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Vivendo a Casa comum: alegria Salesiana

oCentro Maria Rita Perillier – Cemari teve como meta para o ano de 2021 atender cem crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, executando o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Familiares e Comunitários no bairro Parque das Rodovias, na cidade de Lorena (SP).

Em decorrência da pandemia da Covid-19, as ações socioeducativas do SCFV seguiram a normativa do decreto-lei municipal 7 412 de 23 de março, das orientações de isolamento social da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do município.

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Tivemos um período atípico devido às questões da pandemia e do isolamento social, sendo necessário nos reinventar e não medir esforços para atingirmos 100% das crianças e adolescentes assistidos pelo Projeto, contribuindo no desenvolvimento das potencialidades, protagonismo e autonomia por meios de atividades socioeducativas; lúdicas, culturais, artísticas, esportivas e de cidadania, ressignificando vivências de isolamento e violação de direitos.

O Cemari por meio de suas intervenções vem garantindo os Direitos Humanos fundamentais das crianças, dos adolescentes, jovens e suas famílias, fortalecendo as políticas públicas, realizando uma ação em rede socioassistencial por intermédio do trabalho preventivo.

Foi necessário estarmos abertos ao novo-normal, readequando e garantindo os meios de participação dos nossos adolescentes como Casa que acolhe, cuida e ama.

Em vista do contexto da pandemia nosso método de trabalho foi readequado e as atividades adaptadas para serem realizadas de forma remota utilizando as redes sociais institucional: Facebook, Whatsapp, Instagram, sites, Youtube, contato telefônico e atividades entregues em domicílio uma vez na semana, além de atendimentos presenciais agendados, respeitando as orientações e normativas das diferentes esferas públicas.

A readequação das oficinas socioeducativas desenvolvidas pelos educadores tiveram a seguinte metodologia: reuniões, formações, adaptação dos conteúdos previstos, gravações e edições de vídeos e preparação do material a ser entregue nas casas como atividade semanal.

Desde o início da pandemia, devido ao distanciamento, estamos nos dedicando ao máximo para permanecer e fortalecer ainda mais o vínculo com os educandos e suas famílias.

Iniciando o ano 2021, como acolhida, promovemos a Boscolândia, “colônia de férias” virtual e durante o mês de janeiro realizamos gincanas como forma de entretenimento, com show de talentos, sessão cinema etc.

No decorrer do primeiro semestre as oficinas que fizeram parte do nosso cronograma anual foram de futebol de rua, teatro, expressão corporal e formação humana.

A partir do segundo semestre, devido à flexibilização do decreto governamental, passamos a atender pequenos grupos de teatro, expressão corporal e futebol de rua duas vezes por semana, mantendo os vídeos e atividades semanais ou quinzenais para as crianças que optaram em perma-

necer em casa, mediante termo de entrega e recebimento devolvidos e assinados pelo responsável legal, seguindo as orientações e monitoramento da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social.

Nossa tradicional Copa Mazza (Campeonato de Futsal) também foi realizada e adaptada no formato de pebolim humano, obedecendo os protocolos de segurança utilizando as regras do futebol de rua.

As atividades culturais como a peça teatral “O Mágico de OZ” e de expressão corporal, tiveram grande visibilidade em diversas apresentações como no Teatro da Unifatea, Auditório do Santuário D.Bosco e em escolas da cidade de Guaratinguetá, Usefaz e Profª Maria Carmelita de Morães, com a participação dos educandos da oficina de expressão corporal.

Realizamos quatros eventos presenciais: Oratório Festivo, Passeio Ciclístico (dia de D. Bosco), dia das Crianças e encerramos o ano letivo com a Festa da Família e apresentações culturais envolvendo teatro e dança, sempre respeitando as normas de segurança e higienização.

Durante todo o ano o serviço social esteve bastante atuante devido ao aumento e diversificação das demandas, em contato constante com as famílias, reservando momentos para escuta qualificada e intervenções telefônicas, aplicativos de mensagem (WhatsApp), atendimento presencial agendado, visita social domiciliar quando necessário, intensificando orientações sobre os direitos sociais (encaminhamento para a Rede Socioassistencial), sempre respeitando todos os protocolos de segurança e saúde.

Perante ao período de pandemia fomos agraciados por nossos parceiros como Inspetoria Nossa Senhora Aparecida, Casa Maria Auxiliadora, Colégio São José – SJC, Unifatea, USP, Padaria Princesa, Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social e Fundo Social de Solidariedade, com muitas doações de material de higiene e limpeza, mantimentos, hortifruti, frios, panetones, cobertores e cestas básicas.

Como capitação de recursos a equipe do Cemari se empenhou em realizar dois eventos (rifas) sendo um no primeiro semestre e outro no segundo semestre e em articulação com o movimento União pela Vida trabalhamos pela mobilização de recursos para a promoção da auto sustentabilidade.

Durante o ano, nós, educadores da Rede Salesiana, tivemos nossos conhecimentos enriquecidos em inúmeros momentos com conteúdos de formações, capacitações, seminários, lives, grupos de estudos, reflexões etc.

Momentos formativos e educativos que nos auxiliam a ressignificar nossas ações, nos dando sabedoria para acolher os jovens que nos chegam com demandas diferenciadas.

Como presença salesiana e pastoral, mesmo que virtual, fomos acompanhados com os ensinamentos da Ir.Guadalupe Lara Biceño.

A pandemia nos fez educadores resilientes, polivalentes, proativos e cada obstáculo fortaleceu ainda mais nosso carisma.

Estamos ressignificando a cada dia a forma de como nos posicionarmos frente ao nosso trabalho. Precisamos buscar sempre dar sentido, propósito, intencionalidade ás nossas ações, vigilantes às demanda do educando naquele momento.

O educador não tem fórmula pronta, educar é vocação de cuidado, respeito, serviço, atitudes que se feitas com zelo e responsabilidade nos possibilita achar o feeling para atingir ocoração dos nossos jovens, a exemplo de Dom Bosco e Madre Mazzarelo.

“O educador social olha o passado, alimenta o presente e projeta o futuro.”

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