do homem viajou para mim. Ele era bonito. Um deus grego de aparência agradável. Loiro, alto, cinzelado, com um queixo e nariz firme. Um brilho selvagem em seus olhos verdes brilhantes. Alguma tipo de símbolo foi tatuado em sua garganta. Um círculo com algo dentro disso. — Vi-a entrar. Quer comercializar? — perguntou, estalando os dedos. Uma morena bonita correu para seu lado, movendo-se furtivamente e roçando-se contra ele como se tivesse estado simplesmente esperando semelhante convite. Tinha posto um biquíni estampado em leopardo e saltos altos. Rome demorou um momento em examinar à garota bonita e parva do amigo. Ele pareceu considerar cuidadosamente a possibilidade de ficar com ela. Belisquei seu joelho, minha pele repentinamente quente. Não o suficiente para queimar através de suas calças, a não ser perto. —Não — Rome finalmente disse. — Não Agora. Estive esperando com antecipação isto por horas. Embora talvez mais tarde.

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Sim, mais tarde, se não cortasse totalmente seus braços e os usasse para lhe dar pauladas até morrer primeiro. Que bastardo! Sabia que isto era tudo por puro alarde. A verdade era que realmente não conhecia este novo Rome ou do que ele era fazer capaz. —Johnny é meu nome se por acaso mudar de ideia. — O olhar fixo de Johnny me acariciou, como se ele já pudesse me imaginar nua (não é que requeresse muita imaginação graças ao meu traje promulgado de Rome) e gostava do que o traje abatia. Estremeci-me. Isso pareceu deleita-lo, mas ele se afastou com sua morena. Rome tocou minha coxa outra vez, ainda recostado sobre mim como se ele sussurrasse algo erótico em meu ouvido. E se diz: —Ele é um manipulador do espaço e o tempo, e esteve na lista de captura e neutralização do PSI por muito tempo. Ele se remontou ao passado e, pensamos colocado as apostas principais e ganhou todo tipo de dinheiro que não deveria ter. Como me asseguro de que pudeste distinguir, sua debilidade são as mulheres. Mantenha-se longe dele. Retornarei. Repentinamente, Rome ficou rígido. Endireitou-se abruptamente e amaldiçoou algo sob seu fôlego. —O quê? — perguntei, jogando uma olhada ao redor. Não vi nada fora do ordinário. —Merda. Tenho que ir por um momento. —O quê! — disse, exigindo outra vez. —Não há mais remédio. Fique aqui e se mantenha fora de problemas. —Ele levantou meu queixo com seus dedos quentes— Não se mova deste lugar. Assinalei-te como minha e ninguém te tocará se souberem o que é bom para eles. Ele me deu um beijo forte. Então ele se levantou e se foi a grandes passos longos e fiquei por minha própria conta. Capítulo 17 Que demônios? Meu olhar estreito seguiu Rome através do edifício, passando por uma multidão de pessoas e o perdi de vista, incapaz de vê-lo desde minha posição vantajosa. Um momento passou antes que o descobrisse outra vez. Ainda avançava através de... Não, espera. Deteve-se diante de uma loira peituda e meu queixo caiu ao ver sua pose, sua linguagem corporal de vem para esta festa neném. Meus dedos se curvaram na beira da mesa. A loira sorriu para Rome de modo sedutor, claramente em acordo; ela inclusive remontou seus dedos pelos planos de seu estômago. Eu não pude menos que notar que ele não se afastou dela. Talvez ele havia trazido a mim em vez de Lexis esta noite porque não queria que sua preciosa Lexis o visse paquerar com outras mulheres. Bastardo. Desejei a Deus que meus poderes incluíssem a audiência supersônica. Antes eu teria tido a certeza de que ele não teria nada sexual com esta mulher. Antes.

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Mas já não. Estava tão zangada com esse fato que tive vontades de chamar o Homem Memória e lhe dizer que ficasse com suas estúpidas lembranças. Rome não as merecia. Com esse pensamento, eu quase podia sentir a HM tendo saudades de mim e estirando-se para mim através do vazio entre nós… ansiando tudo o que eu tinha para dar… demandando… Onde estava ele? Tinha me seguido ao Colorado? Encontrei-me jogando uma olhada ao redor do clube como se pudesse apanhar uma olhada dele. Uma garçonete me adiantou e chamei: —Senhorita, eu gostaria. — Ela nem sequer jogou uma olhada em minha direção. Colocou as bebidas equilibradas em sua bandeja em outra mesa, os clientes masculinos que com impaciência desfrutavam com elas. Brincavam e riam e claramente já estavam intoxicados. Um inclusive beliscou seu traseiro. Ela o sacudiu com um sorriso que desmentiu o brilho de irritação em seus olhos. Uma vez terminou com eles, ela se moveu para mim outra vez. —Me perdoe. Teria um… Uma vez mais, nem sequer se incomodou em me dar um olhar. Possivelmente o carma dava patadas tardiamente, me castigando por ter sido uma menos que solícita empregada do café em meus dias no Café Utopia. Ou talvez as garçonetes estivessem instruídas para responder só aos homens. Isso tinha sentido. Odiei-o, mas realmente parecia a prova nestes Clubes de Homens Superiores. Me perguntei quantos de ditos homens se sentiriam superiores a mim retorcendo-se no calor de meu fogo. Tranquila, Belle. Não é uma pessoa violenta. Não desfruta fazendo coisas más. O que diria sua mãe? Meus ombros estremeceram. A voz de meu papai seguia soando em minha cabeça nos momentos mais estranhos. Não era justo tampouco. Ele sabia exatamente como chegar para mim, como me envergonhar para que tivesse um melhor comportamento. Uma coisa era fazer mal a alguém a fim de salvar a um ser amado, mas era totalmente distinto fazê-lo por rancor. —Ouça, garota ardente. Nunca lhe vimos aqui antes— disse uma voz masculina. A seguinte coisa que soube foi que um menino de uns vinte anos, olhos de cachorrinho e um sorriso enorme, se aproximava furtivamente para mim. Cheirava a colônia cara e a sexo. Enruguei meu nariz. —Fui tomada — disse. Algo assim. —Por quem? Não me parece tomada. A voz era idêntica ao que tinha falado primeiro, mas veio de meu outro lado. Rapidamente troquei minha atenção e me encontrei olhando fixamente uma cara idêntica a que eu tinha estado olhando justo antes. Outra mudança rápida para o primeiro tipo e estava ainda ali. Gêmeos, então. Estudei-os estreitamente. A única diferença era que o tipo número um tinha três sardas ao lado de seu olho direito, como uma meia lua. O tipo dois não as tinha. —O quê? — perguntei, tendo perdido o tema de conversa. Ambos os homens riram. —Você é a mulher de quem? — perguntou o segundo. —Ah. Uh, pertenço a Delta — Esse era o nome com o que Rome estava acostumado a entrar, de modo que era o único nome que eu usaria para me referir a ele. Ele não me havia dito

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que o fizesse assim, mas mais valia acautelar que curar. Não queria tirar minha atenção de meus convidados não desejados, mas o fiz durante um segundo, procurando o Rome. Ele e a loira já não estava na parede. De fato, por isso podia dizer, foram-se completamente. Meus dentes se apertaram com força. —Delta? Nunca ouvi dele. Quer que lutemos contra ele por você? — perguntou outra voz. Era idêntica às outras duas. Ofeguei quando descobri uma terceira cara familiar: os mesmos olhos de cachorrinho, o mesmo sorriso. Trigêmeos, então. Eu nunca tinha conhecido a trigêmeos antes. Como o segundo, este carecia das sardas em meia lua. —Não — disse. Maldição, tinham me rodeado. Não eram grandes nem musculosos, eram de altura média e magros. Ainda. Três contra um, não eram boas probabilidades quando o terceiro era eu. Espera. Você tem poderes, tola. É uma força a ser considerada. OH, sim. Odiava ter que me seguir recordando isso — A quem temos aqui? — Uma quarta voz perguntou. De maneira nenhuma. De nenhuma maldita forma. Mas ali estava, a imagem exata de outros. Ele tampouco tinha as sardas. Todos eles tinham posto o mesmo casaco branco, os mesmos jeans. E os quatro estavam esmagados ao redor de mim na mesa. Minhas palmas começaram a suar. O que significava que meu coração começou a correr e meu sangue a espessar. Não queria congelar a estes homens nesse lugar. Isto chamaria uma atenção não desejada para mim. —Senhores, lamento ser grosseira, mas uh, poderiam ir? — Movi-me incomodamente, fazendo caretas quando rocei um dos quadrigêmeos— Espero que meu encontro volte de um momento a outro. Ele é da classe que desaprova que fale com outros tipos. E por cenhos franzidos quero dizer assassinatos. Em qualquer outro momento, essa classe de declaração me haveria feito encolher. E teria desprezado a qualquer moça que a dissesse, pensando que necessitava um novo homem. Agora mesmo, não podia tirar as palavras bastante rápido. —OH, não nos despeça. — O único com sardas pôs má cara. —Só queremos jogar — disse o outro. —Se divertirá, prometemo-lo. —Não conheceste a nossos outros irmãos ainda. Havia um quinto? Um sexto? Meu Deus. —Quantos de vocês há aqui? —Onze— disseram ao uníssono. Meus olhos quase se saíram de minha cabeça. —Do mesmo lixo? —Miau — disse um. —É obvio — respondeu outro. Sacudi minha cabeça com incredulidade.

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—Está brincando, verdade? — Eles tinham que estar fazendo. Mas neste mundo… talvez não. Os quatro sacudiram suas cabeças. —Mas como os teve sua mãe? Isso teria matado a maior parte das mulheres. A menos que sejam bebês de proveta? Cultivados em um prato, possivelmente? Ei, era uma possibilidade. Ou não? Agora os quatro puseram-se a rir. —Já vê, divertimo-nos — O número três disse. Quatro esfregou suas mãos em regozijo. —Amo quando alguém traz uma principiante ao nosso meio. —Bebês de proveta. Terno. —Parece como se pudesse tomar uma bebida — disse outra voz familiar. O Cinco acabava de aparecer. Fez gestos à garçonete. Esta vez, ela não vacilouem precipitar- se para minha mesa. Seus seios nus balançaram quando uma ronda de curtos de tequila foi pedida. —E um para ti — disse Quatro. Sorriu abertamente antes de se afastar ricocheteando. Aplaudi com minhas mãos para ganhar a atenção de todo mundo. —Alguém, por favor, me explica como podem haver onze de vocês. — Eu não tinha esquecido que eles tinham esquivado facilmente da pergunta. O irmão em frente de mim sorriu abertamente, e desapareceu. Quando bocejei, dirigi minha atenção a minha esquerda. Ele sorriu abertamente, e desapareceu. Fiquei rígida, trocando o foco outra vez. O irmão a minha direita sorriu abertamente, e desapareceu. Que… Demônios? Um ato de magia? Uma ilusão? Mas eu os tinha visto e ouvido todos. Só o irmão ao meio, o das sardas, permaneceu. Ele sorriu abertamente, também, mas não desapareceu. —Como fez isso? — disse com voz entrecortada. Antes que ele pudesse responder, a garçonete chegou com nossas bebidas. Ela não pareceu nem minimamente espantada de que mais da metade de nossa mesa tivesse desaparecido. Tranquilamente pôs os copos no tabuleiro, engoliu o dela, acariciou ao irmão restante na cabeça e brincou de correr longe para tomar a ordem de alguém mais. Meu convidado não convidado levantou um copo em minha direção e derrubou o dele. Tomei, mas não bebi. —Somos pessoas diferentes — disse ele, esmurrando seu copo vazio sorve a mesa—, mas estamos apanhados no mesmo corpo. Tem sentido? Não. —É obvio. Rindo, os irmãos se materializaram ao redor da mesa um por um até que a equipe de onze membros inteira esteve ali. Que tipo de poder era esse? —Nascemos desta forma. Onze mentes em um corpo, embora permitam a todos sair e brincar às vezes. Agora bebe— disse Seis, levantando meu copo para meus lábios.

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—Eu realmente não deveria. — Mas lambi a beira e observei o líquido claro. Se não o bebia, pareceria uma afetada e os moços me deixariam provavelmente. Se me deixavam, não seria capaz de interrogá-los como um bom agente deveria. Interrogá-los… sim! Isso é exatamente o que eu tinha que fazer. Sentada aqui me vendo como bom, uma prostituta, não era exatamente ser uma boa agente. A diferença do Rome, que tinha deixado aqui e ele se foi a ligar com alguma loira tola, eu seria uma boa agente. —Vamos — disse Oito— Sabe que quer. Todas as meninas boa onda o fazem. Riram outra vez. —Bom… — Um curto não me destruiria. Sabia isso, ao menos. Ainda… —Não seja aborrecida. Rome poderia me haver dito que não fizesse isto, mas às vezes, para conseguir resultados, as regras tinham que ser quebradas. —Bem — disse— Bom. Eles me respiraram quando traguei o curto. A tequila queimou minha garganta e caiu como chumbo em meu estômago. Tinha comido algo? Não pensei nisso e talvez fora algo bom. Não queria vomitar. Por sorte, entretanto, a queimadura se afundou e o chumbo se converteu em geleia. —Está bom — disse com uma tosse. Mais ovacione. —Como se chama? — perguntou-me Dez. —Viper — disse. Rome não me tinha dado um nome para usar e não queria oferecer a verdade, mas não queria mentir, tampouco, e me arriscar a não responder quando me chamassem. —Perfeito. É uma troca-serpente, então. Mostre-nos! — Sacudi minha cabeça, experimentando uma onda de enjoo. —Não sou uma troca-formas. Onze cenhos se franziram assentindo a meu anúncio. —Então o que é? Merda. Eu tinha ido diretamente a isso. —Uma Garota do Prazer— disse com um sorriso. Houve outra ronda de risadas, tal como tinha esperado. Inclusive houve um golpe nas costas e um “come os cinco”, como se soubessem que tinham escolhido à moça correta para abordar. Bom. Eu os tinha justo onde tinha querido. Justo? Porque necessitava… O quê? Queria… Merda! Não podia recordá-lo. Me interrogar com todas estas perguntas era… Perguntas! Sim, isso era. Queria interrogá-lo. —Então. Vêm muito por aqui, meninos? — Apoiei meus cotovelos na mesa, esperando ver como uma audiência absorta mais que uma bêbada louca, como começava a temer que estava. —Todos os fins de semana — disse Onze— Agora falemos sobre ti, Garota do Prazer. Falenos sobre seu homem. Quanto tempo estão juntos?

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—Não muito tempo — disse, rechaçando dar um número. Inclusive embora nosso noivado tivesse sido um torvelinho, parecia que tínhamos estado juntos sempre. —Você o ama? Ele te ama? Para impedir de ter que responder, recolhi um dos copos ainda cheios e pretendi beber a goles. Outros, não querendo ver-se excluídos, esvaziaram suas bebidas e pediram outra rodada. Enquanto esperavam, falaram entre si e fui por sorte esquecida, embora ainda parecesse ser tema de sua conversa, junto com a garçonete e todas as fêmeas do lugar. —Ela é ardente. —Eu o faria com ela. —E ela? Eu olhava rapidamente de um ao outro. Umas vezes suas brincadeiras me faziam rir em voz alta e compreendi que eu gostava. Inclusive me recordaram um pouco ao Tanner. Dois chamou quatro “gatinho” e o desafiou a pedir à garçonete uma mamada. Seis deixou cair uma bolsinha cheia de moedas no chão e se inclinou para “recolhê-los”, mas usou sua posição vantajosa para olhar atentamente o vestido de uma mulher. Apesar de suas palhaçadas, não senti nada ameaçador neles, mas claro, tinha que confrontá-lo, eu nem sempre era uma grande juiz de caráter. —Bem, detenham-se — disse e todos eles me olharam— Não posso seguir pensando em vocês como Um, Dois, Três, etcétera. Quais são seus nomes? —Matthew, Mark, Luke, John, Acts, Roman, Corinthian, Ornamento, Ephesian, Philip e Crunch. — Enquanto seus nomes eram ditos, eles levantavam suas mãos. Nunca recordaria todos. De acordo. Voltaria para números. Minha sobrancelha se arqueou quando algo me ocorreu. Todos eram nomes Bíblicos menos um. —Por que Crunch? O tipo em frente a mim se apoiou para frente, a luz da vela acariciando sua cara. Notei que nada diferente nele o fazia especial de outros. Os mesmos olhos de cachorrinho, a mesma cara bonita. —É o som que os ossos fazem quando os rompo. Ouch. Meus próprios ossos doeram de compaixão para suas vítimas. —Faz muito, então? Romper ossos, quero dizer? Ele sorriu. —Estou brincando. Só é que como muitas barras do Crunch. —E voltando para tipo com o que está. Delta. Qual é seu negócio? — perguntou Oito. Maldição. Queria lhes mostrar diretamente quem estava para interrogar a quem nesta mesa, mas em vez disso, obriguei-me a sorrir. —Ele? — Agitei uma mão desdenhosa pelo ar, esperando que o pulso que martelava em meu pescoço não demonstrasse meu nervosismo. —A verdade é que o uso só para o sexo até que possa encontrar a meu verdadeiro noivo. Vá. Isso estava muito perto da realidade, poderia me haver rido. Ou chorado. Onze tipos se inclinaram na mesa. Nove disse:

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—Nos conte mais! Seis acrescentou: —Qualquer garota que usa a um homem para o sexo é uma moça que quero chegar a conhecer melhor. Meu olhar fixo seguiu movendo-se entre eles. Deus, estava enjoada. Tomou um esforço consciente tirar uma imagem do Cody de minha mente. Não doeria usar sua cara já que o buscava. —Meu verdadeiro noivo tem o cabelo branco e olhos matadores de prata purpúreos. — Acrescentei um tremor para melhor atuação— Ele é… —Amigo de Candace Bright e sai com sua irmã — interpôs Dois com um estremecimento próprio— Dê-lhe um beijo de adeus para sempre, amor. Ele não voltará. —Não de uma peça — acrescentou Cinco— Ouvi que os últimos cinco tipos que viajaram por esse caminho eram um inferno sem vida quando as garotas terminaram com eles. —O quê! — Sentei-me, minha coluna reta como um tronco. — Viram-no? —Com o Desert Gal/Candace Bright? De repente a noite estava melhor. A gente assentiu com a cabeça. —Seu nome é Cody, verdade, E tem uma coisa de eletricidade? Bom, ele só começou a trabalhar para o Big Rocky, onde trabalhamos nós, e Candace, nossa chefa, notou-o em seguida. Cody, né? Tinha usado seu verdadeiro nome, embora sua mensagem dissesse que estava sob coberta. Poderia ter trocado seu sobrenome, supus, mas quantos elétricos com nomeie Cody andavam por aí? Não muitos. Ousaria dizer que só um? Com essa pequena quantidade de informação, Candace poderia saber facilmente que ele trabalhava para o PSI. Se isso passasse… —Candace o chamou a seu escritório para uma reunião privada. Então ela partiu e sua irmã se revelou. Tinham uma reunião privada também. Mas a sua não durou só uma hora, se souber o que quero dizer. Para ouvir isto, obriguei-me a franzir o cenho. Uma pergunta foi respondida agora. Candace fazia passar a Desert Gal como sua “irmã”. —Então, onde está esta Candace Bright? Onde está sua irmã? Lutarei contra ambas por ele. Ele é meu homem e não deixo o que é meu. Uma lição que Lexis realmente deveria ter aprendido já, pensei enigmaticamente. Como se nada, dois dos tipos desapareceram. —Confia em mim — disse Quatro, me acariciando no ombro—, elas são notícias más. Não se suje com elas. Esquece que tinha um homem. Outros três desapareceram. Estavam assustados da mulher? —Ei, não partam! Tenho mais perguntas. Outro mais desapareceu. Número Um se apoiou contra mim, essas sardas aparentemente mais escuras que antes. —Me encontre no Hotel Holanda. Conseguirei um quarto. Só se apresente às nove manhã à noite e pergunta na recepção pelo Matthew Brooks. Talvez eu possa ajudar. —Mas eu…

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—Só se assegure de que dispensar a seu brinquedo sexual. Se ele vier, não te direi nada. — Com isto, ficou de pé. O resto dos moços desapareceu também. Ou melhor, dizendo, ficaram de pé e se meteram no corpo de Um. Sem eles me rodeando, deram-me de repente uma vista clara de Rome. Ele avançava com passo majestoso para minha mesa e me fulminava com o olhar. Alguém o viu e deu um precipitado aconteço atrás. Não pedi perdão, não expliquei minhas ações. E ele não exigiu imediatamente saber com quem tinha estado conversando. Por que não lhe importava? Porque estava muito zangado? Eu havia desobedecido suas ordens, depois de tudo. —Onde está sua loira? Ele cintilou seus dentes quando caiu no assento ao meu lado. Seu cabelo estava enredado, notei, e sua roupa enrugada. Ofeguei. —Tiveste… —Não — cuspiu ele— Não o fiz. Estava… bebendo? — O último surgiu incrédulo. —Sim. Eu estava sob pressão, o que posso dizer? —Lamento, para começar. — Ele esfregou uma mão para baixo por sua cara. —Não sou a que se afastou a grandes passos para uma sessão de sexo com a Fembot20. Qual é seu poder, de todos os modos? Indução de coma sexual? Ele me olhou com dureza. —Ela é uma empregada do Big Rocky. Meti-me nos arquivos do HR antes e a reconheci por sua foto. Paquerei com ela um pouco, insinuei necessitar um trabalho, mas não pude lhe tirar qualquer detalhe do que acontece nos escritórios centrais do Big Rocky ou qual poderia ser o papel do Desert Gal em tudo isto. —Possivelmente não podia falar com sua língua em sua garganta — sugeri amavelmente. —Nada aconteceu. — Ele se deu volta longe de mim, apertando seu queixo— Tem minha palavra. —Sim. Claro. Se olhe! Parece o menino do pôster de Homens que hã tinham estado fazendo justo agora. —Ela tinha suas mãos em mim, não posso negá-lo. Mas não a deixei ir a todas as partes. —Sim. Claro — repeti. —Olhe se deve saber, é a única mulher pela qual fico duro. E isto está me deixando louco! Por que outra coisa acredita que te deixei para falar com ela? Minha atração por você teria sido óbvia. —O que seja — disse, mas pensei: Graças a Deus. Ele é meu, ele é meu, ele é meu. —Maldição, toda esta noite foi um desperdício. —Não, não foi. Enquanto você empreendia o caminho com a Loira, averiguei que Cody supostamente sai com Desert Gal. Mas usando seu verdadeiro nome. Por que faria isso? De todos

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os modos, ela o notou no trabalho e decidiu que gostava do que via. OH, e Candace Bright diz que Desert Gal é sua irmã. A atenção do Rome se açoitou de volta a mim. —Como sabe todo isso? Dos homens com os que falava? Os homens que deveria ter mandado de volta? Quase sorri. Ele levava postos ciúmes tão maravilhosamente. —Assim é. Desses homens. Você não é o único que pode paquerar para conseguir informação. Seus olhos se estreitaram, mas não fez caso da mofa. —Quando um agente passa à clandestinidade como ele mesmo, quer que seus objetivos saibam quem é e assim pode pretender trocar de lado. Ah. Excelente estratégia. Como comandante, eu tomaria o crédito completo. —Soube algo mais? - perguntou ele. —Só que eu sou melhor que você extraindo informação. Gradualmente, seus traços duros se abrandaram. —Gracioso. —E, entretanto, certo. Esses tipos querem encontrar-se comigo. Sozinha. Dizem que podem me ajudar. —Você não se encontrará sozinha com eles. —Ora. Um suspiro. —O que vou fazer contigo? Talvez fosse o álcool, mas me ouvi dizer: —Posso pensar em uma coisa. As fossas nasais do Rome flamejaram, suas pupilas dilataram. Mas mais que inclinar-se e me beijar, ele ficou de pé, me arrastando com ele. —Tratando de me seduzir? Bem, sua cronometragem não presta, sabe? — Vou ter você. Já te adverti. Mas uma vez que te tenha, nenhum de nós sairá da cama por um longo, longo tempo. O que significa que temos que esperar até que este caso esteja fechado. Então vá se misturar como devemos fazer e vê se podemos averiguar algo mais. Capítulo 18 —Algo está mau — disse Rome umas horas depois enquanto estacionava no lugar convenientemente reservado cruzando a rua para nosso hotel. Olhava fixamente o estacionamento cheio de movimento, com expressão absorta, o corpo tenso. Meu olhar vagou pelos carros, pelas pessoas que caminhavam perto, mas não vi nada fora do ordinário. —O quê?

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—Não sei. Fique aqui e cuida do carro. Tenho equipamento nele que não quero que caia nas mãos equivocadas. Não tive tempo de replicar. Ele estava fora do carro e era uma sombra na noite antes que pudesse dizer uma sílaba. Maldito! Eu poderia ajudá-lo. Eu poderia (possivelmente) salvá-lo, se fosse necessário. Mas em lugar disso, tinha-me deixado aqui. Sozinha. Outra vez. Maldito seja, realmente. Eu era quão única tinha aprendido algo no clube. Misturar-me depois com os irmãos da Bíblia não nos tinha deixado nada bem. Não havíamos sido ignorados, mas tampouco conhecemos ninguém que nos houvesse dito algo relevante. Assim mau ou não, eu queria deixar o carro e me plantar atrás dele. Mas não sabia o que estava acontecendo, no que me ia colocar ou se só me colocaria na linha de fogo e estorvaria Rome. Além disso, o carro aparentemente necessitava de amparo. Não podia ver nada do equipamento que Rome tinha mencionado, mas fiquei dentro. Embora se ele voltava a atirar esta merda outra vez… golpeei meu punho no painel, olhando a noite, esperando. Meia hora depois, estava na beira, de saco cheio e procurando destruir a alguém. Quantas vezes em uma noite terá pensado Rome que podia me abandonar sem repercussões? Eu tinha a impressão de que a tequila que ainda corria por meu sangue era a única coisa que me impedia de disparar chamas reais. Finalmente, Rome retornou ao carro. Tinha um novo corte em sua bochecha, o sangue já secando. Minha ira morreu instantaneamente, concentrada em sair deste lugar. —Está bem? Como sempre, ignorou minha pergunta. —Havia homens armados por todo o hotel, mas me encarreguei deles. Pertenciam ao Desert Gal. Ela sabia que nós estávamos aqui, e que vamos atrás dela. Vamos. Não temos muito tempo antes que cheguem os reforços. - Deixamos o carro sem outra palavra. Meus ossos rangeram enquanto saía. O ar noturno era frio sobre minha pele exposta e respirei profundamente. —Não precisamos levar seu precioso equipamento conosco? E, está bem? Seu olhar posou em mim por uns poucos segundos. —Estou bem. Quando chegarmos ao quarto, mantenha-se afastada do banheiro. Ele já tinha ido ao quarto? É obvio que sim, pensei um momento depois. O Senhor Protetor não me quereria aí colocada sem saber que era seguro. Aparentemente, muitas coisas alguma vez mudam— Lexis e Sherridan estão bem, não? Elas podiam ter visto chegar aos meninos maus e esconder-se. Silêncio, Rome saltou em um movimento e se colocou ao meu lado, ficando quieto. —E bem? — insisti, meu coração pulsando devagar— Não me faça perguntar de novo. Neste momento sinto como se tivesse que usar pinças para tirar informação de você que deveria me dar livremente. Os movimentos do Rome não vacilaram.

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—Não lhe quero dizer isso enquanto estejamos aqui, para que não te afunde e atraia a atenção sobre nós. —Obrigado pelo voto de confiança. — Felizmente, a sarcástica declaração grunhida escondeu meus crescentes medo e ira. —Bem. Quer a informação? Eu te darei a informação. Eles as têm. — Sinistras palavras sortes em um tom plano. Tropecei como se o conhecimento se filtrasse em meu cérebro, me endireitando e me agarrando no cinturão torcido de Rome para ficar com ele dentro de meu alcance. Sua paz nunca se alterava e eu tinha que correr para mantê-la. —Elas estão… elas estão. — Não tinha forças para dizer. —Elas são valiosas. — Ele me levou fora na noite e para a porta do lado do edifício. As dobradiças rangeram como se ele a estivesse abrindo— Muito valiosas para desfazer-se delas. Estarão bem. Cody não deixará que lhes façam nada. —Cody? Cody! Começo a perder a fé nele, Rome. — As palavras saíram de mim, mesclandose com o som de meus passos como se corrêssemos através de uma estreita e vazia rua. —Ele tem que provar-se a si mesmo, Belle. Como ia ganhar a confiança de Desert Gal? Mas a coisa é que Lexis e Sherridan não sabiam o ângulo no que estava trabalhando. Elas não iriam de boa vontade com ele. O que significa que brigarão com ele. —Durante essa briga, ele deverá procurar um caminho para que elas possam escapar, então parecerá de confiança. Correto? Mas ele não tinha feito. Por quê? Ao princípio, quando conheci o Cody, ele estava agarrando uma pistola contra Rome e contra mim. Não nos disparou, só estava tentando nos apanhar, mas senti sua determinação de fazer o que fora necessário para conseguir o que ele queria. O que aconteceria se o que ele queria agora não estava bem para minha equipe? Encaminhamo-nos para outra porta. Rome a cruzou, com sua arma levantada, pronta, mas não havia ninguém dentro do oco da escada. —Mantém os olhos abertos a meu lado. Outra ordem, mas de novo obedeci, esperando chegar à habitação o mais rápido possível. Subimos. A única pessoa que nos passou perto foi um bêbado que quase mancha suas calças quando Rome o pôs contra a parede e o revistou. No que demoramos em chegar a nosso quarto, tinha um bom suor congelado no que estava trabalhando, mantendo minhas emoções tranquilas e inativas. Estava assustada, tão assustada por minha amiga e inclusive por Lexis, e só crescendo mais enquanto contemplava o dano. Claramente, aqui houve uma briga. As cobertas estavam viradas sobre a cama, havia uma mancha de sangue no telefone, que estava pendurado fora de seu lugar, e os abajures estavam caídos. Rome levava uma máscara de fúria na cara como se espreitasse no quarto. Parou frente ao escritório, seu corpo tão tenso como uma cinta de borracha, preparado para romper-se.

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—Olhe ao redor. Olhe para ver o que perdemos. Me faça uma lista. — Sem expressão em sua cara, sua voz estava tranquila, sem emoção— E como disse, mantenha-se afastada do banheiro. De acordo, o que havia no banheiro? Engoli em seco, assustada para olhar, virei e comecei a ordenar de alguma maré a roupa atirada no chão. Minhas mãos estavam tremendo, meu peito oprimido. —Só que já sabe, abandonamos o clube. Pode parar com as sandices do comando. Soltou um suspiro cansado. —Sinto muito. Eu nunca antes trabalhei contigo. Que eu recorde — acrescentou rapidamente. —Eu não sei o que pode fazer, que não, como trabalha. —Tudo o que precisa saber é que posso ajudar. De todas as formas desculpas aceitas — acrescentei com apenas uma pausa. Teria gostado de ouvir um pouco mais de arrependimento, mas agora era um momento muito duro. Aí estava um pequeno sorriso em seus lábios. —Você se defende bem. Posso ver por que John gosta de você. Um completo? Para mim? Não atue como um enjoativo passarinho apaixonado. Volta para trabalho. —Possivelmente estejamos equivocados. Possivelmente as garotas escaparam. Talvez, parece meu primeiro pensamento, estão escondidas, nos esperando. Uma mesa desordenada não é equivalente com o sequestro. —Tem razão. — Rome afastou suas costas de mim como se disparasse uma foto em minha direção— Mas isto o é. O pequeno quadrado girou com um ruído frente a mim, e eu o derrubei para ver o atual ruído de um disparo. Escapou-me um grito. Eles tinham estado aqui, Sherridan e Lexis tombadas na cama, obrigadas e amordaçadas. —Elas estão... —Já disse, estarão bem. — por agora, ressonou a palavra não dita entre nós-. Cody tomou uma fotografia. Estou seguro disso. O homem adora suas Polaroides. Isso eu sabia de primeira mão. —Uma Polaroid não prova nada. E, por que não me mostrou isso antes? —Acabo de encontrá-la. E olhe essas marcas na parede. Meus olhos seguiram seu olhar à parede em questão e quase com segurança, havia pequenos círculos brancos brilhando nas sombras. Círculos que poderiam ser faíscas. Faíscas que poderia ter emitido um electrófilo. —De acordo, Cody está certamente ficando com o Desert Gal e lhe levando a nossa equipe para provar seu carinho — sussurrei— O que acontece realmente se se esqueceu que é uma missão e começou a se apaixonar por ela? Às vezes jogando a fingir se adquirem sentimentos reais. Que acontece...? —Isso não vai passar. Como já te hei dito, ele se assegurará de que estejam a salvo. Ele pensa claramente que este curso dos acontecimentos é o melhor e o mais rápido. —Todas as

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palavras que Rome pronunciava estavam encaixadas com muita fúria— Mas, maldita seja, poderíamos avisar às garotas. Estarão provavelmente assustadas e confusas. —Deveria ter comprovado meu fodido telefone! — Estampou seu punho na parede, criando um buraco. Pedaços de gesso em pó cobriram a área, formando uma nuvem branca a seu redor. Eu devia ter aspirado algo desse pó em meus pulmões, porque me fazia cócegas na parte traseira de minha garganta. Tossi enquanto colocava a fotografia em meu sutiã para protegê-la. Finalmente, Rome virou para mim. A vergonha cobrindo seus formosos traços, faziam-lhe mais potente porque isso estava misturado com fúria e necessidade, a última coisa que nunca antes esperei ver nele. —Perdão pelo arrebatamento — murmurou. —Não se preocupe por isso. — Tomei uma das camisetas do chão e a apertei contra meu peito. O material era branco, era larga e de algodão. O pijama de Sherridan. As lágrimas encheram meus olhos-. E não culpe a ti mesmo. Só é um homem. Não pode fazer tudo. —Está me culpando? —Não! Você sabe bem. —É? — Soou triste agora, perdido. Mas passou uma mão por sua cara, como se assim pudesse lavar a vulnerabilidade— Devia ter falado com elas sobre o que deviam fazer se se apresentavam este tipo de situações. Odiava ver Rome assim, como quebrado por dentro. Isso acrescentava minhas emoções, as fazendo ainda mais instáveis. —Lexis trabalhou neste campo antes. Além disso, é uma poderosa psíquica — o recordei— Ela teve essa nova sensação de pressentimento. Pôde havê-lo planejado para algo. E Sherridan possivelmente não seja um experiente agente, mas é uma lutadora. Ninguém poderá fazê-la cair. —Tem razão. Sei que tem razão. Embora isso não queira dizer que esteja menos frustrado. Terminamos nossa busca pela quarto em silêncio. E sim, admito. Finalmente, encontrei a coragem necessária para entrar no banheiro... e logo desejei não havê-lo feito. Havia um homem em nossa banheira. Um homem que não reconheci, mas, entretanto me senti doente a respeito de vê-lo tão quieto. Tão… morto. Ele estava completamente seco de água. Suas maçãs do rosto estavam afundadas, sua pele parecia de papel fino amarelado e descascado. Que triste e terrível destino para morrer. E completamente desnecessário já que eu só podia supor que Desert Gal lhe tinha abandonado para que nós o encontrássemos como se fora uma advertência. Zangue-me e isto é o que acontecerá com seus amigos, a você. Minhas mãos se apertaram em meus flancos. —Disse ao Cody onde nos estávamos ficando? — perguntei ao Rome. Sabendo que se sentia responsável por essa morte, também, se ele o tinha feito. —Não, eu não disse nada. Bem. Mas isso significava que Cody havia tido que procurar a informação ou… uma terrível perspectiva me golpeou. O que acontecia se havia uma fuga no PSI? Que tal se assim era como nos tinham encontrado?

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—Perdeu alguma coisa? — perguntou Rome me sacudindo de meus pensamentos Considerarei isso mais tarde. —Só seus moedeiros, com suas identificações, maquiagem favorita, e cartões de trabalho de Sherridan. Ela era uma agente imobiliária. Não dessas que vendem todas as casas tarde. Tinha estado gastando muito tempo em seu lugar feliz, sonhando com superpoderes. Sonhos que haviam a trazido aqui. A quem quer enganar? Você a trouxe aqui. Você devia tê-la protegido, não haver permitido suas equivocadas fantasias. —Eu não sei exatamente que roupa levavam posta, mas não estou segura se nada disso foi tocado. Seus artigos de penteadeira estão aqui também. —Nada do teu foi tocado? — Neguei com a cabeça. Exceto pelo que tinha em meu moedeiro, todas minhas coisas estavam em minha mochila e minha mochila estava na esquina. Por que tinham tido que ir-se? —Bem, vamos — disse Rome, e me encaminhou para a porta. Caminhei através do quarto e me virei para agarrar a bolsa, mas Rome espreitou a meu lado e agarrou meu braço, me arrastando. Moveu sua cabeça em silêncio. Abri minha boca para perguntar o que íamos fazer, mas fez outro desses movimentos de cabeça. De acordo. Nós estávamos indo com as mãos vazias, ou isso parecia. Seu agarre perdeu firmeza, fez-me cruzar uma porta e entrar no corredor. Enquanto fechava a porta atrás de nós, agachou a cabeça e sussurrou: —Provavelmente puseram rastreadores entre suas roupas. Fiz rodar meus olhos. É obvio. —Suponha que nós estamos sendo observados. Não diga nada. Não faça nada sem minha permissão. Nesse momento, a coisa do permitido não me incomodava. Este homem sabia o que estava fazendo. Eu não. Embora algum dia eu poderia, tinha jurado. Algum dia próximo. Quando ao princípio estava sendo recrutada para ser agente, eu não queria este trabalho em realidade. Está bem, uma parte de mim tinha um desejo de emoção. Mas a maioria, estava de acordo com o Rome. Para proteger a sua filha, ele tinha querido sair, de maneira que eu tinha negociado, tomando sua posição como minha. Porque ele me amava, não quis me deixar no PSI sem ele. Impressionou-me com a mudança em seus planos e ficar, me perguntando só se lhe podia ajudar a proteger a Sunny. Bem, isso e amar a ele para sempre. Tinha-o considerado antes, mas realmente captei agora que tinha sido amável em um ponto morto pelo trabalho durante todos estes meses, fazendo o que me pedia mas nada extra. Nada mais lá. Não tinha tomado parte realmente. Não me havia realmente treinado como deveria, não tinha caçado ao Desert Gal como deveria. Tinha que pôr a mim mesma primeiro. Meu casamento primeiro. Minha vida primeiro. Porque por isso, o menino que é meu melhor amigo estava convexo inconsciente no hospital, meu noivo tinha perdido a memória e minha melhor amiga era agora prisioneira de um Scrim que absorve água. Não mais, pensei, minhas mãos de novo estavam apertadas em punhos. Por agora,

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eu era uma agente, pura e simples. Não por muito tempo poderia jogar neste jogo, passando o tempo com isso ou pondo meus próprios desejos sobre minhas missões. Eles me chamavam a Garota Maravilha depois de tudo. Eu podia fazer coisas maravilhosas, e me dizer a mim mesma, e trataria de acreditar. Permaneci perto do Rome enquanto caminhávamos com o passar do corredor e descíamos as escadas. Ele tinha uma arma carregada diante de nós, mas nunca a usou. O resto do hotel parecia haver-se deixado levar pelo sono, nos deixando para nossos jogos de espiões. —Por aí. — Ele não me levou à garagem como eu esperava. Não, ele me levou fora, através das sombras da noite. Alguns carros serpenteavam ao longo da estrada, suas luzes deslumbrantes. Eu estava quieta usando meu vestido de puta e o ar estava frio sobre minha pele, causando calafrios e arrepio em cada polegada visível. Meu olhar ficou atento, rodeando a zona com perspicácia. Em qualquer momento, esperava que alguém saltasse sobre nós e atacasse. Jogando seu próprio olhar alerta, Rome tirou a jaqueta e pôs sobre meus ombros, embora nunca rompeu seu passo. —Obrigada. —De nada. Agora se prepare. —Para quê? —Nada. Homem esperto. Hmm. Preparar-se para quê? O único caminho para estar preparado por nada, supus, era para trabalhar em nossa ira cozinhando a fogo lento. Dessa maneira, eu poderia incendiar algo (ou a alguém) se fosse necessário e o conseguinte fumaça poderia ajudar a nos esconder. Mas eu tinha que ser prudente. Cozer algo a fogo brando poderia me por em fogo. Eu tinha que estar só o suficientemente zangada para que as chamas pudessem estar contidas dentro de mim até que estivesse pronta para as deixar sair. Necessitava ao Tanner e ao Rome para isso, nunca havia feito eu sozinha. Tanner podia me avisar antes que as coisas se saíssem de controle e Rome podia tirar fora o excesso de emoção. Sem um deles, isto era arriscado. Sem nenhum, isto era provavelmente um suicídio. Embora um por cento das possibilidades fosse melhor que nada. Rome e eu nos movemos em uma sebe de árvores, as folhas balançando atrás de nós. Os ramos golpeavam sob meus calcanhares, minuto atrás minuto passando em um silêncio tenso. Antes que pudesse forçar minha mente sob uma esteira de ira, passamos por outro grosso arbusto e um bem iluminado edifício entrou em nosso campo de visão. Um bar. Um pôster vermelho de néon: POOLHERE. Um grupo de homens de meia idade saíam da porta frontal, a fumaça do tabaco ondeava atrás deles. Estavam falando e rindo e aplaudindo uns aos outros no ombro. Os quatro pararam e me olharam boquiabertos enquanto passava. Então um assobiou. Supus que meu decote era visível através da abertura na jaqueta do Rome. Rome lhes grunhiu, mas ao final não lhes atacou. Só apressou seu passo, e de novo tive que correr para lhe alcançar. —Aonde vamos? —Necessito de algum equipamento, logo procuraremos um lugar para descansar. —Equipamento? Outro à parte do que tem no carro?

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—Não há nada no carro. Sinto muito, menti. Só queria que estivesse a salvo enquanto eu analisava a situação. E pensar que eu me tinha assombrado de como me estava voltando louca. Fechei meu queixo com força, minha raiva cozendo-se como eu queria. Rome acreditava que estava fazendo o que ele pensava que estava bem, não importava o que. Essa era parte da razão. Amava-o, mas que fizesse isso era tão frustrante. —Não volte a fazê-lo. —Não posso te prometer isso. Mas estou assombrado, alguma vez tinha mentido para você? Antes? —Ao princípio. Mas nós superamos esse ponto quando fomos totalmente honestos com o outro, sem importar o quanto doesse. Ficou em silêncio durante um momento, contemplando minhas palavras. —Maldito Homem Memória — murmurou. Adeus ira. Seu remorso era irresistível. Onde estava o Homem Memória, de todos os modos? Eu tinha considerado isso antes, mas agora estava surpreendida por sua ausência. Ele tinha me chamado ímã para os problemas, havia dito que estava desesperado por me proteger, mas ele não estava aí para a ação. Queria isso dizer que ficou na Geórgia? Ou que me havia perdido a pista? —Nós podemos chegar lá de novo — disse. — Só temos que... —Não posso discutir isso agora, Belle. Quero, mas não posso. Sinto muito. Deveria ter mencionado isso. Preciso ter minha mente clara, centrada, e quando nós falamos a respeito de nossos sentimentos, o passado, eu só quero te parar, e não posso justo agora… Irresistível. Mas tinha que tentar me centrar no problema por um lado, como ele queria. —Possivelmente não o notaste, Rome, mas tudo isso está fechado — disse, olhando ao redor nas escuras cristaleiras. Bom exceto pelo bar, mas duvidei que eles tivessem o que ele necessitava. —Não quis dizer que nunca pudesse fazê-lo. — Apertou meus dedos me consolando. Eu deveria ter sabido que ele tinha acrescentado B e E a nossa larga lista de inimigos necessários. —Aonde vamos exatamente? O que acontece se estão nos seguindo? —Até agora não notamos a alguém que tente nos seguir. Além disso, Desert Gal não tentará nos seguir. Ela tem algo que nós queremos, por isso sabe que iremos até ela. Assenti sombriamente. —Tudo vai estar bem. — Ele desenhou minha mão com sua boca e me beijou na palma. Um beijo de consolo, imaginei, mas isso foi suficiente para nublar meu cérebro. De acordo, isso não estava ajudando. Retorna à ira, pensei enquanto alcançávamos uma calçada abandonada. O que me fazia estar brandamente zangada? O tráfico. Condutores lentos como tartarugas. A memória perdida. OH, sim. Essa era a entrada. Essa era a faísca acesa dentro de meu peito, queimando, fundindo o frio. —Por que de repente irradia calor? — murmurou Rome—Está zangada? —Ligeiramente, e esse é o objetivo. Para nosso amparo.

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—Bem. Esse é um bom exame para vários de nós. Se ficar muito, dê algo disso a mim. —Uh. Segurou-me com um olhar feroz, a força disso a ponto de me empurrar para trás. —Você fará isso Belle. Sem desculpas. Traguei, pese ao fato de que minha boca secou e assenti. Não queria feri-lo. Isso podia me fazer ser a pior agente que jamais tenha existido. Mas podia fazer isso. Por nós, por Sherridan. Possivelmente inclusive por Lexis. Se minha raiva saía de controle, podia dar algo disso a ele, se ele soubesse o que fazer com isso ou não, forçando-o desde meu corpo e dentro do dele. Mas se ele se queimava por isso… Não ia pensar nisso. Tudo estava bem. Necessitava mais raiva. Coisas que me irritassem. Esperar no lobby do doutor por quarenta e cinco minutos, então passar meia hora na sala de exames. Logo, é obvio, o doutor teve uma emergência (a.k.a. Chegando tarde porque demorou muito no almoço). Bom o ponto é que teria que ser remarcada. A memória perdida. Chamas romperam sobre meus dedos. —Está perto de arrebentar. Dê-me um pouco, Belle. —Não, não ainda. Posso dirigir isto. Memória perdida. As chamas se propagaram, lambendo sobre meus pulsos. Merda. Tinha que deixar de pensar nas palavras MEMÓRIA PERDIDA. O fogo se estendeu por minhas axilas e Rome gritou e saltou sobre mim. Maldita seja! De acordo, se tranquilize. Pensamentos felizes agora. —Belle — gritou— Faz. Agora. —Não estamos nesse ponto ainda. Posso me acalmar. — Gelado. Memória perdida-. Isto não é crítico ainda. Bolo de chocolate. Memória perdida. Grunhiu. Pisou-me em forte. Agarrou meu ombro apesar de que irradiava calor e me sacudiu. Seus dentes estavam nus em uma careta. —Faz! Prometeu. Memória perdida. Outra vez não. Memória perdida. Fará um andaime dos dois se não o tentar ao menos. Memória perdida. O fogo saltava sobre mim, desesperado por escapar. Em nenhum momento poderia correr em liberdade. Movendo-me, fechei meus olhos e empurrei os quentes de minha fúria para Rome, meu corpo esfriou instantaneamente. Ele grunhiu embora estivesse acima com um importante punho. Minhas pálpebras se abriram desmesuradamente. Ele não estava em chamas. Nunca o estava. Estava rígido, com linhas de tensão ao redor de seus olhos, mas estava bem. Obrigado Deus. Ele o tinha feito. Inclusive sem memória, tinha feito. —Você disse que funcionaria. — Apertou os dentes. encurvou, exalou um fôlego. Um momento passou logo outro. Finalmente se endireitou e sacudiu suas emoções como se nunca tivéssemos parado. Eu tinha meu filtro. Antes que pudesse replicar ou rir ou dar voltas de alegria, ele parou frente uma loja de eletrônica. A luz brilhava sobre nós como um refletor. Rome não me perguntou, mas eu assinalei um dedo para a lâmpada. Pensei em Desert Gal, meus amigos feridos, assustados, memória

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perdida e forcei um raio de fogo fora. Essa chama se chocou contra a lâmpada causando sua explosão. Todo o momento, podia sentir a força de Rome ao meu redor, cuidando do pior de minhas habilidades profundamente envoltas. O mundo a nosso redor obscureceu. Rome podia ver na escuridão, uma vantagem de ter os sentidos de um gato. Felizmente, meus olhos se ajustaram rapidamente. Antes que pudesse acabar dizendo:“Lhe devolvo a jaqueta” para que envolvesse-a ao redor de sua mão e protegesse sua pele, ele destroçou o cristal sobre a porta fechada. Os cortes apareceram e o sangue brotou, mas não pareceu dar-se conta. —Não quero que passe frio — disse. Que doce. E era algo que meu Rome, o antigo Rome, podia fazer. Estava voltando comigo? Sem sua memória? Eu não perdi a esperança. Ele entrou na loja e brandamente destravou o ferrolho. Na rua pude ouvir soar o alarme, preparando-se para estalar. —Vêm aqui — disse ele— Faz guarda. Pressionou um suave beijo sobre meus lábios, franzindo o cenho para a mim em lugar de afastar-se, e sacudiu sua cabeça como se tentasse esclarecer seus pensamentos. Então entrou em movimento, o alarme finalmente chiando à vida. Eu estava ali, minhas costas contra a loja, minha atenção em qualquer que pudesse passar, meus nervos apagando o fogo e criando um brilho de gelo. Eu estava começando a odiar o gelo mais que a nenhum outro elemento. Atrás de mim podia ouvir o ruído de pés sendo arrastados, refugos, cordas arrastadas. Na distância, comecei a ouvir sirenes. —Homem gato— chamei, sem querer usar seu verdadeiro nome. Esteve ao meu lado em um instante. —Vamos. Estava sopesando seu equipamento, mas correr através da rua não era nenhum problema. Eu ia um passo atrás dele, ofegando e resfolegando, determinada a trabalhar nisso tanto como fora possível. Isso podia ser parte do meu plano para me converter em um super agente. Ninguém nos tinha açoitado, graças a Deus e quinze minutos depois caminhamos até um hotel sem incidentes. Rome nos conseguiu um quarto, e quando finalmente estávamos dentro, derrubei-me na cama, completamente esgotada. Que noite infernal. Usar meus poderes sempre me deixava esgotada. Estar com onze homens em um, insignificantes ladrões e o sequestro de minha amiga faziam que isto parecesse muito. Inclusive por Lexis, ela não era minha pessoa favorita, mas seguro que lhe tivesse afetado meu sequestro. Rome derrubou seu contrabando na cama gêmea ao lado da minha. Não me olhou, eu notei. —Vou comprovar o estado da quarto. — Sua voz estava tensa. Pisquei com surpresa, me sentando— Ainda pode fazer isso? —É obvio. Tenho tudo registrado em meu móvel. Posso passar tudo ao meu portátil e olhar o que aconteceu. Agora dorme um pouco. Você necessita. —Não. — Tirei minhas pernas da cama, grunhindo pela dor em minhas articulações-. Eu posso ajudar.

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Finalmente, seu olhar posou em mim. Suas pupilas estavam dilatadas. Com aborrecimento? Excitação? Estudou-me, me medindo. O que estava olhando? Que pensamentos estavam passando através de sua cabeça? Que eu poderia ajudar vendo algo que ele não veria? Que estando perto de mim podia só lhe fazer me querer mais? Ou todos esses pensamentos eram ilusões da minha parte? E onde estava a nova e melhorada eu? Não se supunha que estivesse atrás de um homem onde havia uma operação de resgate que planejar. Assentiu ligeiramente. —Muito bem. Façamos. Capítulo 19 O zumbido de meu telefone despertou. Olhei ao meu redor meio adormecida, mas não vi nenhum sinal de Rome. Maldita seja. Esfreguei meu rosto, com a esperança de pôr em marcha meu cérebro em ação. Eu não tinha a intenção de ficar adormecida, tinha estado acordada lhe ajudando a revisar a maior parte do vídeo que tinha gravado. Depois de avançar, tinha visto que Cody e Desert Gal (uma moça e bonita e mais loira do que eu tinha suposto) entraram no hotel e foram até o elevador. O casal se ficou em silêncio, sem reconhecer-se mutuamente de qualquer maneira. Era evidente que tinham um objetivo, sabiam exatamente onde tinham que ir e nada os impediria. Outra vez me perguntei como haviam sabido onde nos encontrar. Tínhamos sido vistos do momento em que tínhamos descido do avião? Ou, como eu tinha suspeitado no dia anterior, tínhamos uma fuga no PSI? O zumbido do telefone se deteve, o repentino silêncio me sacudindo. Apertando os olhos pela luz que se filtrava através das cortinas, dava uns tapinhas na mesinha de noite, até que encontrei minha bolsa. Uma olhada rápida dentro e vi que tinha meu celular. Infelizmente, o identificador mostrava: “Não disponível” em lugar de um nome ou um número. Tinha um nó no estômago e me deixei cair de costas sobre o colchão. O que acontecia se fosse Rome? Sherridan ou Lexis? Cody? O médico do Tanner? Quando uma luz vermelha começou a piscar na esquina direita, sorri. Uma mensagem! Mas meu sorriso desapareceu à medida que pulsava a série de botões e a mensagem se reproduzia para mim. —Belle, preciso de você. Por favor, chame A... - Reese o vampiro. Outra vez. Que diabos acontecia com ele? Eu estava a ponto de levar meu dedo ao botão de rechamada, quando meu telefone começou a zumbir. Pressionei falar, me movendo mais rápido do que nunca antes me tinha movido. —Esta é Belle. — Minha voz tremia, ainda áspera de sonho. —Olá, Belle. Como está? Endireitei-me. —Homem Memória?

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—O número um e único. E, de fato, meu nome é Jean-Luc. Já sei, é nome de queijo. Entretanto, os tipos que me criaram queriam que eu me levasse um pedaço deles. Espera, isso soa mau. Eu não queria dizer nada sujo, compreende. Eu só... Maldita seja! Estou balbuciando. Perdão. Estou nervoso. Não dava a maior primeira impressão, assim estou decidido fazer uma melhor segunda, terceira e assim sucessivamente. Está funcionando? —Não sei. — Na realidade, o falatório foi bonito e diminuiu algo da ira que ainda albergava para ele. Se eu já não albergava nenhuma absolutamente. Eu já não sabia o que sentia. Como poderia este homem encantador haver machucado Rome? — Assim tinha dois papais, né? —Sim. Eu nunca tinha conhecido a ninguém que tivesse sido criado por duas pessoas do mesmo sexo e me senti intrigada pela perspectiva. —Bom, parece que lhe criaram corretamente. Em sua maior parte. Salvou-me o outro dia, depois de tudo. E queria te dar agradecer por isso. Não tinha que fazê-lo, mas o fez. Assim obrigada. —Acredite, foi um prazer. —Realmente te devo uma. Mas quero que saiba que estou muito, muito decidida a conseguir... —Que te convide para um jantar? — interveio antes que pudesse expressar minha demanda. —Talvez um dia. — Com o Rome unindo-se a nós, suas lembranças seriam nosso único tema de discussão-. Estou em meio de algo agora. Mas, escuta. Não deveria ter tomado. —Sei bebê. Sei. Isso não significa que lamente. Bebê. Rome, estava acostumado a me chamar assim (e o havia feito um par de vezes após) e a lembrança me fez apertar o telefone com tanta força que o plástico rangeu. —Estará. Desculpe, é isso. Bom, sim, ainda albergava um pouco de irritação. Pôs-se a rir. —Aí está, sendo teimosa e adorável de novo. Então, onde está? Quero te ver outra vez. Percorri uma mão por meu rosto. Onde estava eu? Diabos, pensei, olhando ao redor do quarto. Tudo era como tinha sido antes. Tapeçarias baratas de flores, duas camas individuais com colchão de molas, cada um coberto com edredons impressos de flores. O tapete era de cor marrom escura e, provavelmente, escondiam-se uma multidão de manchas. —Surpreende-me que não me seguisse — eu disse. —Depois de sair, fiz um pouco de limpeza. Assegurei-me de que não seria incomodada pela polícia local. —Obrigada. Doce, homem teimoso. —De nada. —Maldita seja. Como pode ser tão agradável? Quero dizer, trabalhou para Menino Bonito... Vincent, não? Não? —Não por opção — foi a resposta. Tínhamos suspeitado isso.

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—Como lhe obrigam? Me dê isso, pelo menos. —Meus papais. Sequestraram a eles, os esconderam e puseram um vídeo deles pedindo sua liberdade. Um vídeo sendo torturados. Tudo o que tinham que fazer era ameaçar com a tortura de novo e estava de acordo com suas exigências. Tinha tratado de encontrá-lo, mas se assegurou de que não havia ninguém ao meu redor que soubesse onde se encontrava. Eu o teria matado por mim mesmo, mas ficou escondido até que retornei voluntariamente a me pôr de novo em uma de suas jaulas. Não foi até que Rome me deu a liberdade que me inteirei de que meus pais tinham morrido fazia mais de um ano. Como deve ter lhe ferido! Como isso deve tê-lo rasgado! —Você foi a única coisa que me manteve — disse em voz baixa— Assim... por favor. Diga-me onde está. Nesse momento queria fazê-lo. Algo para aliviar sua tortura interior. —Eu... eu não posso. —Como disse teimosa. Uma vez mais, soava divertido. Era melhor que a bolsa do Rome se encontrasse na única cadeira da sala, uma poltrona reclinável de pele artificial rasgada. Se tivesse ido em uma missão, teria levado suas coisas. Talvez tivesse ido procurar comida. Mmm, comida. Meu estômago rugiu. —Belle? — A voz do Jean-Luc atravessou minhas reflexões. —O quê? Perdão! Minha mente vagou. —Faz muito — disse com outro sorriso cálido— Eu gosto disso em você. —Como sabe que eu...? — Minha voz foi silenciada, meus lábios se estenderam em uma linha magra. Sabia pelo Rome. Pelo qual eu não tinha gritado com ele, maldita seja. Acredito que se deu conta da direção de meus pensamentos, porque disse: —Você sabe como. Agora, onde está? —Não vou te dizer. — Sério, aonde foi Rome? Gostaria de estar aqui, falar com M-Squared ele mesmo. Jean-Luc deu outra de suas risadas. —Se me desse uma oportunidade, arrumado a que poderia te convencer de me dizer isso. Uma vez mais, encontrei-me desejando um rastreador em meu telefone. Só teria que seguir falando, até que Rome tivesse chegado aqui. —Sim? E o que faria? —Eu gostaria de te dizer, mas a última vez me disse que não falasse de sua natureza apaixonada — disse com voz rouca. Muito bem. Ia falar disso. Estava fazendo isso muito ultimamente. —Tem razão. Não me diga. Olhe, Jean-Luc, com tudo o que sabe de mim, tem que se dar conta de que valorizo a honestidade e nunca poderei estar com um homem em quem não possa confiar. Neste momento, não confio em você. Salvou-me a vida, sim, mas também a arruinou. Houve uma longa pausa antes que se comprometesse seriamente. —De algum jeito, de algum jeito, vou ganhar sua confiança.

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—Só há uma maneira de fazê-lo e ambos sabemos qual é. —Eu disse. Farei algo por você, algo menos isso. — Seu tom tinha diminuído, tornou-se uma voz só despertada e sexy. —Essas lembranças são o único ponto brilhante em minha vida. Quando correu para seu papai depois de escapar de Menino Bonito, te atirando na linha de fogo para salvá-lo... Estive a ponto de chorar. O amor que sente por ele é uma coisa formosa. Pura. Sabe o raro que é isso? Olhei para o teto (eww, era isso uma mancha marrom?), orando pela guia divina, me abrandando ainda mais quando deveria ter permanecido forte, dura. —Quer pelo menos pensar devolvê-los? Por favor? — Houve um suspiro na linha. —Talvez. Eventualmente. Depois que tenhamos saído um momento. Isso é tudo o que peço. Alguns encontros. Você e eu. Depois disso, pode que não queira que os devolva. — Sacudi a cabeça— Não posso ter encontros. Estou comprometida com Rome. Meus olhos estavam fixos na única porta da habitação; a maçaneta se manteve imóvel. Maldita seja, onde estava? —Ainda quer casar-se contigo? Chiei os dentes, com tanta força que o queixo me doía. Não podia negar que Rome ainda me queria sexualmente. Mas queria algo mais de mim? Não. E sabe? Isso era um pouco desconcertante. Se estivermos destinados a estar juntos, não se teria apaixonado por mim de novo? Mais e mais dúvidas a respeito de nós se foram acumulando dentro de mim e me odiava. —Olhe, isso não é importante — eu disse. Uma mentira— Quereria se me recordasse. —Vou te tratar melhor do que ele poderia inclusive sonhar. Vou te adorar. De fato, já mostrei mais romantismo do que Rome alguma vez demonstrou. —Mas que classe de mulher seria se mudasse meus afetos tão facilmente? Não do tipo que você poderia amar, isso é seguro. Suspirou. —Olhe, eu não te liguei para discutir contigo. Liguei para conseguir que me diga onde está, inclusive embora já sabia, e, em sua maior parte, assim não te alteraria quando chegasse. Estou em caminho a Denver, deveria estar ali em uma hora. Tinha perdido meu sorriso. —Como sabe onde estou? —Quando não retornou para casa, entrei na mente de uns poucos agentes, até que te encontrei. Bom, isso o responde. —Não se pode ir por aí invadindo a cabeça das pessoas, roubando suas lembranças. —Estará contente de que o tenha feito. Tenho um pouco de informação para você. Minha própria mente de agente se reanimou. —Estou escutando. —Há um vampiro no PSI. Reese. —Sim. Estamos muito familiarizados. E o quê? —Ele é a alimentação de informação do Desert Gal. Sacudi a cabeça com incredulidade.

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—Ele não o faria. Não podia. Ele... —Anseia seu sangue todo o tempo. Passei algum tempo de qualidade dentro de sua cabeça. Ele é a razão pela que houve muitas provas de sangue ultimamente. Disse ao John que necessitava que a química de seu sangue está trocando. Mas não o é. A fórmula faz mais doce a tua que de ninguém, dá-lhe uma aceleração, e é viciado nesses elevações. É um vício contra a que lutou desde o começo. E ao princípio o obteve. Mas, como qualquer viciado, perdeu a guerra, necessita mais. Desert Gal tem olhos e ouvidos em todas as partes e se inteirou de seu pequeno problema. Ela prometeu te entregar a ele quando terminasse contigo. Tudo o que tinha que fazer era ajudar a que te capturasse. —Mas ele quer sair com Sherridan — disse estupidamente. —Não. Outra mentira. Ele ia utilizá-la para estar perto de você, porque sabia que nunca aceitaria a ele, sabia que seu coração pertencia a Rome... O último o disse em um grunhido cheio de ódio. NÃO... Não podia acreditar. OH, eu sabia que Jean-Luc estava dizendo a verdade. Que tinha lutado para me salvar. Queria ter um encontro comigo. O que dizia tinha sentido. Era simplesmente que tinha acreditado em Reese. Com gosto lhe tinha dado meu braço, meu sangue. Entretanto, só tinha estado me usando de comida. Uma droga. Tinha a intenção de voltar-se contra a PSI e fazer o maior inimigo para conseguir o que queria. Estremeci-me. Cody não sabe? De qualquer maneira, eu teria que chamar John. Teria que admitir que tinha jogado um papel na transformação de seu, uma vez, técnico de laboratório fiel em um espião. —Obrigada— grasnei— Eu precisava saber. E agora tenho que te deixar. Há algumas coisas que tenho que fazer. —Espera — Jean-Luc disse com rapidez— Não vá. Tenho algo mais de informação para você. Deus, seria algo tão devastador como o que havia dito? Ou pior? —Não se preocupe — disse como se lesse minha mente— Esta é uma boa notícia. Sei que odeia ter deixado a seu amigo Tanner atrás. Assim fiz algumas comprovações para você e pensava que quereria saber. Despertou. Está passando muito bem. Ele espera uma recuperação completa. Empurrei um suspiro de alívio, me paralisando de novo no colchão. Graças a Deus. Eu não sei o que haveria feito se tivesse perdido ao Tanner. Era uma parte de mim. Uma das melhores partes, de verdade. —Obrigada. Muito obrigada. Há algo mais que preciso saber? —Eu... sei algumas coisas sobre Desert Gal. Passei algum tempo com ela. —Me diga. —Seu nome civil é Candace Bright. Trabalhou para o Vincent e foi minha guardiã depois de sua morte. Estou envergonhado de dizer que tomei várias de suas lembranças para dar ao Vincent em troca de mantimentos. Gostava de manter seus empregados sobre sua aba e gostava de me usar porque nunca se sabia o que tinha sido comprovado neles. De todos os modos, o que estou tratando de dizer é que passei um pouco de tempo em sua cabeça. Deteve-se, o silêncio entre nós.

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Tratei de processar tudo. Um, Jean-Luc poderia ter lembranças de uma pessoa e dar a alguém mais. Sem tocá-los, já que nunca lhe tinha permitido estar perto do Vincent. Vá. Dois, conhecia a Desert Gal intimamente. —Conta-me tudo. Por favor. — Eu não pude evitar a urgência de minha voz. —Gosta de se misturar em ambas as sociedades, civis e paranormais e faz todo o possível para manter suas respectivas identidades completamente diferentes. A primeira a utiliza para obter benefícios econômicos e em segredo espreitar a sua presa. A última a utiliza para cometer seus crimes. Para roubar o que ambiciona matar aos que se encontram em seu caminho, capturar gente como nós. Sua sede de poder é sem igual. Mas a maioria de todos — continuou— é que ela te odeia. Pensa que afastou seu pai dela. —O quê? Como? Que eu saiba nunca me tinha encontrado com ela ou seu pai. —Gostava mais de você que a ela, isso é tudo o que sei. Bom, isso, e o orgulho é tudo para ela. Tem que ser a melhor em tudo, possuir as melhores coisas e, como disse, ser a mais poderosa. —Mas... mas quem diabos é seu pai? Poderia ter sido um de quão gradeados ajudei ao PSI a encerrar nos últimos meses? —Nas lembranças que vi, só pensou nele como seu papai ou papai, assim não tem um sentido claro de sua identidade. E de uma vez, não tinha ideia de quem era você. Onde está, Belle? — perguntou com suavidade— Diga-me sua localização exata. Por favor. Economizará tempo. Dizer ou não lhe dizer? Rome se zangaria se o fizesse. Mas Jean-Luc era a melhor guia que tínhamos. —Por que quer saber? —Quero te manter a salvo. —Significa isso que quer me ajudar a combater contra os maus? —Não, mas o farei se tiver que fazê-lo. Algo para te manter a salvo — disse ferozmente— É meu tudo. Saber que alguém se preocupava comigo muito, apesar de que o afeto deriva de algo falso e mau e não poderia ser real, era uma tentação perigosa envolta em uma bonita caixa de cor rosa. Uma vez, Rome havia dito isso a mim. Uma vez, eu havia importado para Rome intensamente. Suspirei, e logo e disse onde estava. Talvez fosse um engano, talvez não. Mas Rome não estava aqui para falar a respeito. Tinha tido que tomar uma decisão, boa ou má, e meu instinto me disse que isto era o correto. Necessitava toda a ajuda que pudesse conseguir e agora Jean-Luc era mais uma vantagem que um inimigo. —Não vá a nenhuma parte até que eu chegue. Tudo bem? Eu disse a um de meus amigos que te seguisse, mas não ouvi notícias dele. Isso não é dele. —Ninguém me seguiu ontem à noite. Rome o teria intuído. —O multiplicador pode estar em onze lugares distintos de uma vez. É por isso que ele é o melhor rastreador no negócio. Não teria sabido que estava atrás de ti. Ou em frente de ti, a seu lado. Prometo-lhe isso.

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—O multiplicador? — Um através de Onze, dava-me conta da impressão. Agora sabia por que tinham estado tão curiosos a respeito de Rome- Já o conheci. A eles. Seja o que seja, alto, olhos de cachorrinho. Onze meninos que vivem em um só corpo. —Esse é ele. Conheci-o em um trabalho. Pode-se irritar até o inferno, mas é inofensivo. Mas, espera. Conheceu-o? —Sim, e eu tenho que me ver com ele, eles, o que seja, às nove desta noite. Disse-me que me ia falar a respeito de Desert Gal. Houve um momento de silêncio. —Se reunir com ele? Outra vez? —Sim. —Nunca teve que ficar em contato contigo — Jean-Luc, disse com firmeza— Isto não tem sentido, mas vou averiguar o que está passando. Estarei ali em uma hora. Menos de uma hora. A determinação irradiava de sua voz. Click. Fiquei olhando o telefone. Deus, que desastre. E onde diabos estava Rome? Perguntei-me pela milionésima vez. Não se preocupe. Não pense nisso agora. Tem coisas que fazer. Marquei o número do John. Ele não respondeu, assim que deixei uma mensagem lhe dizendo que ficasse a vigiar ao Reese. Logo procurei na cama uma nota do Rome, mas não encontrei nada. Rapidamente chamei por telefone a meu correio de voz para comprovar as mensagens que tinham ficado ao mesmo tempo. Tinha estado falando com o Jean-Luc. Havia dois. Todo meu corpo se esticou enquanto o primeiro se reproduzia. —Senhorita Jamison, este é o Dr. Becket. Só queria que soubesse que Tanner despertou. Está fazendo de maravilha. Melhor do que esperava. De fato, ele está tratando de sair. — Um som forte de repente soou no fundo. Um murmúrio lhe seguiu— Não se pode fazer isso, senhor Rivera. Tem que fazer… Click. Tanner tinha levantado. Tinha-o sabido através do Jean-Luc, mas ouvi-lo ao vivo e quase em pessoa consolidou os conhecimentos e aprofundou meu alívio, minha alegria. Estava sorridente, quando a segunda mensagem começou a tocar. —Belle. OH, Deus! — Era Sherridan. Uma vez mais, meu corpo, esticou-se. Ouvir sua voz preocupada causava lágrimas em meus olhos— Cody nos apanhou. O filho da puta nos agarrou quando tratamos de correr. Ele está trabalhando agora com a bruxa da Desert e a... —Isso é suficiente, Cachos — Uma dura voz feminina desconhecida, disse: —Vamos te buscar, Garota Maravilha. Se é o suficientemente forte. Houve um ruído de estática. A linha se cortou. Sherridan estava viva e bem. Que, como a recuperação do Tanner, era notícia para a celebração. Desert esperava que fosse atrás dela. Isso era um desafio que não negaria. Cody, eu estava segura disso. Ele realmente trabalhava para o inimigo ou ainda nos ajudava e permanecia fiel a seu personagem secreto? Pesavam-me as pernas trementes e fui ao banheiro, onde lavei os dentes, e descobri um par de calças jeans e uma camiseta negra em uma bolsa no balcão, e as botas no chão. Eram de meu tamanho. Assim Rome fizera algumas compra. O que não me tinha comprado, entretanto, era

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roupa intima. Tomei uma ducha rápida, um pouco de minha tintura para o cabelo se calou, vestime (menos a roupa interior) e recolhi as armas restantes no arsenal de Rome. Tratei de atar várias facas pequenas para os pulsos e os tornozelos, mas não podia não os tinha suficientemente apertados e acabavam caindo tantas vezes que finalmente me rendi e levantei as grandes facas. Eram mais pesados e mais fáceis de segurar. Encaixei essas através de meu cinturão. Inclusive pus a coberta da mini-Taser em meu bolso traseiro. Sabia o dano que essa coisa podia fazer. Depois de tudo, uma vez Rome se deteve em seco com ela. Eu não queria me arriscar a levar a pistola. Um não sabia nem onde guardá-la. Dois não era tão boa em tiro. A maior parte de minha formação se apoiava em meus poderes. Poderes, que resultava que realmente não sabia como exercer por minha conta. Eu tinha trabalhado com o Tanner e com o Rome, mas nunca trabalhei comigo, sozinha. O que passaria se tinha que ir à batalha sem nenhum dos dois? Era tempo de aprender a cuidar de mim mesma. Até então... Olhei a pistola, mordi o lábio inferior. Cuidadosamente a coloquei em minha bolsa. No caso de precisar. Então esperei. E esperei. Rome nunca se apresentou, nunca chamou. Chamei-lhe três vezes. Deixei mensagens duas vezes. Jean-Luc tampouco se apresentou dentro de uma hora como tinha prometido. Por último, tinha decidido não esperar mais tempo para qualquer deles. Eu era um agente, que poderia muito bem tomar algumas decisões e lhe dar uma patada no traseiro por minha conta. Assim, antes de sair, chamei o John pela segunda vez, desta vez, respondeu. —Recebi sua mensagem — disse, com calma mortal— Eu me ocuparei dele. Reese seria encarcerado, suspeitava. —Não é por isso que estou chamando neste instante. Quando foi a última vez que escutou do Rome? —Ontem à noite. Falou-me de Lexis e Sherridan. —Não chamou esta manhã? —Não Por quê? Aconteceu algo? Estava começando a pensar que sim. Assim não era Rome. Independentemente do que pensavam de mim. Ele não tivesse querido arriscar-se a que eu saísse por minha conta. Não tivesse querido que algo me passasse, enquanto ele estava ausente. Eu... Um duro golpe soou na porta. Rome? —Tenho que ir — o disse ao John, e desliguei. Corri à porta e olhei pela mira. Um homem com cabelo loiro e olhos escuros que era de algum jeito familiar se voltou a me olhar. É porque só não o viu em 2 dias. Vá. Só dois dias? Pareceu que já tinha passado uma eternidade. Jean-Luc estava aqui. Minha mão tremia quando abri a porta. Era isto algo inteligente? O que faz? Entretanto, nada mal aconteceu quando a porta esteve completamente aberta, unicamente havia ira entre eu e o homem que tinha roubado as lembranças de meu amante. JeanLuc media pouco mais de seis pés de altura e cheirava a pinheiro. Levava uma bolsa negra. Provavelmente estava cheia de armas. Isso foi tão... como Rome. Meu peito estava contraído.

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—Belle. — Sua expressão era sombria, com as bochechas cortadas e com manchas roxas, mas seus olhos estavam ardendo, cheios de desejo e paixão e inclusive temor— Vê-te tão formosa como sempre. Como sempre. Palavras raras dele, um homem que me tinha visto só uma vez antes e foi pelo mais elementar dos segundos. —Obrigada. —Posso? — Perguntou educadamente, apontando o interior do quarto com uma inclinação de seu queixo. Saí do caminho. Ele era um desconhecido para mim, mas ele sabia o que era fazer amor comigo. Eu não sabia nada dele. Bom, não é certo. Agora sabia que ele utiliza o mesmo sabão que Rome. Selvagem e primitivo, e suficiente para que fechasse os olhos e saboreasse o aroma familiar. Passou junto a mim— Sinto muito, tomou muito tempo. Invadi algumas cabeças, tratando de averiguar o que estava passando com o multiplicador. —E? — Fechei a porta, fechando-a por dentro. Sozinhos, juntos. Meu tremor não se deteve, tinha aumentado. Um esmalte de gelo se formava sobre meu peito e braços. —Não posso acreditar que o filho da puta me traiu. E nunca o vi vir. Fomos amigos durante anos, manteve-se em contato sempre que era possível... tínhamos compartilhado histórias de nosso passado... Maldita seja! Eu confiava nele. Estiquei-me, o gelo se estendia sobre minhas pernas. Tirei meus braços ao redor de minha cintura. Em seu rosto havia preocupação escura, e avançou para mim, com os braços me alcançando. —Sinto muito. Não era minha intenção que minha fúria te assustasse. Dava um passo atrás. —Não te aproxime de mim — eu disse—. Eu não quero te congelar. Estará imobilizado por horas. E não foi sua zanga o que me assustou. Tenho medo do que vais dizer depois. Deteve-se, deixando cair as mãos aos lados. —Rome pode controlar suas emoções, não? Mas eu não posso. — A tristeza caiu como uma cortina sobre seu formoso rosto— Devo esperar para dizer o que averiguei, então? Sacudi a cabeça, o cabelo me deu bofetadas nas bochechas. —Tenho que saber, assim posso me acalmar. Ele deu um forte assentimento. —Muito bem, então. O multiplicador tem Rome e te quer e quando chegar, planeja vender a ambos a Desert Gal. Capítulo 20 Alguns dos irmãos estarão ao redor do hotel, no posto de observação. Alguns dos irmãos vão estar dentro, olhando, esperando. Rome não estará na sala contigo. Eles o esconderam em outro lugar. Uma e outra vez as advertências de Jean-Luc derivavam por minha mente enquanto caminhava pelo vestíbulo do Hotel Holland. Na recepção, perguntei por Matthew Brooks, quarto 618. O relógio de pulso do Jean-Luc me deu mostrava que eram 8:53. Eu ia no elevador até o sexto piso e, embora estivesse sozinha, sentia como se um milhar de pares de olhos estivessem olhando todos meus movimentos, mil braços dispostos a estender a mão para me agarrar.

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Jean-Luc sabia o que estava ocorrendo porque tinha encontrado a um dos irmãos, entrado em sua mente e logo tinha roubado a memória de sua reunião. Ao princípio, o multiplicador simplesmente tinha previsto me por em um saco quando chegasse ao quarto, um lugar que tinha alugado só para mim, então me usar para atrair a Rome a uma armadilha. Mas Rome, com o ouvido sempre no chão, inteirou-se de sua primeira tentativa e tratou de detê-los. Sozinho. Não confiava em ninguém na área, suponho, e não queria esperar até que os que realmente confiava chegassem aqui. De algum jeito, os irmãos tinham conseguido o melhor dele. Agora só me necessitavam para completar seu plano. —Por que simplesmente não me agarraram no clube? — perguntei a Jean-Luc. —Porque eles teriam que ter lutado contigo e com o Rome e a luta não é seu forte. Pelo que me contaste sobre o clube, posso supor que queria que te embebedasse e fugir contigo enquanto não estava funcionando a plena capacidade e a forçar a Rome a vir até eles. Mas apesar de terem falhado com você, Rome caiu direto em suas mãos. Suavam-me as mãos, mas por sorte, não eram de gelo. Ainda. Tratei de me concentrar só nas palavras de Jean-Luc, não em minhas emoções. O êxito dependia de mim. Em primeiro lugar, averiguaria onde tinham escondido Rome. O irmão ao que Jean-Luc invadiu não possuía essa informação. Logo converteria em gelo aos irmãos estúpidos e os enviaria ao John, e o mais provável era que se assegurasse de que passassem o resto de sua vida apodrecendo no Chatêau Villain. Você pode confiar em Jean-Luc para ajudar tal e como prometeu? Jean-Luc não queria me ajudar a salvar Rome. Tinha deixado bem claro quando cruzou os braços sobre seu peito, deitou na cama e se negou a sair do quarto do motel. —Qualquer coisa menos isso - havia dito. Assim tive que usar o pior truque: —Se realmente quiser uma oportunidade comigo, vai fazer isto — eu disse a mim mesma: um agente tem que fazer o que for preciso para que o trabalho seja feito, mas ainda me sentia culpada por estar mentindo. Ele não tinha nenhuma possibilidade comigo. Suas bochechas tinham cobrado uma cor vermelha brilhante, mas tinha ficado de pé, saudou com frieza e disse algo que Rome gostava de dizer: “vamos fazer isto”. Passamos o resto do dia averiguando a melhor maneira de dirigir esta situação. Que, como resultado, lançava-me para o coração de uma batalha, sozinha. Por desgraça, Jean-Luc não pôde aproximar-se do Hotel Holland para me ajudar. Tentou e quase foi derrubado pela dor. Ao que parece, o Multiplicador utiliza algum tipo de dispositivo que emite uma alta frequência que só os cães e as pessoas com poderes da mente podem ouvir. Uma frequência que faz com que seus cérebros pulsem de um modo insuportável. No caso de alguém tentar se aproximar. Não podiam dar-se conta de que tinha entrado na memória dos irmãos, mas conhecendo o Jean-Luc como o conheciam, sabiam que seria rápido procurando vingança quando "descobrisse" a maneira em que o tinham traído. Pobre Jean-Luc. Traído por um de seus amigos. Por dinheiro. Assim aí estava eu, por minha conta. Como eu temia. "Um dia" tinha chegado mais rápido do que imaginei. Eu só rezava que estivesse preparada.

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O elevador se deteve, o som da campainha chamou minha atenção. As portas se abriram. Soltei uma respiração profunda. Calma, mantém a calma, isto tem que ser acreditável e me dirigi para o corredor. O quarto 618 estava à esquerda, por isso quadrei os ombros e segui pelo caminho correto. Encontrava-me de pé diante da porta, com a boca seca. Mas não duvidei. Levantei meu punho, preparado para tocar. Afinal, não tive que fazê-lo. A porta se abriu por si só para revelar a um dos irmãos. Só um. Sabia, entretanto, que os outros estavam perto. Ele sorriu, com a culpa na profundidade de seus olhos escuros e me fez gestos com o polegar. Ele não era o menino com sardas. —Não posso acreditar que tenha chegado. —Bom, tem informação que necessito. Verdade? — Passei junto a ele, muito consciente de que estava caindo em uma armadilha e que lhe dar as costas era uma tolice. Mas eu não queria que ele soubesse que eu sabia o que estava acontecendo. No centro da sala, fiz um inventário rápido de meu entorno. Pequeno, tão sombrio como o quarto que Rome tinha alugado, com uma cama grande, um mini-frigorífico, uma poltrona e um abajur que se elevava sobre ele. —Por que não…? Antes de terminar minha frase, um par de mãos agarraram cada um de meus antebraços. Estavam quentes e úmidas. Outro dos irmãos tinha aparecido. Soltei um "surpreso" ofego quando troquei minha atenção entre eles. —O que está passando? O que faz? Deixe-me ir. Convincente? Em realidade não. Teria que passar em cima de um entalhe. —Sinto por isso — disse o primeiro e soava como se o dissesse a sério. Não tanto como vou sentir eu. —Temo-la. — Em um momento, os onze irmãos foram aparecendo na habitação. Bem. Não teria que perseguir a ninguém. Ouvi que a porta se fechava com o fecho posto. Alguns dos irmãos se colocaram frente a mim. Eles também, pareciam arrependidos. —Por que fazem isto? — perguntei-lhes com os dentes apertados, embora eu já soubesse a resposta. Dois deles olharam a seus pés. —Dinheiro. Temos um montão de bocas que alimentar e Desert Gal está pagando um milhão de dólares por sua captura. Um milhão? Vá. Vá. Quem sabia que eu valia tanto? Por outra parte, como chefe de uma empresa como Big Rocky, Candace Bright deve ter milhares de milhões ao seu dispor. Talvez devesse me sentir insultada porque a recompensa por minha cabeça não era muito alta. —Nunca pensamos que teríamos êxito — disse um deles— Sempre está protegida, rodeada e todos os que o tentaram falharam. Entretanto, seu amigo Cody foi capaz de te atrair aqui e logo um velho amigo nosso chamou e nos disse onde e quando estaria chegando à cidade. Simplesmente o seguimos. Foi mais fácil do que jamais tínhamos sonhado. —Realmente acredita que lhes pagará uma vez que me entreguem? Os onze assentiram.

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—É obvio — disse o número Oito— Desert Gal seria conhecida como uma mentirosa se não o fizesse. E o orgulho era tudo para Desert Gal. Jean-Luc não tinha mentido sobre isso. —Por que me quer? —Tratei de me soltar, mas me seguravam com força— por que não me matam? Talvez ela lhes tivesse contado por que seu misterioso pai gostava tanto de mim. —Quem sabe? Desert Gal não é exatamente do tipo que gosta de responder perguntas. —Talvez queira te contratar para sua equipe. Não era sempre esse o ponto? —Agora, basta de falar. Alguém vá amarrá-la. Tempo para fazer o meu trabalho. Orei, de novo, já estava funcionando. —Têm a meu amigo também? O que me levou ao clube? — Aparentemente, só o líder o tinha escondido, por isso só o líder sabia onde estava. Uma precaução que tinha tomado e que era necessária, embora não sabiam ainda. Mas o fariam. —Não há necessidade de preocupar-se por isso. Alguém se ocupou dele também. —Só deixem-no sair. —Desert Gal não pode esperar para falar contigo. Pensamentos temerosos jogavam com minha mente. Pensamentos de temor que me levavam a um sentido de desespero com eles, assim como o amor. Rome sendo torturado, ali estava o medo. Lexis e Sherridan, mortas se não podia chegar a elas, ali estava o desespero. Todos nós juntos, em meu casamento, ali estava o amor. Eu estava convocando o vento. Parecia que estava utilizando o poder incorreto agora, mas tinha um plano. Assim como tentaram fazer os nós em meus pulsos juntos, uma brisa começou na sala, pulverizando os documentos que tinham posto na cama. Fiz uma nota mental para pensar nisso mais tarde. Para aumentar a velocidade do vento, tomou umas quantas fotos em minha mente. Rome sangrando, perto da morte. Lexis e Sherridan enterradas em uma tumba. Eu no vestido de casamento de meus sonhos. Normalmente, odiava convocar o vento, odiava quantas emoções se necessitavam. Hoje em dia, não me importava. Quando o vento soprava à esquerda... direita... movi minha cabeça em pequenos círculos. O ar seguia meus movimentos, girando. A cama cambaleava. Os papéis continuavam dançando no ar. A roupa se rasgava nos cabides. —Que diabos? — escutei dizer. —Alguém abriu a janela? Enquanto o vento soprava com mais força, não deixei de dirigi-lo, cuidando por mantê-lo longe de mim. A corda pendurava de um pulso, mas não tinha conseguido chegar à outra. Alguns dos homens gritaram. À medida que aumentava minha ira, ia atirando de meu inimigo em diferentes direções, às vezes golpeando-os as paredes e acautelando o que passaria se desaparecessem ou se eclipsassem minhas emoções. Rome estaria morto se isto não funcionasse. Sherridan morreria também. Se isto não funcionasse, Sunny ficaria órfã e sozinha porque seus pais seriam assassinados.

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Eu estaria sozinha. Tratando de seguir adiante sem eles, embora não o quisesse. O gelo criou um fino brilho sobre meu corpo, o vento açoitava em mim e em todas as direções. Golpeando-os e estremecendo-os. Um de cada vez, os homens foram congelados em seu lugar. Na cama, contra a parede, no chão. Com o Matt Damon. Se enfoque, Jamison. Onde estava? OH, sim. No centro da formação de gelo em meus inimigos. Ao vê-los, a satisfação começou a me encher. Prematuramente. Porque, com a satisfação, o vento se acalmou e o gelo se deteve. Um homem se encontrava ainda nas condições normais de temperatura, capaz de mover-se. Empurrou as pernas trementes, meneando a cabeça para recuperar o rumo. —Isso dói! — grunhiu. —Você acredita? Bom, só tem que esperar até que te mostre o seguinte. Coloquei a mão em meu bolso traseiro e tomei meu disparador elétrico. Tive as pinças nos mamilos, disparando volts de eletricidade através de seu corpo, antes que pudesse dar um só passo em minha direção. Estremeceu até seus joelhos dobrarem e caiu. Não tirei a pressão do gatilho até que golpeou a cara com o piso. Embora soubesse que não o imobilizaria por muito tempo, aproximei-me dele, mostrando mais desses terríveis pensamentos de temor em minha mente. No momento em que cheguei a ele, eu tinha uma bola de gelo na palma de minha mão. —Desfrute — eu disse. Atirando ao chão e ele foi imediatamente encerrado em uma grossa capa de fúria do Ártico. Às vezes, suspeitava que os quatro elementos tinham vida própria. Acredito que sentiam o calor corporal ou inclusive a forma das pessoas, objetos e assim sabiam exatamente o que cobrir. Ali. Assim o fizeram. Suspirando, obriguei a minha mente a ficar em branco e a minhas emoções a adormecerem, olhei ao redor da habitação. Os homens estavam pulverizados por todos os lados, congelados em diferentes posições. Isto não me deu a satisfação que havia sentido só faz uns momentos. Em realidade estava um pouco triste... por ter chegado a isto. Eu gostava destes homens até certo ponto. Inclusive os tinha comparado com meu precioso Tanner. —Não tem que ser assim — me disse. Continuei minha busca até que encontrei o contrabando dos programas informáticos sob a cama. Bingo. Tirei o portátil e o apaguei, com a esperança de que fosse suficiente para deter... o que for que ocorresse ao cérebro de Jean-Luc. Havia também uma pequena caixa negra com botões de cores. Tensa, esperando um boom, pulsei o botão de acesso também e logo o apaguei. Felizmente, não voei. Retirei-me, tomei meu móvel e chamei o Jean-Luc. Só tive que apertar um só botão em meu Fave Five21 (assegurou-se disso.) Ele respondeu à segunda chamada.

21

Os cinco números favoritos

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—Tudo limpo — eu disse, tirando a corda pendurada em meu pulso e a joguei no chão— Habitação 618. —Estarei ali em dez. Desligamos. Chamei John depois e lhe fiz saber que havia alguns meninos indispostos, preparados para ser recolhidos. —Bom trabalho. Vou ter a alguém aí em uma hora. —Excelente. Obrigada. Desliguei antes que pudesse me perguntar a respeito do Rome. Muito bem. Tinha uns trinta minutos e, logo, não queria Jean-Luc ao redor de outros agentes. Eles não seriam tão indulgentes como eu. Não é que o tivesse perdoado completamente. É obvio, eu poderia mentir sobre sua identidade, mas finalmente tiraria o chapéu e poderia me levar ao cárcere. Não, obrigado. Eu tinha trabalho a fazer. Gente para salvar. Para isso, tinha que encontrar ao líder. O das sardas. Matthew. Coloquei o móvel de novo no bolso, entrei no banheiro e tomei uma das taças que descansavam no balcão e um trapo. Enchi o copo com água quente e voltei para o quarto, para vertê-la sobre as caras congeladas, derretendo um pouco do gelo até que vi algumas sardas como meias luas. Minha sorte tinha melhorado, porque pertenciam ao irmão na cama. Fazendo as coisas mais fáceis. —Vamos começar o interrogatório — eu disse, verti mais água quente em sua cara e limpei as partes congeladas com o trapo. Oito copos foram necessários para derreter finalmente a última capa ao redor dos olhos e do queixo. Mais tarde, eu estava escarranchada em seu peito e suando, mas minha vítima estava acordada. —Q-o que passou? — Seus dentes começaram a tagarelar. —Eu passei — eu disse— Agora, sem mais perguntas de vocês. Sequestraram Rome Masters, e vai me dizer onde está ou vai morrer. —Eu n-não te di-direi na-nada. —Não tenho muito tempo — eu disse— e quanto mais tempo leve para responder, mais zangada estarei. Eu não sei se Desert Gal lhe disse isso, mas tenho poder sobre os quatro elementos. Isto inclui o fogo. Quando me irrito, as coisas começam a arder. Assim pode permanecer frio em sua capa de gelo ou pode sentir na pele a fusão dos ossos. Depende de você. Apertou os lábios, mas havia medo em seus olhos. Nesse momento, Jean-Luc entrou no quarto como se fosse dele. Quem teria pensado que estaria tão feliz de tê-lo comigo? Igual a ontem quando meus poderes se esgotaram. E com meu acidente de adrenalina, sabia que não tinha muito tempo. —Graças a Deus — disse. Não havia mais dores, assim sabia que tinha apagado corretamente o que o tinha machucado. A cara de minha vítima era principalmente azul, mas mesclada com toques de vermelho. Quando viu o Jean-Luc, estremeceu. —Eu si-sinto, homem — disse— Od-odiei ter que te utilizar, m- mas…

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—Mas é ambicioso. Dê-me cinco minutos. — Jean-Luc me disse, com sua atenção fixa na cama-. Vou ter toda a informação que necessitamos. Esses olhos negros olharam do Jean-Luc a mim e de mim ao Jean-Luc. —Jean-Luc, ho-homem, você sabe que eu… —Economize isso. Pedi ajuda e o que fez? —A traição soava em sua voz, a dor, sentia meu peito dolorido— Há um tempo, teria levado uma bala por ti. Agora estou do lado dela e o que ela quer, consegue-o. Não importa o que tenho que fazer para obtê-lo. Afastou-se. Quando a ponta de seus dedos roçou o rosto do multiplicador, desapareceu como se nunca tivesse estado aí. Só seu aroma ficou atrás. Observei com os olhos muito abertos, sabendo isso devia ter sido o que aconteceu a Rome. Uns minutos mais tarde, Jean-Luc reapareceu no lugar exato que tinha deixado, observando como se acabasse de ler um jornal. —Não tomei nada — disse-me como se lesse minha mente— Olhei um pouco dos últimos dias. Rome está no quarto ao lado. Eles o drogaram com seu próprio sedativo. Uh, o quê? —Diga-o de novo. —Ao lado. — Fez um gesto bastante infeliz com o queixo— Juro-lhe isso. Drogado, mas vivo. Muito fácil, meu cérebro gritou. Ele leu meus pensamentos em minha cara. —A gente pensaria que era uma armadilha, mas não. Matthew tinha pressa, assustado de ser apanhado pela PSI e estava seguro do que fazer. Decidiu mantê-lo perto. — Jean-Luc olhou para a porta que conectava os quartos com os olhos entreabertos. —Para minha tranquilidade mental, Mantém uma arma sobre ele — eu disse ao Jean- Luc. Pus-me de pé, com meus joelhos ao bordo do colapso e me aproximei da porta de enlace. Quase esperava que estivesse fechada, mas a maçaneta abriu facilmente. Tremendo, aplaudi-me uma das facas que havia trazido. Nervosa como estava, sentia um pouco de frio. Engoli em seco, abri a porta. As dobradiças chiaram. Entrei no quarto às escuras, caminhando a poucos centímetros no interior antes de me deter e escutar. Meus ouvidos tremeram com o som de fundo, inclusive a respiração. Fiquei com a faca elevada enquanto sentia a parede. Por último, encontrei-me com um interruptor de luz e o acendi. E então vi Rome. Embora meus joelhos ameaçassem caindo de novo, consegui rodear a madeira ao lado da cama e me colocar a seu lado com um gemido. Seus pulsos e tornozelos estavam amarrados, como tinham previsto fazer comigo, assim que me apressei a cortar as cordas. Dormia com tudo isso. Ainda assim, deixei cair a faca, fechando meus olhos, sentindo um alívio através de mim. Uma lágrima inclusive deslizou por minha bochecha. Ele estava vivo. Estava vivo! —Graças a Deus. — respirei. —Ainda o ama — disse Jean-Luc de repente atrás de mim. Não era uma pergunta, a não ser uma afirmação muito triste. Pouco a pouco, meus olhos se abriram, mas não levantei a vista. Meu olhar estava cravado no Rome, no levantamento de seu peito, introduzindo ar em seus pulmões.

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—Sim. — Eu não o podia negar, não queria negá-lo. Quase o tinha perdido. —Por quê? É de aparência agradável, mas é arrogante e exigente. Merece a alguém que te adore. Dormido, as características de Rome, relaxavam-se, seus lábios eram suaves. Desejava muito o beijar. Antes, eu tinha pensado no fato de que não tínhamos nada em comum, exceto sexo. Eu pensava que nossa relação a sério era puro perigo. Mas agora, depois de quase perdê-lo, eu não podia fazer que essas coisas importassem. Por alguma razão, só importava ele. Se nada mais, a batalha com o multiplicador me havia feito me dar conta de quão desesperadamente queria Rome em minha vida. Não me importava que Lexis tivesse tido uma visão de meu matrimônio com outra pessoa. Não me importava que eu não pudesse ser o amor de sua vida. Ele era meu. Queria lutar para que as coisas funcionassem. —Rome me excita, desafia-me. E pode ser exigente e arrogante, mas também me dá amparo e amor. —Eu posso te dar amparo e amor. —Mas meu coração sempre pertencerá a este homem. — Risquei um dedo ao longo da linha de seu queixo, provocou-me cócegas na pele, e olhei ao Jean-Luc. —Há alguém por aí para ti. Sei. Só tem que encontrá-la. Ele não respondeu. Olhei a outro lado, com muito medo de ver a mudança em sua expressão, da tristeza e esperança à determinação e ira. —Toda minha vida — disse finalmente— quis o tipo de amor que tinham meus pais. Eu estava procurando isso também, antes que fossem capturados faz vários anos. Tem alguma ideia de quão difícil é apaixonar-se por uma mulher quando posso encontrar um montão de coisas a respeito dela? Quando sei exatamente o que quer ocultar de mim? —Aqui há uma solução. Não invada suas mentes. Deixa suas lembranças. Boom. Feito. Sou um milagre feito. —E que me traia? Dificilmente. Assim é como fui capturado. Confiei em uma garota, eu disse o que podia fazer. Chamou-me louco, assim provei minha habilidade com ela. Em resposta, disse a outros e OASS veio atrás de mim. Por meu próprio amparo, tenho que conhecer às pessoas que estou tratando, assim tenho que invadir suas mentes. Mas contigo, já sei e amo tudo. —Lamento seu passado. Lamento-o. — Assim que o sinto muito— Mas... Jean-Luc... não pode… —As memórias de vocês me fizeram rir e sentir a dor e a ilusão de novo.Tinha que tê-los. Eu não posso renunciar a isso, Belle. E depois de tudo o que vivi em cativeiro, mereço isso. Não pise forte em seu pé, não pise muito forte em seu pé. —Mas não lhe pertencem. —Sim! —Não, não lhe pertencem. Você não os viveu. Ele o fez. E assim como sua vontade foi ignorada quando esteve enjaulado, fizeram caso omisso dele. Você tem ignorado o meu. — Forcei meus punhos fechados para que se abrissem e os passei na cara do Rome, gentilmente,

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ternamente. Gemeu. O som me sacudiu, levando uma onda de entusiasmo e se endireitou. JeanLuc ficou esquecido enquanto me inclinei e beijei os lábios de Rome. —Acorda, bebê. Acorda por mim. Deu outro gemido. —Belle está aqui. Mostre-me esses formosos olhinhos azuis. Pouco a pouco, suas pestanas revoavam abertas. Seus lábios estavam franzidos igual ao seu cenho. —Belle? Esta era a terceira vez em nossa relação que tinha tido que vê-lo despertar depois de estar perto da morte. Não tinha sido mais fácil, mas tampouco tinha diminuído minha alegria ao me dar conta de que ia estar bem. —Aqui. —Onde estamos? — passou-se uma mão pela cara, logo ficou rígido-. Merda. Chegaram como se eu fosse um maldito novato, frente a mim, me injetando com meu próprio coquetel de boa -noite, quando tratei de usá-lo. Fizeram isso a você também? Está bem? Machucaram-lhe? Quanto mais falava, mais rápido e mais furiosas surgiam as palavras. —Eu estou bem. Juro isso. — Mostrei-lhe meus pulsos livres da corda. —Só estou aqui fazendo um pouco de resgate e recuperação. — Passou um momento em silêncio, com seu corpo rígido. Então — Você me salvou? —Sim. —Não pude evitar, sorri— Os meninos maus estão desativados. Ou, para utilizar sua palavra favorita, neutralizados. Parece que a Garota Maravilha salvou o dia, né? —Como? —Não é isso importante? Estava pronta para lhe dizer que tinha tido ajuda. —Ganhamos. — Sua cabeça caiu para trás sobre o travesseiro— Merda, isto é vergonhoso! E o que quer dizer, conosco? — Seu olhar se moveu pelo quarto até aterrissar em Jean-Luc, que o olhava fixamente, assassinando-o com seus olhos escuros. Uy, Rome deu uma sacudida vertical. —É um bom tipo — eu disse, aplanando as palmas sobre seu peito. Em sua maior parte— E ele condenadamente bom homem de apoio. Não há dúvida. —Exatamente quem é "ele "? A propósito não respondi. Uma briga poderia ter estalado e não tínhamos tempo para isso. Mas que maldita oportunidade. Esta era a primeira vez que os dois homens tinham estado juntos desde o "incidente" e não podíamos ir derrubando e arrastando gente até que tudo estivesse bem. —Eu não sei por que se sente envergonhado de ser capturado. Teve que salvar a mim umas mil vezes. — Seus olhos nunca se afastaram de meu "ajudante". —Sim, mas você é a garota, eu sou o menino. —Vou fingir que não disse isso. —Por quê? É certo. — aproximou-se e me acariciou a bochecha. Apoiei-me em seu tato, fechando as pálpebras.

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—Me alegro de que seja a garota. —Vocês podem seguir com a reunião mais adiante — disse Jean-Luc disse de repente. Parecia zangado como o inferno— Os agentes aparecerão a qualquer momento e não posso estar aqui quando chegarem. Os dois homens compartilharam um olhar quando Rome se impulsionou para seus pés. cambaleou, mas conseguiu manter-se de pé sem ajuda. Que tipo de comunicação silenciosa passou entre eles? Eu não sabia. Então, ao uníssono, disseram: —Vamos fazer isto. Compartilharam um olhar, estava surpreendida, antes de nos pôr em movimento. Capítulo 21 —Eu não gosto dele — disse-me Rome no momento em que ficamos sozinhos. Tínhamos alugado outro quarto de motel, um maior, mas menos deteriorado e ele passeava pela longitude do tapete felpudo— E estou seguro como o diabo que não confio nele. Com um suspiro, atirei minha bolsa na cama. —Bom, ele me ajudou a salvar sua vida, assim acredito que é um tipo genial. — Quando não estava sendo obstinado. Jean-Luc tinha vindo conosco para verificar tudo, mas tinha partido antes que realmente chegássemos à sala. Talvez porque tinha visto a forma em que eu olhava ao Rome (palavras q ele podia negar, mas de maneira nenhuma um persistente olhar cheio de necessidade) e ele não queria ver isso de novo. Só havia dito que necessitava tempo para pensar. Odiava que isso o magoasse. Com todo o lixo que tinha sofrido durante sua vida, eu não queria ser a causa de mais. Só queria o que me correspondia. Não sei como tinha acontecido, mas Jean-Luc fazia o impossível. Eu o desprezava, mas me fez gostar dele. Estava me dando conta de que, enquanto que as lembranças que tinha de mim não eram dele, verdadeiramente era sincero em seu afeto. Não era falso como eu tinha suposto. Com ou sem elas, queria o melhor para mim. Rome apoiou as costas na parede branca, com os braços sobre seu peito enorme. Olhou para mim. —Quem é de todos os modos? Um recruta de John? —Uh, não exatamente. — Sentei-me na beira da cama e pus minhas mãos nos bolsos. Minha roupa estava úmida do mais recente banho de gelo. Meu cabelo pendurado em novelos e a tintura negra escorregavam por meu rosto e ombros. Provavelmente parecia que tinha sido golpeada, arrastada por um arroio e deixada a secar. —Escuta, ele conhece a Desert Gal. Me disse que ela se deprimirá se destruirmos seu orgulho. E como me ensinou, quando um inimigo tem uma avaria, começa a cometer enganos. São mais fáceis de apanhar, não? —Passou um momento enquanto Rome pensava com a cabeça inclinada a um lado. Logo tomou seu telefone, pressionou uma série de botões e me olhou de novo.

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—O que acaba de fazer? — perguntei-lhe. —Enviar uma mensagem ao John para rastrear seu banco e poder congelar algumas de suas contas. Deveria haver feito isso já, mas... — Deu de ombros— Ele pode ser capaz de fazê-lo, pode que não. Depende de suas conexões e de onde esteja situado seu dinheiro. —Como isso destruirá seu orgulho? —Sem recursos, não pode pagar a seus sócios. Não só seria uma vergonha para ela, se realmente se preocupar com esse tipo de coisas, mas sim evitará que os scrims venham atrás de ti por esse milhão de dólares que me contou. —OH. Por que não pensei nisso? —Agora, sem mais rodeios. Fale-me de Jean-Luc. Sim, finalmente me disse seu nome no caminho para aqui, mas quero mais. Agora ou nunca, suponho. Preparei-me para uma maior agitação, com os dedos agarrando o bordo do colchão. —Bom, acaba de conhecer…—Meus ombros se encolheram, como se tratasse de proteger meus órgãos vitais— Homem Memória. A boca do Rome caiu aberta, e eu suspeitava que tinha ficado sem palavras. Durante muito tempo, só me olhou com assombro. Por último, aturdido. —Me deixe esclarecer isto. — surgiu dele. OH, não. Estava usando a voz. A que proclamava problemas no caminho. —Confiou em um inimigo conhecido, alguém que ajudou a destruir minha vida e a tua, para salvar minha vida. Mais que isso, confiou em um inimigo conhecido, alguém que ajudou a destruir sua vida, com sua maldita vida. Assenti fracamente. —Sim, isso resume. — Enquanto falava, meu celular vibrou em meu bolso. Rome deu um passo para mim, mas levantei um dedo enquanto mudava o telefone a meu ouvido. —Espera um segundo. Isto pode ser importante. Seus olhos estavam exagerados. Embora, para minha surpresa, deteve-se em seco. —Esta é Belle. —Olá, Viper. —Tanner? — Meus lábios esboçaram um amplo sorriso e meu olhar se cruzou com o do Rome. Ainda estava com o cenho franzido, mais feroz que antes, assim que me voltei de costas para ele. —O primeiro e único. Como está? —Não diga onde estamos — disse Rome, evidentemente ainda zangado. Não fiz conta, ofegante de emoção. Tanner parecia normal, como se nunca tivesse sido ferido, como se nunca tivesse afugentado dez anos de minha vida. —A quem lhe importa como estou eu? OH meu Deus. Como está? Odiei te abandonar, espero que saiba, mas eu… —Basta. Fez o correto. Além disso, a culpa não é uma boa emoção para você...

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—Hei-te dito recentemente que te amo? Assim, em realidade, como está? Quando despertou? Conte-me tudo. — Pude sentir o olhar aborrecido de Rome em mim, sondagem de profundidade. Imaginava que me estrangulava? — Não importa quanto tempo tome. Um grunhido escapou do Rome. —Despertei ontem e estive me fortalecendo no momento — disse Tanner— Disseram que Sherridan e Lexis foram sequestradas pela Desert Cadela, e que Rome averiguou onde as está ocultando. —O quê? Ele sabe? — Dava-me meia volta, lhe olhando— Sabe onde estão as garotas? —Eu não —disse Tanner enquanto Rome assentia. Sem culpa, o idiota. —Por que não me disse nada? — perguntei. —Acabo-o de fazer — disse Tanner, confuso. —Você não— o disse— Estão bem? — perguntei ao Rome. Deu de ombros, com uma expressão cada vez mais cansada. —Fizeram experiências com a Sherridan. Ela não está passando tão bem. Lexis está encerrada dentro de uma jaula. Esteve um pouco pressionada porque se nega a responder a suas perguntas. Meu estômago se apertou dolorosamente. Não, não, não, não. Pus-me de pé. —Temos que chegar a ela. Agora. Rome, sacudiu a cabeça enquanto Tanner disse: —John não quer que vá detrás da Desert até que eu chegue aí. —Por quê? —Olá. Assim não destrói o mundo. Olhe, me recolha na pista privada do PSI pela manhã. E não me diga onde está agora — disse, ecoando as anteriores palavras de Rome— John não quer que ninguém saiba. No caso de. Uma vez que estejamos juntos, vamos lhe dar uma patada no traseiro a Desert Cadela. Desert Cadela, a inimizade difícil de alcançar. Até o momento, ainda não tinha tido contato real com ela, entretanto, tinha conseguido causar estragos em minha vida. À vida de meus amigos. Era o momento de tomar a corda! —Estou controlando meu poder. — Algo assim— Posso fazer isto. Sei que posso. Só me diga onde estão e vou buscá-las agora. A espera poderia me matar. Uma vez mais, Rome, sacudiu a cabeça. —Não estava falando contigo — espetei-lhe. —Quero que estejam a salvo tanto como você — respondeu ele-, mas vi o complexo em que estão. Cody enviou por correio eletrônico as imagens. Não podemos salvá-las sozinhos, Belle. Há muita segurança. Se tentamos fazer uma extração, poderíamos ser capturados e então que bem lhes faríamos ? Exasperada, lancei meu braço livre no ar. Ao menos Cody parecia estar do nosso lado ainda. —Acredita que acrescentando Tanner na equação, sinto muito, Ossos Loucos, significará a diferença entre a vitória e a derrota?

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—Bom, sou bastante poderoso — disse Tanner. Rodei os olhos. Era evidente que Elaine não tinha esgotado seu ego gigante. —Ele não é o único a caminho — disse Rome —O que é mais — adicionou Tanner. Deus estava sendo duplamente controlada. John se fez cargo do rato. Reese, o scrim, está enjaulado. Poderia pensar que o mundo tinha terminado, pela forma em que as agentes do sexo feminino, e alguns dos masculinos, atuaram quando se inteiraram da verdade. Ah, e por certo, tem várias mensagens em casa das pessoas do casamento. Me ocupei das coisas e disse que tudo estava cancelado. Não tem que agradecer. E escuta, tenho uma surpresa para ti. Você vai gostar. Vemo-nos. Ele não me deu tempo para responder. A linha cortou. Olhei meu telefone por um momento. Essa pequena merda! Nesse momento, era fácil esquecer quão contente estava de que se recuperou. Eu tinha sabido que o casamento estava cancelado (no momento), mas manter a data e a reprogramação de meus encontros me tinha dado a esperança de que ainda pudesse acontecer. Agora... Levanta o queixo. Ele é ainda uma parte de sua vida, e isso é o mais importante. De repente, o telefone foi arrancado das minhas mãos e arrojado na habitação. Surpreendida, sacudida, olhei para... para... Rome já de pé justo em frente de mim. Seus olhos seguiam me olhando, com a boca ainda franzida. —O que tem feito…? — Seus lábios posaram sobre os meus, cortando minhas palavras. Sua língua empurrou profundo, com seus braços me abraçando e me devorando para a forte longitude de seu corpo. Tinha uma ereção. Ofeguei em estado de choque e sua língua empurrou ainda mais profunda. Por um minuto, uma hora? Tinha desfrutado dele, me deleitando em seu tato, seu sabor, seu calor. Ele era tudo o que sempre tinha querido para mim mesma, forte e valente, apaixonado e leal. Era meu passado e, uma vez mais, neste momento, ele era meu futuro. Tão acostumados a sustentá-lo, meus braços se levantaram por sua própria vontade, deslizando-se até seu peito. Meus dedos riscaram círculos ao redor de seus pequenos e duros mamilos antes de continuar sua viagem e enredar-se em seu cabelo. —O que trouxe isto? — perguntei-lhe, sem fôlego. —Você. A necessidade —Não deveríamos. OH, foi doloroso dizer isso. —Sim. — Lambeu a costura de meus lábios— Não podemos te ter preocupada com o Tanner toda a noite. —Mas não se lembra de mim e estou decidida a resistir até que o faça. Não era eu? Quem sabia? Deu um passo atrás, só um sussurro de distância. —Resistirá mais tarde — disse com veemência— Desejo-te tanto. Necessito-te. Não necessito minhas lembranças para isso. Inclusive sem elas, odeio quando os homens a olham com desejo em seus olhos. Quero matar ao Homem Memória. Ainda quero matar a Tanner. Ele

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encontra muitas desculpas para te tocar. Minha mente não te conhece, Belle Jamison, mas sim cada parte de meu corpo te reconhece como minha. Minha. Dela. Durante muito tempo, isso é tudo o que tinha querido ser. Sim, sou diferente agora do que tinha sido quando este calvário começou. Tinha mudado minhas prioridades. Mas como tinha aprendido, enquanto que olhava seu corpo inconsciente, meu amor por ele não tinha mudado nem diminuído. E ele sentia uma necessidade assim tão forte por mim, sem me conhecer verdadeiramente... Nós estávamos destinados a estar juntos. Tínhamos que estar. —Já sabemos que posso enjaular suas emoções —disse, assumindo que isso era o que me detinha—. Demonstrei. —Isso não é o que me preocupa— respondi, dando um passo para trás. As partes de atrás de meus joelhos golpearam o colchão. Rome cortou a distância de novo, sua dureza pressionando em minha suavidade. Meu sangue estava esquentando, minhas extremidades tremendo. Incapaz de me deter arqueei-me para ele, me esfregando deliciosamente. —Então o quê? — exigiu, mostrando os dentes. —O caso vem em primeiro lugar. Tem que. Jogou a cabeça para um lado, seu olhar errante sobre mim e assentiu com a cabeça. —Tem razão. Mas de verdade acredita que estaria aqui se pensasse que podia estar ali, salvando Lexis? A Sherridan? Agora, só faria mais mal que bem. Temos ao Cody no interior, para protegê-las. Não lhes passará nada. —Ele é a razão pela que está em problemas em primeiro lugar. — Confiava nele de novo, ainda, ou como fora, mas não queria dizer que estivesse de acordo com seus métodos—. Ele deixou que experimentassem com Sherridan. Deixou que pressionassem Lexis. —Para salvar suas vidas. Para obter informação. Para ganhar confiança de Desert Gal. — Esta vez, Rome retrocedeu com os punhos apertados aos flancos— Suas razões são para o bem maior, garanto-lhe isso. Com cada passo que nos separava, doía-me o peito. —Tenho todas as câmaras em torno deste motel e estão alimentando diretamente meu telefone. Um alarme disparará se alguém tentar entrar nesta sala. — Outro passo— Não há nada mais que possamos fazer. Ele tinha razão. Até agora, fizemos tudo o que pudemos. Agora, só tínhamos que esperar. Deteve-se no centro do quarto. —Quero-te, Belle. Quero estar contigo, e sei que lhe disse que tinha trocado de opinião, mas em última instância a decisão é tua. Tratei-te mal e o sinto por isso. Estive frio e ardente contigo, e o sinto por isso também. Entenderia se te afastasse de mim. Eu não gostaria, mas o entenderia. Assim não vou pressionar-te. Agora não, pelo menos. Quando tudo isto terminar... as normas vão trocar. Entretanto, por agora, se decide estar comigo, estarei na ducha. Com isso, deu-se meia volta e se dirigiu para o banheiro. Ouvi o golpe da porta ao fechar-se, mas não escutei o fecho. Fiquei ali, totalmente rota.

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Poderia ficar aqui me preocupando com meus amigos, possivelmente, formando gelo por esta sala, pelo motel inteiro, no processo, fazendo mais mal que bem. Ou poderia ir ali onde o homem de meus sonhos estava provavelmente esgotado, inclusive agora, com a roupa longe desse corpo magnífico. O som da água caindo na porcelana de repente encheu meus ouvidos. Anéis de bronze se deslizaram contra uma barra de metal quando a cortina da ducha foi arremesso a um lado. Comecei a tremer. A me esquentar. Preparando-me para o Rome, só Rome. Por que está aqui de pé? Vá procurar a seu homem! Não nos prometeu um amanhã. Só tínhamos o aqui e agora. Só assim, minha decisão estava tomada. Decidida, dirigi-me ao banho e abri a porta. O vapor fragrante flutuava ao meu redor, e passou um momento antes que fosse capaz de divisar a silhueta de Rome na ducha. Sem dizer uma palavra, comecei a me despir. Tirei a roupa, as armas. Estas soaram contra o ladrilho. A umidade formou em minha pele e o desejo alagou entre minhas pernas. Tinha sentido saudades deste homem. Eu adorava este homem. E teria a este homem. Atirei a cortina cor clara. Rome estava frente a mim, esperando. Nu. Duro. As borbulhas de sabão se dispersavam em seu peito e braços, as pernas eram largas e musculosas, seu pênis tão deliciosamente grosso como eu recordava. —Graças a Deus — disse, me atravessando com seu olhar. Logo depois disso, o olhar se deslizou para o piso do banho e às armas dispersas. Ele sorriu sensível, acordado e divertido de uma vez— Eu sabia que estava armada, mas não tinha ideia de quanto. Por que demônios isso me excita? —É um pervertido. — Mas então, eu também era. Tremendo como um bezerro, entrei. A água quente imediatamente choveu sobre mim. Meus mamilos se endureceram, meu estômago tremia. —E vai gozar, uma e outra vez. — Fechou todos os indícios de distância, quente, úmido e envolveu os braços ao redor de mim. Sabia que éramos um contraste interessante: sua pele banhada pelo sol, meu tom de oliva. Seu cabelo negro, a minha de cor mel. Não, espera. Meu cabelo também era negro. Bom, manchado de negro, já que grande parte da tintura já tinha saído. —Você também — eu disse— Vai gozar, quero dizer. —Primeiro as damas. Seus lábios se estrelaram sobre meus. Imediatamente, nossas línguas se batiam, rodando uma contra outra. Sua pele era lisa, mas logo a minha era impermeável, fazendo fácil a fricção. Uma das palmas de suas mãos se posou em meu seio, amassado. Senti uma lança de prazer mergulhar-se direto entre minhas pernas. Senti uma chama dentro de mim, crescendo, florescendo. Rome deve ter sentido isso também porque disse: —Tenho. Já o tenho. Enquanto permitia ao fogo sair de mim, misturando com minha respiração, e entrar nele, fluindo por seus pulmões, nos vinculando, esfreguei-me contra sua grossa longitude. Gemeu. —Uma vez mais. Faz isso de novo. — me arqueando, deslize-me para cima... para baixo... Nesta ocasião, queixou-se em uníssono. —Senti tanta falta disso — eu disse.

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Ele tomou a cara, apoiou-me e me oprimiu contra o frio ladrilho. —Merda, é formosa. Como mantive minhas mãos longe de você? —Nem sempre é a ferramenta mais inteligente do abrigo. Agora me diga mais a respeito de mim. — riu brandamente, seu olhar me examinando. —É um prazer. Seus mamilos são como frutas. Sua cintura é perfeitamente chamejante. Suas pernas vão por milhas e, maldita seja, seu núcleo… — Dois de seus dedos riscaram um caminho entre meus seios, por meu estômago e através do atalho de cachos suaves entre minhas pernas. Fechei os olhos, meu gozo era tão intenso que fui arrastada para um redemoinho de necessidade. Não podia respirar, estava ardendo, necessitada, dolorida, inclusive a água acariciava minha pele tão quente que parecia que cada centímetro de mim estava sob um ataque intenso. —Abre essas bonitas pernas para mim, bebê. Deixe-me te ver. Eu não tinha que abrir os olhos para saber que se deixou cair de joelhos. E nem sequer pensei em vacilar ou rechaçá-lo. Simplesmente, separarei as pernas. Queria sua boca em mim, lambendo, mordiscando, me degustando. Ele tomou um fôlego reverente uma fração de segundo antes que sua língua quente acendesse meus clitóris. Um gemido de entrega me escapou e me encontrei levantando as mãos, me agarrando à barra da cortina da ducha para evitar agarrar o cabelo e talvez lhe rasgar alguns pontos. Enquanto sua língua seguiu trabalhando sua magia, inundou um dedo em mim. Profundo, duro, suficiente para fazer que meus joelhos paralisassem, mas ele me tinha sujeita com a outra mão. Inseriu outro dedo, logo outro, e balançou em mim uma e outra vez. Essa língua decadente nunca deixou de mover-se sobre mim. Era muito, não era suficiente, tudo o que necessitava tudo o que eu desejava. Uma razão para viver, uma razão para morrer. O alívio explodiu contra mim de forma rápida e com violência, consumindo todo meu corpo. Gritei e me arqueei daqui para lá contra sua boca, prolongando cada tremor. Tomando... tomando, exigindo mais. Não estou segura de quanto tempo passou antes de voltasse para meus sentidos e abrisse os olhos. Quando o fiz, Rome estava de pé diante de mim, ainda nu. A água ainda fazia estragos. Ainda estava quente, ao menos, assim não havia muito tempo. Eu estava ofegando, tremendo, e agarrei a barra da ducha com tanta força que se dobrou no centro. As pupilas do Rome estavam dilatadas, seus olhos completamente negros. Suas bochechas tintas, com a boca brilhante enquanto se passava a língua pelos lábios, saboreando meu sabor. Quase podia ver a silhueta de seu gato por debaixo de sua pele. — Vou matar a esse Homem Memória de merda — disse, golpeando suas mãos ao lado de minha cabeça e rompendo o azulejo. Era tão grande e entristecedor o espaço ao redor de mim até que tudo o que via, tudo o que respirava era ele. Justo então, não havia Belle sem Rome. Houve sequer alguma vez? —Roubou-me a lembrança de nós, juntos, assim... — Lambendo meus lábios, lancei a barra e tomei ao Rome pela parte posterior do pescoço. Atirei dele para mim, necessitando-o, desesperada outra vez. De boa vontade, com entusiasmo, aceitou meu beijo, esfregando seu peito contra o meu. Nossos dentes se juntaram, nossas mãos apoderaram-se do corpo do outro, um a outro

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corpo, sentindo, aprendendo, desfrutando. Eu podia tocá-lo para sempre, mas não seria suficiente. O vapor flutuava a nosso redor, formando uma nuvem. Eu estava em um sonho, um conto. Uma fantasia noturna chispando à vida. Pude sentir quão preparado estava meu núcleo, à espera, preparado. —Esta tomando a pílula? — Sua voz era profunda, crua. Selvagem. A questão era um aviso do que era diferente entre nós e senti uma pontada. —Sim. Não havia tempo para derrubar-se. No momento da palavra saiu de minha boca, ele estava dentro de mim, totalmente, golpeando duro e profundo, e uma parte de mim teria morrido sem ele. Mas me arqueei, levando-o ainda mais profundo, com fome de mais. Uma e outra vez golpeou em meu interior, retirou-se, e golpeou duro. Estava grunhindo e eu estava tragando os sons, saboreando seu sabor, me impulsionando mais e mais, para alcançar outro ponto culminante. —Sinto-me tão bem — ofegou— Muito bem. Ao final, chegamos juntos. Rugiu, tremendo dentro de mim. Gritei, me agarrando a suas costas. —Belle — disse ofegante, com a voz quebrada. Logo se acalmou seus músculos sacudindo. —Sim? — Minha voz soava igualmente selvagem. Sua cabeça caiu em meu ombro. —Me agarre. Capítulo 22 De todas as coisas que esperava do Rome ao fazer o amor, um desmaio não era uma delas. Logo que consiga apanhá-lo antes que golpeasse a tina. Lentamente, deitei-o. Mas era pesado (espantosamente pesado, agora, com toda essa massa de músculos) e lutei para sentá-lo sem machucá-lo. Agitada, ainda tratando de que meu fôlego se relaxasse, apoiei-o diante da tina para fechar a água. Imediatamente, o ar frio passou ao redor de minha pele úmida, me fazendo tremer. Saí da tina e agarrei uma toalha, depois me sequei. A preocupação não era algo que me permitisse agora porque, com a preocupação vem o medo, portanto, disse a mim mesma que Rome ainda estava se recuperando do cativeiro e as drogas que o multiplicador tinha dado a ele. Não passou muito tempo quando começou a gemer, suas pestanas revoaram abrindo-se. Um déjà- vu total. O alívio me percorreu. Voei para ele, com uma mão atrás de sua cabeça, meu corpo segurava a beira da porcelana, meu cabelo úmido derramando em seu peito. —Sério Rome. Quantas vezes vou ter que despertar seu traseiro preguiçoso hoje? Passou um momento antes que ele se orientasse. Quando se deu conta de onde estava, ruborizou-se e disse: —Diabos. Desmaiei. —Sip.

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Recostei-me sobre meus quadris. —Muita coisa, muito rápido, depois desse coquetel. Já sei. Então eu estava certa. Meu desespero se intensificou em febre, me enviando um tremor violento. Esse tremor apanhou o olhar de Rome. Embora estivesse segura de que foram meus endurecidos mamilos que captaram sua atenção. Chupou seus lábios sentando-se lentamente. —Ao menos alcancei a linha de meta antes de cair como um fraco. — passou uma mão pelo rosto, tirando a umidade. Uma ligeira risada me escapou. —É tão certo. Uma coisa boa também. Poderia passar um bom tempo antes que tivéssemos uma oportunidade de fazê-lo de novo. Precisava sanar minhas feridas por completo e fechar o caso de Desert Gal. —Agora, me diga que a queda apagou algumas lembranças dentro de seu grosso crânio e considerarei que é um dia de ouro. Ele bufou. —Oxalá. Fui perdendo meu sorriso lentamente. Bom. Jean-Luc se convencerá de retorná-los? Claro que sim, disse no momento. A verdadeira pergunta era se faria sem ser torturado. Apesar de que não queria torturá-lo, o fazia mais por gosto que por dever, quer dizer, o menino pensa que mereço ser tratada como uma deusa e quem poderia falar para esse tipo de lógica? Eu tinha que fazer o que fosse necessário. Esperava. Deus, eu era um desastre. Rome descansou seus cotovelos na banheira. Uma gota de água caiu de suas pestanas, quase como uma lágrima. —Mais que nada, eu quero saber as coisas que fiz a esse formoso corpo. — Sua voz era forte, furiosa de novo. Não comigo, sabia, a não ser com o Jean-Luc. Um de nossos telefones soou e ambos nos pusemos rígidos. Já não podíamos fingir que éramos as duas únicas pessoas no mundo. Tratando de afastar suas doces palavras de minha mente, levantei-me e fui pelo meu. Nada. Caminhei pelo quarto, a procura do dele. O som aumentou enquanto me aproximava do escritório. E aí estava sob sua carteira. Franzindo o cenho, abri-o e ofeguei. Nenhuma chamada. Uma imagem. Aí, na tela, havia uma foto de Desert Gal (tão bonita como tinha sido antes, maldita) e Cody. Estavam no corredor deste motel. Reconheci a falsa planta gigante ao lado do balcão da recepção. —Rome — chamei— Temos companhia. Ele esteve no quarto depois de um segundo, agarrando sua roupa, vestindo-se apesar de sua debilidade. Fiz o mesmo. Como nos tinham seguido? Jean-Luc? Obviamente não. Ele não sabia onde estávamos. Mas por que estava aqui, em vez de proteger ao Sherridan e Lexis? Podia Reese, o antigo informante de Desert Gal, ser o culpado? Não, espera. Ele atualmente estava impedido. Talvez, o multiplicador? Se um dos irmãos tinha conseguido escapar do PSI sem consentimento de alguém, nos seguindo... Mas isso parecia improvável.

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Um rastreador? Parecia o mais provável Mas onde estaria? Não tínhamos agarrado nada da habitação do primeiro motel (exceto a foto das mulheres, recordei) meus olhos aumentaram. Tinha-a metido em minha bolsa. Poderia estar algum dos chips que Rome mencionou nelas? Agora vestida, fui até minha bolsa, tomei a foto e a pus à luz. O que parecia ser uma parte de fita adesiva na esquina esquerda superior... Demônios! Isto era minha culpa. Ventilei e pisei na Polaroid ao piso. Levantei meus sapatos, saltando em um pé, entrando no quarto de banho e levei todas minhas facas. Meu taser já estava em meu bolso. —Estaremos aqui para brigar ou corremos? —Normalmente quereria ficar e brigar, mas sempre parecem estar um passo adiante de nós. E ambos estamos ao final de nossas forças. Embora não me queira ir — Seus olhos se moveram até o teto enquanto ele rapidamente via os prós e os contra— Vamos. É o mais seguro para nós. Se Cody quer que entremos, deve me contatar para assegurar-se que jogo. —Certo. Como diria Tanner. —Temos uns minutos antes que cheguem a nós, para ir à sala e começar a golpear as portas até que alguém responda. A primeira pessoa que o faça, entra em seu quarto. De algum jeito eu sabia que diria isso. Embora insegura sobre o que estava fazendo, ficando aí, deixei nosso refúgio e fiz o que ele me tinha ordenado sem discutir. Tomou quatro tentativas, mas finalmente alguém abriu sua porta. Uma mulher de meia-idade ansiosa e com uma camisola, com o sono lhe fechando os olhos. Devo tê-la despertado. Abri a boca para dizer... o quê? Eu não sabia e não importava. Rome correu fora de nosso quarto, viu-me e fechou a distância. —Sinto muito, senhora — disse, passando junto a ela e entrou em seu quarto sem permissão. —Sinto tanto — lhe ecoei. Empurrei para dentro de novo, fechei com chave a porta. Ficou sem fôlego, o choque cobriu seu rosto. Pobre mulher. Eu tinha estado ali. Isto o trocaria para sempre, arruinando o mundo seguro no que tinha acreditado viver. —Não vamos fazer lhe mal — prometi com uma mão como se estivesse jurando sobre uma Bíblia- . Estamos com problemas, sendo perseguidos por gente perigosa. Só vamos A... o quê? — perguntei, olhando para Rome. Estava na janela, inquisitivamente aberta. Corri a seu lado, pronta para saltar através dela em um momento, apesar de que só podia ver uma cornija magra, a quinze metros do chão e os carros no estacionamento. —Já estamos indo — eu disse sobre meu ombro. A mulher não tinha saído correndo, seguia ali, congelada pelo medo. Oops. Um bom agente não teria dado as costas. Um engano que não voltaria a cometer— Por favor, não diga a ninguém que nos viu. Por favor. Vão levar, a interrogá-la e talvez a machuquem. —Não talvez — a voz do Rome foi fria e dura— Farão.

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Tragou audivelmente. Encontrando seus pés e apoiando a si mesmo na parede, aproximando-se mais e mais da porta. Mas se deteve, agitando a mão para a garganta. Sua pele era tão pálida que temia que ia desmaiar. Eu não acredito que possa suportar a outra pessoa inconsciente agora mesmo. Rome finalmente separou o selo pegou e empurrou a janela aberta. O ar frio flutuava no interior, seguido pelo som das aves noturnas e os grilos. Voltou a olhar à mulher, que agora tinha lágrimas em suas bochechas. Eu nunca tinha assustado tanto a um inocente e me odiava por isso. Ela não sabia se devia confiar em nós ou não, não sabia se uma morte dolorosa a esperava aqui ou ali fora. —Vai estar bem— o disse— Eu vou... Rome sigilosamente colocou algo frio e fino em minha mão. Eu não tinha que olhar para saber que era uma seringa com seu coquetel de boa noite. Levava-o por toda parte. Embora depois do que Multiplicador tinha feito com ele, teria esperado que repensasse essa estratégia. Umedeci os lábios repentinamente secos. Eu nunca havia feito algo assim a um inocente e não tinha querido fazê-lo nunca. Mas ela se aterrorizaria se Rome se aproximasse. É um agente. Atua como um de uma vez. Eu precisaria tatuar essas palavras no pulso ou algo. Pode fazer isto. Pegando o que eu esperava fosse um sorriso sincero em meu rosto, movi-me lentamente para ela, com cuidado de manter a seringa atrás de mim. —Vais estar bem — repeti— Eu o prometo. Ela empalideceu, voltou-se e, finalmente, correu à porta, com a mão alargada para alcançála. Um gemido choroso brotou de seus lábios quando a agarrei. Voltou-se para trás, tratando de me empurrar. Agachei-me e lhe cravei a agulha no braço. Seu grito imediatamente cessou, seus músculos sacudindo-se em reação. Enquanto a droga rompia a barreira de sangue-cérebro, ela deslizava pelo chão, imobilizada a meus pés. Fiquei ali, olhando-a. Eu lhe havia isso feito. Eu. —Belle, vamos! — Rome disse em um sussurro feroz. Ele inclusive me fez gestos outra vez. Sacudi-me em movimento, me voltando e correndo para ele. Ele passou o braço ao redor de minha cintura e me apressou sobre a janela. —Ela vai estar bem? — Eu sabia que estaria, tinha prometido que estaria, mas eu precisava ouvir a confirmação. —Olha desta maneira, bebê. Você a despertou golpeando a sua porta. O menos que podia fazer era ajudá-la a dormir de novo. Ela estará de pé e acordada em poucas horas. Sou a prova disso — acrescentou com clara autocrítica— Pode que nem sequer recorde o que aconteceu. Esperemos que não. Eu não queria estar marcada como um vilão em sua mente para sempre. Quem acreditaria que eu estaria a favor da perda de memória? —E se alguém está esperando por nós lá embaixo? — perguntei. —Provavelmente o estão. É por isso que vamos subir.

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Vamos? Meu Deus. Embora estivesse tentando corajosamente adormecer minhas emoções, não podia evitar que uma onda de medo explodisse dentro de mim, me estremecendo de dentro para fora. O gelo saiu de meus dedos, fazendo que a beira que estava sustentando, assim como o de meus pés, estivessem escorregadias. —Se acalme, Belle — Rome me ordenou. —É tão fácil de dizer, tão difícil de fazer. Eu poderia cair. Ele poderia cair. Poderíamos morrer. OH, Deus, OH, Deus, OH, Deus! Mais e mais rápido se propagou o gelo de mim. —Vai fazer que nos matem. —Isso não ajuda! Inclusive enquanto falava, senti sua mente sondando a minha, agarrando minhas emoções, as embotando ligeiramente. Sem Tanner, ele não sabia quanto filtrar. O fato de que estivesse filtrando algo, emocionou-me apesar das circunstâncias. Ficou atrás de mim, o calor de seu corpo me envolvia. Seu quente fôlego avançando sobre meu pescoço, acariciando, levantando meu cabelo e dançando sobre minha pele. —Se mova comigo. — aproximou-se da direita e eu o segui. Ele estendeu a mão e se elevou umas poucas polegadas mais alto e eu o segui— Tenho-te. Essa é minha garota. Isso é correto. Era eu. Vamos, acima seguimos avançando, mas logo meus braços e pernas estavam queimando pela tensão. Embora me sustentasse com força, o grande, duro corpo do Rome se sustentou ancorado apesar dos emplastros de gelo que tinha criado. —Quero nos esconder em um canto em sombras no teto, sim? Então eu me encarrego do resto. Não tem que fazer nada, mas aguenta. E para que saiba, ninguém no chão nos observa. Comprovei. Estamos bem. Estamos a salvo. — Manteve o bate-papo constante com a esperança de me distrair, eu sabia— Está respirando muito forte. Fale do casamento que esteve planejando. —Já não estou planejando — o disse— Foi cancelado. Com as palavras, meu medo restante começou a desvanecer-se, brincos da ira e a dor tomaram seu lugar. Uma emoção mais e teria o coquetel necessário para o vento. Genial. Tinha que me controlar ou sairíamos voando do edifício. Bom, isso provocou que o medo se intensificasse. Pelo menos, tinha a meu filtro de novo. —Por que está cancelado? —Está brincando? Você nem sequer se lembra de mim, muito menos quer casar-se comigo. —Poderia recuperar minha memória a qualquer momento. — Enquanto falava, continuou subindo, me arrastando com ele. Por último, estivemos ali na parte superior e atiramos nossas pernas sobre a última cornija e as doces sombras nos envolveram. A salvo agora, perguntei-me o que estava acontecendo dentro de nosso quarto. Certamente Desert Cadela e Cody (e todas as muitas pessoas que haviam trazido com eles) tinham chegado agora. —Como é seu vestido? — estava balançando detrás de mim. Que demônios estava fazendo?- Deve ter comprado já um. —Fiz, mas acidentalmente o queimei.

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—Zangou-se, não? —Sim. Você se manteve me chamando a Garota com Tendências Homicidas e queimei toda a roupa de seu closet. As chamas saltaram no vestido. —Deus, arrumado a que isso estava quente. Quente. —Tá, tá. Muito gracioso. De todas as formas, tinha planejado comprar outro, mas... De todas as formas, o primeiro era precioso. Com corte grego, com suspensórios finos, uma formosa cor nata e uma saia que fluía. Eu ia brilhar como uma deusa. —Já brilha como uma deusa. Nós íamos escrever nossos próprios votos? Rome golpeou uma mão ao meu lado, um estranho disco circular, agarrou-o entre seus dedos. Era negro, perto de duas polegadas de espessura e tão grande como a palma de minha mão. Eu sabia que me estava dizendo estas perguntas para me distrair, mas homem, sim que doem. —Sim, íamos. — Troquei o tema— O que é isso que está sustentando? —Já verá. Estendeu seu braço para o teto do edifício vizinho, apertou a ponta do dedo polegar no centro do círculo e uma flecha de prata saiu disparada, movendo-se tão rapidamente que peguei só a visão de uma mancha. —Quais foram seus votos? A flecha deve ter agarrado em algo, os braços de Rome se voltaram e vi um prateado e magro cabo que estava assegurado no centro do círculo. Evidentemente, isso nos vai impulsionar. Fabuloso. —Não quero falar dos votos. —Dê a volta e se ponha frente para mim — disse Rome— Ponha seus braços ao meu redor. —Há vai, brincando de novo. Queria que me deslizasse pelo ar, com uma imensa queda a meus pés sem nada que me agarrasse se caísse? Sim, claro. —Faça. Agora — Já não soava como meu doce protetor. Agora era todo ordens. —Bem, mas só porque pediu amavelmente. Imbecil — murmurei. Movendo-me pouco a pouco, fiz o que tinha exigido. Quando enfrentei a ele, encontrei a meu nariz enterrado no oco de seu pescoço. Infelizmente, ainda podia ver o que estava fazendo. Tirou a mão das beiras da circunferência, cortando-a em duas partes. —Pronta? —Como nunca vou chegar a estar — disse em um suspiro. Um momento depois, meus pés saíram do suporte e eu estava subindo, subindo... envolvi minhas pernas ao redor da cintura de Rome para maior segurança, e com as pálpebras bem fechadas. Ter o vento em meu cabelo era suficiente. Eu não precisava ver meu progresso. A viagem completa de um teto a outro durou uns cinco segundos, mas pareceu uma eternidade, até que se deteve. Rome utilizou outro dispositivo para nos levar a terra firme. Deitei-

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me, tratando de recuperar o fôlego. Rome rodou à costas e arrojou seu telefone celular aberto, sustentando-o para que eu pudesse ver. Na tela se viam Desert Cadela e Cody, assim como outras quatro pessoas que não conhecia. Agentes OASS, presumivelmente. —Eu pus uma câmara no teto de nossa suíte — explicou Rome. Ah. Isso é o que tinha feito, enquanto eu tinha estado procurando um civil inocente para assustar. —Por que não saímos de nossa própria janela? —Pode ser que tenham estado observando. Ah, outra vez! Os quatro agentes estavam cavando através de nossas coisas, que não eram muitas. Rasgaram a pouca roupa que tínhamos e abriram gavetas em busca de mais. Com o ângulo para baixo, tinha uma vista perfeita do cabelo de Desert Monte de merda. Odiava ter que dizer, mas maldita seja, seu cabelo era magnífico. De um loiro dourado e sedoso. Isto tinha que ser sua pessoa principal, já que Candace Bright era a ruiva. —Vocês me tiraram esta hora inoportuna para nada! Você me disse que estaria aqui, e claramente não — disse a Cody. Bom, não disse. Sua voz era rouca, rica, mais que nada um ronrono. Sabendo o quanto era bonita, quando se adicionava a voz na mistura da menina, exalava sexo. Os homens, provavelmente babavam por ela. E então provavelmente os drenava de água como esponjas, a estúpida chupadora de água. —Devem nos ter visto — Cody olhou à esquerda, direita e suspirou profundamente— Eu disse que a segurança de Rome seria um problema. O bom é que empacotaram depressa, levando só o essencial, por isso estão perto. A próxima vez vamos pegá-los. —Seguimos confiando nele? — perguntei a Rome, realmente curiosa. O que acontece se Desert Gal era a única mulher que tinha quebrado a regra de encontros de não mais de três minutos e ele realmente estava de seu lado agora? Pelo lado positivo, se esse fosse o caso, não teria que me preocupar de que saísse com Sherridan. —Sim — foi a única resposta. —Eu a quero — Desert Cadela cravou as unhas nas coxas— Necessito dela. Eu pisquei. Ela me necessitava? Por quê? Jean-Luc havia me dito que me odiava porque gostava de seu pai. Isso não era "necessitar". —Eu sei — disse Cody brandamente— Sei. Vamos apanhá-la. Juro isso. Desert Merda se afastou dele. —Vá — disse em voz baixa. Os homens que trabalhavam a seu redor se congelaram, deram-se conta do que havia ordenado, a continuação, fugiram da suíte como se seus pés estivessem em chamas. Cody permaneceu em seu lugar. Fechou a distância entre ele e minha maior inimiga e fechou seus braços ao redor de sua cintura. Ela ficou rígida. Ele não tornou atrás, entretanto. Em troca, apoiou o queixo na parte superior da cabeça. —Tê-la não significa que seu pai vai retornar, sabe. Rome lançou-me um olhar confuso. Encolhi os ombros.

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—Sei— Farejou e secou os olhos com o dorso da mão. Um grunhido de frustração a deixou e levantou a cabeça, olhando o teto, uma máscara dura pega em seu rosto. Algo dentro de mim reconheceu a máscara pelo que era: falsidade. Ela estava derrubando no interior, mas queria mostrar ao mundo quão dura era. Ou, o inferno, talvez me enganasse. Talvez eu quisesse ver as vulnerabilidades em meu inimigo, porque isso significaria que eu não estava contra uma força impenetrável. Cody atirou com mais força contra ele, olhando à câmara como se tivesse sabido que estava ali todo esse tempo. Gritei, sentindo atravessado todo o caminho até a alma. Ele estendeu a mão e estendeu dois dedos, com seu polegar pressionado no centro deles. Era um sinal. Eu sabia que era e de repente confiava nele tão completamente como Rome me tinha assegurado que podia. Desert Gal não podia vê-lo e rapidamente baixou o braço e a acompanhou da sala, com a promessa que ele me encontraria e entregaria a ela. Minha frente enrugada na confusão. —O que significa isso? Se reunirá conosco em duas noites? Ele vai atuar em seu contrário em dois minutos? Rome saltou sobre seus pés. —Temos que encontrar ao Tanner. — O horror destilava de seu tom— Vou explicar isso no caminho. Capítulo 23 Ao que parece, dois dedos com um polegar no meio era um código entre o Cody e Rome. Não para a paz, como o tipo que tinha esperado, mas sim por algo terrível prestes a baixar. Seus dedos haviam formado um K para catástrofe, embora a palavra começasse com um C (como eu costumava dizer). Essa era a maravilha do código, disse Rome, como se me faltasse sentido para atar meus próprios sapatos. Figurava-me que esse era o porquê Cody tinha ajudado a Desert Gal a nos rastrear. Para nos avisar desta iminente catástrofe, ou paraster (desastre paranormal), como eu gostava de dizer, tão bem ficar em sua boa graça e provar seu valor, sua honradez. O que estava por acontecer, entretanto, Rome não sabia. Tudo o que sabia era que nunca tinha visto este medo. Sim, medo. Considerando por uma vez que eu, Pequena Miss geladeira, tinha meu medo sob controle. Não me interprete mal, estava assustada. Tinha medo de minha louca mente, mas não ia deixar que me dirigisse desta vez. Ou possivelmente tinha mais controle porque Rome estava me filtrando outra vez. De qualquer maneira, Sherridan e minha equipe precisavam de mim e não lhes falharia. —Como está? — perguntou-me Rome quando saímos do ônibus que tínhamos passado meia hora rodando por aí. Tínhamos tido que esperar, mas finalmente a manhã tinha chegado seguida rapidamente pelo ônibus. As coisas não pareciam em um ponto morto. Deleitei-me com o ar frio e fresco, o aroma adocicado da mistura de perfumes desvanecendo-se e bocejei. Deus, estava cansada. Espera. Não devia ao Rome uma resposta? Queria saber como estava.

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—Bem. Rome também bocejou. — Me deixe saber se isso mudar. —Acredite que o farei. —Bem — disse ele. Caminhamos outra meia hora antes que ele chamasse o John e lhe desse nossa localização, seguro de que não estávamos sendo seguidos. Dez minutos depois, um carro nos recolheu em frente de uma casa abandonada com as janelas tampadas com fitas de seda de madeira. O condutor não nos falou, embora em realidade nem nos olhava. Foram quinze minutos antes que alcançássemos a pista de aterrissagem. Ao menos não houve incidentes com o passar do caminho. Entretanto, chegamos antes que o avião de Tanner, o que significava mais minutos sem terminar para percorrer. Olá nova parada. Ou não. —A esponja, hora do banho — murmurei— Onde está o banheiro mais próximo? —No final do corredor, à direita. Estarei ali em um minuto — disse Rome, virando suas costas para mim para falar com um homem que não reconheci. —Uh, não, não fará. Silêncio. Nem sequer me lançou um olhar. Tomei isso como um acordo e caminhei pelo comprido corredor. O banheiro era espaçoso, melhor do que tinha esperado, com azulejos brancos e facetas de cromo. De fato, mais que me limpar em um lavabo, conseguiria usar uma ampla ducha com uma tela escura. Desde que este edifício era propriedade do PSI, John devia ter-se assegurado que seus agentes tinham os meios adequados. Perguntava-me se todas as pistas de aterrissagem que eram de sua propriedade e havia muitas, já que eles tinham uma em cada cidade principal, eram assim. Fechei a porta, despi-me em tempo recorde e me coloquei dentro. Quando a água me golpeou, fui capaz de relaxar, realmente relaxar, e não preocupada com um tipo mal caindo em cima de mim. Mais que ter todas as comodidades, a pista de aterrissagem estava fortemente protegida. Tínhamos passado duas estações de segurança de caminho. Exceto... Rome estava sentado em cima da tampa da privada fechada. quando emergi em uma nuvem de vapor, segurando um montão de roupas, Dava um ofego surpreendida, agitando a mão para meu peito. —Tem que deixar de se aproximar sigilosamente de mim! — Estava totalmente convencida de comprar o cão vicioso com o que lhe tinha ameaçado quando voltássemos para casa. Peguei minha toalha e me enrosquei nela— Um pouco mais disto, e os meninos maus não precisarão me matar. Você haverá feito por eles. Ele girou seus olhos. —Claramente, não te assustei realmente, já que não me transformou em um iceberg. Nos colocarão em contato quando o avião de Tanner aterrissar, assim... — Ele estava vestido todo de negro outra vez. Seu cabelo estava molhado, penteado para trás de seu rosto. Ambos tivemos

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uma ducha na noite passada, sim (e houve diversão enquanto se fazia), mas também tínhamos escalado um edifício e deslocado por nossas vidas após. —O que está olhando? —disse inclusive embora eu fosse a verdadeira culpado nesse departamento. —Sei — respondeu ele, tomando a culpa. Ou ele tinha estado fazendo o mesmo? Resultado! Seu olhar me rastreou, quente, intenso— De todo o equipamento que vi, excluindo a brilhante pele que usava enquanto tomava banho comigo, este tem que ser meu favorito. O tecido branco da toalha, sem nada embaixo. Meu batimento acelerou em uma supernova. —Não vamos ter sexo outra vez — soltei— Não até que nossas amigas estejam salvos e sãs e você, possivelmente, me ame outra vez. Porque quanto mais estou contigo, mais te amo e odeio, odeio ser a única emocionalmente envolvida. — Bem — disse ele. Pisquei surpreendida, um pouco decepcionada de que ele não houvesse feito uma declaração de amor eterno ali mesmo. Nenhuma insinuação, certo? —Como? —Disse bem. Sem sexo. — Ele ficou de pé— Como você, eu também estou muito preocupado. A mãe de minha filha está aí fora e o desastre está a caminho. Em cima de tudo isso, com a fadiga e um humor de merda, e estou na companhia equivocada agora mesmo. Mas já que estamos aqui dentro, vou fazer o que mais beneficia a nossa equipe. —E isso é? — Algo que fora a fazer ele, eu também a faria. Exceto sexo, é obvio. —Descansar. Contigo. Não vamos fazer nada bom a ninguém se nos deprimirmos outra vez, e dormirei melhor se você estiver perto. Descansar soava... fantástico, dava-me conta, bocejando outra vez. Só tinha tido umas poucas horas de sono os passados dias e meus níveis de adrenalina tinham estado subindo e baixando tanto que tive uma chicotada. —Me mostre o caminho — disse. Ele me entregou as roupas que havia trazido para mim. —Vista-se ou me esquecerei por que não quero ter sexo contigo. —Bem. — Deixei a toalha. Seu animal deu um grunhido silencioso. Seus olhos se cravaram em mim, me queimando, como se atasse minhas armas, depois de estar vestida. Acendendo-me, tomei meu tempo, esperando lhe recordar de algum jeito outras vezes que fiz isso para ele. — Vai ser incômodo — disse ele, movendo-se para onde uma de minhas facas se sobressaíam. —Sei. — Passei a seu lado. Ele tinha uma ereção e não tentava escondê-la. —Desta maneira. — Envolveu seu braço ao redor de minha cintura.

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Tremi, e isso não tinha nada que ver com frio, quando me fez passar pelo corredor e entramos em um dormitório. Havia uma cama de tamanho grande, edredom marrom, e sem outros móveis. Estritamente para descansar depois de trabalhos ou voos, suponho. Rome tirou os sapatos e se deitou. Atirei meus ao lado dos seus e fiz o mesmo, aconchegando-me nele. Ele atirou um braço e uma perna sobre mim, minhas costas para seu peito, me agarrando tensamente, como se fosse um tesouro precioso que precisava proteger. Minhas armas eram incômodas, justo como ele havia predito, mas não as movi. Um agente, um verdadeiro agente, tinha que estar preparado para algo no momento de notá-lo. Passaram uns poucos minutos, mas pareceram uma eternidade. Virei para o outro lado, mas ainda era incômodo. Voltei a dar a volta para ele. —Minha mente está conectada — disse— Não estou segura de se realmente serei capaz de dormir. —Falaremos durante um minuto e relaxará, então. —De acordo. Sobre o quê? —Sobre o fato de que eu gosto da ideia de te fazer minha — sussurrou, a respiração caminhando sobre minha bochecha—Eu gosto da ideia de que seja Belle Masters. Não me dava conta de quanto até que me disse que o casamento estava cancelado. Eu... Eu... devia estar sonhando. Devia ter caído dormida sem me dar conta. Isto era muito surrealista para tomar a sério. A menos que ele estivesse tentando com atraso me falar docemente dentro desta indecência. —Não fale assim. Além disso, quem disse que tomaria seu sobrenome? —Por que não? — Os dedos quentes acariciavam meu pulso, ao longo de cada um de meus dedos. —Por que não tomar seu nome? — As palavras de Lexis escolheram esse momento para invadir minha mente: “vai continuar planejando seu casamento, mas ele não quererá ter nada com isso. Outro homem te cortejará, mas Rome não se importará. —Ouve-me? Não se importará! Vai sair com este outro homem. É com ele com que se casará. Ele. Não Rome. Ele”. Algo que ela havia dito tinha sido verdade até agora: outro homem estava efetivamente me cortejando. Mas todo o resto... Equivocado. Ao Rome obviamente importava o casamento (um pouco). Eu não fiz planos para sair com Jean-Luc (depois de tudo), muito menos me casar com ele (nunca), nem lhe via romanticamente (nem um pouco). Tampouco podia imaginar essa mudança. Lexis tinha mentido então? Não o poria diante dela. Ela estava claramente disposta a fazer algo para ganhar de volta seu ex. —OH, tomará meu sobrenome. E por que não posso te falar assim? —Só... espera até que as coisas estejam um pouco mais tranquilas antes de discutir — disse. O assunto cortou e me deixou áspera e precisava estar em meu melhor momento agora mesmo. —Tudo o que tento dizer é que, se o homem das lembranças nunca devolver minhas lembranças, eu ainda quero uma oportunidade contigo. Quero sair contigo, conseguir te conhecer outra vez.

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Um brilho de brancas lágrimas quentes ardiam em meus olhos. Só podia esperar que o teto não começasse a chover a seguir. —E se decidir na última hora que não me quer? — A pergunta surgiu do mais profundo de meus medos, incansável, empapada de dor. —Agora mesmo não posso imaginar não te querer. — Suspirou— Vá dormir Belle. Sua mente não está completamente tão conectada — Era certo. Enquanto falávamos, obviamente ele estava filtrando, o querido homem. Só então, fui drenada— Averiguaremos tudo mais tarde. —Se levante Viper. Não é A Bela Adormecida. A voz flutuou em minha mente, familiar, querida. Asquerosamente inteligente. —Tanner? — Lentamente abri meus olhos. As luzes estavam acesas em lâmpadas douradas iluminando os magníficos gestos do Tanner e o cabelo azul— Tanner! Sentei-me e me atirei em seus braços, gritando com deleite. Ele estava aqui, em carne, são e completo. —Me deixe te olhar— Separei-me dele, estudando seu rosto. Ele tinha perdido um pouco de peso, suas bochechas um pouco mais afundadas, mas sua pele estava colorida com vitalidade e seus olhos azuis brilhavam. Ele sacudiu sua cabeça, estalando sua língua. —Qualquer desculpa para me manter em seus braços, descarado. Golpeei seu ombro, mas não podia afastar meu sorriso. —Alegra-me ver que sua estadia no hospital não diminuiu esse engenho deslumbrante. Assim, onde está minha surpresa? Disse que me trazia uma. —Estou justo aqui. A voz feminina chegou do canto da sala e chamou minha atenção. Meu olhar aterrissou em uma maravilhosa e angélica Elaine. Devolvi meu enfoque de volta ao Tanner, a surpresa fluindo através de mim. —Como? —John cedeu — explicou Tanner— Amarrou-a a um detector de mentiras, ele não confiava em minha palavra para isto, disse que era parcial e ela passou. É algo que nós deveríamos ter feito com Reese, o vampiro mentiroso, faz muito tempo, mas sabe como é. John a permitiu unir-se à agência e nos ajudar neste caso. —Pensei que ela não estava interessada em unir-se a outra agência. —Eu, uh, mudei de opinião. Voltei a olhar para Elaine. Ela estava uma vez mais coberta do pescoço até os tornozelos com tecido negro. Sua camisa possuía um capuz longo que, suspeitei, poderia ser tiragem sobre sua cara para proteger-se, inclusive embora a energia da pele se drenasse. Recordei muito bem tudo o que tinha ocorrido a última vez que tinha estado exposta. Ela me deu um meio sorriso, vacilante e insegura. —Me alegro de que esteja aqui— eu disse com sinceridade. O sorriso cresceu e deu uma olhada rápida e larga Tanner. —Eu também.

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—Conseguiu sua comida e seu iPod? Matarei ao John quando voltar se falhou quando me disse que faria. —Fez, obrigada. Não precisa matar a ninguém. —OH, e adivinhem o quê? Tornei a chamar Super Absorvente — disse Tanner. Tentei não tremer. —Dá-te conta que esse nome a faz soar como uma almofada, verdade? Seu cenho se franziu. —De maneira nenhuma. —Sim, faz. Elaine assentiu a contra gosto, como se ela odiasse defraudá-lo. —Assim é. Sinto muito. Deveria ter dito, mas estava tão orgulhoso. Tanner levantou os braços.  Bem. Vou continuar pensando. —Rome... Ouça, onde estava Rome? Com o cenho franzido, varri meu olhar sobre a cama. O edredom estava enrugado, mas vazio. —Alguém viu Rome? Tanner assentiu e Elaine se moveu para ele. A garota avançou para ele, arrastando os pés, como se tivesse medo de se aproximar muito. Quando chegou a seu lado, ele girou seu braço ao redor de sua cintura, sem o mais mínimo medo do que poderia acontecer apesar de tudo o que tinha passado. Estiquei-me, ela ofegou. Um minuto marcado pelo silêncio. Tanner não tremeu, não caiu e, pouco a pouco, relaxei. Entretanto, senti-me triste por eles. Obviamente, ele tinha passado de Lexis (hip hip hurra!) e justo quando obviamente ele e Elaine tinham sentimentos mútuos. Entretanto, estavam condenados. Nunca poderiam se tocar, pele a pele, o que significava que nunca poderiam... Alto aí. Não queria imaginar ao Tanner tendo sexo. Embora, suponho que haveria outras maneiras. Sexo por telefone, auto-agradar-se um diante do outro, preservativo de corpo inteiro. Uh, alto. Agora. —Homem Gato estava na pista de aterrissagem quando aterrissamos — disse Tanner, me tirando de meus relutantes pensamentos lascivos. —A diferença de você, ele sabe como desdobrar o tapete vermelho. Disse-me onde te encontrar. Assim que me tinha deixado aqui dormindo enquanto ele tinha ido trabalhar. Alguém necessitava de uma surra de uma grande maneira. —Sabe onde posso encontrá-lo? —- Não sairia fora. Eu ia ajudar com este caso, maldita seja! —Ele está interrogando ao homem das lembranças, acredito. Não posso acreditar que o apanhassem. Muito bem! — Tanner me deu um golpe nas costas. —O quê! — Tirei minhas pernas do colchão e me levantei— Jean-Luc está aqui? Ninguém me disse isso. Maldita seja alguém me deveria haver dito isso! Onde estão?

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—Belle. A voz profunda de Rome, de repente encheu o quarto. A fúria saltava dentro de meu peito, desesperada por escapar, olhei ao redor e o encontrei de pé na porta. Pus as mãos fechadas em punhos sobre meus quadris. —Quanto tempo tiveste com ele? Um músculo se esticou, debaixo de seu olho, um sinal claro de que não queria responder. —No momento que nos deixou sozinhos a noite anterior, pus agentes sobre ele. Em primeiro lugar, eu não estava seguro de quem era, assim estava sendo cauteloso e simplesmente tinham que arremessá-lo para fora. Quando finalmente admitiu sua identidade, tive seu traseiro em um cárcere. Então, desde que soube que eventualmente estaríamos aqui, trouxe-o para cá também. Imediatamente, então. —Ajudou-te! —Espera um segundo — disse Tanner, claramente confundido— Agora nós gostamos do homem das lembranças? —Sim — gritei enquanto Rome disse: —Diabos, não. Rome continuou: —Não vai até que me devolva minhas lembranças. Voltei-me para o Tanner. —Me leve até ele. Por favor. —Como se eu soubesse onde está — disse Tanner, levantando sua mão livre, a palma para fora. —Vou encontrá-lo por minha conta, então — Pisoteei pelo corredor até o banheiro, lavei os dentes e devolvi a cor normal do cabelo e retornei ao quarto. Tanner e Elaine estavam exatamente como os tinha deixado, me olhando com os olhos abertos. Rome também estava onde lhe tinha deixado, mas me estava estudando através dos olhos estreitos, com os braços cruzados sobre seu peito. Homem teimoso. —Preparem-se para rolar em meia hora — ele disse— Agora que a banda está completa, vamos procurar Sherridan e Lexis. Tomou a metade desse tempo, Rome atrás de mim e em silêncio, inútil, mas finalmente encontrei Jean-Luc em uma instalação de manutenção do metrô. Estudei-lhe através da pequena janela na porta. Estava convexo, estirado em uma cama de armar de aparência incômoda, o único mobiliário da habitação. —Se... preocupa com ele? — perguntou Rome ao meu lado. Percorri um dedo sobre o vidro, deixando uma mancha. —Não é um mau tipo. Só está confuso e é solitário. —E você é muito malditamente branda de coração. Olhei-lhe através das pontas escuras de minhas pestanas. —Isso é algo mau? —Quando quer soltar a criminosos empedernidos, sim. Criminosos empedernidos? Sei!

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—Em primeiro lugar, eu estava progredindo com ele. Ao lhe fazer isto, só arruinou tudo o que tinha obtido. Em segundo lugar, não me equivoquei com Elaine, estava? Em terceiro lugar, Jean-Luc me salvou a vida e ajudou-me em várias ocasiões. Ele me faz sentir querida. Eu não gosto que me deixem na cama como se fosse excesso de bagagem, dormindo todo o dia enquanto outros agentes fazem meu trabalho por mim. —Está zangada por isso? Fiz-te um favor te deixando descansar. —Ou possivelmente simplesmente não queria enfrentar a mim. — Eu não lhe dava tempo para responder— Desbloqueia esta maldita porta - gritei. Um guarda veio correndo, mas se deteve e esperou a permissão de Rome. Rome me olhou, com os dentes apertados, então fez um assentimento. A porta se abriu uns segundos mais tarde e entrei. —Belle. — Um imperturbável Jean-Luc ficou de pé e sorriu— Sabia que viria Esse sorriso se desvaneceu, quando seu olhar se chocou com o do Rome. —Não se aproxime dela —Rome grunhiu. Dei-lhe uma cotovelada no estômago. —Eu gostaria de me desculpar pelo que passou nas mãos da PSI. Não sabia ou não teria ocorrido — Deus, eu estava muito louca. Tão malditamente louca. O fogo estava em seu apogeu dentro de mim, um inferno. As ações de Rome poderiam me haver estabelecido faz meses. Tomou um montão de compreensão mental, mas me arrumei para manter cada chama dentro de mim— Mas acredito que sabe por que PSI sente que tinha que te capturar. Devolverá- as lembranças ao Rome? —Não. Vê? Antes, eu ao menos lhe fiz pensar nisso. Rome se esticou. —Devolverá se eu te torturar? — perguntei— Porque eu não queria te encerrar, mas estou totalmente disposta a fazer o que for necessário." Não havia maneira de sair disto agora. Este era o caminho ao que Rome nos tinha arrojado, assim que este era o caminho que tive que tomar. Jean-Luc riu com genuíno humor. —Não. Não há tortura que possa pensar que não tenha sido feita em algum momento de meu passado. Se não me tiver quebrado já, isso não vai acontecer. Rome se aproximou dele, a ameaça em cada passo, mas levantei meu braço. Um bloqueio insignificante, mas se deteve. Percorri minha língua através do teto de minha boca, minha mente correndo por opções. — O que acontece se negocio por eles? Tanto Jean-Luc como Rome me interromperam. Rome abriu a boca, para gritar, estou segura, mas Jean-Luc o interrompeu. —Sim — Assentiu com a cabeça, seus ombros quadrados, seus braços detrás das costas— Sim, negociarei por eles. Está bem, vá. Mais fácil do que tinha antecipado. Possivelmente Rome não se equivocou ao fazer isto, depois de tudo. Eu também quadrei meus ombros. —O que quer? —A você.

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Rome grunhiu desço em sua garganta, empurrando contra meu braço. —Basta — eu disse e, surpreendentemente, fez. Não pode me ter — eu disse ao Jean-Luc-, não na maneira em que quer. Mas, em troca das lembranças do Rome, darei a você... três encontros — Esse foi o número de magia do Cody, nem muito pouco, nem muito— Algo, além disso, terá que ganhá-lo, provando que quer que estejamos juntos. Não é que ele pudesse. Mas, como disse, dava-me conta de que estava me colocando em problemas por falhar com Rome... me deixando provar a predição de Lexis de que me casaria realmente com o Jean-Luc. Empalideci, mas não me retrataria de minhas palavras. Isto era muito importante. — OH, e uma coisa mais. Vai ter que fazer tudo isto sem as lembranças. Tem que entregá-las em primeiro lugar ou não há encontros. Se não puder ganhar por sua conta... Rome assobiou através de seus dentes. —O que faz Belle? As mãos do Jean-Luc se fecharam em punhos, mas disse: —Bem. Sairei contigo sem as lembranças. —Quem sabe? Possivelmente deixará de me amar no momento em que as perca. Pode que nem sequer queira que saiamos em um encontro. —Ainda te quererei — assegurou-me Jean-Luc— Ainda quererei os encontros. Assenti com a cabeça, embora por dentro estivesse tremendo violentamente. —Então, são três encontros. —Ainda está comprometida? — perguntou, com os olhos caindo para minha mão. —Não — disse e não pude ocultar a nostalgia em meu tom. O anel ainda estava ali. Precisava tirá-lo logo— Não oficialmente. —Belle — Era outra advertência de Rome. Segui: —Menti, ainda há uma coisa mais. Já que todos somos uma família feliz agora, dispostos a nos ajudar mutuamente, nós gostaríamos de sua ajuda para deter Desert Cadela — Uma vez tinha pensado que lhe ter no PSI seria um pesadelo. Já não. Necessitamos toda a ajuda que pudermos conseguir. Jean-Luc não necessitava tempo para pensar. —Sim — disse, assentindo— Por você, qualquer coisa. — Fica com as fodidas lembranças —gritou de repente Rome— Não vai sair com ela. Ou se unir a nossa equipe. Acredito que queria me jogar a um lado e saltar para o Jean-Luc, possivelmente inclusive rasgaria sua garganta, mas saltei diante dele, lhe olhando suplicante. —Isto tem ser feito, Rome. Por você. Por nós — Só esperava que não chegasse a ser nossa perdição. Jean-Luc envolveu seus dedos ao redor de meus braços e brandamente moveu a um lado. Isso enfureceu Rome ainda mais, sons de animais uma vez mais emergiram de sua garganta. No momento que estive fora do caminho, os dois homens saltaram mutuamente em um enredo de membros. Os punhos oscilando, dentes quebrados, as pernas chutando.

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Avancei para a parede, olhando como a pele do Rome começou a ser substituído por pelagem negra, seu animal saindo. Necessitava do medo, precisava lhes congelar antes que se matassem mutuamente. Matar-se mutuamente, sim, bom. Essa imagem trouxe uma tormenta de gelo dentro de mim que derretia a raiva que tinha estado fervendo. Mas assim como uma bola de gelo se formou em minha mão, Jean-Luc desapareceu. Congelei-me em seu lugar, muito surpreendida para me mover. Rome também congelou, metade homem, metade gato. —Jean-Luc? — gritei. Sabia onde estava. Sabia o que estava fazendo, mas uma parte de mim tinha medo de que isto não funcionasse. Mas de repente, Jean-Luc saiu do corpo do Rome. Rome se deprimiu no chão, esforçando-se para respirar. Jean-Luc também estava ofegando. Olhou-me, o suor corria sobre seu rosto. —Parece—- disse. E então ele também se deprimiu. Capítulo 24 Situamo-los em quartos separados, através do corredor, ambos atados a suas camas, e eu dividia meu tempo entre eles, comprovando, esperando. Seus sinais vitais estavam bem, assim não estava tão preocupada. Só estava impaciente. Outra vez. Minha vida inteira agora parecia girar ao redor do despertar de Rome. Finalmente, perto de uma hora depois, Rome recuperou a consciência. —Belle! — Seu rugido quase sacudiu o edifício inteiro— Belle! Atualmente estava no corredor, entre os dois quartos. Ouvindo o grito (quem não o fez?), corri para diante, meu coração golpeando erraticamente. Meu olhar aterrissou sobre ele no momento em que golpeei a porta. Seus olhos estavam brilhando, selvagens, seus lábios se separados de seus afiados e brilhantes dentes. Estava lutando com suas ataduras, as rasgando para liberar-se. Todo o momento ele gritava meu nome. Mas quando me notou, tranquilizou-se. —Belle — disse ele e foi como se através de sua besta, ele estivesse falando, tudo gutural e atormentado, não mais em um frenesi mas preparado para saltar— Deixe-me livre. Agora. Lentamente, aproximei-me da cama. Estava tremendo. Recordava-me? Amava-me outra vez? Levou várias tentativas, as malditas lágrimas chatearam minha visão, mas finalmente soltei as ataduras. Ele me atirou dentro de seus braços um segundo depois, me esmagando contra ele. —OH, Deus, bebê. Sinto tanto. Lamento tanto pelo que te fiz passar. Pode me perdoar? Amo-te. Amo-te tanto, morreria sem ti. Não posso acreditar que te tratei dessa maneira. OH, Deus, bebê. Sinto muito. Fazia. Recordava. Minhas lágrimas se derramaram quando lhe abracei com cada onça de força que possuía. —Não posso acreditar que tenha retornado. Realmente está de volta.

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—E não vou a nenhuma parte outra vez. — Pulverizou pequenos beijos por todo meu rosto, meu pescoço, logo me virou e me cravou no colchão. Olhou-me fixamente, sua expressão era fera —Diga-me que me perdoa. Ou se não pode, me diga que me dará uma oportunidade para te recuperar. Farei algo. Quer flores, guloseimas, lingerie? São tuas. Odeio-me pelo que te fiz. Amo-te mais que nada neste maldito mundo e saber que te fiz mal assim... Meu queixo estava tremendo, assim era difícil trabalhar nas seguintes palavras para que saíssem de minha boca. —Já me trouxe lingerie. Embora depois decidisse que seria melhor tirá-las. Mas, de qualquer forma, tudo o que quero, tudo o que sempre quis, é seu coração. Supõe-se que deve lhe fazer pedir clemência, recorda? —OH, bebê, tem-no. — Beijou-me duro e profundo— Amo-te tanto. — Outro beijo— Lamento muitíssimo que nunca possa expressar pelo que te fiz passar. — Outro beijo— Merece algo melhor que eu, mas não posso deixar ir. — Outro beijo— Amo-te condenadamente muito. Enredei minhas mãos em seu cabelo, sorrindo, aturdida, ainda chorando como um tolo regador. Havia desejado este momento tão desesperadamente e durante tanto tempo. E agora, aqui estava. Agora, Rome era meu. Estávamos juntos, nos braços um do outro. —Agora não terá que ir a esses encontros com esse homem — disse isso de forma depreciativa, inclusive quando generosamente limpou minhas lágrimas com a ponta de seu polegar— Não chore, bebê. Por favor, não chore. Algo de meu enjoo arrebentou como um globo e meu sorriso caiu. —Não vou romper minha palavra. Vou sair com ele, prometi. Nossos olhares se encontraram e o seu era como fogo. —Belle. —Rome. — Nem sequer sua atração podia me fazer mudar de opinião nisto— Vai se acostumando com a ideia. Ele moveu seu queixo para a direita e a esquerda, seus olhos estreitados. —Estou disposto a suplicar. Enfraqueci. Rome suplicando? Tão atraente. Mas... —Isso não me fará mudar de opinião. Não só sairei com ele, mas também será bem-vindo em nossa equipe. Ele conhece a Desert Gal melhor que nenhum de nós. Rome esteve tão silencioso, tão tranquilo durante tanto tempo que era como se estivesse inconsciente outra vez. Seu coração seguia um firme batimento contra meu peito. Suas pupilas diminutas, revelando quão perto estava seu animal para liberar-se. —Está diferente — disse ele finalmente. Minha sobrancelha se sulcou em confusão. —Qu- que quer dizer? —A velha Belle haveria dito ao Homem Memória que se fodesse, se tivesse mentido e tivesse dado o que merecia por suas ações em primeiro lugar. Agora está de acordo em sair com ele. Em lhe contratar. Um homem que nos fez mal a ambos. Ele tinha razão. Um tremor se moveu através de mim, um novo medo de repente surgiu à vida. Sempre tinha assumido que o êxito de nossa relação dependia do retorno de suas

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lembranças. Mas quando ele as tinha perdido, eu tive que mudar. Era uma garota diferente da que tinha sido há uma semana. Era mais forte, mais dura, mais enfastiada. Também era uma agente dedicada que conhecia que os aliados leais eram poucos e distantes entre eles e precisavam ser tratados com cuidado. Rome gostaria do que me tinha convertido? Ele parecia estar apaixonado por mim outra vez, mas então, ele tinha sido um Rome diferente. —Isso significa o que acredito que significa? — perguntou uma voz familiar de repente. Meu olhar se moveu para a porta. Tanner estava de pé no centro, sorrindo. —As núpcias do Homem Gato e Viper estão canceladas, já vejo. Sinto-me mal por perder a confiança e cancelar tudo. Embora tivesse adorado ficar e ser testemunha do resto de sua reunião necessito que se levantem. Temos que chutar traseiros e salvar a duas garotas afligidas. Ele não tinha chamado Lexis puta; isso era uma melhora. Provavelmente demonstrava quão preocupado estava, ou quanto amava a Elaine agora. —Acabaremos esta conversa mais tarde — disse Rome em tom duro. Eu só pude assentir, com minha boca seca. —Todos sabem o plano? — perguntou Rome. Nós estávamos colocados dentro um Hummer negro, eu, Rome, Tanner, Elaine, um completo e recuperado Jean-Luc e dois homens agentes do PSI que nunca tinha conhecido antes. Eram irmãos (não estava segura de como me sentir sobre isso, considerando meu último encontro com irmãos sobrenaturais), jovens, cara suave e um pouco de arrogância. Aparentemente um, Christian, podia criar luz e o outro, Hans, podia criar escuridão (Sim, seus sobrenomes eram Andersen, e sim, seus pais eram sádicos). John tinha acreditado que suas habilidades poderiam vir bem em nossa viagem. Poderia ser bom se John tivesse enviado a um agente que pudesse entrar em um corpo e reparar qualquer dano. Eu podia ter usado esse tipo de habilidade uns meses atrás quando Rome foi disparado. Podia usar esse tipo de habilidade em meu pai, atualmente. Seu coração podia ser mais forte e eu poderia deixar de me preocupar cada vez que ele decidia comprar e tomar viagra do mercado negro. E quem sabia em que tipo de estado encontraríamos Sherridan e Lexis? Poderia necessitar de alguém com poderes curativos então. Suspirei. Seriamente necessitava cortar com algumas das preocupações de minha vida. Tinha acreditado que o tinha. Com o Rome ao menos recuperado,deveria ter estado me balançando nas estrelas. Desde seu comentário de despedida faz uma hora, meus nervos estavam uma vez mais em carne viva. E que demônios ia fazer com os Meninos Sombra? Eles eram outra preocupação que não necessitava, quando provavelmente só estavam no caminho. A noite tinha caído, não podia me cravar em meu próprio horário, parecia proporcionar toda a escuridão por si mesmo, e a lua estava alta, em cascata sobre as montanhas e brilhando na capa de neve. A maravilhosa terra parecia fora do lugar, considerando que dirigíamos a uma guerra. —O plano — grunhiu Rome.

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—Não morrer — disse Tanner amavelmente. —Deixar nossas estupidezes pessoais no carro e fazer nosso trabalho — acrescentou Elaine. —Obedecer cada uma de suas ordens — disse Jean-Luc— inclusive embora esteja equivocado e semelhante arrogância consiga nos matar. Ouvindo sua voz, retornei a quando tinha entrado em sua habitação, já recuperado, seus olhos escuros me olhando fixamente. —Ainda te amo. — Tinham sido as primeiras palavras a sair de sua boca. —Não vou faltar com minha palavra — eu disse, exatamente como havia dito ao Rome— Logo que liberemos o mundo de Desert Gal, sairemos a esses encontros. —Espero que esteja pronta para fantasiar. Tinha-lhe devotado um sorriso, mas me assegurei que não alcançasse meus olhos. —Está suplicando para morrer — disse-lhe Rome agora. —O qual vai contra o plano — disse Tanner. Esfreguei minhas têmporas para rechaçar uma dor que se aproximava. Sentei-me ao lado de Rome, que estava conduzindo o carro. Nossa relação poderia ser uma confusão agora mesmo, mas levantei uma mão e apertei a sua. Necessitava o contato e o fazia, ele também devia. Seus dedos se engancharam com meus, me mantendo cativa. —Escutem meninos — disse— Todos sabem o que fazer. Assim façam-no tanto se gostarem ou não. Tragam nossas garotas para casa. Vivas, como no plano original. Estacionamos a uma milha do complexo onde nossas garotas estavam retidas, o qual significava que estávamos a uma milha em meio de nenhum lugar, as montanhas nos rodeavam completamente e fomos de caminhada à cerca eletrificada que o rodeava. Das fotos que Cody tinha enviado, sabíamos que havia dois pisos, um deles embaixo da terra. Sabíamos que estava mais fortemente protegido por homens e pistolas e sabíamos que havia planos preparados para retirar a Desert Gal se o perigo era suspeito. Assim tínhamos que conseguir entrar em silêncio. Uma vez, tinha consegui passar Rome e Tanner (e a mim mesma) sobre a cerca eletrificada formando vento debaixo de nossos pés, nos levantando mais alto e mais alto antes de descer (não tão gentilmente) ao chão. Desta vez, não podia fazer isso. Com todas essas câmaras que havia monitorando a área e os guardas passeando uma e outra vez através do parapeito em cima do complexo, isso nos situaria diretamente na linha de fogo. Além disso, havia luzes de vinte pés de altura estrategicamente situadas para a perseguição na escura noite. De repente, alegrava-me dos Irmãos Sombra. Em nossa caminhada, Hans nos manteve abraçados em uma sombrinha de escuridão todo o caminho, sem importar se alguém tentava nos iluminar com uma lanterna. Era horripilante, porque não podia ver minha mão diante de minha cara. Christian podia ter iluminado nosso pequeno circulo, tinha explicado, e ninguém teria sido capaz de ver dentro, mas combater a seu irmão abrangendo toda a escuridão o absorveria completamente. Hans, que podia ver através da escuridão tão bem como a criava, tinha-nos guiado. —Vire à esquerda a cinco passos — disse ele— Direito, dez passos. —Belle, Elaine, prontas? —sussurrou Rome.

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Eu poderia tê-la olhado nervosamente, mas não podia vê-la. Não queríamos inutilizar a cerca; isso alertaria a nossos objetos de nossa presença. Assim tínhamos que conseguir atravessála com a eletricidade ainda golpeando e sem nos matar. Ouvi um som de material e suspeitei que Elaine estava tirando as luvas, possivelmente colocando-as em seus bolsos. —Tome cuidado. — A voz do Tanner era séria e sombria, ecoou através do círculo. —Terei. — Ela deve ter levantado sua mão e abraçou seus dedos ao redor das uniões porque de repente pude ouvir as cadeias vibrando muito ligeiramente. Então ouvi um pequeno ofego escapando dela. A vibração se incrementou. Ela estava colocando a energia dentro dela, afastando-a da cerca. Alguém, Tanner? Trocou de um pé a outro, claramente agitado. Pincei por aí até que o alcancei, apertando sua mão para oferecer consolo, e retirar as tenazes de arame que Rome me tinha dado antes que deixássemos a pista de aterrissagem. Estava tremendo, mas me movi rapidamente, sem querer que Elaine tivesse que tocar a cerca mais do que necessário. Controla o fogo. Pode invocar tormentas. A eletricidade não era nada. Por favor, deixa-o ser nada. No momento em que o metal entrou em contato com a cerca, senti os volts entrar em mim, passando diretamente a meu centro e abrasando. Reduzi um uivo. Elaine devia ter incrementado seu ritmo de absorção porque podia sentir as sacudidas me deixando e fluindo de volta à cerca, a qual então devia haver-se deslizado de volta a ela, porque uma vez mais a vibração incrementou. Sozinho assim, me acalmei.Ela não apagaria a sensação, acredito que eu a teria deixado cair, danificando o resto da noite. Ainda assim estava suando, realmente ardendo, meus músculos sacudindo com pequenos pontos de dor piscando através de minhas veias. Com o Hans guiando meus movimentos, cortei um grande círculo que inclusive Rome, maciço como era, podia atravessar arrastando-se. Quando acabei, separei-me da cerca. —Agora. Elaine caiu também, estupendamente ao chão. Ambas nos tombamos ali, ofegando levianamente. —Bem? — perguntou Tanner. —Estou... —Você não — disse-me. —Só necessito... um momento... — disse Elaine. —Obrigada pela preocupação - murmurei. —Belle, como está...? — Rome e Jean-Luc começaram ao uníssono. Ambos pararam abruptamente. Logo Rome estava de joelhos ao meu lado. Podia ver na escuridão melhor que ninguém que conhecesse. Bom, exceto Hans. Levantou uma mão, embalou meu queixo, vaiou e a afastou. — O quê? — exigi, preocupada. —Está elétrica.

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—Elaine, também. — disse Tanner com seus próprios vaio de dor— Posso sentir inclusive através de sua roupa. Virei-me na direção de sua voz. Ali, a uns poucos passos de mim, pude ver pequenas faíscas levantando do corpo de Elaine, cravando de dourado, como vaga-lumes voando ao seu redor. Eram encantadores. Provavelmente mortais. E também estavam saindo de mim. —Como se sente? — perguntou-me Rome, chamando minha atenção para ele. Através da piscada, podia distinguir sua preocupação nos gestos. —Estou bem. Mas maldição. Cody vive com isto cada dia. Não estou segura de como sobrevive. Jean-Luc se ajoelhou ao meu outro lado. Ele observou em jogo entre o Rome e eu, a ira em seus olhos. —Se necessitar algo, deixe-me saber. —Deixe-me saber — Rome corrigiu secamente. Lentamente me sentei, esfregando minhas têmporas quando uma onda de enjoo me golpeou. —Suficiente. Estou pronta para a ação. Rome sacudiu sua cabeça. —Os guardas lhe verão vir. Você e Elaine têm que ficar aqui até que leve a cabo a mudança. OH, demônios, não. Antes que pudesse protestar, ele golpeou um revolver em minha mão. O metal vibrou com energia. —Dispara ao que se aproximar de você. Caloteei, tentando me pôr de pé. Meus músculos não cooperavam, meus joelhos se dobravam debaixo de meu peso. —Sem o Hans nos escondendo nas sombras, somos objetivos. —Cody está se encarregando das câmaras. Tudo o que segue são os guardas. Se tombar e está tranquila, parecerá uma rocha ao longe. Seguro, rochas com vaga-lumes abatendo-se a seu redor, mas as rochas são todas iguais. Confia em mim. Estará bem. Se pensasse em algum momento que estaria em perigo, não te deixaria aqui. Agora, quando tivermos eliminado aos guardas do parapeito, faremos um sinal e virão correndo. — Com quase uma pausa, disse— Equipe nos movamos. Ninguém protestou. O qual me surpreendeu. Esperava que Jean-Luc lutasse por ficar comigo e Tanner lutaria por ficar com Elaine. Mas claramente, eles pensavam que estávamos a salvo aqui e estavam ansiosos por acabar esta guerra. Eles escalaram através do buraco da cerca que Elaine e eu tínhamos proporcionado desaparecendo nas sombras do Hans como fantasmas escuros. —Está fodidamente brincado comigo? — ofeguei, girando sobre meu estômago para me fazer mais como uma rocha. Elaine fez o mesmo.

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—Eles vão precisar de nós — sussurrou ela ferozmente— Quero dizer, o plano era que drenasse a tantos guardas como pudesse para minimizar a ameaça. Agora mesmo, são superados em número. Terão que atirar, e isso fará muito ruído, com silenciadores ou não. Superados em número não começava a descrevê-lo. Basicamente, Rome tinha sua própria maneira de sair dali. Tanner acabava de aprender a disparar (apropriadamente) e não tinha nem ideia de se os Irmãos Sombra, jovens como eram, tinham habilidades de combate. A Jean-Luc não importava se Rome vivia ou morria. E enquanto eu confiava no Rome para fazer o trabalho, sabia que nossa equipe falharia sem ele. Tínhamos que tê-lo vivo e bem. Sem danos. —Não podemos ficar aqui — disse, estudando o terreno. Um passo de pendente. —Não, não podemos. Tanner me necessita. Ele ainda não é o suficientemente forte, embora não o admitirá. Havia aproximadamente cem pés entre a cerca e o parapeito, logo uma escada que se dirigia para cima. —Teremos que arrastar o traseiro e nossos corpos provavelmente nos odiarão, mas se nos movemos justo agora, os guardas poderiam pensar que somos vaga-lumes. —Bem, com as lanternas serão capazes de nos ver, não só as faíscas. Bom ponto. —Merda. O que fazemos? - As rochas e os ramos se cravavam em meu ventre. O chão estava frio, duro e me recordava que não estava fazendo nada para ajudar a meus amigos. Pior, quanto mais tempo passava, menos ajuda Elaine e eu seríamos capazes de proporcionar. Rome já teria inserido a si mesmo na espessa batalha. —Possivelmente possamos atirar pedras às lâmpadas? — sugeriu ela— Isso diminuiria as luzes. —Isso anunciaria nossa presença. A menos... — Uma ideia começou a jogar através de minha cabeça— Vou criar uma tormenta. Seremos dificilmente descobertas se os guardas têm água em seus olhos. Também podemos romper as lâmpadas mais próximas a nós e possivelmente pensarão que era a energia elétrica mais que um intruso. Ela levantou uma mão, medindo por uma rocha bastante grande. —Você se encarrega da chuva, eu me encarregarei das lâmpadas. —Considera-o feito. — Por uma vez, não lamentei como conseguir fazer o trabalho. Fechei meus olhos, desenhando ao Rome e ao Tanner sendo disparados durante a batalha. Lexis e Sherridan quebradas sem conserto. Pobre, triste, sem mãe, Sunny chorando em meu ombro. Meu queixo começou a tremer. Meus olhos começaram a encher-se de lágrimas. Umas poucas gotas de chuva caíram em cima de minha cabeça e chisparam. Au. Era isso o que Cody sentia quando a água o tocava? Fiz o melhor para dirigir o resto das gotas longe de Elaine e de mim, inclusive fiz tudo para intensificar meu poder por minha tristeza. Rome e eu conseguiríamos estar juntos? Realmente juntos? Ainda me quereria depois de sair a esses três encontros com Jean-Luc? Não é que fosse ocorrer algo nesses encontros, a menos que Lexis tivesse razão. Ela não tem, não pode tê-la, mas algum homem não podia ficar de pé com o pensamento de outro homem olhando a sua mulher e Rome era mais ciumento que a maioria.

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Um fino chuvisco começou, só dirigido a nós. A satisfação queria me encher quando a tormenta começou, mas não podia deixar. Isso faria que a chuva parasse. Além disso, precisava intensificá-la. Triste, triste, triste. Eu, totalmente sozinha. Rome, voltando com Lexis ou inclusive com outra garota. Eu nunca o vendo outra vez. Nunca vendo sua filha outra vez. Nunca sendo abraçada por ele, amada por ele. Ele dando-se conta que não me queria ou necessitava mais. Ele dando-se conta que odiava à garota em que tinha me transformado. Mantive esses terríveis pensamentos jogando através de minha mente, me atormentando. As lágrimas descendo por minhas bochechas em rios, queimando, inclusive quando o céu se abriu e verteu um dilúvio na terra. Caindo inclusive granizo, golpeando o chão. Não podia afastá-lo desta vez, simplesmente havia muito, e maldita seja, doía. Estremeci-me, empapada até os ossos em segundos. —Pron-pronta? —perguntei a Elaine. —S-sim. — Seus dentes estavam batendo também e as linhas de tensão sulcavam seus olhos. — Lutar passa a dor. Demônios, possivelmente a chuva incluso ajude a deter nossas faíscas juntas. —Isso espero. Os meninos não nos tinham dado o sinal, o qual significava que estavam comprometidos na batalha. Necessitavam-nos, tanto se queriam como se não. Agarrei a pistola, não vibrou esta vez e a dor dentro de mim estava acabando, assim que o que havia dito ao Elaine era verdade, levanteime. Quando Elaine fez o mesmo, quase caiu ao meu lado, instintivamente a levantei e a assegurei, mantendo-a direita. Graças a Deus estava coberta com manga longa. Teria caído se acidentalmente houvesse tocado sua pele. Passou um momento antes que ela recuperasse sua postura. Atirou uma pedra a um abajur. Falhando para a lâmpada. Grunhiu, e atirou outra pedra. Esta vez golpeou em seu objetivo. O cristal se destroçou e as sombras se fecharam a nosso redor. Meus olhos eram capazes de ajustar-se a esta escuridão, e a vi fincar o capuz sobre sua cabeça, defendendo cada polegada dela exceto seus olhos. Bom, e suas mãos. Essas seguiam livres, mais fácil para incapacitar aos guardas dessa maneira. —Pronta para fazer mal. — Quando a chuva nos golpeou, afundamo-nos através da cerca e nos arrastamos pelo caminho ao topo do parapeito. Meus músculos gritavam em protesto, mas ao menos ninguém atirava em nós. Quanto mais nos aproximávamos, mais homens que grunhiam podia ouvir. Grunhidos e grunhidos. Rome tinha transformado se em gato. Nós corremos escadas acima, quase miramos a Tanner, Christian e Hans, um dos quais me bateu no queixo antes de dar-se conta de quem era. Vi estrelas. —Sinto muito — disse Christian. —Isso vai deixar uma marca. — O forro prateado: meu casamento não ia ocorrer como planejava e não me casaria com um ovo de ganso em meu queixo.

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Algum forro prateado, pensei, minha tristeza se fez mais profunda e a chuva se incrementou. Quando minha visão se esclareceu, olhei ao redor, tentando decidir a melhor maneira de ajudar ao Rome. Jean-Luc e eu podíamos... Mas não havia sinal do Jean-Luc. Tanner fechou a camisa de Elaine, puxando-a para seu lado. —Fique aqui. Rome não te conhece e acidentalmente poderia te atacar. —Vê e apanha aos guardas —eu disse —Eu me encarregarei do Rome para que acidentalmente não lhe toque. Ela saiu disparada, se liberando de Tanner e correu para os guardas. Estavam desarmados, suas semi-automáticas já pulverizadas sobre as pedras. Mas havia um enxame deles, muitos para que Rome lutasse com eles por si mesmo. Corri para frente também, só me lançando para o Rome, aterrissando em suas costas e enviando a seu felino apropriadamente a seu estômago. Sua cara imediatamente se virou para mim, esses compridos e afiados dentes já abraçados por um apetitoso aperitivo. À primeira perfuração, embora mais insignificante do que pensei que era, ele se deu conta de quem era porque sua boca se separou de mim sem me fazer mais mal. Ele me devorou, me cravando com seu peso. Rodeei meus braços ao seu redor, me abraçando a ele tensamente, agarrando-o. Ele não sabia, mas lhe estava ajudando. Ou possivelmente sim soube. Podia haver-se movido, mas não o fez. Para me proteger com seu próprio corpo? A chuva continuou caindo, embora diminuía a uma garoa. Meu coração estava pulsando em meu peito, um selvagem e incontrolável batimento. Procurei na escuridão, encontrei a Elaine de pé em meio de uma multidão rapidamente diminuída. Os guardas se lançaram para ela, mas quando a tocavam, ou quando a golpeavam, eles caíam ao chão, um por um, sem movimento. Logo, ela era a única de pé. Tanner a roçou, mas ela retrocedeu, tirando suas luvas dos bolsos. Só quando as luvas estiveram sujeitas em seu lugar, ela se permitiu ser empurrada a seus braços que a esperavam. Rome grunhiu baixo em sua garganta e me estiquei. Uh-OH. Esse era um grunhido zangado. Lentamente o encarei. Nossas olhadas centradas, minha avelã contra seu furioso azul. Ele ainda estava em forma de gato, seu cabelo escorregadio e negro e grosseiramente encantador. Seus dentes estavam nus para mim. —Necessitava de ajuda — disse, com o queixo levantado. —Não o lamento. Mudei, justo como disse, e sou uma melhor agente por isso. Preciso ser parte da ação. Preciso provar que posso fazê-lo. Boom! O parapeito tremeu grosseiramente e alguém gritou. Então escombros estavam chovendo, as rochas, ramos, pranchas e morteiro. Rajadas de fumaça negra giravam no ar, me fazendo tossir. —O que ocorreu? — ofeguei. Tanner empalideceu. —O edifício detrás de nós acaba de explodir. Capítulo 25

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Depois da impressão do momento que nos deixou gelados e horrorizados a todos, nosso grupo saltou para a ação, disparado para o edifício. Minha chuva tinha começado a cair de novo, Desta vez mais forte, o granizo como punhos envenenados. Estavam Sherridan e Lexis dentro desse edifício? Mal podia respirar, forçar a meu corpo a permanecer em movimento enquanto meu sangue virava uma lama grossa e congelada. Um alarme ressoou, chiando na noite e me fez encolher. Com o passar do caminho, havia guardas armados jazendo no chão, inconscientes. Graças ao Jean-Luc? Ou tinha sido um engano confiar nele? Tinha causado a explosão? Estava Sherridan… OH, Deus. Não. Não, não, não. Não acreditava, pensei enquanto saltava sobre outro corpo imóvel. Então tropecei com uma semi-automática e caí com a cara para baixo. A sujeira envolveu minha língua enquanto o ar abandonava meus pulmões. Agradecia que minha adrenalina estivesse muito alta, meu corpo muito entorpecido de frio para sentir alguma dor. Entretanto, amanhã sentiria. Se ainda estivesse viva. Rome esteve ao meu lado em um instante, ainda em forma de gato, parando sobre meus pés com sua boca. Era cuidadoso para não romper minha pele e unicamente atirou de minha roupa. Quando finalmente recuperei o fôlego, estava tão frio que se formava neblina ao redor de meu rosto. —Obrigada— disse estremecendo completamente e saltei, retornando à ação. Ele grunhiu. Tomei isso como um “de nada”. Desta vez, ficou comigo, mantendo o passo. Quando alcançamos o complexo, não tivemos que conseguir uma porta para entrar. Um enorme buraco a um lado do edifício nos recebeu. Parei abruptamente, insegura se entrava com as armas acesas como uma equipe ou nos dividia e começava a procurar. —Rome, eu… Jean-Luc apareceu da esquina como se fosse a atacar, dando-se conta de quem éramos, aproximou-se. —Bem a tempo— disse por sobre o alarme ainda soando, carregando a antecâmara de sua arma. —O que lhes levou tanto? Já inabilitei todos os aviões e os carros, não irão a nenhuma parte. Via cada polegada do guerreiro. A culpa me invadiu. Não deveria ter duvidado do Jean-Luc. Nem por um segundo. Era um homem de palavra. Rome lhe grunhiu. Entretanto, manti minhas costas ao Rome, me parando em frente dele, um obstáculo entre os dois homens. Isso esperava. Minha mão ondeou para minha garganta e o pulso golpeou ali. —As garotas… —Estão bem, longe pelo que sei— contou Jean-Luc, seu olhar encontrando-se com o meu na escuridão e sondando profundo.

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—Não te trairia, nem as machucaria. — Havia desilusão em sua voz. Minha culpa se duplicou. —Dou-me conta disso. — Agora. — Só quero saber onde estão. —Não sei. —Algum sinal de Desert Gal? — perguntou Tanner, ofegando. Estava agachado, procurando dentro de uma bolsa de vinil. Por… uma faca que guardou ao seu lado. Jean-Luc agitou sua cabeça. —Ainda não. —Hans. Oculta-nos do exterior. O som da voz de Rome me fez voltear. Estava no processo de mudar a humano, a pelagem caindo e deixando a pele. Pele nua. Mas então as sombras descenderam sobre nós, o negro tampando tudo. Houve uma inalação de fôlego coletiva. Escutei um sussurro de roupas. A transformação de Rome devia estar completa, devia estar se vestindo. —Christian — disse— Necessito luz. Mas uma luz que ninguém de fora possa ver nossas sombras. —Manter minha luz dentro das sombras de meu irmão me debilitará. —Esse é um risco que tenho que tomar. Não quero me arriscar a feri-los com as armas moços, estou quase preparado. Um raio de ouro brilhou repentinamente do menino, rompendo através das sombras que Hans tinha criado. Ouro que ninguém podia ver, só nós. Rome, vestido uma vez mais todo de negro, procurou em uma bolsa e começou a amarrar as armas por todo seu corpo. Meu coração se inchou de amor. Fazendo a um lado tudo o que tinha acontecido e tudo o que temia que aconteceria, ainda amava a este homem feroz e decidido. Calçou um par de botas. —Vamos entrar juntos. — Ele era todo negócios. — Tanner e Elaine vigiarão a retaguarda. Hans, vigiará as laterais. Christian… não importa. Conserva sua força. Jean-Luc, protegerá Belle com sua puta vida. Compreende? Estava irritada e emocionada, ambas, enquanto os dois homens compartilhavam um olhar intenso. Jean-Luc assentiu. —Irei adiante — terminou Rome, começando a mover-se—. Deixa cair as sombras. Caíram, e o mundo ao redor de nós, uma vez mais, apropriou-se de minha vista. Nada tinha trocado. O edifício ainda estava despedaçado, os guardas ao redor inconscientes ou mortos. De fato, esta área se via e soava abandonada. Isso me surpreendeu. Já tínhamos acabado com todos ou estavam em outra parte, nos esperando? Duvidava que fôssemos o suficientemente afortunados para ter ganho a batalha tão facilmente. Christian escolheu esse momento para paralisar devido ao esforço de iluminar a escuridão e Tanner arrastou-o para um lado do edifício apoiando-o neste. Dando-lhe uma arma e lhe dizendo que disparasse se alguém se aproximasse.

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—O que devo fazer? — perguntei, deslizando duas facas dos bolsos laterais de minhas calças e segurando-as com força. —Mantenha-se viva. — Foi tudo o que Rome disse. Antes que pudesse conseguir uma boa resposta, acrescentou: — escrevi a Cody e disse que se assegurasse que Desert Gal estivesse aqui. É a única que pode brigar com ela. Drenaria nossa água, e nos enrugaríamos, mas você não tem que tocá-la para vencê-la. Estava escutando corretamente? Estava confiando em mim para brigar, acreditando em mim, me permitindo ser um agente mais que uma noiva. Era… ambos, maravilhoso e triste, me dava conta. Quase surrealista. Antes, Rome não houvesse feito isso. Teria me fechado em um lugar seguro, me deixando ali até que a ação terminasse. Não estava segura se significava que aceitava à “garota diferente” que era e tinha fé nela ou se tinha decidido que não estávamos destinados a estar juntos. —Podemos lhe disparar — disse Tanner— Assim Belle não terá que entrar em uma briga de gatas. Rome agitou a cabeça. Cody me deu a informação sobre o complexo e se Desert Gal estiver onde penso, um tiroteio causaria que o edifício inteiro explodisse. Tinha estado tão feliz quando Rome aceitou que seria parte da briga, mas isto era mais do que tinha esperado. Um movimento em falso e… —Deveríamos estar usando armas agora? —Direi quando as guardar. Não esteja assustada, não sejam rápidos no gatilho e me disparem. Uma coisa ao nosso favor, não há tantos guardas esta noite como Cody me havia feito supor. Rome avançou à frente, olhando ao redor. —Fomos capazes de congelar algumas de suas contas e parece que alguns de seus homens a abandonaram quando não pôde lhes pagar. Quando se precipitou para diante para finalmente entrar em edifício, o grupo inteiro o seguiu como se tivéssemos sido rebocados. Todos permanecemos em alerta máximo. Ao redor nosso, havia jaulas… vazias. As batas de laboratório penduravam nos ganchos. Não podia identificar as máquinas e sistemas de computadores de parede a parede. Ainda havia mesas com correias para tornozelos e pulsos, e não pude evitar que um estremecimento viajasse por minha coluna. Examinamos o comprido de um vestíbulo, logo outro, só Rome entrava nos escritórios que encontrávamos, dirigindo o canhão de sua arma para os espaços. —Boa tentativa. — Escutei dizer em um deles. Então, um som explosivo. Um zumbido. Um grunhido. Tinha os olhos completamente abertos enquanto ele saía. Cuidou-se de não me olhar. —O guarda estava escondido e poderia mais tarde nos haver emboscado — explicou ao grupo antes de começar a caminhar de novo. Justo como antes, seguimos a ele como se tivéssemos sido rebocados. Duas vezes, Tanner tinha disparado na direção que estava vigiando… mas só porque tinha falhado a primeira vez. Três

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vezes, Jean-Luc tinha disparado uma ronda enquanto doutor e guardas saíam das esquinas e as sombras para escapar dos pequenos focos de fogo da bomba que ainda ardiam. Inclusive Hans tinha disparado. Acertou seu alvo, matando-o. Devia dizer que ele e seu irmão me impressionaram. Tinha esperado que nos atrasassem, mas haviam feito mais por esta missão que eu. Sua vez já vai chegar. Estava Desert “logo-vai morrer” Gal ainda aqui ou tinha escapado quando o alarme apagou? Provavelmente estava aqui, decidi um momento mais tarde. Se Cody a tinha achado, não a teria deixado ir. Precisava manter meu medo bem sujeito. A água a alimentava, fortalecendo-a enquanto que lançar a ela bolas de gelo causaria provavelmente que seus níveis de energia despontassem. A tristeza também estava fora. Fazendo chover sobre ela seria como assinar minha própria sentença de morte. Isso deixava ao fogo, o vento ou a terra. Fogo… necessitava fúria. Vento… necessitaria a mescla perfeita de ira, felicidade e tristeza. Terra… necessitaria ciúmes. —Está bem? — sussurrou Jean-Luc. Seus olhos foram da esquerda à direita, atentos— Está pálida. Guardei minha pistola na cintura de minhas calças, segurando-a em minhas costas. —Só trato de decidir que elemento que necessito para minha esperada briga de gatas, como Tanner a chama. —Algum na dianteira? Sim, só que não queria admitir. Mas não havia ajuda para isto. —Fogo, eu gosto mais. Cria cinza, o oposto total do que Desert necessita para fortalecer-se. Soprou enquanto realizava outra rápida olhada da esquerda à direita, logo um olhar à retaguarda. Moveu-se outra polegada em frente de mim. —Que emoção necessita para isso? Fúria, correto? —É correto. — Volteamos em uma esquina, nossos passos mais lentos. Ele assentiu, pareceu pensar nas coisas por um momento, sua arma deslizando em sincronização com seu olhar. —Rome não gosta que seja uma agente. Meus olhos se estreitaram. —Não pode saber isso. Retornou-lhe suas lembranças, o que significa que não podem estar dentro dele. Não sabe o que está sentindo. —OH, sério? Bom, sabe o quê, carinho? Anotei tudo. Sabia que chegaria o momento em que teria que retornar-lhe para te fazer feliz e não queria esquecer nada a respeito de você. Assim anotei tudo e li. O tempo. Memorizei suas lembranças. Rome não queria que fosse uma agente. Estava pensando tomar você de surpresa e levar a você e a sua filha a um esconderijo. Estremecida, dirigi meu olhar ao homem em questão. Tudo o que podia ver era a rígida linha de suas costas e o lado de seu rosto enquanto realizava a mesma revisão aos lados enquanto JeanLuc ao final do corredor decidia aonde ir. —Também teve um romance com Desert Gal pouco tempo depois de seu divórcio com Lexis. Chamava-a Candy. Eram muito ardentes, mas ele rompeu para tratar de obter Lexis de volta. Realmente zangou a Candace. Envergonhou-a.

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Cada músculo de meu corpo estava rígido. O gelo dentro de mim estava derretendo, mais rápido que nunca antes. Pequenas chamas estavam expandindo-se desde minhas unhas. —Isso não é possível. Um, ela era uma scrim que trabalhava para Menino Bonito. Dois, Rome odeia os scrims. Três, tocando-a drena uma pessoa, e ele não está drenado. Jean-Luc estava agitando sua cabeça antes que soltasse a última palavra. —Não. Somente trabalhou para Menino Bonito um ano, assim pode ser que não fosse um scrim quando Rome saía com ela. E não é como Elaine. Pele a pele não drena a água de um corpo. Candace a controla. Ela decide quando drena e quando não. Ele tinha razão. Tinha visto Cody tocando-a e nada tinha passado. —Eu… eu… — Não tinha palavras. Por que demônios Rome não havia me dito a respeito disto? Rodeamos outra esquina e nos detivemos abruptamente enquanto Rome estendia uma mão. Choquei-me contra Jean-Luc. Ele se dobrou, tropeçando e se chocando contra Hans. —Sinto muito. — Revisei o quarto que tínhamos entrado. Espaçoso mas com mais jaulas, cheia com pessoas. Ao redor de quinze delas. Procurei em suas caras sujas e machucadas… e encontrei Sherridan e Lexis. Meu coração correu e lágrimas saltaram em meus olhos. Estavam vivas. Obrigada Deus, obrigada Deus, obrigada Deus. Cada uma ocupava sua própria jaula. Estavam mais golpeadas que os outros prisioneiros, mas vivas. Agarraram as barras de ferro e observaram o que acontecia uma mescla de medo e esperança. E ali, no centro de tudo, estava Cody. Se tivesse tido algum remanescente de dúvida a respeito de se podia confiar nele, sua visão os relaxaria. Relâmpagos brotavam de uma de suas mãos, envolvendo-se ao redor de Desert Gal em uma jaula super carregada dela, seu cabelo levantando-se desde seu couro cabeludo, seus olhos diminuindo-se de intensidade. Claramente, não podia se mover. Mas as linhas de tensão ao redor de sua boca sugeriam que estava tratando de fazê-lo com cada onda de força que possuía. A outra mão do Cody estava apontando a um grupo de pessoas. Doutores a julgar por suas batas de laboratório. O suor corria por sua cara, sua camisa colada ao seu peito. —Não posso detê-los… muito mais tempo. Cada palavra saía estrangulada, ainda enquanto ecoavam nas paredes. Havia uma estranha classe de pressão de ar no quarto que fazia que meus ouvidos soassem constantemente. Era desconcertante. —Sem armas — disse Rome, colocando a sua no chão e chutando-a à parede mais longínqua. Todos em nosso pequeno grupo fizemos o mesmo. Olhei para a mulher que uma vez supostamente tinha compartilhado a cama de meu homem e meus dentes chiaram. Era mais linda em pessoa que o que tinha sido na pequena tela do telefone celular do Rome, ainda iluminada como uma árvore de natal, era. Maldição! Todas as ex do Rome eram mais lindas que eu. —Elaine. — Rome tirou uma faca. Quando o escudo do Cody caia, toma quantos possa aos doutores.

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Ela assentiu e avançou, com os ombros enquadrados, a expressão temerosa, mas determinada. Estava recordando a jaula que tinha ocupado por tanto tempo? Pobre. Mas que valente ao partir adiante de qualquer maneira. —Hans, vigia as portas — disse— Não deixe que ninguém escape. O moço olhou ao Rome, que assentiu e partiu. —Jean-Luc, se for possível, salta junto a Desert Gal quando Cody libere sua mão e tomada quanto possa de suas lembranças — Rome lhe instruiu— Nós as classificaremos mais tarde. Se não puder agarrá-la, espera. Belle tratará e te dará uma oportunidade. Tanner consegue as nossas garotas. Ambos os homens correram a obedecer. Isso deixou ao Rome e a mim. Olhou-me, a boca firme, inflexível. —Cody vai paralisar. Vou pô-lo a salvo. Se Jean-Luc não pode chegar a ela, você a terá. Não tenha medo de usar seus poderes. Ela não terá. —Ganharei — disse com fôlego tremente. Perguntava-me, entretanto, como podia ser tão desumano quando uma vez tinha dormido com esta mulher. —Você é melhor. — Seus olhos obscurecidos, as pupilas dilatadas. — Não se preocupe pelo resto de nós. Tudo bem? Não pense em guardar ou encaixotar suas emoções. Desate-as. E… seja cuidadosa. —Serei — repliquei. —Amo-te, Belle. Espero que saiba isso. — Não me deu tempo para replicar. Fechou a distância entre nós e encaixou seus lábios nos meus, sua língua afundando-se profundo por uma fração de segundo. Doce fogo. Instantaneamente estava transportada fora do edifício ao paraíso, onde os anjos cantavam e a ambrosia flutuava em rios dourados. Nesse momento, soube que tudo estaria bem, que nada mau aconteceria ou poderia acontecer, que amanhã despertaria nos braços deste homem e logo seria sua esposa. Mas então, soltou-me, correndo ao lado de Cody e caí de minha alta euforia, insegura sobre o hoje, ainda mais insegura de amanhã. Entretanto, a paixão ainda queimava dentro de mim. E era quente, tão quente. Queimandome de dentro para fora. Provavelmente era o que Rome tinha tentado, não era uma reiteração de seus sentimentos. Ou podia ser que a nova eu só estava sendo cínica. Não podia me preocupar com isso agora. Flexionando os dedos aos meus lados. Espreitei a Desert Gal. A imaginava na cama de Rome, nua, pressionando, mordendo-o, lhe rogando por mais e minha paixão trocou à fúria que tinha ansiado. Minhas mãos prenderam fogo. —Agora, Cody — gritou Rome. — Agora! Repentinamente, o relâmpago se deteve. Escutei grunhidos, gemidos, o sussurro da roupa enquanto Elaine saltava à ação, tocando a todos que podia. Escutei o arrastar de pés enquanto Rome levava um inconsciente Cody para longe.

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Desert Gal caiu sobre seus joelhos, seu cabelo pálido ocultando seu rosto, seus pequenos ombros afundados. Jean-Luc se lançou para ela, mas claramente tinha esperado isso e saiu do caminho. Lancei-lhe uma bola de fogo. Mas de novo, foi rápida e se lançou sobre seu estômago, a bola passou por cima dela. Levantou seu olhar, enfrentando com o meu. Dirigiu-se para mim, os dedos me apontando. Lancei outra bola de fogo. A água disparou de suas mãos, encontrando meu fogo a metade de caminho e fazendo que se dissolvesse. Sua ação foi tão inesperada, que não estava preparada para saltar fora do caminho antes que a água tombasse sobre minhas costas. O nome Desert Gal implicava que necessitava água, não que a tinha em abundância e podia expulsar desta forma. —Belle Jamison. Estive esperando este momento por meses — disse— E agora, aqui estamos. A outra mulher na vida de meu pai. —Sim. Aqui estamos. — O jato continuou até que a dirigiu a seus pés. Então parou, sorrindo, a mão livre disparando. Estava apontando a Jean-Luc, mantendo-o atrás com outro jato. -Mas não tenho ideia do que está falando. Nunca conheci seu pai. —Na verdade? Quando ensinou a ambas nossos truques? Truques? Podemos dizer ilusório? —Gostava mais de mim que de você, correto? Ensopada, enfoquei nela através da ponta das pestanas, tratando de reter meu fôlego. A fúria ainda estava crescendo dentro de mim, ainda ardendo. Só necessitava um momento para trazer de novo à superfície. —Por que se preocupa em me dizer isso? —Desejo que saiba. É mais fraca que eu, feia e estúpida. Cadela. —Não sou sua maior admiradora, de qualquer forma. Assim que qual é seu nome? —Dr. Enrich Roberts, é obvio. Como se tivesse que perguntar. Meu queixo caiu, a comoção momentaneamente substituindo minha fúria. O Dr. Roberts? O homem que me tinha dado a fórmula que me havia feito o que era? O homem que tinha procurado por semanas, sem poder encontrar? Como não tínhamos sabido que tinha uma filha? —Sei o que está pensando. Podia estar mentindo já que ninguém sabia. Bastante perto. —Como manteve em segredo? —Sabe o fácil que é forjar documentos e fazer desaparecer aos outros? — Não, mas estava aprendendo. —Era sua forma de me proteger das forças externas, assim como era sua fuga. Mas já não queria estar mais protegida. Queria-o de volta. E você vai me ajudar. Uh, O quê? —Entendo de perder a um pai, mas… riu cruelmente. —Não sinto falta dele, cadela estúpida. Como a ti, fez-me o que sou, experimentando comigo minha vida inteira como se fosse um animal. E justo quando finalmente começava a gostar dos resultados, desapareceu. Não gostou que começasse a trabalhar para Vincent, igual a ele, estava temeroso de que tirassem do chapéu nossos segredos, que seria usada e machucada em

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um esforço para controlá-lo. Mas agora Vincent está morto, estou no comando e meu pai vai retornar. Por você. E vai me fazer mais forte. Rome uma vez me tinha advertido a respeito disto. Pessoas que frequentemente se embriagavam com seu poder, ansiando mais. Mas mais nunca era suficiente. A sede nunca se saciava. —Odeio te desiludir, mas não retornará por mim. Coloquei minhas mãos atrás de minhas costas, como se estivesse tratando de me levantar sobre meus cotovelos. Enquanto isso, mentalmente empurrava o fogo para ponta de meus dedos. —Não sou nada para ele. Um experimento. Como você disse. Pela esquina de meu olho, podia ver Rome rastejando até ela. Mas deve tê-lo sentido também, porque lançou seu outro braço, a água saindo de seus dedos e lançando-o para trás. Ela riu, embora sua atenção nunca se afastasse de mim. —Espera sua vez, Agente Masters. Será o próximo. Agente Masters. Não era exatamente como se falava com um antigo amante. Soltou Jean-Luc, quem estava ficando azul incapaz de respirar e me alcançando uma vez mais. Rodei, evitando o impacto. Aproximou-se mais, tentando de novo e de novo, mas me mantive rodando. E quando finalmente me alcançou, chutei seu braço. Virou a um lado, liberando Rome de sua fúria aquosa. Ele permaneceu agachado, tossindo água. —Retornará por você — disse como se nossa conversa nunca tivesse parado. Estava ofegando. Usar seu poder devia esgotá-la— Não será capaz de evitar. É seu maior êxito. Não quererá que a mate. Sim, provavelmente estava correta. Ele tinha se desculpado várias vezes pelo que me tinha feito. De qualquer forma, não acreditava que me quisesse morta. Mas como podia ter experimentado com sua própria filha? —Não vou ficar aqui contigo. Agarrarei meus amigos e iremos. E OH, sim. Vou encerrar seu traseiro. Ela tinha tido uma vida de merda, seguro e me compadecia por isso. Mas Elaine tinha tido também e não se tornou para o lado escuro. Desert Gal, temia, estava além de toda salvação. Lentamente me levantei. —Terminamos de falar? Outra risada. Fria, sem coração. —Você não pode me golpear, Garota Maravilha. —Quer apostar, Candace? — Lancei-lhe outra bola de fogo. Desta vez a golpeie e uivou. O uivo se converteu em um chiado enquanto freneticamente golpeava com suas mãos. A água jorrava dela e apagava o fogo, deixando-a com as roupas andrajosas, a fuligem manchando sua pele. O aroma de cabelo queimado encheu o quarto. Seu pobre e lindo cabelo dourado. Tanto Jean-Luc como Rome haviam se recuperado e se aproximavam, correndo para ela, mas não tinha perdido sua reserva de água e estendeu seus braços, mantendo-os na zona. Mas isso a deixava vulnerável para mim.

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Eu também, me aproximei, tratando de trabalhar um bom ciúme, planejando enterrá-la em um montão de sujeira. Seguro, podia transformar a terra em lodo, mas tomaria algum tempo. Tempo que podia usar para pegar uma das seringas boa noite de Rome e injetar nela tempo que Jean-Luc podia usar para saltar dentro dela. Desert Gal tinha outros planos. Justo enquanto a alcançava, soltou seus braços de Jean-Luc e Rome, quem uma vez mais começou a soltar a água que tinham tragado e se enganchou em mim em um abraço asfixiante. Ofeguei, sentindo instantaneamente drenar a água de minhas células para ela. Era doloroso, alguns de meus vasos explodindo devido à pressão de sua sucção. —Não tinha que ser desta maneira — disse através dos dentes apertados— Podíamos ter trabalhado juntas. Meu pai poderia nos haver dado mais poder a ambas. Pensa, Belle, pensa. Os homens nos tombaram, nos lançando ao chão e tratando de nos separar. Mas isso unicamente incrementava minha dor. Suas mãos estavam virtualmente pegas a mim. Nem sequer podia gritar. Com alívio, Rome e Jean-Luc se deram conta que não o estavam fazendo nada bem, unicamente me machucando mais e se atrasando. Podia ouvi-los murmurando freneticamente no fundo. Jean-Luc dizia que havia algum tipo de escudo ao redor dela, que não lhe permitia entrar. Suas vozes pareciam ir-se mais e mais longe. Era isto tudo para mim? O fim? Meu último dia sobre a terra? Não sentia temor enquanto o assumia. Estava desencantada. Não tinha conseguido me despedir. Nem fazer o amor com Rome uma última vez. Nem experimentar o casamento de meus sonhos. Sherridan sendo minha dama de honra, meu papai me levando pelo corredor. Pode detê-la. Ainda há tempo. Podia… o quê? Congelar-me? Por que não? Podia ser que isto a fortalecesse como tinha temido antes, ou podia ser que a imobilizasse. De qualquer forma, valia a pena tentar. Mas ainda enquanto trazia pensamentos de temor a minha cabeça, havia uma emoção que permanecia fora de meu domínio, minha desilusão muito profunda. Gelo, maldição. Só necessitava de um pouco de gelo. Vamos, vamos, vamos. OH, a ironia. Tinha que trabalhar única vez que queria chamá-la. Gelo, gelo, gelo. Finalmente, meu sangue se espessou e minhas veias se endureceram. Meus pulmões se cristalizaram. Gelo! Sim! Exceto não tinha medo. Simplesmente estava imaginando-o e estava se formando. Isto não tinha passado em muito tempo, estava aturdida. Não necessitava de minhas emoções, só do poder delas. Era como olhar um pôr do sol e experimentar sua beleza, mas sendo incapaz fisicamente de tocá-la. Mas aqui estava a habilidade. Minha de novo. Bem, separada de mim. Tão paralisada como estava, enquanto murchava rapidamente, nada tinha ficado de mim. Unicamente permaneciam as habilidades. Desert Gal franziu o cenho, sua sucção foi atenuada. Ela ainda tratava de afastar-se, como se sair do gelo fosse doloroso para ela. Como se seu corpo não desse as boas-vindas da forma em que o meu fazia. Meus olhos se alargaram, agarrando-a. Mais gelo, mais gelo, mais gelo, pensei projetando-o mentalmente dentro dela. O gelo poderia estar composto de água, mas não a

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fortalecia. Isto a desacelerou, debilitando-a na verdade, porque não tinha forma de derretê-lo. Seu próprio bebedouro começou a congelar. Diante de meus olhos, sua pele ficou azul. Uma suave capa de gelo sobre esta, pedaços de gelo formando-se em seu cabelo. Somente quando esteve completamente imóvel, deixei-a ir. Saí debaixo dela e caí de retorno ao chão, minha força agora diminuída. Não importava. Tinha ganho. Ganho! Voltei minha cabeça, procurando Rome. Vi em troca Lexis. Jean-Luc a tinha embalado em seus braços e estava soluçando contra seu peito. Também podia ver o Cody. Estava balançando Sherridan como se fora um tesouro precioso. Ela tratou de afastá-lo, mas se rendeu depois de uns poucos momentos e simplesmente se afundou em seus braços. Tanner parou dentro de minha nublada linha de visão, seus traços preocupados. Acredito que se aproximou de mim, mas Elaine se encolheu junto a ele, tão esgotada como eu estava. Voltou-se, inclinando-se e levantando-a. Todas as mulheres estavam completas. Tinha sentido. Fazíamos a maioria do trabalho. Mas tínhamos ganho a batalha unicamente para nos perder a nós mesmos? —Belle. — Ouvi Rome gritar, soando como se estivesse em um túnel sob a água localizada em outro estado. Onde demônios estava? Não importava, supus. Tinha me dado segurança. Esse foi o último pensamento que tive antes que a escuridão me reclamasse. Capítulo 26 Despertei com meu coração pulsando e meu corpo suando. O primeiro que notei foi o assobio. Bip, bip, bip. Os ruídos de alta frequência vinham de todas as direções, era uma sinfonia discordante. Um deles era rápido, outro lento e outro intermediário. Primeiro um rápido golpe seguido de outro igual de rápido, antes de uma longa pausa e logo dois golpes consecutivos. A confusão era uma densa rede dentro de meu cérebro. Através das pálpebras entreabertas e um leque de pestanas, vi uma luz que brilhava acima, atenuada mas mesmo assim muito brilhante para minhas sensíveis córneas. Quando voltei a cabeça, pude ver brilhantes cores, como espetadas... monitores? Eram monitores do coração então. O assobio de repente tinha sentido. Exceto, por que o estava escutando? Franzindo as sobrancelhas, escaneei o resto de meus arredores. Por sua aparência, era um quarto de hospital. Macas, com uma enfermeira as acolchoando e lendo os gráficos. Os eletrodos dedilhavam meu peito, e um vestido azul tão fino como papel se abria sobre eles. Devíamos estar de volta na Georgia. Na sede do PSI. Sherridan estava na cama a minha esquerda, Lexis na cama a minha direita e Elaine estava em uma cama em frente. Todas nós estávamos enganchadas a uma via intravenosa e outros estavam acordados, comendo. Aturdida, sentei-me e dava a boa-vinda aos enjoos enquanto esfregava o sono de meus olhos. O tubo de minha intravenosa entupiu no corrimão da cama,

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atirando da pele de meu antebraço. Fiz uma careta, inalando profundamente e capturando o aroma de produtos de limpeza, medicamentos e... Rome? Aspirei uma vez mais, desfrutando da fragrância. Segurança. E algo selvagem e terroso. Rome tinha estado recentemente ao lado de minha cama. Quando tinha ido? Por que tinha ido? Suponho que poderia lhe perguntar a próxima vez que o visse. Mas eu odiava esperar. —Ouçam — eu disse, atraindo a atenção de todos—Como estão os outros, Rome, Tanner, Jean-Luc, Cody e os moços das sombras? —Eles estão bem — disse Elaine. — Prometo. Sherridan me sorriu e saudou. Deus, ela estava bem. Havia um rubor em suas bochechas que falava sobre sua saúde e vitalidade. Com o cabelo limpo e escovado, com os loiros cachos brilhando. Tinha um corte em seu lábio e uma mancha roxa na bochecha, mas se desvaneceriam. Estava viva. Nada mais importava. —Como está? — perguntei-lhe. Ela abriu a boca para falar, mas a fechou de repente. Seu sorriso se desvaneceu lentamente. —O que está mau? — perguntei-lhe. Assinalou sua boca e sacudiu a cabeça. —Perdeu sua voz? Ela sacudiu a cabeça outra vez. O azul intenso de seus olhos agora estava nublado, um triste e quase obsessivo bordo penetrava neles. —Ela não pode falar contigo com menos que tenha filtros especiais em seus ouvidos. — A voz de Rome ecoou através do quarto, quase me eletrificando. Notei que tanto Lexis como eu, saltamos. Por diferentes razões? Queria vê-la e ver se podia julgar se ela se deu conta de que tinha conseguido ter suas lembranças de volta, mas não o fiz. Meu olhar procurou Rome, atraída para ele por uma corda invisível. Contive a respiração na garganta, ardendo. Ele estava tão bonito como sempre. Alto, musculoso, vestido de negro. Seu cabelo despenteado caía ao redor de seu rosto, tão úmido que caía sobre suas têmporas. Suas maçãs do rosto estavam um pouco mais agudas, como se tivesse perdido peso e linhas de tensão se ramificavam de seus olhos. —Rome — Lexis disse. Ele a ignorou. De fato, um músculo se marcou em seu queixo, a única reação de que a tinha ouvido falar. Assim, estava zangado com ela. Zangado pelo que tinha feito, como tinha mentido para ele, manipulado e usado para tratar de ganhá-lo de volta. Eu tinha tratado de lhe advertir que isto ia acontecer. —Como está? — perguntou-me. —Melhor. — Cobri-o com um olhar, cruzando meus braços sobre meu peito para ocultar meus endurecidos mamilos. Agora que o perigo tinha passado, agora que meus amigos estavam a salvo, agora que suas lembranças foram devolvidas, meu corpo reagiu igual fazia sempre que ele se aproximava. Como se eu fosse um cabo com corrente conectada a um gerador. Só agora? Já! Mas mesmo assim, não era bom em uma sala cheia de gente.

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—Me alegro. Eu estava preocupado por você. Que homem tão doce. —O que estava dizendo a respeito de Sherridan? —Refere a Sereia? Esse é seu novo nome paranormal. Porque ela tem agora um super poder — Rome me explicou, dando um passo no quarto. Não se deteve até que esteve ao lado de minha cama. Havia uma cadeira ali e ele se sentou nela, tornando-se para trás e esticando as pernas. Sereia? O aroma de sabão emanava dele e me distraía. Eu estava disposta a apostar que tinha me deixado só o tempo suficiente para tomar uma ducha. Sorri. Meu querido e doce homem. Que uma vez tinha saído com a Desert Bolsa de Lixo e nunca me disse isso. Meu sorriso desapareceu. Rome estendeu a mão e entrelaçou nossos dedos. Estava rígida, mas não a retirei. —O quê? —Nada. Tudo. Meus próximos encontros com o Jean-Luc se aproximavam. Rome e eu poderíamos passar por isso? A questão me golpeou, quando me deixaria? É obvio que passaríamos, me disse. Tínhamos passado por sua perda de memória. E, entretanto, nem sequer havia insinuado nada a respeito de se podia ou não ver a si mesmo comigo para sempre, agora que eu estava pondo à agência primeiro. Levei meus pensamentos de novo à questão que tínhamos entre mãos. —Ainda não o entendo. — Olhei a Sherridan, que tinha lágrimas nos olhos. —Seja o que seja, vamos melhorar— prometi-lhe. Os dedos de Rome apertaram meus. —Candace fez que seus cientistas se metessem com a voz de Sherridan. Agora, quando fala, todos que a ouçam cairão sob um feitiço. Homens e mulheres por igual. Vão ser seus escravos, farão tudo o que peça. OH, Sherridan.Pobre Sherridan. Ela queria um super poder mas não havia pensado nas consequências. E sempre havia consequências. Eu tinha chegado a me dar conta de que sempre o mal equilibrava o bem e o bem sempre equilibrava o mal. Do contrário, o mundo oscilaria muito para um lado. —O que tem Lexis? Algo em seu olhar se endureceu e ele me respondeu antes que Lexis pudesse. —Não se meteram com ela. Já tinha um poder. Enquanto falava, tratei de atirar minhas pernas pela beira da cama. Queria envolver Sherridan em meus braços. Mas Rome tinha antecipado este movimento. Soltou minha mão e as fechou em meus tornozelos, lançando-os de novo à cama com um movimento de seus pulsos. —Nem pense — disse. Bem. Não estava segura de poder caminhar, de todos os modos. —Que alguém me diga como é que a bruxa Desert planejava usar um feitiço de voz contra mim. — E eu sabia que não tinha sido para meu benefício. Por que mais levaria a minha amiga?. — Sherridan a teria mandado ir para o inferno e isso a poria em transe. Rome estava sacudindo a cabeça.

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—A única maneira de não cair vítima da voz do Sherridan é ter filtros especiais cirurgicamente acrescentados a seus ouvidos. Filtros que Candace tinha. Queria que Sherridan a chamasse antes de seu procedimento para se preocupar, e depois de tê-lo feito garantir que você respondesse e com isso mitigar seus temores. Mas Sherridan não fez, inclusive sob ameaça de morte. Candace, não? Ugh. —Sem dúvida, a voz do Sherridan não me afetaria. Sem dúvida… —Acredito que temos que demonstrar. A Lexis e eu implantaram filtros quando passamos por todas nossas melhoras e Tanner obteve o seu esta manhã, assim que você e Elaine são as únicas no quarto sem eles. Preparem-se. Mostre Sherridan. —Sinto muito, Belle — ela disse em um soluço e sua voz era o céu. Absolutamente, mais à frente do céu. Estremeci, meu olhar era atraído para ela, meu corpo inclinado para ela. Não, se inclinando. Eu estava tratando de me levantar de novo, tinha que chegar. Tocá-la. Ela era tão formosa e se tão somente pudesse passar meus dedos sobre sua pele, sabia que ia ser transportada ao paraíso que escutei em sua voz. Seria melhor que beijar Rome. Enganchada como estava à via intravenosa, não podia me mover o suficientemente rápido, não podia me mover o suficientemente perto. Mas tentei, OH, tentei. Até que uma mão me empurrou duramente me restringindo na cama e me sustentou para baixo. —O que está fazendo? — golpeei a minha restrição. — Deixe ir. Sherridan, necessito de você. Te amo. Uma pesada carga descendeu, me cravando abaixo. Lute, resisti, mordi e arranhei, mas tudo foi em vão. —Me deixe me levantar, maldita seja! —Belle. Pare. Minhas lutas se incrementaram. Se tão somente pudesse chegar a Sherridan... abraçá-la, beijá-la talvez. Ela era tudo o que eu sempre quis. Tudo o que necessitava. Sherridan. Até o nome me fazia tremer. Quentes lábios pressionaram meu ouvido. —Se acalme, carinho. Estou aqui. Rome está aqui. Tenho-te. Se concentre em minha voz. Ouve-me? Seu corpo se sente tão bem apertado contra o meu. Exuberante e doce. O tom rouco de Rome penetrou na coisa amor-paixão que tinha em marcha. Calei e senti brincos de horror incrustando-se em mim. Eu ofegava, suava, mas minha cabeça estava clara. —OH, Deus. Pouco a pouco, o delicioso peso de Rome se separou de mim. Fiquei no lugar, embora quisesse me travar nele e procurar consolo. —Vê - disse, recostando-se na cadeira. Compartilhei um sorriso choroso com Sherridan. —Tudo irá bem — eu disse. E então olhou para outro lado, porque sua tristeza era mais do que podia suportar.

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Meu olhar caiu sobre o outro “feliz” casal no quarto. Tanner deve ter entrado enquanto eu tentava chegar a Sherridan. Viu-se obrigado a manter Elaine deitada, igual Rome me segurou. Felizmente, estava coberta em outra meia de corpo completo, evitando qualquer contato pele a pele. —Olhe o lado bom, Sher— disse Tanner com um sorriso— Finalmente tem uma oportunidade com a Jessica Alba. Rome estendeu a mão e riscou um dedo sobre meu braço. —Agora pode ver o poderosa que é a voz de Sherridan. Candace planejava usá-la como isca. Te atrair para ela. Teria encontrado uma maneira de convencer Sherridan, como ameaçar matar Lexis diante dela. Esse era o desastre que Cody esperava evitar. Ele não podia nos chamar porque Candace era uma paranoica e não o deixava sair de sua vista. Ela o monitorava 24 horas os 7 dias da semana. Minha pele ficou arrepiada. Seu toque era... tão quente, tão doce. —Quero os filtros — disse. De maneira nenhuma eu faria que minha melhor amiga permanecesse em silêncio em minha presença pelo resto de sua vida. —Estou seguro de que se pode arrumar — disse Rome. Sherridan se agitou em uma tentativa por ganhar minha atenção. Quando nossos olhares se encontraram, ela articulou com a boca: —Sinto muito. —Isto acontece aos melhores — eu disse. Estendi-lhe os braços. — Olhe-me. Uma tranquila e sussurrante casca de uma risada lhe escapava. Mas foi suficiente para que meu coração pulsasse e minha pele formigasse. Doce Jesus era formosa. O suficiente como para… se Controle, Belle. —Toc, toc — disse Cody. — Posso entrar? Imediatamente Sherridan rodou para seu lado, frente a mim, mas dando as costas a Cody. Ele a observou, com suas mãos voltando-se punhos a seus lados. Houve um brilho de assassinato em seus olhos, não é como se alguma outra parte de sua expressão o traísse. Seu sorriso se manteve firme em seu lugar. Algo tinha acontecido entre eles. Apostaria minha vida nisso. —Parece que a banda está aqui — disse. Estava feliz de que John tivesse chegado exigindo sangue. Com Reese encarcerado, teria tido que tomar a à antiga, mas ainda assim. Já sofri o bastante. —A enfermeira me disse que todo mundo estava acordado. Só queria comprovar. — Embora falasse com todos, seu olhar se devolvia ao Sherridan. Lembrei-me da forma em que a tinha sustentado quando ela tinha saído de sua jaula. Recordei como tinha acariciado suas costas e se agarrou a ela como se fosse... necessária. Sherridan empalideceu, abriu a boca para dizer algo. —Estamos bem. — eu disse, interrompendo-a. — Verdade? — Dava-me conta de que tinha perguntado pelos homens, mas nunca por minhas garotas, apesar de que tinham estado em frente de mim todo o tempo. Ou talvez porque não queria. Lexis fez um gesto breve, e Elaine disse:

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—Melhor que nunca. — Elas se viam bem, tão saudáveis como Sherridan. —O que aconteceu a Desert Cadela? — perguntei. — Além do fato de que gosta de dormir com os agentes. —Cody se deitou com ela? Vá, Cody! — Tanner se pôs a rir. —Eu não estou falando do Cody — Tirei-lhe a língua. — Mas de todos os modos, você não pode falar. Entrou aqui e me ignorou, não me abraçou e nem sequer me perguntou como estava. Ele me deu as costas e eu fui a que riu. Essa era meu doce Tanner, de volta ao seu velho eu por completo. —Seja agradável — disse-lhe Elaine. —Qualquer coisa por ti, minha pequena almofada. Ambos se puseram a rir e vi que Lexis forçou sua atenção em suas mãos, como se fossem o mais fascinante que jamais tinha visto. Tanner e Elaine realmente faziam um lindo casal. Só esperava que encontrassem uma maneira de tocar-se. Cirurgia, talvez. Ou, ugh, esperemos que não fosse necessário. —Desert Gal — Rome disse, chamando minha atenção. — Tinha curiosidade sobre o que lhe passou. OH, sim. —Está morta? — Houve uma mescla de esperança e temor em minha voz. Negou com a cabeça. —Viva e encerrada. John vai fazer algumas provas, fazer que alguém a interrogue, averiguar como é capaz de tocar a outras pessoas sem as esgotar e utilizar a informação que ganhe para ajudar Elaine. —Bem. Isso é bom. — Uma parte de mim ainda lhe tinha lástima, mas me alegrava de que seu reinado de terror tivesse terminado e que poderia fazer bem a outra pessoa. Até sem querer. Rome apertou meu pulso. —Fez bem, Garota Maravilha. Fez muito bem. Estou orgulhoso de você. Meu queixo tremia, a profundidade de minha emoção parecia sem fim. Que coisa tão maravilhosamente doce que dizer! Depois de tudo, eu tinha feito dano a ele, me pus em perigo, duas coisas das que teria destrambelhado só umas poucas semanas antes. —Não acredito que a batalha terminou com Desert Gal, entretanto. O Dr. Roberts é seu papai, sabe? Ele a fez o que é, deu-lhe esses poderes. Ele experimenta nas pessoas sem sua permissão. —Sim. — Nossos olhares estavam aprisionados e, por um momento, só um pouco de tempo, o resto do mundo se desvaneceu. — Uma vez pensei que estava bem ali — adicionou Rome dando voltas.- Pensei que era melhor manter um gênio fora das mãos equivocadas. Qualquer mão, em realidade. Mas é um perigo. —E está experimentando com gente inocente agora? —Alguma ideia de onde está? —Uma. A que Candace nos deu.

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Meu estômago torceu, porque sabia o que queria dizer. Essa iniciativa era eu. O PSI pensava que Roberts viria atrás de mim, tratando de averiguar por que sua fórmula tinha trabalhado em mim e em ninguém mais. —Não vou deixar que nada te aconteça— disse Rome. —Você sabe disso, espero. Sentiria-se da mesma maneira depois de meus três encontros com Jean- Luc? —Quero aprender defesa pessoal. E luta suja guia de ruas. Ele assentiu com a cabeça, um brilho orgulhoso enchia seus olhos. Orgulhoso de mim? Outra vez? —Logo que o médico firme sua liberação, iremos ao ginásio. Estremeci, por este tempo de antecipação, porque suspeitava que houvesse umas carícias envoltas. Por muito que nossa futura relação se mantivesse no ar, nos sentíamos atraídos um para o outro e quando estivéssemos muito perto, a sós, lutando, as mãos iriam vagar, as pernas iriam se entrelaçar. —Em primeiro lugar — eu disse, — temos que falar. Por muito que eu o desejava, tinha que haver algumas regras básicas. —Estive temendo isto — disse, e efetivamente se produziu uma nota sombria em sua voz. — Você não pensa que deveríamos estar juntos. Do contrário, não teria estado de acordo em sair com o Homem Memória de merda. Algo que não vai fazer. Eu não queria fazê-lo, mas não toleraria que andasse me dando ordens assim, tampouco. —Esta coisa da perda de memória me fez me dar conta de algumas coisas, isso é tudo e temos que discutir a fundo. E sim, vou sair com ele como tinha prometido. Já lhe disse, não vou retratar de minha palavra. Mas falando do Jean-Luc, onde está? Se o colocou em uma cela de novo, juro isso. Por Deus que te vou assar vivo. —Já o faz — murmurou, com os olhos estreitando-se perigosamente em frestas. — E sim, retratará-se de sua palavra. Porque se te toca, o mato, e não deseja sua morte em suas mãos. É minha. Agora me diga do que te deste conta. Em suas mãos? Sei! E ainda me considerava dele, embora eu fosse “diferente”? —Você não pensava que era tua faz uns dias. Você pensava que Lexis era. Sabe o muito que isso doía? —Te beijarei e a farei ficar melhor — disse com voz rouca. OH, Deus! Queria que tentasse? Tive que cortar um gemido de desejo. —Nosso casamento já ficou em chamas, Rome. Não tenho um vestido, uma igreja ou uma empresa de bufê. E como tínhamos previsto inicialmente nos casar em umas poucas semanas, não acredito que possa conseguir tudo a tempo, de todos os modos. Não é como se tivéssemos decidido nos casar ainda. —Ainda nos vamos casar. — Uma dura, dura declaração, que ele obviamente via como um fato. Não fiz conta. Era isso ou me jogar em seus braços e só esquecer as preocupações que tinha. Quando me sentei em silêncio, pude sentir os olhares aborrecidos em mim. Um pertencia a Lexis,

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e eu não queria que ela ouvisse todos meus problemas. Embora dado o perto que estava sua cama da minha, suspeitava que já tivesse escutado uns quantos. —Vamos continuar esta conversa em outro momento. Quando estivermos sozinhos. —Não. Quais são suas preocupações? Tenho que as escutar. Bem. Com malditas testemunhas. Sherridan e Tanner só me perguntariam pelos detalhes mais tarde, de todos os modos. —Não me vê como uma agente. Vê-me como uma responsabilidade. —Isso não é certo. —É. Você ia pegar a mim e a Sunny para nos esconder. Não trate de negar. Seus olhos se estreitaram. —Não o farei. Pensei durante um minuto e logo me dei conta de que seria um engano. E olhe, dava um passo atrás, não tratei de te deter de lutar com Candace. Inclusive te animei a lutar com ela. Certo. —Muito bem, você estava acostumado a me ver como uma responsabilidade e acredito que talvez eu gostasse que fosse assim. Você foi meu protetor e deixei que isso definisse nossa relação. Mas sou diferente agora. Você mesmo disse. Ele assentiu com a cabeça. Não servia de nada negá-lo. —Vou ser um agente, não só brincar de ser. Vou levar os casos, viajar, lutar. Vou fazer isto porque preciso fazê-lo e quero que as pessoas que amo estejam a salvo. Eu adoraria trabalhar contigo, mas eu não te permitirei ser meu cão guardião. Ou gato. Ou gato guardião. Terá que me tratar como a qualquer outro agente. É isso algo que pode dirigir? Esse músculo começou a esticar-se de novo em seu queixo. Ele não respondeu. —Além disso, disse antes, mas é necessário reiterá-lo. Vou sair com Jean-Luc. Três encontros, conforme o prometido. Do contrário, serei uma mentirosa e isso não é algo que queira ser. É isso algo que pode dirigir? Silêncio. Pesado, o silêncio era dilacerador. Meu olhar aterrissou em Lexis, e havia lágrimas em seus olhos. Ela assentiu com a cabeça para mim. Dizendo-me que isto ia estar bem? —Vá aos encontros — disse Rome, finalmente, com uma expressão dura como o granito-. Só sei que vou estar ali durante todo o tempo. Vá comer, vou estar no restaurante, sentado na mesa contigua à sua. Vá ao cinema, e vou estar justo atrás de você, respirando em seu pescoço. Mas eu nunca te tratarei como a qualquer outro agente. É especial para mim. Estarei preocupado por você, não posso evitar. Eu quererei te proteger. Sempre. Pode dirigir isso? —Eu… Não tive tempo para responder. —Não. Não diga uma palavra mais. Já terminamos por agora. — Ele se levantou, empurrando a cadeira. Saiu do quarto e nunca olhou para trás. Capítulo 27

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Dois dias depois. —Se concentre, Belle! —Faço-o! Rome. Estávamos em campos opostos de uma palhinha azul, ambos suando muito. Enquanto provavelmente eu me parecia com um gato caseiro afogado com vários problemas respiratórios, Rome nunca havia estado melhor. Sua camisa não estava, é obvio, e sua pele beijada pelo sol, atada à perfeição com esse brilho sexy. Ele arqueou uma sobrancelha. —Atirei-te sobre seu traseiro umas quinze vezes. —E eu te cravei com uma bola de terra uma vez e duas vezes com uma bola de gelo. É obvio, tinha-as esquivado as três tão rapidamente que só roçaram seu braço, maldito seja, mais que consumir seu corpo inteiro. Antes de me reunir aqui, empapou-se em um claro experimento químico que freava a progressão dos elementos. Aparentemente, John tinha estado trabalhando nisso durante um momento. Desde que descobriu sobre mim, em realidade. Só no caso de que me virasse contra ele, suspeitava. Ou possivelmente em caso de outros como eu. Só esperava que os meninos maus não fizessem com esta coisa. De qualquer forma, o gelo derreteu em minutos e a terra se afastou, tudo enquanto Rome tinha me apagado com seu outro braço. Arf. Arf. Grrrrrrr. O uivo e o grunhido chamaram minha atenção, e bobamente afastei o olhar do Rome. Como o homem desumano que era, esteve diante de mim em segundos, golpeando meus tornozelos e me enviando a voar sobre meu traseiro. Outra vez. Deitou-se sobre mim, os olhos estreitados com decepção. —Não afaste o olhar de seu oponente. Nunca. Sabe bem. E permite a esses dois vira-latas romper sua concentração? Deveria estar envergonhada. —Obrigada pelo conselho — murmurei, ficando aí e tentando tomar uma pausa. Fazíamos isto durante horas, e meus músculos não estavam acostumados à tensão— Mas se lhes volta a chamar vira-latas outra vez, te neutralizarei. Meus bebês não gostavam de meu homem e vice versa. A noite anterior, minha primeira noite em casa depois do hospital, Rome tinha entrado às escondidas na minha casa. Vale, tinha-lhe deixado entrar. Não tinha sido capaz de evitá-lo. Embora tivesse jurado que não o faríamos até que falássemos das coisas, tínhamos acabado fazendo amor. Tinha sido um sexo desesperado, vida mudada, sexo terremoto. O tipo que afeta a sua alma profundamente. À manhã seguinte quando levantei, Rome já se tinha ido(nada de conversa para nós, só uns truquezinhos) assim fiz o que tinha prometido: adquirir não um, a não ser dois cães agressivos. Sem o agressivo. Bom, tinha comprado dois cachorrinhos. Bulldogs ingleses. Lovey, negra e branca, muito rara, e Ginger, em cima meio branco, de fundo meio marrom, como calças. Ambos pareciam como pequenos ursos de pelúcia e não tinha sido capaz de resistir.

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Atualmente minhas garotas estavam mordiscando uns ossos na esquina do ginásio, ignorantes do mundo o seu redor. Jean-Luc lhes estava observando por mim. Não tinha sido capaz de lhes deixar sozinhas em casa e ele estava fazendo seus melhores esforços para me conquistar. O qual aparentemente significava que estivesse pego a mim e fazendo o que eu pedisse. Isso não me incomodava. Depois de tudo, esse tinha sido meu plano com o Rome. Grandes mentes e tudo isso. Ele tinha ficado no hotel próximo até que pudesse encontrar um lugar permanente, depois de seu duro trabalho no caso de Desert Gal, John o tinha contratado e ele tinha aceito e tinha estado me esperando aqui no quartel geral. Não gostava que estivesse me esfregando contra Rome. Tinha-lhe ouvido murmurar um protesto mais de uma vez, mas não tentou parar as lições. Isso me surpreendeu. Eu já tinha confessado minhas recentes atividades noturnas com o Rome. Embora não havia promessas entre o Jean-Luc e eu além de nossos três encontros, ele tinha parecido tão doído que tinha querido morrer. Da volta das lembranças do Rome, não tinha sido nada exceto doce comigo, nada exceto amável. O menos que podia fazer era permanecer longe do sexo sábio do Rome até que nossos três encontros terminassem. Além disso, para quando haveria (deveria) saber se Rome e eu podíamos passar a distância como casal. Se ele me amasse, apesar de algo. Apesar de tudo. Acredito que isso é pelo que mais preocupada estava. Que ele não me amasse, não me respeitasse, quando tudo estivesse dito e feito. Homens! Estava entre uma rocha, Jean-Luc, e um lugar muito difícil, Rome. —Vamos — ordenou Rome. — Está desperdiçando tempo. —Bom, você está consumindo meu espaço pessoal. — Fiquei de pé torpemente, lhe enfrentando nas pontas dos pés para que estivéssemos nariz com nariz. Ao menos ele não me atacou outra vez. Nem me beijou. Seria capaz de resistir? Inclusive embora tivesse lavado os dentes, tinha café, duas garrafas de água e um pãozinho, ainda tinha seu gosto decadente em minha boca. Ainda ouvia seus grunhidos de prazer em meus ouvidos. Ainda sentia suas mãos amassando meus seios, esfregando entre minhas pernas. —Está ofegando — disse ele roucamente. Seus olhos descenderam, fixando-se em meus seios, meus mamilos endurecidos. Cada parte de mim, cada órgão, cada célula me suplicava que me inclinasse para ele. Milagre dos milagres, retrocedi. —Autodefesa. Importante. Salva vidas. Dr. Roberts está aí fora e precisa ser detido. Jean-Luc. Os encontros. Nosso futuro, no ar. — Todas as razões pelas que tínhamos que nos afastar agora. Sua expressão endureceu. —Está tomando muito tempo para invocar aos elementos. Tempo que um oponente pode usar para cortar sua garganta ou te injetar com um coquetel de boa noite. E não pode contar com os típicos movimentos de defesa porque não estará lutando com criminosos comuns. Estará lutando com scrims, assim que as consequências dependerão de quem tem o maior poder. Você. Ou eles. O que é mais, pensava que estávamos fazendo isto porque você pensava que já não necessita suas emoções.

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Chutei o ar com a ponta de meu pé. —Tem razão. — Ontem à noite tinha falado sobre a invocação do gelo que tinha detido a Desert Gal sem o uso de minhas emoções. — Mas não posso fazê-lo outra vez. Tentei. Só minhas emoções chamam os elementos e não posso trocá-los com um estalo. Ele levantou a mão, alisando o molhado fio de cabelo de minha sobrancelha. Foi um breve toque aí, mas senti a calidez todo o caminho até o osso. Durante um momento, só um momento, houve um brilho de seu gato em sua cara, a pele afastando-se, cabelo tomando seu lugar. Logo tinha ido. —Dei-lhe muitas voltas a isto. Possivelmente nunca necessitaste de suas emoções. Possivelmente só acreditava que o fazia pelas sensações que evocavam em seu corpo. Pensa nisso. O aborrecimento faz que sua pressão sanguínea aumente, o qual te esquenta. O medo é paralisante, assim que se converte em frio. —Isso não me diz como invocar aos elementos, sem minhas emoções. Quero dizer, inclusive quando fiz estas amostras de sentimentos no passado, necessitei a força ou a ideia de qualquer emoção que queria invocar. Bom, não é certo. A última vez, com Desert Gal, eu tinha estado paralisada, completamente fora da equação. —Possivelmente invoca certos elementos com certas emoções porque esse é o elemento que está liberando nesse momento. Acredita que o fogo vem com a fúria assim libera o fogo quando está zangada. Segurei uma mão em meu quadril. Ou era isso ou o agarrava e nunca lhe deixaria ir. O que ele disse tinha sentido, mas também me assustava. Se falhava em lhe provar que tinha razão, sem grande coisa, voltaria para como estavam as coisas. Mas e se tinha êxito? Finalmente para ter o controle de meus poderes, sem depender de minhas emoções, sem ter que me preocupar com o furioso fogo selvagem, tormentas torrenciais, montanhas de terra e incansáveis ventos cada vez que a TPM chegasse... O poder supremo era algo que Rome desprezava. As pessoas se convertiam em bêbados com isso, faziam o que eles queriam, malditas as consequências. Pobre, Desert Gal, que passaria o resto de sua vida em Vila Chatêau, em especial na seção seca com um deserto designado para ela. Ela queria mais e mais e mais, mas nunca tinha sido e nunca seria suficiente. Se fizesse isto, se tivesse êxito com isto, seria incansável. O poder supremo seria meu. Deus, os golpes iam somando-se contra mim. Quanto tempo me consideraria este homem, valiosa pelo esforço? Quanto tempo demoraria para me deixar? Aqui estava eu, me tornando todas as coisas que ele uma vez me disse que nunca quereria: muito poder, um agente sempre em meio ao perigo e uma mulher determinada a sair com outro homem. —Invoca ao elemento em si mesmo — disse ele, ignorante de meus escuros pensamentos,sem a emoção que acredita que vem com ele. Um passo, dois, separou-se de mim. Sacudi minha cabeça, retrocedendo dele também. A distância entre nós continuou crescendo.

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—Necessito de Tanner se for pensar em tentar algo novo. —Sinto muito, está com Elaine. Estão falando com os cientistas que estiveram estudando Candace, tentando encontrar uma maneira para que Elaine experimente o contato de pele contra pele sem matar às pessoas. Esperava muitíssimo que eles tivessem êxito. Se algum casal merecia um pouco de felicidade e uma pausa sexual eram eles. Puxa, aí estava pensando na vida sexual do Tanner outra vez. Era quase tão mau como pensar em Rome e Desert Gal. —Falando de Candace — disse, entretida, — por que não me disse que saiu com ela? Ele piscou para mim. —Desculpa? Fiquei a postos, plantando minhas mãos em meus quadris. —Ouviste. —De que está falando? Nunca saí com ela. —Sim, fez. Você... —Uh, Belle — disse Jean-Luc. Balancei-me ao redor, para lhe enfrentar. Ele atirou uma pequena corda trancada através da sala e Lovey a perseguiu. Ginger perseguiu a ela. —Vira-latas — murmurou Rome. —Menti — continuou Jean-Luc. —Necessitava fúria, assim que te dava algo para estar furiosa. Sinto muito. —O quê? — Pisoteei e ignorei Rome— Pensava... —Que demônios? — interpôs Rome— Disse a ela que tinha dormido com Candace e você acreditou? Acreditou nele em vez de mim? —Bom... — Virei-me para ele, meus lábios se pressionaram juntos e minhas bochechas se ruborizaram— Sinto muito. Ele suspirou. Apertou a ponta de seu nariz. —Esquece. — Depois do que te fiz, mereço isso. — Ele obviamente estava alterado, mas levantou uma mão e me fez um movimento com uma onda de seus dedos. Uma provocação.Vamos. me congele. Claramente não esqueceria isso tão logo. A ironia? Eu lhe queria para limpar o paladar de suas lembranças. Já que ele não o faria, bastardo, eu tinha tido que fazê-lo por ele. —Primeiro, traz a Sherridan aqui. —Não. Atualmente está sendo examinada e não permitirá que se aproxime até depois de sua cirurgia. Agora vamos. Faça. Meu encontro para os filtros dos ouvidos era amanhã pela manhã e não podia esperar. Queria falar com Sherridan outra vez. Precisava falar com ela. Necessitava de conselho. Estava fazendo algo bem, tentando me afastar de Rome até que passassem meus encontros com o JeanLuc? —Deixa de te entreter, Belle.

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O homem me conhecia muito bem. —Bem. — disse bruscamente. — Congelarei o inferno para você. Estendi minhas pernas, apertando e afrouxando meus punhos quando cintilei imagens de medo através de minha mente. Rome aplaudiu suas mãos juntas e o som retumbou através do ginásio. —Está dependendo de suas emoções. Para fazer. —Pode fazer, Belle — disse Jean-Luc. Lovey ladrou como se secundasse a moção. Rome o olhou com um olhar irritado antes de devolver sua atenção a mim. —Quer ser um agente efetivo, tem que aprender a se proteger em um instante. Não pode fazer isso se tiver que te forçar a sentir de certa maneira. Tudo o que ele dizia era certo. Sabia. Eu não gostava, mas sabia. Posso fazer isto. Havia feito antes. De acordo. Aqui vai. Inala uma profunda respiração, exala uma profunda respiração. Gelo sem medo. Fechei meus olhos, imaginei o gelo em minha mente. Geleiras, pistas de patinação, noites congeladoras como exalações de bafo, chapéus e casacos. Inclusive as esculturas de gelo femininas nuas que Tanner sempre me inspirava a criar. Não ocorreu nada. Lutando contra a decepção e o alívio, esperei. Sem emoções, não desta vez! Maldita seja. De acordo, começa outra vez. Pus em branco minha mente, permitindo que o mundo a meu redor se apagasse. Outra profunda respiração dentro, outra profunda respiração fora. —Tenho frio, tenho frio, tenho frio — cantei brandamente. Graças a Deus ninguém se burlava de mim por falar comigo mesma. —O gelo é minha bruxa. Quero, consigo. Não tenho medo, mas isso não importa. O gelo é meu para ordenar. Para fazer gestos e despedir. Tenho frio, tenho frio, tenho frio. — Quando falei, empurrei minha mente consciente para trás. Não estava nem sequer aqui. Só meus poderes estavam. Para minha completa surpresa, meu sangue lentamente se espessou, esfriando-se em minhas veias. Minhas mãos e meus pés estavam congelados, meu nariz gelado. Abri meus olhos, vi que minha respiração estava com bafo diante de minha cara, justo como tinha imaginado. Levantei uma mão e, bastante segura, formou-se uma bola de gelo. Pequena, mas perfeitamente redonda. Clara, perigosa. Rome estava ensopado com esse experimento químico, mas nós não sabíamos se realmente funcionaria se lhe golpeasse com isto. Assim, em vez de atirar-lhe ao Rome, lancei-o à parede atrás dele. No momento do contato, o gelo se dispersou, cobrindo a extensão completa. Rome nunca se girou, nunca deixou de me olhar. —Fez. — Sua voz era plaina. — Realmente o fez. —Sim. — Eu sabia que qualquer incremento em minhas habilidades poderia romper o vínculo entre nós, mas experimentá-lo tão logo? Não. —Não é o bastante rápido para uma batalha com um scrim.

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—Com a prática, será. — A suavidade não diminuiu. — Terá aos elementos a sua disposição, justo assim. — Ele estalou seus dedos. — Agora— disse, dirigindo-se à esquina mais afastada e agarrando um dos extintores, voltou. — Derrete o gelo com seu fogo. Assenti, já fechando meus olhos. Já de acordo em afastar o gelo. Sem emoção, sem minha mente, a não ser afastando, deixando que meu corpo tomasse e fizesse o que queria. Calor. Puro calor. —Estou ardendo — disse a mim mesma. — Muito quente. Suor, abrasador. Outra vez, para minha surpresa, meu corpo gradualmente obedeceu. Quase como se tivesse estado esperando este momento, preparado para atuar como sempre quis. Meu sangue esquentou... esquentou... o gelo derreteu até que só seguiu a lava fundida. Quando abri meus olhos, meus dedos estavam em chamas, diminutas chamas ardendo. Mentalmente ordenei a estas chamas saltar juntas. Fizeram, uma bola se formou na palma de minha mão. Atirei-a à parede. O alaranjado dourado imediatamente se desdobrou, o gelo derreteu e encharcou o chão. Quando a última gota caiu, Rome usou o extintor para sufocar a conflagração que seguia. Logo, a parede esteve negra com fuligem e branca com espuma. —Foi mais rápida desta vez — disse Rome e atirou o extintor. Outra vez, seu tom tinha sido plano. Mas agora, seus olhos também estavam planos. —Sim. —Isso é bom. Isso é muito bom. Era? Realmente era? Ele estava rígido, mais duro nesse momento que quando se levantou pela primeira vez sem suas lembranças. Mais duro do que tinha estado na noite em que tinha invadido meu apartamento pela primeira vez há meses, determinado a me neutralizar. —Rome, eu... —É suficiente por agora - disse ele, me cortando. Virou, me dando as costas.- Não queremos te cansar quando tem um grande encontro esta noite. Não havia amargura em sua voz, nem ciúmes. De repente não podia me mover, quase não podia respirar. Ele já tinha decidido lavar as suas mãos por mim? —Vai estar ali como prometeu? —Acredito que não. Minha boca secou. —Por que não? — disse instável. Sabia que estava mal fazer isto aqui, diante de Jean-Luc, mas não podia evitar. Tinha que ouvi-lo dizer. Nós não fomos feitos para ficar juntos, depois de tudo. Como reagiria? O que faria? Ainda o amava. Ainda o queria, ansiava por ele. Ele deu de ombros, não me fiz frente. —Não há razão, realmente. E aí estava. Minha resposta. Ele estava me deixando. —Sunny quer te ver — disse ele. — Trarei-a antes do jantar. Está bem?

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Uma vez ele não teria que ter perguntado. Acho que planejou romper comigo formalmente com sua filha na outra sala. Dessa maneira eu não atiraria coisas ou queimaria algo. Bem, espera. Queimaria algo em uma fúria agora que podia invocar aos elementos sem emoção? Ri friamente. Importava isso agora? Rome queria me tirar de sua vida. Uma parte de você sabia que isto estava chegando. É para o que você vinha se preparando. Bem. Nós seguiríamos adiante. Faz esta noite. As lágrimas ardiam em meus olhos. —Traga, mas quero falar contigo depois. De acordo? Suplicaria que ficasse comigo? Ou o futuro que Lexis predisse finalmente começaria a cair em seu lugar? Queria meu velho futuro, quase gritei. Rome ignorou minha pergunta. —Vá se limpar. Te verei esta noite. Pela segunda vez em minhas recentes lembranças, ele se afastou e nunca olhou atrás. Depois de brincar com meus cachorrinhos durante meia hora, evitando o olhar sagaz de Jean-Luc, uma ducha e uma mudança de roupa, estava de pé diante de meu armário, me preparando para ir para casa. Meus olhos ainda estavam ardendo, as lágrimas sustentadas nas esquinas, esperando cair. Como tinha alcançado minha vida este ponto? Faz umas poucas semanas, eu tinha sido a mulher mais feliz do planeta. O amor tinha sido meu. Um homem forte, sexy e magnífico tinha sido meu. Agora... não tinha nada. Bom, tinha uns encontros com um homem que não podia amar porque meu coração sempre pertenceria ao Rome. E ele estava prestes a terminar tudo para sempre. Meu olhar aterrissou em uma parte de papel caído. Eu não o tinha situado no armário, assim que o agarrei. Do Rome? Do Jean-Luc? De repente passos ecoaram, crescendo mais e mais alto. Estiquei-me, colocando a nota em meu bolso, pensando em lê-la depois quando estivesse sozinha e enterrei minha cabeça tão profundamente dentro do meu armário que quem quer que fosse certamente passaria sem tentar começar uma conversa. Não estava pronta para enfrentar a ninguém. Poderia não estar pronta nunca. Mas então os passados se detiveram. Perto de mim. Maldita seja! Nenhum alívio para mim hoje ou outro dia, ao que parece. —Sinto muito. Meus dedos apertaram a porta e meus dentes chiaram juntos. Lexis. Não a enfrentei, mas sim me ocupei arrumando as roupas e as armas que tinha escondido dentro. Ela tinha sorte de que não usasse uma das armas nela. —Isso não muda o que fez. —O que tentei fazer. E sei. Não o que fiz. —Você só lamenta porque falhou. —Sinto porque tive uns dias para pensar sobre as coisas. Estava presa em uma cela, escutando às pessoas ao meu redor gemer e chorar e suplicar, e me dava conta que estava tentando fazer o mesmo com Rome. Apanhá-lo. Ela fez que minha cabeça doesse. —Só... me deixe sozinha, Lexis.

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Houve uma pausa, um arrastar de pés, mas ela não fez o que lhe pedi. —Não me deve nada, mas te estou pedindo, suplico-te, uns minutos de seu tempo. —E estou dizendo não. — Tanta satisfação em ver Lexis suplicar, não podia tratar com ela. Tinha-me derrubado. Já estava ao limite. —Sim. Vai me escutar. Não ocorreu nada entre Rome e eu. Tentei lhe beijar esse primeiro dia, mas ele rapidamente se afastou, como se ele sentisse que eu não fosse a mulher correta para ele. Meus dedos se curvaram no punho de uma faca. —Sei que não ocorreu nada. Ele me disse isso. Mas isso não importa já. Agora suma. Outra pausa. —O que quer dizer com que não importa? Não havia forma de evitar isto, ao que parece. —Terminamos. De acordo? Terminamos. — Dava uma portada para fechar o armário, ainda agarrando a lâmina. Enfrentei-a com os olhos estreitados. Ela estava tão adorável como sempre, cabelo escuro penteado em um lustroso brilho, olhos esmeralda cintilantes — Feliz agora? Finalmente conseguiu o que queria. —Não. — Sacudiu sua cabeça, a surpresa radiava dela. — Não. Eu... Não, Belle, sinto muito. De verdade. Não... não sei que dizer. Quero dizer que ocorreu ao princípio, mas não mais. Juro. Vocês dois querem estar juntos. Admito agora. Não há melhor madrasta para Sunny, e a maneira que Rome a olha... a maneira que fala de você, inclusive quando estava dizendo que precisávamos arrumar as coisas. Ele não me beijou! Disse tudo o que ele pensava de você. Maravilhoso ouvir. Mas um pouco tarde demais. Fechei a distância entre nós, meus sapatos contra os dela, meu nariz virtualmente roçando a seu. —Uma vez me disse que havia uma mulher que seria o amor da vida de Rome, mas não estava segura de que era eu. Bem, adivinha o quê. Não sou. — Meu queixo tremeu quando falei. Deus, dizer isto era duro. — Uma vez me disse que eu tinha planejado meu casamento mas que a Rome não importaria. Bom, tinha razão. Uma vez me disse que me casaria com alguém mais. Possivelmente tivesse razão sobre isso, também. —Isso não pode ser verdade. — Estava pálida, sacudindo sua cabeça. — Está segura disso? Dê-lhe outra oportunidade. Ele... —Ele é quem me vai deixar. —Mas... mas... não. Ele não faria isso. Ama-te. Disse-me isso ontem, esta manhã. Inclusive se ainda quiser estar com ele, eu não teria uma oportunidade. Você é para ele. A única. Se pudesse tê-lo ouvido me gritar... nunca o tinha visto tão furioso. Havia uma beira, a pena gotejava de seu tom. Sim, mas isso só significava que ele me tinha querido antes que lhe tivesse mostrado quão poderosa seria. Mais que uma dor, mais que uma dor aguda, suas palavras eram um câncer me comendo. Apartei-a com minha mão livre, forte e ela tropeçou para trás. —Sai de meu caminho. Nós acabamos aqui. Determinada, ela saltou de volta a meu caminho.

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—Ou possivelmente pode ouvir. Possivelmente pode ver. — antes que pudesse reagir, ela plantou suas palmas contra minhas têmporas. Sacudi-me, as imagens disparavam através de minha cabeça. Lexis e Rome. Lexis sentada em um sofá, as lágrimas percorrendo seu rosto. Rome passeando diante dela. —Como pôde? — gritou ele. — Quase me arruinou. A amo, Lexis. A amo e você tentou afastá-la de mim. Com um suspiro cansado, a Lexis diante de mim baixou os braços a seus lados. —Como fez isso? — exigi. Seu queixo se levantou. —Seus poderes estão evoluindo. Também os meus. —Eu... Eu... — Não podia deixar que o que ela me tinha mostrado me importasse, embora adorasse saber que Rome a tinha posto em seu lugar e me defendido. Como antes, recordei-me que a discussão tinha tomado lugar antes que Rome tivesse visto o que podia fazer. — Como disse, terminamos aqui. —Não. Não até que me diga se amas ao Jean-Luc. Ele é quem lhe disse com o que te casaria, mas estava equivocada. Quero dizer, vi-lhe de pé diante de ti, te beijando enquanto usava seu vestido de noiva, mas ele simplesmente não pode ser com o que te case. — Estava balbuciando e não parecia parar. — Não é quem deve ser teu. Ele se supõe que é... meu — ela acabou fracamente. Jean-Luc e Lexis? Olhei-a, piscando. Podia me haver afastado, mas não o fiz. A surpresa fez que meus pés se sentissem como pedras. —Está gozando de mim? Como uma adolescente nervosa, ela cruzou seus dedos juntos. —Não. Não estou gozando. —É incrível. Primeiro quer Rome, logo o deixa ir, então o quer de volta outra vez e agora quer ao Jean-Luc. Pelo Amor de Deus, esclarece sua mente, porque vai me deixar louca! —Olhe, sei que nunca poderá me perdoar pelo que fiz a você e a Rome, sem mencionar o que fiz ao Tanner. —Uh, você acredita? —Mas ganhou ao Rome e ao Tanner outra vez de volta, bom, ele já se recuperou de meu abandono. - Pegou a uma pequena porta de metal a seu lado uma vez, duas vezes.- Sabia que Elaine apareceria em sua vida. Sabia que ele a quereria. Fiz-lhe um favor. —Dificilmente. Tirou seus amores de sua vida antes que eles pudessem te jogar da sua. São bons homens, mas você os esmagou. Acredita que possivelmente atuou prematuramente? Que possivelmente ainda lhe quereriam, mas que a única razão de que chegassem suas visões realmente era por suas ações? OH, Meu deus. No momento em que falei, dava-me conta que havia feito o mesmo. Tinha deixado Rome ir, tinha-me dado conta. No mesmo momento que ele tinha recuperado suas lembranças, possivelmente inclusive antes, tinha-lhe deixado ir. Havia dito que o amava que

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lutaria por ele sempre, mas então algo ocorreu e caí em meus medos (possivelmente não). Tinha saltado de um extremo a outro e ele tinha tido que sabê-lo, teve que senti-lo. Isso é o porquê nós estávamos aqui, neste ponto. Eu havia feito isto. Eu. Podia lhe recuperar? Lexis empalideceu, sua boca se moveu aberta e fechada. —Tem razão — disse ela tranquilamente. — O que fiz foi terrível e tentarei não cometer o mesmo engano outra vez. Mas me vi com o Jean-Luc, Belle. Noite passada em uma visão, vi-lhe de pé ao outro lado do corredor e sorrindo para mim. Esse sorriso... — ela tremeu, abraçando-se-, fez que meu sangue ardesse. Queria ir a ele mais que tudo no mundo e vi amor em seus olhos. Amor por mim, ninguém mais. Quero isso. Quero que a visão seja verdade. Ela estava tão apaixonada sobre isso, não podia duvidá-lo. Inclusive embora quisesse fazê-lo. —Não importa. Ele merece uma mulher que lhe ame. Uma mulher que fique com ele até o final. —Decidi ser essa mulher. — mordeu-se o lábio inferior. — Só tenho que lhe convencer disso. Assinalei um dedo a sua cara. —Se mentir para mim... Ela levantou suas mãos, totalmente inocente. —Desta vez, vou jogar limpo. Acredite, aprendi minha lição. Só quero que saiba que estou fora do jogo quando vier Rome. Ele é teu. —Que bonito de sua parte - disse secamente.- Pode ir agora. Ela não o fez. —Tenho uma coisa mais que dizer. — Olhou a seus sapatos e chutou uma rocha imaginária.Um favor, realmente. Ri sem humor. —Sinto muito, estou totalmente fora disso. Seu olhar se levantou, me cravando. —Não vá a esses encontros com o Jean-Luc. Por favor, Belle. Sei que não o mereço, mas te estou suplicando. Antes de poder responder, ela se afastou. Fiquei ali de pé, sacudindo minha cabeça maravilhada por sua ousadia. Ia a esses encontros e isso era assim. Se Rome não me tinha tirado disso, Lexis não faria. Meus movimentos eram entrecortados quando coloquei minhas mãos em meus bolsos. Um pouco esmiuçado contra meus dedos. Franzindo o cenho, tirei a nota. OH, sim. A nota. Desdobrei-a e, quando li o conteúdo, realmente me estremeci. Não matou a minha filha quando provavelmente queria fazê-lo e por isso, tem minha gratidão. Mas sei que você e sua equipe agora estão me procurando.Não me permitirei ser encontrado, Belle. Farei algo que seja necessário para continuar livre, inclusive se me forçar, a derrotarei. Não quero acabar dessa maneira, de qualquer modo. Deixe-me à parte agora. Em paz. O Dr. Roberts tinha estado dentro do PSI e ninguém tinha sabido. Que inusitada equipe. Capítulo 28

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Resultou ser que, meu primeiro “Encontro” com Jea-- Luc era um encontro duplo. Jean- Luc e eu, Tanner e Elaine. Este último casal estava ali para vigiar ao Dr. Roberts. Só como precaução. Sherridan estava fazendo panelas em casa, fazendo companhia a meus cães. (Já sentia saudades.) Rome estava… não sei onde. Disse que não tinha planejado vir e eu não podia vê-lo entre a tênue iluminação do restaurante buliçoso. Mas podia sentir seus olhos sobre mim, vigilantes. Um pensamento iludido? Ele tinha chegado a minha casa duas horas antes que Jean-Luc fosse me buscar. E sim, ele havia trazido Sunny. Essa garota doce e pequena que se parecia com Lexis, mas tinha o espírito indomável de Rome, tinha saltado em meus braços, rindo e sem dar-se conta seu mundo estava a ponto de ser sacudido. —Senti muitas saudades — o disse. Tinha-me beijado na bochecha e me olhou, sorrindo. —Também senti saudades, e adivinha o quê? —O quê? —Tinha razão. — Meu cenho se franziu. —O que quer dizer? —Veio a casa quando havia apostando. Ah! Nossa negociação. Sorri-lhe, meu peito dolorido, minha garganta apertando-se. Quantos mais nos permitiriam? —Vamos, patife. Quero te apresentar a nossos novos amigos. Brincamos com os cães por mais de uma hora. E sim, pusemo-los em vestidos de cor rosa com volantes e arcos. (Tinham estado adoráveis!) Eu tratei de levar a um lado ao Rome para um bate-papo privado, mas o havia dito: —John me disse sobre a nota. Preocupa-lhe que o Dr. Roberts tente e te faça mal, apesar do que disse sobre a paz. —Sei. — Disse-me o mesmo. Depois me felicitou pelo êxito da apreensão de Desert Gal e eu sorri como o sol em estado de choque e prazer. — Está me pondo sob vigilância por um tempo, em caso de que a nota tivesse o objetivo de me induzir em um falso sentido de segurança. Supõese que devo atuar como se tudo estivesse normal. O que não podia fazer até que houvesse resolvido esta coisa do Rome e Jean-Luc. Queria Rome em minha vida e não o ia deixar ir. Se me cortava disto, bem. Mas eu não o ia pôr fácil. Uma vez que estes encontros com o Jean-Luc estivessem fora do caminho, ia lutar por meu homem como deveria ter feito desde o começo. Lutar com mais força do que tinha lutado alguma vez com um scrim. Sim, se o convencia de que me mantivesse perto, necessitávamos desesperadamente discutir nosso futuro. Como se queríamos ou não ter filhos. E eu precisava saber se ele ia estar bem com que eu fosse uma agente a metade da ação. Havia dito que sempre quereria me proteger. Agora me perguntava por que eu tinha pensado sempre que isso era uma má ideia. Estúpida Belle. Tinha deixado que meus temores tivessem a maior parte de mim e tinha começado a procurar razões para terminar as coisas. Não mais.

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Se não estivermos de acordo em algo, poderíamos discutir a fundo e chegar a um compromisso. Enquanto estivéssemos juntos, nada mais importava. Todas as relações tinham seu trabalho, depois de tudo. Era em quem queria pôr esse trabalho o que importava. E eu estava disposta a trabalhar por e com o Rome. Ele estava disposto a trabalhar para mim? Quando tinha chegado o momento de que Rome e Sunny se fossem, Rome não tinha me beijado para despedir-se. Não havia nem dito adeus para tal caso. Ir-se tinha sido algo como isto: Sunny: — Não! Eu fico. — Ela estava zangada nesse momento, mas havia se acalmado, a cólera convertendo-se em tristeza e logo em lágrimas. — Eu não te vi em muito tempo. Sinto falta de você. Não me quero ir! Estiveste longe para sempre. Eu, me odiando: — Não quero que vá tampouco, mas tenho que ir A... trabalhar. Sunny: — Não, não tem. Eu ouvi papai dizer que não ia se casar contigo e que tinha que deixar de pedir para te ver. — Seu queixo tremia—. Você está nos deixando, não? Eu: — Quero-te, carinho. Eu nunca te deixaria. Nunca. Rome: — Trarei você de volta amanhã, raio de sol. Juro. Eu te expliquei ontem à noite que minha mente estava doente e não me lembrava de Belle. Mas agora sim. Sunny: — Mas não estão felizes, não estão sorrindo e rindo como antes. — Logo ela tinha usado sua habilidade mística para desaparecer. Não a tínhamos encontrado durante vinte minutos e tanto Rome como eu tínhamos estado além de preocupados. Finalmente a descobrimos dentro de uma fodida secadora. Sentia-me como um rato e Rome a tinha colocado nos braços e saiu da casa, em silêncio. Recordando, suspirei. —Está bem? — Jean-Luc me perguntou. Sentou-se frente a mim e pôs sua mão sobre a minha. Pouco a pouco a retirei enquanto estudava seu rosto sobre a luz bruxuleante das velas. Era tão bonito, tão doce, dando de si (quando não estava roubando, isso). Apesar de minha confissão de que nunca o amaria, apesar dos agentes que ele sabia que nos rodeavam, havia me trazido para um formoso lugar com flores e suave e romântica música. Com a ameaça do Dr. Roberts morando, John nos tinha instruído em nos manter alerta e não beber nada com álcool, assim Jean-Luc tinha ordenado uma margarida de morango virgem. Seu jornal lhe tinha recordado que minha fruta favorita era o morango. —Acabo de ter um dia difícil, eu disse. —Me fale disso. — Apoiou os cotovelos na mesa e se inclinou para mim, realmente interessado. —Não deveria. Descarregar meus problemas com Rome sobre ele seria cruel. Mas eu necessitava desesperadamente a alguém com quem falar. E eu não podia falar com Sherridan. Ainda não era imune a sua voz. Não podia falar com Tanner tampouco. Inclusive agora, ele e Elaine estavam perdidos em seu próprio pequeno mundo, com as cabeças inclinadas, sussurrando.

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Até agora, as sessões de Elaine foram muito bem. Os cientistas no PSI tinham pintado um gel translúcido sobre sua pele exposta (tanto como Rome tinha usado durante nossa sessão de treinamento) que atuou como uma barreira. Como objetos de vestir. Tanner agora podia lhe acariciar a bochecha, e o tinha feito, em várias ocasiões. Cada vez, Elaine se inclinava para ele, com os olhos fechados em êxtase. —Faria-te mal — eu disse, devolvendo minha atenção ao Jean-Luc— e não quero te fazer mal. Agora ele suspirou. —É Rome, então. Assenti com a cabeça. —O que tem de especial ele que eu não tenho...? Não importa. Não me diga. —Jean- Luc seguiu a direção de meu olhar, ao Tanner e Elaine. —Alguns cães de guarda, né? Ri com humor genuíno. —Sim. São quase tão efetivos como Ginger e Lovey. — Suspirou outra vez e brincou com o bordo de seu copo, o dedo acariciando o bordo. —Assim é como deve ser, não? —O quê? — De algum jeito, tinha perdido o fio da conversa. —O amor. Assim é como deve ser o amor. OH. Mordi-me o lábio, estudei ao Tanner e Elaine de novo. Havia uma suavidade na expressão de Tanner que nunca antes tinha visto, inclusive com Lexis, transformando o de um homem jovem a um alfa protetor. Parecia estranho, que essa ternura para uma mulher poderia trazer tal aura de “Eu Máquina de Matança”, mas estava aí. Tanner a protegeria, morreria por ela. Eles não se conheciam há muito tempo, mas às vezes a gente só sabia. Assim é a forma em que tinha sido comigo e Rome. Eu tinha sido cativada por ele desde o primeiro momento, apesar de que ele tinha sido enviado para me destruir. Tanner captou meu escrutínio e franziu o cenho para mim. —O quê? —Eu só te amo, isso é tudo — eu disse, meus olhos umedecidos. Deus, eu era um maldito regador ultimamente. —Isso é porque secretamente deseja viajar no Expresso Tanner. — Ri. Elaine ficou sem fôlego, não muito acostumada a seu senso de humor ainda. —Essa é a frase que estava acostumado a utilizar para recolher às garotas — eu disse. —Não faz falta dizer que foi um fracasso absoluto. — Pouco a pouco, sorriu. —De verdade? — Tinha as bochechas um pouco vermelhas. —Não foi minha melhor linha, mas fez o trabalho. —Não fez — eu disse, minha risada aumentando de volume. — As garotas fugiam de você, tão rápido como podiam. —Eu não estou correndo — Elaine disse em um sussurro rouco. De qualquer jeito os dois se perderam em seu próprio mundo novo. Meu sorriso se desvaneceu. Atirei o guardanapo sobre a mesa e afastei a cadeira.

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—Tenho que correr ao banheiro de mulheres. — Para me serenar, não acrescentei. Jean-Luc se levantou comigo. Eu andei pesadamente. Como poderia decepcioná-lo sem lhe fazer mal? Manobrei ao redor das mesas e das pessoas, além da cozinha e seu ar quente, para o banheiro. A porta se fechou atrás de mim, bloqueando-se antes que alguém, quer dizer, uma agente mulher ou guarda pudessem entrar. —Finalmente. — Ouvi. Voltei-me, ofegando. Aí estava o Dr. Roberts, alto e magro com uma peruca que tinha que barbear-se. Com grossas lentes que não o tinha visto usar em nosso breve encontro anterior. Ele luzia muito estudioso. Ah, e tinha uma arma apontando a meu peito. —Olá, Belle. —Dr. Roberts. —Ah, lembra-se de mim. Tinha a sensação de que o faria. Eu gostaria que nos reuníssemos em melhores circunstâncias, mas temo que não é assim como as coisas saíram. Recebeu minha nota, verdade? —Sim. — Frio, necessitava frio. Quase imediatamente, uma bola de gelo se formou em minha mão. Maldita seja. Realmente estava ficando boa nisto. —Então, o que está fazendo aqui, armado pelo menos? —Tenho que me proteger de algum jeito. E eu não faria isso se fosse você. — A pistola engatilhada. Ele apontou para minha mão com um gesto da cabeça, seus olhos castanhos brilhantes com a intriga— Tomou seus poderes, posso ver. Deixei cair meu braço para um lado. —Não tinha exatamente uma escolha. Ou era sentir lástima pelo que me fez, ou abraçar à nova eu e seguir adiante com minha vida. Ele suspirou, mas não baixou a arma. —Fiz coisas terríveis em minha vida, e sinto por elas. Forcei poderes em você para os que não estava preparada. Tratei a minha filha como um rato de laboratório. Só estava tratando de me assegurar de que ela seria muito capaz de sobreviver em nosso mundo sobrenatural, mas no processo arruinei sua vida e a minha. Estou procurando uma maneira de desfazer tudo o que tenho feito, a você, a ela, mas necessito tempo para fazer isso. Necessito paz, como já disse. Dême paz e farei o mesmo por você. Dizia a sério, então. Ele realmente não queria me fazer mal. Mudei meu coração. E, entretanto... Fechei os olhos com a ironia. Durante semanas depois de ter recebido meus poderes, eu tinha sonhado com nada mais que encontrar um antídoto. E agora, aqui ele me oferecia a esperança de um, quando já não queria. —E o que acontece se quero manter meus poderes? — perguntei-lhe. Seu sorriso era triste. Recordava a Candace, sempre querendo mais? —Então tomar a cura dependerá de você. Não vou forçar nada mais em você. Mas ainda necessito de minha liberdade.-—Sua cabeça caiu para trás um pouco e olhou para o teto.

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—Minha filha... é minha culpa que ela se transformasse no que fez. Deveria ter sido mais cuidadoso com ela, não a deveria ter introduzido nesta vida. Por favor, diga ao John que seja amável com ela. Alguém bateu na porta. —Belle? Está bem aí dentro? —Estou bem... — Minhas palavras se apagaram. Olhei para a porta, logo outra vez ao Dr. Roberts, mas já tinha desaparecido. Como? Onde? Deixei cair a bola de gelo no cesto de papéis, congelando-a e olhei através de todo o recinto, abrindo todas as portas, olhando em cada sombra, mas não havia nem rastro. Era como se tivesse imaginado todo o incidente. Eu sabia melhor. O bom médico deve ter experimentado em si mesmo também. Tremendo, lavei-me o rosto e as mãos. Uma parte de mim queria chamar John e ao Rome neste momento e dizer o que tinha acontecido. Mas a outra parte de mim sabia que iniciariam sem demora um grupo de busca para o doutor e então, onde estaríamos? Roberts queria uma oportunidade para reparar o dano que tinha feito. Talvez devêssemos lhe dar uma. Quando saí, havia uma formosa morena e me dava conta que era da PSI, me esperando. Seu agudo olhar me mediu. Deve ter decidido que eu estava bem, porque assentiu com a cabeça e retornou a sua mesa. Jean-Luc não era tão fácil de convencer. —Está pálida — disse enquanto eu recuperava meu assento. —Estou bem. Sério. Isso esperava. Tinha tomado a decisão correta? Só o tempo diria, suponho. Em última instância, se o Dr. Roberts pudesse desenvolver um neutralizador de super poderes, poderíamos deixar aos scrims em suas pistas. E não era esse o ponto de meu trabalho? O garçom entregou a comida. Ordenei para mim linguado com molho de alho extra (uma menina tinha que preparar-se para o pior e eu não queria ter que rechaçar Jean-Luc se tentasse me beijar, por isso tinha decidido fazer que não quisesse vir nem a dez jardas perto de mim). O delicioso aroma derivou para meu nariz e aspirei profundamente, o que me permitiu relaxar. Todos outros tinham ordenado algum tipo de massa de cor verde. Comemos um momento em silêncio e eu seguia fingindo que tudo estava bem. Jean-Luc tomaria um bocado, tragaria e abriria a boca para dizer algo, logo, pressionava os lábios em uma linha teimosa. Depois, repetiria todo o processo outra vez. E outra vez. Era... incômodo. Por último, deixei cair meu garfo e o encarei. Tinha que haver uma maneira de fazer isto sem esmagá-lo. Só, bom, tinha que dar ordem a minha vida. Ser confrontada pelo Dr. Roberts tinha me recordado quão rápido as circunstâncias poderiam trocar. Tinha que aproveitar o momento, tomar o tempo que tinha com Rome, enquanto o tinha. Também terei que considerar a Lexis, pensei com um suspiro. —Sabe, Jean-Luc — disse— Eu gosto. Sim. Deixou cair seu garfo também e soou contra sua tigela. Apoiou os cotovelos sobre a mesa e deixou cair sua cabeça entre as mãos em alto, lavando sua cara. —Este é o discurso da despedida brusca?

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—Não. Maldita seja garota. Merece sua honestidade.  Sim. Talvez. Não sei. Nunca me jogaria atrás de nosso trato, espero que você saiba. Quer os três encontros, darei isso. Mas estou apaixonada por ele. Isso não vai mudar, não importa a quantos encontros vamos. Oxalá fosse assim. Quero dizer, é alguém com quem é muito mais fácil de estar que com o Rome. —Mas? —Mas ele é minha outra metade e este encontro o está matando. — Ou alguma vez, o teria feito. Agora... Segui com a ponta de um dedo ao redor de meu prato e rogava que o fizesse. — Não sei se tenho um futuro com ele, mas ele é o único homem que eu quero e prefiro ficar sozinha e sonhar com ele, que sair com alguém mais. Pegou sua taça de vinho e drenou o conteúdo, continuando, indicou ao garçom outra taça. Quando chegou, tomou também. Logo ficou olhando a mesa durante muito tempo. Não me movi. Não falei. Por último, limpou a boca com o guardanapo e sorriu com tristeza. —Estúpida honestidade. Eu poderia pressionar, sabe. Poderia utilizar suas dúvidas a respeito de seu futuro contra você. —Sei. —Mas não te importa. Devido a que o ama. —Sim. - Outro sorriso triste. —Eu esperava... bom, não importa agora, suponho. É doce, divertida e têm a mais sexy risada que escutei, mas sua atração por outro homem é algo molesto como o inferno. —Sei. Sinto muito. —Por isso, por isso tenho que... Maldito seja. Estou te liberando de nosso trato. Por um momento, não pude reagir. Tudo o que podia fazer era pensar em quão incrível era este homem. Um diamante verdadeiro no meio de muita zircônia. Logo o alívio derivou através de mim. —Eu... Obrigado, Jean-Luc. — Não ia dar um protesto simbólico e feri-lo mais. — É um homem maravilhoso e um dia uma mulher com sorte vai te fazer muito feliz. Ela te vai amar com cada respiração. Poderia ser Lexis essa mulher? Franziu o cenho mais para mim. —Olhe. Você não me quer, bem. Vou viver. Eu não gosto, eu gostaria que fosse diferente, mas vou viver. Não faz falta que seja condescendente. E essa foi a diferença entre nós, o que realmente me demonstrou que tinha tomado a decisão correta. Não poderia viver sem Rome. Não me renderia, tinha que ter. Ele era minha droga. Meu vício. Não meus recentes maiores poderes, a não ser ele. Talvez eu necessitasse de terapia, mas ali estava.- Não sou condescendente. Juro-lhe isso. Eu... Jean-Luc atirou o guardanapo sobre a mesa e ficou de pé, a cadeira arrastando-se atrás dele. —Tenha uma vida agradável, Belle. Não estarei te incomodando mais. Ambos vamos trabalhar no PSI, mas ficarei fora de seu caminho.

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Tanner e Elaine saíram de seu casulo de amor o tempo suficiente para nos jogar um olhar surpreendido. —Jean-Luc. Espera! Lexis... Ia realmente fazer isto? Sim, sim, ia. Era a única solução que tinha agora, apesar de sua concessão, era um prêmio de consolação que emprestava. —Lexis te quer. Ela diz que os dois estão destinados a estar juntos. — voltou-se, de repente rígido, me dando as costas, mas não se afastou. —Do que está falando? —Quão único sei é o que me disse faz umas horas. Ela vê o futuro e viu vocês dois juntos. Romanticamente. Ele soltou um bufado. —Impossível. Eu não a quero. —E não te culpo. Só queria que soubesse. Uma pausa, uma inclinação de cabeça. E então, inconscientemente, tomando uma página do livro do Rome, dirigiu-se rapidamente longe. —Vá - disse Tanner.- Não vi essa vir. Ele deu de ombros e se voltou para Elaine, sorrindo. —Há algo que possamos fazer Belle? — perguntou Elaine. —Não. O resto depende de mim. Agentes armados se esconderam nas sombras por todo o exterior de minha casa. Deveria ter dito a todos que se fossem, que a ameaça do Dr. Roberts tinha terminado, mas não o fiz. Eu precisava ter uma conversa com o John primeiro e não queria fazer isso esta noite. Atirei as chaves sobre a mesa no vestíbulo e me dirigi para meu dormitório. Tanner e Elaine estavam perto em meus calcanhares, embora se separaram e entraram no quarto de Tanner. Fiz uma pausa, capturando seus olhos enquanto fechava a porta. Ele me deu um sorriso travesso antes que a madeira de cerejeira bloqueasse por completo. Neguei com a cabeça, triste e feliz ao mesmo tempo, e saltei de novo em movimento. Tinha meus poderes sob controle, tinha sido posta em liberdade de meu trato com o Jean-Luc, assim deveríamos estar celebrando. Em seu lugar, ia abraçar os meus cães, chorar e elaborar um plano. Tinha quebrado o coração de um homem bom e necessitava de uma estratégia para voltar a ganhar outro. A casa estava estranhamente tranquila. Sherridan estava provavelmente adormecida. Ao igual aos meus cachorros, dava-me conta. Estavam aconchegados juntos em sua jaula e roncando. Como não queria despertá-los, deixe a luz apagada. Não haveria carícias para mim, parecia. Seriamos só eu, minhas lágrimas e meus planos. Escovei os dentes e o cabelo, lavei o rosto para limpar a maquiagem, despi-me até a pele e fui até minha cômoda para encontrar um par de calcinhas e uma camisola. Não estava segura de que tivesse uma. Rome e eu sempre tínhamos dormido nus. Ultimamente, desde sua perda de memória, tinha estado usando suas camisas. Não podia fazer isso esta noite, já que não tinha lavado roupa em muito tempo. Braços fortes como bandas de repente estiveram ao redor de minha cintura e me levantaram, antes que pudesse reagir, fui elevada através do ar. Caí na cama com um murro,

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estendida em minhas costas, com os braços e as pernas abertas. Ofegando, incorporei-me de repente, levantando meu braço. Frio, frio, frio. Tenho frio. O gelo já se estava formando em minha mão. No momento em que se solidificou por completo, lancei. O intruso se agachou e a bola se estrelou contra a parede, a porta, congelando. Encerrando-me no interior com o homem depravado. O Dr. Roberts outra vez? —Estou armada e sou perigosa, filho da puta! —Bons reflexos e boa sincronização. Já melhorou. A suja boca tem que ir, entretanto. Pisquei. Calei-me. Engoli em seco. —Rome? —O único. —Bode! — Chamei a outra bola de gelo e a lancei também. Uma vez mais, agachou-se. Espera. O que estava fazendo? Que maneira de ganhá-lo de volta, pensei, deixando disposto ao gelo a me deixar. —Não me assuste assim outra vez! Pensei que fosse um scrim. Ficou de pé. Estava de pé ao final da cama. A luz da lua se filtrava pela janela e iluminava seu corpo forte. Estava vestido de negro, o cabelo úmido como se acabasse de tomar uma ducha. Chamaram a minha porta. —Belle? — chamou Tanner. —Estou bem. Só... —Estamos bem— disse Rome. Houve uma gargalhada. —Assim se faz, homem gato. Sigam adiante, vocês dois. Estou a ponto de... Logo, houve silêncio. —O que está fazendo aqui? — Não me incomodei em tratar de cobrir minha nudez. Não, me recostei em um travesseiro, uma sedutora deusa esperava. Por um momento, sua expressão era tão primitiva que pensei que ia golpear seu peito feito King Kong. —Temos um pouco de ar que limpar — disse, e sua voz soou espessa. Em carne viva. —Escutei o que disse ao Jean-Luc. — Em primeiro lugar, a surpresa me embalou. Logo a vergonha. —Assim estava ali? — Ele assentiu com a cabeça. —Você disse que estaria. —Mas pensei… você parecia... Se mal não recordo, disse que não ia. E quando foi com Sunny, fez parecer como se tivesse terminado comigo. —Como se. — estirou-se para a parte de atrás de seu pescoço e atirou da camisa se tirou a camisa— Queria estar por sua conta e eu estava tratando de te deixar. Tratava de não interferir com o que sentiu que tinha que fazer. Inclusive embora isso estivesse me matando. A seguir desabotoou suas calças. —Mas eu não podia permanecer longe e me encontrei ligado o sinal de áudio. — Doce céu. Umedeci os lábios, nervosa, emocionada e tremente.

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—Isso é maravilhoso. Alegro-me. Mas primeiro, tenho que te dizer algo. O Dr. Roberts estava no restaurante. Ele... —Sei. Ouvi isso também. Todos o fizemos. Havia gravadoras em todo o lugar. Surpreendeme que não soubesse. Maldita seja, ainda tinha muito que aprender. —Por que não se apressam e o prenderam? —OH, John queria, mas lancei um ataque e se tornou atrás. Não queria que Roberts entrasse em pânico e te machucasse. Mais que isso, acredito que John gostou do que tinha que dizer sobre a neutralização de poderes. John quer confiscar qualquer nova fórmula que o bom médico crie. Agora, chega falar de trabalho. Voltemos para tema de você e eu. Seu olhar vagava por cima de mim, quente e faminto. —Espera - disse, levantando uma mão. Sua cabeça caiu para trás e gemeu. —Não de novo. —Não vou mentir. Estava pensando em terminar as coisas contigo. — Cada músculo de seu corpo ficou imóvel, seus olhos estreitando para mim. — Mas só porque me preocupava que não puséssemos obtê-lo — admiti que em voz baixa. — E só por um tempo. Uma vez que meus sentidos retornaram, soube que valia a pena lutar por você sem importar o quê. —Por que pensava que não poderíamos obtê-lo? — relaxou, e ficou de novo em movimento. As calças desabaram por suas pernas. Saiu delas. Como de costume, não usava roupa intima. Enquanto bebia dessa larga, dura e grossa longitude, a umidade alagou minha boca. —Porque eu estava mudando, para me converter em uma pessoa diferente e não estava segura de que poderia amar a quem eu gostaria de ser. —E quem é essa? — subiu à cama, mas permaneceu de joelhos. — Quem é você agora? Um tremor se moveu através de mim. Queria atirá-lo em cima de mim, mas resisti. Isto era muito importante. —Uma agente. Uma agente muito poderosa que um dia será capaz de chutar seu traseiro. Uma agente muito poderosa que poderia talvez algum dia querer ter filhos. —E tudo isso é o que esteve mantendo você tão distante de mim? —Isso, e que parecia estar te afastando de mim. Uma ruga curvou seus lábios em uma meia lua. —Se eu parecia molesto no ginásio hoje, era só porque estava preocupado de que me superaria. Que não precisaria mais de mim. Mas me dava conta de que está bem. Não me necessita. É mais forte que eu e eu gosto disso. Estou orgulhoso disso. De você. Isso nunca esteve mais claro que quando o doutor Roberts ofereceu te liberar de seus poderes, mas não estava seguro de que queria. Eu tampouco queria que aceitasse. São uma parte do que é. Parte da garota que amo. Uma mulher que é valente e sarcástica, leal e decidida. —Eu... eu... — Não podia formar nenhuma palavra inteligente. —Não terminei, Garota Maravilha — repreendeu. — Eu queria estrangular Lexis quando recuperei minhas lembranças e me dava conta do que havia feito para nos separar. Queria me

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golpear por escutá-la, inclusive por um minuto. Queria matar Jean-Luc, com minhas lembranças e sem elas, por te olhar como se lhe pertencesse. E tem sorte de que os encontros tenham terminado. Planejei persegui-lo amanhã e lhe pôr uma bala na perna para mantê-lo afastado. Ninguém nos manterá separados. Nem sequer você. Nem sequer eu. Eu adoro como é, ontem, hoje, amanhã e sempre. É complicada e sim, poderosa, mas isso não troca o coração que tem. É forte e mencionei valente? É amante, amável e sexy como o inferno. Diz o que pensa, nunca volta para atrás e faz que meu coração deixe de pulsar cada vez que lhe olha. Eu estaria perdido sem você. E sim, quero ter filhos contigo, não importa como saiam. Algum dia. Agora mesmo, só te quero toda para mim. Seu discurso foi um sonho feito realidade. Maravilhoso, assombroso, surrealista. Tudo o que tinha querido escutar e muito mais. Uma vez ele tinha picado meu orgulho feminino. Agora o tinha acalmado por completo. As lágrimas que eu tinha esperado esta noite se verteram, como se uma presa tivesse se quebrado. Mas eram lágrimas de alegria. —Eu nunca te superarei. Sempre te necessitarei. Mas quero ser clara. Eu o sou para você? A única? Não era minha intenção fazer minhas perguntas chiar, mas o fizeram. Ele assentiu com a cabeça. —Minha única. Agora, basta de falar. Temos uma reconciliação que fazer. Ele esteve em cima de mim no instante seguinte. Envolvi minhas pernas ao redor dele enquanto me dava um beijo, sua língua inundando-se profundamente. Minhas mãos estavam em todos os lados sobre ele e as seus estavam em todos os lados sobre mim. Era o céu, a posse que tinha ansiado durante todos estes dias. —Te amo — disse mordendo meus lábios, meus ouvidos, beijando por meu pescoço. —Te amo tanto. —Vamos nos casar. —Sim. —Logo. —Logo que seja possível. —E você vai levar meu nome. — Ele formou redemoinhos sua língua ao redor de um de meus mamilos, logo o outro. —Ainda estou indecisa. Quero dizer, uma vez chamou um mascote Triturador de ossos, por isso é evidente que não é bom com os nomes. Mas por que não me convence das vantagens de seu plano? — Enrolei minhas mãos em seu cabelo, passei minhas coxas até seus flancos. Como poderia um homem com músculos tão duros parecer de veludo? —Me dê uma hora. Talvez nenhum dos dois nem sequer recorde nossos nomes, assim será um ponto discutível. — Amassando meus seios, voltou a atenção cálida e úmida de sua língua a meu umbigo, fazendo redemoinhos. Gemi na felicidade embriagadora. E logo estava lambendo entre minhas pernas, agitando meus clitóris e me deixando louca. —Rome — gritei enquanto gozava, com espasmos musculares, minhas costas levantando do colchão, minhas unhas cravando-se em seu couro cabeludo- . Eu... eu ainda lembro.

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—Espera.— Subiu, me empalando profundamente. Outro clímax me golpeou, me precipitando até o bordo uma e outra vez e outra vez. Eu fazia coro de seu nome, só então me dando conta de que não havia um fogo desesperado por escapar de mim. Eu realmente tinha o controle de meus poderes. —Mulher — grunhiu Rome, golpeando profundo, duro, rápido, e logo rugindo um som de satisfação total. Quando o último de nossos tremores diminuiu, não nos movemos. Não pude. Não porque o peso de Rome me mantinha abaixo, embora o fazia, mas sim porque pela primeira vez em semanas, senti-me satisfeita por completo. Feliz além da medida. E não queria terminar. —Que vergonha. — Ele beijou o lado interior de meu pescoço— Só durei cinco minutos. E fui o primeiro em esquecer. Outra vez. —Bom, posso superar isso, Homem Gato. Eu só durei três. Pôs-se a rir. —Vê, esta é a razão pela que te amo. É a mais sabichã que conheço. O som dos gritos de uma mulher ditosa de repente se filtravam pelas paredes, mesclando-se com o som de nossa respiração entrecortada, e se uniu à risada de Rome. —Arrumado que Tanner durou mais que nós dois juntos. — Rome deu outra gargalhada, mas a risada se desvaneceu logo. Ele tomou minha cara, obrigando meu olhar a seguir cravado no seu. —Quis dizer o que disse? A respeito de se casar comigo? —Absolutamente. — Dava-lhe um abraço apertado— É meu, Rome Jamison, e eu nunca vou deixar você ir. —Rome Jamison. Eu gosto do som disso. —A mim também. —Levantei-me e me sentei escarranchada em sua cintura— Agora, vamos tratar de estabelecer um novo recorde para nós. Vamos tentar durar dez minutos. Capítulo 29 Despertei brilhante e cedo, assobiando sob minha respiração enquanto fazia café para Rome e para mim, os cachorrinhos brincavam ao redor de meu pé. Rome estava na ducha, onde o deixei depois de outra roda de sexo quente e apaixonado. Estávamos juntos outra vez e íamos casar, embora não tivesse nem ideia de quando. Mas nós dois queríamos que fosse logo, não tinha nada planejado e todos meus encontros foram cancelados. Uma barra escura em minha vista periférica capturou minha atenção e me voltei esperando ao Rome. Ou ao Tanner (quem tinha estado acordado até muito tarde ontem à noite). Sabia porque os sons que ele e Elaine faziam não tinham parado. Agora sei, além de qualquer dúvida, que Tanner tinha perdido sua virgindade. Nunca seria capaz de apagar os sons deles (OH, Tanner, OH, sim, assim) de minha mente. Mas em vez do Rome ou Tanner, vi uma figura familiar com cabelo branco e olhos prata com violeta parada sobre a sala e a porta dianteira. Segui-o, com a sobrancelha elevada de confusão.

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—Cody? Deteve seus passos, murmurando. —Demônios. — Lentamente volteou para me encarar. Um par de sapatos penduravam de suas mãos. Sua camisa estava enrugada e sua calça desprezada, como se tivesse se vestido a toda pressa. Sorriu prazerosamente. — Bom, isto é incômodo. —É verdade? —Então, uh, olá, Belle. Como está? —Chega de brincadeiras. O que está fazendo aqui? Moveu-se incomodamente, encolhendo-se de ombros. —Para ver Sherridan. —Por quê? — A pergunta saiu de mim, com faíscas de ira. — Não acredito que ela queira te ver. —OH, deve estar equivocada nisso. Que demônios? —Disse que já não estava interessado nela. Disse que você não gostava das mulheres de alta manutenção. —Bom, menti. Ou mudei minha opinião. Não estou seguro de qual. Ela me olhou com seus olhos azuis de bebê quando Desert Gal a enjaulou e então esqueci como pensar. Não vou machucá-la, acredito. Tem minha palavra. —Vocês dois estão... juntos? — Pigarreei a palavra. Suas bochechas avermelharam e depois empalideceram. —Não. Sim. Não sei. Por agora. Movi minha língua por meus dentes, apertei minhas mãos aos lados. Então, alguém deslizou para mim, uns braços fortes se fecharam por minha cintura. Uns lábios suaves pressionaram em minha têmpora, e respirei profundamente para me acalmar e acalmar à besta. —Ouça, amor — Rome me disse. — Está formosa. Jeans e blusa de botões. Minha favorita. Exceto quando está nua. Ou usando um vestido. Ou uma toalha. Agora, algo que use, a amo. Temos que cobrir já? - deteve-se, mas não o suficiente para que lhe respondesse. — Olá, homem— disse a Cody. — Vi que as coisas foram bem ontem à noite. Cody sorriu de um jeito de causar pena. —Pode dizer isso. Obrigado por me deixar entrar. Olhei ao redor, vendo o Rome estreitando os olhos. —Sabia que estava aqui? —Bom, sim. Ouvi que se escapulia. Já que seus cães guardiães se negaram a mover-se de suas camas, decidi comprovar as coisas. — Deu-me outro beijo, este nos lábios e se acomodou na cozinha. Estava usando umas calças, mas não a camiseta e, como de costume, seu peito e costas foram beijados pelo sol, ligeiramente cicatrizados e absolutamente adorável. Segui-o, vendo como pegava uma xícara e a enchia com o café que eu tinha feito, o muito traidor. Tratei de não me suavizar enquanto ele acariciava às garotas. Elas não lhe tinham ladrado ou grunhido como lhes tinha ordenado originalmente. Agora eu gostava e o queria ao redor, elas

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também. Ou talvez as tivesse enganado como havia feito comigo, agora que não eram receosas com ele. Sim, ele tinha admitido que tivesse estado ciumento pelos sorrisos que eu dava a meus bebês. —Por que não me disse isso? Deu-me um sorriso como brincando. —Tinha outras coisas em mente. —Mas Sherridan o odeia. Que tal se ele...? —Não me odeia -—disse Cody, com toda maldade. Voltei-me e lhe grunhi, uma mão revoou por meu peito. Tinha seguido ao Rome e aparentemente Cody tinha me seguido. Permaneceu na entrada da cozinha, seus ombros recarregados contra o marco da porta. Precisava ser mais consciente de meu entorno e as pessoas nele ou morreria de uma insuficiência cardíaca, juro que iria. De repente, Sherridan entrou pela esquina, uma meia três quartos pendurava de seus dedos. Olhou-me e se deteve. Sua boca se abriu e suas bochechas ficaram vermelhas. Escapou-lhe um ofego e foi o som mais formoso que escutei. Movi-me para ela, mas Rome tomou meu braço e me reteve. Minha mente esclareceu quando me sacudi a cabeça e me afastei dele. De acordo, como tinha passado isso? Ela estava determinada a resistir com Cody. E faz quanto ele recordou sua regra de três dias e a refugo, ferindo-a profundamente? —Vai pagar por isso. Adverti-lhe isso. — Soltei minha mão e lhe lancei uma bola de fogo. Ele saltou, e Sherridan saltou na frente dele, movendo sua cabeça para mim. —Uh, Rome — disse Cody. Não me virei a olhá-lo e talvez devia fazer. Porque dois braços me envolveram pela cintura e o calor de Rome, um fôlego de hortelã percorreu minha bochecha, meu ombro. Seus dedos se fecharam ao redor de meu pulso. —Deixa fora o fogo, carinho. —Quero algumas respostas e ele me vai dar. Além disso, precisa saber que há consequências por seus atos. — Mantive-me firme, mantendo a parte dianteira das chamas e centrada no Cody para que não pudesse ter ideias da execução.-Como lhe arrumou isso para... já sabe, que ela não fizesse um som e te enfeitiçasse? —Tenho filtros. Consegui-os faz anos quando me submeti a algumas melhoras, como Rome. —Seu olhar percorreu Sherridan e permaneceu assim um momento, suavizando-se, aumentando minha ira. Depois retornou comigo. — Ela pode falar comigo. —Sim, bom, quero saber quanto tempo planeja rondá-la antes de se mover a sua próxima conquista. Também quero saber se recorda a advertência que te fiz. Mordeu seu lábio, Sherridan ofegou envergonhada e este era um som mais formoso inclusive que o suspiro. Tratei de me afastar de Rome, para alcançá-la, para lhe dizer que faria algo que ela quisesse, inclusive matar Cody. Sim, matar Cody. Esse era um fino plano. Ele podia machucá-la algum dia, e isso não o podia permitir. Ela merecia o arco-íris e o sol, rosas e chocolate.

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—Merda — disse Rome. —Dobro de merda —disse Cody, apoiando-se longe. Levantei minha mão livre, já convocando outra bola de fogo. Cody ia fritar, e eu ia rir muito e depois reconfortaria Sherridan. Doce, maravilhosa Sherridan. Rome tentou agarrar a bola de novo, mas o esquivei e me preparei para atacar Cody. —Detenha Belle — disse firmemente Sherridan. — Detenha o fogo. Imediatamente a obedeci. Minhas mãos agora estavam vazias e baixaram a minhas extremidades. Tudo que ela quisesse, faria. Tinha que tocá-la, tinha que tocá-la. Ela era meu tudo, minha única razão para viver, necessitava... —Sinto muito, carinho— disse Rome em um suspiro. Sustentou-me em seu ombro e começou a caminhar para o corredor. Lutei, golpeei-o, esperneei, mordi. Estava como selvagem, fera e decidida mais que nunca. Lançou-me à cama. O colchão ricocheteou e caí sobre os joelhos quando aterrissei. Ia de novo... Ele esteve em cima de mim em um instante, uma dor aguda apareceu em meu ombro. —Você, bastardo! —o disse, na letargia já derrotada— Ela está... você...o quê? —Parte de ser seu homem é te proteger, inclusive de você mesma. Espero que faça o mesmo por mim. Vejo-te em umas horas, Garota Maravilha. Meu mundo inteiro ficou negro. Quando minhas pálpebras se agitaram abrindo-se, quase espionei ao Sherridan, alta, curvilínea e preciosa, parada frente a minha cama e me olhava. —Olá — disse. Tratei de me concentrar nela, mas havia muita cor que ofuscava minha visão. Vermelho, amarelo, laranja. —Tem sede? No momento em que o perguntou, pude provar o algodão em minha boca. Assenti. A próxima coisa que soube era que tinha um canudinho posto em meus lábios. Saboreei-o, água fria caiu por minha garganta. —É suficiente. — O copo desapareceu. Não era suficiente, nunca era suficiente. Desta vez, ao abrir os olhos, pude ver mais que um retrato turvo. Seus cachos loiros estavam agarrados em cima de sua cabeça, seus olhos azuis estavam nublados de preocupação. —Como se sente? — perguntou. —Como se necessitasse de uma sesta. — Minha voz não era mais que um gemido. Riu brandamente. —Essa é a medicina falando, mas adivinha o quê? Agora tem filtros, como estava programado. O doutor não precisou te pôr anestesia enquanto estava inconsciente. Meus olhos se abriram, levantei-me e aplaudi meus ouvidos. Estavam um pouco sensíveis, mas essa era a única indicação que algo tinha passado. Bom, isso e o fato de que não sentia a necessidade de me lançar para Sherridan cada vez que falava. Quando meu braço caiu a meu lado, descobri o tubo em meu peito, fiquei fria e sacudida. Meu peito? Apressadamente, olhei para

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baixo para me assegurar de que estava vestida. Estava-o. Embora alguém tivesse trocado minhas roupas e me posto uma bata de hospital. Quantas vezes pode uma garota despertar em um hospital antes de dar bandeira branca? Relaxei-me contra a câmara e sorri lentamente. —É uma habilidade poderosa a que tem. Sério, estava contemplando matar Cody, então seriamos um casal. Bufou, mas nunca deixou de sorrir. —Nunca funcionaríamos romanticamente. É muito exigente na cama. —Idiota — eu disse naturalmente. Era bom ter a minha amiga de volta— Sabe que não seria suficiente para mim. —Eu gosto de onde está indo esta conversa. — Uma voz masculina disse da porta. Olhei além de Sherridan e Rome estava na porta. —Olá, bebê — disse. —Homem felino. — Uma vista de bem-vinda que nunca tinha visto. Meu coração se moveu veloz, o monitor anunciou para todo mundo. Ele andou para mim, majestoso e pouco cerimonioso, parou ao meu lado da cama onde tombou e me abraçou muito apertado. —Molesta? Como se devesse. —Estou agradecida. Caminhava para Sherridan com toda intenção de fazê-lo com ela, então me fez um favor. Se ela tivesse caído apaixonada por mim, e então, o que teria sido de nós? —Agora estou molesto comigo por te deter — resmungou e todos nós rimos. Homens! O humor de Sherridan morreu muito rápido. Agarrou os trilhos da cama e se apoiou para frente, com uma expressão séria. —Quero que saiba que Cody me visitou tanto como pôde enquanto estava encerrada. Comprou-me comida, água, lençóis. Tudo o que pedi. Infiltrou-se e me deu isso. E sei o que está pensando. Estava comprometida com ele antes de nosso resgate. Mas me assustava, já sabe, de que se aborrecesse de mim e me expulsasse. De que ele só fizesse coisas lindas para me manter acalmada. Não o fez. Queria mais. É um bom homem, Belle. Agora meu humor se desvaneceu. —Mas ficará? Não quero te ver ferida. Porque se ele te machucar, terei que matá-lo e isso entristeceria a Rome. Uma enfermeira entrou, viu que estava acordada e fez uma anotação. O quarto estava em silêncio. Ela se aproximou de mim, desenganchou minha intravenosa e me disse que era livre de ir quando quisesse. Quando se foi, permaneci na cama, com a intenção de incomodar Sherridan um pouco mais. Mas Cody chegou. E as palavras desapareceram de minha boca. Caminhou direto para Sherridan e abriu seus braços. Ela voluntariamente entrou neles. —O que há sobre a Desert Gal? — perguntei-lhe, apertando o queixo— Vocês dois pareciam amistosos quando foram caçar a Rome e a mim. Sem mencionar que prenderam Sherridan e Lexis. Seus olhos se estreitaram com o insulto.

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—Isso foi uma atuação e não posso acreditar que pense de outra maneira - disse e Sherridan assentiu para que lhe acreditasse-. Quando Reese deu sua indicação, forçou-me a me unir a sua equipe. Tinha que atuar ou ela teria duvidado de minha intenção para me unir a sua equipe. Teria duvidado de que odiasse ao PSI e a toda a gente que trabalhava ali. Então tomei Lexis e Sherridan. E sim, poderia tê-las deixado ir e dizer que foi um acidente, mas isso teria elevado mais suspeita e não tínhamos tempo para isso. —OH. — Não sabia que mais dizer. —Desert Gal é uma mulher perturbada e com seu papai em problemas, necessitava de ajuda. Pretendi lhe dar essa ajuda, mas mantive minhas mãos para mim. De fato, eu disse que era gay. Desse modo, podia tê-la longe fisicamente, quando a deixava pensar que era bonita o suficiente para que pensasse que um dia mudaria de opinião. Dobrei meus braços por minha cintura. —Mas não manteve Sherridan e Lexis a salvo. Seus ombros desabaram um pouco. —Sei. Mas fiz o que pude. Estão vivas, ou não? —Sim. —Porque as entreguei a Desert Gal, ela me confiou a localização de outros três complexos. Pudemos invadi-los e tomar a outros 14 inocentes. Ou talvez sejam scrims. O tempo dirá isso. Mas me acredite. Deixar que raptassem Sherri esteve perto de me matar. Quando Sherridan não o cortou imediatamente por chamá-la por seu apelido que odiava, sabia que isto era sério. Meu estômago se retorceu dolorosamente. —Além disso — adicionou— não é que tivesse muita ajuda tomando decisões. No princípio do caso, estava ocupada. Com o Rome. Com o Homem Memória. Sabia que Desert Gal era minha responsabilidade. — Foi perdendo o aspecto envergonhado e retornou a irritação total. Rome endureceu, sempre disposto a me defender. —Tem razão— disse, com a esperança de facilitar as coisas-. Tem razão, não fui de muita ajuda nesse departamento. Cody relaxou, inclusive aceitou. —Está bem, está muito mais centrada agora. —Vocês olhem-se dois, sendo amáveis - disse Sherridan com um sorriso—. Não é muito difícil com o Cody, Belle. Ele fez o que pensou que era o correto. E eu tive tempo para fazer algumas coisas sérias com a Vespa Desert quando me teve encerrada e inclusive mais tempo estes últimos dias, quando não tinha permitido falar em casa. E sabe do que me dava conta? Eventualmente as relações machucam, cada maldita relação. Olhe a Rome e a você. Sei que Cody é frívolo e sei que eventualmente se aborrecerá de mim e irá embora, mas estou disposta a tentar algo com ele, enquanto tenha a oportunidade. Tinha razão. Não necessitava uma dor de cabeça em seu caminho, mas se ela estava disposta a sofrer, quem era eu para detê-la? Só estaria ali para ajudá-la a recolher os pedaços. —Demônios. — Cody lançou seus braços- por que todo mundo pensa que irei embora?

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—Tem história. — Sherridan deu de ombros— Enfrenta-o, corre como um caminhão ao primeiro sinal de compromisso. —Teve mais encontros do que eu tive. — Olhou para baixo— Mas talvez mudei. Ela bufou. —Apenas. Seus braços se estreitaram ao redor dela. —Está pedindo uma luta, mulher. Um tremor passou pela espinha dorsal dela. —Acredito que ontem à noite demonstrei que não peço por nada. Suas pupilas se dilataram, e seu nariz flamejou. —Desafio aceito - grunhiu ele, agarrou-a pelo pulso e a levou para fora. Não protestou nem uma vez. Não, ela sorriu. Estava ali, aturdida. Rome sacudiu sua cabeça. —OH Deus. —Eu sei. Somos assim asquerosos? Ele sorriu com malícia. —Talvez pior. Compartilhamos uma risada. Apertou minha mão, com amor em seus olhos e eu sabia, tão segura como se fosse psíquica como Lexis, que nós conseguiríamos. Permaneceríamos juntos. Nada, nenhuma memória perdida, meus novos e melhorados poderes, ou duas pessoas determinadas a nos quebrar de uma vez por todas, tinham sido capazes de nos separar. Juntos para sempre. Epílogo O dia de meu casamento chegou. Por fim tinha o vestido e não tinha queimado, arrumei a ordem dos convites e guardanapos sem os encharcar. Agora estou diante de um espelho de corpo completo, me vendo. Usava um vestido marfim grego comprido, com pequenas tiras e rosas pratas costuradas no tecido. Meu véu continha as mesmas rosas chapeadas e caía em meus cachos cor mel (Sherridan tinha dado forma para mim, dizendo que isto era o mínimo que podia fazer depois de todas as vezes que tinha secado seu cabelos em 50 segundos) e ao longo de meus braços nus, o sol os beijava. A cor em minhas bochechas era rosa e forte, e meus olhos marrom brilhavam. —Nunca te vi mais formosa — disse Sherridan atrás de mim. Em seus saltos de cinco polegadas, me ultrapassava. Pousou suas mãos em meus ombros. —Igual você. Mas não se dê ideias. Filtros nos ouvidos, recorda? — Tinham passado três semanas desde minha cirurgia e sua noite de amor com Cody. Para minha surpresa, ainda estavam juntos e muito melhor que Rome e eu. Eles sempre estavam de mãos dadas, sempre tocando-se. Parecia que Cody queria lhe dar tudo o que tinha perdido em sua vida: amor, aceitação, atenção. Quando ela chegava a ser muito caprichosa, como ontem, chorando porque pensava que estava

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muito gorda, lhe dizia quão formosa era e passava uma hora lhe dizendo todas as partes de seu corpo que eram suas favoritas. Sei porque estava no quarto ao lado. Não tinha podido ajudar a mim mesma. Tinha-me suavizado com ele (depois das náuseas). Tinha que. Era o melhor amigo do Rome. Mas parte de mim ainda queria odiá-lo, já que Sherridan se mudaria logo de minha casa para a do Cody. Sim, por fim Cody tinha comprado uma casa (um sinal de que a sério estava comprometido com Sherridan). Inclusive tinha usado a ela como seu agente de Bens Imobiliários. Lástima que não estava pronta para lhe deixar ir. —Não posso acreditar que este dia chegou por fim — disse— Nem que pude reservar esta incrível igreja. Nem que consegui os convites a tempo. Nem que fui capaz de conseguir ao melhor fornecedor da cidade. —Paga por conhecer às pessoas adequadas — disse com um sorriso. Todo mundo tinha me rechaçado, havia dito não, me perdendo, não podiam me ajudar. Então, ela fez umas chamadas por mim e boom, todo mundo queria ajudar. O que fosse que desejasse, tinha. Jonh pôs seus poderes para o bem também. Fez Sherridan membro de minha equipe. Assim suponho não a perderei, realmente. Verei-a todos os dias no trabalho. —Está preparada? — Perguntou Elaine quando entrava no quarto— OH, Belle. — deteve-se, colocando uma mão em sua boca— Está radiante. —Obrigado, Vampyra — disse, usando o nome que Tanner e ela estabeleceram. Eles também estavam juntos. Como Sherridan, tinham estado falando sobre mudar-se e conseguir um lugar para eles. Nunca tinha visto o Tanner tão feliz como quando estava com esta garota e isso me fazia feliz. Embora sentisse saudades ter a pequena merda a meu serviço. —Todo mundo preparado para o pior? — perguntei, quero dizer. Olá. Este era um casamento de dois super-heróis. Todos os vilões do mundo amariam destruí-lo. Desert Gal ainda estava na prisão, portanto não era uma preocupação. Reese estava fora, mas em reabilitação, portanto poderia ser um problema. O Multiplicador estava preparado para liberdade condicional, segundo Jonh, mas por agora, ainda estava atrás das grades. —Jonh jurou que protegeria este lugar como os segredos do universo na capela — recordoume Sherridan— Nada vai estar... —Não diga! — Elaine e eu gritamos ao uníssono. Sherridan pressionou seus lábios. Todas suspiramos pelo alívio. Esse tipo de declarações causaria dano para rir de nós. —Só vim para te dizer que todos estão preparados para você — disse Elaine. Sherridan foi à mesa e tomou meu buque. Rosas chapeadas. Entregou-me com um sorriso. —Belle Masters. Não posso dizer quão feliz estou de que Rome te convencesse de que usasse seu nome, mas eu gosto da garota que vai com ele, por isso o aceitou. Ri, abracei-a. Elaine se uniu no abraço, ainda vendo-se deslumbrada por começar a tocar às pessoas tão livremente. —Muito bem, garotas— disse depois de uns minutos, me endireitando— Vamos fazer. —Você parece com Rome antes de ir a uma missão — disse Elaine com lágrimas. Lágrimas de felicidade— Nervosa?

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—Um pouco — admiti— Não quero viajar. Não quero fazer algo mal. Este é o primeiro dia de minha nova vida. —Véu desta maneira — disse Sherridan, movendo-se diante de mim para a porta. Elaine ficou atrás dela. Minhas damas de honra pensei com uma comichão. Este casamento realmente está acontecendo-. É a única noiva na cidade que pode acender uma vela em seu casamento sem estar perto de apagar. Ri do que tentava. E depois, as duas começaram a marcha para sair à capela. Quando foi meu turno, inalei, exalei, tirei um suspiro e caminhei lentamente. Parecia como o dia que estive esperando toda minha vida e que por fim tinha chegado. Estava dando meu corpo e alma ao homem que amava. O homem que me amava pelo que era. E depois, teríamos um par de semanas e iríamos a nossa lua de mel no Ártico. É melhor de aconchegar-se ali, Rome havia dito. Lentamente, caminhei para fora. Passei as portas duplas para o corredor. Podia ver as costas de Sherridan que caminhava para o santuário. Cheguei à porta e meu pai, meu incrível pai, e minha nova filha, Sunny, uniram-se a mim. Ele ia me escoltar e ela seria a menina das flores. Sunny tomou seu papel muito seriamente também. Tinha flores em seu cabelo, costuradas a seu vestido e sapatos e a cesta que levava estava transbordante. Prendi a ambos num abraço. —Pronta? — perguntou meu papai. Era alto e um pouco volumoso, com o cabelo castanho e um tipo de cara de urso. —Pronta. Beijou-me a bochecha. —Estou tão orgulhoso de você, Bell, Belle. Sua mãe também estaria. —Te amo, papai. — Inclinei-me para Sunny— E também te amo. —Para sempre — disse-me. —Para sempre. — Isso não era para negar— Agora vamos. Por fim é seu turno. Ela estava radiante enquanto caminhava para frente, lançando pétalas por todos os lados. Quando chegou à parte dianteira, de repente a música soou por toda a igreja. Ali vem a noiva. Todo mundo parou e se voltou para me ver. Meu papai e eu começamos a caminhar. As lágrimas já estavam enchendo meus olhos. Demônios. Não queria chorar em meu próprio casamento! Mas vi Sunny, agora parada com orgulho ao lado de seu pai e sorrindo feliz para mim, meus preciosos cães (quem neste momento estavam vestidos de branco e com pequenas tiaras) brincando a seus pés. Ela me assinalava para me apressar. A multidão sorria. Meu olhar trocou e vi Tanner como um acompanhante de Rome. Enviou-me um beijo. Lexis estava a um lado, frente ao banco. Deu-me uma tentativa de um sorriso. Não pude evitar. Retornei. Este era meu dia, um sonho feito realidade. Sentia-me generosa.

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A multidão de repente ofegou. Antes que pudesse olhar que malvado tentava arruinar meu casamento (e matar ao bastardo) Jean-Luc passou sobre mim, voltou e me olhou diretamente. Meu pai nos olhou quando a multidão caiu em silêncio, nos observando. Toquei seu braço. —Está bem — disse. —Sinto muito. Atrasei-me. Não podia permanecer longe— Jean Luc disse. Estava usando uma camiseta enrugada e tida uma calça jeans furada e sandálias. Seu cabelo estava desordenado e cheirava a cerveja. —Você está incrível. —Você parece como a merda. — Foram as únicas palavras que pude pensar no momento, mas muito no fundo estava feliz de vê-lo, atrasado ou não. Sua ausência estas últimas semanas tinha sido o único escuro em minha vida. Ele não reagiu. Só se apoiou em mim e pressionou um beijo em meu pescoço. —Continuo te amando, mas te desejo o melhor. Quero que saiba — disse, virou sobre seus calcanhares, caminhou para frente e ficou no assento atrás de Lexis. Sua visão, pensei, levantando a vista. Rome me sorriu para que soubesse que entendia o que tinha passado. Lexis se interpunha entre o Jean-Luc, mas vi a saudade em seus olhos. Espero que seu visão de mim se faça realidade. Desejava um final feliz depois de tudo. —Vem, minha menina. Rome nos espera — disse meu papai e lancei meu braço para o seu. Com minha cabeça no alto, começamos a marcha outra vez. Por perto que estávamos ao altar, aumentava a rapidez de meus passos. Quase como o afã de ir correndo. Finalmente, meu papai me entregou e Rome me estreitou. O amor iluminava seu rosto e, demônios, seu corpo estava bem, encaixado em um smoking negro. —Belle — disse— Deixa-me sem fôlego. —Então, você gosta do vestido? —Agora mesmo, não posso esperar para lhe tirar dele. O pastor nos escutou, limpou-se a garganta. Nós rimos. —Vamos à parte do beijo — disse Rome. E o fizemos. Lista de Tarefas  Despir-me.  Fazer o amor com Rome. Repeti-lo, uma e outra vez.  Retornar da lua de mel completamente saciada e ansiosa por fanfarronear (e demonstrar) seu novo controle sobre seus poderes a seus companheiros no PSI.  Resolver o próximo caso com a ajuda de sua fiel e grandiosa equipe de companheiros. Scrims cuidem-se!

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 Salvar o mundo (ou pelo menos fazer sua parte para enchê-lo com pequenos Rons e Belles, para fazê-lo um lugar melhor).

Queridos leitores do Supersmart (talvez não tenham poderes, mas todo mundo merece um apodo paranormal). De qualquer forma. OH Por Deus, tenho as melhores notícias para vocês! Comprovem. Gena Showalter tem, como, um montão livros por sair. Nenhum tão bom como o meu, claro, mas consegue-os. Em maio de 2010, encontrará todos seus e-books impressos em um volume, Darkness, com todo tipo de senhores do submundo. (Só tremo. Senhores do submundo= Desastre!!) E felizmente, as notícias não terminam aqui. Em junho de 2010, “A Paixão Sombria”, apresenta o assombrosamente delicioso Aeron, possuidor da ira (por favor não digam a Rome que chamei a outro homem deliciosamente assombroso. Agora que sua memória retornou, não o posso ter longe com nada) sendo um êxito em lojas. Depois disso, em julho de 2010 poderão ler sobre o Gideon, possuidor das mentiras, na “Mentira Sombria”. Ali vai outro arrepio! E não preciso dizer isto. A espera vai ser insuportável, me acreditem, sei. Mas não importa com o que os ameaça Gena, não trocarão estas datas. De qualquer modo, nesse tempo, se não tiverem lido Entrelaçados, um livro incrível sobre um menino incrível com quatro almas apanhadas dentro dele, bom, está perdido. Vampiros, licantropos, e amor verdadeiro... o que mais pode pedir? Bom, exceto por mim. Sou bastante impressionante. De qualquer forma. Deveria retornar com meu novo marido, o mais que delicioso Rome. OH, sim, e salvar o mundo. Estejam bem! Belle Masters. “Garota Maravilha” Fim

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